terça-feira, 11 de março de 2025

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SANTO DO DIA : Santos Marcos Chong e Aleixo Se-yong, decapitados por seus parentes coreanos


Igreja que nasce no martírio
A história da Igreja é repleta de relatos de mártires, dentre eles, há uns mais conhecidos do que outros. Alguns nomes, como São Sebastião e Santa Luzia, são comuns entre os católicos. Outros mais recentes, como São Maximiliano Maria Kolbe, também são mais populares. Mas este texto pretende apresentar a você dois santos mártires, desconhecidos por muitos brasileiros, que, ao lado de outros, se tornaram verdadeiras bases da Igreja no Oriente: santos mártires Marcos Chong Ui-bae, catequista; e Aleixo U Se-yong, seu catequizando.

Fé na Coreia
Por causa da fé cristã, os dois foram ultrajados e flagelados pelos próprios parentes na Coreia em 1866. A oferta de vida deu origem à fé cristã na Coreia, que começa dois séculos antes, com a iniciativa de alguns leigos. O desenvolvimento das primeiras comunidades foi solidificado apenas no século XIX, com a chegada dos primeiros missionários vindos da França. 

Mergulhando na vida dos mártires chineses
Poucos anos antes, nascia Marcos Chong Ui-bae. Filho de uma família pagã da nobreza local, Marcos se tornou professor, se casou e ficou viúvo. Foi aí que se sentiu tocado pelo testemunho de dois sacerdotes católicos martirizados: a alegria dos padres, mesmo diante da tortura, fez com que o jovem coreano se interessasse pelo catolicismo, a ponto de pedir o Batismo pouco tempo depois.

Santos Marcos Chong e Aleixo Se-yong: a vivência cristã

Vivência cristã
Catequista, aderiu a uma vida de pobreza e austeridade, ao lado da esposa, também cristã, se dedicou à caridade, prestando serviços aos doentes e aos órfãos, chegando a adotar uma criança. Mas seu testemunho não foi o suficiente para conter a onda de perseguições que surgia contra os cristãos. Marcos chegou a ajudar muitos católicos a deixar a Coreia, mas decidiu permanecer no próprio país.

O encontro
Conheceu um jovem, enviado pelo então bispo São Simeão Berneux, para ser catequizado: Aleixo U Se-Yong. Também oriundo de uma família rica, Aleixo rapidamente aceitou a pregação do Evangelho realizada por Marcos e se tornou cristão, abandonando a família que não aceitava aquela conversão, a ponto de ameaças e agressões físicas. Anos depois, fruto de sua intercessão, 20 membros de sua família aceitariam se tornarem cristãos.

A Perseguição e Negação

Perseguição
A perseguição contra os cristãos continuava: de um lado, o confucionismo, religião oficial do Estado, e, de outro, as tradições de veneração de ancestrais. Marcos Chong Ui-bae é preso. Seus algozes tentam em vão que ele denuncie outros católicos; Marcos oferece nomes de cristãos que já haviam morrido, em sinal do seu amor aos irmãos e sua fidelidade a Cristo. A Igreja relata que foi Aleixo quem se empenhou na tradução do Catecismo e de outros textos católicos para o idioma coreano. 

Negou e arrependeu-se profundamente
Ao saber da prisão daquele que o havia catequizado, resolve negar a fé cristã e participa de um linchamento de um catequista. À semelhança de São Pedro, é irremediavelmente tomado por um arrependimento profundo de seus atos, resolve visitar um bispo na prisão, recebe o perdão dos pecados, mas acaba cativo, onde permaneceu firme na fé.

O Martírio e os Cristãos na Coreia

Decapitados em fidelidade a Deus
Em 11 de março de 1866, Marcos, aos 70 anos, e Aleixo, aos 19, caminharam juntos em direção ao martírio, quando foram decapitados, pelos próprios parentes. Os dois foram beatificados 102 anos depois, pelo Papa Paulo VI, e canonizados em 6 de maio de 1984, pelo Papa João Paulo II, ao lado de outros 93 mártires coreanos e 10 padres franceses. As estimativas é que cerca de 10 mil católicos coreanos foram martirizados no primeiro século de vida da Igreja naquele país. Em 2014, o Papa Francisco beatificou outros 124 coreanos, vítimas do martírio. 

Os cristãos hoje na Coreia
Não há como não vincular o avanço da evangelização na Coreia do Sul à fé provada ao limite do martírio de homens, como São Marcos Chong Ui-bae, catequista, e São Aleixo U Se-yong. Hoje, a Coreia do Sul vê um considerável aumento no número de católicos. Segundo o relatório do Catholic Pastoral Institute of Korea, em 2018, os católicos sul-coreanos eram 5.866.510, enquanto que, em 1999, eram 3.946.844. Uma alta de 48,9%. Neste período de tempo, a porcentagem de católicos do país passou de 8,3% a 11,1%.

Reflexão e Oração

Lição para a vida pessoal
O que se aprende com esses dois santos? Em primeiro lugar, assim como na história de todos os mártires, a inegável fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho. Ainda que São Aleixo tenha apostatado, ciente do erro que havia cometido, volta confiante na misericórdia divina à comunhão da Igreja e da fé. Com eles também aprende-se que a pertença é inegociável, mesmo que, quando quem exige uma negação são os mais próximos. Mais que isso, ensinam a não desistir daqueles que perseguem, colocando em prática o ensino de Jesus de orar sem cessar por aqueles.

Minha oração
“Senhor Jesus, que o testemunho de São Marcos Chong Ui-bae, catequista, e São Aleixo U Se-yong, de terras e épocas tão diferentes das nossas, anime o nosso coração à busca contínua do amor e fidelidade a Jesus, sabendo que, com a nossa adesão radical ao Evangelho, outros também serão alcançados — na nossa família, na nossa cidade, no nosso país —, ainda que isto seja pago com o preço da nossa própria vida. Amém!”

Santos Marcos Chong e Aleixo Se-yong, rogai por nós!

 Canção Nova

Papa Francisco tem ‘melhora consolidada’ mas ainda é cedo para sair do hospital


Freira reza pelo papa Francisco em frente ao Hospital Gemelli ??
O papa Francisco está internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, há 25 dias. | Daniel Ibañez/ EWTN News
 

A equipe médica que atende o papa Francisco decidiu retirar seu prognóstico cauteloso sobre a saúde de Francisco por causa de “melhoras registradas nos dias anteriores se consolidaram”.

O papa, que está internado há 25 dias no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, com pneumonia bilateral, está em um "quadro clínico estável" e continua respondendo positivamente à antibioticoterapia.

Segundo o último boletim médico divulgado hoje (10), “os exames de sangue, a evolução clínica e a boa resposta à terapia medicamentosa confirmam essa evolução”.

"Devido a essa evolução favorável, os médicos decidiram anular o prognóstico sobre o seu estado de saúde", disse também o boletim médico.

No entanto, devido à complexidade do quadro clínico do papa e à "infecção polimicrobiana significativa" com a qual foi internado em 14 de fevereiro, os médicos descartaram o retorno de Francisco ao Vaticano por enquanto.

"O papa terá que continuar o tratamento médico no hospital por mais alguns dias", diz o boletim médico.


Embora haja sinais claros de melhora, os médicos do Gemelli, chefiados por Sergio Alfieri, permanecem cautelosos e dizem que o risco de novas crises respiratórias ainda não foi completamente superado.

Francisco não teve nenhuma crise respiratória desde 3 de março.

 O papa Francisco continua dormindo com um aparelho de ventilação mecânica e, ao longo do dia, usa cânulas de oxigênio de alto fluxo para auxiliar sua respiração.

Pelo segundo dia consecutivo, o papa acompanhou pela internet as meditações para a Quaresma do pregador da Casa Pontifícia, o frade capuchinho Roberto Pasolini.

O papa tem alternado o dia entre oração, repouso, e fisioterapia motora e respiratória.

 

Liturgia das Horas: Laudes (1ªss.3ª) 11/03/25

segunda-feira, 10 de março de 2025

Junge Gitarren-Talente/Guitar prodigies

Papa no Gemelli: melhorias consolidadas. Médicos retiram o prognóstico reservado

A Sala de Imprensa da Santa Sé informa sobre a saúde do Santo Padre: boa resposta à terapia, será necessário continuar o tratamento em ambiente hospitalar por mais alguns dias. Francisco acompanhou por vídeo as meditações dos Exercícios Espirituais.

Vatican News

Eis o boletim verspertino desta segunda-feira, 10 de março, publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé sobre as condições de saúde do Papa Francisco:

"A condição clínica do Santo Padre continua estável. As melhoras registradas nos dias anteriores se consolidaram ainda mais, como confirmam os exames de sangue, a objetividade clínica e a boa resposta à terapia medicamentosa.

Por esses motivos, os médicos decidiram, no dia de hoje, retirar o prognóstico reservado.

No entanto, tendo em vista a complexidade do quadro clínico e o importante quadro infeccioso apresentado na admissão, será necessário continuar o tratamento médico farmacológico em ambiente hospitalar por mais alguns dias.

Nesta manhã, o Santo Padre pôde acompanhar os Exercícios Espirituais em conexão com a Sala Paulo VI, depois recebeu a Eucaristia e foi à capela de seu apartamento particular para um momento de oração.

À tarde, participou novamente dos Exercícios Espirituais da Cúria, acompanhando-os por vídeo. Durante o dia, alternou oração e descanso."

 (vaticannews)

ESTE JEJUM NÃO É AGRADÁVEL A DEUS! | Pe. Gabriel Vila Verde

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 10.03.2025

Hino à caridade - Caminho Neocatecumenal

Homilia Diária | A verdadeira caridade (Segunda-feira da 1.ª Semana da Q...

Hoje começa a novena a são José e é possível enviar intenções para santuário onde ele apareceu


São José São José | Shutterstock
 

A Igreja celebra no dia 19 de março a solenidade de são José. Por isso, a rede social de oração Hozana começa hoje (10) uma novena ao santo custódio inspirada no Jubileu da Esperança. Além disso, os devotos também poderão enviar suas intenções de oração para o santuário de São José em Cotignac, França, um dos poucos lugares que recebeu uma aparição do santo.

Segundo a responsável por Hozana em português, Débora Moreira Araújo, nos últimos anos, tem sido possível observar “um aumento crescente da procura da novena de são José. Em 4 anos, passamos de 4 mil a 7 mil inscritos na novena”. Para ela, isso mostra “o quanto esse santo é popular e o quanto as pessoas confiam em sua poderosa intercessão”.

“São José foi um homem de grande silêncio, como a tradição da Igreja nos ensina, mas de muita atitude. Suas escolhas foram decisivas para o destino da Sagrada Família”, disse Débora sobre como o santo pode ser um exemplo no Jubileu da Esperança, que a Igreja vive neste ano de 2025.

“Como o papa Francisco tão bem nos ensina em sua bula sobre o Jubileu da Esperança: Esperança não é ausência de tribulações, mas a coragem de confiar no amor, na presença e na providência Divina. ‘Através da escuridão, vislumbra-se uma luz!’’”, disse, citando a bula Spes non confundit.

Para Débora, “são José personifica essa esperança cristã de forma perfeita”, desde o “início de sua história como chefe da Sagrada Família”. “Primeiro, ele acolheu com o coração cheio de esperança uma mulher grávida, mesmo sem entender bem onde isso o iria levar. Ele apenas confiou nas palavras do anjo. Em seguida, ele precisou fugir com Maria e Menino Jesus recém-nascido, depois precisou lidar com a perda de seu filho no Templo”, citou.

“Imagino que, mesmo que isso não seja relatado detalhadamente na Bíblia, São José passou sua vida inteira ouvindo e vendo sinais que não eram totalmente claros. Mas ele foi até o fim. O mais interessante de sua história, é que ele não contemplou em vida a paixão e a ressurreição do Senhor. Mas tenho certeza de que ele viveu sua vida cheio da Esperança (essa que é sinônimo de confiança) que o fez contemplar de alguma forma o caminho de cruz e de salvação do Senhor. A presença de são José foi fundamental para o plano de Salvação da humanidade”, completou.

Durante a novena, serão abordados os seguintes temas: São José: modelo e mestre da fé cristã (a confiança em Deus); São José, modelo e educador do crescimento espiritual; São José, protetor em nossas batalhas espirituais; São José, modelo e educador da esperança; São José, modelo da obediência cristã; São José, modelo dos trabalhadores;  São José, chefe da Santa Família; São José, guardião das graças de nossa vida cristã; São José, modelo e mestre do silêncio interior.

As meditações da novena serão propostas pelos Irmãos de São João, capelães de Cotignac, cidade onde estão os santuários de Nossa Senhora das Graças e São José de Bessillon. Esse local recebeu aparições de Nossa Senhora e de São José.


 

Papa Francisco passou uma noite tranquila, está descansando, diz Santa Sé


Hospital Policlínico Gemelli. ??
Hospital Policlínico Gemelli. | Crédito: Daniel Ibáñez / EWTN.

“O papa passou uma noite tranquila, está descansando”, diz a Sala de Imprensa da Santa Sé na atualização de hoje (10) sobre a saúde do papa Francisco.

Ele está internado desde 14 de fevereiro no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, por causa de uma pneumonia bilateral.

Na manhã de ontem (9), o papa recebeu em seu quarto, no décimo andar do hospital Policlínica Gemelli, dois de seus principais colaboradores que o ajudam no governo da Igreja universal: o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e o seu substituto, dom Édgar Peña Parra. Eles tiveram uma reunião de trabalho que serviu para atualizar o papa “sobre a situação da Igreja e do mundo”, disse a Santa Sé ontem.

O papa Francisco não recebia visitantes há exatamente uma semana, por isso o encontro foi interpretado como um bom sinal.

 

Igreja celebra os 40 mártires de Sebaste, sustentados pela fé de uma mãe


40 mártires de Sebaste 40 mártires de Sebaste

“Por esta noite de gelo, conseguiremos o dia sem fim da glória na eternidade feliz”, animavam-se os mártires uns aos outros, enquanto permaneciam em um lago congelado como castigo. Saiba o que Cristo e os anjos fizeram por eles e o corajoso gesto da mãe do mártir mais jovem.

Diante do decreto do imperador Licino (320), no qual ordenava a morte dos cristãos que não renegassem a sua fé, os corajosos soldados disseram ao governador de Sebaste (então capital da província da Armênia Menor, na Turquia) que eles não ofereceriam incenso aos ídolos e que se manteriam fiéis a Jesus.

O governador mandou torturá-los e prendê-los em um calabouço escuro. A prisão se iluminou e se ouviu que Jesus os incentivava a sofrer com coragem. Posteriormente, foram levados a um lago com água gelada.

Quando se viram obrigados a se desvestir para entrar na água fria, um deles exclamou: “Ao tirarmos as roupas, nos despojamos do homem velho; o inverno é duro, mas o paraíso é doce; o frio é fortíssimo, mas a glória será agradável”.

Muito perto do lago, havia um tanque com água morna para quem quisesse desistir. Aconteceu que um deles abandonou seus amigos cristãos e entrou na água quente, mas isso lhe causou imediatamente a morte.

A tradição conta que 40 anjos desceram do céu, cada um com uma coroa, mas um anjo ficou a buscar a quem dar o prêmio, porque um deles havia desistido. Um guarda, ao ver que os mártires seguiam rezando e cantando hinos, gritou: “Eu também creio em Cristo”. Terminou também no lago, o anjo se aproximou e lhe deu a coroa do martírio.

Os soldados anticristãos convidavam o mais jovem dos mártires a desanimar, mas sua mãe o incentivava a permanecer fiel. Ao amanhecer, os mártires foram retirados vivos do lago, quebraram-lhes as pernas e os deixaram morrer.

O comandante do exército mandou que os corpos fossem queimados, mas de alguma forma o mais jovem sobreviveu e morreu nos braços de sua mãe. A mulher recolheu todos os que pôde, colocou-os em uma carroça e os levou a um lugar seguro. Impressiona a força espiritual desta mãe, que incentivava seu filho no martírio.

Os cristãos no oriente celebram a festa desses mártires em 9 de março, data em que deram suas vidas, enquanto no ocidente sua festa é em 10 de março. Esta celebração coincide com a Quaresma para encorajar os fiéis no caminho da fé.

 

Laudes de Segunda-feira da 1ª Semana da Quaresma

domingo, 9 de março de 2025

O PODER - Dom José Falcão

Jubileu do Mundo do Voluntariado–Santa Missa , 9 de março de 2025

JUBILEU DO MUNDO DO VOLUNTARIADO

SANTA MISSA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO 
LIDA PELO CARDEAL MICHAEL CZERNY

Basílica de São Pedro
I Domingo da Quaresma, 9 de março de 2025


Jesus é conduzido pelo Espírito ao deserto (cf. Lc 4, 1). Todos os anos, o nosso caminho quaresmal começa por seguir o Senhor neste local, que Ele atravessa e transforma para nós. Na verdade, quando Jesus entra no deserto, ocorre uma mudança decisiva: o lugar do silêncio torna-se um ambiente de escuta. Uma escuta que é posta à prova, porque é necessário escolher entre duas vozes completamente opostas. Ao propor-nos este exercício, o Evangelho testemunha que o caminho de Jesus começa com um ato de obediência: é o Espírito Santo, a própria força de Deus, que o conduz aonde nada de bom cresce da terra nem cai do céu. No deserto, o homem experimenta a própria miséria material e espiritual, a necessidade de pão e de palavra.

Também Jesus, verdadeiro homem, sente fome (cf. v. 2) e, durante quarenta dias, é tentado por uma palavra que não vem do Espírito Santo, mas do espírito maligno, do diabo. Acabando de entrar nos quarenta dias de Quaresma, reflitamos sobre a certeza de que também nós somos tentados, mas não estamos sós: conosco está Jesus, que nos abre o caminho através do deserto. O Filho de Deus feito homem não se limita a oferecer-nos um modelo na luta contra o mal. É muito mais do que isso: dá-nos a força para resistir às suas investidas e perseverar no caminho.

Consideremos então três caraterísticas da tentação de Jesus e também da nossa: o início, o modo e o resultado. Comparando estas duas experiências, encontraremos ajuda para o nosso próprio caminho de conversão.

Antes de mais, no seu início, a tentação de Jesus é voluntária: o Senhor vai para o deserto não por fanfarronice, para mostrar como é forte, mas pela sua disponibilidade filial ao Espírito do Pai, a cuja orientação responde prontamente. Nós, pelo contrário, sofremos a tentação: o mal precede a nossa liberdade, corrompe-a a partir de dentro como uma sombra interior e uma ameaça constante. Enquanto pedimos a Deus que não nos abandone na tentação (cf. Mt 6, 13), recordemos que Ele já atendeu esta prece através de Jesus, o Verbo que se fez carne para permanecer sempre conosco. O Senhor está perto e cuida de nós, especialmente no local da provação e da dúvida, ou seja, quando o tentador levanta a sua voz. Ele é o pai da mentira (cf. Jo 8, 44), corrupto e corruptor, porque conhece a palavra de Deus, mas não a compreende. Aliás, distorce-a: como fez no tempo de Adão, no Jardim do Éden (cf. Gn 3, 1-5), assim faz agora contra Jesus, o novo Adão, no deserto.

Entendemos aqui o modo singular com o qual Cristo é tentado, ou seja, na sua relação com Deus, seu Pai. O diabo é aquele que separa, o divisor; enquanto Jesus é aquele que une Deus e o homem, o mediador. Na sua perversão, o demónio quer destruir esta união, fazendo de Jesus um privilegiado: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão» (v. 3). E ainda, desde o pináculo do Templo: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo» (v. 9). Perante estas tentações, Jesus, o Filho de Deus, decide como ser filho. No Espírito que o guia, a sua escolha revela como quer viver a sua relação filial com o Pai. Eis o que o Senhor decide: esta relação única e exclusiva com Deus, de quem é Filho Unigénito, torna-se uma relação que envolve todos, sem excluir ninguém. A relação com o Pai é o dom que Jesus comunica ao mundo para a nossa salvação, e não uma usurpação (cf. Fl 2, 6) da qual se pode valer para obter sucesso e atrair seguidores.

Também nós somos tentados na nossa relação com Deus, mas de forma oposta. Com efeito, o diabo sussurra-nos ao ouvido que Deus não é verdadeiramente o nosso Pai, e que, na realidade, nos abandonou. Satanás pretende convencer-nos de que para os famintos não há pão, muito menos proveniente das pedras, nem na desgraça os anjos vêm em nosso auxílio. Quando muito, o mundo está nas mãos de forças malignas, que esmagam os povos com a arrogância dos seus planos e a violência da guerra. Enquanto o diabo nos quer fazer crer que o Senhor está longe de nós, levando-nos ao desespero, Deus aproxima-se ainda mais, dando a sua vida pela redenção do mundo.

E chegamos ao terceiro ponto: o resultado das tentações. Jesus, o Cristo de Deus, vence o mal, afasta o diabo, que, no entanto, voltará a tentá-lo “no tempo oportuno” (cf. v. 13). É o que diz o Evangelho, e recordá-lo-emos quando, no Gólgota, voltarmos a ouvir dizer a Jesus: «Se és Filho de Deus, desce da cruz» (Mt 27, 40; cf. Lc 23, 35). No deserto, o tentador é derrotado, mas a vitória de Cristo ainda não é definitiva: sê-lo-á na sua Páscoa de morte e ressurreição.

Enquanto nos preparamos para celebrar o Mistério central da fé, reconhecemos que o resultado da nossa provação é diferente. Perante a tentação, por vezes caímos: somos todos pecadores. Todavia, a derrota não é definitiva, pois Deus levanta-nos de cada queda com o seu perdão, que é infinitamente grande em amor. A nossa provação não termina, pois, com um fracasso, porque em Cristo somos redimidos do mal. Atravessando com Ele o deserto, percorremos um caminho onde não havia nenhuma indicação: o próprio Jesus abre-nos este novo caminho de libertação e redenção. Seguindo o Senhor com fé, de errantes passamos a peregrinos.

Queridas irmãs e queridos irmãos, convido-vos a iniciar assim o nosso percurso quaresmal. E porque, ao longo do caminho, temos necessidade daquela boa vontade que o Espírito Santo sempre fomenta, é com alegria que saúdo todos os voluntários que hoje se encontram em Roma para a sua peregrinação jubilar. Muito obrigado, caríssimos, porque, a exemplo de Jesus, servis o próximo sem vos servirdes dele. Nas ruas e nas casas, ao lado dos doentes, dos que sofrem, dos encarcerados, com os jovens e os idosos, a vossa dedicação infunde esperança em toda a sociedade. Nos desertos da pobreza e da solidão, tantos pequenos gestos de serviço gratuito fazem florescer rebentos de uma nova humanidade: aquele jardim que Deus sonhou e continua a sonhar para todos nós.



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Papa Francisco tem uma melhora gradual e leve e responde bem às terapias


A estátua de São João Paulo II no Hospital Policlínico Agostino Gemelli. ??
A estátua de São João Paulo II no Hospital Policlínico Agostino Gemelli. | Crédito: EWTN.

"A condição clínica do Santo Padre nos últimos dias tem se mantido estável e, consequentemente, mostra uma boa resposta ao tratamento. Portanto, há uma melhora gradual e leve”, disse a Sala de Imprensa da Santa Sé na tarde de hoje (8), sobre o estado de saúde do papa.

O papa Francisco foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro para tratamento de bronquite que mais tarde evoluiu para pneumonia bilateral.

Segundo o boletim médico de hoje, Francisco permaneceu sem febre. “A troca gasosa melhorou; os exames hematoquímicos e hemogramas estão estáveis”.

“Os médicos, a fim de registrar essas melhorias iniciais também nos próximos dias, prudentemente mantêm o prognóstico ainda reservado”, continua o boletim.

Hoje de manhã, depois de receber a eucaristia, Francisco se recolheu em oração na capela de seu apartamento particular, “enquanto à tarde alternou repouso e atividades de trabalho”, lê-se no boletim.

Este boletim médico vem depois de cinco dias consecutivos de estabilidade depois das duas crises respiratórias agudas que ele sofreu na segunda-feira (3).

Desde então, Francisco não sofreu mais episódios de crise e sua melhora foi se tornando mais evidente ao longo da semana. A Santa Sé disse na quarta-feira (5) que ele passou grande parte do dia sentado em uma poltrona e que também participou do rito das cinzas

Na quinta-feira (6), do hospital, ele mandou um áudio para os fiéis reunidos na Praça de São Pedro para rezar por sua saúde.

Durante esses dias, ele recebeu ventilação mecânica não invasiva à noite e oxigenoterapia de alto fluxo durante o dia.

 

Hoje é celebrada santa Francisca Romana, padroeira dos motoristas


Santa Francisca Romana Santa Francisca Romana
 

Hoje (9), a Igreja celebra a festa de santa Francisca Romana, padroeira dos motoristas. Suportou muitas provações, como a morte de seus filhos, ficar viúva e ter suas terras confiscadas. Em meio ao sofrimento, teve a graça de poder ver seu anjo da guarda que velava por ela o tempo todo e a guiava.

Em entrevista ao Grupo ACI, o beneditino olivetano, padreTeodoro Muti, expressou que “santa Francisco Romana foi a madre Teresa do século IV. Era a santa dos pobres e necessitados. Pertencia a uma família rica e nobre, mas ajudava os enfermos nos hospitais e se preocupava também com a saúde espiritual”.

Santa Francisco nasceu em Roma no ano de 1384. Apesar da dura época em que viveu, dividiu seus bens entre os pobres e atendia com bondade e paciência os enfermos. Todos encontravam nela consolo.

Ela descreveu assim seu anjo da guarda: “Era de uma beleza incrível, com uma pele mais branca que a neve e um rubor que superava a vermelhidão das rosas. Seus olhos, sempre abertos olhando para o céu, o cabelo comprido e cacheado cor do ouro”.

“Sua túnica era comprida até os pés e era branca um pouco azulada e, outras vezes, com brilhos avermelhados. Era tal a irradiação luminosa que o seu rosto emanava, que podia ler as matinas em plena meia noite”.

Certo dia, o cético pai de Francisca pediu a ela a honra de que lhe apresentasse a criatura que ele considerava imaginária. Ela segurou a mão do anjo, juntou com a de seu pai e os apresentou. O homem pode ver o ser celestial e não duvidou nunca mais.

Santa Francisco instituiu a Congregação das Oblatas de Maria (Oblatas de Tor de' Specchi), sob a regra de são Bento. Morreu em 1440 e seu confessor, padre John Matteotti, escreveu sua biografia. Foi canonizada em 1608.

No dia 9 de março, há uma grande tradição romana de reunir vários carros nas imediações da igreja de santa Francisca Romana (ou também conhecida com o nome de santa Maria Nova) para receber a bênção da santa, padroeira dos condutores.

 

Laudes do 1º Domingo da Quaresma

sábado, 8 de março de 2025

Maria Nicole Bresciani, J. S. Bach Invention No 13 in A minor BWV 784 , ...

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Homilia Diária | A gravidade do pecado da murmuração (Sábado depois das ...

Magnificat - Lucas 1, 46-55

Nove mulheres que foram exemplares para a Igreja e o mundo


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Há quem diga que a mulher não tem papéis importantes na Igreja. Entretanto, desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o povo de Deus, influenciando também no curso do papado. Conheça nove mulheres que foram exemplares para a Igreja.

1. A Virgem Maria

“Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4), disse Jesus à sua Mãe nas Bodas de Caná, em um casamento ao qual ambos tinham sido convidados. Cristo escutou sua mãe, a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Jesus.

Os primeiros séculos do cristianismo estão cheios de mulheres corajosas que não duvidaram em dar sua vida por Cristo, incentivando os demais cristãos a não fraquejar quando lhes chega o momento.

2. Santa Hildegarda de Bingen

Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja já não era perseguida, mas vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, que chegou a ter uma séria de visões místicas.

Escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade e foi declarada doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012, junto com são João d’Ávila. Sua popularidade fez com que muitas pessoas, entre bispos e abades, lhe pedissem conselhos.

“Quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus”, contou o papa Bento XVI em sua audiência geral sobre esta santa em 2010.

3. Santa Catarina de Sena

Posteriormente, apareceria outra mística e doutora da Igreja, santa Catarina de Sena (1347-1380), que vestiu o hábito da ordem terceira de santo Domingo. Nesta época, os papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de ter sido abandonados por seus bispos, ameaçando com o cisma.

Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e ao consultar santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o papa cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.

Mais tarde, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico pontífice.

A santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do papa, que seguiu suas instruções. A aanta também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma. Toma uma mostra de defesa do papado.

4. Santa Teresa de Jesus

Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita.

Apesar de ter sido incompreendida, perseguida e até acusada na Inquisição, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Submersa muitas vezes em êxtases, nunca deixou de ser realista.

Sendo santa Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também doutora da Igreja.

5. Santa Rosa de Lima

Do outro lado do mundo, na América, mais precisamente no Peru, santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes.

“Provavelmente, não houve na América um missionário que com suas pregações tenha conquistado mais conversões do que as que Rosa de Lima obteve com sua oração e suas mortificações”, disse o papa Inocêncio IX ao se referir à primeira santa da América.

São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.

6. Santa Teresa de Lisieux

Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu santa Teresa de Lisieux (1873-1897), doutora da Igreja e padroeira universal das missões.

Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.

 (acidigital)

Oração pelas mulheres em seu dia

Virgen-de-Guadalupe-8-marzo-2023.jpg Nossa Senhora de Guadalupe | Grant Whitty no Unsplash
 

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que é celebrado hoje (8), apresentamos uma oração para pedir por cada uma das mulheres, para que Deus as proteja.

A oração abaixo foi publicada pela basílica de São Francisco de Assis, na Itália. O texto pede proteção para as mulheres em todas as fases, pelas filhas, irmãs, mães ou esposas, inclusive por aquelas que se sentem sozinhas ou são maltratadas.

Oração pelas mulheres

Obrigado, bom Deus, pelo amor que tendes por nós;

porque nos criaste à vossa imagem e semelhança

na condição de homem e mulher;

para que, reconhecendo a nossa diversidade,

Procuremos complementar-nos:

O homem em apoio das mulheres

e as mulheres em apoio dos homens.

Obrigado pela mulher, Bom Pai, e pela sua missão na comunidade humana.

Nós vos pedimos pela mulher que é filha:

que ela seja acolhida e amada por seus pais,

tratada com ternura e delicadeza.

Nós vos pedimos pela mulher que é irmã:

que ela seja respeitada e defendida por seus irmãos.

Nós vos pedimos pela mulher que é esposa:

que ela seja apreciada, valorizada e ajudada pelo marido,

companheiro fiel na vida conjugal;

que ela seja respeitada e que se faça respeitar,

para viver a comunhão de corações e desejos para dar frutos,

participando assim da maior obra da criação: o ser humano.

Nós vos pedimos pela mulher que é mãe:

que reconhece na maternidade o florescimento de sua feminilidade.

Criada para o relacionamento

que seja sensível, terna e disposta a se sacrificar na formação de cada filho;

com doçura e força,

serenidade e coragem,

fé e esperança,

para que forje a pessoa, o cidadão, o filho de Deus.

Nós vos pedimos pelas mulheres boas e generosas

que deram as suas vidas pelas nossas.

Nós vos pedimos pelas mulheres que se sentem sozinhas,

Por aquelas que não encontram sentido em suas próprias vidas;

pelas marginalizadas, por aquelas que são usadas ​​como objeto de prazer e consumo;

por aquelas que foram abusadas e mortas.

Nós vos pedimos, bom Pai, por todos nós,

homens e mulheres;

para que possamos entender, apreciar e ajudar-nos uns aos outros,

para que na relação agradável e positiva

Trabalhemos juntos a serviço da família e da vida.

Nós vos pedimos, por intercessão da Virgem Maria de Guadalupe,

Mulher, Esposa e Boa Mãe,

cheia de fé humilde e corajosa,

que nos acompanhe, nos sustente e nos conduza

ao vosso Filho Jesus Cristo,

que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

 (acidigital)

Papa permanece estável e alterna descanso com trabalho e oração, diz Santa Sé


Estátua do papa são João Paulo II em frente ao Hospital Gemelli ??
O papa Francisco está internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, há 22 dias. | Daniel Ibáñez/EWTN
 

O estado de saúde do papa Francisco permanece estável, disse a Sala de Imprensa da Santa Sé hoje (7) à noite.

No 22º dia de internação no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, o quadro clínico do papa permanece estável, embora complexo. Os médicos mantêm o prognóstico reservado.

O papa foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro por problemas respiratórios.

Hoje, segundo a Santa Sé, Francisco descansou e combinou oração com trabalho e terapia.

A Santa Sé disse também que o papa Francisco "recolheu-se por cerca de 20 minutos na capela do apartamento no décimo andar do Gemelli para um momento privado de oração".

 

Hoje é celebrado são João de Deus, padroeiro dos que trabalham em hospitais


São João de Deus São João de Deus
 

Hoje (8), a Igreja Católica celebra a festa de são João de Deus, fundador da Comunidade dos Irmãos Hospitaleiros, padroeiro dos que trabalham em hospitais e dos que propagam livros religiosos.

Nasceu e morreu em 8 de março. Nascido em Portugal, em 1495, faleceu em Granada, Espanha, em 1550, aos 55 anos de idade. De família pobre, mas muito piedosa, sua mãe morreu quando ele era muito jovem e seu pai morreu como religioso em um convento.

Em sua juventude, foi um pastor, muito apreciado pelo proprietário da fazenda onde trabalhou, o qual propôs que se cassasse com sua filha e assim seria herdeiro daqueles bens. Mas, o santo decidiu ficar livre de compromissos econômicos e conjugais porque queria se dedicar a trabalhos mais espirituais.

Foi também soldado sob as ordens do gênio da guerra, Carlos V, em batalhas muito famosas e a vida militar o fez forte, resistente e sofrido.

Depois de deixar o exército, decidiu se render à vida apostólica, vendendo livros religiosos nas ruas. Ele chegou a Granada, na Espanha, cidade onde, em 1538, depois de ter ouvido um inflamado sermão de são João d’Ávila contra a vida de pecado, começou a gritar: “misericórdia, Senhor, sou um pecador”.

Confessou-se com são João d’Ávila e propôs como penitência fingir-se de louco para que as pessoas o humilhassem e o fizessem sofrer.

Distribuiu entre os pobres tudo o que tinha em sua pequena livraria, começou a vagar pelas ruas da cidade pedindo misericórdia a Deus por todos os seus pecados e, como as pessoas acreditavam que era louco, começaram a atacá-lo com pedras e golpes.

João de Deus foi levado para o hospício onde foi tratado com crueldade e todo sofrimento era oferecido pela conversão dos pecadores.

Depois de sair do hospício, fundou um hospital e ensinou, por exemplo, que a certos enfermos se deve curar primeiro a alma se quiser obter depois a cura do corpo.

Em uma ocasião, seu hospital se incendiou e, sem questionar-se, são João de Deus entrou várias vezes para resgatar os pacientes. Quando passou em meio às chamas, não sofreu nenhuma queimadura, conseguindo salvar a vida de todos os pobres a quem se dedicava com tanto amor.

Em 8 de março de 1550, sentindo que se aproximava a sua morte, ajoelhou-se e exclamou: “Jesus, Jesus, em suas mãos me encomendo”, e nesse momento faleceu.

Após sua morte, recebeu de Deus muitos milagres para seus devotos e foi declarado santo em 1690.

Atualmente, os irmãos Hospitaleiros de são João de Deus se dedicam a cuidar dos doentes em suas centenas de casas localizadas em diferentes partes do mundo. Atendem os enfermos em todos os continentes e com grandes e maravilhosos resultados, empregando sempre os métodos da bondade e da compreensão, em vez do rigor e da tortura.

 

Liturgia das Horas: Laudes - Sábado de cinzas - 08/03/25

sexta-feira, 7 de março de 2025

RECONCILIAÇÃO - Dom José Falcão

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 07.03.2025

De Profundis - Salmo 130 (129)

Comentario a el viernes después de ceniza.

Papa teve noite tranquila no hospital, diz Santa Sé


Hospital Policlínico Agostino Gemelli ??
O papa Francisco está internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro. | Daniel Ibañez/EWTN
 

“O papa teve uma noite tranquila e acordou pouco depois das 8h”, disse hoje (7) a Santa Sé.

O papa foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro por problemas respiratórios.

Embora o estado clínico do papa Francisco continue complexo, o papa permaneceu estável por toda a semana, depois de duas crises respiratórias agudas ocorridas na última segunda-feira (3).

Francisco enviou ontem (6) à noite uma breve mensagem de áudio do hospital para a multidão reunida na praça de São Pedro, no Vaticano.

“Agradeço de todo o coração as orações que vocês estão fazendo pela minha saúde na Praça, eu os acompanho daqui. Que Deus os abençoe e que Nossa Senhora cuide de vocês. Obrigado a todos”, disse o papa Francisco em espanhol.

 (acidigital)

Hoje a Igreja celebra santas Perpétua e Felicidade, mulheres guerreiras e mártires da fé


Santas Perpétua e Felicidade Santas Perpétua e Felicidade
 

“Permanecei firmes na fé e guardai a caridade entre vós; não deixeis que o sofrimento se converta em pedra de escândalo”, disse santa Perpétua antes de morrer com a amiga Santa Felicidade. Com coragem, essas mulheres guerreiras se tornaram mártires e sua festa é celebrada hoje (7).

Perpétua era filha de uma família nobre e tinha um filho recém-nascido. Felicidade era escrava e estava grávida. As duas foram presas, no norte da África, na época em que o imperador Severo havia decretado pena de morte para os cristãos.

Na prisão, Felicidade obteve a graça que tanto pedia, de que seu filho nascesse antes da sua execução. Ao gemer com as dores do parto, respondeu ao guarda que a perturbava: “O que sofro agora é fruto da natureza, mas quando for atacada pelas feras, não estarei sofrendo sozinha, Cristo sofrerá por mim!”.

As duas mulheres se mantiveram firmes e fizeram questão de ser batizadas mesmo na prisão.

De acordo com as atas dessas santas, no dia de seu martírio, Perpétua e Felicidade foram jogadas a uma vaca selvagem, que atacou primeiro Perpétua. A santa se sentou imediatamente e arrumou sua túnica e seu cabelo para que as pessoas não achassem que estava com medo. Em seguida, aproximou-se de Felicidade, que estava no chão.

Pessoas gritavam que isso bastava e os guardas as retiraram pela porta dos gladiadores vitoriosos. Perpétua voltou a si de uma espécie de êxtase e perguntou se já iria enfrentar as feras. Quando lhe contaram o que havia acontecido, a santa não podia acreditar.

Em seguida, a multidão pediu que as mártires comparecessem novamente. Depois que as santas se deram um beijo da paz, Felicidade foi decapitada pelos gladiadores.

O carrasco de Perpétua estava nervoso e errou o primeiro golpe. Então, Perpétua ofereceu o pescoço ela mesma e, dessa maneira, também morreu pela fé. Naquele dia também deram suas vidas outros mártires valentes.

 

Laudes de Sexta-feira depois das Cinzas

quinta-feira, 6 de março de 2025

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 06.03.2025

Por que razão Donald Trump declarou o inglês língua oficial dos EUA?

Homilia Diária | Quem rejeita a cruz, rejeita Jesus (Quinta-feira depois...

Noite tranquila para o Papa


O Papa Francisco mantém seu repouso após uma noite tranquila. Essa é a atualização sobre a saúde do Pontífice divulgada na manhã desta quinta-feira, 6 de março, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Vatican News

"A noite do Papa foi tranquila e ele mantém seu repouso." Essa é a atualização sobre o estado de saúde de Francisco, internado no Hospital Agostino Gemelli, divulgada na manhã desta quinta-feira, 6 de março, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Depois de acordar, o Papa continuou com as terapias, incluindo a fisioterapia motora ativa. Como programado, após a ventilação mecânica não invasiva durante a noite, pela manhã ele voltou à oxigenação de alto fluxo com o uso de cânulas nasais.
 

O boletim médico da noite anterior indicava que suas condições permaneciam estáveis, sem episódios de insuficiência respiratória. Conforme o planejado, durante a noite, o Pontífice voltou a utilizar a ventilação mecânica não invasiva, após ter realizado, ao longo do dia, oxigenoterapia de alto fluxo. O Papa segue colaborando com os tratamentos e mantém um bom estado de humor. Os médicos destacaram a ausência de crises nos últimos dois dias.

No entanto, devido à complexidade do quadro clínico, o prognóstico continua reservado.

 

Hoje é dia de santo Olegário, o santo que teve que governar três dioceses ao mesmo tempo


Santo Olegário, 6 de março. Santo Olegário, 6 de março. | ACI Digital.
 

Hoje (6), a Igreja celebra santo Olegário (1060-1137), que foi ao mesmo tempo bispo de Barcelona, ​​arcebispo de Tarragona e administrador dos territórios de uma terceira diocese. Orador ilustre, estimado pelos seus contemporâneos, atuou como organizador eclesiástico e administrador prudente. Trabalhou incansavelmente para fortalecer a religiosidade do seu povo e a presença da Igreja na vida cotidiana dos fiéis.

Olegário nasceu em 1060, numa família importante de Barcelona, ​​ligada à nobreza. Seu pai era mordomo e secretário de Ramón Berenguer I, conde de Barcelona. Sua mãe, Guilia, era descendente da nobreza goda. Com apenas dez anos, foi confiado pelos pais à catedral de Santa Cruz, em Barcelona, ​​para receber educação.

Anos mais tarde - já como sacerdote - fez parte do grêmio dos cônegos da catedral, depois de San Adrián de Besós e mais tarde de Sant Rufo de Avignon.

Pastor destemido

Santo Olegário foi nomeado bispo de Barcelona em 1116, numa época em que governava Ramón Berenguer III, conde de Barcelona. Estes foram também os tempos do pontificado de Pascual II. Em 1117 visitou a cidade de Roma com o propósito de conhecer o recém-nomeado papa Gelásio II e prestar-lhe as devidas honras.

Durante a reconquista de Tarragona, zona em poder dos árabes desde o início do século VIII, foi investido como arcebispo daquela região, sem deixar de ocupar a sé de Barcelona. Foram longos dias de provação em que um peso imenso caiu sobre seus ombros e nos quais ele se agarrou piedosamente ao Senhor. Sem descanso – era metropolita de direito pleno – foi também nomeado administrador eclesiástico dos territórios da diocese de Tortosa, jurisdição atingida pela ocupação árabe.

Estas missões concretas eram uma pesada cruz, que nem Olegário nem ninguém poderia se atrever a carregar sem se colocar nas mãos da Virgem Maria e na assistência do Espírito.

Santidade e política? Vocação de serviço

O arcebispo de Tarragona foi um homem de Deus e um bom filho do seu tempo. Para onde Deus o enviou, lá foi ele, sempre confiando no seu Amor infinito. Pela sua nobreza de carácter conquistou o apreço de figuras importantes e influentes, incluindo, claro, figuras políticas. Ramón Berenguer III e Ramón Berenguer IV o tiveram como conselheiro e colaborador.

Soube reconhecer e cuidar sabiamente dos importantes limites entre o poder civil e o eclesiástico; sem cair nas armadilhas da exclusão mútua ou no erro da confusão entre jurisdições. A partir da sua sede, Olegário contribuiu, neste sentido, para a renovação da Igreja local e para o fortalecimento da sua independência. Isso fez dele uma figura proeminente no mundo medieval em geral, quando a transposição ou invasão de jurisdições era moeda comum em muitos lugares.

Santo Olegário também atuou como mediador quando necessário. Em dezembro de 1134, juntamente com outras figuras civis e eclesiásticas, chegou a Saragoça e conseguiu um acordo de paz entre o rei Ramiro II de Aragão e Afonso VII de Castela, à beira de um confronto.

Sem dicotomias entre povo e hierarquia

Assim como santo Olegário tratava corretamente dos assuntos terrenos e espirituais, também foi servo do papa nos assuntos pertinentes à hierarquia eclesiástica, amparador e protetor da vida dos fiéis. Participou de vários concílios: Toulouse, Reims, Primeiro de Latrão (nono dos concílios ecumênicos). Posteriormente, foi enviado pelo papa Inocêncio II ao segundo Concílio de Latrão, do qual também participou são Bernardo de Claraval.

Durante as sessões, ele foi o responsável pela apresentação dos argumentos contra o antipapa Anacleto. Diz-se que a sua eloquência foi tal em cada uma das suas intervenções que o voto de condenação (excomunhão) de Anacleto foi unânime.

Veneração

O arcebispo morreu em Barcelona em 6 de março de 1137 e foi canonizado cinco séculos depois pelo papa Clemente X, em 1675.

Seu corpo, em estado incorrupto, repousa até hoje em uma câmara da catedral de Barcelona, ​​dentro da capela de Cristo de Lepanto. Todo dia 6 de março, esta câmara é aberta ao público e o corpo do santo pode ser visto através da urna de vidro

Santo Olegário, rogai pela fidelidade dos sacerdotes, dos bispos e do papa, servidores do Povo de Deus.

 

Liturgia das Horas: Laudes - Quinta-feira de cinzas - 06/03/25

quarta-feira, 5 de março de 2025

Procissão penitencial, Santa Missa e imposição das Cinzas 5 de março de ...


 

 

SANTA MISSA, BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO 
LIDA PELO CARDEAL ANGELO DE DONATIS

Basílica de Santa Sabina
Quarta-feira, 5 de março de 2025

As cinzas sagradas que, nesta tarde, serão colocadas sobre a nossa cabeça reavivam em nós a memória do que somos e também a esperança do que seremos. Recordam-nos que somos pó, mas situam-nos no caminho da esperança a que estamos chamados, porque Jesus desceu ao pó da terra e, através da sua Ressurreição, leva-nos com Ele para o coração do Pai.

É assim que se abre o caminho da Quaresma até à Páscoa, entre a memória da nossa fragilidade e a esperança de que, no fim do caminho, o Ressuscitado estará à nossa espera.

Em primeiro lugar, é preciso conservar a memória. Recebemos as cinzas inclinando a cabeça, como que para nos olharmos a nós próprios, para nos olharmos por dentro. Efetivamente, as cinzas ajudam-nos a fazer memória da fragilidade e da insignificância da nossa vida: somos pó, fomos criados do pó e voltaremos ao pó. E em tantos momentos, tendo em conta a nossa vida pessoal ou a realidade que nos rodeia, apercebemo-nos que «não é mais do que um sopro! […] É em vão que se agita: amontoa riquezas e não sabe para quem ficam» (Sl 39, 6-7).

Isto no-lo ensina sobretudo a experiência da fragilidade, que sentimos nas nossas canseiras, da fraqueza com que temos de nos confrontar, dos medos que nos habitam, dos fracassos que nos queimam por dentro, da fugacidade dos nossos sonhos, da constatação de como são efémeras as coisas que possuímos. Feitos de cinzas e de terra, tocamos a fragilidade ao experimentarmos a doença, a pobreza, o sofrimento que, por vezes, se abate inesperadamente sobre nós e sobre as nossas famílias. E apercebemo-nos de que somos frágeis também quando, na vida social e política do nosso tempo, nos encontramos expostos às “poeiras finas” que poluem o mundo: a contraposição ideológica, a lógica da prevaricação, o regresso de velhas ideologias identitárias que teorizam a exclusão dos outros, a exploração dos recursos da terra, a violência nas suas diversas formas, a guerra entre os povos. Tudo isto são “poeiras tóxicas” que turvam o ar do nosso planeta e impedem a coexistência pacífica, enquanto a incerteza e o medo do futuro crescem dentro de nós todos os dias.

Por fim, esta condição de fragilidade lembra o drama da morte, que nas nossas sociedades da aparência tentamos exorcizar de muitas maneiras e até apartar da nossa linguagem, mas que se impõe como uma realidade que temos de tomar em consideração, como um sinal da precariedade e da transitoriedade das nossas vidas.

Assim, apesar das máscaras que usamos e dos artifícios criados muitas vezes habilmente para nos distrair, as cinzas recordam-nos quem somos e isto faz-nos bem. Reconfigura-nos, atenua a dureza dos nossos narcisismos, traz-nos de volta à realidade, torna-nos mais humildes e disponíveis uns para com os outros: nenhum de nós é Deus, estamos todos a caminho.

A Quaresma, porém, é igualmente um convite a reavivar em nós a esperança. Se recebemos as cinzas com a cabeça inclinada para reavivar a memória do que somos, o tempo quaresmal não quer deixar-nos de cabeça baixa, antes pelo contrário, exorta-nos a levantar a cabeça para Aquele que se ergue das profundezas da morte, levando-nos também a nós das cinzas do pecado e da morte para a glória da vida eterna.

As cinzas recordam-nos então a esperança a que somos chamados, porque Jesus, o Filho de Deus, misturou-se com o pó da terra, elevando-o ao céu. Ele desceu às profundezas do pó, morrendo por nós e reconciliando-nos com o Pai, como ouvimos ao apóstolo Paulo: «Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós» (2 Cor 5, 21).

Esta, irmãos e irmãs, é a esperança que reaviva as cinzas que somos. Sem esta esperança, estamos condenados a suportar passivamente a fragilidade da nossa condição humana e, em especial diante da experiência da morte, afundamo-nos na tristeza e na desolação, acabando por raciocinar como insensatos: «Breve e triste é a nossa vida, não há remédio algum quando chega a morte [...] o nosso corpo voltará ao pó, e o nosso espírito se dissolverá como o ar subtil» (Sb 2, 1-3). Em contrapartida, a esperança da Páscoa, para a qual nos dirigimos, sustenta-nos nas fragilidades, assegura-nos o perdão de Deus e, mesmo quando estamos envoltos nas cinzas do pecado, abre-nos à confissão jubilosa da vida: «Eu sei que o meu redentor vive e prevalecerá, por fim, sobre o pó da terra!» (Jb 19, 25). Recordemos que «o homem é pó e pó se há de tornar, mas é pó precioso aos olhos de Deus, porque Deus criou o homem destinando-o à imortalidade» (Bento XVI, Audiência Geral, 17 de fevereiro de 2010).

Irmãos e irmãs, com as cinzas sobre a cabeça, caminhamos em direção à esperança da Páscoa. Convertamo-nos a Deus, voltemos a Ele com todo o coração (cf. Jl 2, 12), coloquemo-Lo de novo no centro da nossa vida, para que a memória do que somos – frágeis e mortais como cinza lançada ao vento – seja finalmente iluminada pela esperança do Ressuscitado. E dirijamos a nossa vida para Ele, tornando-nos sinal de esperança para o mundo: aprendamos por meio da esmola a sair de nós mesmos para partilhar as necessidades uns dos outros e alimentar a esperança de um mundo mais justo; aprendamos por meio da oração a descobrir-nos necessitados de Deus ou, como dizia Jacques Maritain, “mendigos do céu”, para alimentar a esperança de que, nas nossas fragilidades e no fim da nossa peregrinação terrena, nos espera um Pai de braços abertos; aprendamos por meio do jejum que não vivemos apenas para satisfazer necessidades, mas que temos fome de amor e de verdade, e só o amor de Deus e de uns pelos outros pode verdadeiramente saciar-nos e dar-nos esperança num futuro melhor.

Sejamos acompanhados sempre pela certeza de que, desde o momento em que o Senhor veio nas cinzas do mundo, «a história da terra é a história do céu. Deus e o homem estão unidos num único destino» (C. Carretto, Il deserto nella città, Roma 1986, 55), e Ele fará desaparecer para sempre as cinzas da morte para nos fazer resplandecer de vida nova.

Com esta esperança no coração, ponhamo-nos a caminho e reconciliemo-nos com Deus.



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O GUIA PARA VIVER BEM A QUARESMA | Parte 2 - COM PE. LEONARDO WAGNER

AUDIÊNCIA GERAL DE 5 DE MARÇO DE 2025

PAPA FRANCISCO

CATEQUESE DO SANTO PADRE PREPARADA
PARA A AUDIÊNCIA GERAL DE 5 DE MARÇO DE 2025

Quarta-feira, 5 de março de 2025


Ciclo – Jubileu 2025. Jesus Cristo Nossa Esperança. I. A infância de Jesus. 8. "Meu filho, por que nos fizeste isto?" (Lc 2,49). O encontro de Jesus no Templo

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Nesta última catequese dedicada à infância de Jesus, inspiremo-nos no episódio em que, aos doze anos, Ele permaneceu no Templo sem avisar os pais, que o procuraram ansiosamente e o encontraram depois de três dias. Esta narração apresenta-nos um diálogo muito interessante entre Maria e Jesus, que nos ajuda a refletir sobre o caminho da mãe de Jesus, um percurso que certamente não foi fácil. Com efeito, Maria percorreu um itinerário espiritual ao longo do qual progrediu na compreensão do mistério do seu Filho.

Repensemos nas várias etapas deste percurso. No início da sua gravidez, Maria visita Isabel e permanece com ela durante três meses, até ao nascimento do pequeno João. Depois, quando já está no nono mês, por causa do recenseamento, vai com José a Belém, onde dá à luz Jesus. Após quarenta dias, vão a Jerusalém para a apresentação do menino; e depois, todos os anos, regressam em peregrinação ao Templo. Mas com Jesus ainda pequenino, refugiaram-se durante muito tempo no Egito para o proteger de Herodes e só após a morte do rei voltaram a estabelecer-se em Nazaré. Quando Jesus, já adulto, inicia o seu ministério, Maria está presente e é protagonista nas bodas de Caná; sucessivamente, segue-o “à distância”, até à última viagem a Jerusalém, até à paixão e morte. Depois da Ressurreição, Maria permanece em Jerusalém como Mãe dos discípulos, sustentando a sua fé à espera da efusão do Espírito Santo.

Ao longo de todo este caminho, a Virgem é peregrina de esperança, no sentido forte que se torna “filha do seu Filho”, sua primeira discípula. Maria trouxe ao mundo Jesus, Esperança da humanidade: alimentou-o, fê-lo crescer, seguiu-o, deixando-se plasmar primeiro pela Palavra de Deus. Nela - como disse Bento XVI - Maria «sente-se verdadeiramente em casa, dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus [...] fica assim patente que os seus pensamentos estão em sintonia com os de Deus, que a sua vontade está unida à de Deus. Vivendo intimamente permeada pela Palavra de Deus, Ela pôde tornar-se mãe da Palavra encarnada» (Encíclica Deus caritas est, 41). No entanto, esta comunhão singular com a Palavra de Deus não a poupa ao esforço de uma “aprendizagem” exigente.

A experiência da perda de Jesus aos doze anos, durante a peregrinação anual a Jerusalém, assusta Maria a tal ponto que se faz porta-voz até de José, repreendendo o filho: «Meu filho, por que nos fizeste isto? Eis que o teu pai e eu te procurávamos, cheios de aflição» (Lc 2, 48). Maria e José sentiram a dor dos pais que perdem um filho: ambos acreditavam que Jesus estava na caravana dos parentes, mas não o tendo visto durante um dia inteiro, começam a busca que os levará a fazer a viagem de regresso. Quando voltam ao Templo, descobrem que Aquele que aos seus olhos, até há pouco tempo, era um menino a proteger, cresceu como que repentinamente e já era capaz de participar em debates sobre as Escrituras e de enfrentar os mestres da Lei.

À repreensão da mãe, Jesus responde com uma simplicidade desarmante: «Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?» (Lc 2, 49). Maria e José não compreendem: o mistério do Deus que se fez menino supera a sua inteligência. Os pais querem proteger aquele filho preciosíssimo sob as asas do seu amor; Jesus, pelo contrário, quer viver a sua vocação de Filho do Pai que está ao seu serviço e vive mergulhado na sua Palavra.

Assim, as Narrações da Infância de Lucas encerram-se com as últimas palavras de Maria, que recordam a paternidade de José em relação a Jesus, e com as primeiras palavras de Jesus, que reconhecem como esta paternidade tem origem na do seu Pai celeste, de quem reconhece o primado inquestionável.

Prezados irmãos e irmãs, como Maria e José, cheios de esperança, sigamos também nós os passos do Senhor, que não se deixa limitar pelos nossos esquemas, fazendo-se encontrar não tanto num lugar, mas na resposta de amor à terna paternidade divina, resposta de amor que é a vida filial.



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