quarta-feira, 16 de julho de 2025
Nossa Senhora do Carmo e sua profunda relação com a Estrela do Mar


Por Redação central
16 de jul de 2025 às 01:00
O Carmelo é uma cadeia montanhosa situada na Palestina, com aproximadamente 600 metros de altitude, localizada perto da costa mediterrânea. Ele é uma referência para navios e é considerada um lugar sagrado pelas três religiões monoteístas (judeus, cristãos e muçulmanos).
Além disso, está relacionado com o profeta Elias do Antigo Testamento.
A tradição diz que no século XIII os carmelitas tiveram que abandonar o Monte Carmelo devido à invasão dos muçulmanos e os que ficaram foram massacrados. Antes de ir embora, enquanto cantavam o Salve Regina, a Virgem Maria lhes apareceu e prometeu ser a sua Estrela do Mar.
Por volta de 1241, o Barão de Grey da Inglaterra voltou das Cruzadas na Palestina levando um grupo de religiosos do Monte Carmelo e lhes deu uma mansão em Aylesford.
Neste lugar, alguns anos depois, houve um acontecimento mariano especial.
Um dia, são Simão Stock, superior dos carmelitas, implorou por uma intervenção divina em defesa dos diversos ataques que a ordem recebia. Em sua oração suplicante, chamou a Mãe de Deus de “flor do Carmelo” e “Estrela do Mar”. A Virgem o ajudou e apareceu com o escapulário para os carmelitas.
Na medida em que os religiosos carmelitas foram crescendo, propagou-se a devoção à Virgem do Carmo, também conhecida como a Estrela do Mar, e ocorreram milagres.
Em 1845, o barco inglês “Rei do Oceano” estava no meio de uma grande tempestade. As ondas castigavam sem piedade e o fim parecia próximo. Um ministro protestante chamado Fisher subiu ao convés com sua esposa, seus filhos e outros para implorar a Deus misericórdia e perdão.
Um jovem irlandês, John McAuliffe, ao perceber a gravidade da situação, abriu a sua camisa,
tirou o Escapulário e, fazendo com ele o Sinal da Cruz sobre as furiosas ondas, o lançou ao oceano. Naquele momento o vento se acalmou, mas uma onda chegou ao convés e o Escapulário regressou aos pés do rapaz.
Ao interrogar o jovem, os presentes conheceram a história da Santíssima Virgem e do seu Escapulário. Deste modo, o Sr. Fisher e a sua família decidiram entrar para a Igreja Católica o mais rápido possível e assim desfrutar da proteção da Virgem do Carmo.
(acidigital)
Hoje celebramos Nossa Senhora do Carmo, a mais bela flor do jardim de Deus


Por Redação central
16 de jul de 2025 às 00:01
Segundo a tradição, no dia 16 de julho de 1251, são Simão Stock, superior dos carmelitas, encontrava-se em profunda oração rogando por seus religiosos perseguidos quando a Virgem lhe apareceu com o hábito da Ordem na mão e entregou-lhe o escapulário.
Tempos depois, a devoção a Nossa Senhora do Carmo foi florescendo e a espiritualidade carmelita se estendeu por vários lugares do mundo.
A festa de Nossa Senhora do Carmo, que se celebra hoje, 16 de julho, é ainda símbolo do encontro entre a Antiga e a Nova Aliança, porque foi no monte Carmelo (vocábulo hebreu que significa jardim) onde o profeta Elias defendeu a fé do povo escolhido contra os pagãos.
Elias e Eliseu permaneceram no Monte Carmelo e com seus discípulos viveram de maneira contemplativa, como eremitas em oração. Em meados do século XII de nossa era, são Bertolo fundou a Ordem do Carmelo e vários sacerdotes foram viver no carmelo como eremitas.
Por volta de 1205, santo Alberto, patriarca de Jerusalém, entregou aos eremitas do Carmelo uma regra de vida, que foi aprovada pelo papa Honório III em 1226. Eles tinham a missão de viver na forma de Elias e de Maria Santíssima, a quem veneravam como a Virgem do Carmo.
No século XIII, o papa Inocêncio IV concedeu aos carmelitas o privilégio de ser incluídos entre as ordens mendicantes junto com os franciscanos e dominicanos. Os carmelitas passaram por algumas reformas, sendo a maior delas a realizada por santa Teresa d´Ávila (Santa Teresa de Jesus) e são João da Cruz. Através dos séculos, esta espiritualidade deu muitos santos à Igreja.
Oração à Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
terça-feira, 15 de julho de 2025
Hoje é a festa de são Boaventura, o “doutor seráfico”


Por Redação central
15 de jul de 2025 às 00:01
“O gozo espiritual é o melhor sinal de que a graça habita em uma alma”, escreveu uma vez são Boaventura, doutor da Igreja, conhecido como “doutor seráfico”, por seus escritos cheios de fé e amor ao Senhor. Sua festa é celebrada hoje (15).
São Boaventura nasceu na Itália por volta de 1221. Depois de tomar o hábito da ordem franciscana, estudou na Universidade de Paris (França). Posteriormente, ensinou Teologia e Sagrada Escritura nesse mesmo centro de estudos.
Dedicava muito tempo à oração e seu rosto alegre e sereno era o reflexo de sua alma. Entretanto, começou a se considerar indigno, cheio de faltas, e algumas vezes se abstinha de comungar, embora sua alma desejasse receber a Eucaristia com todo seu amor.
Mas, Deus lhe mostrou sua misericórdia e teve uma revelação divina em que recebeu a comunhão. Desde aquele dia, são Boaventura comungou normalmente e depois se preparou para receber a ordem sacerdotal.
Compôs seu “Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo”, que é uma grande suma de teologia escolástica. “A maneira como se expressa sobre a teologia, indica que o Espírito Santo falava por sua boca”, dizia o papa Sisto IV sobre esta obra.
Nessa época, foi desencadeado um ataque de alguns professores da Universidade de Paris contra os franciscanos, produto da inveja e desconforto que geravam os êxitos pastorais da vida santa dos membros da ordem.
O papa interveio e, depois de uma investigação, devolveu aos filhos de são Francisco suas cadeiras. Em 1257, são Boaventura e santo Tomás de Aquino receberam o título de doutores.
São Boaventura foi eleito superior geral dos frades menores e assumiu uma ordem dividida entre os que pediam uma severidade inflexível e os que desejavam que se mitigasse a regra original. Dessa maneira, o santo começou a escrever a vida de São Francisco de Assis.
Em uma ocasião, santo Tomás de Aquino foi visitar Boaventura quando escrevia sobre “o pobre de Assis”. Ao chegar, encontrou-o em sua cela em plena contemplação e santo Tomás se retirou dizendo: “Deixemos um santo trabalhar por outro santo”. Esta obra biográfica se chamou “Lenda Maior”.
Foi nomeado cardeal bispo de Albano e chamado imediatamente para Roma. O papa Gregório X lhe encomendou a preparação dos temas do Concílio ecumênico de Lyon sobre a união com os gregos ortodoxos, no qual participou ativamente.
Renunciou a seu cargo de superior geral da ordem e pouco tempo depois partiu para a Casa do Pai, na noite de 14 para 15 de julho de 1274, em Lyon.
segunda-feira, 14 de julho de 2025
O escapulário e o rosário são inseparáveis, disse irmã Lúcia, vidente de Fátima


Por Redação central
13 de jul de 2025 às 02:00
Uma das videntes das aparições da Virgem em Fátima foi Lúcia, que mais tarde se tornou religiosa Carmelita e revelou que Nossa Senhora do Carmo esteve na última aparição, em 13 de outubro de 1917, mostrando que “o escapulário e o rosário são inseparáveis”.
Conforme relato recolhido pelo site da ‘Ordem do Carmo em Portugal’, em 13 de outubro de 1917, a Mãe de Deus cumpriu a promessa que tinha feito aos três pastorinhos no mês anterior. Assim, depois da aparição da Virgem, apareceram também São José e o Menino Jesus, depois, Nossa Senhora das Dores e, em seguida, Nossa Senhora do Carmo.
Este episódio foi contado pela própria irmã Lúcia ao padre Donald O’Callaghan, O. Carm., em setembro de 1949. Em testemunho à ‘Ordem do Carmo em Portugal’, o sacerdote contou que na visita feita à religiosa, “estava particularmente interessado em saber qual o lugar do escapulário do Carmo nas aparições de Fátima”.
A irmã Lúcia contou ao sacerdote carmelita que Nossa Senhora não lhe falou nada sobre o escapulário, mas, “dissera-lhe que viria como Nossa Senhora do Carmo, e a sua interpretação era que a devoção do escapulário agradava a Nossa Senhora, e que Ela desejava que fosse propagada”.
O padre O’Callaghan narrou ter perguntado à vidente “se ela pensava que a devoção do escapulário fazia parte da mensagem de Fátima”, ao que Lúcia respondeu que, certamente, “o escapulário e o rosário são inseparáveis”, pois “o escapulário é o sinal da consagração a Nossa Senhora”.
O sacerdote disse ter pedido que a carmelita escrevesse tais palavras, mas, ela afirmou que “só o faria com a permissão do Santo Padre”.
No ano seguinte, em 11 de fevereiro de 1950, o papa Pio XII convidou a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos”.
Mais tarde, na festa da Assunção de Nossa Senhora em 1950, irmã Lúcia voltou a falar sobre a aparição de Nossa Senhora do Carmo e sobre o escapulário ao padre Howard Raffterty, O.Carm.
Segundo o sacerdote, irmã Lúcia ressaltou que, “em muitos livros sobre Fátima, os autores não dão o escapulário como parte integrante da mensagem”. “Ah, fazem mal; Nossa Senhora quer que todos usem o escapulário”, completou a religiosa.
O padre Raffterty contou ter insistido sobre a questão, por considerar que aquela declaração “não fosse talvez suficientemente claro”. Então, perguntou novamente: “Mas Nossa Senhora nada disse quando apareceu como Senhora do Carmo. Podemos ter a certeza que Ela queria o escapulário como fazendo parte da mensagem, só pelo fato de trazer o hábito vestido e segurar o escapulário?”.
Irmã Lúcia garantiu que “sim” e disse: “Agora já o Santo Padre o confirmou a todo o mundo, dizendo que o escapulário é sinal de consagração ao Imaculado Coração. Ninguém pode discordar”.
A religiosa reforçou que, “sem dúvida, o terço e o escapulário são inseparáveis”.
(acidigital)
"Não há que enganar a morte, mas servir a vida", diz Leão XIV em Castel Gandolfo


Por Victoria Cardiel
13 de jul de 2025 às 12:15
Em seu primeiro Ângelus em Castel Gandolfo, o papa Leão XIV disse que a vida eterna não é para ser conquistada, mas sim acolhida como um “dom” que nasce do “amor de Deus” e, por isso, não se deve tentar “enganar a morte, mas servir a vida”.
"Para viver eternamente, portanto, não há que enganar a morte, mas servir a vida, ou seja, cuidar da existência dos outros no tempo que aqui partilharmos. Esta é a lei suprema, que não só está antes de qualquer regra social como lhe dá sentido", disse o papa.
O papa falou aos fiéis e peregrinos reunidos na Piazza della Libertá (Praça da Liberdade) em Castel Gandolfo, para onde se dirigiu no dia 6 de julho para um breve período de férias. O seu regresso ao Vaticano está previsto para o próximo domingo (20).
Em frente ao Palácio Apostólico da Villa Pontifícia, um palácio reforçado do século XVII, localizado nas margens do Lago Albano, o papa dedicou a sua reflexão a uma pergunta-chave em relação ao Evangelho de hoje (Lc 10,25): "Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?

“O Evangelho de hoje começa com uma lindíssima pergunta feita a Jesus: ‘Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?’”, começou o papa.
"Estas palavras exprimem um desejo constante na nossa vida: o desejo de salvação, ou seja, de uma existência livre do fracasso, do mal e da morte”, explicou.
Em seguida, disse que aquilo "que o coração do homem espera é descrito como um bem “herdado”". E acrescentou: "Nem se conquista através da força, nem se implora como se fôssemos servos, nem se obtém por contrato. A vida eterna, que só Deus pode dar, é transmitida ao homem como herança, de pai para filho".
E prosseguiu: "Eis por que, à nossa pergunta, Jesus responde que, para receber o dom de Deus, é preciso acolher a sua vontade".
"Está escrito na Lei: 'Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração» e «o teu próximo como a ti mesmo'. Fazendo assim, correspondemos ao amor do Pai: a vontade de Deus é, na verdade, aquela lei de vida que Deus, em primeiro lugar, pratica a nosso respeito, amando-nos por inteiro no seu Filho Jesus", destacou.
Leão XIV convidou os fiéis a olharem para Jesus como "a revelação do verdadeiro amor para com Deus e para com o homem”. Um "amor" que "se dá e não possui, amor que perdoa e não demanda, amor que socorre e nunca abandona”, disse. “Em Cristo, Deus fez-se próximo de todos os homens e mulheres; por isso, cada um de nós pode e deve tornar-se próximo daqueles que encontra pelo caminho”, explicou.
E acrescentou: “Seguindo o exemplo de Jesus, Salvador do mundo, também nós somos chamados a levar consolação e esperança, especialmente àqueles que estão desanimados e desiludidos”.
Depois de rezar o Ângelus, exortou os fiéis a “rezar pela paz e por todos aqueles que, por causa da violência e da guerra, se encontram numa situação de sofrimento e de necessidade”. O papa também falou da beatificação de ontem (12), em Barcelona, do marista Lycarion May, religioso suíço, educador dos pobres em Espanha, martirizado durante as revoltas populares de 1909.
(acidigital)
Hoje é a festa de são Camilo de Léllis, padroeiro dos enfermos e precursor da Cruz Vermelha


Por Redação central
14 de jul de 2025 às 00:01
Hoje (14) é celebrado são Camilo de Léllis, fundador Ordem dos Ministros dos Enfermos e padroeiro dos doentes, dos profissionais da saúde e hospitais. Seus religiosos se tornaram os enfermeiros de guerra, antes que existisse a Cruz Vermelha.
São Camilo nasceu em 1550 na Itália. Fez parte do exército veneziano para lutar contra os turcos, mas contraiu uma enfermidade na perna pela qual sofreu toda a sua vida. Mais tarde, ingressou como paciente e criado no hospital de San Giacomo em Roma, mas meses depois despediram-no por ser muito revoltoso. Assim, retornou como soldado contra os turcos.
Tinha o vício do jogo de azar e certo dia perdeu tudo o que possuía, inclusive a camisa que estava usando. Na miséria, começou a trabalhar na construção de um convento capuchino na Manfredonia.
Ao escutar as pregações, pouco a pouco seu coração foi mudando até que se reconheceu como um grande pecador e encomendou-se à misericórdia de Deus. Ingressou nos capuchinhos, mas não pôde fazer a profissão por causa da enfermidade de sua perna. Retornou ao hospital de San Giacomo e se dedicou aos cuidados dos doentes, chegando a ser um funcionário superintendente do hospital.
Vendo a necessidade, fundou uma associação de pessoas que desejavam se consagrar por caridade aos cuidados dos doentes. Depois do acompanhamento de são Felipe Neri, decidiu receber as ordens sagradas.
São Camilo decidiu se tornar independente do Hospital San Giacomo e com dois companheiros iniciou a Congregação dos Ministros dos Enfermos. Todos os dias cuidavam dos pacientes do Hospital do Espírito Santo, cuidando deles como se fossem o próprio Cristo e aproximando-os dos sacramentos.
Com o tempo, o serviço da congregação foi se ampliando e assumiram a missão de atender os prisioneiros doentes e os convalescentes que viviam em casas particulares. Desde então, são Camilo enviou religiosos com as tropas para que atendessem os que caíssem feridos.
Muitos religiosos morreram neste sacrificado serviço, inclusive pela peste, mas são Camilo e seus irmãos continuaram heroicamente. Tempo depois, são Gregório XIV confirmou a congregação de são Camilo como ordem religiosa.
O santo dos enfermos sempre padeceu por sua perna, que além de tê-la fraturado, havia duas chagas dolorosas na planta do pé. Antes de morrer, sofria de náuseas e quase não podia comer, mas mesmo assim se mantinha preocupado pelos necessitados.
Em 1607, renunciou à direção de sua ordem e partiu para a Casa do Pai em 14 de julho de 1614, aos 64 anos. Leão XIII o proclamou padroeiro dos enfermos junto com são João de Deus. Pio XI o declarou padroeiro dos doentes e de suas associações.
domingo, 13 de julho de 2025
S. Missa, 13 de julho de 2025 - Papa Leão XIV
SANTA MISSA
HOMILIA DO PAPA LEÃO XIV
Paróquia São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo
XV domingo do tempo comum, 13 de julho de 2025
Irmãos e irmãs,
Compartilho convosco a alegria de celebrar esta Eucaristia e desejo saudar todos os presentes, a comunidade paroquial, os sacerdotes, o Bispo da Diocese, Sua Eminência, as autoridades civis e militares.
O Evangelho deste domingo, que acabámos de ouvir, é uma das mais belas e inspiradoras parábolas contadas por Jesus. Todos conhecemos a parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37).
Esta história continua a desafiar-nos hoje. Ela interpela a nossa vida, abala a tranquilidade das nossas consciências adormecidas ou distraídas e alerta-nos para o risco de uma fé acomodada, conformada com a observância exterior da lei, mas incapaz de sentir e agir com as mesmas entranhas de compaixão de Deus.
A compaixão, com efeito, está no centro da parábola. E se é verdade que no relato evangélico ela é descrita por meio das ações do samaritano, a primeira coisa que o trecho destaca é o olhar. Na verdade, diante de um homem ferido que se encontra à beira da estrada, depois de ter sido atacado por salteadores, tanto do sacerdote como do levita, diz: «ao vê-lo, passou adiante» (v. 32); ao contrário, do samaritano, o Evangelho diz: «vendo-o, encheu-se de compaixão» (v. 33).
Queridos irmãos e irmãs, o olhar faz a diferença, porque expressa aquilo que trazemos no coração: ver e passar adiante ou ver e encher-se de compaixão. Existe um modo de ver exterior, distraído e apressado, um olhar que finge não ver, isto é, sem nos deixarmos sensibilizar e interpelar pela situação; por outro lado, há um modo de ver com os olhos do coração, com um olhar mais profundo, com uma empatia que nos põe no lugar do outro, nos faz participar interiormente, nos toca, comove, questiona a nossa vida e a nossa responsabilidade.
O primeiro olhar do qual a parábola quer falar-nos é aquele que Deus dirigiu para nós, a fim de que também nós aprendamos a ter os mesmos olhos que Ele, cheios de amor e compaixão uns pelos outros. Realmente, o bom samaritano é, antes de mais nada, a imagem de Jesus, o Filho eterno que o Pai enviou à história precisamente porque olhou para a humanidade sem passar adiante, com olhos, com coração e com entranhas movidos por emoção e compaixão. Como aquele homem do Evangelho que descia de Jerusalém para Jericó, a humanidade descia aos abismos da morte e, ainda hoje, muitas vezes tem de lidar com a escuridão do mal, com o sofrimento, com a pobreza, com o absurdo da morte; Deus, porém, olhou para nós com compaixão, quis fazer Ele mesmo o nosso caminho, desceu no meio de nós e, em Jesus, bom samaritano, veio curar as nossas feridas, derramando sobre nós o óleo do seu amor e da sua misericórdia.
O Papa Francisco lembrou-nos tantas vezes que Deus é misericórdia e compaixão, e afirmou que Jesus «é a compaixão do Pai por nós» (Angelus, 14 de julho de 2019). Ele é o bom samaritano que veio ao nosso encontro; Ele, diz Santo Agostinho, «quis ser chamado nosso próximo. Pois o Senhor Jesus Cristo representa-se a si próprio sob os traços daquele homem que socorreu o pobre caído no caminho, ferido, semimorto e abandonado pelos ladrões» (A doutrina cristã, I, 30.33).
Compreendemos, assim, por que a parábola instiga também cada um de nós: uma vez que Cristo é a manifestação de um Deus compassivo, acreditar n’Ele e segui-lo como seus discípulos significa deixar-se transformar para que também nós possamos ter os mesmos sentimentos d’Ele, ou seja, um coração que se comove, um olhar que vê e não passa adiante, duas mãos que socorrem e aliviam feridas, ombros fortes que carregam o fardo daqueles que estão em necessidade.
A primeira leitura de hoje, fazendo-nos ouvir as palavras de Moisés, diz-nos que obedecer aos mandamentos do Senhor e converter-se a Ele, não significa multiplicar atos exteriores, mas, pelo contrário, trata-se de voltar ao próprio coração, para descobrir que é precisamente ali que Deus escreveu a lei do amor. Se no íntimo da nossa vida descobrimos que Cristo, como bom samaritano, nos ama e cuida de nós, também nós somos impelidos a amar da mesma forma e nos tornaremos compassivos como Ele. Curados e amados por Cristo, também nós nos tornamos sinais do seu amor e da sua compaixão no mundo.
Irmãos e irmãs, hoje precisamos desta revolução do amor. Hoje, aquele caminho que desce de Jerusalém até Jericó, uma cidade que se encontra abaixo do nível do mar, é o caminho percorrido por todos aqueles que se aprofundam no mal, no sofrimento e na pobreza; é o caminho de tantas pessoas oprimidas pelas dificuldades ou feridas pelas circunstâncias da vida; é o caminho de todos aqueles que “estão embaixo” até se perderem e tocarem o fundo; e é a estrada de tantos povos espoliados, roubados e saqueados, vítimas de sistemas políticos opressivos, de uma economia que os condena à pobreza, da guerra que mata os seus sonhos e as suas vidas.
E o que fazemos nós? Vemos e passamos adiante, ou deixamos que o nosso coração seja traspassado como o do samaritano? Às vezes, contentamo-nos em fazer apenas o nosso dever ou consideramos nosso próximo somente quem está no nosso círculo, quem pensa como nós, quem tem a mesma nacionalidade ou religião. Porém, Jesus inverte a perspectiva, apresentando-nos um samaritano, um estrangeiro e herege que se torna próximo daquele homem ferido. E pede-nos que façamos o mesmo.
O samaritano, escreveu Bento XVI, «não se pergunta até onde chegam os seus deveres de solidariedade nem sequer quais sejam os merecimentos necessários para a vida eterna. Acontece outra coisa: sente o coração despedaçar-se-lhe […]. Se a pergunta tivesse sido: “O samaritano é também meu próximo?”, então, na referida situação, a resposta teria sido um “não” decididamente claro. Mas Jesus inverte a questão: o samaritano, o estrangeiro, faz-se a si mesmo próximo e mostra-me que é, a partir do meu íntimo, que devo aprender o ser-próximo e que trago a resposta já dentro de mim. Devo tornar-me uma pessoa que ama, uma pessoa cujo coração está aberto para deixar-se impressionar perante a necessidade do outro» (Jesus de Nazaré, 253).
Ver sem passar adiante, parar a nossa corrida apressada, deixar que a vida do outro, seja ele quem for, com as suas necessidades e sofrimentos, me parta o coração. Isso aproxima-nos uns dos outros, gera uma verdadeira fraternidade, derruba muros e barreiras. E, finalmente, o amor abre caminho, tornando-se mais forte do que o mal e a morte.
Caríssimos, olhemos para Cristo, o bom Samaritano, e ouçamos ainda hoje a Sua voz que diz a cada um de nós: «Vai e faz tu também o mesmo» (v. 37).
_____________________
Palavras do Santo Padre ao final da missa:
Neste momento, gostaria de entregar um pequeno presente ao Pároco desta Paróquia Pontifícia, como recordação da nossa celebração de hoje [aplausos]. A patena e o cálice com os quais celebrámos a Eucaristia são instrumentos de comunhão, e podem ser um convite a nós todos para vivermos em comunhão, para promovermos verdadeiramente esta fraternidade, esta comunhão que vivemos em Jesus Cristo.
Copyright © Dicastero per la Comunicazione - Libreria Editrice Vaticana
Angelus 13 de julho de 2025 - Papa Leão XIV
PAPA LEÃO XIV
ANGELUS
Praça da Liberdade (Castel Gandolfo)
Domingo, 13 de julho de 2025
Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho de hoje começa com uma lindíssima pergunta feita a Jesus: «Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?» (cf. Lc 10, 25). Estas palavras exprimem um desejo constante na nossa vida: o desejo de salvação, ou seja, de uma existência livre do fracasso, do mal e da morte.
O que o coração do homem espera é descrito como um bem “herdado”: nem se conquista através da força, nem se implora como se fôssemos servos, nem se obtém por contrato. A vida eterna, que só Deus pode dar, é transmitida ao homem como herança, de pai para filho.
Eis por que, à nossa pergunta, Jesus responde que, para receber o dom de Deus, é preciso acolher a sua vontade. Está escrito na Lei: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração» e «o teu próximo como a ti mesmo» (Lc 10, 27; cf. Dt 6, 5; Lv 19, 18). Fazendo assim, correspondemos ao amor do Pai: a vontade de Deus é, na verdade, aquela lei de vida que Deus, em primeiro lugar, pratica a nosso respeito, amando-nos por inteiro no seu Filho Jesus.
Irmãos e irmãs, olhemos para Ele! Jesus é a revelação do verdadeiro amor para com Deus e para com o homem: amor que se dá e não possui, amor que perdoa e não demanda, amor que socorre e nunca abandona. Em Cristo, Deus fez-se próximo de todos os homens e mulheres; por isso, cada um de nós pode e deve tornar-se próximo daqueles que encontra pelo caminho. Seguindo o exemplo de Jesus, Salvador do mundo, também nós somos chamados a levar consolação e esperança, especialmente àqueles que estão desanimados e desiludidos.
Para viver eternamente, portanto, não há que enganar a morte, mas servir a vida, ou seja, cuidar da existência dos outros no tempo que aqui partilharmos. Esta é a lei suprema, que não só está antes de qualquer regra social como lhe dá sentido.
Peçamos à Virgem Maria, Mãe da Misericórdia, que nos ajude a acolher no nosso coração a vontade de Deus, que é sempre a vontade de amor e salvação, para sermos todos os dias construtores da paz.
_________________
Depois do Angelus
Queridos irmãos e irmãs
Estou feliz por estar aqui entre vós, em Castel Gandolfo, para alguns dias de descanso. Saúdo as autoridades civis e militares presentes e a todos agradeço pelo caloroso acolhimento.
Ontem, em Barcelona, foi beatificado Lycarion May (nascido François Benjamin), Irmão do Instituto dos Irmãos Maristas das Escolas, assassinado em 1909 por ódio à fé. Em circunstâncias hostis, viveu com dedicação e coragem sua missão educativa e pastoral. Que o testemunho heroico deste mártir seja um incentivo para todos, especialmente para aqueles que trabalham na educação dos jovens.
Dirijo as minhas saudações aos participantes do Curso de verão da Academia Litúrgica vindos da Polónia; o meu pensamento vai também para os peregrinos polacos, que hoje participam na Peregrinação Anual ao Santuário de Częstochowa.
Termina hoje a Peregrinação Jubilar da Diocese de Bérgamo. Saúdo os peregrinos que, juntamente com o Bispo, foram a Roma para atravessar a Porta Santa.
Saúdo a Comunidade Pastoral Beato Agostinho de Tarano, do Colegio San Agustín, de Chiclayo, no Peru, que também foi a Roma para celebrar o Jubileu; os peregrinos da Paróquia de San Pedro Apóstol da Diocese de Alcalá de Henares, que celebram o 400º aniversário da fundação da Paróquia; as Legionárias de Maria de Uribia-La Guajira, Colômbia; os membros da Família do Amor Misericordioso; o Grupo de Escuteiros Agesci Alcamo 1; e, finalmente, as monjas agostinianas em formação aqui presentes.
Acolhemos com prazer o Coro Masculino da Académie Musicale de Liesse, da França. Obrigado pela vossa presença e pelo vosso empenho no canto e na música.
Estão aqui entre nós 100 alunos do Curso de Carabineiros da Escola de Velletri, que recebeu o nome do Venerável Salvo D'Acquisto. Saúdo o Comandante, juntamente com os Oficiais e Suboficiais, e encorajo-vos a continuar a vossa formação ao serviço da Pátria e da sociedade civil. Obrigado! Um forte aplauso aqueles que servem!
Durante os meses de verão, são muitas as iniciativas com as crianças e os jovens, e gostaria de agradecer aos educadores e animadores que se dedicam a este serviço. Neste contexto, gostaria de mencionar a importante iniciativa do Giffoni Film Festival, que reúne jovens de todo o mundo e que este ano será dedicado ao tema “Tornar-se humano”.
Irmãos e irmãs, não nos esqueçamos de rezar pela paz e por todos aqueles que, por causa da violência e da guerra, se encontram numa situação de sofrimento e de necessidade.
Desejo a todos um bom domingo!
Copyright © Dicastero per la Comunicazione - Libreria Editrice Vaticana
sábado, 12 de julho de 2025
A linda história de amor de Luís e Zélia Martin, pais de santa Teresinha


Por Redação central
12 de jul de 2025 às 02:00
Os santos Luís e Zélia Martin, pais de santa Teresa do Menino Jesus, têm uma bela história de amor marcada pela confiança em Deus, uma intensa vida de piedade e cruz.
Ambos foram canonizados em 18 de outubro de 2015, tornando-se o primeiro casal cujos cônjuges são declarados santos na mesma data. Sua festa é celebrada hoje, 12 de julho, no dia do seu aniversário de casamento.
A seguir, apresentamos a sua história, com o objetivo de que seja uma inspiração para que mais casais sejam santos.
Luís nasceu em 22 de agosto de 1823, em Bordeaux (França), e Zélia chegou ao mundo oito anos depois. Ambos cresceram em famílias militares e católicas.
Segundo a biografia publicada pela Santa Sé, o pai de Luís, Pierre-François Martin, era capitão do exército francês. Por isso, o futuro santo e seus quatro irmãos desfrutaram dos benefícios daqueles que eram filhos dos militares.
Depois que o pai se aposentou, a família se mudou para Alençon, em 1831. Lá, Luís estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs. Ao completar sua formação, aprendeu o ofício de relojoeiro em várias cidades da França.
Os pais de Zélia Guérin eram exigentes, autoritários e rigorosos. Em uma de suas cartas a seu irmão Isidore, descreveu que sua mãe era “severa demais; era muito boa, mas não sabia como me dar carinho, então, eu sofri muito". Também afirmou que sua infância e juventude foram "tristes como uma mortalha".
Em sua biografia, a Santa Sé assinalou que Zélia era "inteligente e comunicativa por natureza" e que sua irmã Marie Louise era como uma segunda mãe.
A família de Zélia também se mudou para Alençon após a aposentadoria do pai, em 1844. Os Guérin passaram por muitas dificuldades econômicas, especialmente porque o caráter temperamental da mãe afetava o desenvolvimento de seus negócios.
A santa entrou no internato das irmãs da Adoração Perpétua, onde aprendeu a confeccionar o ponto de Alençon, uma das rendas mais famosas da época, e para se especializar entrou na "Ecole dentellière". Com o seu trabalho, Zélia contribuiu para a economia familiar.
Tanto Luís como Zélia sentiram durante a juventude o desejo de se consagrar a Deus através da vida religiosa.
Quando tinha 22 anos, ele pediu para ser admitido no mosteiro do Grande São Bernardo, mas foi rejeitado porque não sabia latim. Zélia, por sua vez, queria fazer parte da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas também não foi aceita. Deus tinha outros planos para eles.
Anos depois, Luís abriu uma relojoaria e Zélia abriu uma fábrica de rendas.
A Santa Sé indica que Luís gostava de pescar e jogar bilhar com seus amigos. Era muito reconhecido por "suas qualidades incomuns" e, até mesmo, lhe ofereceram a oportunidade de se casar com uma jovem da alta sociedade, mas ele recusou.
Luís e Zélia se encontraram pela primeira vez em abril de 1858 na ponte São Leonardo. Ela ficou impressionada com este "jovem de nobre fisionomia, semblante reservado e modos dignos", e sentiu que uma voz interior lhe dizia que ele seria seu futuro marido.
Eles se apaixonaram e se casaram na noite entre 12 e 13 de julho do mesmo ano. O casamento civil foi realizado no município de Alençon, às 22h do dia 12, e o matrimônio religioso, à meia-noite, como era costume naquela época, na igreja de Nossa Senhora.
As cartas de Zélia refletem o amor que ela sentia por Luís: "Sua esposa que te ama mais do que a sua vida" e "Te abraço tanto quanto eu te amo".
Ambos levaram uma intensa vida espiritual composta por Missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente e participação em atividades paroquiais.
Tiveram nove filhos, dos quais sobreviveram cinco meninas: Paulina, Maria, Leônia, Celina e Teresa. Transmitiram a todas o amor a Deus e ao próximo. Além disso, seus negócios não foram um impedimento para gastar tempo de qualidade com elas.
"Amo crianças com loucura, eu nasci para tê-las", expressou Zélia em uma de suas cartas.
Em seu livro "História de uma alma", Santa Teresa do Menino Jesus escreveu o seguinte sobre os momentos que compartilhavam juntos: "Quão alegres eram aquelas festas familiares!".
No entanto, quando tinha 45 anos, Zélia descobriu que tinha um tumor no seio. "Se Deus quiser me curar, ficarei muito contente porque, no fundo do meu coração, desejo viver; o que me custa é deixar meu marido e minhas filhas. Mas, por outro lado, digo a mim mesma: se eu não me curar, é porque, talvez, seja mais útil que eu parta”, escreveu em uma carta.
A santa viveu esta doença com firme esperança cristã até a morte ocorrida em 28 de agosto de 1877, rodeada pelo seu marido e seu irmão Isidore.
Luís se mudou para Lisieux, onde Isidore morava, e a tia Celina o ajudou a cuidar de suas 5 filhas. Anos depois, todas se tornaram religiosas, quatro no Carmelo e uma na Visitação.
Seu maior sacrifício foi se separar de Teresa, a quem chamava de "sua pequena rainha", e que entrou na vida religiosa aos 15 anos.
Luís contraiu uma doença que o debilitou até a perda de suas faculdades mentais. Foi internado no sanatório do Bom Salvador, em Caen.
Durante os períodos de alívio, ofereceu-se como vítima de holocausto a Deus, até sua morte, em 29 de julho de 1894.
Sua filha Teresa foi proclamada santa em 17 de maio de 1925, pelo Papa Pio XI. Luís e Zélia foram canonizados em 18 de outubro de 2015, pelo Papa Francisco, durante o Sínodo da Família.
Em julho do mesmo ano, a causa da beatificação de Leônia foi aberta.
(acidigital)
Hoje é a festa de são Luís e santa Zélia Martin, pais de santa Teresinha


Por Redação central
12 de jul de 2025 às 00:01
A Igreja celebra hoje (12) são Luís e santa Zélia Martin, pais de santa Teresa de Lisieux. Eles foram o primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia na história da Igreja.
“Os santos esposos (...) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de santa Teresinha do Menino Jesus”, disse o papa Francisco em 18 de outubro de 2015, durante a missa canonização.
A família, depois de dezenove anos de matrimônio, diante da crise econômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.
Luís trabalhou como relojoeiro e joalheiro e Zélia como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.
Luís Martin nasceu em Bordeaux (França), em 1823, e morreu em Arnières-sur-Iton (França), em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon (França), em 1831, e morreu em Alençon (França), em 1877.
Ambos foram pessoas devotas desde muito jovens. Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do grande são Bernardo.
Nenhum dos dois foi aceito, uma vez que Deus tinha outro plano para eles.
Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro.
Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial.
De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.
Entre as cinco filhas que sobreviveram estava santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.
Quando Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pôde cuidar das filhas.
Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas ao Carmelo. O maior sacrifício foi se separar de Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.
Igreja celebra hoje santa Verônica, em cujo véu ficou estampado o rosto de Cristo


Por Redação central
12 de jul de 2025 às 00:15
Santa Verônica foi a mulher que teve um gesto misericordioso com Cristo durante seu caminho ao Monte Calvário ao enxugar seu rosto cheio de sangue e suor com um véu que passou à história como relíquia por levar impresso a face do Messias.
Este véu, lenço ou pano é conhecido como “Santa Face” ou “Véu de Verônica” e é uma das relíquias mais importantes do cristianismo, pois é considerado como uma verdadeira imagem de Cristo.
O nome Verônica apareceu pela primeira vez no documento apócrifo “As Atas de Pilatos” e procede do latin vera icon (o verdadeiro ícone), sendo a imagem ou relíquia deste tipo mais antiga e conhecida. Outra relíquia importante similar a esta é o Santo Sudário de Turim.
“Verônica” também poderia ser uma variação do nome macedônio Berenice, que data do século IV e que quer dizer “a que leva à vitória”. Este último nome está vinculado ao da mulher que sofria uma hemorragia dos evangelhos sinóticos que foi curada milagrosamente por Jesus.
Segundo a tradição, santa Verônica foi uma mulher piedosa que viveu em Jerusalém e que após a Paixão do Senhor se dirigiu para Roma levando consigo o véu, que posteriormente foi exposto para a veneração pública. Seu ato exemplar é recordado atualmente na sexta estação da Via Sacra.
Uma das várias tradições explica que santa Verônica chegou à Itália diante do imperador romano Tibério e o curou após fazê-lo tocar esta sagrada imagem. A partir disso, permaneceu a capital do império na mesma época que os apóstolos são Pedro e são Paulo. Ao morrer, deixou a imagem para o papa Clemente I.
Por ocasião do primeiro ano santo da história, em 1300, o Véu de Verônica se converteu em uma das “Mirabilia urbis” (maravilhas da cidade de Roma) para os peregrinos que visitaram a Basílica de São Pedro no Vaticano.
Os rastros do Véu de Verônica se perderam nos anos sucessivos ao Ano Santo 1600, até que foi encontrado na Igreja da Santa Face de Manopello. Bento XVI foi o primeiro papa visitá-lo em setembro de 2016.
sexta-feira, 11 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Papa Leão XIV: somos chamados a viver com os idosos a libertação da solidão e do abandono
Mariangela Jaguraba – Vatican News
Foi divulgada, nesta quinta-feira (10/07), a mensagem do Papa Leão XIV para o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos intitulada "Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança".
O Pontífice inicia a mensagem, recordando que "o Jubileu que estamos vivendo nos ajuda a descobrir que a esperança é, em todas as idades, perene fonte de alegria" e "quando é provada pelo fogo de uma longa existência, torna-se fonte de uma bem-aventurança plena".
Idosos: primeiras testemunhas da esperança
A seguir, o Papa recorda alguns homens e mulheres, na Bíblia, em idade avançada, "que o Senhor inclui nos seus desígnios de salvação". Abraão e Sara, Isabel e Zacarias, Jacó, já idoso, que abençoa os filhos de José, seus netos, Moisés e Nicodemos. "Deus mostra várias vezes a sua providência dirigindo-se a pessoas idosas" (...). "Com estas escolhas, Ele nos ensina que, aos seus olhos, a velhice é um tempo de bênção e graça e que, para Ele, os idosos são as primeiras testemunhas da esperança", ressalta Leão XIV.
De acordo com o Pontífice, "só se compreende a vida da Igreja e do mundo na sucessão das gerações. Por isso, abraçar um idoso ajuda-nos a entender que a história não se esgota no presente, nem em encontros rápidos e relações fragmentárias, mas se desenrola rumo ao futuro". "Portanto, se é verdade que a fragilidade dos idosos precisa do vigor dos jovens, é igualmente verdade que a inexperiência dos jovens precisa do testemunho dos idosos para projetar o futuro com sabedoria. Quantas vezes os nossos avós foram para nós um exemplo de fé e devoção, de virtudes cívicas e compromisso social, de memória e perseverança nas provações! A nossa gratidão e coerência nunca serão suficientes para agradecer este bonito legado que nos foi deixado com tanta esperança e amor."
Ser protagonista da “revolução” da gratidão
"Desde as suas origens bíblicas, o Jubileu representou um tempo de libertação: os escravos eram libertados, as dívidas perdoadas, as terras devolvidas aos seus proprietários originais. Era um momento de restauração da ordem social desejada por Deus, em que se sanavam as desigualdades e as opressões acumuladas ao longo dos anos", ressalta o Papa na mensagem.
"Olhando para os idosos nesta perspectiva jubilar, também nós somos chamados a viver com eles uma libertação, sobretudo da solidão e do abandono. Este ano é o momento propício para realizá-la: a fidelidade de Deus às suas promessas ensina-nos que há uma bem-aventurança na velhice, uma alegria autenticamente evangélica que nos convida a derrubar os muros da indiferença na qual os idosos estão frequentemente encerrados", escreve o Pontífice.
Em todas as partes do mundo, as nossas sociedades estão a habituar-se, com demasiada frequência, a deixar que uma parte tão importante e rica do seu tecido social seja marginalizada e esquecida. Perante esta situação, é necessária uma mudança de atitude, que testemunhe uma assunção de responsabilidade por parte de toda a Igreja.
Segundo Papa, "cada paróquia, associação ou grupo eclesial é chamado a tornar-se protagonista da “revolução” da gratidão e do cuidado, a realizar-se através de visitas frequentes aos idosos, criando para eles e com eles redes de apoio e oração, tecendo relações que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos. A esperança cristã impele-nos continuamente a ousar mais, a pensar em grande, a não nos contentarmos com o status quo. Neste caso específico, a trabalhar por uma mudança que devolva aos idosos a estima e o afeto".
A seguir, Leão XIV recorda que "o Papa Francisco quis que o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos fosse celebrado, em primeiro lugar, encontrando aqueles que estão sozinhos. E decidiu-se, pela mesma razão, que aqueles que não puderem vir a Roma neste ano em peregrinação podem «obter a Indulgência jubilar se visitarem por um côngruo período […] idosos em solidão […] quase fazendo uma peregrinação em direção a Cristo presente neles»". "Visitar um idoso é um modo de encontrar Jesus, que nos liberta da indiferença e da solidão", ressalta.
Não perder a esperança na velhice
A seguir, o Pontífice recorda o Livro do Eclesiástico que "afirma que a bem-aventurança é daqueles que não perderam a esperança, dando a entender que na nossa vida – especialmente se for longa – podem existir muitos motivos para sempre lançar o olhar para o passado, em vez de olhar para o futuro". No entanto, o Papa Francisco escreveu durante sua última internação no Hospital Gemelli, que «o nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns pelos outros, na fé, sinais luminosos de esperança».
"Possuímos uma liberdade que nenhuma dificuldade pode tirar-nos: a de amar e rezar. Todos, podemos amar e rezar, sempre. O bem que desejamos às pessoas que nos são caras – ao cônjuge com quem compartilhamos grande parte da vida, aos filhos, aos netos que alegram os nossos dias – não desaparece quando as forças se esvaem. Pelo contrário, muitas vezes é justamente o carinho deles que desperta as nossas energias, trazendo-nos esperança e conforto", escreve o Papa. "Por isso, sobretudo na velhice, perseveremos confiantes no Senhor. Deixemo-nos renovar todos os dias, na oração e na Santa Missa, pelo encontro com Ele. Transmitamos com amor a fé que vivemos na família e nos encontros quotidianos durante tantos anos: louvemos sempre a Deus pela sua benevolência, cultivemos a unidade com as pessoas que nos são caras, abramos o nosso coração aos que estão mais longe e, em particular, aos necessitados. Assim, seremos sinais de esperança, em todas as idades", conclui a mensagem de Leão XIV.vaticannews
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Em um dia 9 de julho como hoje o Império Otomano perpetrou um massacre contra cristãos


Por Redação central
9 de jul de 2025 às 01:00
Hoje (9) é recordado um dos massacres de cristãos mais cruéis da história contemporânea, no qual morreram mais de 20 mil fiéis em Damasco, Sìria, pelas mãos do Império Otomano.
No contexto da guerra civil de 1860 no Monte Líbano, que começou no norte como uma rebelião dos camponeses maronitas contra os drusos e cuja luta se espalhou e terminou na cidade de Damasco, ocorreu um dos massacres de cristãos mais cruéis da história contemporânea, com o apoio de autoridades militares, soldados turcos, grupos drusos e grupos paramilitares sunitas.
O terrível ato de violência durou três dias, de 9 a 11 de julho; no entanto, o dia 9 de julho é lembrado como a data mais sangrenta, quando milhares de cristãos foram mortos e muitas igrejas, conventos, escolas missionárias e vilas inteiras foram destruídas e queimadas. O massacre terminou com a fuga de milhares de pessoas e a ocupação da Síria por um exército francês.
No livro chamado Santoral de Galicia: Cincuenta Semblanzas Hagiográficas o historiador José Ramón Hernández Figueiredo, doutor em História Eclesiástica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e especialista em Arquivística pela Escola de Paleografia, Diplomática e Arquivística da Cidade do Vaticano, explicou a razão do terrível massacre contra os cristãos. Além disso, coletou importantes dados e testemunhos dos cristãos que sofreram o ataque.
"Na paz de Paris, assinada em 30 de março na Crimeia, a assembleia francesa exigiu certas reformas do Império Otomano, principalmente no que diz respeito à tolerância das minorias cristãs", disse Hernández.
"Como naquele ano, o sultão emitiu um decreto pelo qual todos os súditos do império tinham os mesmos direitos em impostos e ocupação de cargos públicos, os maometanos ficaram indignados já que consideravam os cristãos como 'guetos' de raças inferiores excluídas da lei durante doze séculos", explicou.
Nesse sentido, o conflito culminou no terrível massacre "porque o governador de Beirute [capital do Líbano], Pasha Khursud, havia incitado muçulmanos na Síria a tal ponto que a revolta começou em Bait Mari, devido a um litígio entre um druso e um jovem cristão maronita”.
Segundo narra o historiador, "as primeiras vítimas ocorreram nos povoados maronitas do centro e sul do Líbano, com quase 6 mil cristãos sendo mortos, mutilados ou abusados". Em seguida, no meio da manhã de 9 de julho, "os drusos chegaram a Damasco durante a vigília do Ramadã e começaram o assassinato de cristãos".
Durante o terrível ato, “o bairro cristão de Arat-el-Nassara foi atacado, com suas 3.800 casas e os conventos europeus de jesuítas, Paulinos, Filhas da Caridade e Franciscanos. As vítimas do crime atingiram, em três dias, o número de cerca de três mil mortos”, afirmou.
Infelizmente, "o governador, Pasha Ahmed, não impediu a matança"; no entanto, "o emir argelino Abb-al-Kadar, um grande defensor do Islã, deu asilo a 1.500 cristãos, incluindo alguns europeus".
Entre os refugiados estavam religiosos jesuítas, paulinos, Filhas da Caridade e Franciscanos; no entanto, eles não deixaram o convento e foram torturados por uma violenta multidão de beduínos e metolanos, explicou Hernández.
“Os franciscanos foram objeto de ludibrio e escárnio, atormentados com o facão dos beduínos e com as baionetas dos turcos. Cada assassinato era recebido com imensa alegria por aquela multidão, ansiosa por exterminar", afirmou.
Hernández disse que os criminosos primeiro "pretendiam que renunciassem à fé cristã e prestassem culto a Alá e seu profeta Maomé. Como eles se recusavam, ofereceram-lhes riquezas. Como se recusaram novamente, entregaram-lhes ao martírio. Todos morreram naquele instante”, com exceção de dois sacerdotes, que morreram no dia seguinte, entre os quais o padre Engelbert.
O beato padre Engelbert "manifestou seu amor sem limites pela religião de seus pais, ‘opondo-se de forma decidida e tenaz a pisar na cruz do Redentor, protestando em língua árabe contra os atos de selvageria dos partidários de Maomé presenciados por ele, suportando e perdoando como Deus manda perdoar os inimigos da Igreja'”, concluiu.
Segundo os dados do historiador, no início de 1860 havia 30 mil cristãos e 140 mil muçulmanos em Damasco. Atualmente, a Igreja Católica reconhece um número significativo de santos e beatos mártires por causa do terrível massacre ocorrido.
Hoje é celebrada santa Paulina, fundadora das Irmãzinhas da Imaculada Conceição


Por Redação central
9 de jul de 2025 às 00:01
A Igreja recorda hoje (9) a memória litúrgica de santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, italiana, que viveu no Brasil, onde dedicou sua vida ao serviço aos mais necessitados e fundou a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
Amábile Lucia Visintainer nasceu em Trento (norte da Itália) em 16 de dezembro de 1865. Seus pais Napoleão e Ana eram cristãos devotos, mas muito pobres.
Foi esta precária situação econômica que motivou a família da santa a emigrar para o Brasil em 1875. Os Visintainer se estabeleceram no estado de Santa Catarina, em uma comunidade italiana chamada Nova Trento.
Logo após sua chegada, Amábile conheceu Virginia Rosa Nicoldi e ambas se tornaram melhores amigas. Compartilhavam o mesmo amor por Cristo e sempre rezavam juntas fervorosamente. Até fizeram a primeira comunhão ao mesmo tempo, quando tinham 12 anos.
Durante sua adolescência, a jovem começou a participar do apostolado paroquial dando catequese para as crianças, cuidando dos doentes e idosos, e até mesmo a limpando a igreja. Amábile se dedicava a estes trabalhos de corpo e alma e, sem que ela suspeitasse, dilapidaram sua vocação para a vida religiosa.
Com a permissão de seu pai, a santa construiu uma pequena casa, em terreno doado por um barão, onde ia rezar, recebia os enfermos e ensinava as crianças. Sua primeira paciente foi uma mulher com câncer terminal e que não tinha ninguém para cuidar dela.
O dia 12 de julho de 1890 é considerado a data de fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a primeira congregação feminina fundada no país, que começou com o trabalho de Amábile e Virginia na pequena cabana.
Naquele mesmo ano, as duas amigas e outra jovem fizeram seus votos religiosos. Amábile mudou seu nome para Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada superiora.
O apostolado das irmãs atraiu muitas vocações. Além de suas obras de caridade, também tinham uma pequena indústria de seda para superar as dificuldades econômicas.
Em 1903, Paulina foi convidada a se mudar para São Paulo. Estabeleceu-se no bairro do Ipiranga, onde fundou a obra “Sagrada Família” para acolher os ex-escravos e seus filhos. Em 1918, a igreja brasileira deu reconhecimento a suas virtudes por seu exemplo vocacional.
Em 1938, contraiu diabetes e seu calvário começou. Tiveram que amputar o seu braço direito e chegou a ficar cega. Madre Paulina morreu piedosamente em 9 de julho de 1942.
Ela foi beatificada em 1991 pelo papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil e canonizada em 2002.
terça-feira, 8 de julho de 2025
Leão XIV ganha dois papamóveis elétricos e ecológicos para suas viagens ao redor do mundo


Por Victoria Cardiel
7 de jul de 2025 às 09:22
O papa Leão XIV ganhou, na última quinta-feira (3), dois veículos elétricos, projetados para atender aos mais altos padrões de segurança e sustentabilidade, que podem ser transportados por via aérea e o acompanharão em viagens internacionais.
Segundo o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, a entrega ocorreu na última quinta-feira numa audiência privada feita nas vilas pontifícias de Castel Gandolfo, com a participação de uma delegação da companhia italiana de veículos elétricos Exelentia e do Club Car Group, responsável pelo projeto de design do veículo.
Os dois veículos são resultado de uma colaboração entre a empresa italiana Exelentia, fundada por Domenico e Giovanni Zappia e especializada em design, personalização e distribuição de veículos elétricos de proximidade para indivíduos, empresas e entidades públicas, e a Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano, que supervisionou e validou todas as fases do desenvolvimento.
Os carros, baseados em modelos elétricos da empresa Garia (que faz parte do Club Car Group), foram completamente personalizados à mão com mão de obra técnica e artesanal de alta precisão.
Veículos sustentáveis, compactos e seguros
Projetados com critérios de sustentabilidade total, os veículos não produzem emissões ambientais nem poluição sonora. Uma de suas principais vantagens é a possibilidade de serem transportados por avião sem necessidade de desmontagem, o que representa um benefício logístico para as viagens do papa.
Segundo o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, a companhia aérea italiana ITA Airways também colaborou ativamente no projeto, fornecendo dados técnicos sobre as dimensões e ancoragens necessárias para o carregamento seguro de veículos em voos intercontinentais.
Com design compacto e ótima manobrabilidade, os dois veículos foram projetados para se deslocar com agilidade em espaços apertados ou com alta densidade de pedestres, como praças, santuários ou centros urbanos. Além disso, segundo a Santa Sé, elementos como um guidão dianteiro e apoios laterais sob os apoios de braços foram incorporados, garantindo maior conforto e estabilidade para o papa dentro do veículo.
Esse projeto responde à necessidade de dar ao papa meios de transporte sustentáveis, práticos e seguros, que se adaptem às exigências de suas viagens pastorais. Sua utilização se estenderá tanto às viagens privadas quanto às aparições públicas que Leão XIV fará em várias cidades do mundo.
(acidigital)
segunda-feira, 7 de julho de 2025
Angelus 06 de julho de 2025 - Papa Leão XIV
PAPA LEÃO XIV
ANGELUS
Praça de São Pedro
Domingo, 6 de julho de 2025
Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho de hoje (Lc 10, 1-12.17-20) recorda-nos a importância da missão, à qual todos somos chamados, cada um segundo a própria vocação, nas situações concretas em que o Senhor o colocou.
Jesus envia setenta e dois discípulos (v. 1). Esse número simbólico indica que a esperança do Evangelho é destinada a todos os povos: é precisamente essa a grandeza do coração de Deus, a sua messe abundante, ou seja, a obra que Ele realiza no mundo para que todos os seus filhos sejam alcançados pelo seu amor e sejam salvos.
Ao mesmo tempo, Jesus diz: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara» (v. 2).
Por um lado, como um semeador, Deus saiu pelo mundo para semear com generosidade e colocou no coração do homem e da história o desejo do infinito, de uma vida plena, de uma salvação que o liberte. Por isso, a seara é grande: o Reino de Deus, como uma semente, germina no solo e as mulheres e os homens de hoje, mesmo quando parecem dominados por tantas outras coisas, esperam uma verdade maior, procuram um sentido mais pleno para as suas vidas, desejam a justiça, levam dentro de si um anseio de vida eterna.
Por outro lado, são poucos os operários que vão trabalhar no campo semeado pelo Senhor e que, além disso, são capazes de reconhecer, com os olhos de Jesus, o bom trigo que está pronto para a colheita (cf. Jo 4, 35-38). Há algo grande que o Senhor quer fazer na nossa vida e na história da humanidade, mas poucos são aqueles que se apercebem disso, que param para acolher o dom, que o anunciam e o levam aos outros.
Queridos irmãos e irmãs, a Igreja e o mundo não precisam de pessoas que cumprem os seus deveres religiosos mostrando a sua fé como um rótulo exterior; precisam, pelo contrário, de operários desejosos de trabalhar no campo da missão, de discípulos apaixonados que testemunhem o Reino de Deus onde quer que estejam. Talvez não faltem os “cristãos de ocasião”, que só de vez em quando dão lugar a algum sentimento religioso ou participam em algum evento; mas poucos são aqueles que estão prontos a trabalhar todos os dias no campo de Deus, cultivando no seu coração a semente do Evangelho para depois levá-la à vida quotidiana, à família, aos locais de trabalho e de estudo, aos vários ambientes sociais e àqueles que se encontram em necessidade.
Para fazer isso, não são necessárias muitas ideias teóricas sobre conceitos pastorais: é preciso, acima de tudo, rezar ao Dono da messe. Com efeito, em primeiro lugar está a relação com o Senhor, cultivando o diálogo com Ele. Então, será Ele que nos tornará seus operários e nos enviará ao campo do mundo como testemunhas do seu Reino.
Peçamos à Virgem Maria – Ela que participou na obra da salvação oferecendo generosamente o seu “Eis-me aqui” – que interceda por nós e nos acompanhe no caminho do seguimento do Senhor, para que também nós possamos tornar-nos operários alegres do Reino de Deus.
________________
Depois do Angelus
Queridos irmãos e irmãs,
Dirijo com carinho a minha saudação a todos vós, fiéis de Roma e peregrinos da Itália e de vários Países. No grande calor deste período, a vossa caminhada para atravessar as Portas Santas é ainda mais corajosa e admirável!
Saúdo, em particular, as Irmãs Franciscanas Missionárias do Sagrado Coração; os alunos e pais da Escola de Strzyzow e os fiéis de Legnica, na Polónia; o grupo greco-católico da Ucrânia.
Saúdo também os peregrinos de Romano di Lombardia, Melìa (Reggio Calabria), Sassari e a comunidade latino-americana da Diocese de Florença.
Saudações aos peregrinos de língua inglesa. Gostaria de expressar as minhas sinceras condolências a todas as famílias que perderam seus entes queridos, em particular as suas filhas que se encontravam num acampamento de verão, no desastre causado pelas inundações do rio Guadalupe, no Texas, nos Estados Unidos. Nossas orações estão com eles.
Caríssimos, a paz é um desejo de todos os povos e é o grito doloroso daqueles que são dilacerados pela guerra. Peçamos ao Senhor que toque os corações e inspire as mentes dos governantes, para que substituam a violência das armas pela busca do diálogo.
Esta tarde irei para Castel Gandolfo, onde pretendo permanecer para um breve período de descanso. Desejo a todos que possam passar um tempo de férias para revigorar o corpo e o espírito.
Bom domingo para todos!
Copyright © Dicastero per la Comunicazione - Libreria Editrice Vaticana
Hoje começa a novena a Nossa Senhora do Carmo


Por Redação central
7 de jul de 2025 às 00:15
“Convido agora todos os devotos da Virgem Santa a dirigir-lhe uma fervorosa oração, para que Ela, com sua intercessão, obtenha a cada um prosseguir seguro no caminho da vida e ‘alcançar felizmente ao monte santo, Jesus Cristo Nosso Senhor’”, incentivava são João Paulo II aos fiéis, em julho de 1988, ao recordar o mês de Nossa Senhora do Carmo.
A seguir, a novena a Nossa Senhora do Carmo, que é celebrada em 16 de julho, disponível no site do canal católico Canção Nova:
Antífona:
Flor do Carmelo, vinha florida, esplendor do céu,
Oh! Mãe, Virgem singular,
Doce Mãe sempre Virgem
Aos Carmelitas dai privilégio, Estrela do Mar
Oração Final:
Bendita e Imaculada Virgem Maria, beleza e glória do Carmelo, vós que tratais com bondade inteiramente especial aqueles que se vestem do vosso amadíssimo hábito, volvei sobre mim também um olhar propício e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção.
Pelo vosso poder, fortificai a minha fraqueza; pela vossa sabedoria, esclarecei as trevas do meu espírito, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade.
Ornai a minha alma com as virtudes que me faça agradável ao vosso Divino Filho e a vós.
Assisti-me durante a vida, consolai-me na morte pela vossa amável presença à Santíssima Trindade, como vosso Filho dedicado para vos louvar e bendizer eternamente no paraíso. Amém.
Primeiro Dia
Antífona
Oração: Oh! Maria, Virgem Mãe Imaculada, Rainha do Carmelo, que fostes contemplada pelo profeta Elias na nuvenzinha que subia do mar; depois, transformada em chuva copiosa, derramai sobre toda a humanidade as graças de vosso Coração Imaculado e convertei aos pobres pecadores.
Ave-Maria
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
Oração Final
Segundo Dia
Antífona
Oração: Rainha e Mãe do Carmelo, Virgem Mãe Imaculada, que durante séculos fostes honrada em vossa maternidade divina no Monte Carmelo pelo profeta Elias e seus sucessores – os Filhos dos profetas –, fazei reinar em nossas famílias essa mesma entranhada devoção, que torne cada vez mais presente em nossos lares o vosso Divino Filho Jesus, que nos guarde para a vida eterna.
Ave-Maria
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
Oração Final
Terceiro Dia
Antífona
Oração: Oh, Maria Imaculada, Virgem Santíssima do Carmo, que visitastes vossos filhos Carmelitas no Monte Carmelo, consolando-os, dando-lhes graças abundantes, visitai também as nossas almas, ajudando-nos a fugir do pecado e a praticar com amor as obras de misericórdia.
(acidigital)