segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Santa Missa na solenidade da Epifania do Senhor 06 de janeiro de 2025- P...

SANTA MISSA DA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de São Pedro
Segunda-feira, 6 de janeiro de 2025


«Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo» (Mt 2, 2): é este o testemunho que os Magos dão aos habitantes de Jerusalém, anunciando-lhes que nasceu o rei dos Judeus.

Os Magos testemunham que se puseram a caminho e realizaram uma mudança nas suas vidas, porque viram uma nova luz no céu. Enquanto celebramos a Epifania do Senhor no Jubileu da Esperança, podemos deter-nos a refletir sobre esta imagem. Gostaria de sublinhar três caraterísticas da estrela de que nos fala o evangelista Mateus: é brilhante, visível para todos e indica um caminho.

Antes de mais, a estrela é brilhante. No tempo de Jesus, muitos governantes faziam-se chamar “estrelas” porque se sentiam importantes, poderosos e famosos. Não foi, porém, a sua luz – a de nenhum deles! – que revelou aos Magos o milagre do Natal. O seu esplendor artificial e frio, fruto de cálculos e jogos de poder, não foi capaz de responder à necessidade de novidade e esperança destas pessoas em busca. Fê-lo um outro tipo de luz, simbolizada pela estrela, que ilumina e aquece, queimando e deixando-se consumir. A estrela fala-nos da única luz que pode indicar a todos o caminho da salvação e da felicidade: a do amor. É a única luz que nos fará felizes!

Antes de mais, o amor de Deus, que se fez homem e se entregou a nós, sacrificando a sua vida. Depois, por repercussão, aquele [amor] com que também nós somos chamados a gastar-nos uns pelos outros, tornando-nos, com a sua ajuda, um sinal recíproco de esperança, mesmo nas noites escuras da vida. Pensemos nisto: somos luminosos na esperança? Somos capazes de dar esperança aos outros, com a luz da nossa fé?

Como a estrela guiou, com o seu brilho, os Magos até Belém, assim também nós, com o nosso amor, podemos levar a Jesus as pessoas que encontramos, fazendo-as conhecer, no Filho de Deus feito homem, a beleza do rosto do Pai (cf. Is 60, 2) e o seu modo de amar, feito de proximidade, compaixão e ternura. Nunca o esqueçamos: Deus é próximo, compassivo e terno. O amor é isto: proximidade, compaixão e ternura. E podemos fazê-lo sem necessidade de instrumentos extraordinários e meios sofisticados, mas tornando o nosso coração luminoso na fé, o nosso olhar generoso no acolhimento, os nossos gestos e palavras cheios de bondade e humanidade.

Por isso, enquanto vemos os Magos que, com os olhos dirigidos ao céu, procuram a estrela, peçamos ao Senhor para ser, uns para os outros, luzes que levam ao encontro com Ele (cf. Mt 5, 14-16). É mau que uma pessoa não seja luz para os outros.

E assim chegamos à segunda caraterística da estrela: ela é visível para todos. Os Magos não seguem as indicações de um código secreto, mas uma estrela que veem resplandecer no firmamento. Eles reparam nela; outros, como Herodes e os escribas, nem sequer se apercebem da sua presença. Porém, a estrela está sempre lá, acessível a quem levante o olhar para o céu, em busca de um sinal de esperança. Eu sou um sinal de esperança para os outros?

Esta é uma mensagem importante: Deus não Se revela em círculos restritos ou a uns poucos privilegiados; Deus oferece a sua companhia e orientação a quem quer que O procure de coração sincero (cf. Sal 145, 18). Aliás, muitas vezes Ele antecipa as nossas demandas, vindo procurar-nos ainda antes de nós Lhe pedirmos (cf. Rm 10, 20; Is 65, 1). Precisamente por isso, no presépio, representamos os Magos com caraterísticas que abrangem todas as idades e raças – um jovem, um adulto, um idoso, com os traços somáticos dos vários povos da terra – para nos recordar que Deus procura sempre todos, todos.

Como é importante meditarmos sobre isto nos dias de hoje, num tempo em que as pessoas e as nações, embora equipadas com meios de comunicação cada vez mais poderosos, parecem estar menos dispostas a compreender-se, aceitar-se e encontrar-se na sua diversidade!

A estrela, que a todos no céu oferece a sua luz, recorda-nos que o Filho de Deus veio ao mundo para encontrar todo o homem e mulher da terra, independentemente da etnia, língua ou povo a que pertença (cf. Act 10, 34-35; Ap 5, 9), e que nos confia a mesma missão universal (cf. Is 60, 3). Isto é, chama-nos a banir todas as formas de discriminação, marginalização e descarte das pessoas, e a promover, em nós mesmos e nos ambientes em que vivemos, uma forte cultura do acolhimento, na qual às portas fechadas do medo e da rejeição se prefiram espaços abertos de encontro, integração e partilha; lugares seguros onde todos possam encontrar aconchego e abrigo.

É por isso que a estrela está no céu: não para permanecer distante e inacessível, antes pelo contrário, para que a sua luz seja visível a todos, para que chegue a todas as casas e ultrapasse qualquer barreira, levando a esperança aos cantos mais remotos e esquecidos do planeta. Está no céu para dizer a todos, com a sua luz generosa, que Deus não se nega a ninguém nem se esquece de ninguém (cf. Is 49, 15). Porquê? Porque Ele é um Pai cuja maior alegria é ver os seus filhos regressarem unidos a casa, vindos de todas as partes do mundo (cf. Is 60, 4); é vê-los construir pontes, aplanar caminhos, procurar quem se perdeu e carregar aos ombros quem tem dificuldade em caminhar, para que ninguém fique fora e todos participem da alegria da sua casa.

A estrela fala-nos do sonho de Deus: que toda a humanidade, na riqueza das suas diferenças, chegue a formar uma só família e viva unida na prosperidade e na paz (cf. Is 2, 2-5).

E isto leva-nos à última caraterística da estrela: a de indicar o caminho. Também esta é uma pista de reflexão, especialmente no contexto do Ano Santo que estamos a celebrar, no qual um dos gestos distintivos é a peregrinação.

A luz da estrela convida-nos a realizar um caminho interior que, como escreveu João Paulo II, liberte o nosso coração de tudo o que não é caridade, para «termos a possibilidade de nos encontrarmos plenamente com Cristo, confessando a nossa fé n’Ele e recebendo a abundância da sua misericórdia» (Carta a quantos se estão preparando para celebrar fielmente o Grande Jubileu, 29 de junho de 1999, 12).

Caminhar juntos «é típico de quem anda à procura do sentido da vida» (cf. Bula Spes non confundit, 5). E nós, olhando para a estrela, possamos também renovar o nosso compromisso de sermos mulheres e homens “da Via”, como eram definidos os cristãos nas origens da Igreja (cf. Act 9, 2).

Que deste modo o Senhor nos transforme em luzes que apontam para Ele, tal como Maria, generosos na doação, abertos no acolhimento e humildes no caminhar juntos, para que O possamos encontrar, reconhecer, adorar e d’Ele partir renovados, levando ao mundo a luz do seu amor.



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Homilia Diária | A Luz de Cristo, muito mais que uma metáfora (Segunda-f...

SANTO DO DIA: Epifania do Senhor, dia que lembramos de Santos Reis


No dia 6 de janeiro, a Igreja celebra o dia de Santos Reis, também conhecida como celebração da Epifania do Senhor. Nessa festa, celebramos a visita dos Magos provenientes do Oriente, que viajaram muito para prestar homenagens e adorar o Menino Jesus recém-nascido. Ofereceram presentes cheios de significados ao menino Deus: ouro, incenso e mirra. Este fato é narrado pelo evangelista Mateus, no Capítulo 2, versículos 1-12. Trata-se de uma história impressionante, com vários símbolos importantes para a nossa vida.

Eram reis?

São Mateus chama-os apenas de “Magos”. Porém, essa palavra tinha vários significados. Designava a origem geográfica de pessoas da Pérsia. Por isso deduzimos que os magos eram daquele país. Designava também pessoas da realeza. Por isso acredita-se que eles eram reis. Por fim, “mago” significava também o que chamaríamos hoje de “cientistas”, pois eles conheciam profundamente a matemática, a medicina, a astronomia – tanto que detectaram o aparecimento de uma nova estrela – a química e outras ciências já conhecidas na época. Tudo isso concorda com a tradição científica dos persas.

Seguindo uma estrela

O aparecimento de uma nova estrela no céu mudou a vida daqueles homens. O conhecimento científico permitiu que eles descobrissem o novo astro. Daí se deduz que eles eram conhecedores dos mapas celestes e bons viajantes. Naquele tempo, os viajantes do deserto viajavam à noite e guiavam-se pela posição das estrelas. Por isso, eles detectaram o aparecimento da nova estrela. Porém, não apenas detectaram. Eles conheciam as profecias messiânicas e compreenderam que tal estrela anunciava o nascimento do Rei dos reis, o soberano das nações, o Salvador. Por isso se uniram para preparar e empreender uma viagem em busca do Rei Salvador.

Surpresa em Israel

Seguindo a estrela, aqueles sábios viajantes chegaram a Israel. Como procuravam por um rei, soberano das nações recém-nascido, dirigiram-se à capital Jerusalém, pensando que o menino Deus seria descendente do então rei de Israel. A chegada desses homens na capital foi motivo de alarde e espanto, segundo o relato de São Mateus, pois o povo não sabia do nascimento do Messias, embora desejasse ardentemente este acontecimento. Mateus diz que Jerusalém entrou em polvorosa com a chegada dos magos.

O encontro com Herodes

Tal foi a importância da visita dos magos a Jerusalém, que foram recebidos pelo rei Herodes. Este, provavelmente, recebeu-os como chefes de Estado, com todas as honras. Ao saber, porém, o real motivo da visita, Herodes sente-se ameaçado. O Rei Salvador recém-nascido poderia roubar seu trono, pensou. Por isso, fingindo interesse, procurou saber sobre as profecias ouvindo os escribas e enviou os magos a Belém. E disse a eles que, depois de encontrarem o menino, voltassem para indicar o local onde ele estava, para que também Herodes pudesse ir adorá-lo. Herodes, na verdade, sanguinário que era, queria matar o menino. Herodes, com efeito, já tinha cometido vários assassinatos, inclusive de dois filhos seus, por causa de seu medo de perder o poder. Embora tenha construído grandes obras em Jerusalém, Herodes, que não era judeu, mas sim nabateu e odiado pelos judeus, era um homem doente pelo poder, capaz de qualquer coisa para se manter na realeza.

O encontro com o Menino Jesus

São Mateus diz que, tão logo os magos saíram de Jerusalém, avistaram novamente a estrela e encheram-se de alegria. Seguiram-na, e ela os levou ao local onde Jesus estava. Chegando, depararam-se com a maior das surpresas: o Rei, soberano das nações, o Filho de Deus, nascera numa família pobre, simples. Não nasceu em berço de ouro, mas numa manjedoura! Sua mãe, uma jovem simples e seu pai, adotivo, um carpinteiro. Mesmo assim, os reis reconheceram naquele menino o soberano das nações, o Príncipe da Paz, e ofereceram presentes a ele.

Presentes com significados profundos

Os magos, reconhecendo naquele Menino o Rei dos reis, ofereceram-lhe presentes. Por causa do número desses presentes, deduz-se que os magos eram três. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra. O ouro significa a realeza daquele menino. O incenso simboliza sua divindade e a mirra simboliza sua humanidade e o sofrimento através do qual ele salvaria a humanidade. Depois de entregar os presentes, os magos adoraram o Menino Deus.

Fugindo de Herodes

Depois da visita, os magos foram avisados em sonhos para não voltarem a Herodes. Reconhecendo nisso uma mensagem divina, eles obedeceram e voltaram por outro caminho. Ao descobrir que tinha sido enganado, Herodes, furioso, manda matar todos os meninos com menos de dois anos nascidos em Belém. Ele queria ter a certeza de que o Messias, visto por ele como rival, fosse morto.

Fuga para o Egito

José foi avisado também em sonho e partiu para o Egito, fugindo com a Sagrada Família da ira de Herodes. Assim, os meninos de Belém com menos de dois anos deram suas vidas para que Jesus sobrevivesse. Eles passaram a ser conhecidos como Santos Inocentes, o que, de fato, são.

A Sagrada Família permaneceu no Egito até a morte de Herodes. Então, voltaram para Israel e foram viver em Nazaré, longe da capital Jerusalém.

Veneração

A tradição cristã conservou a veneração aos três os reis magos. Segundo a tradição, confirmada por São Beda, seus nomes eram Melquior, Gaspar e Baltazar. Até 474, os cristãos guardavam seus restos mortais em Constantinopla. Depois, foram levados para a grande catedral de Milão, Itália. Mais tarde, em 1164, foram trasladados para a bela cidade de Colônia, Alemanha. Lá, foi construída a esplendorosa Catedral dos Reis Magos, que guarda os restos mortais dos três reis santos até os dias de hoje.

Minha Oração

“Ó amabilíssimos Santos Reis, Baltazar, Melquior e Gaspar! Fostes vós avisados pelos Anjos do Senhor sobre a vinda ao mundo de Jesus, o Salvador, e guiados até o presépio de Belém de Judá, pela Divina Estrela do Céu. Ó amáveis Santos Reis, fostes vós os primeiros a terem a ventura de adorar, amar e beijar a Jesus Menino, e oferecer-lhe a vossa devoção e fé, incenso, ouro e mirra. Queremos, em nossa fraqueza, imitar-vos, seguindo a Estrela da Verdade. E descobrindo o Menino Jesus para adorá-lo. Não podemos oferecer-lhe ouro, incenso e mirra, como fizestes. Mas queremos oferecer-lhe o nosso coração contrito e cheio de fé católica. Queremos oferecer-lhe a nossa vida, buscando vivermos unidos à sua Igreja. Esperamos alcançar de vós a intercessão para receber de Deus a graça de que tanto necessitamos. (Em silêncio fazer o pedido). Esperamos, igualmente, alcançarmos a graça de sermos verdadeiros cristãos. Ó bondosos Santos Reis, ajudai-nos, amparai-nos, protegei-nos e iluminai-nos! Derramai vossas bênçãos sobre nossas humildes famílias, colocando-nos debaixo de vossa proteção, da Virgem Maria, a Senhora da Glória, e São José. Nosso Senhor Jesus Cristo, o Menino do Presépio, seja sempre adorado e seguido por todos. Amém!”

Santos Reis Magos, rogai por nós!

 (Canção Nova)

Liturgia das Horas: Laudes (2ª depois da Epifania) 06/01/25

domingo, 5 de janeiro de 2025

Angelus 05 de janeiro de 2025 - Papa Francisco

Cantar aos Reis em Angra do Heroísmo

Sete coisas que talvez não saiba sobre a Epifania e os Reis Magos



Por Redação central

5 de jan de 2025 às 01:00 

 

A Igreja celebra em 6 de janeiro a Epifania do Senhor, que faz referência à seguinte passagem da visita dos Magos do Oriente ao Menino Jesus: “Entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2,11). No Brasil, esta festa é sempre transferida para o domingo mais próximo e, por isso, é celebrada hoje (5).

Confira a seguir sete coisas que talvez você não sabia acerca dos Reis Magos e da Epifania.

1. A Igreja celebra três Epifanias

A festa dos Reis Magos ou Dia dos Santos Reis é conhecida como Epifania, palavra que em grego significa manifestação, no sentido de que Deus se revela e se manifesta.

Entretanto, a Igreja celebra como Epifanias três manifestações da vida de Jesus: a Epifania diante dos Magos do Oriente (manifestação aos pagãos), a Epifania do Batismo do Senhor (manifestação aos judeus) e a Epifania das bodas de Caná (manifestação aos seus discípulos).

2. É a segunda festa mais antiga

A festa da Epifania é uma das mais antigas dos cristãos, provavelmente a segunda depois da festa da Páscoa. Teve início no Oriente e logo passou a ser comemorada no Ocidente, por volta do século IV.

Dizem que no princípio os cristãos comemoravam as três epifanias em uma mesma data. Inclusive, em algumas igrejas orientais, nesta festa comemoram o nascimento de Cristo, mas foi somente até o século IV, quando começou a festividade romana do Natal.

Na Idade Média, a Epifania pouco a pouco passou a ser mais conhecida como a festa dos Reis Magos. Atualmente, a Igreja Católica celebra as três epifanias em diferentes datas do calendário litúrgico.

3. Um santo definiu a data

Alguns estudos comprovam que a Epifania passou a ser celebrada no dia 6 de janeiro porque neste dia era comemorado o nascimento de Aion, o deus pagão da metrópole de Alexandria, que supostamente estava relacionado com o deus sol. Do mesmo modo, também porque desde esta época, celebravam no Egito o solstício de inverno no dia 6 de janeiro.

No século IV, santo Eusébio de Cesárea e são Jerônimo, assim como santo Epifânio no século VI, disseram que os reis encontraram o Menino antes de completar dois anos de idade.

Entretanto, santo Agostinho (séculos IV e V) em seus sermões sobre a Epifania afirmou que chegaram 13 dias depois do nascimento do Senhor. Ou seja, no dia 6 de janeiro do calendário atual.

4. Reis por tradição

São Mateus, o único evangelista que fala sobre os Reis Magos na Bíblia, explica que eram do Oriente, uma região que, para os judeus, eram os territórios da Arábia, Pérsia ou Caldeia. Por outro lado, os orientais chamavam os doutores de “magos”.

“Mago” na língua persa significava “sacerdote” e justamente os magos (“magoi” em grego) eram um grupo de sacerdotes persas ou babilônios. Eles não conheciam a revelação divina como os judeus, mas estudavam as estrelas a fim de procurar Deus.

A tradição chamou de “reis” aos magos de acordo com o Salmo 72 (10-11) que diz: “Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis da Arábia e Etiópia oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão”.

5. Poderiam ser mais de três

São Leão Magno e são Máximo do Turim, séculos IV e V respectivamente, falam de três magos provavelmente não por se apoiar em alguma tradição, mas sim talvez pelos três presentes que descreve o evangelista.

Nos primeiros séculos há representações pictóricas nas quais aparecem dois, quatro, seis e até oito magos. Entretanto, o afresco mais antigo da adoração dos magos data do século II e se encontra em um arco da capela grega das catacumbas romanas de Priscila e ali aparecem três.

6. A origem de seus nomes, fisionomias e presentes

Os nomes dos magos não aparecem nas Sagradas Escrituras, mas a tradição lhes deu certos nomes. Em um manuscrito do final do século VII, aparece que se chamavam Bitisarea, Melchor e Natasa, mas, no século IX, começou-se a propagar que eram Gaspar, Melchior e Baltazar.

Melchior é caracterizado geralmente como um idoso branco com barba em representação da região europeia e oferece ao Menino o ouro pela realeza de Cristo. Gaspar representa a área asiática e leva o incenso pela divindade de Jesus. Enquanto Baltazar é negro pelos provenientes da África e presenteia o Salvador com mirra, substância que se utilizava para embalsamar cadáveres e simboliza a humanidade do Senhor.

Na época em que se começou a representá-los com estas características não se tinha conhecimento da América. Além disso, os três fazem referência às idades do ser humano: juventude (Gaspar), maturidade (Baltazar) e velhice (Melchior).

7. A estrela teria sido uma conjunção de planetas

Sobre a estrela de Belém que os Reis Magos viram, foram construídas várias hipóteses. Inicialmente, dizia-se que foi um cometa, mas estudos de astronomia revelam que, ao que tudo indica, deveu-se à conjunção dos planetas Saturno e Júpiter na constelação de Peixes.

Neste sentido, os Reis Magos possivelmente decidem viajar em busca do Messias porque, na antiga astrologia, Júpiter era considerado como a estrela do Príncipe do mundo; a constelação de Peixes, como o sinal do final dos tempos; e o planeta Saturno no Oriente, como a estrela da Palestina.

Ou seja, presume-se que os “sábios do Oriente” entenderam que o Senhor do final dos tempos apareceria naquele ano na Palestina.

É provável que os Reis Magos soubessem algumas profecias messiânicas dos judeus e, por isso, chegaram a Jerusalém, ao palácio de Herodes, perguntando pelo rei dos judeus.


(acidigital)


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Principais festas do calendário litúrgico em janeiro de 2025


Festas do calendário litúrgico em janeiro. ??
Algumas festas do calendário litúrgico em janeiro. Epifania do Senhor em 6 de janeiro (esquerda), Conversão de são Paulo em 25 de janeiro (centro) e são João Bosco (31 de janeiro). Imagem referencial. | Domínio público
 

O ano que se inicia é um ano especial com a celebração do jubileu ordinário 2025. Para ajudar a vivê-lo com mais devoção, a cada mês serão divulgadas as festas dos santos mais conhecidos e as datas mais importantes do calendário da Igreja.

Seguem abaixo as próximas festas do mês de janeiro:

3 de janeiro: Festa do Santíssimo Nome de Jesus

Essa festa celebra a nomeação divina de Jesus, revelada em sonhos a são José. Obedecendo ao anjo, José casou-se com Nossa Senhora e, quando o filho nasceu, deu-lhe o nome de “Jesus”. Esse nome, que significa “Deus salva”, resume a missão redentora de Cristo. Como diz são Paulo apóstolo: “Ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e nos infernos, e toda língua confesse que Cristo Jesus é o Senhor, para glória de Deus Pai” (cf. Fl 2,10-11). Assim, essa festa homenageia não só o nome de Jesus, mas também a sua divindade e papel central na fé cristã.

6 de janeiro: Solenidade da Epifania do Senhor

Essa solenidade, geralmente celebrada em 6 de janeiro, pode ser transferida para o domingo mais próximo (em 2025, será 5 de janeiro em muitos lugares). A festa celebra a “manifestação” do Messias esperado, o Menino Jesus, a toda a humanidade, representada pelos sábios do Oriente que foram a Belém para adorá-lo. Essa festa simboliza a revelação de Cristo aos gentios e a universalidade da salvação.

12 de janeiro: Festa do Batismo do Senhor

A festa do Batismo do Senhor marca a abertura das portas celestiais para os que recebem o batismo em Cristo. Essa Epifania revela Jesus como a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, manifestando o Deus Uno e Triúno. Nesse evento, Jesus é mostrado em união com o Pai e o Espírito Santo, revelando a natureza trinitária de Deus e o início do seu ministério público.

20 de janeiro: Memória de são Sebastião

“São Sebastião, mártir, que, oriundo de Milão, partiu para Roma, como refere Santo Ambrósio, onde grassavam violentas perseguições, e aí sofreu o martírio. Na Urbe romana, para onde tinha vindo como hóspede, obteve o seu corpo domicílio de imortalidade perpétua. Neste dia foi depositado nas Catacumbas de Roma” (Martirológio Romano).

21 de janeiro: Memória de santa Inês

“Memória de Santa Inês, virgem e mártir, que ainda adolescente ofereceu em Roma o supremo testemunho de fé, consagrando com o martírio o título de castidade. Obteve a vitória sobre a sua época e sobre o tirano, despertou grande admiração diante do povo e adquiriu maior glória diante do Senhor. Hoje celebra-se o dia da sua sepultura” (século III d.C./IV d.C.) (Martirológio Romano).

22 de janeiro: Memória da beata Laura Vicuña

“Em Junín de los Andes, na Argentina, a beata Laura Vicuña, virgem, nascida na cidade de Santiago do Chile, era estudante do Instituto Maria Auxiliadora e, para obter a conversão de sua mãe, aos treze anos ela ofereceu a Deus sua vida (1904)” (Martirológio Romano).

24 de janeiro: Memória de são Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja

“Memória de São Francisco de Sales, bispo de Genebra e doutor da Igreja. Verdadeiro pastor de almas, ele trouxe de volta à comunhão católica muitos irmãos separados e com seus escritos ensinou aos cristãos a devoção e o amor a Deus. Fundou, junto com Santa Joana de Chantal, a Ordem da Visitação, e em Lyon entregou humildemente a sua alma a Deus em 28 de dezembro de 1621” (Martirológio Romano).

25 de janeiro: Festa da conversão de são Paulo apóstolo

“Festa da Conversão de São Paulo, apóstolo. Viajando para Damasco, enquanto ainda tramava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, o próprio Jesus glorioso revelou-se-lhe no caminho, escolhendo-o para que, cheio do Espírito Santo, anunciasse o Evangelho da salvação aos Gentios. Sofreu muitas dificuldades pelo nome de Cristo” (Martirológio Romano).

28 de janeiro: Memória de são Tomás de Aquino, sacerdote e doutor da Igreja

“Memória de São Tomás de Aquino, sacerdote da Ordem dos Pregadores e doutor da Igreja, que, dotado de grande inteligência, com os seus discursos e escritos comunicou aos outros sabedoria extraordinária. Chamados a participar no II Concílio Ecumênico de Lyon pelo Beato Papa Gregório para Toulouse, França (1274)” (Martirológio Romano).

31 de janeiro: Memória de são João Bosco, sacerdote

“Memória de São João Bosco, sacerdote, que, depois de uma infância difícil, foi ordenado sacerdote e na cidade de Turim, na Itália, dedicou-se com todas as suas forças à formação dos adolescentes. Fundou a Sociedade Salesiana e, com a ajuda de Santa Maria Dominica Mazzarello, Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, para ensinar ofícios aos jovens e instruí-los na vida cristã. Cheio de virtudes e méritos, voou nesse dia para o céu na cidade de Turim, na Itália (1888)” (Martirológio Romano).

 

(acidigital)

Papa encoraja jovens cegos a serem peregrinos de esperança


Papa recebe grupo de crianças e jovens da União Italiana dos Cegos e Deficientes Visuais  no Vaticano ??
Papa recebe hoje (3) grupo de crianças e jovens da União Italiana dos Cegos e Deficientes Visuais no Vaticano. | Vatican Media
 

O papa Francisco recebeu um grupo de crianças e jovens da União Italiana dos Cegos e Deficientes Visuais que encorajou a serem peregrinos de esperança no Ano Jubilar 2025.

No início do encontro, hoje (3) na Sala Clementina, no Vaticano, o papa encorajou os presentes a reiterar o lema do Jubileu 2025, com força crescente, até os saudar com um “Bravo”.

O papa Francisco disse então desejar que sejam sempre “pessoas em movimento” que têm sempre o desejo de continuar “sempre em movimento, nunca parados, nunca estagnados, sempre com o desejo de seguir em frente”.

Francisco disse que não é só aquele que caminha, mas aquele que tem um destino particular: “um lugar sagrado, que o atrai, que motiva a viagem e que o sustenta no esforço”.

O papa disse que, no caso do jubileu ordinário de 2025, o objetivo é uma porta santa “que nos permite entrar na vida nova, livres da escravidão do pecado, livres para amar e servir a Deus e ao próximo”.

“Que vocês não sejam só pessoas em movimento, mas também peregrinos, ou seja, desejosos de encontrar Jesus, de conhecê-lo, de ouvir sua Palavra, que dá sentido à vida, que a preenche com uma alegria nova, uma alegria diferente, uma alegria que não permanece ‘por fora’, na superfície, mas que enche o coração e o aquece, uma alegria que é paz, que é bondade, que é ternura. A alegria de Jesus é assim. Só Jesus pode dar essa alegria”, disse o papa Francisco.

Francisco deu exemplos de santos que demonstram que “só Jesus pode dar esta alegria”, ao citar o beato Pier Giorgio Frassati, são Francisco e Santa Clara de Assis e santa Teresa do Menino Jesus.

Por fim, o papa disse que os peregrinos da esperança são “adolescentes e jovens que encontraram o Senhor Jesus e caminharam com Ele, que é a esperança para cada homem, para cada mulher e também para o mundo”.

“Sigamos esse caminho e nos tornaremos também pequenos sinais de esperança para aqueles que nos encontram”, disse o papa Francisco.

 

Como abençoar sua casa na Solenidade da Epifania de 2025


Como abençoar sua casa na Solenidade da Epifania de 2025 ??
Bênção na festa da Epifania.

No dia da Epifania do Senhor, você já passou por uma porta com letras e números aleatórios escritos no topo? Essas inscrições estão carregadas de grande significado.

A Epifania, também conhecida como “Pequeno Natal”, é a festa que comemora a chegada dos três Reis Magos que adoraram o Menino Jesus recém-nascido. É comemorada em 6 de janeiro. No Brasil esta festa é sempre transferida para o domingo mais próximo e, por isso, neste ano será comemorada no domingo (5). 

Tradicionalmente, na Solenidade da Epifania, os católicos abençoam as suas casas escrevendo as letras C, M e B, e os números do ano na parte de cima das portas.

As letras fazem alusão aos três Reis Magos: Gaspar (Caspar em latim), Melchior e Baltazar. Também representam a bênção em latim Christus Mansionem Benedicat, que significa “Que Cristo abençoe esta casa”.

Algumas paróquias católicas dão aos seus fiéis giz, uma garrafa de água benta e uma bênção impressa para que cada família possa fazer a oração em casa.

A bênção do lar, popular na Polônia e em outros países eslavos, espalhou-se por outros lugares do mundo.

Como fazer a bênção?

Todos os familiares se reúnem em frente à porta principal da casa e fazem o sinal da cruz e a oração:

Monitor: Paz para esta casa.

Todos: E a todos aqueles que moram nela.

Monitor: Do Oriente os Três Reis Magos foram para Belém para adorar o Senhor e, abrindo seus tesouros, ofereceram presentes preciosos: ouro para o grande Rei, incenso para o Deus verdadeiro e mirra como símbolo de sua sepultura.

Todos entram na casa e leem o Magnificat, o hino de louvor à Virgem Maria depois de cumprimentar sua prima Isabel. Nesse momento a porta é aspergida com água benta. Depois disso, continua:

Todos: Do Oriente, os Três Reis Magos foram a Belém para adorar o Senhor e, abrindo os seus tesouros, ofereceram presentes preciosos: ouro para o grande Rei, incenso para o Deus verdadeiro e mirra como símbolo de sua sepultura.

Monitor: Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 
e não nos deixeis cair em tentação...

Todos: Mas livra-nos do mal.

Monitor: Todos de Saba virão.

Todos: Trazendo ouro e incenso.

Monitor: Oh Senhor, escutai minha oração.

Todos: E que o meu clamor chegue a Vós.

Monitor: Ó Deus, que hoje manifestaste o vosso Filho unigênito aos gentios, com a guia de uma estrela, fazei que nós, que vos conhecemos pela fé, cheguemos também à visão da vossa gloriosa majestade. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Monitor: Ilumina-te, ilumina-te, ó Jerusalém, porque chegou a tua luz, e sobre ti nasceu a glória do Senhor: Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria.

Todos: E os gentios caminharão na tua luz e os reis no esplendor da tua ascensão, e a glória do Senhor surgirá sobre ti.

Monitor: Oremos. Abençoai, Senhor Deus Todo-Poderoso, este lar, para que nele haja saúde, pureza, força de vitória, humildade, bondade e misericórdia, cumprimento da vossa lei, ação de graças a Deus Pai e Filho e Espírito Santo. E que esta bênção permaneça sobre esta casa e sobre todos os que nela habitam. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Depois da oração, caminha-se pela casa aspergindo água benta em cada cômodo...

Isso é feito no início do ano para convidar Deus a entrar nos lares e colocar as famílias sob sua proteção.

 

Hoje é dia de santa Isabel Ana Bayley Seton, primeira santa nascida nos EUA


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Hoje (4) a Igreja celebra santa Isabel Ana Bayley, viúva de Seton, a primeira santa nascida nos EUA.

Elizabeth Ann Bayley Seton ocupa um lugar privilegiado na história da educação em seu país.

Ela foi a fundadora da primeira escola católica nos EUA. Depois de ficar viúva, ela escolheu a vida consagrada e se tornou a fundadora da primeira congregação religiosa dos EUA, as Irmãs da Caridade de São José.

Santa Isabel é a padroeira das escolas católicas, das viúvas e das crianças em perigo de morte.

A Igreja Episcopal

Elizabeth nasceu em 28 de agosto de 1774 em Nova York. Seus pais, Catalina Charlton e doutor Richard Bayley, pertenciam à igreja episcopal e eram membros do partido conservador da época.

Aos 20 anos, a santa conheceu William Magee Seton, um renomado empresário com quem se casaria após um breve namoro e teria cinco filhos.

Infelizmente, William caiu em desgraça. Primeiro, perdeu seus negócios por causa do naufrágio dos barcos que alugava para transportar mercadorias. Logo depois adoeceu com tuberculose, doença incurável na época.

Os médicos limitaram-se a sugerir que ela procurasse um clima mais favorável até ficar curado. Por isso, o casal decidiu embarcar para a Itália.

Chegando ao porto em 27 de dezembro de 1803, Willian morreu durante o período obrigatório de quarentena para desembarcar, vítima da doença que o acometia. Encontrando-se só, Isabel foi acolhida pela família Felicchi.

Caminho para casa: conversão ao catolicismo

Durante o período que ficou com os Felicchi, Isabel entrou em contato com o catolicismo.

Nesse propósito, Isabel descobriu que seu lugar não era mais dentro da Igreja anglicana. Em 14 de março de 1805, a viúva manifestou o desejo de se tornar católica. Duas coisas a impressionaram muito: a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia e a devoção à Virgem Maria.

De volta a Nova York, ela se viu incompreendida por seus parentes. Isabel passou a trabalhar como voluntária, como professora.

Fundadora, educadora e visionária católica

O papel que assumiu como educadora despertou em seu coração a ideia de formar uma comunidade religiosa. Em 1809, em Baltimore, o sonho da fundação se tornou realidade.

Sob a direção de santa Isabel, foi fundado o Instituto das Irmãs da Caridade de São José, a primeira congregação religiosa feminina originária da América do Norte.

Após sua morte, as irmãs ingressaram na Companhia das Filhas da Caridade de Paris, como era o desejo inicial da santa.

Pioneira da educação católica

Isabel não apenas fundou uma congregação religiosa, mas foi uma grande inovadora ao criar a primeira escola paroquial católica dos EUA.

Isabel Ana Bayley Seton morreu em Maryland em 4 de janeiro de 1821. Ela foi beatificada em 17 de março de 1963 pelo papa são João XXIII e canonizada em 14 de setembro de 1975 pelo papa são Paulo VI.

Hoje, sua imagem adorna uma das portas principais da catedral de são Patrício, em Nova York.

 

Laudes de 4 de Janeiro

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 03.01.2025

Comentário à liturgia da Epifania do Senhor e Jubileu

Em tua luz, Senhor, vemos a luz - Canto novo - Caminho Neocatecumenal ( ...

Palavra de Deus | Em nome de Jesus, levanta-te e anda (Jo 1,29-34) Irmã ...

JANEIRO, 2025 - PELO DIREITO À EDUCAÇÃO | O Vídeo do Papa

Papa reza face a ‘catástrofe educativa’ que atinge 250 milhões de crianças

(Papa Francisco em vídeo da Rede Mundial de Oração do Papa divulgado hoje (2). | Captura de vídeo - Rede Mundial de Oração do Papa/YouTube.)

Por Nicolás de Cárdenas

2 de jan de 2025 às 15:29

A Santa Sé divulgou hoje (2) o vídeo da Rede Mundial de Oração do Papa deste mês em que o papa pede para rezar diante da “catástrofe educativa” que atinge 250 milhões de crianças em todo o mundo.

“Hoje vivemos uma catástrofe educativa. E não é exagero”, diz o papa Francisco no início da mensagem de vídeo.

“Por causa das guerras, cerca de 250 milhões de meninos e meninas não têm instrução. Todas as crianças e jovens têm direito de ir à escola, não importa a sua situação migratória”, disse Francisco, que diz também que “a educação é uma esperança para todos: pode salvar os migrantes, os refugiados da discriminação, das redes de delinquência e da exploração…"

O papa também lamenta que existam “tantos menores explorados” e encorajou a “ajudá-los a integrarem-se nas comunidades que os acolhem”.

“A educação abre-nos as portas a um futuro melhor. E assim, os migrantes e refugiados podem contribuir para a sociedade, seja no seu novo país, seja no seu país de origem, se decidirem regressar”, diz o papa Francisco.

O papa encoraja a não esquecer que “quem acolhe um estrangeiro, acolhe Jesus Cristo”.

“Rezemos para que os migrantes, os refugiados e as pessoas afetadas pela guerra vejam sempre respeitado o seu direito à educação, necessária para construir um mundo mais humano”, concluiu Francisco.

A Rede Mundial de Oração do Papa propõe, como atitudes para a vida cotidiana associadas à intenção deste mês, integrar, promover, proteger e acolher o respeito pelo direito à educação.

Segue abaixo a oração que os fiéis podem fazer este mês:



Pai de bondade,

Tu queres que todos possamos contribuir para a construção de um mundo melhor, construindo pontes em vez de muros.

Pedimos-te hoje, em especial, pelos migrantes, refugiados e afetados pelas guerras, que em muitos casos veem ameaçado o seu direito à educação, para que sejam respeitados e protegidos.

Que, à maneira do Coração do teu Filho Jesus, cultivemos sociedades acolhedoras, promovendo e integrando aqueles que, por necessidade, tiveram de partir e afastar-se das suas redes de apoio.

Dá-nos o teu Espírito, para que as nossas palavras e ações fortaleçam responsavelmente a segurança daqueles que nos chamas a abraçar pela sua inalienável dignidade.

Amém.


Hoje é celebrado o Santíssimo Nome de Jesus


Santíssimo Nome de Jesus ??
Santíssimo Nome de Jesus 
 

Hoje (3), a Igreja celebra do dia do Santíssimo Nome de Jesus. “Este é aquele santíssimo nome desejado pelos patriarcas, esperado com ansiedade, suplicado com gemidos, invocado com suspiros, requerido com lágrimas, dado ao chegar a plenitude da graça”, dizia são Bernardino de Sena.

A palavra Jesus é a forma latina do grego “Iesous”, que por sua vez é a transliteração do hebraico “Jeshua” ou “Joshua” ou também “Jehoshua”, que significa “Yahveh é salvação”.

O Santíssimo Nome de Jesus começou a ser venerado nas celebrações litúrgicas do século XIV. São Bernardino de Sena e seus discípulos propagaram o culto ao Nome de Jesus. Em 1530, o papa Clemente VI concedeu pela primeira vez à ordem franciscana a celebração do Ofício do Santíssimo Nome de Jesus.

São Bernardino costumava carregar uma pequena imagem que mostrava a Eucaristia com raios saindo dela e, no meio, via-se o monograma “IHS”, abreviação do Nome de Jesus em grego (ιησουσ).

Mais tarde, a tradição devocional acrescentou um significado às siglas: “I”, Iesus (Jesus); “H”, Hominum (dos homens); “S”, Salvator (Salvador). Juntos, querem dizer Jesus, Salvador dos Homens.

Santo Inácio de Loyola e os jesuítas fizeram deste monograma o emblema da Companhia de Jesus.

O nome de Jesus, invocado com confiança:

  • Oferece ajuda nas necessidades corporais, segundo a promessa de Cristo: “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16,17-18). No Nome de Jesus, os Apóstolos deram força aos aleijados (At 3,6; 9,34) e vida aos mortos (At 9,40).

  • Dá confiança nas provações espirituais. O Nome de Jesus recorda ao pecador o “pai do filho pródigo” e o bom samaritano; ao justo, recorda o sofrimento e a morte do inocente Cordeiro de Deus.

  • Protege-nos de Satanás e de suas artimanhas, pois o diabo teme ao Nome de Jesus, quem o venceu na Cruz.

  • No Nome de Jesus, obtemos toda bênção e graça no tempo e na eternidade, pois Cristo disse: “O que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará” (Jo 16,23). Portanto, a Igreja termina todas as suas orações com as palavras: “Por Jesus Cristo, nosso Senhor”, etc. Assim, cumpre-se a palavra de São Paulo: “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos” (Fl 2,10).

 

Laudes de 3 de Janeiro

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

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“Dentro da Igreja, há tradições mundanas que chegam ao cúmulo de legitim...

Missa na Basílica Nossa Senhora Do Rosário de Fátima. 2 De Janeiro 2025....

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Hoje são celebrados os santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno, doutores da Igreja


Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno
 

“Basílio santo nasceu entre santos. Basílio pobre viveu entre os pobres. Basílio filho de mártires sofreu como um mártir. Basílio sempre pregou com seus lábios e com seus bons exemplos e seguirá pregando sempre com seus admiráveis escritos”, afirmou certa vez são Gregório Nazianzeno sobre seu grande amigo são Basílio Magno.

Ambos combateram contra os hereges que negavam a divindade de Jesus e sua festa é celebrada hoje, 2 de janeiro.

São Basílio

São Basílio nasceu em Cesareia (Ásia Menor), por volta do ano 330, em uma família de santos. Seus irmãos foram são Gregório de Niceia, santa Macrina a jovem e são Pedro de Sebaste. Seu pai foi são Basílio o velho, sua mãe, santa Emélia, e sua avó, santa Macrina.

Seu companheiro de estudos e inseparável amigo na defesa da fé foi são Gregório Nazianzeno. Quando são Basílio estava no auge de sua carreira profissional, sentiu um grande impulso para abandonar o mundo e foi ajudado por sua irmã santa Macrina, que, junto à sua mãe viúva e outras mulheres, vivia em uma comunidade em um lugar isolado.

Basílio recebeu o batismo, visitou diversos mosteiros e em um local ermo se entregou ao retiro solitário com a oração e o estudo. Uniram-se a ele alguns discípulos e formou o primeiro mosteiro da Ásia Menor. Seus ensinamentos são vividos até hoje pelos monges do oriente e influenciou até mesmo são Bento, que o considerava seu mestre.

Foi ordenado sacerdote e são Gregório Nazianzeno o incentivou a ajudá-lo com a defesa do clero, as igrejas e as verdades de fé. Foi nomeado primeiro auxiliar do arcebispo de Cesareia e usou a herança que sua mãe tinha lhe deixado para ajudar os necessitados. Costumava sair com avental e concha distribuindo alimentos.

Mais tarde, substituiu o falecido arcebispo e defendeu a autonomia da Igreja ante o imperador Valente. Seus fiéis adquiriram o costume de comungar com frequência. Partiu para a Casa do Pai em 1º de janeiro de 379.

São Gregório

São Gregório Nazianzeno nasceu na Capadócia (atual Turquia) no mesmo ano que são Basílio. Seu pai foi são Gregório Maior, bispo de Nazianzo, sua mãe, santa Nona, e seus irmãos, santos Cesáreo e Gorgonia.

Também se uniu a são Basílio na vida solitária, mas foi ordenado sacerdote e demorou um pouco para se render a este serviço. Por volta do ano 372, são Basílio queria consagrá-lo bispo de Sasima, lugar que estava sobre terrenos em disputa pelas duas Capadócias (território dividido). Isso trouxe inimizade entre os amigos.

Com o tempo, os santos voltaram a se reconciliar e, depois de percorrer várias cidades, são Gregório se estabeleceu em Constantinopla. Foi consagrado bispo, mas sofreu por difamações e perseguições dos hereges.

O Concílio de Constantinopla (381) estabeleceu e confirmou as conclusões do Concílio de Niceia contra os hereges que negavam a divindade de Cristo e outras verdades de fé.

São Gregório foi nomeado bispo de Constantinopla, mas seus inimigos colocaram em dúvida a validade de sua eleição. Por isso, para restaurar a paz, o santo voltou a Nazianzo. Ali se tornou bispo deste território, depois foi para o retiro e partiu para a Casa do Pai em 25 de janeiro do ano 389 ou 390.

 

Liturgia das Horas: Laudes - São Basílio e São Gregório - 2 de janeiro

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Angelus 01 de janeiro de 2025- Papa Francisco

Santa Missa na Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus, 01 de janeir...

SANTA MISSA NA SOLENIDADE DE MARIA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
LVIII DIA MUNDIAL DA PAZ

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de São Pedro
Quarta-feira, 1° de janeiro de 2025


No início de um novo ano que o Senhor nos concede, é bom poder erguer o olhar do nosso coração para Maria. Na verdade, Ela, sendo Mãe, remete-nos para a relação com o Filho: leva-nos outra vez a Jesus, fala-nos de Jesus, conduz-nos a Jesus. Assim, a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus faz-nos imergir de novo no Mistério do Natal: Deus fez-se um de nós no seio de Maria, e a nós, que abrimos a Porta Santa para iniciar o Jubileu, recorda-se-nos hoje que “Maria é a porta pela qual Cristo entrou neste mundo” (Santo Ambrósio, Epístola 42, 4: PL, VII).

O apóstolo Paulo resume este Mistério afirmando que «Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher» (Gl 4, 4). Estas palavras – “nascido de uma mulher” – ressoam agora no nosso coração e recordam-nos que Jesus, nosso Salvador, se fez carne e se revela na fragilidade da carne.

Nascido de uma mulher. Antes de mais, esta expressão leva-nos ao Natal: o Verbo fez-se carne. O apóstolo Paulo, ao especificar que nasceu de uma mulher, sente quase a necessidade de nos recordar que Deus se fez verdadeiramente homem através de um ventre humano. Hoje em dia, há uma tentação que fascina muitas pessoas e pode enganar também muitos cristãos: imaginar ou fabricar para nós um Deus “abstrato”, ligado a uma vaga ideia religiosa, a uma fugaz agradável emoção. Ao invés, é concreto, é humano: Ele nasceu de uma mulher, tem um rosto e um nome, e chama-nos a manter uma relação com Ele. Cristo Jesus, o nosso Salvador, nasceu de uma mulher; tem carne e sangue; veio do seio do Pai e, todavia, encarnou no ventre da Virgem Maria; pertence aos altos céus e, apesar disso, habita nas profundezas da terra; é o Filho de Deus e, no entanto, fez-se Filho do homem. Ele, imagem de Deus Omnipotente, veio na fraqueza e, embora não tivesse mácula alguma, «Deus o fez pecado por nós» (2 Cor 5, 21). Nasceu de uma mulher e é um de nós. Por isso mesmo, Ele pode salvar-nos.

Nascido de uma mulher. Esta expressão fala-nos também da humanidade de Cristo, para nos dizer que Ele se revela na fragilidade da carne. Se Ele desceu no seio de uma mulher, nascendo como todas as criaturas, ei-lo que se mostra na fragilidade de uma criança. É por isso que os pastores, quando foram ver com os seus próprios olhos o que o Anjo lhes tinha anunciado, não encontram sinais extraordinários nem manifestações grandiosas, mas «encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura» (Lc 2, 16). Encontram um recém-nascido indefeso, frágil, necessitado dos cuidados da mãe, de agasalhos e leite, de carícias e amor. São Luís Maria Grignion de Montfort diz que a Sabedoria divina, «embora o pudesse fazer, não quis dar-se diretamente aos homens, mas preferiu dar-se por meio da Virgem Santíssima. Nem quis vir ao mundo na idade de um homem perfeito, independente dos outros, mas como uma pobre pequena criança, necessitada dos cuidados e do sustento da Mãe» (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 139). E assim, em toda a vida de Jesus, podemos confirmar esta escolha de Deus, a escolha da pequenez e do escondimento. Ele nunca sucumbirá ao fascínio do poder divino para realizar grandes sinais e impor-se aos outros, como o demónio lhe tinha sugerido, mas revelará o amor de Deus na beleza da sua humanidade, habitando entre nós, partilhando a vida comum feita de trabalhos e sonhos, compadecendo-se dos sofrimentos do corpo e do espírito, abrindo os olhos aos cegos e revigorando os desanimados. Compadecendo-se! As três atitudes de Deus são misericórdia, proximidade e compaixão: Deus faz-se próximo, misericordioso e compassivo. Não o esqueçamos. Jesus mostra-nos Deus através da sua frágil humanidade, que cuida dos mais frágeis.

Irmãs e irmãos, é bonito pensar que Maria, a jovem de Nazaré, nos leva sempre para o Mistério do seu Filho, Jesus. Ela recorda-nos que Jesus vem na nossa carne e, por isso, o lugar privilegiado onde podemos encontrá-lo é, antes de mais, a nossa vida, a nossa frágil humanidade e a de quem passa por nós todos os dias. Invocando-a como Mãe de Deus, afirmamos que Cristo foi gerado pelo Pai, mas nasceu verdadeiramente do ventre de uma mulher. Afirmamos que Ele é o Senhor do tempo, mas com a sua presença amorosa habita este nosso tempo, mesmo este novo ano. Afirmamos que é o Salvador do mundo, mas podemos encontrá-Lo e devemos procurá-Lo no rosto de cada ser humano. E se Ele, que é o Filho, se fez pequeno para ser segurado nos braços de uma mãe, para ser cuidado e amamentado, então isso significa que ainda hoje Ele vem naqueles que precisam dos mesmos cuidados: em todos os irmãos e irmãs que encontramos e têm necessidade de atenção, escuta e ternura.

Confiemos a Maria, Mãe de Deus, este novo ano que começa, para que como Ela também nós aprendamos a encontrar a grandeza de Deus na pequenez da vida; para que aprendamos a cuidar de toda a criatura nascida de uma mulher, antes de mais protegendo o dom precioso da vida, como faz Maria: a vida no ventre materno, a vida das crianças, a vida de quem sofre, a vida dos pobres, dos idosos, de quem se encontra só, dos moribundos. E hoje, Dia Mundial da Paz, todos somos chamados a acolher este convite que brota do coração materno de Maria: proteger a vida, cuidar das vidas feridas – e há tantas vidas feridas, tantas! –, restituir a dignidade à vida de cada ser “nascido de uma mulher” é a base fundamental para construir uma civilização de paz. Por isso, «faço apelo a um firme compromisso de promover o respeito pela dignidade da vida humana, desde a conceção até à morte natural, para que cada pessoa possa amar a sua vida e olhar para o futuro com esperança» (Mensagem para o LVIII Dia Mundial da Paz, 1 de janeiro de 2025).

Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, espera-nos precisamente ali no presépio. Tal como aos pastores, ela mostra-nos o Deus que nos surpreende sempre e que não vem no esplendor dos céus, mas na pequenez de uma manjedoura. Confiemos-lhe este novo ano jubilar, entreguemos-lhe as nossas questões, preocupações, sofrimentos, alegrias e tudo o que trazemos no coração. Ela é Mãe! Confiemos-lhe o mundo inteiro, para que a esperança renasça e a paz germine finalmente em todos os povos da terra.

A história conta que, em Éfeso, quando os bispos estavam a entrar na igreja, o povo fiel, com bastões nas mãos, gritava: “Mãe de Deus!”. Os bastões, certamente, eram o aviso do que aconteceria se não declarassem o dogma da “Mãe de Deus”. Hoje, nós não temos bastões, mas temos coração e voz de filhos. Por isso, todos juntos, com força e por três vezes, aclamemos a Santa Mãe de Deus. Todos juntos: “Santa Mãe de Deus! Santa Mãe de Deus! Santa Mãe de Deus!”.



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Igreja Católica celebra hoje o Dia Mundial da Paz


PapaFranciscoPaloma_LOsservatoreRomano_301220.webp Papa Francisco. Crédito: Vatican Media
 

A Igreja celebra hoje (1º) o Dia Mundo da Paz. Como de costume, reflete sobre a mensagem papa, que para este ano traz como tema “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a Vossa Paz”.

Paz é, em termo gerais, a tranquilidade que procede da ordem e da unidade de vontades, é a serenidade existente onde não há conflito; enquanto a “paz interior” é a que provém da unidade da vontade humana com a divina, a qual pode-se obter mesmo em meio a grandes dificuldades e tormentas exteriores.

São João XXIII dizia em sua encíclica Pacem in terris (Paz na terra) que “só haverá paz na sociedade humana, se esse estiver presente em cada um dos membros, se em cada um se instaurar a ordem querida por Deus”.

Do mesmo modo, são João Paulo II assinalou em certa ocasião que “neste tempo ameaçado pela violência, pelo ódio e pela guerra, testemunhai que Ele, e somente Ele, pode dar a verdadeira paz ao coração do homem, às famílias e aos povos da terra. Esforçai-vos em buscar e promover a paz, a justiça e a fraternidade”.

Oração de são João Paulo II pela paz

Ao Criador da natureza e do homem, da verdade e da beleza, suplico:

Escuta minha voz, Senhor, pois é a voz das vítimas
de todas as guerras e de todas as violências
entre os indivíduos e os povos...

Escuta minha voz, pois é a voz de todas as crianças
que sofrem e que sofrerão
enquanto os povos colocarão sua confiança nas armas e na guerra...

Escuta minha voz, quando eu te suplico de insuflar
no coração de todos os humanos
a sabedoria da paz,
a força da justiça
e a alegria da amizade...

Escuta minha voz quando eu te falo para as multidões que,
em todos os países e em todos os tempos,
não querem a guerra e estão prontas a percorrer o caminho da paz...

Escuta minha voz e dá-nos a força
de sempre saber responder ao ódio pelo amor,
à injustiça por um total engajamento pela justiça,
à miséria pela partilha...

Escuta minha voz, ô Deus, e concede ao mundo tua paz eterna.

 (acidigital)

Hoje a Igreja celebra a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus


Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
 

A solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus (Theotokos) é a mais antiga que se conhece no Ocidente. Nas Catacumbas ou antiquíssimos subterrâneos de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Santa Missa, encontram-se pinturas com esta inscrição.

Segundo um antigo testemunho escrito no século III, os cristãos do Egito se dirigiam a Maria com a seguinte oração: “Sob seu amparo nos acolhemos, Santa Mãe de Deus: não desprezeis a oração de seus filhos necessitados; livra-nos de todo perigo, oh sempre Virgem gloriosa e bendita” (Liturgia das Horas).

No século IV, o termo Theotokos era usado frequentemente no Oriente e Ocidente porque já fazia parte do patrimônio da fé da Igreja.

Entretanto, no século V, o herege Nestório se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afirmando: “Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses”.

Nestório havia caído em um engano devido a sua dificuldade para admitir a unidade da pessoa de Cristo e sua interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas – divina e humana – presentes Nele.

Os bispos, por sua parte, reunidos no Concílio de Éfeso (ano 431), afirmaram a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho. Por sua vez, declararam: “A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”.

Logo, acompanhados pelo povo e levando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém”.

São João Paulo II, em novembro de 1996, refletiu sobre as objeções expostas por Nestório para que se compreenda melhor o título “Maria, Mãe de Deus”.

“A expressão Theotokos, que literalmente significa ‘aquela que gerou Deus’, à primeira vista pode resultar surpreendente; suscita, com efeito, a questão sobre como é possível que uma criatura humana gere Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina”, disse o papa.

“O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é-Lhe consubstancial. Nesta geração eterna Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria”, acrescentou.

Do mesmo modo, afirmou que a maternidade da Maria “não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana”. Além disso, “uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera”, disse são João Paulo II.

Por fim, é importante recordar que Maria não é só Mãe de Deus, mas também nossa porque assim quis Jesus Cristo na cruz, quando a confiou a São João. Por isso, ao começar o novo ano, peçamos a Maria que nos ajude a ser cada vez mais como seu Filho e iniciemos o ano saudando a Virgem Maria.

Saudação à Mãe de Deus

Salve, ó Senhora santa, Rainha santíssima,
Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja,
eleita pelo santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou por seu santíssimo
e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude
da graça e todo o bem!
Salve, ó palácio do Senhor! Salve,
ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor,
e salve vós todas, ó santas virtudes
derramadas, pela graça e iluminação
do Espírito Santo,
nos corações dos fiéis
transformando-os de infiéis
em servos fiéis de Deus!

 

(acidigital)

Laudes da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Vésperas e Te Deum 31 de dezembro de 2024- Papa Francisco

PRIMEIRAS VÉSPERAS DA SOLENIDADE DE MARIA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
E TE DEUM DE AÇÃO DE GRAÇAS PELO ANO QUE PASSOU

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de São Pedro
Terça-feira, 31 de dezembro de 2024


Esta é a hora da ação de graças, e temos a alegria de a viver celebrando Santa Mãe de Deus. Ela, que guarda no seu coração o mistério de Jesus, ensina também cada um de nós a ler os sinais dos tempos à luz desse mistério.

O ano que está a chegar ao fim foi muito atarefado para a cidade de Roma. Os cidadãos, peregrinos, turistas e todos os que se encontravam de passagem experimentaram a típica fase que precede um Jubileu, com a multiplicação de grandes e pequenos estaleiros de obras. Esta tarde é o momento para uma reflexão sapiencial, para considerar que todo este trabalho, para além do valor que tem em si mesmo, teve um significado que corresponde à própria vocação de Roma, a sua vocação universal. À luz da Palavra de Deus que acabámos de ouvir, esta vocação poderia exprimir-se assim: Roma é chamada a acolher todos para que todos se reconheçam filhos de Deus e irmãos uns dos outros.

Por isso, neste momento, queremos elevar a nossa ação de graças ao Senhor porque nos permitiu trabalhar, e trabalhar muito, mas sobretudo porque nos deu a possibilidade de o fazer com este grande sentido, com este amplo horizonte que é a esperança da fraternidade.

O lema do Jubileu, “Peregrinos de esperança”, é rico de significados, consoante as diversas perspectivas possíveis, que constituem outros tantos “caminhos” de peregrinação. E um destes grandes caminhos de esperança por onde caminhar é a fraternidade: é a estrada que propus na Encíclica Fratelli tutti. Sim, a esperança do mundo está na fraternidade! E é bom pensar que, nestes últimos meses, a nossa Cidade se tornou um estaleiro de obras com este propósito, com este amplo sentido: preparar-se para acolher homens e mulheres de todo o mundo, católicos e cristãos de outras confissões, crentes de todas as religiões, buscadores da verdade, da liberdade, da justiça e da paz, todos peregrinos de esperança e fraternidade.

Mas é preciso perguntarmo-nos: esta perspetiva tem algum fundamento? A esperança de uma humanidade fraterna é apenas um slogan retórico ou tem uma base “rochosa” sobre a qual se pode construir algo estável e duradouro?

Esta resposta é dada pela Santa Mãe de Deus, ao mostrar-nos Jesus. A esperança de um mundo fraterno não é uma ideologia, nem um sistema económico, nem o progresso tecnológico. A esperança de um mundo fraterno é Ele, o Filho encarnado, enviado pelo Pai para que todos nos tornemos o que somos, isto é, filhos do Pai que está nos céus e, portanto, irmãos e irmãs entre nós.

E assim, enquanto admiramos com gratidão os resultados das obras realizadas na cidade – agradecemos o trabalho de tantos e tantos homens e mulheres que o fizeram, agradecemos ao senhor Presidente da Câmara por este trabalho de levar em frente a cidade –, tomamos consciência de qual é o estaleiro de obras mais decisivo, o que implica cada um de nós: esse estaleiro de obras é aquele em que, todos os dias, permitirei a Deus que mude em mim o que não é digno de um filho, o que não é humano, e é aquele em que me comprometerei, cada dia, a viver como irmão e irmã do meu próximo.

Que a nossa Santa Mãe nos ajude a caminhar juntos, como peregrinos de esperança, na estrada da fraternidade. Que o Senhor nos abençoe a todos, perdoe os nossos pecados e nos dê força para prosseguir a nossa peregrinação no próximo ano. Obrigado!



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