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Guterres: não há segurança na ocupação
O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu a conferência com um severo alerta à comunidade internacional, dizendo: "estamos em um ponto de ruptura; a solução de dois Estados nunca esteve tão distante". Em seguida, Guterres denunciou a "anexação ilegal e insidiosa" da Cisjordânia e a destruição em larga escala de Gaza, chamando-as de "intoleráveis". O secretário-geral da ONU convidou a repelir a "falsa escolha" entre a segurança israelense e os direitos palestinos: "Não há segurança na ocupação. Não podemos esperar por condições perfeitas: precisamos criá-las". O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, reverberou suas palavras, falando de "anos de espera" e "imenso sofrimento", apelando a uma "verdadeira intervenção internacional" e expressando a esperança de que a conferência marcasse um ponto de virada concreto. "Chega de ignorar a vida e a dignidade dos palestinos: somos seres humanos", declarou. Mustafa também propôs o envio, por meio de uma resolução do Conselho de Segurança, de uma força internacional temporária para garantir um cessar-fogo e proteger os civis palestinos.
Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou o reconhecimento formal do Estado da Palestina — tornando-se assim o primeiro país do G7 a tomar essa medida — e o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, reiterou em Nova York que essa medida diplomática deve ser entendida como "uma rejeição à lógica da guerra e um apelo global à construção da paz". Um dos objetivos da conferência, que se conclui esta quarta-feira, 30 de julho, é pressionar outros países europeus a reconhecerem o Estado da Palestina.
(vaticannews)
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