Caminhando
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Sejam anjos para quem sofre, diz papa a presidentes da Cáritas na América Latina
16 de jan de 2025 às 15:44
O papa Francisco falou ontem (15) sobre salvaguarda dos que sofrem injustiças em encontro no Vaticano com os presidentes da Cáritas da América Latina e do Caribe.
O papa comentou a definição da palavra “salvaguarda”: um sinal que em tempos de guerra é colocado, por ordem dos comandantes militares, na entrada das cidades ou nas portas das casas, para que seus soldados não façam mal a elas.
Francisco citou o profeta Ezequiel (cf. Ez. 9,4) e Apocalipse (cf. Ap. 7,3), em que o Senhor pede ao Seu anjo: “Marque com um sinal a testa daqueles que choram e se lamentam por causa de todas as abominações que são cometidas”.
“O Senhor pede a nós, seus enviados, que coloquemos o sinal de sua cruz abençoada na testa de todos aqueles que vêm à nossa Cáritas, gemendo e lamentando por tantas injustiças, até mesmo abominações, perpetradas contra eles”, disse o papa.
Francisco exortou os membros da Cáritas a colocar “virtualmente” esse sinal em cada ser humano que encontrem, reconhecendo nele “a sua dignidade de irmão em Cristo, redimido pelo sangue do Salvador”.
Segundo o papa Francisco, “salvaguarda” é um nome divino, pois “é o próprio Cristo escrito na testa de cada homem e mulher e, como num espelho, no coração de cada um daqueles que, na nossa fragilidade, quer ser portador do seu amor, em pequenos gestos de caridade e cuidado”.
Por fim, o papa disse querer que Jesus “recompense todos os seus esforços, que o Espírito Santo guie seus trabalhos e que a Virgem Santa os cubra com seu manto, para que aprendam com ela a levar cuidado e proteção a todos os homens”.
A Cáritas América Latina e Caribe é uma rede formada por 22 Cáritas nacionais, cuja missão é incentivar e coordenar a caridade organizada da Igreja com um compromisso sincero na luta contra as injustiças que levam à pobreza e à exclusão de pessoas em situação de maior marginalização e vulnerabilidade.
A rede trabalha através de alianças estratégicas e cooperação com vários organismos eclesiais, instituições e organizações da sociedade civil, parceiros sociais e governos para promover a justiça social e ambiental através da inclusão, integração, desenvolvimento humano integral e resposta humanitária.
Hoje é celebrado santo Antão, ilustre pai dos monges cristãos
Por Redação central
17 de jan de 2025 às 00:01
Hoje (17) é celebrada a festa de santo Antão, também conhecido como santo Antônio abade, ilustre pai dos monges cristãos e modelo de espiritualidade ascética.
Seu nome significa “florescente". Nasceu no Egito, por volta do ano 250, de pais camponeses e ricos. Em uma Missa, ressoaram nele as palavras de Jesus: “Se quer ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres”.
Quando seus pais morreram, tinha cerca de 20 anos. Repartiu seus bens entre os pobres e foi fazer penitência no deserto. Ali, passou a ter uma vida de eremita e, mais tarde, viveu junto a um cemitério, refletindo neste tempo sobre a vida de Jesus, que venceu a morte.
Fazia trabalho manual pois tinha ouvido que "o que não quer trabalhar não tem direito de comer" (2Ts 3,10). "Do que recebia guardava algo para sua manutenção e o resto dava aos pobres”, afirma Santo Atanásio na biografia que escreveu sobre o santo.
Organizou comunidades de oração e trabalho. Entretanto, optou, novamente, por ir para o deserto, onde integrou sua vida solitária com a direção e organização de um grupo de eremitas que se encontravam nessa área.
Assim, santo Antão se tornou um dos iniciadores das comunidades de monges na história do cristianismo, que logo foram se expandindo por todo o mundo e que seguem existindo atualmente.
Junto com o bispo santo Atanásio, defendeu a fé contra o arianismo, uma heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Além disso, segundo são Jerônimo, o abade santo Antão foi amigo de são Paulo, o eremita.
“Orava constantemente, tendo aprendido que devemos orar em privado sem cessar. Além disso, estava tão atento à leitura da Sagrada Escritura, que nada se lhe escapava: retinha tudo, e assim sua memória lhe servia de livros”, afirma santo Atanásio.
“Todos os aldeões e os monges com os quais estava unido viram que classe de homem era ele e o chamavam ‘o amigo de Deus’, amando-o como filho ou irmão”, acrescenta.
Santo Antão morreu por volta do ano 356, no monte Colzim, perto do Mar Vermelho. É considerado também padroeiro dos tecelões de cestas, fabricantes de pincéis, cemitérios e açougueiros.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Papa: oremos pela conversão dos fabricantes de armas, seus produtos ajudam a matar
Raimundo de Lima – Vatican News
“Por favor, oremos pela conversão do coração dos fabricantes de armas, pois com seus produtos eles ajudam a matar.”
Nas saudações aos vários grupos de fiéis peregrinos presentes na Audiência Geral desta quarta-feira (15/01) na Sala Paulo VI, no Vaticano, saudando os de língua italiana, Francisco voltou seu pensamento para uma realidade para a qual reiteradas vezes chamou a atenção diante de um cenário de crescente conflito armado em várias partes do mundo: a questão da produção de armas e do lucro por trás do que chama de terceira guerra mundial em pedaços, pedindo a conversão do coração de aqueles que, através do complexo industrial militar em larga escala, semeiam morte e destruição.
A guerra é sempre uma derrota
Lembrando que a guerra é sempre uma derrota, pediu também que não nos esqueçamos da atormentada Ucrânia, de Mianmar, da Palestina, de Israel e de tantos países que estão em guerra. Oremos pela paz! – exortou.
Em particular, lembrou também Mianmar manifestando proximidade às vítimas do deslizamento de terra no país do sudeste asiático, pedindo para a população atingida o apoio e a solidariedade da comunidade internacional:
“Anteontem, um deslizamento de terra varreu várias casas na área de mineração do Estado de Kachin, em Mianmar, causando mortes, pessoas desaparecidas e grandes danos. Faço-me próximo da população afetada por esse desastre e oro por aqueles que perderam suas vidas e por suas famílias. Que esses nossos irmãos e irmãs que se encontram na provação não deixem de receber o apoio e a solidariedade da comunidade internacional.”
Parolin: libertação dos prisioneiros cubanos é um sinal de esperança
Vatican News
“A notícia da anunciada gradual libertação de 553 prisioneiros cubanos é um sinal de grande esperança neste início do Jubileu”. Foi o que disse o cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, ao ser questionado pela mídia vaticana enquanto se encontra na França.
“O ano de 2024 - acrescentou Parolin -, foi encerrado com a comutação, pelo presidente dos Estados Unidos, de dezenas de sentenças de morte em sentenças de prisão perpétua e com a notícia de que o Zimbábue aboliu a pena capital. Esperamos que este 2025 continue nessa direção e que as boas notícias se multipliquem, especialmente com a trégua dos muitos conflitos ainda em andamento.”
Santa Sé celebra vigília ecumênica na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
14 de jan de 2025 às 13:37
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que será celebrada de 18 a 25 de janeiro, tem um significado especial este ano devido ao 1.700º aniversário do primeiro concílio ecumênico da história, o concílio de Nicéia.
No dia 25 de janeiro, festa da conversão de são Paulo, o papa Francisco concluirá essa semana de oração celebrando Vésperas na basílica de São Paulo Fora dos Muros, às 17h30.
Em 23 de janeiro, às 18h, a diocese de Roma organizará uma vigília itinerante, envolvendo três locais de culto diferentes: uma igreja luterana na via Sicília 70, a igreja ortodoxa de Santo André, na via Sardegna 153 , e a paróquia de São Camilo de Lélis, na via Piemonte 41.
Segundo comunicado divulgado pelo vicariato de Roma, não se trata só de uma vigília de oração, mas de “uma breve peregrinação em três etapas” com meditações bíblicas destinadas a evangélicos, ortodoxos e católicos.
“Essa entrega de presentes representa também circularidade, comunhão e diversidade dentro da mesma fé”, diz o padre Marco Gnavi, chefe do departamento de ecumenismo e diálogo inter-religioso da diocese de Roma.
As orações e reflexões para esse evento foram escritas por freis da comunidade de monges de Bose, no norte da Itália, junto com um grupo internacional nomeado pelo dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos da Santa Sé e pela comissão de Fé e Constituição do Conselho Ecumênico de Igrejas.
O tema dessa semana de oração, celebrada com o tema “Crês nisso?” (cf. Jo 11, 26)”, é inspirado no diálogo entre Jesus e santa Marta de Betânia na visita de Jesus à casa de santa Marta e santa Maria de Betânia na cidade de Betânia, depois da morte de seu irmão Lázaro, narrado por são João Evangelista.
Segundo o padre Gnavi, o tema escolhido este ano “é central, porque hoje não só as Igrejas, mas também o povo, devem enfrentar muitas formas de morte real, que implica também divisão e separação, levando ao conflito e ao massacre de inocentes”.
Mesmo na vida pessoal, “muitos estão sozinhos e a incerteza do presente suscita a necessidade de respostas”, disse também o padre.
“O diálogo entre Jesus e Marta mostra como em cada homem e em cada mulher há uma questão implícita ou explícita sobre a fé. Essas palavras ajudam-nos também a lembrar o aniversário do Concílio de Nicéia, que nos deu essa profissão de fé que nos une a todos no batismo”, concluiu o padre Gnavi.
(acidigital)
Hoje é celebrado são Marcelo, papa
Por Redação central
16 de jan de 2025 às 00:01
Na série de papas, o papa Marcelo ocupa a posição número 30. Foi o vigário de Cristo na terra durante um ano: de 308 a 309. Era um dos mais corajosos sacerdotes de Roma na terrível perseguição de Diocleciano nos anos 303 a 305,
Incentivava todos a permanecerem fiéis ao cristianismo embora os martirizassem. Eleito papa, dedicou-se a reorganizar a Igreja que estava muito desorganizada, porque já tinha 4 anos que o último papa, são Marcelino, havia morrido.
Era um homem de caráter enérgico, embora moderado, e se dedicou a voltar a edificar os templos destruídos na perseguição anterior. Dividiu Roma em 25 setores e nomeou um presbítero ou pároco a frente de cada um.
Muitos cristãos tinham renegado a fé, por medo na última perseguição, mas desejavam voltar a pertencer á Igreja.
O papa Marcelo, apoiado pelos melhores sábios da Igreja, decretou que aqueles que desejavam voltar à Igreja tinham que fazer algumas penitências por ter renegado a fé durante a perseguição.
Muitos aceitaram a decisão do papa, mas alguns promoveram tumultos contra ele e até mesmo o acusaram diante do imperador Maxêncio, o qual, abusando de seu poder que não lhe permitia interferir nos assuntos internos da religião, expulsou o papa de Roma.
Segundo o “Livro Pontifical”, o papa Marcelo se hospedou na cada de uma leiga muito piedosa de nome Marcela e, deste local, seguiu dirigindo os cristãos.
Ao ficar sabendo disse, o Imperador obrigou o papa a realizar trabalhos forçados nas cavalarias e estábulos imperiais que foram transferidos a esta zona.
O papa faleceu no ano 309.