quarta-feira, 3 de julho de 2024

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Reis de Portugal: Dinastia Filipina (Habsburgo ou União Ibérica)

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Papa: a Unção dos Enfermos não é só para quem está "prestes a morrer"


Francisco, no vídeo de intenção de oração para julho, pede que rezemos "para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança". O Papa ainda insiste que "não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer", explicando que é "um dos 'sacramentos da cura', que cura o espírito".

Andressa Collet - Vatican News

“Este mês tenhamos na nossa oração o cuidado pastoral dos enfermos.”

Assim inicia Francisco a mensagem em vídeo de julho com a intenção de oração que o Pontífice confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. O Pontífice se detém a explicar mais precisamente sobre a Unção dos Enfermos, um sacramento administrado pelo sacerdote que proporciona consolo aos que sofrem alguma doença e aos seus mais próximos. Os sacramentos da Igreja são dons, são as formas de Jesus se fazer presente para abençoar, animar e acompanhar. O Papa faz um alerta:

"A Unção dos Enfermos não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer. Não. É importante deixar isto claro. Quando o sacerdote se aproxima de uma pessoa para lhe dar a Unção dos Enfermos, não está necessariamente a ajudá-la a despedir-se da vida. Pensar assim é desistir de toda a esperança. É dar por adquirido que depois do padre vem o coveiro."

Um sacramento com dimensão comunitária

O convite do Papa Francisco à oração de toda a Igreja é uma forma de tornar visível que a Unção dos Enfermos é um sacramento de natureza comunitária e relacional. Em Audiência Geral de fevereiro de 2014, dedicada à Unção dos Enfermos, o Pontífice recordou que "no momento da dor e da doença não estamos sós: o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos Enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno".

A proximidade de Jesus

Esse sacramento assegura a proximidade de Jesus à dor de quem está doente ou já idoso, o alívio do sofrimento e o perdão dos seus pecados, mas não é sinônimo de uma morte iminente. A Unção dos Enfermos é, frequentemente, um sacramento esquecido ou menos reconhecido, continuou o Papa. No entanto, "é o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados". E, no vídeo para o mês de julho, Francisco acrescenta:

"Lembremos que a Unção dos Enfermos é um dos 'sacramentos da cura', da 'cura', que cura o espírito. E quando uma pessoa está muito doente, é aconselhável dar-lhe a Unção dos Enfermos. E quando uma pessoa já é idosa, é apropriado que receba a Unção dos Enfermos."

As imagens que acompanham as palavras de Francisco no vídeo – gravadas por profissionais da Arquidiocese de Los Angeles em duas dioceses dos Estados Unidos: Allentown (Pensilvânia) e Los Angeles (Califórnia) – põem em destaque precisamente os diferentes contextos em que o sacramento pode ser administrado. São retratadas duas histórias aparentemente diferentes em idade e situação clínica, mas unidas pela graça da Unção dos Enfermos e pelo grande afeto daqueles que se reúnem em volta de quem recebe o sacramento.

“Rezemos para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança.”

A Unção dos Enfermos à luz dos Evangelhos

O Padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, salienta que, embora já haja muitas pessoas que redescobriram a profundidade da Unção dos Enfermos, esse sacramento ainda é visto, frequentemente, como uma forma de preparar os doentes para a morte: "é isso que o Papa Francisco diz, quando recorda que, quando alguém está gravemente doente, queremos sempre adiar o sacramento da Unção dos Enfermos, pois persiste a ideia de que o coveiro chega depois do sacerdote (Audiência Geral de 26 de fevereiro de 2014). Por isso, o Pontífice deseja que este mês possamos redescobrir toda a profundidade e o verdadeiro sentido deste sacramento, não apenas como preparação para a morte, mas como um sacramento que consola os doentes em alturas de enfermidade grave, bem como os que lhe são queridos, e dá força a quem os cuida".

"A pessoa doente não está sozinha", conclui então o Pe. Fornso: "com os sacerdotes e as pessoas presentes, é toda a comunidade cristã que a apoia com as suas orações, alimentando a fé e a esperança, e assegurando-lhe, bem como à família, que não estão sós no sofrimento. Todos conhecemos pessoas doentes, rezamos por elas e, se entendemos que padecem de uma doença grave, bem como os idosos cujas forças declinam, não tenhamos dúvidas em propor-lhes que vivam esse sacramento de consolação e esperança".

 

Palavra de Deus | Meu Senhor e meu Deus (Jo 20,24-29) Ir. Maria Raquel 0...

Hoje é a festa de são Tomé, apóstolo que proclamou conhecida profissão de fé


São Tomé São Tomé

Hoje (3), é celebrado são Tomé, recordado por ter duvidado da Ressurreição de Cristo até que o Senhor apareceu a ele, mostrando-lhe as chagas e o apóstolo fez uma profissão de fé, repetida muitas vezes até os dias de hoje. Mais tarde, veio a morrer como um grande mártir.

No evangelho de são João (20,19-29), Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos quando as portas estavam trancadas, pôs-se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco”.

Nesta ocasião, Tomé não estava presente e, quando seus companheiros lhe contaram que tinham visto o Senhor, ele duvidou. “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei”, disse.

Oito dias depois, quando todos estavam novamente no mesmo lugar, inclusive Tomé, Jesus voltou a aparecer-lhes e repetiu a saudação: “A paz esteja convosco”.

Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus disse: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto”.

São Tomé era judeu, natural da Galileia e um pescador. Jesus o escolheu como um dos doze Apóstolos e foi a ele quem o Senhor fez uma revelação especial na Última Ceia.

“Disse-lhe Tomé: ‘Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?’ Jesus lhe respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’” (Jo 14,5-6).

São Tomé pregou na Pérsia e região ao redor, Índia e Etiópia. A tradição diz que foi vendido como escravo para o rei indiano Gundafar, que buscava um arquiteto para construir seu palácio e sabia que o santo era conhecedor desta técnica.

O apóstolo pregou para a filha do rei sobre as vantagens da castidade e, por isso, foi aprisionado, mas milagrosamente escapou da prisão. No entanto, morreu como mártir na costa de Coromandel (Madrás - Índia). Ali foi descoberto seu corpo com marcas de lanças.

Séculos depois, seus ossos foram levados para Edessa e atualmente encontram-se na Catedral de Ortona (Itália).

É representado com uma lança ou um cinturão, porque se diz que, depois da Assunção de Maria, foi ao sepulcro dela e pegou o cinturão da Virgem que estava lá e que hoje é venerado na Catedral de Prato (Itália).

 

Laudes da Festa de São Tomé, Apóstolo

terça-feira, 2 de julho de 2024

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Tourada Rua Do Biscoito - Touros Ganadaria Gil Rocha - 1/Jul/2024 - Ilha...

Novas normas para funcionários do Vaticano: tatuagens e piercings proibidos


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Imagem ilustrativa do Vaticano. | Crédito: Daniel Ibáñez / EWTN News.

O papa Francisco ordenou que os funcionários da Fábrica de São Pedro devem professar a fé católica, viver de acordo com ela, usar roupas decentes e adequadas, e não podem ter tatuagens ou piercings.

A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou um comunicado com o Quirógrafo do papa Francisco sobre o Estatuto e Regulamento do Capítulo da Basílica de São Pedro no Vaticano, com o qual determina novas normas para os funcionários da Fábrica de São Pedro, entidade que cuida de tudo o que se refere à basílica de São Pedro.

Todos os funcionários devem cumpri-lo, inclusive os chamados “sampietrini”, responsáveis ​​pela recepção, vigilância, limpeza e manutenção da basílica vaticana.

O documento, publicado no sábado (29), estabelece que devem “cuidar da aparência externa de acordo com as exigências e costumes do ambiente de trabalho”.

Francisco determina que “são proibidas tatuagens visíveis na pele e piercings”. Também devem “usar roupas decentes e adequadas à atividade que vão realizar”.

Será também obrigatório “professar a fé católica e viver de acordo com os seus princípios”, assim como demonstrar que são casados ​​na Igreja apresentando a “certidão de casamento canônica”, a certidão de batismo e de crisma e demonstrar que não têm registro criminal.

O Quirógrafo diz ainda que os funcionários da Fábrica “comprometem-se a observar uma conduta religiosa e moral exemplar, inclusive na vida privada e familiar, de acordo com a Doutrina da Igreja”.

“Os funcionários são obrigados a comportar-se educadamente durante o serviço, respeitar o local sagrado e ser corretos com os demais e com o meio ambiente”, diz o documento.

O artigo 10 estabelece que os funcionários são obrigados a observar estritamente a confidencialidade e não podem “fornecer a quem não tenha o direito a isso, informações sobre acontecimentos ou notícias que tenham tido conhecimento em virtude do seu trabalho ou serviço”.

“Será tomado especial cuidado na observância do segredo pontifício, de acordo com as normas vigentes”, continua.

Sem autorização prévia, “ninguém poderá emitir declarações e entrevistas, nem mesmo por meio de instrumentos e plataformas digitais, relacionadas às pessoas, atividades, ambientes e orientações da Fábrica”.

 

Dom Sorrentino: Assis se prepara para a canonização de Carlos Acutis


Dom Sorrentino: "No Santuário da Espoliação, Francisco e Carlos formam uma equipe excepcional para o anúncio do Evangelho." Está saindo a nova edição do livro "Originais não fotocópias, Carlos Acutis e Francisco de Assis".

Vatican News

“Estamos felizes que o Papa tenha anunciado, junto com muitos outros santos, a canonização do Beato Carlos Acutis, cujos restos mortais estão preservados no Santuário da Espoliação em Assis. A data ainda não está definida, mas temos a certeza de que o Santo Padre vai escolher uma ocasião significativa, imaginamos no próximo ano jubilar, para que o testemunho do nosso Carlos continue impactando as consciências, especialmente dos jovens e adolescentes, mas não só, suscitando um grande amor por Jesus Eucaristia e um grande desejo de santidade em suas pegadas e nas dos Santos que o inspiraram, de modo especial Francisco de Assis”.

Foi o que disse o bispo da diocese de Assis – Nocera Umbra – Gualdo Tadino e Foligno, dom Domenico Sorrentino, após o Consistório realizado nesta segunda-feira, 1º de julho, durante o qual o Papa decretou que o Beato Manuel Ruiz López e sete companheiros, Francesco Mooti e Raffaele Massabki, Giuseppe Allamano, Marie-Léonie Paradis e Elena Guerra sejam inscritos no Álbum dos Santos no domingo, 20 de outubro de 2024, enquanto o Beato Carlos Acutis será inscrito em data a ser determinada.

“Nestes meses – continuou o bispo – a nossa Igreja de Assis fará o possível para acolher tantos peregrinos e devotos que se multiplicam no mundo. Francisco e Carlos juntos formam uma equipe excepcional para o anúncio do Evangelho, mostrando a verdade daquilo que o Beato Carlos gostava de dizer aos jovens: “Só Jesus é capaz de tornar originais e não fotocópias, enchendo de alegria a nossa vida”.

O livro que estou republicando (Originais não fotocópias, Carlos Acutis e Francisco de Assis, Edições Franciscanas Italianas) integrada e aumentada - acrescentou dom Sorrentino - mostra isso de modo convincente, porém, mais ainda mostram isso os rostos dos jovens e dos peregrinos que vêm ao nosso Santuário e que, a partir do contato com os restos mortais de Carlos e atravessando a porta de Francisco, sentem-se impelidos a rever a própria existência na direção do Evangelho. Este lugar - concluiu o bispo - se converteu em pouco tempo num verdadeiro vulcão em erupção de graça e santidade".

No final de maio, o Papa Francisco reconheceu um novo milagre por intercessão de Carlos Acutis, autorizando o Dicastério para as Causas dos Santos a publicar o respectivo decreto. Trata-se do milagre alcançado por Valéria, uma jovem da Costa Rica e estudante universitária em Florença, que em julho de 2022 caiu da bicicleta e entrou em coma irreversível. No Hospital Careggi ela foi diagnosticada com um traumatismo craniano muito grave e suas esperanças de vida eram nulas. Sua mãe, Liliana, foi a Assis seis dias depois para recomendar sua filha ao Beato Carlos e passou o dia inteiro ajoelhada diante de seu túmulo. À noite, ela recebeu um telefonema do hospital informando-a da melhora repentina e inexplicável de sua filha: Valéria voltou a respirar espontaneamente e, no dia seguinte, começou a se mover e a falar parcialmente. Em setembro, junto com sua mãe, Valéria foi a Assis para rezar no túmulo de Carlos e agradecer pelo milagre recebido.

Em 2020, Carlos Acutis foi declarado Beato pela Congregação para as Causas dos Santos que examinou outro milagre por sua intercessão, ocorrido em outubro de 2013 na igreja de São Sebastião em Campo Grande, Brasil: após ter tocado uma relíquia do jovem, um pedaço de camisa apoiado em seu corpo, um menino de seis anos chamado Matheus, que sofria de uma grave anomalia no pâncreas, ficou completamente curado.

Assis, 1° de julho de 2024

(vaticannews)

 

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Hoje a Igreja celebra cinco missionários jesuítas de diferentes épocas


São Bernardino Realino e outros santos jesuítas São Bernardino Realino e outros santos jesuítas

Hoje (2), a Igreja celebra cinco membros da Companhia de Jesus que, apesar de terem vivido em diferentes épocas, santificaram-se nas missões populares rurais da Europa: são Bernardino Realino, são João Francisco Régis, são Francisco de Gerônimo, beato Julião Maunoir e beato Antonio Baldinucci.

São Bernardino Realino nasceu em Carpi (Itália – 1530), em uma família nobre. Aprendeu com sua mãe uma terna devoção à Virgem Maria. Estudou medicina, mas logo mudou de carreira e acabou fazendo doutorado em Direito canônico e civil.

Aos poucos, foi adquirindo cargos públicos importantes em diversos lugares e em todos eles desempenhou de maneira correta sua função, com bastante habilidade para os negócios, buscando sempre a paz e defendendo os mais necessitados.

Ficou impressionado ao conhecer alguns alegres jesuítas que chegaram a Nápoles e, depois de um tempo de muita oração e reflexão, decidiu ingressar na Ordem. Em poucos anos, foi ordenado sacerdote e nomeado mestre de noviços.

Foi enviado para a cidade de Lecce, centro de uma comarca rica em vinhedos e oliveiras, onde os moradores desejavam há algum tempo um colégio jesuíta. Ali, dedicou-se à educação e à confissão de muitos fiéis.

Diz-se que certo dia, padre Realino estava tremendo de frio enquanto atendia confissões e seu superior mandou que fosse descansar. O santo obedeceu, colocou-se a meditar o mistério do Natal e viu uma luz que encheu com grande esplendor o quarto.

A Virgem apareceu a ele e com uma ternura indescritível estendeu os braços e lhe entregou o Menino Jesus. Por isso, é representado em algumas imagens com o Menino Jesus.

Por volta de 1616, sua saúde foi ficando fraca. Em seu leito de morte, o prefeito da cidade e magistrados pediram formalmente ao padre Bernardino Realino que fosse o defensor e protetor de Lecce no céu e o santo aceitou.

Partiu para a Casa do Pai em 2 de julho, invocando a Santíssima Virgem. Foi canonizado em 1947 pelo papa Pio XII.

Hoje também são celebrados os sacerdotes jesuítas:

  • São Francisco de Gerônimo: Nasceu em 1642, na Itália, e morreu em 11 de maio de 1716. Foi canonizado por Gregório XVI em 1839.

  • Beato Julião Maunoir: Nasceu em 1606, na França, e morreu em 28 de janeiro de 1683. Foi beatificado por Pio XII em 1951.

  • Beato Antonio Balinucci:Nasceu em 1665, na Itália, e morreu em 7 de novembro de 1717. Foi beatificado por Leão XIII em 1893.

 

Laudes de Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum

segunda-feira, 1 de julho de 2024

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Louisiana swamp doctor

Qual era a língua de Afonso Henriques?

NALDO JOSÉ | SantoFlow Podcast #221

ANGELUS (Texto)

PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça São Pedro
Domingo, 30 de junho de 2024


Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!

O Evangelho da liturgia de hoje fala-nos de dois milagres que parecem estar ligados entre si. Enquanto Jesus se dirige a casa de Jairo, um dos chefes da sinagoga, porque a sua filha está gravemente doente, no caminho uma hemorroíssa toca no seu manto e ele pára para a curar. Entretanto, anunciam que a filha de Jairo está morta, mas Jesus não pára, entra em casa, vai ao quarto da menina, toma-a pela mão e levanta-a, ressuscitando-a (Mc 5, 21-43). Dois milagres, um de cura e outro de ressurreição.

Estas duas curas são relatadas num único episódio. Ambas ocorrem por contacto físico. De facto, a mulher toca no manto de Jesus e Jesus toma a jovem pela mão. Porque é importante este “tocar”? Porque estas duas mulheres - uma porque está a sangrar e a outra porque está morta - são consideradas impuras e, por isso, não pode haver contacto físico com elas. Todavia, Jesus deixa-se tocar e não tem medo de tocar. Jesus deixa-se tocar e não tem medo de tocar. Ainda antes da cura física, Ele desafia uma conceção religiosa errada, segundo a qual Deus separa os puros de um lado e os impuros do outro. Pelo contrário, Deus não faz essa separação, porque todos somos seus filhos, e a impureza não vem da comida, da doença ou até da morte, mas a impureza vem de um coração impuro.

Aprendamos isto: perante os sofrimentos do corpo e do espírito, perante as feridas da alma, perante as situações que nos esmagam, e inclusive perante o pecado, Deus não nos mantém à distância, Deus não se envergonha de nós, Deus não nos julga; pelo contrário, aproxima-se para se deixar tocar e para nos tocar, e levanta-nos sempre da morte. Pega-nos sempre pela mão para nos dizer: filha, filho, levanta-te! (cf. Mc 5, 41), caminha, vai em frente! “Senhor, sou pecador” – “Vai em frente, eu fiz-me pecado por ti, para te salvar” – “Mas tu, Senhor, não és pecador” – “Não, mas eu sofri todas as consequências do pecado para te salvar”. Isto é maravilhoso!

Fixemos no nosso coração esta imagem que Jesus nos entrega: Deus é aquele que te pega pela mão e te levanta, aquele que se deixa tocar pela tua dor e te toca para te curar e te dar de novo a vida. Ele não discrimina ninguém porque ama todos.

E então podemos perguntar-nos: acreditamos que Deus é assim? Deixamo-nos tocar pelo Senhor, pela sua Palavra, pelo seu amor? Entramos em relação com os nossos irmãos e irmãs, dando-lhes a mão para se levantarem, ou mantemo-nos à distância e classificamos as pessoas segundo os nossos gostos e preferências? Nós classificamos as pessoas. Faço-vos uma pergunta: Deus, o Senhor Jesus, classifica as pessoas? Que cada um responda a si próprio. Deus classifica as pessoas? E eu, vivo constantemente a classificar as pessoas?

Irmãos e irmãs, olhemos para o coração de Deus, para que a Igreja e a sociedade não excluam ninguém, não tratem ninguém como “impuro”, para que cada um, com a sua história, seja acolhido e amado sem etiquetas, sem preconceitos, seja amado sem adjetivos.

Oremos à Virgem Maria: ela que é Mãe da ternura, interceda por nós e pelo mundo inteiro.

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Depois do Angelus

Estimados irmãos e irmãs!

Saúdo-vos a todos, romanos e peregrinos de vários países!

Saúdo em particular as crianças do Círculo Missionário “Misyjna Jutrzenka” de Skoczów, Polónia; e os fiéis da Califórnia e da Costa Rica.

Saúdo as irmãs Filhas da Igreja, que nestes dias, juntamente com um grupo de leigos, viveram uma peregrinação nas pegadas da sua fundadora, a Venerável Maria Oliva Bonaldo. E saúdo os jovens de Gonzaga, perto de Mântua.

Hoje fazemos memória dos Protomártires romanos. Também nós vivemos num tempo de martírio, mais ainda do que nos primeiros séculos. Em várias partes do mundo, muitos dos nossos irmãos e irmãs sofrem discriminações e perseguições por causa da fé, fecundando assim a Igreja. Outros enfrentam depois o martírio “com luvas brancas”. Apoiemo-los e deixemo-nos inspirar pelo seu testemunho de amor a Cristo.

Neste último dia de junho, imploremos ao Sagrado Coração de Jesus que toque os corações daqueles que querem a guerra, para que se convertam a projetos de diálogo e de paz.

Irmãos e irmãs, não esqueçamos a atormentada Ucrânia, a Palestina, Israel, Myanmar e muitos outros lugares onde se sofre tanto por causa da guerra!

Desejo a todos bom domingo. Por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Bom almoço e até à vista! Obrigado.



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Hoje é celebrado são Junípero Serra, o apóstolo da Califórnia


São Junípero Serra São Junípero Serra

“Sempre avante”, este foi o lema que inspirou os passos e plasmou a vida de são Junípero Serra, cuja festa é celebrada hoje (1º). “Esta foi a maneira que Junípero encontrou para viver a alegria do Evangelho, para que não se anestesiasse o seu coração”, disse o papa Francisco ao canonizá-lo em 2015.

Junípero Serra Ferrer, conhecido como o apóstolo da Califórnia, nasceu em Petra na ilha de Maiorca (Espanha), em 24 de novembro de 1713, filho de Antônio Serra e Margarida Ferrer, exemplares pelos costumes e piedade, embora pessoas de pouca instrução.

Foi batizado com o nome de Miguel José e crismado com apenas dois anos, por ocasião da visita do bispo de Maiorca, Atanasio Esterripa. Ajudava os pais nos trabalhos do campo e frequentou a escola anexa ao convento franciscano de são Bernardino, dando provas de inteligência viva e aberta. Desta forma, pôde ser encaminhado para fazer estudos superiores.

Depois de um ano de estudos filosóficos no convento de são Francisco de Palma, com 17 anos, vestiu o hábito franciscano no convento Santa Maria de Jesus. No dia 15 de setembro de 1731, emitiu os votos religiosos mudando o nome de batismo para o de Junípero, devido à grande admiração que tinha para com Frei Junípero, um dos primeiros companheiros de são Francisco.

Aos 35 anos, obedecendo a um chamado interior, partiu rumo às missões da América junto com seu discípulo, frei Francisco Palòu. Os dois permaneceram juntos por toda a vida.

Partiram no dia 13 de abril de 1749, de Málaga. Após uma dramática travessia, chegaram a San Juan de Porto Rico no dia 18 de outubro e, em 7 de dezembro, alcançaram Vera Cruz, na costa sul do México. Prosseguiram a pé até a cidade do México.

Em solo mexicano, exerceu apostolado junto aos indígenas falando em sua língua. Fez um catecismo na língua do povo e ensinava ciência e técnicas a respeito do trabalho da terra.

Em junho de 1767, depois da expulsão dos jesuítas dos domínios do vice-reino de Espanha por decisão de Carlos III, as missões da Baixa Califórnia foram confiadas aos franciscanos e Frei Junípero foi nomeado seu superior. Em 1º de abril de 1768, junto com 14 companheiros, empreendeu a corajosa e extenuante viagem rumo à península da Baixa Califórnia.

Após dois anos, pôde fundar a primeira missão californiana de São Diego de Alcalà. Deslocou-se na direção da Alta Califórnia e fundou as Missões de São Carlos Borromeu, de Santo Antônio de Pádua, São Gabriel e de São Luis e muitas outras.

No final da vida, retirou-se para Monterrey, na Califórnia, com seu confrade fiel, o qual escreveu a biografia do santo como testemunha ocular.

Junípero Serra, segundo o site dos franciscanos no Brasil, foi definido como um colosso de evangelizador. Durante dezessete anos, precisamente de 1767 a 1784 percorreu, apenas na Califórnia, cerca de 9.900km a pé, 5.400 em embarcação, não obstante a idade e as enfermidades. Fundou 9 missões, das quais derivam os nomes franciscanos de cidades californianas muito importantes, como São Francisco, São Diego, Los Angeles, etc.

Em 28 de agosto de 1784, partiu para a Casa do Pai, aos 71 anos, sendo que 36 deles foram dedicados à missão.

Considerado o pai dos índios, foi honrado como herói nacional. Desde 1º de março de 1931, a sua estátua representando o Estado da Califórnia está entre as outras dos Pais fundadores dos Estados Unidos na Sala do Congresso de Washington, estátua única de um religioso no santuário dos americanos ilustres.

Junípero Serra foi beatificado pelo papa são João Paulo II em 25 de setembro de 1988, e canonizado pelo papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos, em 23 de setembro de 2015.

“Foi sempre avante, porque o Senhor espera; sempre avante, porque o irmão espera; sempre avante por tudo aquilo que ainda tinha para viver; foi sempre avante. Como ele então, possamos também nós hoje dizer: sempre avante”, expressou Francisco na ocasião.

 

Palavra de Deus | Um cristianismo sem ilusões (Mt 8,18-22) Ir. Maria Raq...

Laudes de Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum