domingo, 31 de agosto de 2025

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde o Recinto de Oração do Santuário d...

BISPO REVELA MILAGRE ESCONDIDO NA EUCARISTIA | SACRISTIA COM DOM ROGÉRIO

Angelus 31 de agosto de 2025 - Papa Leão XIV

PAPA LEÃO XIV

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 31 de agosto de 2025


Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!

Estar à mesa juntos, especialmente nos dias de descanso e de festa, é um sinal de paz e comunhão, em todas as culturas. No Evangelho deste domingo (Lc 14, 1.7-14), Jesus é convidado por um dos chefes dos fariseus para um almoço. Receber convidados amplia o espaço do coração e ser convidado requer a humildade de entrar no mundo do outro. Uma cultura do encontro se alimenta desses gestos que aproximam.

Encontrar-se nem sempre é fácil. O evangelista observa que os convidados “ficavam a observar” Jesus, que geralmente era visto com certa desconfiança pelos intérpretes mais rigorosos da tradição. Apesar disso, o encontro acontece, porque Jesus se aproxima realmente, não permanece alheio à situação. Ele torna-se verdadeiramente hóspede, com respeito e autenticidade. Renuncia àquelas “boas maneiras” que são meras formalidades para evitar o envolvimento mútuo. Assim, no seu estilo próprio, com uma parábola, descreve o que vê e convida aqueles que o observavam a pensar. Com efeito, Jesus percebeu que há uma corrida para ocupar os primeiros lugares. Isto também acontece hoje, não na família, mas nas ocasiões em que é importante “ser notado”; então, o estar juntos transforma-se numa competição.

Irmãs e irmãos, sentar-nos juntos à mesa eucarística, no dia do Senhor, significa também para nós deixar a palavra a Jesus. Ele torna-se de bom grado nosso hóspede e pode descrever-nos como nos vê. É muito importante ver-nos com o seu olhar: repensar como muitas vezes reduzimos a vida a uma competição; como mudamos quem somos para obter algum reconhecimento; como nos comparamos inutilmente uns aos outros. Parar para refletir, deixar-nos abalar por uma Palavra que questiona as prioridades que ocupam o nosso coração, é uma experiência libertadora. E Jesus nos chama à liberdade.

No Evangelho, Ele usa a palavra “humildade” para descrever a forma plena da liberdade (cf. Lc 14,11). A humildade é, em verdade, a liberdade de si mesmo. Ela nasce quando o Reino de Deus e a sua justiça realmente despertam o nosso interesse e podemos permitir-nos olhar para longe: não para a ponta dos nossos pés, mas para longe! Quem se exalta, em geral, parece não ter encontrado nada mais interessante do que si mesmo e, no fundo, é muito inseguro. Mas quem compreendeu ser tão precioso aos olhos de Deus, quem sente profundamente ser filho ou filha de Deus, tem coisas maiores pelas quais se exaltar e tem uma dignidade que brilha por si mesma. Ela vem em primeiro plano, está em primeiro lugar, sem esforço e sem estratégias, cada vez que aprendemos a servir, em vez de nos servirmos das situações.

Queridos irmãos, peçamos hoje que a Igreja seja para todos uma academia de humildade, ou seja, aquela casa onde todos são sempre bem-vindos, onde os lugares não precisam ser conquistados, onde Jesus ainda pode tomar a Palavra e educar-nos na sua humildade, na sua liberdade. Maria, a quem agora rezamos, é verdadeiramente a Mãe desta casa.

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Depois do Angelus

Queridos irmãos e irmãs,

Infelizmente, a guerra na Ucrânia continua a semear morte e destruição. Nestes últimos dias, novamente os bombardeamentos atingiram várias cidades, incluindo a capital Kiev, causando numerosas vítimas. Renovo a minha proximidade ao povo ucraniano e a todas as famílias feridas. Convido todos a não cederem à indiferença, mas a aproximarem-se com a oração e com gestos concretos de caridade. Reitero com veemência o meu apelo urgente por um cessar-fogo imediato e por um compromisso sério com o diálogo. É tempo de os responsáveis renunciarem à lógica das armas e enveredarem pelo caminho da negociação e da paz, com o apoio da comunidade internacional. A voz das armas deve calar-se, enquanto a voz da fraternidade e da justiça deve elevar-se.

[em inglês] As nossas orações pelas vítimas do trágico tiroteio durante a missa numa escola no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, incluem as inúmeras crianças mortas e feridas todos os dias em todo o mundo. Imploremos a Deus que ponha fim à epidemia de armas, grandes e pequenas, que infecta o nosso mundo. Que a nossa Mãe Maria, Rainha da Paz, nos ajude a cumprir a profecia de Isaías: «transformarão as suas espadas em relhas de arados, e as suas lanças, em foices» (Is 2, 4). 

Os nossos corações também estão feridos pelas mais de cinquenta pessoas mortas – e cerca de cem ainda desaparecidas – no naufrágio de um barco carregado de migrantes que tentavam a viagem de 1100 quilómetros até às Ilhas Canárias, ocorrido na costa atlântica da Mauritânia. Esta tragédia mortal repete-se todos os dias em todo o mundo. Rezemos para que o Senhor nos ensine, como indivíduos e como sociedade, a pôr plenamente em prática a sua palavra: “Fui estrangeiro e acolhestes-me” (Mt 25, 35).

[em inglês] Confiamos todos os nossos feridos, desaparecidos e mortos, de todas as partes, ao abraço amoroso do nosso Salvador.

Amanhã, 1 de setembro, é o Dia Mundial de Oração pela Cura da Criação. Há dez anos, o Papa Francisco, em sintonia com o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I, instituiu para a Igreja Católica este Dia de Oração. Ele é mais importante e urgente do que nunca e este ano tem como tema «Sementes de paz e esperança». Unidos a todos os cristãos, celebremo-lo e prolonguemo-lo no “Tempo da Criação” até ao dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis. No espírito do Cântico do Irmão Sol, composto por ele há 800 anos, louvemos a Deus e renovemos o compromisso de não destruir o seu dom, mas de cuidar da nossa casa comum.

Dirijo com carinho a minha saudação a todos vós, fiéis de Roma e peregrinos da Itália e de vários países. Em particular, saúdo os grupos paroquiais de Quartu Sant'Elena, Morigerati, Venegono, Rezzato, Brescello, Boretto e Gualtieri, Val di Gresta, Valmadrera, Stiatico, Sortino e Casadio; e o grupo de famílias de Lucca que veio pela Via Francigena.

Saúdo também a Fraternidade Leiga das Irmãs Dimesse de Pádua, os jovens da Ação Católica e da AGESCI de Reggio Calabria, os jovens de Gorla Maggiore e os crismandos de Castel San Pietro Terme; bem como o Movimento Shalom de San Miniato com a Filarmónica Angiolo del Bravo, a Associação “Note libere” de Taviano e o grupo “Genitori Orsenigo”.

A todos, bom domingo!

Concílio de Niceia pode ajudar a unidade dos cristãos, dizem líderes religiosos

 


Ressurreição de Cristo ??
Ressurreição de Cristo. | Obra de Raffaellino del Garbo
 

O concílio de Niceia, que celebra 1,7 mil anos este ano, foi o tema abordado pelo prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch, e o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, no Meeting de Rimini, organizado pelo movimento Comunhão e Libertação, realizado de 22 a 27 de agosto.

Ambos os representantes foram apresentados pelo padre Andrea D'Auria, diretor do Centro Internacional de Comunhão e Libertação, que ecoou as palavras do papa Leão XIV: “O concílio de Niceia é uma bússola que deve continuar a nos guiar em direção à plena e visível unidade dos cristãos... Portanto, Niceia não foi algo abstrato, mas diz respeito à nossa fé hoje; diz respeito ao nosso relacionamento com Deus, com o próximo e com nós mesmos”.

Em sua apresentação, o cardeal Koch destacou a importância das questões doutrinais abordadas pelo concílio por meio da Declaração dos 318 Padres:

“Com ela, os Padres professaram sua fé em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis…”, disse ele. “E na carta do Sínodo aos Egípcios, os Padres anunciaram que o primeiro objeto real de estudo era o fato de que Ário e seus seguidores eram inimigos da fé e opostos à lei, e, portanto, declararam que tinham decidido unanimemente condenar com anátema sua doutrina contrária à fé, suas declarações e descrições blasfemas, com as quais ele insultava o Filho de Deus".

"Essas declarações", disse também Koch, "delineiam o contexto do credo formulado pelo Concílio, que professa a fé em Jesus Cristo como o Filho de Deus, consubstancial ao Pai. O contexto histórico é o de uma violenta disputa que eclodiu no cristianismo da época, especialmente na parte oriental do Império Romano; segue-se que, no início do século IV, a questão cristológica havia se tornado a questão crucial do monoteísmo cristão".

Depois de uma longa disputa sobre o termo homoousios, o concílio de Niceia colocou a oração de Jesus ao Pai no centro da profissão: “O credo cristológico do concílio tornou-se a base da fé cristã comum. O concílio assume grande importância, especialmente porque ocorreu em uma época em que o cristianismo ainda não estava dilacerado pelas várias divisões que surgiriam mais tarde. O Credo Niceno é comum não só às Igrejas Orientais, às Igrejas Ortodoxas e à Igreja Católica, mas também às comunidades eclesiais nascidas da Reforma; portanto, sua importância ecumênica não deve ser subestimada”.

Só assim é possível a unidade dentro da Igreja: “De fato, para restaurar a unidade da Igreja, é necessário que haja acordo sobre os conteúdos essenciais da fé, não só entre as Igrejas e comunidades eclesiais de hoje, mas também com a Igreja do passado e, em particular, com suas origens apostólicas. A unidade da Igreja se funda na fé apostólica, que no batismo é transmitida e confiada a cada novo membro do Corpo de Cristo”.

Esse é o fundamento do ecumenismo espiritual cristológico, que se baseia na centralidade da oração: "Como a unidade só pode ser encontrada na fé comum, a confissão cristológica do concílio de Niceia revela-se o fundamento do ecumenismo espiritual. Isso é, obviamente, um pleonasmo. O ecumenismo cristão é espiritual ou não é ecumenismo".

“O movimento ecumênico”, disse ele, “tem sido um movimento de oração desde as suas origens. Foi a oração pela unidade dos cristãos que abriu caminho para o movimento ecumênico. A centralidade da oração destaca que o compromisso ecumênico é, acima de tudo, uma tarefa espiritual, assumida com a convicção de que o Espírito Santo completará a obra ecumênica que iniciou e nos mostrará o caminho”.

Só assim o ecumenismo pode progredir: “O ecumenismo cristão só pode progredir de forma credível se os cristãos retornarem juntos à fonte da fé, que se encontra unicamente em Jesus Cristo, como professaram os Padres do concílio de Niceia... O ecumenismo cristão não pode ser outra coisa senão a adesão de todos os cristãos à oração sacerdotal do Senhor, e se materializa quando os cristãos abraçam profundamente o firme desejo de unidade. Se o ecumenismo não se limita a uma dimensão interpessoal e filantrópica, mas tem uma inspiração e um fundamento verdadeiramente cristológicos, não pode ser outra coisa senão a participação na oração sacerdotal de Jesus”.

A importância do concílio de Niceia também foi ressaltada pelo patriarca ortodoxo Bartolomeu, que imediatamente enfatizou: "É evidente que esse Concílio desempenhou e continua a desempenhar um papel primordial na estrita adesão à Sagrada Escritura, e a Igreja Ortodoxa permanece firmemente ancorada nele. Uma pedra angular para a proclamação nos dezessete séculos seguintes".

O discurso histórico do patriarca de Constantinopla também abordou questões atuais como a sinodalidade e a celebração unida da Páscoa.

“Para sermos credíveis como cristãos, devemos celebrar a ressurreição do Salvador no mesmo dia”, disse ele. “Junto com o papa Francisco, nomeamos uma comissão para estudar a questão. No entanto, existem diferentes sensibilidades entre as Igrejas, e devemos evitar novas divisões, não alimentar mais divisões”.

O líder ortodoxo disse que isso requer um esforço conjunto: “O esforço para encontrar uma data comum para a Páscoa é um objetivo pastoral importante, especialmente para casais e famílias de diferentes denominações, dada a alta mobilidade das pessoas, especialmente nos feriados”.

Com uma data comum para a Páscoa, poder-se-ia expressar de forma mais credível a profunda convicção da fé cristã de que a Páscoa não é só a festa mais antiga, mas também a mais importante do cristianismo, e que a fé cristã se mantém ou cai com o Mistério Pascal, assim como a Igreja primitiva resumiu essa crença fundamental com a frase: Tirai a Ressurreição e destruireis instantaneamente o cristianismo. A importância fundamental da Páscoa seria sublinhada por uma data comum, que também daria um novo impulso à jornada ecumênica rumo à restauração da unidade da Igreja no Oriente e no Ocidente, na fé e no amor”.

Daí o convite a aprofundar o caminho sinodal: “O 1700º aniversário do Concílio de Niceia deve ser entendido também como um convite e uma exortação a tirar uma lição importante da história e a aprofundar o pensamento sinodal na comunhão ecumênica hoje, ancorando-o na vida da Igreja”.

“De fato, o ecumenismo também avança no caminho da restauração da unidade da Igreja só se for feito conjuntamente e, portanto, sinodal”, disse ele. “A importância fundamental da sinodalidade para o engajamento ecumênico é claramente demonstrada por dois documentos importantes, como o estudo A Igreja Rumo a uma Visão Comum, que aspira a uma visão multilateral e ecumênica da natureza, propósito e missão da Igreja".

O patriarca Bartolomeu concluiu falando sobre a importância do estudo conjunto: “Essa visão também é compartilhada pela Comissão Teológica Internacional em seu documento programático Sinodalidade na Vida e Missão da Igreja, que diz que o diálogo ecumênico progrediu a ponto de reconhecer a sinodalidade como uma dimensão reveladora da natureza da Igreja”.

"Esse panorama histórico nos ajuda a compreender que o desenvolvimento da sinodalidade na vida da Igreja e do ecumenismo deve ser implementado com rigor teológico e prudência pastoral”, disse Bartolomeu. “Essa lição também pode ser aprendida estudando o concílio de Niceia".

Perguntas e Respostas | Fé Católica

Homilia Dominical | A humildade nos une a Deus (22º Dom. do Tempo Comum ...

SANTO DO DIA - 31 DE AGOSTO: SÃO RAIMUNDO NONATO

Laudes do 22º Domingo do Tempo Comum

sábado, 30 de agosto de 2025

GUARDA-CHUVA VELHO E QUEBRADO, OLHA O QUE EU FIZ COM MEU GUARDA-CHUVA

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 30....

Os 60 anos da visita de Paulo VI às catacumbas em Roma

Uma exposição fotográfica e documental e um evento comemorativo para recordar a histórica visita do Papa Montini às estruturas subterrâneas de São Calisto e Santa Domitila. A iniciativa, promovida pela Pontifícia Comissão de Arqueologia Sagrada, será realizada em 12 de setembro.

Paolo Ondarza - Vatican News

“Viemos beber nas fontes, viemos para honrar estes humildes túmulos gloriosos e receber deles admoestação e conforto”. Com essas palavras, proferidas há 60 anos na basílica subterrânea dos Santos Nereu e Aquileu, Paulo VI selou a histórica visita às Catacumbas de Domitila. Era 12 de setembro de 1965, véspera da fase conclusiva do Concílio Vaticano II. Para a ocasião, a Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra promove um duplo evento a partir das 18h da hora local do próximo 12 de setembro.

Paulo VI em visita às Catacumbas
Paulo VI em visita às Catacumbas

A mostra 

A exposição fotográfica e documental será intitulada “1965-2025. Beber das fontes. São Paulo VI, peregrino nas catacumbas”. A inauguração, na Tricora Ocidental do Comprensório de São Calisto, na Via Appia Antica, em Roma, vai contar com a presença do cardeal Matteo Maria Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana. A exposição, aberta até 16 de novembro, reconstitui ao visitante a atmosfera daquele dia histórico, através de fotos da época, documentos de arquivo e artefatos raros. O evento foi realizado graças à colaboração dos arquivos do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, do Instituto Paulo VI de Brescia, da comunidade dos Salesianos de Dom Bosco e da comunidade dos Missionários do Verbo Divino, guardiões das catacumbas de São Calisto e Domitila.

Catacumba de Domitila, basílica parcialmente subterrânea dos Santos Nereu e Aquileu (© Arquivo Fotográfico PCAS)
Catacumba de Domitila, basílica parcialmente subterrânea dos Santos Nereu e Aquileu (© Arquivo Fotográfico PCAS)

A celebração

Em seguida, na basílica parcialmente subterrânea dos Santos Nereu e Aquileu, na Catacumba de Domitila, será comemorada a histórica celebração de São Paulo VI, presidida pelo cardeal Zuppi, com intervenções musicais executadas pelo coro Vocalia Consort.


 

Cristãos, muçulmanos e judeus pela paz: “é preciso conter o ódio"

De Roma, um apelo que ressoa sobretudo no Oriente Médio, palco de conflitos e tensões, com a proposta de um encontro entre bispos, rabinos e imãs na Itália que seja “direto, não convencional nem confessional, para testemunhar juntos uma responsabilidade comum”.

Vatican News

“Este apelo nasce da convicção da necessidade imperiosa de promover qualquer iniciativa de encontro para conter o ódio, salvaguardar a convivência, purificar a linguagem e tecer a paz. Responsabilidade de indivíduos e de sujeitos coletivos!”. É com estas palavras que se inicia o apelo inter-religioso divulgado nesta sexta-feira (29/08) em Roma, e promovido pelos representantes das comunidades judaica, cristã e muçulmana de toda a Itália.

As assinaturas do documento

O apelo, assinado por Noemi Di Segni (União das Comunidades Judaicas Italianas), Yassine Lafram (União das Comunidades Islâmicas da Itália), Abu Bakr Moretta e Yahya Pallavicini (Comunidade Religiosa Islâmica Italiana), Naim Nasrollah (presidente da Mesquita de Roma) e pelo cardeal Matteo Maria Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, relembra a necessidade de “encontrar soluções para o que humilha nossas crenças e resistir”.

A atenção para o Oriente Médio

Palavras que ressoam especialmente para o Oriente Médio, palco de conflitos e tensões cada vez mais trágicos.

“A consciência dos tempos sombrios que estamos atravessando e do poder da ilusão que também paira sobre a tragédia em curso no Oriente Médio nos chama, como líderes de comunidades religiosas, como crentes e como cidadãos, a denunciar a insinuação de generalizações perigosas e confusões prejudiciais entre identidades políticas, nacionais e religiosas”. Os signatários denunciam ainda a “infâmia de uma propaganda que, explorando a ingenuidade e a visceralidade, obscurece um discernimento saudável e banaliza o sentido profundo da nossa própria humanidade”, fomentando o antissemitismo, a islamofobia e a aversão ao cristianismo católico e às religiões em geral. “Nenhuma segurança será jamais construída sobre o ódio. A justiça para o povo palestino, assim como a segurança para o povo israelense, só passam pelo reconhecimento mútuo, pelo respeito aos direitos fundamentais e pela vontade de dialogar”.

Uma proposta concreta

Daí a proposta concreta de um encontro entre bispos, rabinos e imãs na Itália: “um encontro simples, direto, não convencional nem confessional, para testemunhar juntos uma responsabilidade comum”, com a esperança de que as comunidades religiosas possam promover atividades locais e nacionais com o envolvimento das instituições. “O dever de trabalhar por uma convivência responsável nos chama, como religiosos, à necessidade de promover a coesão social com base em valores compartilhados”, lê-se ainda no apelo, que termina com um agradecimento pelas testemunhas amadurecidas nas últimas semanas em Bolonha, Milão e Turim, como sinal de esperança em um tempo marcado pela violência.


 

Comentário à liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum - Ano C

3 Conselhos para vencer a preguiça (Mt 25,14-30) Palavra de Deus | Irmã ...

Hoje é celebrado o beato Eustáquio van Lieshout, missionário da saúde e da paz no Brasil


Beato Eustáquio van Lieshout ??
Beato Eustáquio van Lieshout

Hoje (30), a Igreja celebra o beato Eustáquio van Lieshout, sacerdote holandês que veio para o Brasil e ficou conhecido como missionário da saúde e da paz, por sempre abençoar e saudar os fiéis com essas duas palavras. Atualmente, seus restos mortais estão no Memorial do Santuário da Saúde e da Paz, em Belo Horizonte (MG), que atrai grande número de devotos.

Padre Eustáquio nasceu em 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda, e recebeu o nome de batismo de Humberto van Lieshout. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1919. Seis anos depois, em 15 de julho de 1925, chegou como missionário ao Brasil, juntamente com seus irmãos de congregação, os padres Gil van den Boorgart e Matias van Rooy.

Inicialmente, foram para a cidade de Romaria, no Triângulo Mineiro, onde assumiram a pastoral do santuário episcopal e da paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e das paróquias de São Miguel de Nova Ponte e Santana de Indianópolis, na arquidiocese de Uberaba.

Padre Eustáquio dava especial atenção aos doentes. Segundo sua biografia publicada pelo site do Vaticano, quando ministrava suas orientações pessoais para “ações curativas de enfermidades físicas padre Eustáquio falava da disposição de Deus em curar as pessoas integralmente e, sempre que possível, indicava medicamentos naturais de aquisição fácil e uso seguro”, sempre recorrendo aos seu “Manual de Medicina no Campo”.

Mais tarde, padre Eustáquio foi transferido para Poá (SP), onde “também fazia bênçãos, entre elas a da água no reservatório e nas pias de água benta, à entrada da igreja”. Com o tempo, “fiéis começaram a levar para a igreja garrafas de água para ser abençoadas”. Mas, com a repercussão de notícias de curas por meio das bênçãos do sacerdote, “o aglomerado de pessoas começou a aumentar em Poá”. Assim, ele foi transferido para Araguari (MG) e cumpriu um tempo de reclusão.

Em 1942, foi transferido para Belo Horizonte (MG), aonde chegou “sem alarde, já que era nacionalmente venerado como santo e taumaturgo. Porém, a despeito da discrição, logo nos primeiros dias muitas pessoas o procuraram pedindo bênçãos e curas”.

No dia 16 de maio de 1943, lançou a pedra fundamental da atual Igreja dos Sagrados Corações, conhecida como Igreja do Padre Eustáquio, que não chegou a ver construída. Padre Eustáquio morreu em 30 de agosto daquele mesmo ano.

Padre Eustáquio foi beatificado em 15 de junho de 2006, em missa celebrada pelo então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, no estádio Mineirão, na capital mineira. A beatificação aconteceu após o reconhecimento da cura milagrosa de um sacerdote por sua intercessão. Padre Gonçalo Belém, de Belo Horizonte, foi curado de um câncer, em 1962. Na época, o sacerdote tinha 39 anos e descobriu que tinha um tumor na laringe e que deveria ser submetido a uma cirurgia, sem garantia de cura. Foi incentivado a pedir a intercessão de padre Eustáquio e assim o fez. Na véspera de sua cirurgia, os médicos não detectaram nenhum sinal do tumor. Padre Gonçalo Belém Rocha morreu em 2007, aos 83 anos.

 

Laudes de Sábado da 21ª Semana do Tempo Comum

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

EXERCÍCIOS PARA IDOSOS EM CASA | PERNAS FORTES Recuperando Equilíbrio em...

🍴 Puxa Saco em Macramê 🏡 Organização e Charme na Cozinha

BENTO XVI e o Caminho Neocatecumenal | A experiência de Kiko com o profe...

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 29....

Estão rotas minhas ataduras - Carmen 63

💖🌹Carmen Hernández 💖🌹narra su 😍Experiencia de Fe😉, Zamora 1994, Camino ...

Força de Deus - Parábolas : O vinho novo - Parte 1

16- Deveres dos pais em relação aos filhos

apa: num mundo repleto de ruídos, é preciso ouvir a voz dos pobres e marginalizados

Videomensagem de Leão XIV aos membros da província de Santo Tomás de Villanova, a maior comunidade agostiniana nos Estados Unidos.

Vatican News

No dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica do Bispo de Hipona, o Papa Leão foi agraciado com a Medalha de Santo Agostinho da Província de Santo Tomás de Villanova, nos Estados Unidos. A motivação foi a sua liderança no serviço, o compromisso de toda a sua vida a favor dos pobres, o seu testemunho dos valores agostinianos e agora, como Pastor universal, pelo exemplo que oferece a todos para nos aproximar do Senhor e uns dos outros na construção da paz. Em agradecimento, o Pontífice gravou uma videomensagem aos membros de uma das comunidades agostinianas mais antigas em território estadunidense. 

"Como agostinianos, buscamos todos os dias estar à altura do exemplo do nosso pai espiritual, Santo Agostinho. Ser reconhecido como agostiniano é uma grande honra", afirmou o Papa, que acrescentou: "Devo muito do que sou ao espírito e aos ensinamentos de Santo Agostinho".  

A videomensagem do Papa

De modo especial, o Pontífice ressaltou a importância da comunidade e recordou que foi através da oração de sua mãe, Mônica, e das boas pessoas que o circundavam que Agostinho conseguiu encontrar o caminho da paz para o seu coração irrequieto. Ainda neste espírito comunitário, Leão XIV citou os padres Matthew Carr e John Rossiter, cujo espírito missionário os impulsinou, no final do século XVIII, a levar a Boa Nova do Evangelho no serviço aos imigrantes irlandeses e alemães, em busca de uma vida melhor e de tolerância religiosa.

"Ainda hoje somos chamados a levar adiante esta herança de serviço amoroso a todo o povo de Deus. No Evangelho, Jesus nos recorda de amar o próximo e isso nos desafia, agora mais do que nunca, a nos recordar de ver hoje o próximo com os olhos de Cristo."

A paz, disse ainda o Papa, começa com aquilo que dizemos e fazemos e como o dizemos e fazemos. Antes de falar, dizia Santo Agostinho, devemos ouvir e, "como Igreja sinodal somos encorajados a nos empenhar novamente na arte de ouvir através da oração, do silêncio, do discernimento e da reflexão". "Temos a oportunidade e a responsabilidade de ouvir o Espírito Santo, de ouvir uns aos outros, de ouvir a voz dos pobres e das pessoas marginalizadas. É em nossos corações que Deus nos fala", recordou o Pontífice.

O Bispo de Hipona recomendava ainda que, para além da escuta, era preciso ter a "atenção do coração". Num mundo repleto de ruídos, há mensagens que alimentam nossa inquietação e roubam a nossa alegria. Para Leão, é preciso filtrar o ruído e abrir nossas mentes e corações a Deus e ao seu amor. 

"Que possamos continuar a reforçar a nossa missão comum, como Igreja e comunidade, de promover a paz, viver na esperança e refletir a luz e o amor de Deus no mundo", concluiu o Papa, agradecendo mais uma vez pela Medalha recebida.

 

Gaza: no Hospital Al-Ahli Arab “obrigados a decidir quem viverá ou morrerá”

No único hospital cristão da Faixa de Gaza falta tudo: desde medicamentos até terapia intensiva. O testemunho do diretor médico, Maher Ayyad: “às vezes somos obrigados a dar alta aos pacientes antes do tempo. E se um deles estiver ligado a um ventilador médico, procedemos a uma alta precoce, expondo-o a riscos muito elevados”. Os hospitais são alvos dos bombardeios israelenses.

Federico Piana – Vatican News

O tom de voz é dramaticamente resignado, por vezes desesperado: “aqui se morre até nos hospitais que deveriam cuidar de você”. Cidade de Gaza, bairro de Zeitoun, a sudoeste da cidade velha. É aqui que, desde 1882, se encontra o Al-Ahli Arab Hospital, a única estrutura de saúde cristã em toda a Faixa de Gaza. E é daqui que Maher Ayyad encontra a coragem para lançar seu grito de dor ao mundo inteiro, enquanto na estrutura da qual é diretor médico continua sem parar o vaivém de macas, feridos, mortos. Ele já perdeu até o hábito de contá-los: “todos os hospitais de Gaza estão lotados de feridos, sua superlotação é inacreditável. Procuram-se desesperadamente leitos, mas não se encontram. Na melhor das hipóteses, os pacientes muitas vezes passam as noites nos jardins, nos corredores, porque não há espaço suficiente para acomodar todos”.

Escolhas dolorosas

A cada dia que passa, com o aumento dos ataques israelenses, o número de moribundos que cruzam a porta do Hospital Al-Ahli Arab está se multiplicando cada vez mais. Mas apenas alguns poucos poderão ser salvos. Maher Ayyad sabe disso, mas não pode fazer nada. É por isso que, em uma conversa com a mídia do Vaticano, ele conta o que sua consciência de médico escrupuloso, apesar de tudo, se recusa a aceitar: “somos obrigados a decidir quem viverá ou morrerá”. Infelizmente, nossa falta de recursos nos obriga a apostar em quem tem mais chances de se safar. Se há dois feridos que precisam ser operados ao mesmo tempo, temos que decidir a quem dar essa chance de salvação”.

Gaza
Gaza   (ANSA)

Vítimas colaterais

Assim, os pacientes que perdem a vida são incontáveis. Vítimas colaterais de uma guerra que fez desaparecer tudo dos hospitais, até mesmo as gazes, os antibióticos e as aspirinas. Sem falar, então, nas terapias intensivas. Na estrutura dirigida por Maher Ayyad, as vagas são limitadas, insuficientes. “Às vezes”, diz ele, “somos obrigados a dar alta aos pacientes antes do tempo. E se um deles estiver conectado a um ventilador médico, procedemos a uma alta precoce, expondo-o a riscos muito altos”.

Falta tudo

Tal como nos hospitais de toda a Faixa de Gaza, também neste, gerido pela Comunhão Anglicana, morrem pessoas devido à falta de eletricidade, à escassez de equipamentos e à ausência de pessoal especializado. Os médicos que lá trabalham são muitos, mas os especialistas contam-se pelos dedos de uma mão, sendo necessários muitos mais. Fazemos o que podemos, repete incansavelmente o diretor sanitário, “mas muitos dos nossos médicos são juniores, estagiários, voluntários ou estudantes de medicina. Todos os dias atendemos 700 pacientes, dos quais mais de 100 são feridos”. Um milagre, se pensarmos na difícil situação.

Tentativas desesperadas

Quando o Dr. Ayyad não pode atender alguém diretamente, ele tenta encaminhá-lo para outro hospital da região. Mas isso é apenas uma tentativa desesperada, pois todos os hospitais de Gaza estão nas mesmas condições: “no entanto, há colaboração entre todos: se pudermos, compartilhamos tudo o que temos para salvar vidas. Há também cooperação com o hospital administrado pelos responsáveis pela saúde de Gaza para minimizar os efeitos desta guerra”.

Fome iminente

A ameaça de tomada total da Faixa pelo exército israelense está complicando terrivelmente as coisas. Um milhão de pessoas vive acampada em tendas e habitações improvisadas em uma área restrita, onde faltam todos os bens de primeira necessidade, principalmente água e comida. E a fome provoca doenças que não podem ser tratadas porque os hospitais estão no limite.

Mísseis em hospitais

Muitas instalações de saúde foram bombardeadas, como ocorreu várias vezes ao Al-Ahli Arab Hospital: em 2023, quando uma explosão no pátio matou um grande número de palestinos deslocados, e no início deste ano, quando alguns mísseis devastaram o pronto-socorro. “Recentemente, durante um ataque aéreo, sete pessoas foram mortas dentro do nosso hospital”, denuncia Ayyad. Isso torna ainda mais agudo seu grito de dor quando pensa em todas aquelas vidas humanas que ele poderia ter salvado, mas que, em vez disso, foi forçado a sacrificar no altar de um conflito que considera inútil e sem sentido: “Dirijo-me à comunidade internacional: por favor, façam tudo o que for possível para parar esta hecatombe. Em jogo não está apenas o bem dos palestinos, mas também o dos israelenses. Queremos a paz, queremos viver juntos. Este é o nosso maior desejo”.

 

Peça ao Senhor sabedoria (Mc 6,17-29) Palavra de Deus | Irmã Maria Raque...

Hoje é celebrado o martírio de são João Batista, decapitado por anunciar a Verdade


Martírio de são João Batista. ??
Martírio de são João Batista. | Crédito: ACI Digital.

“Na verdade, vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista”. Assim se referiu Jesus Cristo ao seu primo, o qual morreu decapitado por anunciar a Verdade, fato que é recordado hoje (29), quando a Igreja Católica celebra o martírio de são João Batista.

Em sua audiência geral de 29 de agosto de 2012, o papa Bento XVI disse que João Batista é o único santo na Igreja – além do próprio Jesus Cristo e da Virgem Maria – do qual se celebra tanto o nascimento (24 de junho), como a sua morte, ocorrida através do martírio.

Mas esta memória “remonta à dedicação de uma cripta de Sebaste, em Samaria onde, já em meados do século IV, se venerava a sua cabeça. Depois, o culto se estendeu a Jerusalém, às Igrejas do Oriente e a Roma, com o título de Degolação de São João Batista”, explicou.

O papa Bento XVI acrescentou que “no Martirológio romano faz-se referência a uma segunda descoberta da preciosa relíquia, transportada naquela ocasião para a igreja de São Silvestre no Campo de Marte, em Roma. Estas breves referências históricas ajudam-nos a compreender como é antiga e profunda a veneração de São João Batista”.

Sobre São João Batista há narrações nos Evangelhos, em particular de Lucas, que fala de seu nascimento, vida no deserto, pregação, e de Marcos, que menciona sua morte.

Pelo evangelho e pela tradição é possível reconstruir a vida do Precursor. Negou categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, o qual assinalou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas margens do Rio Jordão como o Cordeiro de Deus, aquele de quem não era digno de desatar as sandálias.

Sua figura parece ir se desfazendo à medida que vai surgindo “o mais forte”, Jesus. Todavia, “o maior dentre os profetas” não cessou de fazer ouvir a sua voz onde fosse necessária para consertar os sinuosos caminhos do mal.

João Batista reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e da cunhada Herodíades, com quem tinha uma relação adúltera. Mas, a suscetibilidade de ambos lhe custou a prisão em Maqueronte, na margem oriental do mar Morto.

O relato da morte de São João Batista está no evangelho de são Marcos, capítulo 6, versículos 17 a 29, no qual narra o banquete oferecido por Herodes pelo seu aniversário, onde a filha de Herodíades dançou.

Herodes gostou tanto da dança que prometeu a jovem que cumpriria qualquer pedido que ela fizesse. Ela, então, por sugestão de sua mãe, pediu a cabeça de João Batista, que lhe foi entregue em um prato.

Para o papa emérito, “celebrar o martírio de são João Batista recorda-nos, também a nós cristãos deste nosso tempo, que não se pode comprometer o amor a Cristo, à sua Palavra e à Verdade. A Verdade é a Verdade, não há comprometimentos”.

O papa Francisco, ao falar sobre a vida de são João Batista em fevereiro de 2015, recordou os “mártires dos nossos dias, aqueles homens, mulheres e crianças que são perseguidos, odiados, expulsos das casas, torturados, massacrados”. O Pontífice sublinhou que esses mártires “terminam sua vida sob a autoridade corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo”.

 

Laudes da Memória do Martírio de São João Batista

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Dog Dancing World Championship 2022, Anastasiia Beaumont and border coll...

TAISA PELOSI | SANTOFLOW RETRÔ | SANTOFLOW TV #84

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 28.08.2025

Parolin: muitos interesses em jogo impedem a solução da tragédia em Gaza

Respondendo às perguntas dos jornalistas à margem da missa em memória litúrgica de Santa Mônica, celebrada na Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio, em Roma, o cardeal secretário de Estado do Vaticano espera, após o apelo do Papa, que se evite “uma punição coletiva” no Oriente Médio, chegando a um cessar-fogo e a um “acesso seguro” à ajuda humanitária.

Vatican News

À margem da missa em memória litúrgica de Santa Mônica, celebrada na Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio, em Roma, o cardeal secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, reiterou a posição da Santa Sé sobre a crise no Oriente Médio, lembrando o apelo do Papa Leão XIV e as declarações dos patriarcas da Terra Santa.

Contra o deslocamento da população de Gaza

“Gostaria de fazer referência ao apelo feito esta manhã pelo Papa durante a audiência geral, que contém precisamente a opinião da Santa Sé sobre a situação em Gaza”, explicou Parolin, recordando como o Pontífice e os patriarcas greco-ortodoxo e latino pediram “o fim da guerra” e se pronunciaram “contra o deslocamento da população de Gaza”.

Muitos interesses em jogo

O cardeal destacou que “existem muitas soluções, soluções que podem realmente pôr fim a esta situação”, mas denunciou o peso dos interesses de natureza “política”, “econômica”, “de poder” e “de hegemonia” que impedem “uma solução humana para esta tragédia”.

Permanecer é corajoso

Quanto à proteção dos religiosos e fiéis em Gaza, Parolin relatou que “foi deixada liberdade diante da ordem de evacuação” do governo israelense, referindo-se ao relato do patriarca ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, de que hoje foi pedido aos fiéis da paróquia ortodoxa que “deixassem Gaza”. “Cada um poderá decidir o que fazer”, disse o cardeal, precisando, porém, que “a escolha de permanecer é corajosa” e que não sabe “como isso poderá se concretizar se há essa ordem de evacuação” e “o controle total, em terra, do território”.

Os sinais da diplomacia

No plano diplomático, o secretário de Estado do Vaticano confirmou estar “em contato com o governo estadunidense, por meio da embaixada”, e expressou o desejo de que as conversações internacionais que resultarão da visita do ministro das Relações Exteriores de Israel a Washington, Gideon Sa'ar, tragam sinais concretos: “espero o que o Papa pediu, ou seja, que haja um cessar-fogo, que haja acesso seguro à ajuda humanitária, que se respeite o direito internacional humanitário – isso é fundamental – e que se evite uma punição coletiva”.

A posição do governo israelense

Por fim, sobre o risco de uma evacuação forçada da população de Gaza, Parolin reconheceu que, até agora, o governo israelense “demonstrou não querer recuar” dessa posição e que “talvez não haja muitas esperanças”, embora reitere a vontade da Santa Sé de “insistir” para que as coisas possam mudar.

 

Nove dados que deve conhecer sobre os Padres da Igreja


PadresIglesia_WikimediaCommons_270819.jpg São Jerônimo de Estridão, santo Agostinho, são Gregório Magno, santo Ambrósio de Milão. Michael Pacher: Altarpiece of the Church Fathers - Domínio público
 

Os Padres da Igreja são santos dos primeiros séculos que, com seus escritos doutrinários, configuraram a Igreja Católica como a conhecemos hoje.

Alguns dos principais Padres da Igreja Grega são santo Atanásio de Alexandria, são Basílio Magno, são Gregório Nazianzeno e são João Crisóstomo; enquanto os quatro Padres mais importantes da Igreja latina são santo Agostinho de Hipona, são Gregório Magno, santo Ambrósio de Milão e são Jerônimo de Estridão.

A seguir, alguns dados importantes sobre eles.

1. Eram em sua maioria pastores, não acadêmicos

Os Padres viviam suas vidas cristãs em resposta à fé única, santa, católica e apostólica que experimentavam na Igreja e na cultura de seu tempo. Seus escritos não provinham de um catedrático titular, mas buscavam servir ao povo de Deus.

2. Santo Tomás de Aquino os citou centenas de vezes

Santo Tomás de Aquino, o doutor Angélico, não é apenas um teólogo e filósofo, mas um brilhante comentarista da Bíblia e da Tradição. Para escrever a Suma Teológica, citou textos de santo Agostinho 3.156 vezes. Citou são Gregório Magno 761 vezes, são Dionísio 607 vezes, são Jerônimo 377 vezes, são Damasceno 367 vezes, são João Crisóstomo 309 vezes, entre outras citações aos Padres da Igreja.

3. Amavam a Igreja

Exemplo disso é uma das passagens do corpus patrístico "sobre a unidade da Igreja", escrito por são Cipriano de Cartago em De Ecclesiae Catholicae Unitate: "Ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tem a Igreja como Mãe".

4. Ensinavam sobre a natureza do homem

São Cipriano descreve a cultura pecaminosa na qual vivia antes de sua conversão e seu batismo: “Eu ainda estava deitado na escuridão e na noite sombria, vacilando de um lado para o outro, sacudido sobre a espuma desta idade jactanciosa, e incerta de meus passos errantes, sem saber nada da minha vida real, e distante da verdade e da luz... mas depois disso, com a ajuda da água do novo nascimento, a mancha dos anos anteriores foi lavada, e uma luz do alto, serena e pura, tinha sido infundida no meu coração reconciliado...”.

Da mesma forma o faz santo Agostinho de Hipona em seu livro "Confissões", ensinando a matar o homem velho cheio de pecado e abraçar o novo homem em Cristo.

5. Buscavam a amizade com Deus e com os demais

Os Padres da Igreja buscavam imitar a vida de Cristo, que completamente homem e completamente Deus, foi capaz de fazer grandes amizades.

Assim, são Gregório Nazianzeno revela sobre seu querido amigo São Basílio: “Homens diferentes têm nomes diferentes, que devem a seus pais ou a si mesmos, isto é, às suas próprias buscas e realizações. Mas nossa grande busca, o grande nome que queríamos, era ser cristãos, sermos chamados cristãos”.

6. Eram corajosos e podiam dar a vida pelo Evangelho

Um exemplo é a vida de são Cipriano de Cartago, o primeiro bispo que na África atingiu a coroa do martírio. Durante as grandes perseguições dos cristãos sob o imperador Décio, escreveu cartas pastorais no exílio instruindo o povo de Deus em Cartago. Sob o imperador Valeriano, Cipriano foi condenado à morte e martirizado em 258 dC. Ao receber sua sentença, disse: "Deo gratias!" (Graças a Deus!).

São Máximo o Confessor foi outro corajoso Padre da Igreja que lutou contra o monotelismo, uma heresia que admitia em Cristo duas naturezas, a humana e a divina, e uma única vontade. O imperador Constante II mandou cortar a língua e a mão direita do santo para impedir seu ensinamento ortodoxo.

7. Defendiam a sã doutrina

No século IV, santo Atanásio teve que enfrentar Ário, um sacerdote de Alexandria que difundiu a doutrina errada de que Cristo não era o verdadeiro Deus. Seu desejo incansável por uma doutrina clara conduziu o Concílio de Niceia à elaboração do Credo Niceno. Hoje, o Credo, como símbolo da fé, é usado de maneira simples e direta pelos cristãos de todo o mundo para professar a fé da Igreja Católica.

8. Amavam profundamente a Virgem Maria

Os Padres da igreja amam a Mãe de Deus. Havia um herege chamado Nestório que ensinava que Maria era apenas Christokos (portadora de Cristo) e não a Theotokos (portadora de Deus). Em outras palavras, Nossa Senhora não era a Mãe de Deus, já que só deu à luz à natureza humana de Jesus. São Cirilo de Alexandria lutou incansavelmente contra esse tremendo erro teológico. Em uma carta que corrige Nestório, Cirilo escreve: “Por nossa causa e para a nossa salvação, assumiu sua natureza humana na unidade de sua Pessoa e nasceu de uma mulher; por isso se diz que nasceu segundo a carne” (Cirilo de Alexandria, Carta II a Nestório).

9. Interpretaram a Bíblia com clareza

Os Padres ensinaram como interpretar a Sagrada Escritura. A maior parte da literatura que temos dos Padres Apostólicos e Pós-Apostólicos são suas homilias, que oferecem algumas das melhores exegeses bíblicas imagináveis. Um exemplo disso são os Tratados de Santo Agostinho sobre o Evangelho de João.

Para a compreensão da Bíblia, devem ser utilizados os sentidos literais, alegóricos, morais e analógicos (como assinala o Catecismo da Igreja Católica no numeral 118) e, por isso, os Padres da Igreja estão entre os melhores exegetas da história.

Publicado originalmente em National Catholic Register.

Confira também:

 (acidigital)

Doze verdades da Igreja Católica explicadas por santo Agostinho


AgustinHiponaIglesia_280820.jpg O Triunfo de Santo Agostinho pintado por Claudio Coello | Domínio Público
 

A Igreja Católica celebra hoje (28) santo Agostinho de Hipona. A ACI Digital apresenta doze reflexões do santo bispo sobre a Igreja Católica.

1. A verdade que habita na Igreja Católica

"No seio da Igreja, permanece a verdade. Quem se separar do seio da

Igreja, necessariamente falará falsidades (...). Repetimos-lhes: Eis o que Cristo disse: “O Messias devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia”. Reconheço aí nossa Cabeça, reconheço aí nosso esposo; reconhece tu também comigo a esposa”.

Comentário aos Salmos 57, 6

2. O sacramento do batismo

“O sacramento do Batismo é sem dúvida o sacramento da regeneração: portanto, assim como o homem que nunca viveu não pode morrer, e o homem que nunca morreu não pode ressuscitar, o homem que nunca nasceu não pode nascer de novo (...) um homem deve nascer de novo depois de ter nascido; pois a menos que um homem nasça de novo, ele não poderá ver o reino de Deus.

O mérito, o perdão dos pecados e o batismo dos bebês II, 43 XXVII

3. Abrir-se ao sacramento da reconciliação

"Quem é soberbo? Aquele que não faz penitência, não confessa seus pecados, de sorte que possa ser curado pela humildade. Quem é soberbo? Aquele que quer arrogar a si mesmo os poucos bens que parece ter, e procura diminuir a misericórdia de Deus".

Comentário aos Salmos 93, 15

4. O bem do casamento

“O bem do casamento em todas as nações e em todos os homens está em gerar e na fé da castidade; mas, no que diz respeito ao Povo de Deus, também na santidade do Sacramento”, pois “não se rompe o vínculo matrimonial, exceto em caso de morte do marido ou da mulher”.

O bem do casamento, 32

5. A eucaristia e a salvação

“Se o Apóstolo assim afirmou a respeito da Lei, a qual os judeus foram os únicos a receber, com muito mais razão se pode dizer com relação à lei natural, com a qual foi agraciado todo o gênero humano. Se a justiça vem da natureza, então Cristo morreu em vão? Porém, se Cristo não morreu em vão, ninguém pode alcançar a justificação e a redenção da ira justíssima de Deus, ou seja, do castigo, a não ser pela fé e pelo mistério do sangue de Cristo".

A Natureza e a Graça, 2

6. Adoração eucarística

“E como andou na terra segundo a carne, deu-nos a comer a própria carne para nossa salvação, e como ninguém recebe a sua carne sem primeiro adorá-la, descobrimos de que modo se adora o escabelo dos pés do Senhor. Não somente não pecamos por adorá-lo, mas pecaríamos se não o adorássemos".

7. A virgindade perpétua de Maria

“Nascido de uma mãe que, embora tenha concebido sem ser tocada pelo homem e permaneceu sempre assim intacta, na virgindade concebendo, na virgindade dando a luz, na virgindade morrendo”.

Sobre a catequese aos ignorantes, 22, 40

8. O sacrifício da Missa

“Não foi Cristo oferecido uma vez por todas em Sua própria pessoa como um sacrifício? E, no entanto, não é igualmente oferecido no sacramento como um sacrifício (...) diariamente nas nossas congregações?”.

Cartas 98, 9 

9. Purgatório

“Após o julgamento, aqueles que são dignos de tal purificação serão purificados inclusive pelo fogo, e estarão completamente livres do pecado, e se oferecerão a Deus em justiça, e serão de fato vítimas imaculadas e livres de toda imperfeição”.

A Cidade de Deus XX, 26

10. A intercessão dos santos

“Santos, a intercessão dos cristãos presta honras religiosas à memória dos mártires, tanto para nos encorajar a imitá-los e obter participação nos seus méritos, como também para a assistência das suas orações”.

Contra Fausto, o Maniqueu XX, 21

11. A Tradição apostólica

“Há muitas coisas que são observadas por toda a Igreja e, portanto, são justamente consideradas como ordenadas pelos apóstolos, mas que não são mencionadas em seus escritos”.

Do Batismo, Contra os Donatistas, v, 23, 31

12. As relíquias

"Porque ainda agora se fazem milagres em nome de Cristo, quer pelos seus sacramentos, quer pelas orações ou relíquias dos seus santos".

A Cidade de Deus XXII, 8

 

Vigiai e orai (Mt 24,42-51) Palavra de Deus | Irmã Maria Raquel 28/08

SANTO DO DIA - 28 DE AGOSTO: SANTO AGOSTINHO

Liturgia das Horas: Laudes - Santo Agostinho - 28 de agosto

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 27....

Audiência Geral 27 de agosto de 2025 - Papa Leão XIV

LEÃO XIV

AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 27 de agosto de 2025


Ciclo de Catequese – Jubileu 2025. Jesus Cristo Nossa Esperança. III. A Páscoa de Jesus. 4. A entrega. "Quem procurais?" (Jo 18,4)

Prezados irmãos e irmãs!

Hoje meditamos sobre uma cena que marca o início da paixão de Jesus: o momento da sua detenção no horto das Oliveiras. O evangelista João, com a sua habitual profundidade, não nos apresenta um Jesus apavorado, que foge ou se esconde. Pelo contrário, mostra-nos um homem livre, que se aproxima e toma a palavra, enfrentando abertamente a hora em que se pode manifestar a luz do amor maior.

«Sabendo Jesus tudo o que lhe ia acontecer, aproximou-se e disse-lhes: “A quem buscais?”» (Jo 18, 4). Jesus sabe. No entanto, decide não recuar. Entrega-se. Não por debilidade, mas por amor. Um amor tão pleno, tão maduro, que não teme a rejeição. Jesus não é preso: deixa-se prender. Não é vítima de uma detenção, mas autor de um dom. Neste gesto encarna-se uma esperança de salvação para a nossa humanidade: saber que, até na hora mais obscura, podemos permanecer livres para amar até ao fim.

Quando Jesus responde «sou eu», os soldados caem por terra. Trata-se de uma passagem misteriosa, dado que na revelação bíblica esta expressão evoca o próprio nome de Deus: «Eu sou». Jesus revela que a presença de Deus se manifesta precisamente onde a humanidade experimenta a injustiça, o medo, a solidão. É exatamente ali que a verdadeira luz está disposta a brilhar, sem medo de ser dominada pelo avançar das trevas.

No coração da noite, quando tudo parece desabar, Jesus mostra que a esperança cristã não é evasão, mas decisão. Esta atitude é fruto de uma profunda oração na qual não pedimos a Deus que nos poupe do sofrimento, mas que nos dê força para perseverar no amor, conscientes de que a vida livremente oferecida por amor não nos pode ser tirada por ninguém.

«Se é, pois, a mim que procurais, deixai que estes partam» (Jo 18, 8). No momento da sua prisão, Jesus não se preocupa em salvar-se a si mesmo: deseja apenas que os seus amigos possam ser livres. Isto demonstra que o seu sacrifício é um verdadeiro ato de amor. Jesus deixa-se apanhar e aprisionar pelos guardas só para poder deixar que os seus discípulos sejam livres.

Jesus viveu cada dia da sua vida como preparação para esta hora dramática e sublime. Por isso, quando ela chega, tem a força de não procurar uma saída. O seu coração sabe bem que perder a vida por amor não é um fracasso, mas possui uma misteriosa fecundidade. Como o grão de trigo que, precisamente ao cair na terra, não fica só, mas morre, tornando-se fecundo.

Até Jesus se sente inquieto diante de um caminho que parece levar unicamente à morte e ao fim. Mas está igualmente convencido de que, no final, só uma vida perdida por amor se reencontra. É nisto que consiste a verdadeira esperança: não em procurar evitar a dor, mas em acreditar que, até no coração dos sofrimentos mais injustos, se esconde a semente de uma vida nova.

E nós? Quantas vezes defendemos a nossa vida, os nossos projetos, as nossas seguranças, sem nos darmos conta de que, agindo assim, ficamos sós. A lógica do Evangelho é diferente: só o que se dá floresce, só o amor que se torna gratuito pode restituir confiança até onde tudo parece perdido.

O Evangelho de Marcos narra-nos também de um jovem que, quando Jesus é preso, foge nu (cf. Mc 14, 51). É uma imagem enigmática, mas profundamente evocativa. Também nós, na tentativa de seguir Jesus, vivemos momentos em que somos surpreendidos e ficamos despojados das nossas certezas. São os momentos mais difíceis, nos quais somos tentados a abandonar o caminho do Evangelho porque o amor nos parece um percurso impossível. No entanto, será precisamente um jovem, no final do Evangelho, que anunciará a ressurreição às mulheres, não já nu, mas vestido com uma túnica branca.

Esta é a esperança da nossa fé: os nossos pecados e hesitações não impedem que Deus nos perdoe e nos restitua o desejo de retomar o nosso seguimento, para nos tornar capazes de oferecer a vida pelos outros.

Caros irmãos e irmãs, aprendamos também nós a entregar-nos à boa vontade do Pai, deixando que a nossa vida seja uma resposta ao bem recebido. Na vida não é necessário controlar tudo. É suficiente escolher, todos os dias, amar com liberdade. É nisto que consiste a verdadeira esperança: em saber que, até na obscuridade da provação, é o amor de Deus que nos sustenta, fazendo amadurecer em nós o fruto da vida eterna.

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APELO

Na sexta-feira passada, pudemos acompanhar com a oração e o jejum os nossos irmãos e irmãs que sofrem por causa das guerras. Hoje, volto a dirigir um forte apelo tanto às partes envolvidas como à comunidade internacional para que se ponha fim ao conflito na Terra Santa, que causou tanto terror, destruição e morte.

Suplico que todos os reféns sejam libertados, que se chegue a um cessar-fogo permanente, que se facilite a entrada segura da ajuda humanitária e que se respeite integralmente o direito humanitário, em particular a obrigação de proteger os civis e as proibições de punição coletiva, do uso indiscriminado da força e da deslocação forçada da população. Associo-me à Declaração conjunta dos Patriarcas greco-ortodoxo e latino de Jerusalém, que ontem pediram para «pôr fim a esta espiral de violência, para acabar com a guerra e dar prioridade ao bem comum das pessoas».

Imploremos Maria, Rainha da paz, fonte de consolação e esperança: que a sua intercessão obtenha reconciliação e paz naquela terra tão querida a todos!

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Saudações:

Saúdo com alegria todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os vindos de Portugal e do Brasil. Queridos irmãos e irmãs, roguemos ao Senhor que nos ensine a ter um coração inflamado de amor por Ele e pelos outros, a fim de que, mesmo na hora mais difícil, possamos amar até ao fim. Que a Mãe de Deus vos proteja e guarde sempre!

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Resumo da catequese do Santo Padre:

A prisão de Jesus no Horto das Oliveiras marca o início da sua Paixão. Ele sabe o que está para acontecer e enfrenta a injustiça, sem retroceder. Não estamos diante de uma captura: foi Ele que se entregou por amor, como um verdadeiro dom. Os dias de Jesus foram uma preparação para esta hora dramática e sublime. Embora, como qualquer homem, tenha experimentado a perturbação diante do risco da morte, o Redentor demonstra que somente uma vida doada por amor aos outros não se perde, tal como o grão que, ao morrer, dá muito fruto. Assim, a esperança cristã não é ausência de sofrimento, nem fuga diante das dificuldades, mas é reconhecer que em cada decisão de perseverar no amor até ao fim, está a semente de uma vida nova. Logo, não é preciso ter tudo sempre sob controle, mas escolher todos os dias amar com liberdade.

Cáritas Internacional: em Gaza não há guerra, mas extermínio

A confederação internacional católica denuncia a fome provocada na Faixa de Gaza e lança um apelo por um cessar-fogo imediato. “A fome aqui – lê-se no documento – não é um desastre natural, mas o resultado de uma estratégia deliberada”.

Stefano Leszczynski – Cidade do Vaticano

Desde que as Nações Unidas confirmaram, em 22 de agosto, que a fome em Gaza é um fenômeno intencional e provocado pelo bloqueio da ajuda humanitária, ao menos 273 pessoas, incluindo 112 crianças, morreram de inanição. A Cáritas Internacional, em uma declaração, volta a denunciar aquilo que já foi confirmado por todas as organizações humanitárias: “Em Gaza – escreve a organização humanitária católica – não estamos diante de uma trágica fatalidade, mas do resultado de escolhas deliberadas e calculadas. Um povo inteiro, privado de qualquer sustento, está sendo deixado morrer diante do mundo inteiro”.

Impunidade e cumplicidade

“Isto não é guerra” – lê-se no documento – “É a destruição sistemática de vidas civis. O cerco a Gaza tornou-se uma máquina de extermínio, sustentada pela impunidade e pelo silêncio, ou pela cumplicidade, das nações mais poderosas. A fome aqui não é um desastre natural, mas o resultado de uma estratégia deliberada: bloquear a ajuda, bombardear os comboios de alimentos, destruir as infraestruturas e negar os bens de primeira necessidade. A Cáritas Internacional é testemunha desse horror. Os civis, em sua maioria crianças e mulheres, estão sendo esfaimados, bombardeados e exterminados. Governos influentes, empresas e multinacionais tornaram possível esta catástrofe por meio do apoio militar, da ajuda financeira e da cobertura diplomática. O silêncio deles não é neutralidade, é aprovação”.

Um ataque à dignidade humana

Recordando as palavras do Papa Francisco na encíclica Fratelli tutti: “Ou nos salvamos todos juntos ou ninguém se salva”, a Cáritas Internacional vê no que está acontecendo em Gaza um ataque deliberado à dignidade humana e o colapso de qualquer ordem moral. “O que está ocorrendo é contrário não apenas aos valores e princípios fundamentais da humanidade, mas acontece em violação ao direito internacional e humanitário, incluindo a Convenção para a Prevenção e Repressão do Genocídio”.

O apelo a não ser cúmplices

A Cáritas lança, portanto, um apelo veemente a todas as pessoas de fé e consciência para que façam ouvir sua voz, pressionem os governos e clamem por justiça. “Gaza não espera palavras – lê-se no documento – mas salvação”. Por isso, a organização pede um cessar-fogo imediato e permanente, o acesso incondicional da ajuda humanitária, a libertação de todos os reféns e o envio de uma força de manutenção da paz sob liderança da ONU. Entre as solicitações apoiadas pela Cáritas Internacional estão também a ação penal internacional contra os responsáveis por crimes e o fim da presença ilegal de Israel nos territórios palestinos ocupados.

 (vaticannews)

Cinco conselhos da mãe de santo Agostinho para que a família volte à fé


Capa de "O Clube de Santa Mônica" Capa de "O Clube de Santa Mônica" | Sophia Institute Press
 

A autora católica Maggie Green oferece em seu livro The Saint Monica Club (O Clube de Santa Mônica) cinco conselhos para quem, como a mãe de santo Agostinho, enfrenta a dor de ter familiares afastados da fé.

A piedade e a oração contínua de santa Mônica, cuja festa é hoje (27) , levou à conversão do seu marido e da sua sogra, permitiu a entrada de dois filhos na vida religiosa e que o seu filho Agostinho chegasse a ser Doutor da Igreja

Abaixo, os conselhos de Green, inspirados na fé de santa Mônica, para esperar em Cristo por todos os familiares que estão distantes da fé.

1. Rezar sem cessar

“Preparem os santos, preparem os seus anjos da guarda, peçam às santas almas do purgatório; peçam às almas dos mortos que vocês conheceram que rezem para que esses pródigos sejam considerados merecedores das promessas de Cristo”, são as primeiras recomendações de Green.

2. Oferecer jejum e sacrifícios

Segundo a autora, santa Mônica dava esmolas e oferendas até que lhe dissessem que não, “e fez dessa obediência também uma oferta”. Por isso, seu conselho é oferecer até mesmo algo pequeno, como indício de que a sua vontade se “molda” à de Deus no ordinário, “em expiação dos pecados que ofendem a Deus”.

3. Amar seu filho pródigo

“Coma com eles, ore na presença deles, gostem ou não, e esteja totalmente presente e autenticamente fiel. Não deixe de se revestir de Cristo na sua presença, mas mostre Cristo na sua presença pela forma como você os acolhe”, diz a autora.

4. Pedir a outras pessoas para que rezem com você por eles

Isto deve ser feito, diz Green, "mesmo que não saibam que o ente querido está longe da fé", porque "cada um de nós que reza por outro revela a nossa confiança em que Deus ouve as nossas orações e procura curar aqueles que amamos independentemente do que pedimos".

5. Persistir

Green conclui dizendo que os membros do clube de Santa Mônica “entendem que Deus usa nossas vidas para encantar cada alma, e que nenhum momento – nenhum segundo de devoção, oração, amor, sacrifício ou serviço – é desperdiçado”.

“Nunca devemos desanimar, porque sempre sabemos que Deus deseja mais do que nós a sua companhia no grande banquete”, diz ela.

 (acidigital)

Homilia Diária | Quarta-feira (27/08/2025) - Memória de Santa Mônica (Mt...

SANTO DO DIA - 27 DE AGOSTO: SANTA MÔNICA

Laudes da Memória de Santa Mônica

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Pequena variação masculina. Coreografia clássica. 8 anos.

EP01 - Figura da Irmã Lúcia, «para lá da vidente», a partir do seu diário

Santa Missa | 26 de Agosto de 2025 (Terça-feira) | 07h.

Pároco da única igreja católica em Gaza desmente ordem de sair da área


Fiéis participam de missa na igreja católica romana da Sagrada Família, na Cidade de Gaza, em 20 de julho de 2025 ??
Fiéis participam da missa de domingo de manhã, celebrada pelo patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, na igreja católica romana da Sagrada Família, na Cidade de Gaza, em 20 de julho de 2025. | OMAR AL-QATTAA/AFP via Getty Images
 

O padre Gabriel Romanelli, pároco da única igreja católica de Gaza, negou na última sexta-feira (22) que houvesse uma ordem de sair da área em que fica a igreja. Vatican News, serviço de informações da Santa Sé, publicou uma reportagem sobre o assunto em 18 de agosto, que já foi apagada.

“NÃO houve nenhuma ordem de evacuação nessa área do nosso bairro”, escreveu o padre argentino em sua conta na rede social X. “Essa área chamada Cidade Velha, ainda dentro do bairro El Zeytoun, NÃO recebeu nenhuma ordem de evacuação. Estamos bem, graças a Deus. Rezemos pela paz”.

A declaração do padre está relacionada ao plano de Israel de realocar palestinos do norte de Gaza, onde fica a paróquia, para áreas designadas no sul. No início do mês, Israel revelou seu plano de ocupar Gaza.

Num vídeo também publicado no YouTube na última sexta-feira, Romanelli disse que "a situação continua ruim, o que posso dizer?".

O padre do Instituto do Verbo Encarnado disse também que "ainda há bombardeios no sul, no leste, em todos os lugares".

“Continuamos a rezar, as crianças continuam a vir, às vezes mais, às vezes menos”, disse ele. “Às vezes, estamos um pouco mais cansados ​​porque não dormimos bem. Há muito barulho à noite".

Romanelli também enfatizou que, apesar de tudo, as atividades continuam na igreja da Sagrada Família, que ele dirige: "Por exemplo, hoje vão mostrar a segunda parte da vida do padre Pio. Então isso também ajuda".

O sacerdote encorajou a continuar “rezando para que nunca vençamos o mal com o mal, mas o mal com o bem, como nos ensinou o nosso bom Deus Jesus Cristo”.

“Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem e rezem por todos, pela conversão de todos, para que possamos ter um período de paz nesta parte da Terra Santa”, disse Romanelli.

Israelenses protestam contra plano de Netanyahu de ocupar Gaza

Em Tel Aviv, Israel, centenas de milhares de pessoas protestaram contra o governo israelense no fim de semana, exigindo o fim da guerra e dizendo que o plano de Israel de ocupar Gaza poderia colocar em risco os reféns ainda mantidos pelo grupo terrorista islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza.

Israel tem um plano em etapas que inclui desarmar o Hamas, milícia radical muçulmana patrocinada pelo Irã que tomou o poder em Gaza numa guerra civil interna; libertar todos os reféns israelenses vivos e mortos ainda em poder do Hamas; desmilitarizar a Faixa de Gaza; estabelecer controle israelense temporário da região até entregar o poder a outra administração palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou sobre os protestos de 17 de agosto, que levaram a dezenas de prisões: "Aqueles que hoje pedem o fim da guerra sem derrotar o Hamas não só endurecem a posição do Hamas e atrasam a libertação de nossos reféns, mas também garantem a repetição dos horrores de 7 de outubro", referindo-se ao ataque terrorista do Hamas contra Israel em 2023, que matou 1,2 mil pessoas e deu início à guerra.

Na missa de domingo, 17 de agosto, na igreja da Sagrada Família, uma explosão danificou um tanque de água próximo, embora não tenha havido feridos.

“Mais um domingo de guerra”, disse Romanelli.

 (acidigital)