quarta-feira, 30 de julho de 2025

Quarta-feira, 30 de Julho de 2025 11h00 Missa, na Basílica da Santíssim...

Três irmãos celebram 25 anos de sacerdócio em Portugal


Os três irmãos padres Adriano, José e Paulo Borges Os três irmãos padres Adriano, José e Paulo Borges | Agência Ecclesia
 

Os padres Adriano, José e Paulo Borges celebraram na sexta-feira (25) 25 anos de ordenação sacerdotal, na igreja matriz de Ponta Delgada, em São Miguel, diocese de Angra, Portugal. Os três são irmãos. José e Paulo são gêmeos. Eles foram ordenados juntos em 25 de julho de 2000.

O padre Adriano Borges nasceu em abril de 1974. Os gêmeos José e Paulo nasceram em fevereiro de 1975. Atualmente, os três atuam na Ilha de São Miguel.

O padre Adriano Borges é pároco da matriz de São Sebastião de Ponta Delgada, diretor do Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral Escolar, assistente da Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja e professor convidado do Seminário Episcopal de Angra. O padre José Borges é pároco de Água de Alto, São Pedro e São Miguel, em Vila Franca do Campo, pároco in solidum da Ribeira das Taínhas e Ponta Garça e professor de Educação Moral e Religiosa Católica. O padre Paulo Borges é vigário paroquial de São Pedro, da matriz de São Miguel e de Água d’Alto, presidente da Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde e capelão do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada.

Na missa de bodas de prata sacerdotal, o padre Adriano Borges lembrou que em 25 de julho a Igreja celebra são Tiago Maior, que, com Pedro e João, foram prediletos de Jesus.

“Não é uma predileção especial, mas é simbólico, porque estamos aqui os três irmãos. Não o Pedro, o Tiago e o João, mas o Adriano, o Paulo e o José”, disse o padre, segundo a Agência Ecclesia, da Conferência Episcopal Portuguesa.

O padre Adriano disse que Jesus “escolheu os que quis” e que eram “homens com muitas fragilidades, com muitas fraquezas”.

Segundo ele, “os padres não são pessoas perfeitas”. “O padre faz a comunidade, mas a comunidade também faz o padre”, disse.

O padre Adriano ressaltou que a missão do sacerdote é “levar as pessoas a Jesus”.

“Um sacerdote que não tenha por função ou por missão, em primeiro lugar, levar as pessoas a Cristo, está a não realizar aquilo que lhe foi pedido”, disse, acrescentado que “o que foi pedido por Jesus é levar aqueles, ou todos, a Ele”.

 (acidigital)

Audiência Geral 30 de julho de 2025 - Papa Leão XIV

LEÃO XIV

AUDIÊNCIA GERAL

Praça de São Pedro
Quarta-feira, 30 de julho de 2025


Ciclo de Catequese – Jubileu 2025. Jesus Cristo Nossa Esperança. II. A vida de Jesus. As curas 12. O surdo-mudo. Profundamente perplexos, diziam: «Tudo o que faz é bem feito: faz os surdos ouvir e os mudos falar» (Mc 7,37)

Prezados irmãos e irmãs!

Com esta catequese concluímos o nosso itinerário sobre a vida pública de Jesus, feita de encontros, parábolas e curas.

Também este tempo que vivemos tem necessidade de cura. O nosso mundo é permeado por um clima de violência e ódio que aflige a dignidade humana. Vivemos numa sociedade que adoece devido a uma “bulimia” das conexões das redes sociais: estamos hiperconectados, bombardeados por imagens, às vezes até falsas ou deturpadas. Somos oprimidos por múltiplas mensagens que suscitam em nós uma tempestade de emoções contraditórias.

Neste cenário, é possível que nasça em nós o desejo de desligar tudo. Podemos chegar a preferir não sentir mais nada. Até as nossas palavras correm o risco de ser mal interpretadas e podemos ser tentados a fechar-nos no silêncio, numa incomunicabilidade onde, por mais próximos que estejamos, já não conseguimos dizer as coisas mais simples e profundas.

A este propósito, gostaria de refletir hoje sobre um texto do Evangelho de Marcos, que nos apresenta um homem que não fala e não ouve (cf. Mc 7, 31-37). Precisamente como nos poderia acontecer hoje, este homem talvez tenha decidido não falar mais porque não se sentia compreendido, e desligar todas as vozes porque se sentiu desiludido e magoado com o que ouviu. Com efeito, não é ele que vai ter com Jesus para ser curado, mas é levado por outras pessoas. Poderíamos pensar que quantos o levam ao encontro do Mestre estão preocupados com o seu isolamento. No entanto, a comunidade cristã viu nestas pessoas também a imagem da Igreja, que acompanha cada homem ao encontro de Jesus para que ouça a sua palavra. O episódio tem lugar em território pagão, portanto estamos num contexto em que outras vozes tendem a abafar a voz de Deus.

Inicialmente, o comportamento de Jesus pode parecer estranho, dado que toma aquela pessoa à parte (v. 33a). Assim, parece acentuar o seu isolamento, mas olhando bem ajuda-nos a compreender o que se esconde por detrás do silêncio e do fechamento deste homem, como se tivesse entendido a sua necessidade de intimidade e proximidade.

Jesus oferece-lhe, antes de tudo, uma proximidade silenciosa, através de gestos que falam de um encontro profundo: toca os ouvidos e a língua deste homem (cf. v. 33b). Jesus não profere muitas palavras, diz a única coisa que lhe é necessária neste momento: «Abre-te!» (v. 34). Marcos cita a palavra em aramaico, efatá, como que para nos fazer sentir o som e o sopro “ao vivo”. Esta palavra, simples e maravilhosa, contém o convite que Jesus dirige a este homem que deixou de ouvir e de falar. É como se Jesus lhe dissesse: «Abre-te a este mundo que te amedronta! Abre-te às relações que te desiludiram! Abre-te à vida que renunciaste a enfrentar!». Com efeito, fechar-se nunca é uma solução.

Depois do encontro com Jesus, aquela pessoa não só volta a falar, mas fá-lo «corretamente» (v. 35). Este advérbio inserido pelo evangelista parece querer dizer-nos algo mais sobre os motivos do seu silêncio. Talvez este homem tenha deixado de falar porque julgava dizer as coisas de modo errado, talvez não se sentisse adequado. Todos nós passamos pela experiência de ser mal interpretados e de não nos sentirmos compreendidos. Todos nós temos necessidade de pedir ao Senhor que cure o nosso modo de comunicar, não só para ser mais eficazes, mas também para evitar ferir os outros com as nossas palavras.

Voltar a falar corretamente é o início de um caminho, ainda não é o ponto de chegada. Com efeito, Jesus proíbe aquele homem de contar o que lhe aconteceu (cf. v. 36). Para conhecer verdadeiramente Jesus é preciso percorrer um caminho, é necessário estar com Ele e atravessar até a sua Paixão. Quando o tivermos visto humilhado e sofredor, quando experimentarmos o poder salvífico da sua Cruz, só então poderemos dizer que o conhecemos verdadeiramente. Não existem atalhos para ser discípulo de Jesus.

Caros irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos ensine a comunicar de maneira honesta e prudente. Oremos por todos aqueles que foram feridos pelas palavras dos outros. Rezemos pela Igreja, a fim de que nunca desista da sua tarefa de levar as pessoas ao encontro de Jesus, para que possam ouvir a sua Palavra, ser curadas por ela e, por sua vez, tornar-se portadoras do seu anúncio de salvação.

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Saudações:

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, de modo especial todos os jovens vindos a Roma dos diversos países lusófonos para o seu jubileu. Aproveitai esta experiência para levar os vossos amigos a Jesus, a fim de que o encontrem, escutem a sua palavra e o amem. Deus vos abençoe!

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APELOS

Renovo o meu profundo pesar pelo brutal ataque terrorista ocorrido na noite entre 26 e 27 de julho passado em Komanda, na parte oriental da República Democrática do Congo, onde mais de quarenta cristãos foram assassinados na igreja durante uma vigília de oração e nas suas próprias casas. Enquanto confio as vítimas à amorosa Misericórdia de Deus, rezo pelos feridos e pelos cristãos que, no mundo, continuam a sofrer violências e perseguições, exortando quantos têm responsabilidades a nível local e internacional a colaborar para prevenir tragédias semelhantes.

A 1 de agosto, comemoraremos o 50º aniversário da assinatura do Ato Final de Helsínquia. Animados pelo desejo de garantir a segurança no contexto da guerra fria, 35 países inauguraram uma nova era geopolítica, favorecendo uma reaproximação entre Oriente e Ocidente. Aquele evento marcou também um renovado interesse pelos direitos humanos, com particular atenção à liberdade religiosa, considerada um dos fundamentos da então nascente arquitetura de cooperação, de «Vancouver a Vladivostok». A participação ativa da Santa Sé na Conferência de Helsínquia – representada pelo Arcebispo Agostino Casaroli – contribuiu para promover o compromisso político e moral em prol da paz. Hoje, mais do que nunca, é indispensável preservar o espírito de Helsínquia: perseverar no diálogo, fortalecer a cooperação e fazer da diplomacia o caminho privilegiado para prevenir e resolver os conflitos.

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Resumo da catequese do Santo Padre:

Concluímos com esta catequese o nosso itinerário sobre a vida pública de Jesus. No evangelho encontramos um homem que não fala e não escuta e, portanto, vive isolado da sociedade. A iniciativa de ir ao encontro de Jesus não parte dele, mas de amigos que se preocupam com ele. A comunidade cristã viu nesses amigos uma imagem da Igreja, que acompanha cada pessoa a Jesus, a fim de que escute as suas palavras de vida eterna. Jesus toca os seus ouvidos e a sua língua e diz simplesmente uma palavra: Effathá, que quer dizer “Abre-te”. Significa não só tornar-se capaz de falar e escutar, mas sair do isolamento, abrir-se ao mundo que o rodeia e, sobretudo, à boa nova da salvação.



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Bendito seja Deus Pai de Jesus Cristo - Caminho Neocatecumenal

Homilia Diária | O tesouro escondido das Escrituras (Quarta-feira da 17ª...

SANTO DO DIA - 30 DE JULHO: SÃO PEDRO CRISÓLOGO

Laudes de Quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

terça-feira, 29 de julho de 2025

Dicas de Etiqueta Social

Leão XIV condena ataque à Igreja na África: Que o sangue desses mártires seja semente de paz


Leão XIV reza a oração do Ângelus no palácio apostólico de Castel Gandolfo ??
O papa Leão XIV reza a oração do Ângelus no palácio apostólico de Castel Gandolfo diante de fiéis e peregrinos na Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo, Itália. | Marco Iacobucci Epp
 

O papa Leão XIV condenou o ataque terrorista a uma igreja na República Democrática do Congo no último domingo (27), que matou 31 fiéis.

Um grupo armado ligado à organização terrorista Estado Islâmico invadiu a paróquia Beata Anuarite em Komanda, noroeste da República Democrática do Congo, e matou dezenas de fiéis numa vigília de oração.

Membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) invadiram a igreja na cidade de Komanda, onde atiraram em fiéis e saquearam e queimaram comércios próximos.

Num telegrama de condolências assinado pelo Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, e endereçado ao arcebispo metropolitano de Lubumbashi, Fulgence Muteba Mugalu, presidente da Conferência Episcopal Congolesa, Leão XIV expressou sua “consternação e profunda aflição” pelo massacre.

“O Santo Padre se une ao luto das famílias e da comunidade cristã gravemente atingidas, manifestando-lhes sua proximidade e assegurando-lhes sua oração”, diz o telegrama. "Essa tragédia nos convida ainda mais a trabalhar pelo desenvolvimento humano integral da população ferida dessa região".

Leão XIV pede a Deus "que o sangue desses mártires seja semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para todo o povo congolês".

Por fim, o papa concede sua bênção apostólica à paróquia da Beata Anuarite de Komanda, “em particular às famílias enlutadas, assim como às filhas e filhos da República Democrática do Congo e à nação como um todo”.

 (acidigital)

Palestina: ONU tenta relançar a solução de dois Estados


A conferência, promovida pela França e pela Arábia Saudita, visa promover o reconhecimento de um Estado palestino. O secretário-geral da ONU, António Guterres: ocupação da Cisjordânia é ilegal. Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou o reconhecimento formal do Estado da Palestina - tornando-se assim o primeiro país do G7 a tomar essa medida. Um dos objetivos da conferência é pressionar outros países europeus a reconhecerem o Estado da Palestina

Vatican News

Guterres: não há segurança na ocupação

O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu a conferência com um severo alerta à comunidade internacional, dizendo: "estamos em um ponto de ruptura; a solução de dois Estados nunca esteve tão distante". Em seguida, Guterres denunciou a "anexação ilegal e insidiosa" da Cisjordânia e a destruição em larga escala de Gaza, chamando-as de "intoleráveis". O secretário-geral da ONU convidou a repelir a "falsa escolha" entre a segurança israelense e os direitos palestinos: "Não há segurança na ocupação. Não podemos esperar por condições perfeitas: precisamos criá-las". O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, reverberou suas palavras, falando de "anos de espera" e "imenso sofrimento", apelando a uma "verdadeira intervenção internacional" e expressando a esperança de que a conferência marcasse um ponto de virada concreto. "Chega de ignorar a vida e a dignidade dos palestinos: somos seres humanos", declarou. Mustafa também propôs o envio, por meio de uma resolução do Conselho de Segurança, de uma força internacional temporária para garantir um cessar-fogo e proteger os civis palestinos.

Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou o reconhecimento formal do Estado da Palestina — tornando-se assim o primeiro país do G7 a tomar essa medida — e o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, reiterou em Nova York que essa medida diplomática deve ser entendida como "uma rejeição à lógica da guerra e um apelo global à construção da paz". Um dos objetivos da conferência, que se conclui esta quarta-feira, 30 de julho, é pressionar outros países europeus a reconhecerem o Estado da Palestina.


 (vaticannews)

SAUDAÇÃO DO PAPA LEÃO XIV
AOS INFLUENCIADORES CATÓLICOS E MISSIONÁRIOS DIGITAIS

Basílica de São Pedro
Terça-feira, 29 de juljo de 2025


[Em italiano] Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A paz esteja convosco!

Queridos irmãos e irmãs, começamos com esta saudação: a paz esteja convosco!

E quanta necessidade temos de paz neste nosso tempo dilacerado por inimizades e guerras! E quanto nos chama a dar testemunho hoje a saudação do Ressuscitado: «A paz esteja convosco!» (Jo 20, 19). A paz esteja com todos nós. Nos nossos corações e nas nossas ações.

Esta é a missão da Igreja: anunciar a paz ao mundo! A paz que vem do Senhor que venceu a morte, que nos traz o perdão de Deus, que nos dá a vida do Pai, que nos mostra o caminho do Amor!

1. Esta é a missão que a Igreja hoje confia também a vós; que estais aqui em Roma para o vosso Jubileu; que viestes renovar o vosso compromisso de alimentar as redes sociais e os ambientes digitais com a esperança cristã. A paz deve ser procurada, anunciada, partilhada em toda a parte; quer nos dramáticos cenários de guerra, quer nos corações esvaziados de quem perdeu o sentido da existência e o gosto pela interioridade, o gosto pela vida espiritual. E hoje, talvez mais do que nunca, temos necessidade de discípulos missionários que levem ao mundo o dom do Ressuscitado; que, indo até aos confins da terra (cf. Act 1, 3-8), deem voz à esperança que Jesus vivo nos dá; que cheguem a todos os lugares onde houver um coração que espera, um coração que procura, um coração que sente necessidade. Sim, até aos confins da terra, até às fronteiras existenciais onde não há esperança.

[Em inglês] 2. Há um segundo desafio nesta missão: procurar sempre a “carne sofredora de Cristo” em cada irmão e irmã que encontrardes nos espaços digitais. Hoje, encontramo-nos numa nova cultura profundamente caracterizada e formada pela tecnologia. Cabe-nos a nós – cabe a cada um de vós – assegurar que esta cultura permaneça humana.

A ciência e a tecnologia influenciam a nossa maneira de viver no mundo, até ao ponto de afetar a compreensão que temos de nós mesmos e o modo como nos relacionamos com Deus, como nos relacionamos entre nós. Mas nada do que provém do homem e da sua criatividade deve ser usado para diminuir a dignidade do outro. A nossa missão – a vossa missão – é cultivar a cultura do humanismo cristão, e fazê-lo juntos. Esta é para todos nós a beleza da “rede”.

Perante as mudanças culturais, ao longo da história, a Igreja nunca ficou passiva; sempre procurou iluminar cada época com a luz e a esperança de Cristo, discernindo o bem do mal e o que era bom daquilo que precisava de ser mudado, transformado e purificado.

Hoje, estamos numa cultura em que a dimensão tecnológica está presente em quase tudo, especialmente à medida em que o amplo uso da inteligência artificial marcará uma nova era na vida dos indivíduos e da sociedade no seu todo. Este é o desafio que devemos enfrentar: refletindo sobre a autenticidade do nosso testemunho, sobre a nossa capacidade de ouvir e de falar; de compreender e de ser compreendido. Temos o dever de trabalhar juntos para desenvolver um pensamento, desenvolver uma linguagem que, sendo frutos do nosso tempo, deem voz ao Amor.

Não se trata apenas de gerar conteúdos, mas de criar um espaço de encontro de corações. Isto permitirá procurar aqueles que sofrem, aqueles que necessitam conhecer o Senhor, para que suas feridas possam ser curadas, para que se reergam e encontrem um sentido para suas vidas. Este processo começa sobretudo com a aceitação da nossa própria pobreza, deixando de lado qualquer tipo de pretensão e reconhecendo que a nossa inerente necessidade do Evangelho. E este processo é um empenho comunitário.

[Em espanhol] 3. E isto leva-nos a um terceiro apelo, e por isso faço este apelo a todos vós: “Ide consertar as redes”. Jesus chamou os seus primeiros apóstolos quando eles estavam a consertar as suas redes de pescadores (cf. Mt 4, 21-22). Ele pede-nos também a nós, aliás pede-nos hoje, que construamos outras redes: redes de relações, redes de amor, redes de intercâmbio gratuito, nas quais a amizade seja autêntica e seja profunda. Redes onde se possa consertar o que está partido, onde se possa curar a solidão, sem se importar com o número de seguidores [os followers], mas experimentando em cada encontro a grandeza infinita do Amor. Redes que deem espaço ao outro mais do que a nós mesmos, onde nenhuma “bolha de filtros” possa apagar a voz dos mais fracos. Redes que libertem, redes que salvem. Redes que nos façam redescobrir a beleza de nos olharmos uns dos outros, olhos nos olhos. Redes de verdade. Assim, cada história de bem compartilhada será o nó de uma única e imensa rede: a rede das redes, a rede de Deus.

Sede vós, então, agentes de comunhão, capazes de quebrar a lógica da divisão e da polarização; do individualismo e do egocentrismo. Ponde a Cristo no centro, para vencer a lógica do mundo, das fake news e da frivolidade, com a beleza e a luz da Verdade (cf. Jo 8, 31-32).

[Em italiano] E agora, antes de me despedir com a Bênção, confiando o vosso testemunho ao Senhor, quero agradecer-vos por todo o bem que fizestes e fazeis nas vossas vidas, pelos sonhos que levais adiante, pelo vosso amor ao Senhor Jesus e pelo vosso amor à Igreja, pela ajuda que dais a quem sofre, pelo vosso caminhar nas estradas digitais.



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EN VIVO desde el Vaticano | Misa de Bienvenida – Jubileo de los Jóvenes ...

Jubileu dos Jovens, Cáritas aposta inverter a curva da pobreza

🎼Salmo 18dom TC- Ó Senhor, Vós tendes sido o nosso refúgio- Manuel Luís ...

Seu caso não está perdido (Jo 11,19-27) Palavra de Deus | Irmã Maria Raq...

SANTO DO DIA - 29 DE JULHO: SANTA MARTA

Liturgia das Horas: Laudes - Santos Marta, Maria e Lázaro - 29 de julho

domingo, 27 de julho de 2025

Angelus 27 de julho de 2025 - Papa Leão XIV

LEÃO XIV

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo 27 de julho de 2025


Queridos irmãos e irmãs: Bom Domingo!

Hoje, o Evangelho apresenta-nos Jesus a ensinar aos seus discípulos o Pai-Nosso (cf. Lc 11, 1-13): a oração que une todos os cristãos. Nela, o Senhor convida a dirigirmo-nos a Deus chamando-lhe “Abbá”, “paizinho”, como crianças, com «simplicidade [...], confiança filial, [...] ousadia [...], certeza de ser amado» (Catecismo da Igreja Católica, 2778).

A este propósito, o Catecismo da Igreja Católica diz, com uma expressão muito bela, que «pela oração do Senhor, nós somos revelados a nós próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai» (ibid., 2783). E é verdade: quanto mais confiantes rezamos ao Pai do Céu, tanto mais nos descobrimos filhos amados e tanto mais conhecemos a grandeza do seu amor (cf. Rm 8, 14-17).

O Evangelho de hoje descreve os traços da paternidade de Deus por meio de algumas imagens sugestivas: a de um homem que se levanta no meio da noite para ajudar um amigo a acolher uma visita inesperada; ou a de um pai que tem o cuidado de dar coisas boas aos seus filhos.

Estas imagens recordam-nos que Deus nunca nos vira as costas quando nos dirigimos a Ele, nem mesmo se chegamos tarde para bater à sua porta, talvez depois de erros, de oportunidades perdidas, de fracassos, nem mesmo se, para nos acolher, Ele tiver de “acordar” os seus filhos que dormem em casa (cf. Lc 11, 7). Pelo contrário, na grande família da Igreja, o Pai não hesita em tornar-nos todos participantes de cada um dos seus gestos de amor. O Senhor escuta-nos sempre que rezamos, e, se por vezes nos responde em momentos e formas difíceis de compreender, é porque age com uma sabedoria e uma providência maiores, que estão para além da nossa compreensão. Por isso, mesmo nestes momentos, não deixemos de rezar; e rezar com confiança: n'Ele encontraremos sempre luz e força.

No entanto, ao recitarmos o Pai-Nosso, além de celebrarmos a graça da filiação divina, exprimimos também o nosso compromisso de corresponder a esse dom, amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo. Um dos Padres da Igreja, meditando sobre isto, escreve: «Devemos saber e lembrar que, se dizemos que Deus é Pai, precisamos agir como filhos» (S. Cipriano de Cartago, A oração do Senhor, 11), e outro acrescenta: «Não pode chamar de Pai ao Deus de toda a bondade quem conserva um coração cruel e indócil; pois assim já não possui em si a marca daquela bondade do Pai celeste» (S. João Crisóstomo, Homilia sobre a porta estreita e a oração do Senhor, 3). Não se pode rezar a Deus como “Pai” e depois ser duro e insensível para com os outros. Pelo contrário, é importante deixarmo-nos transformar pela sua bondade, pela sua paciência, pela sua misericórdia, para refletir o seu rosto no nosso como em um espelho.

Queridos irmãos e irmãs, a liturgia de hoje convida-nos, na oração e na caridade, a sentirmo-nos amados e a amar como Deus nos ama: com disponibilidade, discrição, solicitude recíproca, sem cálculos. Peçamos a Maria que saibamos responder este chamamento, para manifestar a doçura do rosto do Pai.

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Após o Angelus

Queridos irmãos e irmãs!

Hoje é celebrado o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos com o tema: “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”. Olhemos para os avós e os idosos como testemunhas da esperança, capazes de iluminar o caminho das novas gerações. Não os deixemos sozinhos, mas forjemos com eles uma aliança de amor e de oração.

O meu coração está próximo de todos aqueles que sofrem devido aos conflitos e à violência no mundo. Em particular, rezo pelas pessoas envolvidas nos confrontos na fronteira entre a Tailândia e o Camboja, especialmente pelas crianças e pelas famílias deslocadas. Que o Príncipe da Paz inspire todos a procurar o diálogo e a reconciliação.

Rezo pelas vítimas da violência no sul da Síria.

Acompanho com grande preocupação a gravíssima situação humanitária em Gaza, onde a população civil é esmagada pela fome e continua exposta à violência e à morte. Renovo o meu apelo sincero ao cessar-fogo, à libertação dos reféns e ao respeito integral dos direitos humanos.

Cada pessoa humana tem uma dignidade intrínseca que lhe foi conferida pelo próprio Deus: exorto as partes em todos os conflitos a reconhecê-la e a cessar qualquer ação contrária a ela. Exorto a negociar um futuro de paz para todos os povos e a rejeitar tudo o que possa prejudicá-lo.

Confio a Maria, Rainha da Paz, as vítimas inocentes dos conflitos e os governantes que têm o poder de pôr-lhes fim.

Saúdo a Rádio Vaticano/Vatican News que, para estar mais perto dos fiéis e dos peregrinos durante o Jubileu, com o Osservatore Romano, inaugurou uma pequena estação sob a colunata de Bernini. Obrigado pelo serviço em tantas línguas, que leva a voz do Papa ao mundo. E obrigado a todos os jornalistas que contribuem para uma comunicação de paz e de verdade.

Saúdo todos vós, vindos da Itália e de muitas partes do mundo, especialmente os avôs e as avós de San Cataldo, os jovens frades capuchinhos da Europa, os crismandos da unidade pastoral de Grantorto-Carturo, os jovens de Montecarlo di Lucca e os escuteiros de Licata.

Saúdo com particular afeto os jovens de diversos países, vindos a Roma para o “Jubileu dos Jovens”. Faço votos de que seja uma ocasião para cada um encontrar Cristo e ser por Ele fortalecido na fé e no compromisso de O seguir com coerência.

[Em inglês] Saúdo os fiéis de Kearny (New Jersey), o grupo do ‘Catholic Music Awards’ e a Academia de verão da EWTN. Saúdo também com particular afeto os jovens de vários países que se reuniram em Roma para o Jubileu dos Jovens, que começa amanhã. Espero que esta seja uma oportunidade para cada um de vós de encontrar Cristo e de ser fortalecido por Ele na vossa fé e no vosso compromisso de seguir a Cristo com integridade de vida.

[Em espanhol] Saúdo com especial afeto os jovens provindos de diferentes países e reunidos em Roma para o “Jubileu dos Jovens”. Espero que seja para cada um deles uma ocasião para encontrar Cristo e ser fortalecidos por Ele na fé e no compromisso de segui-lo com coerência.

Esta noite terá lugar a procissão de Nossa Senhora “fiumarola” sobre o rio Tibre: que os participantes nesta bela tradição mariana aprendam da Mãe de Jesus a praticar o Evangelho na vida quotidiana!

Desejo a todos um bom domingo!



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Missa do XVII Domingo do Tempo Comum na Sé de Angra do Heroísmo

Este é o dia que fez o Senhor - Caminho Neocatecumenal

Laudes do 17º Domingo do Tempo Comum

sábado, 26 de julho de 2025

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 26....

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BELCHIOR | ESPECIAL ACN | SANTOFLOW PODCAST #335

O POVO QUE CAMINHA NAS TREVAS - Isaias 9, 1-5

Homilia Diária | As virtudes dos avós de Jesus (Mem. de São Joaquim e Sa...

Hoje a Igreja celebra são Joaquim e sant’Ana, padroeiros dos avós

São Joaquim e santa'Ana ??
São Joaquim e santa'Ana | ACI Digital
 

Hoje (26) é celebrada na Igreja Católica a festa dos pais da santíssima Virgem Maria e avós de Jesus, são Joaquim e sant’Ana.

Ambos os santos, chamados padroeiros dos avós, foram pessoas de profunda fé e confiança em Deus; foram os encarregados de educar no caminho da fé sua filha Maria, alimentando seu amor pelo Criador e preparando-a para sua missão.

Bento XVI, em um dia como este em 2009, destacou – através das figuras de ssão Joaquim e sant’Ana – a importância do papel educativo dos avós, que na família “são os depositários e muitas vezes as testemunhas dos valores fundamentais da vida”.

Em 2013, quando estava no Rio de Janeiro (Brasil) para a Jornada Mundial da Juventude, coincidindo sua estadia com esta data, o papa Francisco destacou que “são Joaquim e sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!”.

“Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de são Joaquim e sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família”, acrescentou o papa.

 

Laudes da Memória de São Joaquim e Sant'Ana, pais de Nossa Senhora

sexta-feira, 25 de julho de 2025

🔴DIRECTO | MISA EN HONOR DEL PATRÓN DE ESPAÑA EN LA CATEDRAL DE SANTIAGO...

DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO 2025



MENSAGEM DO PAPA LEÃO XIV 
PARA O 111º DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO 2025

[4-5 de outubro de 2025]

Migrantes, missionários de esperança

Queridos irmãos e irmãs,

O 111º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que o meu predecessor quis fazer coincidir com o Jubileu dos Migrantes e do Mundo Missionário, oferece-nos a oportunidade de refletir sobre a relação entre esperança, migração e missão.

O atual contexto mundial é tristemente marcado por guerras, violência, injustiças e fenómenos meteorológicos extremos, que obrigam milhões de pessoas a deixar a sua terra natal em busca de refúgio noutros lugares. A tendência generalizada de cuidar exclusivamente dos interesses de comunidades circunscritas constitui uma séria ameaça à partilha de responsabilidades, à cooperação multilateral, à realização do bem comum e à solidariedade global em benefício de toda a família humana. A perspectiva de uma nova corrida ao armamento e o desenvolvimento de novas armas, incluindo aquelas nucleares, a pouca consideração pelos efeitos nefastos da atual crise climática e as profundas desigualdades económicas tornam cada vez mais difíceis os desafios do presente e do futuro. 

Perante as previsões de devastação global e cenários assustadores, é importante que cresça no coração de cada vez mais pessoas o desejo de esperar um futuro de dignidade e paz para todos os seres humanos. Esse futuro é parte essencial do projeto de Deus para a humanidade e para o resto da criação. Trata-se do futuro messiânico antecipado pelos profetas: «Velhos e velhas sentar-se-ão ainda nas praças de Jerusalém; cada um terá na mão o seu bastão, por causa da sua muita idade. As praças da cidade ficarão cheias de meninos e meninas que brincarão nelas. […] Semearei a paz: a vinha dará o seu fruto, a terra os seus produtos e o céu o seu orvalho» (Zc 8, 4-5.12). E este futuro já começou, porque foi inaugurado por Jesus Cristo (cf. Mc 1, 15 e Lc 17, 21) e nós cremos e esperamos a sua plena realização, pois o Senhor sempre cumpre as suas promessas.

O Catecismo da Igreja Católica ensina: «A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens» (nº 1818). E é certamente a busca da felicidade – e a expectativa de a encontrar em outro lugar – uma das principais motivações da mobilidade humana contemporânea.

Esta ligação entre migração e esperança revela-se claramente em muitas das experiências migratórias dos nossos dias. Muitos migrantes, refugiados e deslocados são testemunhas privilegiadas da esperança vivida no quotidiano, através da sua confiança em Deus e da sua capacidade de suportar as adversidades, em vista de um futuro em que vislumbram a aproximação da felicidade e do desenvolvimento humano integral. Renova-se neles a experiência itinerante do povo de Israel: «Ó Deus, quando saíste à frente do teu povo, avançando pelo deserto, a terra tremeu e a chuva caiu do céu, na presença do Deus do Sinai, na presença de Deus, o Deus de Israel. Fizeste cair, ó Deus, a chuva com abundância; restauraste as forças à tua herança extenuada. O teu povo ficou restabelecido, e Tu, ó Deus, reconfortaste o pobre com a tua bondade» (Sl 68, 8-11).

Num mundo obscurecido por guerras e injustiças, mesmo onde tudo parece perdido, os migrantes e refugiados erguem-se como mensageiros de esperança. A sua coragem e tenacidade são testemunho heroico de uma fé que vê além do que os nossos olhos podem ver e que lhes dá força para desafiar a morte nas diferentes rotas migratórias contemporâneas. Também aqui é possível encontrar uma clara analogia com a experiência do povo de Israel errante no deserto, que enfrenta todos os perigos confiando na proteção do Senhor: «Ele há-de livrar-te da armadilha do caçador e do flagelo maligno. Ele te cobrirá com as suas penas; debaixo das suas asas encontrarás refúgio; a sua fidelidade é escudo e couraça. Não temerás o terror da noite, nem da seta que voa de dia, nem da peste que alastra nas trevas, nem do flagelo que mata em pleno dia» (Sl 91, 3-6).

Os migrantes e refugiados lembram à Igreja a sua dimensão peregrina, em permanente busca da pátria definitiva, sustentada por uma esperança que é virtude teologal. Sempre que a Igreja cede à tentação da “sedentarização” e deixa de ser civitas peregrina – povo de Deus peregrino rumo à pátria celeste (cf. Agostinho, De civitate Dei, Livro XIV-XVI), deixa de estar «no mundo» e torna-se «do mundo» (cf. Jo 15, 19). Trata-se de uma tentação já presente nas primeiras comunidades cristãs, a ponto de o apóstolo Paulo ter de recordar à Igreja de Filipos que «a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde certamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao seu corpo glorioso, com aquela energia que o torna capaz de a si mesmo sujeitar todas as coisas» (Fl 3, 20-21).

Hoje, os migrantes e refugiados católicos podem, de modo particular, tornar-se missionários de esperança nos países que os acolhem, levando adiante novos caminhos de fé onde a mensagem de Jesus Cristo ainda não chegou ou iniciando diálogos inter-religiosos feitos de quotidianidade e busca de valores comuns. Com o seu entusiasmo espiritual e a sua vitalidade, podem contribuir para revitalizar comunidades eclesiais endurecidas e sobrecarregadas, nas quais avança de forma ameaçadora o deserto espiritual. A sua presença deve, portanto, ser reconhecida e apreciada como uma verdadeira bênção divina, uma oportunidade para se abrir à graça de Deus, que dá nova energia e esperança à sua Igreja: «Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos» (Heb 13, 2).

Como sublinhou São Paulo VI, o primeiro elemento da evangelização é geralmente o testemunho: «Todos os cristãos são chamados a dar este testemunho e podem ser, sob este aspecto, verdadeiros evangelizadores. E aqui pensamos de modo especial na responsabilidade que se origina para os migrantes nos países que os recebem» (Evangelii nuntiandi, 21). Trata-se de uma verdadeira missio migrantium – missão realizada pelos migrantes –, para a qual deve ser assegurada uma preparação adequada e um apoio contínuo, fruto de uma eficaz cooperação intereclesial.

Por outro lado, também as comunidades que os acolhem podem ser um testemunho vivo de esperança, entendida como promessa de um presente e de um futuro em que seja reconhecida a dignidade de todos como filhos de Deus. Dessa forma, os migrantes e refugiados são reconhecidos como irmãos e irmãs, parte de uma família em que podem expressar os seus talentos e participar plenamente na vida comunitária.

Por ocasião deste Dia Jubilar, em que a Igreja reza pelos migrantes e refugiados, quero confiar à proteção maternal da Virgem Maria, Socorro dos migrantes, todos os que estão a caminho, assim como aqueles que se esforçam em acompanhá-los, para que Ela mantenha viva nos seus corações a esperança e os sustente no seu empenho em construir um mundo que se assemelhe cada vez mais ao Reino de Deus, a verdadeira pátria que nos espera no fim da nossa viagem.

Vaticano, na Festa de São Tiago Apóstolo, 25 de julho de 2025

LEÃO PP. XIV



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Hoje é festa de são Tiago Maior, apóstolo e padroeiro da Espanha


São Tiago Maior São Tiago Maior
 

Hoje (25) a Igreja celebra a festa de são Tiago Maior, um dos doze apóstolos escolhidos pelo Senhor e que é representado vestido como um peregrino ou como um soldado montado em um cavalo branco em atitude de luta. São Crisóstomo disse que ele foi o apóstolo mais ousado e corajoso.

O “filho do trovão”, como Jesus chamou Tiago e seu irmão são João evangelista, é padroeiro da Espanha e de sua cavalaria, assim como dos peregrinos, veterinários, equitadores e de várias cidades do mundo. Algumas cidades inclusive levam o seu nome em países como Chile, República Dominicana, Cuba entre outros.

O nome de são Tiago vem das palavras Sant Iacob, do hebraico Jacob. Durante as batalhas, os espanhóis costumavam gritar “Sant Iacob, ajude-nos” e, ao dizê-lo rápido e repetitivamente, soava como são Tiago.

Foi testemunho com João e Pedro da transfiguração do Senhor no Monte Tabor, da pesca milagrosa e da oração de Jesus no Jardim do Getsêmani, entre as passagens mais representativas.

A tradição conta que chegou à Espanha para proclamar o Evangelho. A catedral de Santiago de Compostela é considerada seu principal santuário, para onde milhares de pessoas peregrinam todos os anos, desejosos de percorrer o Caminho de Compostela.

Em 9 de novembro de 1982, quando são João Paulo II visitou esta catedral espanhola, fez um chamado à Europa para reavivar os “valores autênticos”, porque os outros continentes “olham para ti e esperam também de ti a mesma resposta que são Tiago deu a Cristo: ‘Eu posso’”.

“Eu, sucessor de Pedro na Sé de Roma, uma Sé que Cristo quis colocar na Europa e que ama pelo seu esforço na difusão do Cristianismo no mundo; Eu, bispo de Roma e pastor da Igreja universal, de Santiago, te lanço, velha Europa, um grito cheio de amor: Volta a encontrar-te. Sê tu mesma. Descobre as tuas origens. Reaviva as tuas raízes”, expressou o santo polonês.

O apóstolo Tiago é conhecido também por ter preparado o caminho para que a Virgem Maria fosse reconhecida como um “Pilar” da Igreja.

O papa Francisco, em fevereiro de 2014, ao refletir sobre os conflitos armados, assinalou que são Tiago nos dá um conselho simples: “Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês”.

 

Cântico dos três jovens - Daniel 3, 57-88

Liturgia das Horas: Laudes - São Tiago - 25 de julho

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Papa aos dominicanos: “escutar atentamente o Espírito Santo"

O Papa Leão XIV escreveu nos dias passados uma mensagem aos Priores Provinciais Dominicanos - Ordem dos Pregadores - por ocasião do Capítulo Geral em Cracóvia, Polônia, de 17 de julho a 8 de agosto, na qual assegura ao padre geral Gerard Francisco Timoner III e a todos os participantes a sua proximidade na oração.

Silvonei José – Vatican News

O Santo Padre destacou na sua mensagem aos Priores Provinciais Dominicanos, que, ao se reunirem durante este Ano Jubilar, confia que estes dias de graça sejam uma oportunidade de renovação, enraizada na esperança que nunca desilude e no conhecimento de que o Senhor os chamou como pregadores para proclamar a Boa Nova em meio aos desafios únicos de hoje (cf. Rm 5, 5; Mt 10, 7).

O tema que vocês escolheram, - evidenciou o Papa - abordar de maneira mais específica as suas diversas formas de pregação a “quatro públicos” – aqueles que ainda não conhecem Jesus, os fiéis cristãos, aqueles que se afastaram da Igreja e os jovens que se encontram nessas situações –, é particularmente oportuno. Rezo, – escreveu Leão XVI - para que as suas deliberações os permitam escutar atentamente o Espírito Santo, que continua a guiar a Igreja na plenitude da verdade (cf. Jo 16, 13).

O Santo Padre espera ainda “que este tempo juntos fortaleça o compromisso de servir o Corpo de Cristo na forma de vida evangélica escolhida por São Domingos. “Que a sua experiência compartilhada de fraternidade e oração fortaleça os laços de comunhão que os unem como dominicanos e os inspire a viver cada vez mais plenamente a sua vocação de pregadores contemplativos. Desta forma, fiéis ao carisma e à espiritualidade do seu fundador, vocês continuarão sem dúvida a realizar a sua missão no coração da Igreja.

O Papa conclui a sua mensagem encomendando o Capítulo Geral à intercessão de Nossa Senhora do Rosário, e concedendo de coração a sua bênção apostólica a todos os membros da Ordem, como penhor de sabedoria, alegria e paz no Senhor.

(vaticannews)

 

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Podemos esperar surpresas maravilhosas, diz padre sobre Jubileu dos Jovens


Praça de São Pedro ??
Cerca de um milhão de peregrinos são esperados na missa do Jubileu dos Jovens. Imagem referencial. | Daniel Ibáñez/EWTN
 

As ruas de Roma estão prestes a vibrar ao ritmo das mochilas, dos tênis, dos bonés, da música e da fé alegre de milhares de jovens de todos os cantos do mundo que já estão fazendo as malas para participar do Jubileu dos Jovens.

A megacelebração do grande jubileu começará na próxima segunda-feira (28).

"Certamente podemos esperar algumas surpresas maravilhosas", disse Graziano Borgonovo, subsecretário do Dicastério para a Evangelização, à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

O padre italiano é o mentor da organização dos 35 megaeventos ligados ao Ano Santo, trabalhando para o Dicastério para a Evangelização. O evento para jovens será "o mais impressionante" e "o mais significativo em termos numéricos".

Borgonovo não quer diminuir a importância do evento, mas ressalta que houve outros momentos ao longo do ano em que os jovens também foram protagonistas.

“Alguns dos que vêm já participaram de outros eventos jubilares, como o Jubileu das Famílias ou o Jubileu dos Movimentos, Associações e novas Comunidades”, diz o sacerdote.

Esse será o primeiro grande encontro do papa Leão XIV com os jovens da Igreja. "Será certamente um encontro importante do ponto de vista numérico", enfatiza Borgonovo.

O Dicastério para a Evangelização ainda não publicou formalmente os números sobre o número total de peregrinos que devem participar do encontro, mas o bispo Borgonovo prevê que "cerca de um milhão de peregrinos chegarão" para a missa com Leão XIV em 3 de agosto na Universidade Tor Vergata.

A vasta esplanada da universidade, com cerca de 800.000 m², é famosa por sediar a Jornada Mundial da Juventude em 2000, com o papa são João Paulo II, que reuniu cerca de dois milhões de jovens do mundo todo.

Do ponto de vista logístico, uma estrutura projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, originalmente destinada a ser uma "cidade esportiva", foi reformada.

"O antigo complexo esportivo, construído anos antes e que corria o risco de cair em desuso, foi inaugurado recentemente”, diz Borgonovo. “Agora, será o centro operacional".

O maquinário preparatório para a organização dessa grande festa da fé foi posto em ação há cerca de um ano, e um trabalho meticuloso foi feito.

"Várias pessoas vêm trabalhando arduamente há muito tempo para garantir que tudo funcione em várias frentes", diz o subsecretário do Dicastério.

500 mil pedidos de alojamento

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Entre os principais aspectos logísticos, ele destacou que "cerca de 500 mil pedidos de acomodação" já haviam sido recebidos há meses. Os jovens passarão a noite principalmente em instalações organizadas pelas dioceses e paróquias da região do Lácio: escolas, centros paroquiais, centros esportivos, colégios religiosos e até instalações militares adaptadas para a ocasião.

Graças à estreita colaboração entre o Dicastério para a Evangelização, a Conferência Episcopal Italiana e as autoridades locais, foi criada uma rede de hospitalidade que cobrirá não só Roma, mas também seus arredores, garantindo abrigo, segurança e hospitalidade para todos os peregrinos.

Participação significativa da América Latina

Borgonovo enfatizou que a participação da América Latina no evento será significativa.

"Cerca de mil pessoas virão do Peru... Há cerca de cinco mil inscritos do Brasil, além de Colômbia, Argentina e Chile", diz o sacerdote, embora tenha dito que, devido à proximidade geográfica, a maioria dos jovens virá de países europeus como França, Polônia e Espanha.

"Estamos muito felizes com a sua vinda; estamos prontos para recebê-los”, enfatizou Borgonovo. “Queremos acolher essa jovem expressão da Igreja que, graças a Deus, vive em todas as partes do mundo".


 

Hoje é celebrado são Charbel Makhlouf, exemplo de vida consagrada e mística


São Charbel Makhlouf ??
São Charbel Makhlouf | ACI Digital
 

São Charbel Makhlouf foi um asceta e religioso do Líbano pertencente ao rito maronita e o primeiro santo oriental canonizado desde o século XIII.

Este santo nasceu em 8 de maio de 1828 em Beqaa-Kafra, o lugar habitado mais alto do Líbano. Cresceu com o exemplo dos seus tios, ambos eremitas. Aos 23 anos, deixou sua casa em segredo e entrou no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfuq, tomando o nome de uma mártir sírio: Charbel.

Fez os votos solenes em 1853 e foi ordenado sacerdote em 1859 por dom José Al Marid, sob o patriarcado de Paulo I Pedro Masad. Fixou como sua residência o mosteiro de São Maron, em Annaya, que se encontra a 1067 metros acima do nível do mar.

Padre Charbel viveu nessa comunidade por 15 anos, sendo um monge exemplar, dedicado à oração, ao apostolado e à leitura espiritual.

Tempos depois, sentiu o chamado à vida eremita e, em 13 de fevereiro de 1875, recebeu a autorização para colocá-la em prática. Desde esse momento até a sua morte em 1898, dedicou-se à oração (rezava 7 vezes por dia a Liturgia das Horas), à ascese, à penitência e ao trabalho manual. Comia uma vez por dia e permanecia em silêncio.

A única perturbação à sua oração vinha pela quantidade de visitantes que chegavam atraídos por sua reputação de santidade. Esses buscavam conselho, a promessa de oração ou algum milagre.

Foi beatificado pelo papa Paulo VI em 5 de dezembro de 1965, durante o encerramento do Concílio Vaticano II, e sua canonização aconteceu em 9 de outubro de 1977, durante o Sínodo Mundial dos Bispos.

Sua devoção se estendeu no Líbano, mas também cruzou fronteiras até a América.

 

Laudes de Quinta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum

quarta-feira, 23 de julho de 2025

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PADRE FRANCISCO AMARAL | APARIÇÕES MARIANAS NO BRASIL | SANTOFLOW PODCAS...

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 23....

O capelão hospitalar na Ucrânia: “sob as bombas, com fé e resiliência”

As ações militares no país continuam sem trégua, os ataques não poupam nem mesmo as crianças. Padre Yaroslav Rokhman exerce seu ministério no centro perinatal de Ivano-Frankivsk e conta sobre o medo das mulheres obrigadas a descer para os abrigos durante os bombardeios do exército russo, mas também sobre o esforço de viver cada dia com normalidade. “As pessoas estão todas cansadas, mas mesmo assim continuam se movimentando, fazendo planos, e continuam vivendo”.

Svitlana Dukhovych – Vatican News

A situação na Ucrânia continua difícil, com ataques aéreos no terreno. Uma criança de 10 anos foi morta e cinco pessoas ficaram feridas durante um ataque russo na cidade de Kramatorsk. No final da noite de segunda-feira (21/07), um ataque com um drone atingiu a comunidade de Putyvl, ferindo 13 pessoas, incluindo uma criança de 5 anos. Em Odessa, ouviram-se fortes explosões.

As ações desses dias seguem o grave ataque ocorrido na noite de 21 de julho, quando a Rússia lançou 426 drones e 24 mísseis, atingindo várias regiões, em particular Kiev, Kharkiv e Ivano-Frankivsk. Na capital, pelo menos 6 bairros sofreram incêndios e destruição. Edifícios residenciais, uma creche, um supermercado e armazéns foram danificados. O prefeito de Ivano-Frankivsk (no oeste da Ucrânia), Ruslan Martsinkiv, falou sobre o ataque mais intenso à região desde o início da invasão em grande escala.

Uma noite de medo

À mídia vaticana, o sacerdote greco-católico de Ivano-Frankivsk, Pe. Yaroslav Rokhman, relatou sua preocupação tanto com sua família (ele é casado e tem dois filhos) quanto com os paroquianos, mas também com as pacientes e os médicos do Centro Regional Pré-natal, onde ele atua como capelão. “Durante toda a noite ouvia-se o forte barulho das explosões”, afirmou ele, “obviamente eu estava muito preocupado com meus filhos, porque a minha filha de 8 anos estava em pânico. Descemos para o porão e foi difícil convencê-la de que estávamos em um lugar seguro. Eu pensava em todas as crianças que estavam em situação semelhante ou pior. Porque pelo menos nós moramos em uma casa particular, mas muitas famílias moram em prédios altos e para elas é muito difícil descer para os abrigos”. O padre Roman lembrou que, no início da guerra, eles também moravam em um condomínio e muitas vezes tinham que correr para um porão e dormir lá vestidos com suas roupas.

Os temores das mulheres grávidas

O jovem padre também estava preocupado com as pacientes do centro perinatal que, durante os bombardeios, são levadas para o porão do hospital. “Não há espaço suficiente para todas. Elas precisam de boas condições”, diz ele, “não de um porão adaptado como abrigo”. O padre greco-católico explica que as sensações que se experimentam durante os bombardeios são de grande medo e impotência. “O barulho é tão forte que percebemos que se trata de algo próximo, estamos indefesos, não podemos fazer nada. Você tem medo pela sua vida, pela vida dos seus filhos, pela vida de outras pessoas queridas: amigos, paroquianos, vizinhos. É extremamente perturbador e hoje muitos ucranianos estão passando por isso. Ao mesmo tempo, chega um novo dia e percebemos que devemos deixar esse medo para trás e seguir em frente com coragem para enfrentar um novo dia, para recomeçar o nosso trabalho”.

À missa apesar dos ataques

Depois de uma noite tão difícil, o sacerdote decidiu não cancelar a missa das 8h e, enquanto se dirigia à igreja, percebeu que a maioria dos cidadãos tinha feito o mesmo. “Vi um engarrafamento de carros”, conta, “e fiquei impressionado com o fato de tantas pessoas terem ido trabalhar. Isso me fez pensar na resiliência e na força do nosso povo. Hoje estamos todos cansados porque ficamos acordados a noite toda e é muito difícil começar o dia, mas, apesar de tudo, as pessoas se movimentam e continuam fazendo planos, continuam vivendo”.

Desde o início da invasão russa em grande escala, os padres, tanto greco-católicos quanto romano-católicos, estão constantemente ao lado da população, cuidando das feridas físicas e espirituais. “Um bombardeio tão intenso provoca estresse e, naturalmente, surge uma certa agressividade”, explica o capelão. “O que nós, pastores, tentamos lembrar às pessoas é que, neste momento, é muito importante parar essa agressão interna e entender que a resistência aos ataques deve ser baseada no amor pela pátria, pela família. Toda a raiva que tenho, tudo o que se acumulou em mim também durante esta noite – eu também sou um ser humano e também tenho emoções – tento transformá-la em serviço às pessoas”.

A força da normalidade

Pe. Roman lembra que, quando a guerra começou, em 24 de fevereiro de 2022, uma amiga sua, cujo marido é militar, postou nas redes sociais a foto de um funcionário da limpeza e escreveu: “este homem iluminou o meu dia”, porque na manhã do primeiro dia de guerra ele saiu e limpou o pátio, como se nada tivesse acontecido. “Enquanto no início da guerra estávamos mais propensos a entrar em pânico ou a nos envolver em alguma atividade voluntária, talvez de forma caótica, hoje – afirma o padre – fazer realmente o nosso dever, fazer bem o nosso trabalho, é muito importante para não perder a estabilidade e seguir em frente”.

A atitude de resiliência também caracterizou a reação dos fiéis greco-católicos da aldeia de Vasiuchyn, quando, em 29 de junho de 2025, fragmentos de um míssil russo danificaram o campanário e as janelas de sua igreja Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio. O Pe. Rokhman observou que esta aldeia não só está muito longe da linha da frente, mas também do centro da região de Ivano-Frankivsk. «Aconteceu ao amanhecer de um domingo, e é claro que era impossível entrar na zona da paróquia e na igreja. Mas os fiéis se reuniram na praça, um pouco mais distante do local onde os fragmentos do míssil caíram, e rezaram juntos, pedindo paz a Deus e agradecendo-lhe por nada grave ter acontecido. As pessoas não entraram em pânico, mas conseguiram se reunir para rezar”.


 

Leão XIV de volta ao Vaticano: "Continuemos a promover a paz"


Ao deixar a residência de Castel Gandolfo, o Papa respondeu a perguntas dos jornalistas, afirmando que foram "férias de trabalho", em que nunca deixou de acompanhar os eventos da atualidade.

Vatican News

O Papa Leão está de volta ao Vaticano depois de transcorrer pouco mais de duas semanas em Castel Gandolfo.

Ao deixar a residência apostólica de verão, o Pontífice foi abordado por jornalistas e respondeu a algumas questões, sendo uma delas sobre sua presença em locais de sofrimento, como Gaza. Eis a sua resposta:

"Na verdade, existem muitos lugares onde eu pessoalmente gostaria de ir, porém não é necessariamente a fórmula para encontrar uma resposta. É preciso encorajar todos a abandonar as armas, deixar também todo o comércio que está por trás de toda guerra. Muitas vezes, com o tráfico de armas, as pessoas se tornam apenas instrumentos sem valor. Sobre isso devemos insistir, sobre a dignidade de todo ser humano, cristão, muçulmano, de todas as religiões. Somos todos filhos de Deus, criados à imagem de Deus. Portanto, continuaremos com esse esforço".

Sobre a estada em Castel Gandolfo, o Santo Padre disse que voltará em breve e declarou-se satisfeito com o acolhimento recebido. "Pude mudar um pouco de ares", mas foram "férias de trabalho", em que nunca deixou de seguir os eventos da atualidade. "Graças a Deus, a voz da Igreja ainda é importante, continuemos a promover a paz."

(vaticannews)

 

Política suíça vai a julgamento por atirar em imagem de Nossa Senhora e Jesus


Zurique ??
Zurique, Suíça. | Gianfranco Vivi/Shutterstock
 

Promotores suíços apresentaram acusações criminais contra uma vereadora de Zurique e ex-líder do Partido Verde Liberal depois que ela publicou imagens de si mesma disparando cerca de 20 tiros contra uma imagem cristã representando Nossa Senhora e o Menino Jesus.

Segundo o jornal suíço 20 Minuten, o Ministério Público de Zurique acusa Sanija Ameti de menosprezar publicamente as crenças religiosas e perturbar a paz religiosa, crime previsto no artigo 261 do Código Penal Suíço.

O código penaliza qualquer pessoa “que insulte ou zombe publicamente e maliciosamente das convicções religiosas de outros, e em particular de sua crença em Deus, ou profane maliciosamente objetos de veneração religiosa”.

O incidente ocorreu em setembro do ano passado, quando Ameti usou uma pistola de pressão para atirar numa reprodução da pintura Madona com o Menino e o Arcanjo Miguel, do século XIV, do artista Tommaso del Mazza.

A parlamentar teria atirado a cerca de dez metros de distância, mirando deliberadamente nas cabeças de Maria e de Jesus.

Ameti, que se identifica como ateia nascida muçulmana, postou fotos da imagem profanada na rede social Instagram, escrevendo na legenda da publicação a palavra "abschalten" — termo alemão que significa "desligar", mas que, no contexto de atirar nos rostos de Maria e Jesus, foi entendido por alguns como um ato simbólico de apagamento ou eliminação.

As imagens da profanação, entre elas um close dos buracos de bala, provocaram indignação imediata e generalizada.

No total, 31 pessoas apresentaram queixas criminais. Ameti renunciou ao cargo de liderança no Partido Verde Liberal de Zurique e deixou o partido em janeiro. Ela ainda atua como membro independente do conselho municipal de Zurique.

Na época, Ameti reagiu à indignação nas redes sociais com uma curta postagem na rede social X.

“Peço perdão a todos aqueles ofendidos pela minha publicação”, escreveu ela, dizendo que inicialmente não havia reconhecido o significado religioso das imagens e depois as apagou ao perceber.

Segundo a acusação, o Ministério Público de Zurique considera que o ato foi uma "encenação pública" deliberada que constituiu um "desrespeito desnecessário, depreciativo e prejudicial" às crenças dos cristãos, com potencial para perturbar a paz religiosa.

O movimento cívico suíço Mass-Voll, que apresentou uma das queixas originais, descreveu o incidente como “uma clara incitação à violência contra cristãos”.

Nicolas Rimoldi, presidente do movimento, disse que, à luz do aumento da violência contra cristãos em toda a Europa, tais atos aumentam as chances de novos ataques, informou a mídia suíça.

Ameti até agora não comentou publicamente sobre a acusação.

Reação da Conferência Episcopal Suíça

Na época, a Conferência Episcopal Suíça condenou o ato como "inaceitável", dizendo que ele expressava "violência e desrespeito à pessoa humana" e causava "profunda dor entre os fiéis católicos".

A conferência episcopal enfatizou que "mesmo à parte da representação religiosa da Mãe de Deus", o ato revelou "uma falta fundamental de respeito pela dignidade humana", disse a Conferência Episcopal Suíça.

O bispo de Chur, Suíça, Joseph Bonnemain, diz que Ameti lhe escreveu pessoalmente para expressar remorso.

Em resposta, ele ofereceu publicamente seu perdão e pediu aos católicos e fiéis de outras religiões que fizessem o mesmo.

“Como eu poderia não perdoá-la?”, disse Bonnemain.

 

De novo nos dedicamos ao serviço do papa, dizem trabalhadores de Castel Gandolfo


Vista aérea do palácio papal de Castel Gandolfo ??
Vista aérea do palácio papal de Castel Gandolfo, perto de Roma, Itália. O palácio apostólico é um complexo de edifícios que foi por séculos uma residência de verão do papa e tem vista para o lago Albano. | Stefano Tammaro/Shutterstock
 

O papa Leão XIV encerra hoje (22) seu período de descanso na vila papal de Castel Gandolfo, Itália, um palácio fortificado do século XVII às margens do lago Albano.

Leão XIV retomou a tradição de passar o verão em Castel Gandolfo abandonada pelo papa Francisco.

“Recuperamos o papel essencial que a Direção das Vilas Pontifícias desempenhou nos últimos cem anos: acompanhar os papas em seus períodos de descanso", disse Andrea Tamburelli, chefe da Direção das Vilas Pontifícias.

“Depois de anos dedicados principalmente à manutenção, voltamos a nos dedicar integralmente a servir o Santo Padre”, diz ele.

Foram cerca de duas semanas marcadas pela tranquilidade, pelo contato com a natureza e também por compromissos de trabalho. Por exemplo, o papa interrompeu seu descanso em 9 de julho para receber o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Nessa e em outras ocasiões, para garantir que tudo corresse conforme o planejado, uma equipe interna altamente coordenada foi mobilizada, liderada por Tamburelli.

"Nossa principal missão era preparar adequadamente os espaços onde o papa recebia seus convidados, assim como acompanhá-los e acomodá-los", disse ele em entrevista publicada no site do Governatorato da Cidade do Vaticano.

A vila papal foi convertida em museu turístico em 2016 por ordem do papa Francisco.

A colaboração entre os diversos departamentos também teve a reforma dos espaços disponíveis para os funcionários que cuidam do papa: o quartel da Guarda Suíça, o quartel-general da Gendarmaria e as instalações da equipe médica.

"Graças a todos eles, nos sentimos mais protegidos e seguros nesses dias", disse o diretor.

“Todos fizeram o possível para oferecer ao papa Leão XIV um período de descanso tranquilo na villa Barberini”, disse Tamburelli.

De fato, a presença do papa mudou completamente a rotina diária em Castel Gandolfo.

"O departamento mais envolvido foi, sem dúvida, o da floricultura, responsável por auxiliar os papas em suas estadias", diz o diretor.

Os serviços técnicos também trabalharam intensamente, atentos a qualquer necessidade hidráulica ou elétrica.

Outra menção especial vai para os jardineiros, "que com grande cuidado prepararam as áreas verdes, tornando-as acolhedoras para os passeios do Santo Padre".

Apesar do aumento da jornada de trabalho, "tudo foi feito com alegria e um sorriso, felizes pela tão esperada presença do papa em Castel Gandolfo".

A Direção das Vilas Pontifícias também assumiu a gestão das tarefas logísticas de outros eventos públicos, como a oração do Ângelus e o fornecimento de tudo o que era necessário para que o papa celebrasse a missa.

Leão XIV expressou seu desejo de se hospedar nos apartamentos da Villa Barberini, uma das residências papais no complexo das vilas pontifícias de Castel Gandolfo, que também precisava de uma reorganização operacional. O Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano agiu "de forma muito eficaz para tornar os apartamentos confortáveis e funcionais", diz Tamburelli.

“Demonstramos ser um corpo unido e bem coordenado, sob a firme liderança dos órgãos dirigentes”, conclui o diretor. “Houve momentos de atividade frenética, mas alcançamos plenamente nossos objetivos".