terça-feira, 12 de agosto de 2025
A incrível história de um sacerdote ordenado em um campo de concentração nazista


Por Redação central
12 de ago de 2025 às 00:15
Durante a Segunda Guerra Mundial, o campo de concentração nazista de Dachau, localizado na Alemanha, era o lugar para onde os membros do clero eram enviados. Foi neste local de dor e morte que aconteceu um incrível evento: a ordenação de um sacerdote católico.
A história do beato Karl Leisner é narrada no livro “La Baraque des prêtres, Dachau, 1938-1945” (O Pavilhão dos Padres, Dachau, 1938-1945) , escrito pelo jornalista francês Guillaume Zeller.
Karl Leisner nasceu na Alemanha em 1915 e cresceu na cidade de Cléveris. Desde jovem sentiu o chamado ao sacerdócio e ingressou no seminário de Munique quando tinha 19 anos. Nesse tempo, também se uniu ao movimento apostólico de Schoenstatt, ao qual pertenceu até a sua morte.
Em 1939, foi ordenado diácono, mas contraiu tuberculose e teve que ser internado em um hospital. Em novembro desse mesmo ano, Leisner foi preso pela Gestapo, a polícia secreta nazista, porque um companheiro o delatou por criticar Hitler.
Foi transferido a uma prisão na cidade de Freiburg e, em 14 de dezembro de 1941, os nazistas o enviaram ao campo de concentração de Dachau.
Em seu livro, Zeller assinalou que entre os anos de 1938 e 1945, foram enviados a esse campo de concentração 2576 sacerdotes, seminaristas e monges católicos. Desses, 1034 faleceram nessa prisão.
Zeller indicou que nesse local os nazistas se dedicavam a “desumanizar e degradar os prisioneiros” e afirmou que “o campo de Dachau continua sendo o maior cemitério de sacerdotes católicos no mundo”.
As duras condições de vida do campo de concentração fizeram com que a saúde de Leisner piorasse. Entretanto, o jovem nunca perdeu a alegria. Segundo narra uma biografia sua publicada no site de Schoenstatt, o beato era “capaz de alegrar e atrair os outros” e animava os prisioneiros tocando o violão que seus amigos conseguiram lhe enviar.
A tuberculose o debilitava cada vez mais e o jovem sentia que se reduziam as possibilidades de que fosse ordenado sacerdote. Mas, tudo mudou quando o bispo da diocese francesa de Clermont-Ferrand, dom Gabriel Piguet, chegou como prisioneiro em 6 de setembro de 1944.
Como somente o bispo pode conceder a ordenação sacerdotal, Leisner pediu a um sacerdote belga, padre Leo de Coninck, que intercedesse em seu favor ante dom Piguet. O bispo aceitou com a condição de que esta ordenação tivesse a autorização do Arcebispo de Munique, Cardeal Michael Faulhaber, porque era a ele que Leisner devia obediência.
O trâmite para conseguir a autorização foi realizado por uma jovem chamada Josefa Imma Mack, que anos mais tarde se tornaria religiosa. Mack conhecia os sacerdotes e religiosos que estavam presos em Dachau porque alguns desses vendiam às pessoas as flores e frutas que cultivavam lá.
O ‘Catholic Herald’ narrou que esta jovem conseguiu entregar aos prisioneiros as cartas nas quais o cardeal Faulhaber concedia a autorização para ordenar Leisner sacerdote. Conseguiu inclusive o óleo do crisma, uma estola e os livros litúrgicos.
Graças à intervenção diplomática do Vaticano, os nazistas autorizaram que se construíssem uma capela no Bloco 26 do campo de concentração de Dachau. O sacrário, o altar, os bancos e os candelabros foram elaborados com materiais disponíveis na prisão. A primeira missa foi celebrada em 21 de janeiro de 1941.
Em seu livro, Guillaume Zeller descreveu que a cerimônia de ordenação do beato Leisner, realizada em 17 de dezembro de 1944, “teve um impacto duradouro entre os sacerdotes que estiveram presentes”.
Nesse dia, o jovem diácono usava a alva sobre o uniforme de listras que os prisioneiros usavam. Até mesmo alguns dos paramentos do bispo, como a casula e a mitra, foram feitos pelos próprios sacerdotes prisioneiros.
A ordenação de Leisner também motivou vários gestos de solidariedade por parte de protestantes e judeus. Um grupo de pastores ajudou a organizar a cerimônia e um violinista judeu se ofereceu para tocar perto da capela para gerar uma distração.
Dom Piguet escreveu em suas memórias que ao presidir a celebração sentiu “como se esta tivesse sido na minha catedral ou na capela do meu seminário. Nada, não faltava nada no que diz respeito à grandeza religiosa de tal ordenação, que é provavelmente única nos anais da história”.
Padre Leisner presidiu sua primeira e única missa em 26 de dezembro de 1944, porque sua saúde se agravou. Foi libertado do campo de concentração em 4 de maio de 1945, cinco meses depois de sua ordenação.
Nessa época, sua doença estava na fase final e passou as últimas semanas de sua vida em um hospital em Munique, onde morreu rodeado por sua família em 12 de agosto daquele mesmo ano.
As últimas palavras que escreveu em seu diário foram: “Abençoa, oh Altíssimo, também os meus inimigos!”.
Padre Karl Leisner foi beatificado por são João Paulo II em 23 de junho de 1996, em Berlim, junto com padre Bernhard Lichtenberg, que morreu em 1943, enquanto era transferido para Dachau.
(acidigital)
Grupo para acolher judeus convertidos ao catolicismo é lançado em Israel

11 de ago de 2025 às 16:15
Um grupo dedicado a fornecer um espaço acolhedor para judeus convertidos ao catolicismo foi lançado em Israel.
A Associação de Católicos Hebreus celebrou seu lançamento oficial com uma missa na sexta-feira (8), véspera da festa de sua padroeira, santa Teresa Benedita da Cruz, que era uma judia convertida ao catolicismo.
O exarca católico siríaco de Jerusalém, bispo Yaacoub Camil Afram Antoine, foi o anfitrião do evento e celebrou a missa, que aconteceu na igreja católica siríaca de Santo Tomás, em Jerusalém.
Yarden Zelivansky, judeu convertido ao catolicismo e membro das Forças de Defesa de Israel (FDI) que trabalhou para trazer a Associação de Católicos Hebreus para Israel, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que cerca de 30 pessoas compareceram ao evento.
Zelivansky disse que espera que, à medida que o grupo cresça, seus principais eventos planejados ao longo do ano atraiam mais pessoas.
“Aqui em Israel, escolhemos como padroeiro local santo Ângelo de Jerusalém, que era um judeu convertido à fé e cresceu em Jerusalém”, disse Zelivansky, destacando o histórico de evangelização do santo carmelita com a comunidade judaica local.
“Quase todos os santos católicos hebreus são carmelitas”, disse.
A Associação de Católicos Hebreus foi fundada pelo padre carmelita Elias Friedman, OCD, um judeu convertido ao catolicismo que vivia no mosteiro Stella Maris no monte Carmelo, em Haifa, Israel.
O grupo planeja fazer vários eventos, como a celebração do dia de santo Ângelo, além da observância de alguns dos principais feriados judaicos. "Planejamos ver como podemos celebrar [os feriados judaicos] à luz de Cristo", disse Zelivansky.
“Muitos de nós vemos na liturgia judaica e nos feriados judaicos, visto que são originários do Antigo Testamento, elementos cristológicos muito, muito fortes”, disse. “Por isso, planejamos celebrar todos esses feriados de um modo modificado, que revele Cristo que já está neles, como o vemos”.
Como apostolado leigo, o grupo não criará paróquias nem facilitará os sacramentos. O vicariato de São Tiago, o Justo, fundado de forma semelhante para católicos de língua hebraica e que faz parte do Patriarcado Latino de Jerusalém, já está em funcionamento para fazer isso.
“Estamos tentando criar esse espaço onde nos concentraremos mais na cultura judaica, que pode ou não ser em hebraico”, disse ele. “Há muitas pessoas que vieram da União Soviética nos últimos anos e cuja identidade judaica é muito importante para elas, então podemos acabar tendo atividades em russo também. Nosso foco não é linguístico, é cultural”.
Além de ter o apoio do patriarcado siríaco, Zelivansky se encontrou e garantiu a aprovação do grupo com o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, OFM, e vários outros líderes de comunidades de fé menores dentro da Igreja, os quais, segundo ele, "estão todos muito animados para ver onde isso vai dar".
Como a maioria do grupo é canonicamente latina, Zelivansky disse que queria a aprovação do patriarca. "Acho que nunca conheci alguém que não fosse de origem judaica e que entendesse tão bem essa questão", disse Zelivansky sobre Pizzaballa. No encontro, ele disse ter conversado com Pizzaballa sobre o grupo, a teologia, o estado atual da Igreja e o papa Leão XIV.
“Foi uma conversa maravilhosa”, disse. “[Pizzaballa] é um homem encantador, e foi realmente um prazer ver o quanto ele entende essa questão”.
Recepção em Israel
As reações à Associação dos Católicos Hebreus provavelmente serão "mistas", segundo Zelivansky. "Como qualquer outro país da região, Israel é composto por muitas subculturas diferentes".
Por exemplo, disse, embora os judeus seculares provavelmente permaneçam indiferentes, a comunidade judaica religiosa pode discordar do grupo, não por ser uma comunidade cristã, mas por ser uma comunidade de judeus convertidos. No entanto, ele disse que o objetivo da associação não é evangelizar, mas sim alcançar judeus já convertidos.
No fim das contas, para o que Zelivansky está "mais animado" é ver como os cristãos ortodoxos que têm origem judaica ou judeus messiânicos reagirão à associação.
“Acho que o que muita gente não entende é que os judeus historicamente rejeitaram o cristianismo, não só pela teologia, mas também pela cultura”, disse. “Porque, para os judeus, sua herança e cultura não são só uma questão étnica”.
Os judeus frequentemente "rejeitaram o cristianismo porque foram forçados a se assimilar ou porque se esperava que se assimilassem quando isso acontecesse", disse Zelivansky. "E é inimaginável que deixem de ser judeus porque é a herança que receberam de Deus".
Hoje é celebrado o beato Inocêncio XI, papa


Por Redação central
12 de ago de 2025 às 00:01
O beato Inocêncio XI foi o papa número 240 da Igreja, entre 1676 e 1689, e é considerado por alguns como o pontífice mais importante do século XVII.
Nasceu em 16 de maio de 1611, no norte da Itália, com Como. Realizou seus primeiros estudos na mesma cidade, com os jesuítas e, depois, na universidade La Sapienza de Roma e na Universidade da Nápoles, doutorando-se nesta última em direito civil e direito canônico (1639).
Não se tem dados sobre sua vocação e sua ordenação sacerdotal. Em 1645, o papa Inocêncio X o nomeou cardeal diácono de são Cosme e Damião.
Durante seu pontificado, teve vários problemas com cardeais franceses e com o rei Luiz XIV da França, pois não respeitava os direitos da Igreja. Este último convocou em assembleia o clero francês determinando que a Igreja passaria a ser uma instituição submissa ao Estado. Por isso, o pontífice decidiu excomungar o clero.
Inocêncio XI foi um homem asceta, bondoso e generoso com os pobres, lutou fortemente contra o nepotismo do clero, embora esta prática acabaria logo no pontificado de Inocêncio XII, em 1692.
Além disso, reformou a administração da cúria e ordenou as finanças do Vaticano.
Também escreveu sobre a Eucaristia, matéria de moral e de sistemas morais, assim como do sigilo da confissão.
Após uma longa enfermidade, morreu em 12 de agosto de 1689, no Palácio do Quirinal, o que gerou tristeza em todo o povo romano; foi sepultado em São Pedro.
Inocêncio XI foi beatificado por Pio XII em 7 de outubro de 1956. Sua festa é celebrada hoje (12), aniversário de sua morte.
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Conheça a basílica de santa Clara onde se encontra o crucifixo que falou a são Francisco


Por Redação central
11 de ago de 2025 às 01:00
A basílica de Santa Clara em Assis guarda o crucifixo que falou a são Francisco de Assis.
A igreja foi construída após a morte de santa Clara, entre 1257 e 1265, perto da antiga igreja de São Jorge onde se encontravam os restos mortais de são Francisco até 1230.
Naquela época também foi construído o mosteiro no qual as clarissas se mudaram de São Damião em 1260, carregando várias relíquias e também o crucifixo que falou a são Francisco.
O crucifixo é de estilo bizantino e ficava inicialmente na igreja de São Jorge.
Atualmente, o crucifixo fica guardado na capela de São Jorge. O Cristo desse crucifixo falou a são Francisco e pediu-lhe para “reparar” a Igreja.
Além disso, na cripta da igreja estão guardados os restos mortais de santa Clara, a primeira e mais fiel discípula de são Francisco. Atrás da cripta, estão expostas algumas relíquias franciscanas importantes, por exemplo, algumas túnicas humildes usadas por são Francisco e santa Clara, uma blusa bordada de santa Clara e algumas mechas de cabelo de santa Clara cortadas por são Francisco.
A fachada da basílica de Santa Clara está composta por pedra branca e rosa do Monte Subasio; a estrutura interior é uma só nave, como a igreja superior de São Francisco, que possui uma abside poligonal. Na nave existem duas capelas laterais com Santa Inês de Assis e São Jorge.
Além disso, do lado esquerdo, há oito tábuas de madeira, feitas em 1238, que mostram relatos da vida de santa Clara.
O convento de clausura de santa Clara situa-se ao lado do vale com um claustro ao qual se acede a partir da antiga cripta da igreja de São Jorge.
Publicado originalmente em ACI Stampa.
Cinco dados sobre santa Clara de Assis


Por Redação central
11 de ago de 2025 às 01:00
Hoje (11) é celebrada a festa de santa Clara de Assis, cofundadora das clarissas pobres e primeira abadessa de São Damião.
A seguir, apresentamos cinco dados sobre a vida desta grande santa.
1. É padroeira da televisão e das telecomunicações
No final dos anos 1950, a televisão estava se tornando uma das formas mais importantes de comunicação da sociedade moderna.
Por isso, o papa Pio XII quis oferecer a bênção e a proteção da Igreja para essa nova tecnologia. Assim, em 1958, publicou a Carta Apostólica proclamando santa Clara como padroeira da televisão.
Nesta, proclama-se que a Igreja apoia a inovação tecnológica, o progresso e recomenda o uso da tecnologia moderna para a proclamação do Evangelho. Reconhece que a televisão é capaz tanto do bem quanto do mal, por isso precisa de um santo padroeiro para a proteção espiritual.
O papa escolheu santa Clara de Assis (do século XIII) pela seguinte razão: conta a história que, em um Natal, santa Clara estava doente e não conseguia sair de sua cama para assistir à missa.
No entanto, milagrosamente, Deus lhe deu uma visão da Eucaristia em seu convento em tempo real, algo parecido a uma “televisão espiritual”.
2. Foi grande amiga de são Francisco de Assis
Na audiência geral de 15 de setembro de 2010, o papa Bento XVI afirmou que "principalmente no início da sua experiência religiosa, Clara encontrou em Francisco de Assis não apenas um mestre cujos ensinamentos devia seguir, mas inclusive um amigo fraterno".
Quando Clara tinha 18 anos, são Francisco foi à igreja de São Giorgio de Assis para pregar durante a Quaresma. Clara, depois de ouvir esta pregação, sentiu dentro de si uma chama que iluminou seu coração e logo a fez implorar a São Francisco para ajudá-la a viver também "segundo o modo do Santo Evangelho".
São Francisco, que depois reconheceu em Clara uma das almas escolhidas destinadas por Deus para grandes coisas, prometeu ajudá-la e tornou-se seu guia espiritual.
Em 1212, Clara fugiu de sua casa e se dirigiu para a Porciúncula (Itália), onde entrou para fazer parte da Ordem dos Irmãos Menores. Clara prometeu obedecer a São Francisco em tudo. Algum tempo depois, ela e suas seguidoras se mudaram para o convento de São Damião, onde a santa permaneceu 41 anos até o dia de sua morte.
Nesse mesmo ano, santa Clara e são Francisco de Assis fundaram a segunda ordem franciscana ou das irmãs clarissas.
3. É a primeira e única mulher a escrever uma regra de vida religiosa para mulheres
Bento XVI indicou que “Clara foi a primeira mulher na história da Igreja que compôs uma Regra escrita, submetida à aprovação do papa, para que o carisma de Francisco de Assis fosse conservado em todas as comunidades femininas que se iam estabelecendo em grande número já naquela época e que desejavam se inspirar no exemplo de Francisco e de Clara”.
Sua decisão de escrever uma regra foi uma mudança radical das normas religiosas de seu tempo. Só depois de insistir, o Papa Inocêncio IV a aprovou, dois dias antes da morte de Clara, em 11 de agosto de 1253.
4. Fez milagres surpreendentes com pães
Certo dia, tinham apenas um pão para 50 irmãs clarissas. Santa Clara o abençoou e, rezando todas juntas o Pai-nosso, multiplicou o pão e o repartiu a suas irmãs.
Depois, enviou a outra metade aos irmãos menores. Diante disso, afirmou: "Aquele que multiplica o pão na Eucaristia, o grande mistério da fé, por acaso lhe faltará o poder para abastecer com pão suas esposas pobres?”.
Em outra ocasião, em uma das visitas do papa Inocêncio III ao convento, santa Clara preparou as mesas e colocou nelas o pão para que o papa os abençoasse.
O papa pediu à santa que o fizesse, mas Clara se opôs rotundamente.
O papa pediu que ela fizesse o sinal da cruz sobre os pães e os abençoasse em nome de Deus. Santa Clara, como verdadeira filha da obediência, abençoou muito devotamente aqueles pães com o sinal da cruz e, no mesmo instante, apareceu o sinal da cruz marcado em todos os pães.
5. Esteve doente por muitos anos
Santa Clara ficou doente por 27 anos no convento de São Damião, suportando todos os sofrimentos de sua doença. Em seu leito, bordava, fazia costuras e rezava sem cessar.
O papa a visitou duas vezes e exclamou: "Eu gostaria de ter tão pouquinha necessidade de ser perdoado como a que esta santa tem".
Cardeais e bispos iam visitá-la para pedir seu conselho.
São Francisco já havia morrido, mas três dos discípulos preferidos do santo, frei Junípero, frei Ângelo e frei Leão, leram para Clara a Paixão de Jesus enquanto agonizava.
A santa repetia: “Desde que me dediquei a pensar e meditar sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, as dores e os sofrimentos não me desencorajam, mas me confortam”.
Hoje é celebrada santa Clara, padroeira da televisão


Por Redação central
11 de ago de 2025 às 00:01
A Igreja hoje (11) a memória litúrgica de santa Clara de Assis, a jovem da nobreza italiana que deixou tudo por Cristo e, junto a são Francisco, decidiu atender ao chamado de Deus.
Considerada padroeira da televisão e de seus profissionais, a santa viveu episódios em que teve a graça de ver projetadas nas paredes de sua cela cerimônias que desejava acompanhar, mas não podia por causa da enfermidade.
Santa Clara nasceu em Assis, em 1193, em uma família da nobreza italiana. Conta-se que seu nome surgiu de uma inspiração dada a sua mãe, a quem foi revelado que a filha iluminaria o mundo com sua santidade.
Quando Clara tinha 18 anos, são Francisco pregou em Assis os sermões quaresmais na Igreja de São Jorge. As palavras do “poverello” acenderam o coração da jovem, que foi lhe pedir, em segredo, que a ajudasse a viver segundo o Evangelho.
São Francisco a animou em seu desejo de deixar tudo por Cristo. No Domingo de Ramos de 1212, Clara assistiu à bênção das Palmas na Catedral. Todos os fiéis se aproximavam para receber um ramo de oliveira, mas Clara ficou em seu lugar, por timidez. Ao ver isto, o Bispo levou o ramo até onde estava. Nessa noite, fugiu de sua casa e se dirigiu ao povoado da Porciúncula, que distava dois quilômetros de onde vivia São Francisco com sua comunidade.
Neste local, Clara trocou seus finos vestidos por um hábito de penitente, que consistia em uma túnica de tecido áspero e uma corda de cinturão. São Francisco lhe cortou o cabelo. Como este não tinha fundado um convento para religiosas, conseguiu alojamento provisório para Clara no claustro das beneditinas de são Paulo, perto da Bastia.
Os parentes da jovem já tinham planejado para ela um casamento e, quando souberam o que tinha acontecido, decidiram tirá-la do convento. Conta-se que Clara se aferrou com tal força ao altar, que rasgou as toalhas quando a arrancaram de lá. A jovem descobriu a cabeça para que vissem seus cabelos cortados e disse a seus amigos que Deus a tinha chamado a seu serviço e que ela estava disposta a responder.
Em pouco tempo, a irmã de Clara, Inês, foi se unir a ela, o que desencadeou uma nova perseguição familiar. Mais tarde, são Francisco transferiu as duas para uma casa contigua à igreja de São Damião, nos subúrbios de Assis, e nomeou Clara como superiora.
Passados alguns anos, já havia vários conventos das clarissas na Itália, França e Alemanha. A beata Inês fundou uma ordem em Praga, onde tomou o hábito. Santa Clara e suas religiosas praticavam austeridades até então desconhecidas nos conventos femininos. Não usavam calçado e dormiam no chão, nunca comiam carne e só falavam quando era necessário ou por caridade. Santa Clara imitou à perfeição o espírito de pobreza de São Francisco.
A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via o santo de Assis e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja.
Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu projetado o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na Igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada padroeira da televisão e de todos os seus profissionais.
Outro momento marcante da vida desta santa se deu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exército dos turcos muçulmanos.
Em 1228, Gregório IX concedeu às clarissas o “Privilegium Paupertatis” para que ninguém pudesse obrigá-las a ter posses. Além disso, santa Clara, como verdadeira intérprete do espírito e tradição franciscanos, redigiu por sua conta uma regra que os reflete com fidelidade e que proíbe toda forma de propriedade individual ou comum. Inocêncio IV só aprovou esta regra dois dias antes da morte da santa.
Santa Clara morreu no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade. Em 1255, menos de dois anos após sua morte, foi incluída no livro dos santos pelo papa Alexandre IV.
domingo, 10 de agosto de 2025
ANGELUS - Vatican Media Live
PAPA LEÃO XIV
ANGELUS
Praça de São Pedro
Domingo, 10 de agosto de 2025
Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
No Evangelho de hoje, Jesus nos convida a refletir sobre como investir o tesouro da nossa vida (cf. Lc 12, 32-48). Ele diz: «Vendei os vossos bens e dai-os de esmola» (v. 33).
Exorta-nos, portanto, a não guardar para nós os dons que Deus nos deu, mas a empregá-los com generosidade para o bem dos outros, especialmente daqueles que mais precisam da nossa ajuda. Não se trata apenas de partilhar as coisas materiais de que dispomos, mas de colocar à disposição as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia. Enfim, tudo aquilo que faz de cada um de nós, nos desígnios de Deus, um bem único, sem preço, um capital vivo, pulsante, que precisa ser cultivado e apoiado para poder crescer, caso contrário, torna-se árido e se desvaloriza. Ou acaba-se perdendo, à mercê de quem, como um ladrão, se apropria dele para simplesmente transformá-lo num objeto de consumo.
O dom de Deus que somos não foi feito para se esgotar assim. Precisa de espaço, de liberdade, de relacionamento, para se realizar e se expressar: precisa do amor que transforma e enobrece todos os aspectos da nossa existência, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Deus. Não é por acaso que Jesus pronuncia estas palavras enquanto caminha para Jerusalém, onde na cruz se oferecerá por nossa salvação.
As obras de misericórdia são o banco mais seguro e rentável onde podemos depositar o tesouro da nossa existência, pois nelas, como nos ensina o Evangelho, com «duas moedas» até uma pobre viúva se torna a pessoa mais rica do mundo (cf. Mc 12,41-44).
Santo Agostinho, a este respeito, diz: «Se desses uma libra de bronze e recebesses uma de prata, ou se desses uma de prata e recebesses uma de ouro, te considerarias feliz. O que dás se transforma realmente; se converterá para ti não em ouro nem prata, mas em vida eterna» (Sermo 390, 2). E explica porquê: «O que destes será transformado, porque tu serás transformado» (ibid).
E para entender o que isso significa, podemos pensar numa mãe que abraça os seus filhos: não é a pessoa mais bonita e mais rica do mundo? Ou em dois namorados, quando estão juntos: não se sentem um rei e uma rainha? E poderíamos dar muitos outros exemplos.
Por isso, na família, na paróquia, na escola e nos locais de trabalho, onde quer que estejamos, procuremos não perder nenhuma ocasião para amar. Esta é a vigilância que Jesus nos pede: habituarmo-nos a estar atentos, prontos, sensíveis uns para com os outros, do modo como Ele está conosco em cada momento.
Irmãs e irmãos, confiemos a Maria este desejo e este compromisso: que Ela, a Estrela da Manhã, nos ajude a ser, num mundo marcado por tantas divisões, «sentinelas» da misericórdia e da paz, como nos ensinou São João Paulo II (cf. Vigília de Oração pela XV Jornada Mundial da Juventude, 19 de agosto de 2000) e como nos mostraram de forma tão bela os jovens que vieram a Roma para o Jubileu.
Copyright © Dicastério para a Comunicação - Libreria Editrice Vaticana

sábado, 9 de agosto de 2025
Santa Sé: comércio desleal alimenta a pobreza
Alessandro De Carolis - Vatican News
Existe um comércio de vocação saudável, que é fundado “no princípio da destinação universal dos bens”, que garante o desenvolvimento e, portanto, a dignidade. Mas, infelizmente, também existem formas de “comércio injusto”, que penalizam com regras “internacionais injustas” aqueles países estruturalmente mais fracos, que “frequentemente sofrem de uma carência de capitais, agravada frequentemente pelo peso da dívida externa”.
O arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé na ONU em Nova York, debruça-se sobre as dinâmicas de um setor fundamental e vital na era da economia globalizada, em uma declaração para a 3ª Conferência Internacional sobre os Países em Desenvolvimento sem Litoral, realizada em Awaza, no Turcomenistão, no último dia 6 de agosto.
Com as regras da solidariedade
Os países em desenvolvimento sem acesso ao mar são uma porção geográfica que mais sofre com as modalidades de um comércio incorreto, que nessas áreas chega facilmente a provocar “um intenso excesso de exploração ambiental”, levando “à fome e à pobreza”. Para contornar este cenário, afirma Dom Caccia, “o comércio deve ser moldado pelas exigências da justiça e da solidariedade” e o internacional, “oportunamente orientado, promove o desenvolvimento e pode criar novas possibilidades de emprego e fornecer recursos úteis”.
A pobreza é filha de injustiças
Assim como em muitas outras circunstâncias, o representante vaticano apela à comunidade internacional para que opte por uma vontade política concreta, em particular em favor dos países tema da conferência no Turcomenistão, que são frequentemente sobrecarregados por formas de pobreza “difusa e complexa”, que nega a “milhões de pessoas as suas necessidades fundamentais”. Esses países, recorda Dom Caccia, embora diferentes em história, cultura e economia, “enfrentam os mesmos desafios sistêmicos, incluindo encargos insustentáveis da dívida, altos custos de transporte e vulnerabilidade às mudanças climáticas e a choques externos”. A pobreza, observa ainda o prelado, “deriva de várias formas de privação cultural e da negação dos direitos culturais”, mas ela “não é inevitável; é consequência de estruturas injustas e de escolhas políticas e, por isso, pode e deve ser superada”.
Que o comércio promova o bem de todos
A pessoa humana, conclui Dom Caccia, “deve permanecer no centro de todas as estratégias de desenvolvimento”. Ele acrescenta que o comércio e o crescimento econômico “não são fins em si mesmos, mas meios para promover o desenvolvimento humano integral de cada pessoa e o progresso do bem comum”.
Os LLDCs abrigam +600 milhões de pessoas
Os 32 Países em Desenvolvimento Sem Litoral (LLDCs) do mundo abrigam +600 milhões de pessoas. Estes países enfrentam grandes obstáculos ao desenvolvimento devido à falta de acesso ao mar e ao isolamento geográfico. Dos 32 países classificados como LLDCs, 16 pertencem ao continente africano, designadamente, Botswana, Burkina Faso, Burundi, República Centro-Africana, Chade, Essuatíni, Etiópia, Lesoto, Malawi, Mali, Níger, Ruanda, Sudão do Sul, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.
O que dizem três doutores da Igreja sobre vestir-se modestamente


Por Redação central
9 de ago de 2025 às 02:00
Seja na missa ou na piscina, todos são chamados a se vestir modestamente. A maneira de avaliar o ato moral de se vestir, como em qualquer teologia moral, é olhar para o próprio ato, a intenção da pessoa e as circunstâncias que a rodeiam. Por isso, compartilhamos as reflexões sobre a virtude da modéstia ao se vestir de três doutores da Igreja: santo Tomás de Aquino, são Francisco de Sales e santo Afonso Maria de Ligório.
Santo Tomás de Aquino
Santo Tomás de Aquino entendeu que a modéstia é parte da virtude da temperança (ver Suma Teológica, II-II, Q. 160), que é a virtude que nos ajuda a moderar nossos desejos.
Nesse sentido, a temperança nos ajuda a não nos exceder em nossos desejos e a agir de acordo com a razão. Por exemplo, nós a usamos para não comer demais ou muito pouco e para nos ajudar a jejuar em dias de jejum e a comer alimentos de celebração moderadamente nos feriados. A humildade é um tipo de modéstia interior: devemos ser honestos conosco mesmos que somos criaturas limitadas que precisam de Deus.
Portanto, quando santo Tomás de Aquino fala de modéstia no vestir, explica que a honestidade se reflete em nossas roupa, e que isso se aplica a homens e mulheres, meninos e meninas. O que usamos retrata algo aos demais sobre quem somos e o que estamos fazendo.
Do mesmo modo, santo Tomás cita santo Ambrósio, expressando que “o ornato do corpo não seja exagerado, mas natural; simples negligente de preferência a rebuscado; não se usem de vestes preciosas e alvejantes, mas, de roupas comuns, de modo a não faltar nada do que exige a honestidade ou a necessidade, sem se cair no exagero. Logo, pode haver virtude e vício em matéria de vestuário”.
São Francisco de Sales
Este santo tem uma explicação semelhante quando fala de elegância no vestir e enfatiza que parecer limpo e arrumado mostra respeito por si mesmo e pelos outros:
“Conserva um asseio esmerado, Filoteia, e nada permitas em ti rasgado ou desarranjado. É um desprezo das pessoas com quem se convive andar no meio delas com roupas que as podem desgostar; mas guarda-te cuidadosamente das vaidades e afetações, das curiosidades e das modas levianas. Observa as regras da simplicidade e modéstia, que são indubitavelmente o mais precioso ornamento da beleza e a melhor escusa da fealdade” (Introdução à Vida Devota, III.25).
O ponto interessante aqui é que vestir modestamente é tanto para homens quanto para mulheres e deve enfatizar a beleza que Deus lhes deu. Se colocamos uma moldura bonita em uma foto artística ou em uma pintura incrível, quanto mais cuidados deveríamos ter na maneira como vestimos nossos corpos que foram dados por Deus.
Se a modéstia é uma forma de temperança, então a pessoa não está modestamente vestida quando não está vestida de maneira moderada. Santo Tomás explica que uma falta de moderação ao se vestir é não se vestir de acordo com os costumes de nossa sociedade e de acordo com o nosso estado de vida. (ST, II-II, P. 169, Art. 1).
São Francisco de Sales também fala sobre seguir os costumes da nossa cultura: é modesto vestir-se à moda e não fazer uma demonstração de nós mesmos vestindo de uma maneira que se destaque.
Explica que, “no tocante à matéria e à forma dos vestidos, a decência só se pode determinar com relação às circunstâncias do tempo, da época, dos estados ou vocações, da sociedade em que se vive e das ocasiões” (Introdução à Vida Devota, III.25). O que usamos deve corresponder ao que estamos fazendo.
Por exemplo, não usaria botas de jardinagem e jeans cheios de lama para participar da Missa de Páscoa, nem trabalharia no jardim com a minha vestimenta de Páscoa. Deveríamos nos vestir com as roupas adequadas para saber onde estamos e o que estamos fazendo, posto que fazê-lo de outra maneira seria vestir-nos desonestamente e, portanto, sermos indecentes.
Santo Tomás explica que também é imodesto ter um apego excessivo ao que usamos, isto é, que as roupas que vestimos sejam mais importantes do que o que é realmente importante.
Por exemplo, se gastamos mais dinheiro em roupas do que deveríamos, estamos nos concentrando excessivamente na comodidade, independentemente de serem necessárias para a ocasião; assim como se gastamos muito tempo pensando e prestando atenção em como nos vestimos e como nos vemos. Poderíamos estar muito preocupados se nossas roupas estão na moda, ou se, pelo contrário, somos completamente preguiçosos em nos vestir.
É uma cortesia para com os demais vestir-se apropriadamente, tomar banho e ter cabelos limpos. Nós devemos ter humildade na forma em que nos vestimos, não buscando exagerar ou decrescer, mas estar conformes com nossa forma de vestir de acordo com nossos meios, e não desejar mais do que temos ou necessitamos.
No artigo 2 da questão 169 da Segunda Parte da Suma Teológica, santo Tomás aprofunda na discussão sobre o “adorno das mulheres”, onde analisa como os homens e as mulheres podem se induzir à luxúria de maneira intencional ou não.
Primeiro cita a carta de são Paulo a Timóteo enfatizando a moderação na vestimenta: "Do mesmo modo, quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade" (1 Timóteo 2,9-10).
Quando uma mulher está casada, é correto e modesto que se vista para mostrar ao seu esposo o seu amor por ele e sua proximidade. Da mesma forma, o esposo deve se vestir de maneira que agrade a sua esposa, do contrário, seria imodesto.
São Francisco de Sales compartilha esta opinião e acrescenta: “Uma mulher pode e deve se enfeitar melhor quando está com seu marido” e “às moças se concedem mais adornos, porque podem desejar agradar a muitos” (Introdução à Vida Devota, III.25).
Neste sentido, santo Tomás também fala sobre mulheres solteiras e termina com um ponto sobre os homens: “Mas, as mulheres, que não têm marido, nem os querem ter e vivem em estado de não os poderem ter, não podem sem pecado querer agradar aos olhos dos homens, para o fim da concupiscência, pois, seria dar-lhes o incentivo de pecar. Se, pois, ornarem-se com a intenção de despertar nos outros a concupiscência, pecam mortalmente. Se o fizerem, porém, por leviandade ou por uma certa vaidade fundada na jactância, nem sempre cometem pecado mortal, mas, às vezes, venial. E o mesmo se dá, neste ponto, com os homens” (ST, II-II, P. 169, Art. 2).
Santo Afonso Maria de Ligório
A intenção importa. Certamente é pecaminoso induzir alguém à luxúria ou desejar dar prazer luxurioso a outra pessoa. Aqui é onde os homens e as mulheres devem ter cuidado com a vestimenta.
(acidigital)
Leão XIV almoça com pobres pela primeira vez em seu pontificado

8 de ago de 2025 às 14:00
A Prefeitura da Casa Pontifícia anunciou que o papa Leão XIV vai viajar para Albano, Itália, no domingo, 17 de agosto, para celebrar a missa com os pobres.
Às 9h30, horário local, o papa chegará ao santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano, a 35 km do Vaticano e na divisa com Castel Gandolfo, para celebrar a missa com um grupo de pessoas necessitadas que recebem assistência da Cáritas.
Depois da missa, ele seguirá para Castel Gandolfo para rezar a oração do Angelus ao meio-dia na Piazza della Libertà (Praça da Liberdade).
Segundo a diocese de Albano, ele depois vai participar de um almoço com 100 pessoas de baixa renda no Borgo Laudato Si', um projeto ecológico e social inspirado na encíclica de mesmo nome do papa Francisco, morto em 21 de abril deste ano.
O bispo de Albano, Vincenzo Viva, disse ao Vatican News, serviço de informação da Santa Sé, estar "cheio de alegria" com o retorno do papa Leão XIV a Albano, onde passou as férias de verão de 7 a 22 de julho.
Ele disse também que o papa aceitou a proposta da Cáritas de almoçar com esse grupo de pessoas. "Essa é a primeira vez que Leão XIV se encontrará com os pobres em seu pontificado, e estamos muito felizes que ele esteja começando pela nossa diocese", disse Viva.
Na sexta-feira, 15 de agosto, o papa também viajará a Castel Gandolfo para celebrar a missa da solenidade da Assunção de Nossa Senhora na pontifícia paróquia de São Tomás de Vilanova. Depois da missa, ele também vai rezar o Ângelus na icônica Piazza della Liberdade.
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Dia 17 de agosto, o Papa celebrará a missa com os pobres na diocese de Albano
Vatican News
Um comunicado da Prefeitura da Casa Pontifícia informa que no domingo, 17 de agosto, às 9h30, (4h30, hora de Brasília) Leão XIV irá ao Santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano, para celebrar a Santa Missa com os pobres assistidos pela diocese e com os operadores da Caritas diocesana. Às 12h, seguirá o Angelus na Praça da Liberdade, em Castel Gandolfo.
Na pequena cidade do Lácio, o Pontífice celebrou a missa no dia 20 de julho passado, durante seu período de descanso de verão.
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Papa aos Cavaleiros de Colombo: continuem sendo esperança aos vulneráveis
Andressa Collet - Vatican News
No segundo dia da 143ª Convenção Suprema dos Cavaleiros de Colombo, o Papa Leão XIV enviou uma mensagem em vídeo aos participantes do evento que está sendo realizado de 5 a 7 de agosto na capital dos Estados Unidos, em Washington, D.C., onde vivem cerca de 3 mil cavaleiros com as suas famílias. Em milhares também estão podendo seguir o evento de caráter anual, para celebrar a caridade, a unidade e a fraternidade, em modalidade on-line, tanto pelos canais oficiais da ordem como pelos veículos católicos de comunicação em inglês e espanhol. Todos, de forma presencial ou não, que foram saudados pelo Pontífice.

A mensagem do Papa Leão XIV
Na mensagem em vídeo em inglês, o Papa refletiu sobre "a importante e essencial virtude" da esperança que orienta o Ano Jubilar, incentiva a Igreja e o mundo inteiro, e foi descrita pelo Papa Francisco como um “desejo e expectativa do bem, mesmo sem saber o que o amanhã trará consigo”. Como católicos, continuou Leão XIV, "sabemos que a fonte da nossa esperança é Jesus Cristo e que Ele enviou os seus seguidores, em todas as épocas," para disseminar esse sinal através da proclamação do Evangelho, "seja com as palavras seja com as obras". E neste Ano Santo, insistiu o Pontífice, também nós "somos chamados a ser sinais tangíveis de esperança para nossos irmãos e irmãs que vivem dificuldades de todo tipo", assim como mostrou o pároco americano que inspira até hoje os Cavaleiros de Colombo:
"O fundador de vocês, o beato Michael McGivney, compreendeu isso muito bem. Ele viu as múltiplas necessidades dos imigrantes católicos e procurou levar alívio aos pobres e sofredores através da sua fiel celebração dos sacramentos e da assistência fraterna - assistência fraterna que continua até hoje."
A Convenção deste ano, lembrou ainda o Papa em vídeo, tem como tema “Arautos da Esperança”, que convida todos Cavaleiros de Colombo "a serem sinais de esperança em suas comunidades locais, paróquias e famílias". A esse respeito, finalizou Leão XIV na mensagem, veio o apreço do Pontífice em relação aos esforços realizados "para reunir os homens em suas comunidades para a oração, a formação e a fraternidade, bem como os numerosos esforços caritativos de seus conselhos locais em todo o mundo":
“Em particular, o generoso serviço de vocês às populações vulneráveis – incluindo os nascituros, as mães grávidas, as crianças, os menos afortunados e aqueles que são atingidos pelo flagelo da guerra – traz esperança e cura a muitos e dá continuidade à nobre herança do fundador.”
(vaticannews)
Leão XIV: o papel da Igreja é ser luz, um farol de esperança para as nações
Mariangela Jaguraba – Vatican News
Teve início, nesta terça-feira (05/08), em Abidjan, Costa do Marfim, o 3° Congresso da Rede Católica Pan-Africana de Teologia e Pastoral intitulado "Caminhar juntos na esperança como Igreja Família de Deus na África".
O Papa Leão XIV enviou uma mensagem de vídeo aos participantes do evento, que prossegue até domingo, 10 de agosto, na qual agradece aos "organizadores pelo árduo trabalho desempenhado na organização deste importante encontro". "Ofereço também minhas orações aos bispos, teólogos, líderes pastorais, jovens e todos os fiéis leigos que se reuniram para refletir sobre o futuro da Igreja na África", diz o Pontífice no vídeo.
“Três anos atrás, no segundo Congresso, o Papa Francisco falou sobre a importância da fé. Agora, como parte do Jubileu deste ano, celebramos outra virtude teologal: a esperança.”
Segundo o Papa, "talvez, em certos momentos, seja dada mais ênfase às virtudes da fé e da caridade; contudo, a esperança desempenha um papel vital em nossa peregrinação terrena".
A esperança nos inspira e nos sustenta
“De fato, ela pode ser vista como a virtude que conecta as outras duas. Em certo sentido, a fé e a teologia fornecem as bases para o conhecimento de Deus, enquanto a caridade é a vida de amor que desfrutamos com Ele. No entanto, é por meio da virtude da esperança que desejamos alcançar a plenitude dessa felicidade no Céu.”
De acordo com o Papa Leão, a esperança "nos inspira e nos sustenta a nos aproximarmos cada vez mais de Deus, mesmo diante das dificuldades da vida".
A seguir, o Pontífice recorda que a África, "como qualquer outra parte do mundo, enfrenta uma série de dificuldades. Diante desses desafios e da percepção de que as coisas não mudam, é fácil desanimar".
A Igreja deve ser a luz do mundo
“No entanto, é precisamente o papel da Igreja ser a luz do mundo, uma cidade erguida sobre um monte, para ser um farol de esperança para as nações.”
A seguir, o Pontífice ressalta que o tema do congresso é particularmente pertinente. "Embora cada um de nós seja chamado a cultivar a sua própria relação pessoal com Deus, ao mesmo tempo, através do nosso batismo, somos unidos como filhos e filhas do nosso Pai Celestial", sublinha.
Responsabilidade de cuidar uns dos outros
“Temos, portanto, a responsabilidade de cuidar uns dos outros. De fato, a família é geralmente o primeiro lugar onde recebemos o amor e o apoio de que precisamos para seguir em frente e vencer as provações que a vida nos apresenta.”
O Papa os encoraja "a continuar construindo a família das Igrejas locais em seus diferentes países e regiões, para que haja redes de apoio disponíveis para todos os nossos irmãos e irmãs em Cristo, e também para a sociedade em geral, especialmente para aqueles que vivem nas periferias".
Unidade entre teologia e pastoral
O Santo Padre enfatiza "a importância de ver a unidade entre teologia e pastoral". "Devemos viver aquilo em que cremos. Cristo nos disse que veio não apenas para nos dar vida, mas para dá-la em abundância", ressalta.
O Papa diz aos participantes do 3° Congresso da Rede Católica Pan-Africana de Teologia e Pastoral que cabe a eles "trabalhar juntos para implementar programas pastorais que demonstrem como os ensinamentos da Igreja ajudam a abrir os corações e as mentes das pessoas para a verdade e o amor de Deus".
Leão XIV confia os trabalhos do encontro à intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, para que guie e inspire os participantes em seus esforços.
Oito dados sobre são Caetano, santo tão querido pelo papa Francisco


Por Redação central
7 de ago de 2025 às 01:00
Hoje (7) é celebrado são Caetano de Thiene, o sacerdote italiano fundador da Ordem dos Clérigos Regulares, ou Teatinos, conhecido como padroeiro do pão e do trabalho, muito querido pelo papa Francisco.
A seguir, apresentamos alguns aspectos de sua vida que não pode deixar de conhecer:
1. Inspirou-se nos apóstolos para fundar sua ordem
Em 1524, são Caetano fundou a Ordem dos Clérigos Regulares, ou Teatinos, junto com João Pedro Carafa (que depois seria o papa Paulo IV), Bonifácio de Colle e Paulo Consiglieri. Propôs-se a renovar o clero em sua vida apostólica, espiritual e na pregação da doutrina, tomando como modelo a vida dos apóstolos.
2. Preparou-se três meses para celebrar sua primeira missa
O amor e respeito que tinha pela missa foi tão grande que, para celebrá-la pela primeira vez, desde sua ordenação, passou três meses se preparando o melhor possível. Quando o dia chegou, ficou impressionado pelo dom tão maravilhoso do qual não se considerava digno.
3. Promoveu a comunhão frequente
Seu amor por Cristo na Eucaristia era muito profundo, estabeleceu a bênção com o Santíssimo Sacramento e promoveu a comunhão frequente. Em um de seus escritos assinalou: “Não estarei satisfeito até que veja os cristãos se aproximarem do banquete celestial com simplicidade de crianças famintas e alegres, e não cheios de medo e falsa vergonha”.
4. Impulsionou uma reforma na Igreja começando pelos próprios católicos
A crise na Igreja vivida na época de Lutero motivou são Caetano a impulsionar uma verdadeira reforma de vida e costumes dentro da Igreja, mas sem dividi-la. Quando muito queriam atacar e criticar a Igreja Católica, são Caetano lhes dizia: “A primeira coisa que deve fazer para reformar a Igreja é reformar-se a si mesmo”.
5. Teve uma grande confiança na providência divina
Os membros de sua ordem costumavam repartir todos os seus bens entre os mais pobres, a ponto de muitas vezes ficar sem ter o que comer. Um dia, são Caetano se aproximou do altar e bateu na porta do sacrário, onde estavam as hóstias consagradas e, com muita confiança, disse ao Senhor: “Jesus amado, lembro-te que hoje não temos nada para comer”. Após um momento, algumas mulas chegaram com comida e os homens que levávamos alimentos não queriam dizer de onde os tinham enviado.
6. Escolheu morrer em um madeiro como Cristo
Muito doente e desgastado de tanto dedicar sua vida ao trabalho pela santificação das almas, os médicos aconselharam que na cama de tábuas onde são Caetano dormia fossem colocado um colchão, mas o santo recusou, dizendo: “Meu salvador morreu na cruz; deixe-me pois morrer também sobre um madeiro”.
Assim, sendo superior de sua ordem, em 7 de agosto de 1547, são Caetano morreu. Suas relíquias estão na Igreja de San Paolo, em Nápoles.
7. Foi canonizado com santa Rosa de Lima, são Luís Beltrão e são Francisco de Borja
Em 12 de abril de 1671, são Caetano foi canonizado junto com santa Rosa de Lima, primeira santa da América; são Luís Beltrão, evangelizador da Colômbia; e são Francisco de Borja. Foi assim que são Caetano começou a se tornar muito popular na América Latina.
8.Sua festa é celebrada com solidariedade
São Caetano é muito querido na Argentina e, desde 1970,milhares de devotos vão desde a noite anterior à sua festa ao santuário de Liniers, em Buenos Aires, onde muitos trocam as tradicionais velas e flores por alimentos e roupa que são levados às regiões mais necessitadas do país.
O papa Francisco tem um carinho especial pelo santo e, como arcebispo de Buenos Aires, presidiu durante vários anos a missa central de sua festa em Liniers.
(acidigital)
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Leão XIV: que a ameaça da destruição recíproca dê lugar ao diálogo
Pessoas rezam no Memorial da Paz de Hiroshima
Vatican News
Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (06/08), o Papa Leão XIV fez um apelo, recordando os 80 anos dos bombardeios atômicos realizados pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, no final da Segunda Guerra Mundial.
“Hoje, marca o 80º aniversário do bombardeio atômico da cidade japonesa de Hiroshima e, daqui a três dias, recordaremos o bombardeio de Nagasaki. Asseguro minhas orações por todos aqueles que sofreram seus efeitos físicos, psicológicos e sociais. Apesar do passar dos anos, esses acontecimentos trágicos servem como um alerta universal contra a devastação causada pelas guerras, e em particular pelas armas nucleares.”
Palavras que também estão contidas na mensagem do Pontífice enviada a dom Alexis Mitsuru Shirahama, bispo de Hiroshima, na qual Leão XIV exorta as pessoas a terem "a coragem de depor as armas", especialmente as nucleares "que têm a capacidade de causar catástrofes indizíveis".
“Espero que, no mundo atual, marcado por fortes tensões e conflitos sangrentos, a ilusória segurança baseada na ameaça da destruição recíproca dê lugar aos instrumentos da justiça, à prática do diálogo e à confiança na fraternidade.”
(vaticannews)
Audiência Geral 6 de agosto de 2025 - Papa Leão XIV
LEÃO XIV
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Estimados irmãos e irmãs!
Continuemos o nosso caminho jubilar à descoberta da face de Cristo, no qual a nossa esperança adquire forma e consistência. Hoje começamos a refletir sobre o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Comecemos meditando sobre uma palavra que parece simples, mas que conserva um segredo precioso da vida cristã: preparar.
No Evangelho de Marcos, narra-se que «no primeiro dia dos Ázimos, quando se sacrificava a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para a Páscoa?”» (14, 12). Trata-se de uma pergunta prática, mas também cheia de expetativa. Os discípulos intuem que está prestes a acontecer algo importante, mas não conhecem os detalhes. A resposta de Jesus parece quase um enigma: «Ide à cidade e lá encontrareis um homem com uma bilha de água» (v. 13). Os detalhes tornam-se simbólicos: um homem que carrega uma bilha – gesto normalmente feminino naquela época – uma sala no andar de cima já pronta, um dono de casa desconhecido. É como se tudo tivesse sido predisposto com antecedência. Com efeito, é exatamente assim. Neste episódio, o Evangelho revela-nos que o amor não é fruto do acaso, mas de uma escolha consciente. Não se trata de uma simples reação, mas de uma decisão que exige preparação. Jesus não enfrenta a sua paixão por fatalidade, mas por fidelidade a um caminho acolhido e percorrido com liberdade e esmero. É isto que nos consola: saber que o dom da sua vida brota de uma intenção profunda, não de um impulso repentino.
Aquela “sala no andar de cima já pronta” diz-nos que Deus nos precede sempre. Ainda antes de nos darmos conta de que precisamos de acolhimento, o Senhor já preparou para nós um espaço onde nos reconhecermos e nos sentirmos seus amigos. No fundo, este lugar é o nosso coração: uma “sala” que pode parecer vazia, mas que só espera ser reconhecida, enchida e preservada. Na realidade a Páscoa, que os discípulos devem preparar, já está pronta no coração de Jesus. Foi Ele quem pensou em tudo, dispôs tudo, decidiu tudo. No entanto, pede aos seus amigos que cumpram a sua parte. Isto ensina-nos algo essencial para a nossa vida espiritual: a graça não elimina a nossa liberdade, mas desperta-a. O dom de Deus não anula a nossa responsabilidade, mas torna-a fecunda.
Também hoje, como então, há uma ceia a preparar. Não se trata unicamente da liturgia, mas da nossa disponibilidade a entrar num gesto que nos supera. A Eucaristia não se celebra apenas no altar, mas inclusive no dia a dia, onde é possível viver tudo como oferta e ação de graças. Preparar-se para celebrar esta ação de graças não significa fazer mais, mas deixar espaço. Significa eliminar o que atrapalha, diminuir as pretensões, deixar de cultivar expetativas irreais. Com efeito, muitas vezes confundimos os preparativos com as ilusões. As ilusões distraem-nos, os preparativos orientam-nos. As ilusões buscam um resultado, os preparativos tornam possível um encontro. O amor verdadeiro – recorda-nos o Evangelho – é oferecido ainda antes de ser correspondido. Trata-se de uma dádiva antecipada. Não se fundamenta no que recebe, mas naquilo que deseja oferecer. Foi o que Jesus viveu com os seus: enquanto eles ainda não compreendiam, enquanto um deles estava prestes a traí-lo e outro a renegá-lo, Ele preparava para todos uma ceia de comunhão.
Caros irmãos e irmãs, também nós somos convidados a “preparar a Páscoa” do Senhor. Não só a litúrgica: também a da nossa vida. Cada gesto de disponibilidade, cada ato gratuito, cada perdão oferecido antecipadamente, cada dificuldade acolhida com paciência constitui um modo de preparar um lugar onde Deus pode habitar. Então, podemos perguntar-nos: que espaços, na minha vida, devo reordenar a fim de que estejam prontos para acolher o Senhor? O que significa para mim, hoje, “preparar”? Talvez renunciar a uma pretensão, deixar de esperar que o outro mude, dar o primeiro passo. Talvez ouvir mais, agir menos ou aprender a confiar naquilo que já foi predisposto.
Se aceitarmos o convite a preparar o lugar da comunhão com Deus e entre nós, descobriremos que estamos circundados de sinais, encontros e palavras que nos orientam para aquela sala, espaçosa e já pronta, onde se celebra incessantemente o mistério de um amor infinito, que nos sustém e sempre nos precede. Que o Senhor nos conceda ser humildes preparadores da sua presença. E, nesta disponibilidade diária, cresça também em nós aquela confiança serena que nos permite enfrentar tudo com o coração livre. Pois onde foi preparado o amor, a vida pode realmente florescer!
__________________
Saudações:
Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmente aos que vieram de Portugal e do Brasil. Queridos irmãos e irmãs, ainda com os extraordinários acontecimentos do Jubileu dos Jovens vivos na memória, continuemos a rezar para que o Espírito Santo possa predispor os corações de tantos jovens ao anúncio do Evangelho. Deus vos abençoe!
_______________
Apelo
Hoje comemora-se o 80º aniversário do bombardeamento atómico da cidade japonesa de Hiroshima e, daqui a três dias, recordaremos o de Nagasaki. Desejo assegurar a minha oração por todos aqueles que sofreram os seus efeitos físicos, psicológicos e sociais. Apesar da passagem dos anos, aqueles trágicos acontecimentos constituem uma admoestação universal contra a devastação causada pelas guerras e, em particular, pelas armas nucleares. Espero que no mundo contemporâneo, marcado por fortes tensões e conflitos sangrentos, a segurança ilusória baseada na ameaça da destruição recíproca ceda o lugar aos instrumentos da justiça, à prática do diálogo, à confiança na fraternidade.
__________________
Resumo da catequese do Santo Padre:
Com esta catequese, começamos a meditar sobre o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus, refletindo, de modo especial, sobre a preparação, ou seja, sobre como o verdadeiro amor não se improvisa. O Evangelho de São Marcos, ao narrar todos os preparativos para a Páscoa, mostra como Jesus escolhe viver o mistério pascal por fidelidade a um caminho livremente abraçado. Isso nos revela que a graça não anula a nossa liberdade, mas a torna fecunda, chamando à responsabilidade. Por isso, a ceia da Eucaristia que ainda hoje somos chamados a preparar não se resume ao momento da celebração, centro da vida cristã, mas prolonga-se no quotidiano vivido como oferta de si mesmo aos outros. O amor autêntico é sempre dom antecipado: antes mesmo de ser correspondido, ele toma a iniciativa e oferece-se, assim como nos ensinou Jesus.
Copyright © Dicastério para a Comunicação - Libreria Editrice Vaticana
Essa é a intenção de oração de Leão XIV para agosto

5 de ago de 2025 às 09:29
A intenção de oração do papa Leão XIV para este mês é pela convivência comum.
Em vídeo divulgado em 29 de julho, o papa pediu aos fiéis que rezem “para que as sociedades em que a convivência parece mais difícil não sucumbam à tentação do confronto por razões étnicas, políticas, religiosas ou ideológicas”.
Segundo um comunicado à imprensa, o vídeo deste mês foi feito em colaboração com a Fundação Jesuíta para as Comunicações (JesCom).
No vídeo, Leão XIV reza uma oração composta especificamente para a intenção de oração deste mês.
Segue abaixo a oração completa do papa Leão XIV:
Jesus, Senhor de nossa história,
Companheiro fiel e presença viva,
Que nunca Te cansas de sair ao nosso encontro,
Aqui estamos, necessitados de Tua paz.
Vivemos em tempos de medo e divisão.
Às vezes agimos como se estivéssemos sozinhos,
Levantando muros que nos afastam uns dos outros,
Esquecendo que somos irmãos e irmãs.
Envia-nos o Teu Espírito, Senhor,
Para que torne a acender em nós
O desejo de compreender-nos, de escutar-nos,
De conviver com respeito e compaixão.
Dá-nos a coragem de buscar caminhos de diálogo,
De responder ao conflito com gestos de fraternidade,
De abrir-nos ao outro sem temer as diferenças.
Torna-nos construtores de pontes,
Capazes de superar fronteiras e ideologias,