«Peregrino da paz» |
Bento XVI e rei Abdallah II reforçam necessidade de diálogo na promoção da paz e respeito pelos lugares santos |
O Papa expressou um “profundo respeito pela comunidade muçulmana” e saudou o papel de liderança do rei Abdallah na promoção “de uma melhor compreensão das virtudes do Islão”. Bento XVI recordou a mensagem de Amman (2004), uma das “nobres acções” para “promover uma aliança de civilizações entre o Ocidente e o mundo muçulmano”, contrariando “as previsões daqueles que consideram a violência e os conflitos inevitáveis”. Também o rei Abdallah II, no seu discurso de boas vindas, apontou os esforços para promover a paz no Médio Oriente e no mundo, “incentivando o diálogo inter-religioso, apoiando os esforços para encontrar uma solução justa, evitando o extremismo”. O Papa relembrou ainda os esforços de paz desenvolvidas pelo antigo rei Hussein, pai de Abdallah II. “Que o seu empenho em resolver os conflitos na região continuem a dar frutos num esforço para promover uma paz duradoura e verdadeira justiça para todos aqueles que vivem no Médio Oriente”. Bento XVI falou ainda dos lugares que tenciona visitar, o memorial de Moisés, no Monte Nebo e o local de baptismo de Jesus. “Nos próximos dias irei visitar lugares santos e terei a alegria de benzer a primeira pedra da igreja que vai surgir no local do baptismo de Jesus”. “A possibilidade de a comunidade católica da Jordânia poder edificar lugares públicos de culto, é um sinal de respeito deste país pela religião. Em nome dos católicos quero exprimir o quanto significa esta abertura”. Bento XVI assinalou a liberdade religiosa como um direito humano fundamental. “É minha esperança que o respeito dos direitos inalienáveis e pela dignidade de cada homem e cada mulher venham a ser cada vez mais afirmados e defendidos, não só no Médio Oriente, mas em todo o mundo”. “Obrigada pelo acolhimento e atenção”, finalizou Bento XVI. O rei Abdallah, dando as boas vindas ao Papa, relembrou a vista, há nove anos atrás, de João Paulo II, onde “juntos afirmamos a coexistência pacífica entre cristãos e muçulmanos”. Os consequentes acontecimentos mundiais “mostraram o quanto estávamos certos”, afirmou, sublinhando a “rejeição de violência”. A presente visita de Bento XVI deve servir para “renovar o nosso compromisso de diálogo”. “A herança da humanidade liga-nos, a mútua crença em Deus, dá-nos uma base acrescida de entendimento”, afirmou, recordando palavras do profeta Maomé que disse “que ninguém tem fé enquanto não amar o seu irmão tal como se ama a si mesmo”. O rei Abdallah II firmou o compromisso de “espalhar as boas relações entre cristãos e muçulmanos”. |
sexta-feira, 8 de maio de 2009
O PAPA CHEGOU À JORDÂNIA
(Ag Ecclesia)
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