Caminhando
sábado, 12 de julho de 2025
A linda história de amor de Luís e Zélia Martin, pais de santa Teresinha


Por Redação central
12 de jul de 2025 às 02:00
Os santos Luís e Zélia Martin, pais de santa Teresa do Menino Jesus, têm uma bela história de amor marcada pela confiança em Deus, uma intensa vida de piedade e cruz.
Ambos foram canonizados em 18 de outubro de 2015, tornando-se o primeiro casal cujos cônjuges são declarados santos na mesma data. Sua festa é celebrada hoje, 12 de julho, no dia do seu aniversário de casamento.
A seguir, apresentamos a sua história, com o objetivo de que seja uma inspiração para que mais casais sejam santos.
Luís nasceu em 22 de agosto de 1823, em Bordeaux (França), e Zélia chegou ao mundo oito anos depois. Ambos cresceram em famílias militares e católicas.
Segundo a biografia publicada pela Santa Sé, o pai de Luís, Pierre-François Martin, era capitão do exército francês. Por isso, o futuro santo e seus quatro irmãos desfrutaram dos benefícios daqueles que eram filhos dos militares.
Depois que o pai se aposentou, a família se mudou para Alençon, em 1831. Lá, Luís estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs. Ao completar sua formação, aprendeu o ofício de relojoeiro em várias cidades da França.
Os pais de Zélia Guérin eram exigentes, autoritários e rigorosos. Em uma de suas cartas a seu irmão Isidore, descreveu que sua mãe era “severa demais; era muito boa, mas não sabia como me dar carinho, então, eu sofri muito". Também afirmou que sua infância e juventude foram "tristes como uma mortalha".
Em sua biografia, a Santa Sé assinalou que Zélia era "inteligente e comunicativa por natureza" e que sua irmã Marie Louise era como uma segunda mãe.
A família de Zélia também se mudou para Alençon após a aposentadoria do pai, em 1844. Os Guérin passaram por muitas dificuldades econômicas, especialmente porque o caráter temperamental da mãe afetava o desenvolvimento de seus negócios.
A santa entrou no internato das irmãs da Adoração Perpétua, onde aprendeu a confeccionar o ponto de Alençon, uma das rendas mais famosas da época, e para se especializar entrou na "Ecole dentellière". Com o seu trabalho, Zélia contribuiu para a economia familiar.
Tanto Luís como Zélia sentiram durante a juventude o desejo de se consagrar a Deus através da vida religiosa.
Quando tinha 22 anos, ele pediu para ser admitido no mosteiro do Grande São Bernardo, mas foi rejeitado porque não sabia latim. Zélia, por sua vez, queria fazer parte da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas também não foi aceita. Deus tinha outros planos para eles.
Anos depois, Luís abriu uma relojoaria e Zélia abriu uma fábrica de rendas.
A Santa Sé indica que Luís gostava de pescar e jogar bilhar com seus amigos. Era muito reconhecido por "suas qualidades incomuns" e, até mesmo, lhe ofereceram a oportunidade de se casar com uma jovem da alta sociedade, mas ele recusou.
Luís e Zélia se encontraram pela primeira vez em abril de 1858 na ponte São Leonardo. Ela ficou impressionada com este "jovem de nobre fisionomia, semblante reservado e modos dignos", e sentiu que uma voz interior lhe dizia que ele seria seu futuro marido.
Eles se apaixonaram e se casaram na noite entre 12 e 13 de julho do mesmo ano. O casamento civil foi realizado no município de Alençon, às 22h do dia 12, e o matrimônio religioso, à meia-noite, como era costume naquela época, na igreja de Nossa Senhora.
As cartas de Zélia refletem o amor que ela sentia por Luís: "Sua esposa que te ama mais do que a sua vida" e "Te abraço tanto quanto eu te amo".
Ambos levaram uma intensa vida espiritual composta por Missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente e participação em atividades paroquiais.
Tiveram nove filhos, dos quais sobreviveram cinco meninas: Paulina, Maria, Leônia, Celina e Teresa. Transmitiram a todas o amor a Deus e ao próximo. Além disso, seus negócios não foram um impedimento para gastar tempo de qualidade com elas.
"Amo crianças com loucura, eu nasci para tê-las", expressou Zélia em uma de suas cartas.
Em seu livro "História de uma alma", Santa Teresa do Menino Jesus escreveu o seguinte sobre os momentos que compartilhavam juntos: "Quão alegres eram aquelas festas familiares!".
No entanto, quando tinha 45 anos, Zélia descobriu que tinha um tumor no seio. "Se Deus quiser me curar, ficarei muito contente porque, no fundo do meu coração, desejo viver; o que me custa é deixar meu marido e minhas filhas. Mas, por outro lado, digo a mim mesma: se eu não me curar, é porque, talvez, seja mais útil que eu parta”, escreveu em uma carta.
A santa viveu esta doença com firme esperança cristã até a morte ocorrida em 28 de agosto de 1877, rodeada pelo seu marido e seu irmão Isidore.
Luís se mudou para Lisieux, onde Isidore morava, e a tia Celina o ajudou a cuidar de suas 5 filhas. Anos depois, todas se tornaram religiosas, quatro no Carmelo e uma na Visitação.
Seu maior sacrifício foi se separar de Teresa, a quem chamava de "sua pequena rainha", e que entrou na vida religiosa aos 15 anos.
Luís contraiu uma doença que o debilitou até a perda de suas faculdades mentais. Foi internado no sanatório do Bom Salvador, em Caen.
Durante os períodos de alívio, ofereceu-se como vítima de holocausto a Deus, até sua morte, em 29 de julho de 1894.
Sua filha Teresa foi proclamada santa em 17 de maio de 1925, pelo Papa Pio XI. Luís e Zélia foram canonizados em 18 de outubro de 2015, pelo Papa Francisco, durante o Sínodo da Família.
Em julho do mesmo ano, a causa da beatificação de Leônia foi aberta.
(acidigital)
Hoje é a festa de são Luís e santa Zélia Martin, pais de santa Teresinha


Por Redação central
12 de jul de 2025 às 00:01
A Igreja celebra hoje (12) são Luís e santa Zélia Martin, pais de santa Teresa de Lisieux. Eles foram o primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia na história da Igreja.
“Os santos esposos (...) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de santa Teresinha do Menino Jesus”, disse o papa Francisco em 18 de outubro de 2015, durante a missa canonização.
A família, depois de dezenove anos de matrimônio, diante da crise econômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.
Luís trabalhou como relojoeiro e joalheiro e Zélia como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.
Luís Martin nasceu em Bordeaux (França), em 1823, e morreu em Arnières-sur-Iton (França), em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon (França), em 1831, e morreu em Alençon (França), em 1877.
Ambos foram pessoas devotas desde muito jovens. Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do grande são Bernardo.
Nenhum dos dois foi aceito, uma vez que Deus tinha outro plano para eles.
Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro.
Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial.
De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.
Entre as cinco filhas que sobreviveram estava santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.
Quando Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pôde cuidar das filhas.
Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas ao Carmelo. O maior sacrifício foi se separar de Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.
Igreja celebra hoje santa Verônica, em cujo véu ficou estampado o rosto de Cristo


Por Redação central
12 de jul de 2025 às 00:15
Santa Verônica foi a mulher que teve um gesto misericordioso com Cristo durante seu caminho ao Monte Calvário ao enxugar seu rosto cheio de sangue e suor com um véu que passou à história como relíquia por levar impresso a face do Messias.
Este véu, lenço ou pano é conhecido como “Santa Face” ou “Véu de Verônica” e é uma das relíquias mais importantes do cristianismo, pois é considerado como uma verdadeira imagem de Cristo.
O nome Verônica apareceu pela primeira vez no documento apócrifo “As Atas de Pilatos” e procede do latin vera icon (o verdadeiro ícone), sendo a imagem ou relíquia deste tipo mais antiga e conhecida. Outra relíquia importante similar a esta é o Santo Sudário de Turim.
“Verônica” também poderia ser uma variação do nome macedônio Berenice, que data do século IV e que quer dizer “a que leva à vitória”. Este último nome está vinculado ao da mulher que sofria uma hemorragia dos evangelhos sinóticos que foi curada milagrosamente por Jesus.
Segundo a tradição, santa Verônica foi uma mulher piedosa que viveu em Jerusalém e que após a Paixão do Senhor se dirigiu para Roma levando consigo o véu, que posteriormente foi exposto para a veneração pública. Seu ato exemplar é recordado atualmente na sexta estação da Via Sacra.
Uma das várias tradições explica que santa Verônica chegou à Itália diante do imperador romano Tibério e o curou após fazê-lo tocar esta sagrada imagem. A partir disso, permaneceu a capital do império na mesma época que os apóstolos são Pedro e são Paulo. Ao morrer, deixou a imagem para o papa Clemente I.
Por ocasião do primeiro ano santo da história, em 1300, o Véu de Verônica se converteu em uma das “Mirabilia urbis” (maravilhas da cidade de Roma) para os peregrinos que visitaram a Basílica de São Pedro no Vaticano.
Os rastros do Véu de Verônica se perderam nos anos sucessivos ao Ano Santo 1600, até que foi encontrado na Igreja da Santa Face de Manopello. Bento XVI foi o primeiro papa visitá-lo em setembro de 2016.