quinta-feira, 31 de março de 2016

Audiência de quarta-feira



Deus é maior que os nossos pecados

2016-03-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 30 mil pessoas participaram da Audiência Geral desta quarta-feira (30/03), na Praça S. Pedro, ainda enfeitada com as flores para o dia de Páscoa.

Em sua catequese, o Papa Francisco encerrou a série sobre a misericórdia no Antigo Testamento, meditando sobre o Salmo 51, chamado Miserere.

Trata-se de uma oração penitencial, precedida de uma confissão de culpa, na qual o orante deixa-se purificar pelo amor de Deus que o torna uma nova criatura. A tradição atribui este Salmo ao Rei Davi que, após ter cometido adultério com Betsabeia, fazendo que o marido desta, Urias, fosse morto, é ajudado pelo profeta Natã a reconhecer a sua culpa diante de Deus. 

O Salmo tem início com palavras de súplicas: “Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado. Lava-me de toda a minha culpa, e purifica-me de meu pecado”.

Verdade 

Nesta oração, manifesta-se a verdadeira necessidade do homem: a única coisa de que realmente necessitamos na nossa vida é ser perdoados, libertados do mal e das suas consequências.

Assim, neste Salmo, somos convidados a ter os mesmos sentimentos de Davi, reconhecendo a nossa miséria, certos da misericórdia do Senhor. “Deus é maior que os nossos pecados”, afirmou Francisco, repetindo esta frase inúmeras vezes e convidando a multidão a fazer o mesmo.

Fidelidade do Pai

“Deus, que nunca nos abandona, ao perdoar, cancela os nossos pecados, faz de nós novas criaturas.” E o Papa se dirigiu aos fiéis para perguntar se havia alguém que não tinha pecados.
Portanto, nós, pecadores perdoados, podemos até mesmo ensinar aos outros a não pecarem mais. 

“A dignidade que o perdão de Deus nos dá é levantar-se depois de um pecado”, explicou o Pontífice, citando o Salmista: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto. Quero ensinar teus caminhos aos que erram e a ti voltarão os pecadores”.

O Papa então concluiu: “Todo pecador perdoado é chamado a compartilhar com cada irmão e irmã que encontra este dom, pois todos são, como nós, necessitados da misericórdia de Deus. O perdão purifica o coração e transforma a vida”.  (BF)



(from Vatican Radio)
(news.va)




 





terça-feira, 29 de março de 2016

Papa no Regina Coeli



“Cristo nos dá força para nos levantarmos”

2016-03-28 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Na primeira recitação do Regina Coeli deste ano, a oração mariana que substitui o Angelus até a Festa de Pentecostes, o Papa disse que “nossos corações ainda estão repletos da alegria pascal” nesta segunda-feira depois da Páscoa, chamada “Segunda-feira do Anjo”.

“A vida venceu a morte. A Misericórdia e o amor venceram o pecado! Há necessidade de fé e de esperança para se abrir a este novo e maravilhoso horizonte. E nós sabemos que a fé e a esperança são um dom de Deus, e devemos pedir a Ele: 'Senhor, doai-me a fé, doai-me a esperança! Precisamos tanto!' Deixemo-nos invadir pelas emoções que ressoam na sequência pascal: ‘Sim, estamos certos: Cristo ressuscitou verdadeiramente. Ele está vivo no meio de nós’”, recordou Francisco.

Cristo, força para se reerguer 

“Esta verdade marcou indelevelmente as vidas dos Apóstolos – continuou o Pontífice – que, depois da ressurreição, sentiram novamente a necessidade de seguir o seu Mestre e, recebido o Espírito Santo, saíram sem medo para anunciar a todos o que tinham visto com seus próprios olhos e experimentado pessoalmente”.
“Se Cristo ressuscitou, podemos olhar com olhos e corações novos a todos os eventos da nossa vida, até mesmo aqueles mais negativos. Os momentos de escuridão, de fracasso e pecado podem se transformar e anunciar um caminho novo. Quando chegamos ao fundo da nossa miséria e da nossa fraqueza, Cristo ressuscitado nos dá a força para levantarmos”, encorajou o Papa.

O silêncio de Maria

“O Senhor crucificado e ressuscitado é a plena revelação da misericórdia – afirmou ainda o Papa – presente e ativa na história. Esta é a mensagem pascal que ainda ressoa hoje e que vai ressoar em todo o tempo da Páscoa até Pentecostes”.
Ao falar novamente do silêncio e da espera de Maria pela ressurreição, que permaneceu aos pés da Cruz e não se dobrou diante da dor, ao contrário, a fé de Nossa Senhora a tornou ainda mais forte, Francisco disse: “No seu coração dilacerado de mãe permaneceu sempre acesa a chama da esperança. Peçamos a Ela que também nos ajude a aceitarmos plenamente o anúncio pascal da Ressurreição, para encarná-lo na realidade de nossas vidas diárias”, pediu o Papa, para então concluir: 
“Que a Virgem Maria nos dê a certeza da fé que, cada passo sofrido do nosso caminho, iluminado pela luz da Páscoa, se tornará bênção e alegria para nós e para os outros, especialmente para aqueles que sofrem por causa do egoísmo e da indiferença”. (rb/sp) 


(from Vatican Radio)

segunda-feira, 28 de março de 2016

VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA



HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Sábado Santo, 26 de Março de 2016

«Pedro (…) correu ao sepulcro» (Lc 24, 12). Quais poderiam ser os pensamentos que agitavam a mente e o coração de Pedro durante esta corrida? O Evangelho diz-nos que os Onze, incluindo Pedro, não acreditaram no testemunho das mulheres, no seu anúncio pascal. Antes, aquelas «palavras pareceram-lhes um desvario» (v. 11). Por isso, no coração de Pedro, reinava a dúvida, acompanhada por muitos pensamentos negativos: a tristeza pela morte do Mestre amado e a deceção por tê-Lo renegado três vezes durante a Paixão.

Mas há um detalhe que assinala a sua transformação: depois que ouvira as mulheres sem ter acreditado nelas, Pedro «pôs-se a caminho» (v. 12). Não ficou sentado a pensar, não ficou fechado em casa como os outros. Não se deixou enredar pela atmosfera pesada daqueles dias, nem aliciar pelas suas dúvidas; não se deixou absorver pelos remorsos, o medo e as maledicências sem fim que não levam a nada. Procurou Jesus; não a si mesmo. Preferiu a via do encontro e da confiança e, assim como era, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro, donde voltou depois «admirado» (v. 12). Isto foi o início da «ressurreição» de Pedro, a ressurreição do seu coração. Sem ceder à tristeza nem à escuridão, deu espaço à voz da esperança: deixou que a luz de Deus entrasse no seu coração, sem a sufocar.

As próprias mulheres, que saíram de manhã cedo para fazer uma obra de misericórdia, ou seja, levar os perfumes ao sepulcro, viveram a mesma experiência. Estavam «amedrontadas e voltaram o rosto para o chão», mas sobressaltaram-se ao ouvir estas palavras do anjo: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?» (cf. v. 5).

Também nós, como Pedro e as mulheres, não podemos encontrar a vida, permanecendo tristes e sem esperança e permanecendo aprisionados em nós mesmos. Mas abramos ao Senhor os nossos sepulcros selados – cada um de nós os conhece -, para que Jesus entre e dê vida; levemos-Lhe as pedras dos ressentimentos e os penedos do passado, as rochas pesadas das fraquezas e das quedas. Ele deseja vir e tomar-nos pela mão, para nos tirar para fora da angústia. Mas a primeira pedra a fazer rolar para o lado nesta noite é esta: a falta de esperança, que nos fecha em nós mesmos. O Senhor nos livre desta terrível armadilha: sermos cristãos sem esperança, que vivem como se o Senhor não tivesse ressuscitado e o centro da vida fossem os nossos problemas. 
Vemos e continuaremos a ver problemas perto e dentro de nós. Sempre existirão, mas esta noite é preciso iluminar tais problemas com a luz do Ressuscitado, de certo modo «evangelizá-los». Evangelizar os problemas. Não permitamos que a escuridão e os medos atraiam o olhar da alma e se apoderem do coração, mas escutemos a palavra do Anjo: o Senhor «não está aqui; ressuscitou!» (v. 6); Ele é a nossa maior alegria, está sempre ao nosso lado e nunca nos dececionará.

Este é o fundamento da esperança, que não é mero otimismo, nem uma atitude psicológica ou um bom convite a ter coragem. A esperança cristã é um dom que Deus nos concede, se sairmos de nós mesmos e nos abrirmos a Ele Esta esperança não dececiona porque o Espírito Santo foi infundido nos nossos corações (cf. Rm 5, 5). O Consolador não faz com que tudo apareça bonito, não elimina o mal com a varinha mágica, mas infunde a verdadeira força da vida, que não é a ausência de problemas, mas a certeza de sermos sempre amados e perdoados por Cristo, que por nós venceu o pecado, venceu a morte, venceu o medo. Hoje é a festa da nossa esperança, a celebração desta certeza: nada e ninguém poderá jamais separar-nos do seu amor (cf. Rm 8, 39).

O Senhor está vivo e quer ser procurado entre os vivos. Depois de O ter encontrado, cada um é enviado por Ele para levar o anúncio da Páscoa, para suscitar e ressuscitar a esperança nos corações pesados de tristeza, em quem sente dificuldade para encontrar a luz da vida. Há tanta necessidade disto hoje. Esquecendo de nós mesmos, como servos jubilosos da esperança, somos chamados a anunciar o Ressuscitado com a vida e através do amor; caso contrário, seremos uma estrutura internacional com um grande número de adeptos e boas regras, mas incapaz de dar a esperança de que o mundo está sedento.

Como podemos alimentar a nossa esperança? A Liturgia desta noite dá-nos um bom conselho. Ensina-nos a recordar as obras de Deus. Com efeito, as leituras narraram-nos a sua fidelidade, a história de seu amor por nós. A Palavra viva de Deus é capaz de nos envolver nesta história de amor, alimentando a esperança e reavivando a alegria. Isto mesmo nos lembra também o Evangelho que escutamos. Os anjos, para dar esperança às mulheres, dizem: «Lembrai-vos de como [Jesus] vos falou» (v. 6). Fazer memória das palavras de Jesus, fazer memória de tudo aquilo que Ele fez na nossa vida. Não esqueçamos a sua Palavra e as suas obras, senão perderemos a esperança e nos tornaremos cristãos sem esperança; por isso façamos memória do Senhor, da sua bondade e das suas palavras de vida que nos tocaram; recordemo-las e façamo-las nossas, para sermos sentinelas da manhã que sabem vislumbrar os sinais do Ressuscitado.

Amados irmãos e irmãs, Cristo ressuscitou! E nós temos a possibilidade de abrir-nos e receber o seu dom de esperança. Abramo-nos à esperança e ponhamo-nos a caminho; a memória das suas obras e das suas palavras seja a luz resplandecente, que orienta os nossos passos na confiança, rumo àquela Páscoa que não terá fim.


(vatican.va)


RESSUSCITOU



CRISTO, VERDADEIRAMENTE RESSUSCITOU!

ALELUIA, ALELUIA.

sábado, 26 de março de 2016

Sábado Santo, Dia do Silêncio



Sábado Santo é o dia da Espera! Esperar vigilante que o Senhor venha ao nosso coração, como prometeu: ressuscitado.

Sábado Santo, é o dia da Oração, tal como fez Jesus que se afastava do tumulto das gentes procurando os montes para ficar mais afastado do mundo e orar no silêncio. Escutámos ontem na carta aos Hebreus, que Jesus orava chorando, suplicando ao Pai a força que precisava para ser obediente e fazer  a Sua vontade.

Sábado Santo, é o dia do silêncio! Jesus aconselha-nos a ir para o quarto, fechar a porta e ficar a sós com Deus. 
No íntimo do meu e do teu coração, grita, suplica, confessa-te pecador e deixa-O actuar. Apenas, deixa-O actuar na tua vida. O resto é com Ele. Disponibiliza-te para escutares a Sua voz.

 Jesus vai PASSAR por mim e por ti nesta Vigília, por isso temos de estar muito acordados,  atentos às  muitas leituras que vamos escutar, aos muitos Salmos cantados, às admonições, à homilia... Sabes que o Senhor está presente no meio de nós. Mas não sabemos a hora do nosso encontro com Ele, por isso temos de estar bem vigilantes.

Confia! Ele vai-se deter: ceará contigo e tu cearás com Ele. Ceará comigo e eu cearei com Ele.


ALEGRE E FELIZ  PÁSCOA

sexta-feira, 25 de março de 2016

VIA SACRA NO COLISEU DE ROMA



El Papa preside conmovedor Vía Crucis en el Coliseo sobre los dramas de la actualidad 


Miles de personas han acompañado a Francisco durante el Vía Crucis en el Coliseo de Roma. Las meditaciones de este año fueron escritas por el cardenal Gualtiero Basseti, arzobispo de Perugia, en Italia.

En cada estación, llevaron la cruz personas de la calle, simbolizando el dolor o la dificultad en el mundo actual.

Esta familia numerosa llevó la cruz casi al inicio del Vía Crucis.

En otra estación, la llevó un hombre en silla de ruedas, y le ayudó su hermana.

En la cuarta estación fue el turno de esta otra familia.

Para recordar a todos los jóvenes sin empleo, participaron estos estudiantes de un centro de formación con su profesor. 

A lo largo de las catorce estaciones llevaron la cruz personas de países en dificultad, como Uganda, Kenia y Bosnia. Pero también de Siria y China, donde los cristianos no tienen la vida nada fácil.

A lo largo de las meditaciones, el cardenal comparó el sufrimiento de Cristo con dramas como las dificultades de las familias, los niños maltratados o la situación de los refugiados.

Al concluir el Vía Crucis, el Papa leyó una conmovedora oración en la que mencionó muchas otras cruces de nuestro tiempo, desde el terrorismo fundamentalista, la corrupción o la soledad de los ancianos. 


FRANCISCO

"Oh Cruz de Cristo, aún hoy te seguimos viendo alzada en nuestras hermanas y hermanos asesinados, quemados vivos, degollados y decapitados por las bárbaras espadas y el silencio infame.

Oh Cruz de Cristo, aún hoy te seguimos viendo en los fundamentalismos y en el terrorismo de los seguidores de una religión que profanan el nombre de Dios y lo utilizan para justificar su inaudita violencia.

Oh Cruz de Cristo, aún hoy te seguimos viendo en los ladrones y en los corruptos que en vez de salvaguardar el bien común y la ética se venden en el miserable mercado de la inmoralidad”.

Una oración en la que el Papa también dio las gracias a Dios por la bondad que hay en tantas personas, que ayudan a los demás sin esperar nada a cambio. 


(Remereports)
25.03.2016

QUINTA-FEIRA SANTA

Homilía del Papa en Misa del Jueves Santo en Centro de Refugiados


Los gestos hablan más que las imágenes y las palabras. Los gestos... 

En esta Palabra de Dios que hemos leído haydos gestos: Jesús que sirve, que lava los pies... Él, que era el "jefe”, lava los pies a los demás, a los suyos, a los más pequeños. Un gesto. 

El segundo gesto: Judas, que se acerca a los enemigos de Jesús, a quienes no quieren la paz con Jesús, para llevar el dinero con el que lo ha traicionado, las treinta monedas. 

Dos gestos. 

También hoy, aquí, hay dos gestos. Este: estamos juntos: musulmanes, hindúes, católicos, coptos, evangélicos, pero hermanos, hijos del mismo Dios, que queremos vivir en paz, integrados. Un primer gesto. 

Hace tres días, un gesto de guerra, de destrucción en una ciudad de Europa, provocada por gente que no quiere vivir en paz. Pero detrás de ese gesto, como detrás de Judas, había otros. Detrás de Judas estaban quienes le dieron el dinero para que Jesús fuera entregado. Detrás de "aquel" gesto están los fabricantes de armas, los traficantes de armas que quieren sangre, no paz; que quieren guerra, no fraternidad. 

Dos gestos, lo mismo: Jesús que lava los pies. Judas, que vende a Jesús por dinero. 

Vosotros, nosotros, todos juntos, diferentes religiones, culturas diferentes, pero hijos de un mismo Padre, hermanos. Y allí, esa pobre gente que compra armas para destruir la fraternidad. 

Hoy, en este momento, cuando voy a hacer el mismo gesto de Jesús, lavar los pies a doce de vosotros, todos estamos haciendo el gesto de fraternidad, todos estamos diciendo: "Somos diferentes, somos diferentes, tenemos diferentes culturas y religiones, pero somos hermanos y queremos vivir en paz”. 

Y este es el gesto que hago con ustedes. Cada uno de nosotros tiene una historia a sus espaldas, cada uno de vosotros tiene una historia. Muchas cruces, mucho dolor; pero también un corazón abierto que quiere fraternidad. Cada uno, en su lenguaje religioso, rece al Señor para que esta fraternidad se contagie por el mundo. Para que no existan esas 30 monedas para matar a los hermanos, para que siempre haya fraternidad y bondad. 

Que así sea.


2016.03.24
(romereports)

quinta-feira, 24 de março de 2016

Homilía completa del Papa Francisco en la Misa Crismal



Después de la lectura del pasaje de Isaías, al escuchar en labios de Jesús las palabras: «Hoy mismo se ha cumplido esto que acaban de oír», bien podría haber estallado un aplauso en la Sinagoga de Nazaret. Y luego podrían haber llorado mansamente, con íntima alegría, como lloraba el pueblo cuando Nehemías y el sacerdote Esdras le leían el libro de la Ley que habían encontrado reconstruyendo el muro. 
Pero los evangelios nos dicen que hubo sentimientos encontrados en los paisanos de Jesús: le pusieron distancia y le cerraron el corazón.
 Primero, «todos hablaban bien de él, se maravillaban de las palabras llenas de gracia que salían de su boca» (Lc 4,22); pero después, una pregunta insidiosa fue ganando espacio: «¿No es este el hijo de José, el carpintero?». Y al final: «Se llenaron de ira» (Lc 4,28). Lo querían despeñar... Se cumplía así lo que el anciano Simeón le había profetizado a nuestra Señora: «Será bandera discutida» (Lc 2,34). Jesús, con sus palabras y sus gestos, hace que se muestre lo que cada hombre y mujer tiene en su corazón.

Y allí donde el Señor anuncia el evangelio de la Misericordia incondicional del Padre para con los más pobres, los más alejados y oprimidos, allí precisamente somos interpelados a optar, a «combatir el buen combate de la Fe» (1 Tm 6,12). La lucha del Señor no es contra los hombres sino contra el demonio (cf. Ef 6,12), enemigo de la humanidad. Pero el Señor «pasa en medio» de los que buscan detenerlo «y sigue su camino» (Lc 4,30). Jesús no confronta para consolidar un espacio de poder. Si rompe cercos y cuestiona seguridades es para abrir una brecha al torrente de la Misericordia que, con el Padre y el Espíritu, desea derramar sobre la tierra. Una Misericordia que procede de bien en mejor: anuncia y trae algo nuevo: cura, libera y proclama el año de gracia del Señor.

La Misericordia de nuestro Dios es infinita e inefable y expresamos el dinamismo de este misterio como una Misericordia «siempre más grande», una Misericordia en camino, una Misericordia que cada día busca el modo de dar un paso adelante, un pasito más allá, avanzando sobre las tierras de nadie, en las que reinaba la indiferencia y la violencia.

Y así fue la dinámica del buen Samaritano que «practicó la misericordia» (Lc 10,37): se conmovió, se acercó al herido, vendó sus heridas, lo llevó a la posada, se quedó esa noche y prometió volver a pagar lo que se gastara de más. Esta es la dinámica de la Misericordia, que enlaza un pequeño gesto con otro, y sin maltratar ninguna fragilidad, se extiende un poquito más en la ayuda y el amor. Cada uno de nosotros, mirando su propia vida con la mirada buena de Dios, puede hacer un ejercicio con la memoria y descubrir cómo ha practicado el Señor su misericordia para con nosotros, cómo ha sido mucho más misericordioso de lo que creíamos y, así, animarnos a desear y a pedirle que dé un pasito más, que se muestre mucho más misericordioso en el futuro. «Muéstranos Señor tu misericordia» (Sal 85,8). Esta manera paradójica de rezar a un Dios siempre más misericordioso ayuda a romper esos moldes estrechos en los que tantas veces encasillamos la sobreabundancia de su Corazón. Nos hace bien salir de nuestros encierros, porque lo propio del Corazón de Dios es desbordarse de misericordia, desparramarse, derrochando su ternura, de manera tal que siempre sobre, ya que el Señor prefiere que se pierda algo antes de que falte una gota, que muchas semillas se la coman los pájaros antes de que se deje de sembrar una sola, ya que todas son capaces de portar fruto abundante, el 30, el 60 y hasta el ciento por uno.

Como sacerdotes, somos testigos y ministros de la Misericordia siempre más grande de nuestro Padre; tenemos la dulce y confortadora tarea de encarnarla, como hizo Jesús, que «pasó haciendo el bien» (Hch 10,38), de mil maneras, para que llegue a todos. Nosotros podemos contribuir a inculturarla, a fin de que cada persona la reciba en su propia experiencia de vida y así la pueda entender y practicar —creativamente— en el modo de ser propio de su pueblo y de su familia.

Hoy, en este Jueves Santo del Año Jubilar de la Misericordia, quisiera hablar de dos ámbitos en los que el Señor se excede en su Misericordia. Dado que es él quien nos da ejemplo, no tenemos que tener miedo a excedernos nosotros también: un ámbito es el del encuentro; el otro, el de su perdón que nos avergüenza y dignifica.

El primer ámbito en el que vemos que Dios se excede en una Misericordia siempre más grande, es en el encuentro. Él se da todo y de manera tal que, en todo encuentro, directamente pasa a celebrar una fiesta. En la parábola del Padre Misericordioso quedamos pasmados ante ese hombre que corre, conmovido, a echarse al cuello de su hijo; cómo lo abraza y lo besa y se preocupa de ponerle el anillo que lo hace sentir como igual, y las sandalias del que es hijo y no empleado; y luego, cómo pone a todos en movimiento y manda organizar una fiesta. Al contemplar siempre maravillados este derroche de alegría del Padre, a quien el regreso de su hijo le permite expresar su amor libremente, sin resistencias ni distancias, nosotros no debemos tener miedo a exagerar en nuestro agradecimiento. La actitud podemos tomarla de aquel pobre leproso, que al sentirse curado, deja a sus nueve compañeros que van a cumplir lo que les mandó Jesús y vuelve a arrodillarse a los pies del Señor, glorificando y dando gracias a Dios a grandes voces.

La misericordia restaura todo y devuelve a las personas a su dignidad original. Por eso, el agradecimiento efusivo es la respuesta adecuada: hay que entrar rápido en la fiesta, ponerse el vestido, sacarse los enojos del hijo mayor, alegrarse y festejar... Porque sólo así, participando plenamente en ese ámbito de celebración, uno puede después pensar bien, uno puede pedir perdón y ver más claramente cómo podrá reparar el mal que hizo. Puede hacernos bien preguntarnos: Después de confesarme, ¿festejo? O paso rápido a otra cosa, como cuando después de ir al médico, uno ve que los análisis no dieron tan mal y los mete en el sobre y pasa a otra cosa. Y cuando doy una limosna, ¿le doy tiempo al otro a que me exprese su agradecimiento y festejo su sonrisa y esas bendiciones que nos dan los pobres, o sigo apurado con mis cosas después de «dejar caer la moneda»?

El otro ámbito en el que vemos que Dios se excede en una Misericordia siempre más grande, es el perdón mismo. No sólo perdona deudas incalculables, como al siervo que le suplica y que luego se mostrará mezquino con su compañero, sino que nos hace pasar directamente de Ia vergüenza más vergonzante a la dignidad más alta sin pasos intermedios. El Señor deja que la pecadora perdonada le lave familiarmente los pies con sus lágrimas. Apenas Simón Pedro le confiesa su pecado y le pide que se aleje, Él lo eleva a la dignidad de pescador de hombres. Nosotros, en cambio, tendemos a separar ambas actitudes: cuando nos avergonzamos del pecado, nos escondemos y andamos con la cabeza gacha, como Adán y Eva, y cuando somos elevados a alguna dignidad tratamos de tapar los pecados y nos gusta hacernos ver, casi pavonearnos.

Nuestra respuesta al perdón excesivo del Señor debería consistir en mantenernos siempre en esa tensión sana entre una digna vergüenza y una avergonzada dignidad: actitud de quien por sí mismo busca humillarse y abajarse, pero es capaz de aceptar que el Señor lo ensalce en bien de la misión, sin creérselo. El modelo que el Evangelio consagra, y que puede servirnos cuando nos confesamos, es el de Pedro, que se deja interrogar prolijamente sobre su amor y, al mismo tiempo, renueva su aceptación del ministerio de pastorear las ovejas que el Señor le confía.

Para entrar más hondo en esta avergonzada dignidad, que nos salva de creernos, más o menos, de lo que somos por gracia, nos puede ayudar ver cómo en el pasaje de Isaías que el Señor lee hoy en su Sinagoga de Nazaret, el Profeta continúa diciendo: «Ustedes serán llamados sacerdotes del Señor, ministros de nuestro Dios» (Is 61,6). Es el pueblo pobre, hambreado, prisionero de guerra, sin futuro, sobrante y descartado, a quien el Señor convierte en pueblo sacerdotal.

Como sacerdotes, nos identificamos con ese pueblo descartado, al que el Señor salva y recordamos que hay multitudes incontables de personas pobres, ignorantes, prisioneras, que se encuentran en esa situación porque otros los oprimen. Pero también recordamos que cada uno de nosotros conoce en qué medida, tantas veces estamos ciegos de la luz linda de la fe, no por no tener a mano el evangelio sino por exceso de teologías complicadas. Sentimos que nuestra alma anda sedienta de espiritualidad, pero no por falta de Agua Viva —que bebemos sólo en sorbos—, sino por exceso de espiritualidades «gaseosas», de espiritualidades light. También nos sentimos prisioneros, pero no rodeados como tantos pueblos, por infranqueables muros de piedra o de alambrados de acero, sino por una mundanidad virtual que se abre o cierra con un simple click. Estamos oprimidos pero no por amenazas ni empujones, como tanta pobre gente, sino por la fascinación de mil propuestas de consumo que no nos podemos quitar de encima para caminar, libres, por los senderos que nos llevan al amor de nuestros hermanos, a los rebaños del Señor, a Ias ovejitas que esperan la voz de sus pastores.

Y Jesús viene a rescatarnos, a hacernos salir, para convertirnos de pobres y ciegos, de cautivos y oprimidos. en ministros de misericordia y consolación. Y nos dice, con las palabras del profeta Ezequiel al pueblo que se prostituyó y traicionó tanto a su Señor: «Yo me acordaré de la alianza que hice contigo cuando eras joven... Y tú te acordarás de tu conducta y te avergonzarás de ella, cuando recibas a tus hermanas, las mayores y las menores, y yo te las daré como hijas, si bien no en virtud de tu alianza. Yo mismo restableceré mi alianza contigo, y sabrás que yo soy el Señor. Así, cuando te haya perdonado todo lo que has hecho, te acordarás y te avergonzarás, y la vergüenza ya no te dejará volver a abrir la boca —oráculo del Señor—» (Ez 16,60-63).

En este Año Santo Jubilar, celebramos con todo el agradecimiento de que sea capaz nuestro corazón, a nuestro Padre, y le rogamos que "se acuerde siempre de su Misericordia"; recibimos con avergonzada dignidad Ia Misericordia en Ia carne herida de nuestro Señor Jesucristo y le pedimos que nos lave de todo pecado y nos libre de todo mal; y con la gracia del Espíritu Santo nos comprometemos a comunicar la Misericordia de Dios a todos los hombres, practicando Ias obras que el Espíritu suscita en cada uno para el bien común de todo el pueblo fiel de Dios.



24.3.2016
(Romereports)

Audiência Geral do Santo Padre de 23 de março de 2016



                                                                                                                                 (Locutor )

Durante o Tríduo Pascal, celebramos o mais importante mistério da nossa fé, um mistério que nos fala de misericórdia, de um amor que não conhece obstáculos. Fala-nos de como Jesus nos amou até o fim, de como quis partilhar os sofrimentos de toda a humanidade, permanecendo presente junto das vicissitudes pessoais de cada um de nós.

 Na Quinta-feira Santa, ao celebrar a instituição da Eucaristia, refletimos sobre amor que se faz serviço; sobre a presença que sacia a fome dos homens e que nos impele a fazer o mesmo com os outros. 

Na Sexta-feira, com a Paixão de Cristo, deparamo-nos com o momento culminante do amor, um amor que não exclui ninguém.

Por fim, no Sábado, contemplamos, no silêncio de Deus, o amor que se solidariza com todos os abandonados e que se faz espera pela vida nova ressuscitada.

 Assim, o Tríduo Pascal é um convite a fixar o olhar na paixão e morte do Senhor, para poder acolher no coração a grandeza do seu amor, na espera da Ressurreição.


(news.va)

QUINTA-FEIRA SANTA



Celebremos na Eucaristia os mais pobres e sofridos 
“Jesus derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido” (João 13,5). 

Hoje, começamos a celebrar o Tríduo Pascal de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Páscoa do Senhor começa na mesa, com a refeição, que é o símbolo da refeição eterna, o banquete celeste que todos nós somos convidados a participar eternamente no Céu. 

Quando celebramos a Santa Ceia do Senhor, detemo-nos e centralizamo-nos no mistério da Eucaristia, porque, na verdade, é o próprio Senhor quem nos dá Seu corpo e Sangue, que se dá como alimento a todos nós. 

A Eucaristia não começa na mesa, mas sim no chão, onde Jesus lava os pés de Seus discípulos. É o sacramento da humilhação e da humildade, é um Deus que se humilha, de tal forma, que já não basta ser humano, Ele se humilha em forma de trigo e reveste-se para tornar-se o Pão que nos alimenta.

Celebrar a Eucaristia é morrer para si mesmo, humilhar-se a si mesmo para cuidar uns dos outros, para lavar os pés dos irmãos, para ser “escravos” uns dos outros, não da escravidão humana nem da submissão à paixão ou a qualquer forma violenta dos sentimentos humanos, mas sim a escravidão do serviço, do cuidado, do perder a razão para submeter-se ao amor divino. 

A Eucaristia começa com o perdão, quando perdoamos uns aos outros, quando deixamos de ter razão para que o amor fale mais alto em nosso coração. A Eucaristia começa nos pés dos mais sofridos e necessitados! Eucaristia é lavar os pés da humanidade suja pela poeira das estradas da vida, pelos maus tratos que sofrem em tantas circunstâncias.

Não basta comungarmos o Corpo e o Sangue de Cristo e reinflamar o nosso ego: “Ah, Cristo está em mim!”. É preciso receber o Cristo na Eucaristia e cuidar do Cristo sofrido, machucado, maltratado, despido e humilhado.

Nós nos acostumamos a contemplar simplesmente o Cristo glorioso, mas Ele passa pela Paixão e pela humilhação. Por isso, meus irmãos, é preciso abaixar, descer até o chão e ir ao encontro dos que mais sofrem, para neles contemplarmos o Cristo crucificado.

Precisamos, todos os dias, lavar os pés uns dos outros e celebrar na Eucaristia a pessoa dos pobres e sofridos!

Deus abençoe você.


(Homilia cancaonova.com)

terça-feira, 22 de março de 2016

Homilia DOMINGO DE RAMOS


Seguir Jesus é renunciar ao egoísmo, poder e à fama, diz Papa
Se queremos seguir o Mestre, somos chamados a escolher o seu caminho: o caminho do serviço, da doação, do esquecimento de nós próprios

(Rádio Vaticano)

Aniquilação e humilhação: estas duas atitudes de Cristo guiaram a homilia do Papa Francisco na celebração deste Domingo de Ramos, 20. Milhares de fiéis participaram da Santa Missa, que foi precedida pela tradicional procissão com os ramos na Praça São Pedro, decorada com cerca de 10 mil plantas, abrindo assim as celebrações da Semana Santa.
Francisco recordou o entusiasmo com o qual Jesus foi acolhido em Jerusalém. Do mesmo modo, afirmou, Cristo deseja entrar em nossas cidades e nossas vidas. “Que nada nos impeça de encontrar Nele a fonte da verdadeira alegria, pois só Jesus nos salva das amarras do pecado, da morte, do medo e da tristeza.”
Entretanto, a Liturgia de hoje nos ensina que o Senhor não nos salvou com uma entrada triunfal nem por meio de milagres prestigiosos. O apóstolo Paulo, na segunda leitura, resume o caminho da redenção com dois verbos: “aniquilou-Se” e “humilhou-Se” a Si mesmo.
“Estes dois verbos nos indicam até que extremo chegou o amor de Deus por nós. Jesus aniquilou-Se a Si mesmo: renunciou à glória de Filho de Deus e tornou-Se Filho do homem. E não só… Viveu entre nós numa condição de servo: não de rei, nem de príncipe, mas de servo. Para isso, humilhou-Se e o abismo da sua humilhação, que a Semana Santa nos mostra, parece sem fundo.”

Amor sem fim

O primeiro gesto deste amor “sem fim” é o lava-pés, explicou Francisco. “Mostrou-nos, com o exemplo, que temos necessidade de ser alcançados pelo seu amor, que se inclina sobre nós; não podemos prescindir dele, não podemos amar sem antes nos deixarmos amar por Ele e sem aceitar que o verdadeiro amor consiste no serviço concreto.
Mas isto é apenas o início, ressaltou o Papa. A humilhação que Jesus sofre torna-se extrema na Paixão. Ele é abandonado, renegado, sofre a infâmia e a iníqua condenação. Jesus sente na pela a indiferença, porque ninguém quer assumir a responsabilidade por seu destino. A este ponto, Francisco saiu do texto para citar os inúmeros “marginalizados, prófugos e refugiados” dos quais ninguém quer assumir a responsabilidade por sua sorte.
Mas a solidão, a difamação e o sofrimento não são ainda o ponto culminante do seu despojamento. Para ser solidário conosco em tudo, na cruz experimenta também o misterioso abandono do Pai. No ápice da aniquilação, Jesus revela o verdadeiro rosto de Deus, que é misericórdia. Perdoa aos seus algozes, abre as portas do paraíso ao ladrão arrependido e toca o coração do centurião. “Se é abissal o mistério do mal, infinita é a realidade do Amor que o atravessou.”
Todavia, acrescentou, o modo de agir de Deus pode nos parecer muito distante. “Ele renunciou a Si mesmo por nós; e quanto nos custa renunciar a algo por Ele e pelos outros! Mas, se queremos seguir o Mestre, somos chamados a escolher o seu caminho: o caminho do serviço, da doação, do esquecimento de nós próprios.”

Contemplar o Crucificado

Para o Pontífice, podemos aprender este caminho detendo-nos nestes dias em contemplação do Crucificado, “cátedra de Deus”, “para renunciar ao egoísmo, à busca do poder e da fama”. Citando a Gaudium et Spes, Francisco afirmou que nos esquecemos que “o homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem”.
“Fixemos o olhar Nele, peçamos a graça de compreender algo da sua aniquilação por nós e respondamos ao seu amor infinito com um pouco de amor concreto”, foi a exortação final do Papa Francisco.




domingo, 20 de março de 2016

HOJE É O DIA DO SENHOR


HOJE É DOMINGO DE RAMOS

Hosana Hey
 
Com o Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa. 
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém marca o fim daquilo que Jerusalém representava para o Antigo Testamento e assinala o início da nova Jerusalém, 
a Igreja, que se estenderá por todo o mundo 
como um sinal universal da futura redenção.
 
Na Igreja primitiva a celebração desse domingo focalizava aspectos diferentes:
Em Roma, o tema central era a Paixão do Senhor; 
em Jerusalém, era a Entrada triunfal de Jesus, destacando a Procissão dos ramos. 
Atualmente, as duas tradições se integram numa única celebração.
- Por isso, a celebração começa com o rito da bênção dos ramos, 
  a leitura da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e a procissão.
- Termina com a celebração da Eucaristia, com a proclamação da Paixão.
 
+ Na 1ª PARTE, nos unimos ao Povo de Jerusalém,
  que aclama alegre e feliz: "Hosana ao Filho de Davi".
 
- O Povo estende seus mantos a Jesus que passa, montado num burrinho,
 e com entusiasmo o saúda com ramos nas mãos. 
- Os fariseus reclamam dessa agitação "exagerada".
- E Jesus responde: "Se eles se calarem, as pedras gritarão..."
 
* É a entrada do "Príncipe da Paz", 
  que esconde os trágicos acontecimentos da paixão.
 
+ A 2ª PARTE nos introduz na SEMANA SANTA.
 
+ A 1ª Leitura apresenta a Missão do "Servo Sofredor",
que testemunhou no meio dos povos a Palavra da Salvação.
Apesar do sofrimento e da perseguição, 
o Profeta confiou em Deus e realizou o Plano de Deus. (Is 50,4-7)
 
* Os primeiros cristãos viram nesse "Servo" a figura de Jesus. 
 
O Salmo tem grande importância: é mencionado por Cristo na Cruz:
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"
 
A 2ª Leitura é um HINO, que apresenta o "despojamento" de Jesus. 
Humilhou-se até a morte de cruz como o Servo de Javé, 
mas foi glorificado como Filho de Deus na Ressurreição. (Fl 2,6-11)
 
O Evangelho convida-nos a contemplar a PAIXÃO e Morte de Jesus,
segundo a narrativa de Lucas. (Lc 22, 1-49)
 
+ O Sentido da Paixão e Morte de Jesus:
A morte de Jesus deve ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus percebeu que o Pai o chamava a uma missão:
Anunciar a Boa Nova aos pobres e pôr em liberdade os oprimidos. 
Para concretizar este projeto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina,
"fazendo o bem" e anunciando um mundo novo de vida, de liberdade, 
de paz e de amor para todos.
- Ensinou que Deus era amor e não excluía ninguém, nem os pecadores; 
ensinou que os pobres e os marginalizados eram os preferidos de Deus. 
- Avisou os “ricos” e os poderosos, de que o egoísmo e o orgulho,
só podiam conduzir à morte. 
 
- O projeto libertador de Jesus entrou em choque com as autoridades, 
que se sentiram incomodadas com a denúncia de Jesus:
não estavam dispostas a renunciar poder, influência, domínio, privilégios. 
Por isso, prenderam Jesus, julgaram-no, condenaram-no e pregaram-no na cruz. A morte de Jesus é a conseqüência do anúncio do Reino
que provocou tensões e resistências. 
 
DADOS EXCLUSIVOS DE LUCAS:
 
- Só Lucas põe Jesus dizendo: "fazei isto em memória de mim". 
 Não é apenas repetir as palavras de Jesus sobre o Pão e o Vinho,
 mas também a entrega de Jesus, a doação da vida por Amor.
- Apresenta a discussão sobre quem era o "maior".
 Jesus avisa que o "maior" é aquele que serve. 
 Apresenta seu exemplo e convoca os discípulos a fazerem o mesmo.
- No Jardim das Oliveiras, acentua a fragilidade humana de Jesus.
 Fala do anjo, do suor de sangue e da submissão total ao projeto do Pai.
- Aparece a Bondade e a Misericórdia de Deus em gestos concretos:
  . Cura do guarda ferido por Pedro...
  . As Palavras na Cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
  . Ao Bom Ladrão: "Ainda hoje estarás comigo no paraíso". 
  . Preocupa-se com as mulheres que choram sua morte:
    "Chorai antes... sobre vós... e sobre vossos filhos".
- Simão de Cirene carrega a cruz "atrás de Jesus".
 Modelo do Discípulo, que toma a cruz de Jesus e o segue no seu caminho...
 
+ Celebrar a Paixão e Morte de Jesus 
é abismar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil... 
Por amor, ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites,
experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai; 
e, estendido no chão, esmagado contra a terra, traído, abandonado, incompreendido, continuou a amar. 
 
Contemplar a Cruz onde se manifesta o amor de Jesus: 
- Significa assumir a mesma atitude de amor, de entrega e 
 solidarizar-se com os que continuam sendo crucificados... 
- Significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo...
- Significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens. 
- Significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor... 
+ Somos convidados a começar a Semana Santa, com um novo ardor... 
Que o grito de alegria de hoje, não se converta em "crucifica-o", na sexta feira.
Que os ramos, que são brotos novos de propósitos santos,
não murchem nas mãos e se convertam em ramos secos. 
Caminhemos até a Páscoa com amor.
 
+ Levamos hoje para casa RAMOS BENTOS,
  como lembrança dessa celebração.  
Não devem ser vistos como algo folclórico,
como amuletos da sorte ou de proteção contra os perigos,
mas algo sagrado, que levamos para casa 
como um SINAL visível do compromisso assumido
de seguir Jesus no caminho ao Pai.
 
A presença dos ramos em nossos lares deve ser uma lembrança
de que hoje aclamamos a Jesus, como nosso Rei, 
e que desejamos aclamá-lo durante toda a nossa vida, como nosso Salvador.

 
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.03.2016

sábado, 19 de março de 2016

Papa a familias Neocatecumenales en misión:

 

“Yo me quedo aquí pero mi corazón se va con vosotros”

2016-03-18



La emoción era enorme por encontrarse con el Papa y se lo demostraron así.

Francisco respondió a este cariño repartiendo besos y abrazos a los más pequeños... Y fueron muchos. 

Tantos que el Papa pidió a cuatro de ellos que lo acompañaran.

El iniciador de este itinerario de iniciación cristiana, Kiko Argüello, explicó al Papa quiénes son estos peregrinos. Son 270 familias que formarán 57 "missio ad gentes”. Cada una está compuesta por 4 o 5 familias que, junto a un sacerdote, se marcharán a distintas zonas del mundo con pocos cristianos, desde Siberia a China o Etiopía.

El Papa les pidió que no se olviden de cuidar el carisma que han recibido a través del bautismo siendo humildes y obedientes.

FRANCISCO
"Habéis recibido un gran carisma por la renovación bautismal de la vida. A la Iglesia se entra por el bautismo. Cada carisma es una gracia de Dios para acrecentar la comunión. Pero el carisma puede deteriorarse cuando se cierra en sí mismo o se presume, cuando se quiere diferenciar de los otros. Por eso, hay que cuidarlo”.

Francisco también les agradeció su gesto de dejarlo todo para ser instrumentos de la Iglesia.

FRANCISCO
"La Iglesia no es un instrumento para nosotros. Nosotros somos Iglesia. Os agradezco en mi nombre y en el nombre de toda la Iglesia este gesto de marcharos, de ir a lo desconocido y de sufrir, -porque encontraréis sufrimiento allí-, pero también estará la alegría de la gloria de Dios, la gloria que está en la Cruz”.

Y antes de terminar su discurso, les aseguró que, aunque él no se mueve de Roma, va a estar muy cerca de todos ellos en sus destinos.

FRANCISCO
"Yo me quedo aquí pero mi corazón se va con vosotros”.

Después Francisco bendijo a los sacerdotes y a las familias que formarán estas nuevas comunidades. Los curas arrodillados, las familias con su cruz en mano.

El Papa entregó a cada sacerdote una de las cruces bendecidas.

El tierno encuentro finalizó con el rezo del Padrenuestro y la entrega al Papa de un icono. 



(Radiovaticano)

sexta-feira, 18 de março de 2016

Francisco recebe o Presidente de Portugal Rebelo de Sousa



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, (17/03), o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa em sua primeira viagem oficial ao exterior.

No encontro “foram sublinhadas as boas relações entre a Santa Sé e Portugal, bem como a contribuição da Igreja à vida do país, com especial referência ao debate na sociedade sobre a dignidade da vida humana e  sobre a família”.

Durante a audiência, prossegue um comunicado da Sala de Imprensa vaticana, “houve uma troca 
de opiniões sobre a situação na Europa e na área do Mediterrâneo, em particular sobre a questão da migração, bem como sobre outras questões de interesse internacional". 

Gratidão
 
Por ocasião do terceiro ano de pontificado de Francisco nos dias passado o presidente, em uma mensagem, manifestou “a gratidão e o reconhecimento do povo português pelo luminoso magistério” do pontífice. 

Rebelo de Sousa elogia “uma visão arrojada do combate às desigualdades, marginalizações e opressões de mais de oito séculos”. “Pela palavra e pelo exemplo, ao longo dos últimos três anos tem Sua Santidade levado a todos os continentes a mensagem cristã e os princípios éticos que a fundamentam, assentes na dignidade da pessoa humana, na justiça social e no respeito pelos nossos semelhantes, crentes e não-crentes”, acrescenta a mensagem oficial.

O presidente da República disse na segunda-feira que a escolha do Vaticano para a sua primeira viagem oficial se relaciona com o fato de ter sido a primeira instituição a reconhecer Portugal como estado independente.

Visita do Papa a Portugal

Entretanto o Patriarca de Lisboa, Cardeal Manuel Clemente, espera que o Presidente da República traga do Vaticano novidades sobre a possível visita do Papa Francisco a Portugal.
Em declarações à Rádio Renascença, Dom 
 
Manuel manifestou o desejo de que o Papa permaneça em Portugal o maior número de dias possível, na visita prevista para o centenário das Aparições de Fátima, no próximo ano. 
“Eu até espero que venham de lá já mais pormenores acerca dessa vinda do Papa, se vem só para o dia 13 de maio ou, se como todos desejamos, vem um bocadinho antes ou fica um bocadinho depois”, afirmou o patriarca. “Oxalá que esta visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa também ajude a esclarecer e que o Papa nos diga alguma coisa”, sublinhou. 

Depois de ser recebido pelo Papa no Vaticano, o Presidente português segue imediatamente para Madri, para um encontro com o Rei Filipe VI de Espanha. (SP-Renascença)


(L’osservatoreromano)
2016-03-17 Rádio Vaticana

quinta-feira, 17 de março de 2016

Audiencia Geral de 16 de março de 2016


Na vida há situações, como a solidão, o sofrimento e a morte, que nos fazem sentir abandonados por Deus.

 Pensemos na situação dramática de tantos irmãos nossos forçados a deixar a sua pátria, levando nos olhos a imagem da casa destruída e, no coração, o medo e tantas vezes a dor pela perda de pessoas queridas. Nestes casos, pode-nos vir vontade de perguntar: Onde está Deus? 

Quase seiscentos anos antes de Cristo vir ao mundo, o povo de Israel viveu uma experiência devastadora – o exílio – que fez vacilar a sua fé, porque era difícil continuar a crer na bondade do Senhor lá em terra estrangeira. 

Então o profeta Jeremias procurou consolar o seu povo, assegurando-lhe que o Senhor é fiel: ama-o com amor eterno e não o abandona na desolação. O Senhor enxugará todas as lágrimas dos seus olhos e libertá-lo-á de todos os temores. E assim aconteceu…

 Setenta anos depois, o Senhor trouxe o povo de volta para a sua pátria. Israel assiste à vitória da vida sobre a morte: os retornados recebem vida duma fonte que gratuitamente os irriga, dando-lhes a fecundidade. Jeremias deu-nos o anúncio, apresentando o regresso dos exilados como um grande símbolo de consolação e ressurreição, oferecido ao coração de quem se converte.

 E o Senhor Jesus deu pleno cumprimento à mensagem do profeta: o verdadeiro e radical regresso do exílio e a luz consoladora depois da provação da fé realiza-se na Páscoa, experiência plena e definitiva do amor misericordioso de Deus. 


(News.va)


terça-feira, 15 de março de 2016

"Crucifixo não é ornamento, é mistério do aniquilamento “


Na Missa de hoje, Papa lembrou o sofrimento de Jesus, que trouxe salvação para a humanidade
O dia do Papa Francisco, nesta terça-feira, 15, começou com a celebração da Missa na Casa Santa Marta. Na homilia, ele falou do sofrimento de Jesus, que trouxe a salvação para a humanidade, de forma que o crucifixo é o símbolo desse aniquilamento, não um simples ornamento.

Francisco falou de um animal que, na Bíblia, refere-se à história da salvação: a serpente. Trata-se do primeiro animal citado no Gênesis e o último no Apocalipse. Um animal que, nas Escrituras, é símbolo poderoso de danação e, misteriosamente, afirmou o Papa, de redenção.

Para explicar esse simbolismo, o Pontífice entrelaçou a leitura extraída do Livro dos Números com o trecho do Evangelho de João. A primeira contém o célebre passo do povo de Israel que, cansado de vagar pelo deserto com pouco comida, insulta Deus e Moisés. Também aqui os protagonistas são as serpentes, por duas vezes. Primeiramente, são lançadas do céu contra o povo infiel, que semeiam medo e morte até que a multidão implore a Moisés que peça perdão. Depois, entra em cena outra serpente.

“Deus diz a Moisés: ‘Faze uma serpente abrasadora (de bronze) e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá’. É misterioso: O Senhor não deixa as serpentes morrerem. Mas se uma delas fizer mal a uma pessoa, se esta olhar para aquela serpente de bronze se curará.”

O verbo “elevar”, ao contrário, está no centro do duro confronto entre Cristo e os fariseus descrito no Evangelho. A um certo ponto, Jesus afirma: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que EU SOU. Antes de mais nada, pontua Francisco, “EU SOU” é também o nome que Deus havia dado a Si mesmo a Moisés para que comunicasse aos israelitas. E ainda, acrescenta o Papa, existe aquela expressão que retorna: “Elevar o Filho do Homem”.

“A serpente é símbolo do pecado. A serpente mata, mas é ela quem salva; esse é o mistério de Cristo. Paulo, falando desse mistério, diz que Jesus esvaziou e humilhou a si mesmo, aniquilou-se para nos salvar. É ainda mais forte: ‘Fez-se pecado’. Usando esse símbolo, fez-se serpente. Essa é a mensagem profética das leituras de hoje. O Filho do Homem, que como uma serpente, ‘feito pecado’, é elevado para nos salvar”.

Esta, diz o Papa, é a história da redenção, a história do amor de Deus. “Se nós quisermos conhecer o amor de Deus, olhemos para o crucifixo: um homem torturado, um Deus esvaziado da divindade, sujo pelo pecado”. Mas um Deus que, aniquilando-se, destrói para sempre o verdadeiro nome do mal, aquele que o Apocalipse chama “a serpente antiga”.

“O pecado é obra de satanás e Jesus o vence ‘fazendo-se pecado’ e de lá eleva todos nós. O crucifixo não é um ornamento, não é uma obra de arte, com tantas pedras preciosas, como se vê por aí: o Crucifixo é o Mistério do ‘aniquilamento’ de Deus, por amor. Aquela serpente, que no deserto profetiza a salvação, está elevada, e quem quer que a olhe será curado. Isso não foi feito com a varinha mágica de um deus que faz coisas. Não! Foi feito com o sofrimento do Filho do Homem, com o sofrimento de Jesus Cristo!”.


Da Redação, com Rádio Vaticano
TERÇA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2016


Se olhares para o alto viverás

“Aquele que for mordido e olhar 
para a serpente de bronze viverá. “
Nm 21,4-9 

O Tempo da Quaresma está a chegar ao fim para dar lugar à grande festa da Páscoa da Ressurreição. 

Este, é o tempo da penitencia e da salvação. A liturgia diz que ainda vamos a tempo da conversão: aquele que tiver pecado e olhar para o alto, para o mistério da Cruz e Ressurreição, salvar-se-à e viverá. Todos nós pecadores, se nos arrependermos verdadeiramente de termos sido infiéis ao amor de Deus, seremos perdoados, porque o Senhor é um Deus misericordioso.

É a hora de rasgar o coração para que fique aberto quando o Senhor passar. Ele vai entrar e “ceará contigo e tu com Ele” .


PASSA UM BOM DIA
 

segunda-feira, 14 de março de 2016

Somos como a mulher adúltera

 Somos como a mulher adúltera diante de Deus, Ele nos salva e quer nossa conversão

Por Alvaro de Juana


VATICANO, 13 Mar. 16 / 12:00 pm (ACI).- O Papa Francisco comentou o Evangelho deste domingo, durante a Oração do Ângelus na manhã de hoje, relatou o episódio da mulher adúltera, evidenciando o tema da misericórdia de Deus que nunca quer a morte do pecador, mas que se converta e viva" .

"Ele é a graça que salva do pecado e da morte", sublinhou. "Deus não nos prega ao nosso pecado, não nos identifica com o mal que cometemos. Ele quer nos libertar e quer que também nós queiramos junto com Ele. Quer que a nossa liberdade se converta do mal para o bem, e isso é possível com a sua graça", disse o Pontífice na Praça de São Pedro.

Francisco explicou que "Na verdade, eles não foram ao Mestre para pedir-lhe o seu parecer, mas para fazer-lhe uma armadilha. De fato, se Jesus seguir a severidade da lei, aprovando a lapidação da mulher, perderá a sua fama de mansidão e bondade que tanto fascina o povo; se ao invés for misericordioso, irá contra a lei que Ele mesmo disse não querer abolir, mas cumprir.”

Jesus não responde, se cala e realiza um gesto misterioso: ‘Inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo’. Desta maneira, "convida todos à calma, a não agir de impulso e procurar a justiça de Deus".

Mas aqueles, maus,  "insistem e esperam dele uma resposta", recordou o Papa. Então, Jesus levanta o olhar e diz: ‘Quem de vocês não tiver pecado, atire-lhe a primeira pedra’.”
“Esta resposta abala os acusadores, desarma todos no verdadeiro sentido da palavra: Todos depuseram as armas, ou seja, as pedras prontas para serem lançadas, tanto aquelas visíveis contra a mulher, quanto as pedras escondidas contra Jesus".

“Quanto bem nos fará ser conscientes de que também nós somos pecadores! Quando falamos mal dos outros e todas essas coisas que nós conhecemos! Quanto bem nos fará ter a coragem de fazer cair no chão as pedras que lançamos contra os outros e pensar um pouco em nossos pecados”, acrescentou.

Finalmente, "permaneceram ali a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, uma diante da outra. Quantas vezes isso nos acontece, quando nos detemos diante do confessionário"
O olhar de Jesus " é cheio de misericórdia, cheio de amor para fazer aquela pessoa sentir, talvez pela primeira vez, que tem uma dignidade, que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa, que pode mudar de vida, pode sair daquelas escravidões e caminhar em uma estrada nova".

Em seguida, o Papa Francisco disse: “aquela mulher representa todos nós que somos pecadores, ou seja, adúlteros diante de Deus, traidores de sua fidelidade" e "a sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação através de Jesus".


(acidigital)

domingo, 13 de março de 2016

HOJE É O DIA DO SENHOR



V  DOMINGO DA QUARESMA


A Primeira Pedra
 
A Liturgia de hoje nos lembra 
que a Quaresma não é um tempo para atirar pedras, 
mas para construir a fraternidade.
O problema do mal e do pecado não se resolve 
com o castigo e a intolerância, mas pelo amor e a misericórdia.
 
Na 1ª Leitura, Isaías anuncia a libertação do exílio e o retorno a Israel 
como um novo Êxodo para a Terra Prometida. (Is 43,16-21)
 
* Esse "caminho" é imagem de outra libertação, 
que Deus nos convida a fazer na Quaresma e 
que também nos levará à Terra Prometida, onde corre a vida nova.
- Quais são as escravidões  que impedem, hoje, a liberdade e a vida?
- O que ainda nos mantém alienados, presos e escravos?
 
Na 2ª Leitura, Paulo afirma que a única coisa que lhe interessa
é conhecer Jesus Cristo. Tudo o resto é Lixo. (Fl 3,8-14)
 
* Qual é o lixo que me impede de nascer com Cristo para a vida nova?
 
No Evangelho temos uma comovente cena da vida de Jesus,
diante de uma Mulher PECADORA. (Jo 8,1-11)
 
No domingo passado, com a Parábola do Filho Pródigo,
Jesus nos mostrou o amor misericordioso de Deus.
Hoje, Ele dá o exemplo, passando das palavras aos fatos...
 
- Jesus ensinava no templo. 
- Os escribas fiscalizavam o Mestre, buscando pretextos para acusá-lo.  
 Trouxeram uma mulher surpreendida em pecado de adultério e 
 segundo a lei de Moisés tais pessoas deviam ser apedrejadas. 
 Aproveitaram a situação, para deixar o Cristo numa situação embaraçosa:
"Mestre, que vamos fazer dessa mulher,
perdoá-la ou apedrejá-la, como manda a nossa lei?"
 
- Para os escribas e fariseus, era uma oportunidade 
 para testar a fidelidade de Jesus às exigências da Lei.
- Para Jesus, foi uma oportunidade para revelar 
 a atitude de Deus frente ao pecado e ao pecador.
 
- Jesus não aceita uma lei que em nome de Deus gera a morte,
 por isso não respondeu e ficou rabiscando no chão. 
 Diante da insistência dos acusadores, ele se levantou e os desafiou:
"Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra..." 
 
- E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Não sabemos o que.
 Segundo uma tradição, Jesus escrevia os pecados de cada um deles...
 E então aqueles "cumpridores" da lei, envergonhados, 
 foram saindo um a um, começando pelos mais velhos... 
 Só ficaram no pátio do templo a mulher, os discípulos e ele, Jesus... 
 
- Então Jesus perguntou: "Mulher, ninguém te condenou?
 Nem eu te condeno...  Vai e não peques mais..."
 
* A mulher não tinha manifestado nenhum sinal de arrependimento. 
  Assim mesmo, Jesus a convida a seguir um caminho novo de liberdade e paz. 
  Jesus não aprova o pecado, mas não condena a pecadora.
  Mostra que o importante é a conversão das pessoas, não sua condenação.
  E ainda hoje, no Sacramento da Reconciliação, Deus continua nos dizendo:  
  "Teus pecados estão perdoados. Vai em paz e não peques mais..."
 
No episódio, Jesus nos oferece:
 
+ Uma imagem de Deus,
  Um Deus que é mais misericórdia, do que justiça.
  Não quer a morte do pecador, mas a sua plena libertação.
  A força de Deus não está no castigo, mas no Amor.
 
+ Um "NÃO" à Hipocrisia fiscalizadora dos escribas, de ontem e de hoje...
  Ainda hoje a intransigência fala mais forte do que o amor.   
  Mata-se, oprime-se, escraviza-se em nome de Deus.
  Todos somos pecadores e não temos o direito de condenar,
  de nos tornar fiscais dos outros...
 
- Quando os acusadores ouviram as palavras de Jesus,
  largaram as pedras e foram embora.
  Nós, pelo contrário, ouvimos a Palavra do Evangelho,
 mas não soltamos as pedras, nem recolhemos a nossa língua.  
 
+ Um Apelo:
  Não devemos discriminar e condenar a gente caída à beira do caminho.
  Eles não precisam de juizes... mas de salvadores...
 
* Qual é a nossa atitude, diante dessas pessoas?
 
   - A de Cristo? Ele teve "compaixão e compreensão..." 
     Ele não aprovou o pecado... mas não condenou a pessoa.... 
"Eu também não te condeno... Vai e não peques mais...”
    - Ou a dos escribas? (com Pedras nas mãos... ou melhor na língua...)
 
* Em Nossas comunidades, há ainda hoje pessoas,
  que continuam atirando pedras?
 
- Quais seriam as pedras, que ainda hoje continuamos atirando,
    machucando... e às vezes até destruindo o bom nome delas?
 
- E o que Cristo poderia estar rabiscando hoje, de nós, no chão?

 Poderíamos enfrentar o desafio de Cristo:
  "Quem não tiver pecado pode atirar a primeira pedra?"

 
  Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 13.03.2016

sexta-feira, 11 de março de 2016

Papa de regresso ao Vaticano após retiro de Quaresma

    


Concluidos exercícios espirituais de Quaresma do Papa e da Cúria Romana



Francisco desafiou colaboradores a redescobrir capacidade de sonhar


Cidade do Vaticano, 11 mar 2016 (Ecclesia) - O Papa e os seus colaboradores da Cúria Romana regressaram hoje ao Vaticano após a conclusão do retiro de Quaresma que se tinha iniciado este domingo na Casa ‘Divino Mestre’, dos Paulistas, em Ariccia, arredores de Roma.

Francisco disse no final destes dias de oração e reflexão que é preciso voltar a descobrir"«a coragem de sonhar", a coragem testemunhada pelos santos como Francisco Xavier, que acalentou durante toda a sua vida o "sonho" de chegar à China.

O Papa, refere o jornal 'L'Osservatore Romano', proferiu palavras de gratidão ao pregador, agradecendo-lhe sobretudo pela sua "paixão".

A meditação conclusiva dos exercícios espirituais, orientados pelo padre Ermes Ronchi propôs uma reflexão sobre Anunciação, “evento que se realiza no quotidiano, sem testemunhas, longe das luzes e emoções do templo”.

“O primeiro anúncio de graça do Evangelho foi entregue à normalidade de uma casa”, ou seja, “ao lugar onde cada um é si mesmo”, referiu o sacerdote, citado pela Rádio Vaticano.

O pregador evocou a figura de Maria para sublinhar que “a fé é alegria ou não é fé”.
“Maria entra em cena como uma profecia de felicidade para a nossa vida, como uma bênção de esperança, consoladora”, precisou.

O Papa Francisco saudou o padre Ermes Ronchi com um abraço, no final desta semana de retiro, durante a qual não houve compromissos públicos.

Depois, antes de deixar o instituto, saudou o pessoal da casa e os superiores dos Paulistas.


OC
Agência Ecclesia 11 de Março de 2016, às 14:13 

Pregação de Quaresma- Sexualidade incompreendida



Devemos recuperar «o projeto originário de Deus» sobre a relação entre homem e mulher. «Uma das maiores ofensas que fazemos a Deus», com efeito, é a de tornar tudo o que se refere ao amor e à sexualidade «um âmbito saturado de malícia» onde «Deus não deve entrar», quase como se fosse «demais».

Segundo esta visão, é como se fosse «Satanás e não Deus» o criador dos sexos e «o especialista do amor». 

Na quarta pregação de Quaresma, pronunciada na sexta-feira 11 de março na capela Redemptoris Mater, o padre Raniero Cantalamessa, analisando a constituição pastoral Gaudium et spes, centrou a reflexão sobre matrimónio, sexualidade e família. 
Analisando os textos bíblicos da criação, o religioso, antes de tudo frisou que as duas narrações que encontramos no Génesis contribuem para dar uma visão total do projeto divino porque uma evidencia «a finalidade procriativa» e a outra o «fator unitivo» entre homem e mulher.

 A respeito da «distinção dos sexos», o capuchinho citou uma fascinante explicação literária de Paul Claudel: «O homem é um ser orgulhoso e não havia outro modo de lhe fazer compreender o próximo senão fazê-lo vir da sua carne». Isto é, comentou o pregador, «abrir-se ao outro sexo é o primeiro passo para se abrir ao outro que é o próximo, até ao Outro que é Deus».

 Portanto, o matrimónio «nasce no sinal da humildade; é reconhecimento de dependência e por conseguinte da própria condição de criatura», e «apaixonar-se por uma mulher ou por um homem é fazer o mais radical ato de humildade». Por isso se a essência da religião, como pensava Schleiermacher, consiste no sentimento de dependência diante de Deus, podemos concluir que «a sexualidade humana é a primeira escola de religião».


2016-03-11 L’Osservatore Romano
(News.va)

Ainda o retiro do Papa e da Cúria Romana


Exercícios espirituais: compaixão é ver, parar e tocar

10 de março: na manhã do quinto dia dos Exercícios Espirituais para o Papa e a Curia Romana o padre Ermes Ronchi propôs uma meditação partindo da pergunta do texto de S. João: “Mulher porque choras? Que procuras?” (Jo 20, 15)

Perante as lágrimas dos outros devemos ver como “o samaritano viu e teve compaixão. Viu as feridas daquele homem e sentiu-se ferir” – afirmou o padre Ronchi que sublinhou que a compaixão não é um pensamento abstrato mas algo de concreto que induz a não fingir que não se vê. 

Por seu lado, a atitude de parar revela como a verdadeira diferença entre cristãos, muçulmanos e judeus não é entre quem acredita ou quem diz não acreditar – referiu o padre Ronchi – mas sim entre quem pára ou quem não pára diante das feridas.

Tocar é a terceira atitude da compaixão – disse o padre Ermes Ronchi – pois “todas as vezes que Jesus se comove, toca”. Toca o filho da viúva de Naim e “viola a lei, faz aquilo que não se pode: pega num menino morto, levanta-o e entrega-o à sua mãe”. A misericórdia não é um documento mas um toque, uma carícia.


(RS)
(Radio Vaticana)

quinta-feira, 10 de março de 2016

“A Igreja seja transparente sobre bens”



Meditação de Quaresma: Igreja seja transparente sobre bens


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco e seus colaboradores da Cúria Romana entraram no quarto dia de reflexões propostas pelo Padre Ermes Ronchi durante os exercícios espirituais de Quaresma, em Ariccia.
“Aquilo que mais fere o povo cristão – observou Padre Ronchi – é o apego do clero ao dinheiro”, enquanto “o que faz o povo cristão feliz é o pão compartilhado”.
Neste contexto, a transparência dos bens da Igreja, a luta contra à fome e contra o desperdício de alimentos foram os principais temas que conduziram a sexta meditação na manhã desta quarta-feira (09/03).

“Existem pessoas tão famintas que para elas Deus não pode não ter outra forma a não ser a de um pão”. Estas foram as palavras iniciais da meditação de Padre Ronchi. A vida tem início com a fome, disse, “estar vivo é ter fome”. E se a visão se amplia, vê-se uma fome das massas, “o assédio dos pobres”, milhões de punhos cerrados que pedem algo para comer, não pedem “uma definição religiosa”. 
- E a Igreja, como responde?

Não às cortinas de fumaça

As palavras do Evangelho com as quais Padre Ronchi intercala as suas são aquelas da multiplicação dos pães e dos peixes e da pergunta de Jesus aos discípulos: “Quantos pães vocês têm? Vejam!”. Jesus, observa Padre Ronchi, “é muito prático”, pede “para fazer as contas”.
“Isso é pedido a todos os discípulos também hoje, e a mim: quanto tens? Quanto dinheiro, quantas casas? Que padrão de vida? Vejam, verifiquem. Quantos carros ou quantas joias em forma de cruz e de anéis? A Igreja não deve temer a transparência, não deve ter nenhum medo da clareza sobre os seus pães e peixes, seus bens. Cinco pães e dois peixes”.

Compartilhar é multiplicar

“Com a transparência se é verdadeiro. E quando se é verdadeiro se é também livre”, afirma o pregador dos exercícios. Como Jesus, que “não se fez comprar por ninguém”, e “jamais entrou nos palácios dos potentes, somente quando prisioneiro”.
 
Quando não se tem, nota Padre Ronchi, procura-se reter, como aquelas Ordens religiosas que tentam administrar os bens como se isso pudesse produzir aquela segurança corroída pela crise das vocações. Ao invés, a lógica de Jesus é aquela do dom. “Amar” no Evangelho se traduz em um verbo seco: “dar”. O milagre da multiplicação diz isto, que Jesus 
“não se preocupa com a quantidade” do pão, aquilo que quer é que o pão seja compartilhado: 
“De acordo com uma misteriosa regra divina: quando o meu pão passa a ser o nosso pão, também o pouco passa a ser suficiente. E, ao contrário, a fome começa quando restrinjo o meu pão a mim, quando o Ocidente saciado restringe seu pão, seus peixes, os seus bens para si (...) Alimentar a terra, toda a terra, é possível, há pão em abundância. Não é preciso multiplicá-lo, basta distribuí-lo, começando por nós. Não são necessárias multiplicações prodigiosas, mas derrotar a Gula do egoísmo, do desperdício de alimento e do acúmulo de poucos”.

“A fome dos outros tem direitos sobre mim”

“Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste...”. Nesta promessa de Jesus está contida, reitera Padre Ronchi, “a misteriosa, imensa economia do dom e do cêntuplo, que é o diferencial de todas as balanças. Isto “me conforta – disse – porque mostra que a verdade última segue a lógica do dom, não aquela da observância”. E a “pergunta última será: doaste pouco ou doaste muito à vida”. “Disto depende a vida, não dos bens”, conclui Padre Ronchi. E são suficientes cinco pães doados para mudar o mundo: 
“O milagre são os cinco pães e os dois peixes que a Igreja nascente coloca nas mãos de Cristo confiando-se, sem calcular e sem reter qualquer coisa para si e para o próprio jantar. É pouco mas é tudo aquilo que tem, é pouco mas é o jantar completo dos discípulos, é uma gota no mar, mas é aquela gota que pode dar sentido e pode dar esperança à vida”. (rb)  
(from Vatican Radio) 



quarta-feira, 9 de março de 2016

“Quem diz o povo que eu sou?”



Exercícios espirituais da Cúria romana em Ariccia – IV Encontro


«Quem diz o povo que eu sou?». Num tempo em que não existiam ainda os meios de comunicação Jesus quis lançar esta espécie de «pesquisa de opinião» entre os seus apóstolos. E sobre esta pergunta crucial baseou-se a quarta meditação pronunciada pelo padre Ermes Ronchi na manhã de terça-feira, 8 de março, durante os exercícios espirituais quaresmais pregados ao Papa e à Cúria Romana. 

Na capela da Casa do Divino Mestre de Ariccia o religioso dos servos de Maria relançou a pergunta de Jesus, recordando que a opinião das pessoas sobre ele era incompleta embora fosse boa. 
Consideravam-no um profeta, como Elias ou João Batista, mas esta resposta tem um limite: Jesus não é um homem do passado, um profeta de outrora. Eis então a pergunta direta aos seus discípulos: «Mas vós, quem dizeis que eu sou?».

 O padre Ronchi observou que no interior desta questão existe um adversativo, aquele «mas» quase em oposição ao que as pessoas pensam e dizem. Parece até que o Mestre queira solicitar os apóstolos a refletir e convida-os a não se contentarem, porque a fé não progride somente por ouvir dizer. Jesus solicita os apóstolos a rever a sua relação com ele. Não quer definições abstratas, mas o envolvimento pessoal. 

A pergunta «Quem sou eu para ti?» é o coração pulsante da fé, explicou o religioso. Jesus formula a pergunta em sinal de amizade: não dá lições, não impõe respostas, mas convida a procurar dentro. Então e só então se pode responder como fez o pregador: «Encontrar-te foi a melhor coisa da minha vida!». 



2016-03-08 L’Osservatore Romano
(News.va)

terça-feira, 8 de março de 2016

Deter-nos à escuta de um Deus de perguntas


Exercícios espirituais: Deus é alegria, não deixamos que morra nas igrejas

Ariccia (RV) – Segundo dia de exercícios espirituais para o Papa e a Cúria Romana. O retiro quaresmal teve início na tarde de domingo (06/03), na Casa do Divino Mestre de Ariccia. Este ano, as meditações são guiadas pelo sacerdote Ermes Ronchi, da Ordem dos Servos de Maria.


Cerca de sessenta membros da Cúria Romana, entre responsáveis de dicastérios, bispos e cardeais, estão refletindo sobre as “Perguntas abertas do Evangelho”, eixo central das meditações. A primeira pergunta foi extraída do Evangelho de João “Jesus voltou-se para trás e, vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?”  (Jo, 1, 38) 

"A proposta para esses dias juntos – disse o padre servita - é deter-nos à escuta de um Deus de perguntas: não mais interrogar o Senhor, mas deixar-se interrogar por Ele. E ao invés de correr logo em busca da resposta, parar para viver bem as perguntas, as abertas perguntas do Evangelho. Amar as perguntas, estas já são revelação". "As perguntas são (...) o outro nome da conversão", afirmou. 

Mais questionamentos, menos afirmações

"Jesus – disse padre Ronchi – educa à fé mais por meio de questionamentos do que de afirmações". Os quatro evangelhos – prosseguiu – trazem mais de 220 perguntas do Senhor: “A pergunta é a comunicação não violenta, que não emudece o outro, mas propõe o diálogo, o envolve e, ao mesmo tempo, o deixa livre. O próprio Jesus é uma interrogação. A sua vida e a sua morte nos interpelam sobre o sentido último das coisas, nos interrogam sobre aquilo que faz feliz a vida. E a resposta ainda é Ele”.

Padre Ronchi prosseguiu recordando que Jesus não nos pede renúncias ou sacrifícios, mas pede em primeiro lugar para entrar em nosso coração, para compreender aquilo que mais desejo, aquilo que me faz feliz. Buscar a felicidade é buscar Deus e “a paixão por Deus nasce da descoberta da beleza de Cristo. Deus me atrai não porque é onipotente, não me seduz porque é eterno ou perfeito”, mas “me seduz com a face e a história de Cristo, o homem da vida bela e beata, amor e livre como ninguém. Ele é a boa nova que diz: é possível viver melhor, para todos. E o Evangelho possui a chave para isso”. 

O nome de Deus é alegria

A fé é buscar “um Deus sensível ao coração, que faz feliz o coração, cujo nome é alegria, liberdade e plenitude. Deus é belo. Cabe a nós anunciar um Deus belo, desejável e interessante”. Talvez – acrescentou - “tenhamos empobrecido a face de Deus, às vezes o reduzimos em miséria, relegado a revistar no passado e no pecado do homem. Talvez um Deus que se venera e se adora, mas não aquele envolvido e envolvente, que ri e brinca com os seus filhos”. 

Deus pode morrer de tédio em nossas igrejas

“Todo homem – concluiu Padre Ermes Ronchi – busca um Deus envolvente. Deus pode morrer de tédio nas nossas igrejas. É preciso restituir sua face solar, um Deus a ser saboreado, desejável. Será como beber nas fontes da luz, na beira do infinito. O que buscam? Por quem vocês caminham? Busco um Deus desejável, caminho por alguém que faz feliz o coração”. 

Y
(BF)
(News.va)
2016-03-07 Rádio Vaticana




domingo, 6 de março de 2016

HOJE É O DIA DO SENHOR



IV DOMINGO DA QUARESMA

 Sede misericordiosos

A Liturgia é um convite à RECONCILIAÇÃO.
 
As leituras mostram os caminhos da Reconciliação:
O Amor de Deus Pai se manifesta dando uma pátria ao povo de Israel, 
uma casa paterna ao filho que volta e uma personalidade nova em Cristo. 
Como resposta, o homem celebra o dom de Deus, reconhece seu pecado 
e volta arrependido aos braços do Pai e reconhece que a iniciativa 
da reconciliação vem de Deus por meio de Cristo reconciliador.
 
Na 1ª Leitura Deus se reconcilia com o seu Povo. (Jos 5,9a.10-12)
 
Israel celebra pela 1ª vez a Páscoa na Terra Prometida. 
Antes, os nascidos no deserto, ainda não circuncidados, devem passar 
pela circuncisão, como sinal da Aliança e de pertença ao Povo eleito.
Assim TODOS poderiam celebrar a Páscoa, como início de uma vida nova.
 
* A Quaresma é tempo de retificar os caminhos e nos reconciliar com Deus. 
O Povo de Israel caminhou pelo deserto, buscou a liberdade e, 
no final, chegou à terra prometida. Nela celebrou a Páscoa.
E nós, novo povo de Deus, que páscoa, que terra, que libertação procuramos?
 
A 2ª Leitura é um Hino que enaltece a Misericórdia de Deus,
que nos deu a vida em Cristo e recomenda: 
"DEIXAI-VOS RECONCILIAR com Deus". (2Cor 5,17-21)
* Ser cristão é aceitar essa Reconciliação com Deus, em Cristo.
A comunhão com Deus exige a reconciliação com os outros irmãos. 
 
No Evangelho, o PAI se reconciliou com o filho e
convidou os filhos se reconciliarem entre eles. (Lc 15,1-3.11-32)
 
Um grupo de fariseus e escribas criticava Jesus,
pela atenção especial que dava aos marginalizados, 
muitas vezes tidos como "pecadores pela sociedade de então.
- Jesus responde com três parábolas (Ovelha, Moeda e Filho Pródigo),
que revelam a grande bondade e MISERICÓRDIA de Deus, 
que sai à procura do perdido
 
A Parábola do PAI MISERICORDIOSO (ou do Filho Pródigo) 
narra 2 cenas: o Filho mais novo e o Filho mais velho, 
unidas pela ação do PAI, que é o centro do relato:
 
+ O Filho mais novo, numa atitude de orgulho e de desprezo... 
  afastou-se do Pai, da família e da comunidade... 
  renunciou à sua posição de filho e foi "para longe"...
- Sonhou sua felicidade com uma vida de independência e de liberdade,
 e voltou espoliado, esfarrapado, faminto e sem dignidade...
- "Longe" da casa do Pai, não encontrou a felicidade desejada. 
 A fome fez ter saudades da casa do Pai e 
 a lembrança da bondade do Pai o animou a voltar...
+ O Filho mais velho é um "bom filho", sóbrio, obediente e trabalhador... 
   mas não é um bom irmão. Não aceita a volta do irmão, 
   nem mesmo o amor do Pai, que o acolheu...
 
+ O Pai é o personagem central:
  Sai ao encontro dos DOIS FILHOS:
 
  - CORRE "movido de compaixão" ao encontro do Filho mais novo... 
    abraça-o... beija-o... Manda buscar roupa, calçado, o anel, 
    para que o filho seja restituído em sua dignidade de filho.
    E faz uma FESTA para celebrar na alegria a sua volta...
 
  - VAI também ao encontro do Filho mais velho... 
    Suplica-lhe que entre... convida-o para a festa... para a alegria... 
 
* Podemos abandonar a nossa dignidade de filhos. 
  Deus não abandona a sua missão de Pai.
  Deus sai à procura dos perdidos e festeja porque são resgatados...
  A ação do Pai reflete a atitude de Jesus e deve ser também a nossa.
 
- Quem é esse jovem, que num desejo de liberdade e felicidade,
 vai longe do pai, da família, da comunidade e de Deus...
 e quando sente o vazio em que se encontra, 
 começa a sentir saudades da casa do pai?
 
- Quem é esse irmão mais velho, "bom praticante", mas mau irmão,
 que não se alegra com o retorno do irmão arrependido,
 e até tenta impedir a volta de quem se desgarrou na vida?
 Quantos filhos pródigos (Jovens) continuam ainda hoje pródigos,
 perdidos, longe da casa do Pai... 
 porque não há quem acredite neles e vá ao seu encontro,
 ajudando-os a descobrirem os valores da vida e da fé...
 
 * Talvez sejamos um pouco dos dois:
    Todos temos um pouco do pecado do mais novo e 
    da intransigência do mais velho. 
 
+ O Evangelho de hoje nos convida a imitar o gesto do Pai:
  - que respeita a liberdade e as decisões dos seus filhos...
  - que continua a amar e a esperar o regresso dos filhos rebeldes.     
 - que está sempre preparado para abraçar os filhos que retornam.. 
  - que os acolhe com amor e os reintegra na sua família. 
  - que festeja com alegria a sua volta...
 
Acolhendo os apelos de conversão da Quaresma e da Palavra de Deus,
a nossa celebração será sempre um verdadeiro banquete
para celebrar na alegria a volta ao Pai e à comunidade 
dos filhos pródigos que estavam perdidos, mas que voltaram à vida 
pela Bondade de Deus e pela Acolhida dos irmãos.
 

    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 06.03.2016

( buscandonovasaguas)

sábado, 5 de março de 2016

24 horas para o Senhor


Homilia do Papa na celebração penitencial 
Basílica Vaticana

Sexta-feira, 4 de março de 2016

Boletim da Santa Sé

«Que eu veja de novo» (Mc 10, 51): este é o pedido que queremos fazer hoje ao Senhor. Ver de novo, depois de os nossos pecados nos terem feito perder de vista o bem e desviar da beleza da nossa vocação, levando-nos a vagar longe da meta.

Este trecho do Evangelho possui um grande valor simbólico e existencial, porque cada um de nós se encontra na situação de Bartimeu. A sua cegueira levara-o à pobreza e a viver na periferia da cidade, dependendo em tudo dos outros. Também o pecado tem este efeito: empobrece-nos e isola-nos. É uma cegueira do espírito que impede de ver o essencial, fixar o olhar no amor que dá a vida; e, aos poucos, leva a deter-se no que é superficial até deixar insensíveis aos outros e ao bem. Quantas tentações têm a força de anuviar a vista do coração e torná-lo míope! Como é fácil e errado crer que a vida dependa do que se possui, do sucesso ou do aplauso que se recebe; que a economia seja feita apenas de lucro e consumo; que as pretensões próprias devam prevalecer sobre a responsabilidade social! Olhando apenas para o nosso eu, tornamo-nos cegos, amortecidos e fechados em nós mesmos, sem alegria nem verdadeira liberdade.

Mas Jesus passa; passa, mas detém o passo: «parou», diz o Evangelho (v. 49). Então um frémito atravessa o coração, porque nos damos conta de ser contemplados pela Luz, por aquela Luz gentil que nos convida a não ficar fechados nas nossas cegueiras tenebrosas. A presença de Jesus perto de nós faz sentir que, longe d’Ele, falta-nos qualquer coisa importante: faz-nos sentir necessitados de salvação; e isto é o princípio da cura do coração. Depois, quando o desejo de ser curado ganha audácia, leva a rezar, a gritar, com força e insistência, por ajuda, como faz Bartimeu: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!» (v. 47).

Infelizmente, há sempre alguém (o Evangelho fala de «muitos») que não quer parar, não quer ser incomodado por quem grita a sua aflição, preferindo mandar calar e repreender o pobre que chateia (cf. v. 48). É a tentação de prosseguir como se nada tivesse acontecido; mas, assim, afastamo-nos do Senhor e deixamos afastados de Jesus também os outros. Reconheçamos todos que somos mendigos do amor de Deus, e não deixemos escapar o Senhor que passa. «Timeo transeuntem Dominum – temo que o Senhor passe» (Santo Agostinho). Demos voz ao nosso desejo mais verdadeiro: «[Jesus], que eu veja de novo!» (v. 51). Este Jubileu da Misericórdia é tempo favorável para acolher a presença de Deus, experimentar o seu amor e voltar a Ele de todo o coração. Como Bartimeu, joguemos fora a capa e ponhamo-nos de pé (cf. v 50), ou seja, joguemos fora aquilo que nos impede de caminhar rapidamente para Ele, sem medo de deixar aquilo que nos dá segurança e a que estamos presos; não fiquemos sentados, ergamo-nos, recuperemos a nossa estatura espiritual, a dignidade de filhos amados que estão diante do Senhor para que Ele nos fixe nos olhos, nos perdoe e recrie. A palavra que, talvez, hoje chega ao nosso coração é a mesma da criação do homem: levante-te, Deus te criou em pé. Levanta-te!

Hoje mais do que nunca, sobretudo nós, pastores, somos chamados também a escutar o grito, talvez abafado, de quantos desejam encontrar o Senhor. Somos obrigados a rever comportamentos que, às vezes, não ajudam os outros a aproximar-se de Jesus; horários e programas que não atendem às reais necessidades daqueles que poderiam aproximar-se do confessionário; regras humanas, quando valem mais do que o desejo de perdão; nossa rigidez que poderia manter longe da ternura de Deus. Certamente não devemos diminuir as exigências do Evangelho, mas não podemos correr o risco de frustrar o desejo que tem o pecador de reconciliar-se com o Pai, porque o regresso do filho a casa é o que acima de tudo anseia o Pai (cf. Lc 15, 20-32).

Que as nossas palavras sejam as dos discípulos que, repetindo as próprias expressões de Jesus, dizem a Bartimeu: «Coragem, levanta-te que Ele chama-te» (v. 49). Somos enviados para dar coragem, amparar e levar a Jesus. O nosso ministério é o ministério do acompanhamento, de modo que o encontro com o Senhor seja pessoal, íntimo, e o coração possa, com sinceridade e sem medo, abrir-se ao Salvador. Não esqueçamos jamais: o único que age em cada pessoa é Deus. No Evangelho, é Ele que pára e pergunta pelo cego; é Ele que ordena que Lho tragam; é Ele que o escuta e cura. Fomos escolhidos para suscitar o desejo da conversão, ser instrumentos que facilitam o encontro, estender a mão e absolver, tornando visível e operante a sua misericórdia. Que cada homem e mulher que se aproxime do confessionário encontre um pai, encontre um pai que lhe espera, que encontre o Pai que perdoa.

A conclusão do episódio evangélico é densa de significado: Bartimeu «logo recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho» (v. 52). Também nós, quando nos abeiramos de Jesus, vemos de novo a luz para olhar o futuro com confiança, encontramos a força e a coragem para nos pormos a caminho. Com efeito, «quem acredita, vê» (Enc. Lumen fidei, 1) e avança com esperança, porque sabe que o Senhor está presente, ampara e guia. Sigamo-Lo, como discípulos fiéis, para tornar participantes da alegria do seu amor misericordioso a quantos encontrarmos no nosso caminho. E depois do perdão do Pai, façamos festa no nosso coração, porque Ele faz festa.

(papa.cancaonova)


sexta-feira, 4 de março de 2016

Nascer da Lua



O australiano Mark Gee capturou o nascimento de uma enorme lua cheia na Nova Zelândia
e apresenta una belíssima imagem dela, pairando sobre o mirante de Mount Victoria, 
em Wellington.

Logo que a veja, vai entender porque, em poucos dias, o vídeo atingiu as 110 mil visualizações
As pessoas reuniram-se ali em cima, esta noite, para ter a melhor visão possível do
 nascimento da lua.
 Capturei o vídeo a 2.1 kilómetros de distância, no outro lado da cidade", explicou Gee na
 descrição do seu trabalho. Segundo o seu autor, o material está exactamente como foi filmado,
 sem nenhum tipo de manipulação.
São 3 minutos e meio para desfrutar essa beleza incrível, no hemisfério sul.”
 
http://player.vimeo.com/video/58385453?autoplay=1

 
(Enviado, via e-mail, por Heriberto Brasil)

JOÃO BAPTISTA

Diminuir, diminuir, diminuir


João Baptista «o maior dos profetas», ensina-nos uma regra fundamental da vida cristã: tornar-nos pequenos com humildade para que seja o Senhor a cresecer. Este é o «estilo de Deus», diferente do «estilo dos homens», que o Papa recordou durante a missa celebrada na sexta-feira 5 de Fevereiro, na capela da Casa de Santa Marta.

Marcos, no trecho evangélico hodierno (6, 14-29), escreve «que as pessoas falavam de Jesus porque “o seu nome se tinha tornado famoso”». Resumindo «todos falavam» e perguntavam-se quem ele fosse realmente. E um dizia: «É um dos profetas que voltou». E outro: «É João Baptista que ressuscitou». O facto é que diante de Jesus «as pessoas permaneciam curiosas». Enquanto o rei Herodes, escreve Marcos, estava «temoroso e angustiado» porque «era perseguido pelo fantasma de João» que ele tinha mandado assassinar.


Além disso, observou Francisco, há «outros personagens presentes neste trecho do Evangelho: uma mulher má, que odiava e procurava vingança; uma jovem que nada entendia e interessava-se só da sua vaidade». A ponto que «parecia um romance»: é a história de Herodíades e de sua filha. 
Precisamente «nesta moldura – explicou o Papa – o evangelista narra o final de João Baptista, “o maior homem nascido de mulher” como dizia a fórmula de canonização». E «esta fórmula não foi pronunciada pelo Papa mas por Jesus!». Deveras João «é o maior homem nascido de mulher, o maior santo: assim Jesus canonizou-o».

Mas João «acaba na prisão, degolado». E «a última frase» da passagem evangélica de hoje parece ter inclusive uma nota de «resignação»: «Os discípulos de João, ao saberem do facto, vieram, pegaram no cadáver e sepultaram-no». Acaba assim «o maior homem nascido de mulher: um grande profeta, o último dos profetas, o único ao qual foi concedido ver a esperança de Israel». Sim, «o grande João que chamou à conversão: todo o povo o seguia e lhe perguntava “o que devemos fazer?”». Seguiam-no, acrescentou o Pontífice «também os soldados, para se fazer baptizar, pedir perdão, a tal ponto que os doutores da lei foram ter com ele e perguntaram: “és tu aquele que esperamos?”». A resposta de João é clara: «Não, não sou eu. Virá outro depois de mim: é ele. Sou só a voz que clama no deserto». 

A tal propósito, explicou o Papa «santo Agostinho faz-nos pensar bem quando afirma: «Sim, João diz de si mesmo que é a voz, porque depois dele vem a palavra». E «Cristo é a palavra de Deus, o verbo de Deus». Deveras «é grande, João» reafirmou Francisco. Grande quando diz que não é aquele esperado: precisamente «aquela frase é o seu destino, o seu programa de vida: “Ele, aquele que virá depois de mim, deve crescer; eu, pelo contrário, devo diminuir”». Assim «foi a vida de João: diminuir, diminuir, diminuir e acabar desta maneira tão prosaica, no anonimato». Eis que João foi «um grande que não procurou a própria glória, mas a de Deus». 

E não termina aqui. O Pontífice quis frisar o facto de que João «sofreu na prisão também – digamos a palavra – a tortura interior da dúvida». A ponto de se perguntar: «Mas será que errei? Este messias não é como imaginava que deveria ser o messias!». E «convidou os seus discípulos a perguntar a Jesus: “Diz a verdade: és tu que deves vir?”».

Evidentemente «aquela dúvida fazia-o sofrer» e perguntava-se: «Errei ao anunciar alguém que não é?» Enganei o povo?». Foi grande «o sofrimento, a solidão interior deste homem». E voltam com toda a força, as suas palavras: « Ao contrário, devo diminuir, mas diminuir assim: na alma, no corpo, tudo». À dúvida de João, «Jesus responde: “Olha para o que acontece». E confiando, não diz: “Sou eu”. Diz: “Ide e dizei a João o que vistes”. Ele dá também sinais, e deixa-o sozinho com a dúvida e a interpretação dos sinais».

Eis, afirmou Francisco, «este é o grande profeta». Mas sempre em relação a João «há um último aspecto sobre o qual reflectir: com esta atitude de «diminuir» para que Cristo possa «crescer», preparou o caminho a Jesus. E Jesus morreu na angústia, sozinho, sem os discípulos». Portanto, a «grande glória» de João foi ser «profeta não só de palavras mas com a sua carne: com a sua vida preparou o caminho a Jesus. É um grande!». 

Na conclusão, o Papa sugeriu – «far-nos-á bem» – «ler hoje este trecho do Evangelho de Marcos, capítulo seis». Sim, insistiu, «ler aquele trecho» para «ver como Deus vence: o estilo de Deus não é o mesmo do homem». E precisamente à luz da passagem evangélica, «pedir ao Senhor a graça da humildade que tinha João sem nos revestirmos de méritos ou glórias de outros».
 E «sobretudo a graça de que na nossa vida sempre haja um lugar para que Jesus cresça e nós diminuamos, até ao fim».

(L'osservatoreromano)