segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ilha do Pico a mais visitada, precisa de cuidados…



Demita-se, Senhor/a delegado/a das Obras públicas no Pico

Há algumas semanas publiquei aqui uma carta aberta denunciando o estado em que se encontra a estrada regional sobranceira às Lajes, onde há mais de um ano ocorreu uma derrocada. O acidente está assinalado, desde essa altura, mas as obras não ocorreram ainda. Há tanto tempo!...Se fosse um incidente grave e difícil, aceitava. Como se não trata disso, julgo que a estrada já deveria ter sido reparada, bem como os buracos existentes entre a saída da vila e o Arrife e entre a Ribeira Seca e os Foros.

Quando um responsável do governo se sente impotente para resolver problema tão simples, é sinal de que, ou não fez tudo o que devia, ou não tem capacidade nem autonomia de gestão para resolver o problema. E quando assim é, mais vale ter a coragem de abandonar o mando, demitindo-se. Caso contrário, os cidadãos são levados a descrer nas instituições e a considerar os governantes "serventuários" da causa pública. Para que uma e outra situações não afetem a imagem e honorabilidade do responsável pelas obras públicas no Pico, o melhor é tomar uma atitude enérgica que abale as estruturas e as faça tomar as melhores e mais adequadas medidas.
Esta é um dos exemplos.
 Mas há outros, como aquele buracão existente na estrada junto ao cabeço do Antelmo, na direção das Lajes. Os fiscais das OP não o assinalaram ainda? Então convinha assinalá-lo antes que alguém se espete ali.
E tanto que havia para denunciar nas estradas do sul do Pico! Tanto que as gentes deste lado da ilha já se resignaram com a indiferença dos serviços oficiais. "Não vale a pena!" - dizem. 
Vale, sim, a pena, quando as pessoas assumem com coragem e destemor os cargos que ocupam...e por isso são respeitadas.”


José Gabriel Ávila, jornalista.
(facebook)

domingo, 30 de agosto de 2015

HOJE É O DIA DO SENHOR



XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM



 A Lei de Deus

A Liturgia nos convida a refletir sobre o sentido da "LEI".
Deus quer a realização e a vida plena para o homem e,
nesse sentido, propõe a sua "Lei" e
o modo como ela deve ser observada.

Na 1a Leitura, o Povo de Deus recebe a LEI. (Dt 4,1-2.6-8)

No final da vida, antes de entrar na Terra Prometida,
MOISÉS deixa um "testamento Espiritual": A LEI proposta por Deus.

O discurso de Moisés é um convite à observância dos Mandamentos de Deus.
- A "Lei" de Deus representa uma Sabedoria desconhecida pelos outros povos,
um meio de viver a Aliança com Deus, e assim chegar à Terra Prometida...
- A Observância da Lei será uma Resposta de gratidão a esse Deus libertador, que muitas vezes no passado agiu para salvar o seu Povo.
- A "Lei" de Deus é um Caminho seguro para a felicidade e a vida plena.
Os Mandamentos são sinal da proximidade de Deus com seu povo e
da fidelidade de Israel com o seu Deus.
Moisés recomenda que não se acrescente, nem se tire nada do que foi mandado.
Mas os judeus multiplicaram os "preceitos" e
a Lei, ao invés da ser sinal de Aliança e de Liberdade,
tornou-se um "jugo" insuportável.

Na 2a leitura: SÃO TIAGO lembra:
"Sede CUMPRIDORES da Palavra, e não apenas ouvintes" (Tg 1,17-18.21-22.27)

* A Palavra de Deus devemos acolher e por em prática...
A Verdadeira Religião não consiste apenas no cumprimento de ritos
e na fidelidade a certas práticas de piedade,
mas na dedicação em favor dos necessitados ("órfãos e viúvas"),
no compromisso por um mundo mais fraterno e cristão.

No Evangelho, CRISTO fala do sentido da LEI. (Mc 7,1-8.14-15.21-23)

Retomamos o Evangelho de Marcos...
- Os fariseus, que tramavam contra a vida de Cristo,
eram profundamente exigentes na observância externa das leis
e se escandalizaram porque os apóstolos não faziam antes de comer
os ritos de "purificação", prescritos por "preceitos humanos"...

- Cristo denuncia esse espírito mesquinho:
  "Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus,
   apegando-vos à tradição dos homens"

* Na VERDADEIRA RELIGIÃO, não basta apenas
a observância externa da Lei e das "tradições humanas".
Deus não olha apenas as práticas exteriores e formais.
Ele olha o interior das pessoas, ele aprecia a pureza do coração.
- O texto reflete também a situação vivida pela Comunidade de Marcos,
com relação às leis e tradições judaicas,
que deviam ser abandonadas diante da novidade do cristianismo.
A fidelidade à tradição não deve impedir a justa renovação.

+ A LEI: um CAMINHO, não um fim.

- A "Lei" tem o seu lugar numa experiência religiosa,
enquanto sinal indicador de um caminho a percorrer,
é um meio para chegar mais além no compromisso com Deus e com os irmãos.
- A verdadeira religião não se resume no cumprimento formal das "leis",
mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus
e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.
Nesse processo, as "leis" são apenas um caminho, não um fim absoluto...
* Ainda hoje pode haver uma maneira farisaica de agir,
resistindo a todos os anseios sérios de renovação.
Uma exagerada fidelidade à tradição pode abafar a fidelidade ao Espírito,
que é dinâmica, não passiva, missionária e não fechada em si mesma.

+ A Lei o que é para nós?

- Um TABU... um estraga prazeres, que toleramos com dificuldade...
- Ou um CAMINHO, no qual percorremos com alegria,
  porque sabemos para onde nos conduz com segurança?

- Nos contentamos apenas com a PRÁTICA EXTERNA,
  uma religião de tradição, talvez para salvar as aparências?
- Ou procuramos ter sempre um coração puro e
  disponível à voz de Deus e à voz de nossa consciência?
- Temos um coração aberto às renovações justas,
  sabendo distinguir a Lei de Deus e as Tradições, o Perene e o Transitório?

Cristo veio para nos libertar de uma religião exterior,
e nos levar a uma religião interior... "em espírito e verdade..."

E Nós? 
- Praticamos uma Religião como a dos fariseus,
  perfeita nas expressões externas, mas vazia por dentro?
- ou a verdadeira religião proposta por Jesus,
  onde os ritos têm o seu lugar, mas como expressão
  dum verdadeiro compromisso com o Reino de Deus?

Aos fariseus de hoje, Cristo continua denunciando:
"Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim!"

Dia Nacional do Catequista:
CATEQUISTAS, obrigado pela nobre missão que vocês assumiram:
fazer vibrar o coração dos catequizandos com a Palavra de Deus,
para que vivam com fidelidade a Lei de Deus e
descubram em suas vidas o Cristo no Pão partilhado.

    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 30.08.2015


sábado, 29 de agosto de 2015

Ilha do Pico a mais visitada, precisa de mais atenção




O Pico foi a Ilha mais visitada este verão.
Até na Manhenha, um lugar até há bem pouco tempo desconhecido, todos os dias nos cruzávamos com eles. Passavam em grupo ou isolados; estes preferiam andar pelos trilhos que percorrem a costa da Ponta da Ilha.
Alguns estão a comprar adegas de pedra para as reconstruírem. Outros já se fixaram abrindo residenciais.
Pelos caminhos só se ouve falar alemão e espanhol e algum francês; inglês, dos muitos luso-descendentes.

Todos descem ao Poceirão para se recriarem com aquela “piscina natural” de água límpida e fresca, só que a mão humana destruiu rochedos que eram autênticos monumentos naturais e aplanou mais de 50% da área com cimento... Concordo com um recanto recuado e apropriado para as toalhas, guarda-sol, cadeiras, mas nunca dentro do magma. Por outro lado a ideia de rampas foi boa, só que não há cadeira de rodas normal que consiga utilizá-las porque são inacessíveis. É uma pena!

Em frente à minha adega segue um caminho que vai dar ao Restaurante “Ponta da Ilha” o qual, este ano mudou de gerência. Já foi uma referencia na ilha. Constatei alguns pormenores que me desagradaram por não satisfazerem as necessidades dos clientes: o horário das refeições.
Geralmente quem está de férias come tarde e quando tem fome, por isso não pode haver horário rígido. Muitas vezes via-os a saírem desolados porque a partir das 14.45 h já não servem almoços...
Outro apontamento: se eu quiser tomar um café, uma água, uma cerveja, comer uma sobremesa ou um gelado “fora de horas”, não me servem porque não tomei lá a refeição e/ ou porque está fechado...
Este restaurante, que é sazonal, deveria ter todo o interesse de servir e não querer servir-se ... Está a perder clientela. É uma pena!

PASSA UM BOM DIA


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O Pico ficou para tras...


É sempre muito bom regressarmos às origens. O custoso, é deixá-las tão depressa.

Algumas lembranças







O Poceirão da Manhenha, em dia de "lavadias"




O balcão, nossa sala de estar



Ao fundo, a Ilha de S. Jorge




Piscinas de água salgada. A Ilha de S. Jorge no horizonte



Praia de areia preta



Visitamos o novo terminal marítimo da Vila da Madalena 
e tivemos a oportunidade de registar igualmente o barco que faz a travessia 
entre o Pico - Faial e por vezes chega a S. Jorge



Foi: O Pico, a terra e o mar. 






quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Palavra de Vida – agosto de 2015






“Vivei no amor.” (Ef 5,2)

Nessa frase está contida toda a ética cristã. O agir humano, se quiser corresponder ao projeto pensado por Deus na nossa criação, ou seja, o agir humano mais autêntico, deve ser animado pelo amor. A vivência, a caminhada para chegar à sua meta deve ser orientada pelo amor, que é o resumo de toda a lei.
O apóstolo Paulo dirige essa recomendação aos cristãos de Éfeso, como conclusão e síntese daquilo que ele acabara de escrever-lhes sobre o modo de viver cristão: passar do “homem velho” ao “homem novo”, relacionar-se uns com os outros na verdade e na sinceridade, não roubar, saber perdoar mutuamente, atuar o bem… em uma palavra, “viver no amor”.
Convém ler o trecho completo do qual foi extraída a expressiva frase que nos acompanhará durante todo o mês: “Sede, pois imitadores de Deus como filhos queridos. Vivei no amor, como Cristo também nos amou e se entregou a Deus por nós como oferenda e sacrifício de suave odor.”
Paulo está convencido de que todo o nosso comportamento deve ter como modelo o de Deus. Se o amor é o sinal distintivo de Deus, ele o deve ser também para seus filhos: nisso eles devem imitá-lo.

Mas como podemos conhecer o amor de Deus? Para Paulo é evidente: esse amor se revela em Jesus, que mostra como e o quanto Deus ama. O apóstolo o experimentou em primeira pessoa: “… me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20) e agora revela-o a todos, para que se torne a experiência da comunidade inteira.
“Vivei no amor.”
Qual é a medida do amor de Jesus, modelo do nosso amor?
Sabemos que esse amor não tem limites, não conhece preconceitos nem preferências. Jesus morreu por todos, inclusive pelos seus inimigos, por aqueles que o estavam crucificando. Ama tal e qual o Pai que, no seu amor universal, faz brilhar o sol e faz cair a chuva sobre todos, bons e maus, pecadores e justos. Ele soube dedicar-se sobretudo aos pequenos e aos pobres, aos doentes e aos excluídos; amou com intensidade os amigos; deu atenção toda especial aos discípulos… O seu amor não conheceu reservas, chegando ao ponto extremo de doar a vida.
E agora chama todos a partilhar o seu próprio amor, a amar como Ele amou.

É um chamado que pode assustar-nos, por ser exigente demais. Como podemos ser imitadores de Deus, que ama a todos, ama sempre, toma a iniciativa? Como podemos amar na mesma medida do amor de Jesus? Como viver “no amor”, conforme nos pede a Palavra de Vida?
Isso só é possível quando antes se fez a experiência de ter sido amado. Na frase “Vivei no amor, como Cristo também nos amou”, a palavra como também pode ser traduzida com porque.
“Vivei no amor.”
Aqui, “viver” equivale a agir, a comportar-se, significando que toda ação nossa deve ser inspirada e movida pelo amor. Mas Paulo usa essa palavra dinâmica talvez não por acaso, para nos lembrar que o amor deve ser aprendido, que temos toda uma vivência, um caminho a percorrer para alcançar a largueza do coração de Deus. Ele usa também outras imagens para indicar a necessidade do progresso contínuo, como o crescimento que nos conduz da condição de recém-nascidos à idade adulta (cf. 1Cor 3,1-2), como o desenvolvimento de uma plantação, a construção de um prédio, a corrida no estádio para a conquista do prêmio (cf. 1Cor 9,24).

Nós nunca podemos dizer que já chegamos ao fim. Precisamos de constância e de tempo para alcançar a meta, sem nos rendermos diante das dificuldades, sem jamais nos deixarmos desencorajar pelos fracassos e pelos erros, sempre prontos a recomeçar, sem nos resignarmos a ficar na mediocridade.
A esse respeito, Agostinho de Hipona escreveu, talvez pensando no seu próprio caminho sofrido: “Sinta-se sempre insatisfeito com aquilo que você é, se quiser alcançar aquilo que você ainda não é. Com efeito, no momento em que você se sente bem, você pára; e diz até mesmo: ‘Assim já basta’, e desse modo se afunda. Acrescente continuamente, caminhe sempre, proceda em frente sem parar. Não se detenha ao longo do caminho, não se volte para trás, não se desvie. Quem não segue adiante fica para trás.”[1]
“Vivei no amor.”
De que modo podemos proceder mais velozmente no caminho do amor?
Uma vez que o convite é dirigido a toda a comunidade (“vivei”), será útil praticar a ajuda mútua. Com efeito, é triste e difícil enfrentar uma viagem sozinho.
Para começar, poderíamos encontrar ocasiões para reafirmar mais uma vez entre nós – com os amigos, os familiares, os membros da mesma comunidade cristã… – a vontade de caminharmos juntos.
Poderíamos compartilhar as experiências positivas de como temos vivido o amor, de modo que possamos aprender uns com os outros.
Podemos confiar a alguém, capaz de nos compreender, os erros que cometemos e os desvios que fizemos, de modo a nos corrigirmos.
Também a oração feita em comum pode dar-nos força e luz para prosseguirmos.
Unidos entre nós e com Jesus no nosso meio (“o Caminho, a Vida”!) poderemos percorrer até o fim a nossa “santa viagem”, semeando amor ao nosso redor e alcançando enfim a meta: o Amor.
(www.focolare.org)