sábado, 30 de setembro de 2023

Neste sábado criados 21 novos cardeais: quem são eles?



O Papa cria 21 novos cardeais: 18 eleitores e três com mais de 80 anos, criados no Consistório deste 30 de setembro próximo. Entre eles, dois arcebispos e um religioso que se destacaram, disse Francisco, no serviço à Igreja.

Vatican News


Ao final do Angelus dominical do último dia 9 de julho, o Papa Francisco anunciou o Consistório para a criação de novos cardeais neste sábado, 30 de outubro. Entre os novos cardeais está o português dom Américo Manuel Alvez Aguiar. Mas quem são os novos carderais?


Dom Robert Francis Prevost

 

Agostiniano, o prefeito do Dicastério para os Bispos, Dom Robert Francis Prevost, nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago (Illinois, Estados Unidos). Entrou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho e emitiu os votos solenes em 29 de agosto de 1981. Seis anos depois obteve o título de Doutor em Teologia. Foi em 1988 que foi enviado à missão de Trujillo, para ser o diretor do projeto de formação comum dos aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Uma missão que durou 11 anos e foi seguida pela sua nomeação, depois de algum tempo, como Prior Provincial da sua Província “Mãe do Bom Conselho” (Chicago), e posteriormente como Prior Geral. Assim, foi responsável pelos processos de planejamento e gestão da Ordem Agostiniana ao redor do mundo. Em 3 de novembro de 2014, o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da Diocese de Chiclayo (Peru), elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Foi ordenado bispo de Chiclayo em 12 de dezembro de 2014. Em 15 de abril de 2020, o Pontífice o nomeou administrador apostólico da Diocese de Callao. Seguiu-se a nomeação como prefeito.


Dom Claudio Gugerotti 

 

Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais desde janeiro de 2023, Dom Claudio Gugerotti nasceu em Verona, Itália,  em 1955, ingressou na Pia Sociedade de Pe. Nicola Mazza e foi ordenado sacerdote em 1982. Seus estudos estão ligados às línguas e literaturas orientais. Como docente, leciona nas Universidades de Veneza, Pádua e Roma, bem como na Gregoriana e no Pontifício Instituto Oriental. Está na Congregação para as Igrejas Orientais desde 1985 e foi seu subsecretário em 1997. Em 2022 foi nomeado arcebispo e depois serviu em várias nunciaturas de países de tradição cristã oriental: a partir de 2002 na Geórgia, Armênia e Azerbaijão; em 2011, Bento XVI o enviou à Belarus. O Papa Francisco o nomeou núncio na Ucrânia de 2015 a 2020 (o país com mais católicos de rito oriental) e depois na Grã-Bretanha.


Víctor Manuel Fernández

 

Desde 1º de julho de 2023, Dom Víctor Manuel Fernández é prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé. Nasceu em 18 de julho de 1962 no município de Alcira Gigena, Província de Córdoba, Argentina. Obteve a Licenciatura em Teologia com especialização Bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e em 1990 o Doutorado em Teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Argentina, tornando-se posteriormente seu reitor. O Papa Francisco o nomeou arcebispo titular de Tiburnia em 13 de maio de 2013. Em 2017 foi eleito presidente da Comissão de Fé e Cultura da Conferência Episcopal Argentina. Em 2 de junho de 2018 foi nomeado arcebispo titular da arquidiocese de La Plata.


Dom Emil Paul Tscherrig

 

Núncio na Itália e San Marino desde 2017, Dom Emil Paul Tscherrig é o primeiro não italiano a ocupar este cargo. Nascido em Unterems, Suíça, em 3 de fevereiro de 1947, recebeu a ordenação sacerdotal em 11 de abril de 1974 e obteve o Doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana. O Papa João Paulo II o nomeou membro do serviço diplomático da Santa Sé em 1978, como secretário da nunciatura apostólica, servindo em Uganda, Coreia do Sul, Mongólia e Bangladesh. Em 4 de maio de 1996 tornou-se arcebispo titular de Voli e núncio apostólico em Burundi. Em 2000 foi núncio em Trinidad e Tobago, República Dominicana, Jamaica, Granada, Guiana, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Bahamas; desde 2001 em Barbados, Antígua e Barbuda, Suriname e Saint Kitts e Nevis. Em 2004 assumiu a nunciatura na Coreia do Sul e na Mongólia. Em 2008, o Papa Bento XVI o nomeou núncio nos países nórdicos (Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega) e, a partir de 2012, foi núncio apostólico na Argentina.


Dom Christophe Louis Yves Georges Pierre

 

Núncio Apostólico nos Estados Unidos da América desde abril de 2016, Dom Christophe Louis Yves Georges Pierre nasceu em Rennes, Ille et Vilaine, França, em 30 de janeiro de 1946. Em 1970 tornou-se sacerdote, após ter interrompido por dois anos seus estudos no seminário de Saint-Yves de Rennes em 1963 para cumprir o serviço militar. Em seguida, ingressa na Pontifícia Academia Eclesiástica de Roma. Sua primeira missão foi em Wellington, Nova Zelândia, em 1977. Posteriormente, foi enviado a Moçambique, Zimbábue, Cuba, Brasil e à Missão Permanente da Santa Sé junto ao Escritório das Nações Unidas e a instituições internacionais em Genebra. Em 12 de julho de 1995, João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Haiti, conferindo-lhe o título de arcebispo titular de Gunela. Em 1999 foi transferido para Kampala em Uganda. Em 2007 foi nomeado núncio apostólico no México.


Dom Pierbattista Pizzaballa 

 

Desde 2020 Patriarca latino de Jerusalém, Sua Beatitude Pierbattista Pizzaballa nasceu em Cologno al Serio, província de Bérgamo, Itália, em 21 de abril de 1965. Vestiu  o hábito religioso em 5 de setembro de 1984 em Ferrara e passou o ano de noviciado em o Santuário Franciscano de La Verna. Em Bolonha emitiu a profissão solene em 10 de outubro de 1989 e em 15 de setembro de 1990, novamente em Bolonha, foi ordenado sacerdote. Em 1990 transferiu-se para a Terra Santa, para Jerusalém, onde obteve a Licenciatura em Teologia Bíblica no Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém. Responsável pela publicação do Missal Romano em hebraico e de vários outros textos litúrgicos, a partir de 2 de julho de 1999 entra formalmente ao serviço da Custódia da Terra Santa. Ocupa o cargo de vigário geral do Patriarca Latino de Jerusalém para o cuidado pastoral dos católicos de língua hebraica em Israel.

Desde 2008 é consultor na Comissão para as relações com o Judaísmo do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Foi nomeado Custódio da Terra Santa pela primeira vez em maio de 2004, por um período de seis anos. Em maio de 2010 foi reconfirmado para mais um mandato de três anos e, em junho de 2013, para os três anos seguintes. Em 24 de junho de 2016, o Papa Francisco o escolheu como Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, sede vacante, até a nomeação de um novo Patriarca. Em 15 de julho de 2016, por ocasião da reunião do Colégio de Consultores do Patriarcado Latino, Sua Beatitude o Patriarca Emérito Fouad Twal procedeu à transferência de seus poderes ao arcebispo Pizzaballa, designado administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém por decreto do Papa. A ordenação episcopal teve lugar em setembro de 2016 em Bérgamo. Ele fala italiano, hebraico moderno e inglês.


Dom Stephen Brislin

 

O arcebispo da Cidade do Cabo (África do Sul) Dom Stephen Brislin, nasceu em Welkom em 24 de setembro de 1956. Entrou no Seminário para estudar Filosofia em St John Vianney, Pretória e Teologia no Missionary Institute de Londres. Foi ordenado sacerdote em 19 de novembro de 1983. Em 17 de outubro de 2006, Bento XVI o nomeou bispo de Kroonstad, na África do Sul, em 2007 bispo de Kroonstad, dois anos depois é arcebispo da Cidade do Cabo. De 2013 a 2019 foi presidente da Conferência Episcopal Sul-Africana.


Dom Ángel Sixto Rossi

 

Arcebispo de Córdoba, Argentina, Dom Ángel Sixto Rossi, jesuíta, nasceu em 11 de agosto de 1958. Em 1976 ingressou no noviciado da então Província argentina da Companhia de Jesus. Após os estudos de Filosofia e Teologia, realizados em parte no Equador, em 12 de dezembro de 1986 recebeu a ordenação sacerdotal, depois o diploma em Teologia Espiritual na Pontifícia Universidade Gregoriana com uma tese sobre o discernimento espiritual em Santo Inácio. De 1990 a 1992 foi reitor da Igreja de El Salvador, em Buenos Aires, e nesse período abriu o Lar San José, para moradores de rua. Em 1992 criou a Fundação Manos Abiertas, que atualmente presta ajuda às pessoas mais pobres e vulneráveis ​​em vários centros de assistência social localizados em dez cidades da Argentina. De 1992 a 1995 foi mestre de noviços da Companhia de Jesus e de 2013 a 2019 foi Superior da comunidade da Residência de Córdoba. Ofereceu numerosos Exercícios Espirituais inacianos a grupos de sacerdotes, religiosos e leigos.


Dom Luis José Rueda Aparicio

 

Arcebispo de Bogotá, Dom Luis José Rueda Aparicio, nasceu em San Gil (Santander, Colômbia) em 3 de março de 1962. Antes de entrar no Seminário, trabalhou com seu pai na construção, vendas do jornal e numa fábrica de cimento. Recebeu o diaconato em 23 de novembro de 1988 e o presbitério em 23 de novembro de 1989, completou seus estudos de especialização (setembro de 1992-julho de 1994) na Academia Alfonsiana de Roma, onde obteve a Licenciatura em Teologia Moral. Em 2 de fevereiro de 2012, o Papa Bento XVI o nomeou bispo de Montelíbano (Córdoba). Em 2018 o Papa Francisco o nomeou arcebispo de Popayán (Cauca), três anos depois foi nomeado arcebispo metropolitano de Bogotá. Em 6 de julho de 2021 foi eleito presidente da Conferência Episcopal Colombiana para o triênio 2021-2024.

Dom Grzegorz Ryś

 

Arcebispo de Łódź, Dom Grzegorz Ryś nasceu em 9 de fevereiro de 1964 em Cracóvia, Polônia. Ordenado sacerdote em 22 de maio de 1988 na Catedral de Wawel, em 1994 Ryś obteve o Doutorado em Ciências Teológicas com base na tese "Piedade popular medieval na Polônia". De 2007 a 2011 Ryś foi reitor do Seminário Maior da Arquidiocese de Cracóvia; em 16 de julho de 2011 foi nomeado bispo titular de Arcavica e bispo auxiliar da Arquidiocese de Cracóvia pelo Papa Bento XVI. Em 14 de setembro de 2017, o Papa Francisco o nomeou arcebispo de Łódź. Em 2018, Ryś convoca o quarto sínodo da história da Arquidiocese de Łódź sobre o tema da introdução do diaconato permanente para combater a escassez de sacerdotes. Em 2019 introduziu o diaconato permanente na arquidiocese e criou também o Seminário Missionário Diocesano Redemptoris Mater Internacional do Caminho Neocatecumenal. Em 21 de novembro de 2020, o Papa Francisco o nomeou membro do Dicastério para os Bispos.


Dom Stephen Ameyu Martin

 

Arcebispo de Juba desde 2019, Dom Stephen Ameyu Martin Mulla nasceu em 10 de janeiro de 1964 em Ido, na região oriental de Equatoria, no Sudão do Sul. Recebeu o Sacramento da Ordem pela Diocese de Torit em 21 de abril de 1991. Depois de seu trabalho pastoral na capital sudanesa Cartum, obteve seu Doutorado na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma de 1993 a 1997. Sua tese é intitulada "Rumo ao diálogo religioso e a reconciliação no Sudão”. Ameyu então lecionou no Seminário de Juba, capital do Sudão do Sul, do qual também foi reitor. Em 3 de janeiro de 2019, o Papa Francisco o nomeou Bispo de Torit, após a diocese ter ficado vacante por mais de cinco anos.


 Dom José Cobo Cano

 

Arcebispo de Madri desde 2017, Dom José Cobo Cano, nasceu em 20 de setembro de 1965 em Jaén (Andaluzia, Espanha), mas se mudou para Madri quando jovem. Apresenta sólida formação acadêmica: Licenciatura em Direito Civil; Bacharelado em Teologia e Mestrado em Teologia Moral Social. Destaca-se o seu conhecimento da Doutrina Social da Igreja. Em 23 de abril de 1994 foi ordenado sacerdote, permanecendo incardinado na Arquidiocese de Madrid onde desempenhou cargos de acentuada ênfase social, como o de vice-conselheiro das Confrarias do Trabalho (1994-1996). Na Conferência Episcopal foi responsável pelo Secretariado para Migrações, e desde março de 2020 é membro da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Promoção Humana.


Dom Protase Rugambwa 

 

Arcebispo coadjutor de Tabora desde abril de 2023, Dom Protase Rugambwa nasceu em 31 de maio de 1960 em Bunena (Tanzânia). No final da sua formação, a 2 de setembro de 1990, foi ordenado sacerdote para a Diocese de Rulenge-Ngara, na cidade de Dar es-Salaam, pelo Papa João Paulo II durante a sua visita pastoral à Tanzânia. Em 1994 decidiu mudar-se para a Itália, onde obteve o Doutorado em Teologia Pastoral na Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Após o Doutorado em 1998, voltou à Tanzânia e em 2002 voltou a Roma para se tornar um dos Oficiais da Congregação para a Evangelização dos Povos. Posteriormente, em 18 de janeiro de 2008, o Papa Bento XVI o nomeou bispo titular da Diocese de Kigoma. Em 2012 tornou-se secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente das Pontifícias Obras Missionárias, com o título pessoal de arcebispo. Em 9 de novembro de 2017 foi nomeado secretário da mesma Congregação.


Dom Sebastian Francis

 

Bispo de Penang e desde 2017 presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Malásia, Cingapura e Brunei, Dom Sebastian Francis, nasceu em 11 de novembro de 1951 em Johor Bahru. Foi ordenado sacerdote em Melaka-Johor em 28 de julho de 1977. Em 1983 obteve a Licenciatura em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade "San Tommaso d'Aquino". Em seu país é professor de Teologia Dogmática, diretor espiritual do Seminário Maior de Penang, capelão dos universitários de Penang. Em 1991 formou-se em Direito. Em 7 de julho de 2012, Bento XVI o nomeou Bispo de Penang. A ordenação episcopal foi conferida em 20 de agosto na Igreja paroquial de Sant'Anna em Bukit Mertajam, com a participação de 10.000 católicos.


Dom Stephen Chow Sau-Yan

 

O bispo de Hong Kong, Dom Stephen Chow Sau-Yan, é jesuíta e nasceu em 7 de agosto de 1959 em Hong Kong. Após seus estudos pré-universitários, obteve um Bacharelado e Mestrado em Psicologia pela Universidade de Minnesota (EUA). Entrou na Companhia de Jesus em 27 de setembro de 1984, foi ordenado sacerdote em Hong Kong em 16 de julho de 1994. Ocupou vários cargos: desde 2007, supervisor de dois colégios jesuítas em Hong Kong e Wah Yan, Kowloon; professor assistente honorário da Universidade de Hong Kong (2008-2015) e formador jesuíta (2009-2017). Desde 2009 é presidente da Comissão para a Educação da Província Jesuíta na China. De 1º de janeiro de 2018 até sua nomeação como bispo, foi provincial da Província chinesa da Companhia de Jesus e, a partir de 2020, vice-secretário da Associação dos Superiores Religiosos dos Institutos Masculinos de Hong Kong. Em maio de 2021 foi nomeado bispo da Diocese de Hong Kong (China). O cargo estava vago desde 3 de janeiro de 2019. Chow Layer revelou ter inicialmente recusado o título de bispo. Acabou aceitando, após ter recebido uma carta escrita pelo Papa Francisco. Ele foi consagrado em 4 de dezembro de 2021. Em abril de 2023, Chow visitou a Arquidiocese de Pequim. Ele encontrou o bispo Joseph Li Shan, visitou várias igrejas e o cemitério de Zhalan, onde está a lápide de Matteo Ricci. Esta foi a primeira visita de um bispo de Hong Kong a Pequim desde 1985.


Dom François-Xavier Bustillo

 

Bispo de Ajaccio desde 2021, Dom François-Xavier Bustillo, franciscano conventual, nasceu em 23 de novembro de 1968 em Pamplona, ​​Espanha. Ingressando no Seminário Menor de Baztán, iniciou o postulantado na Ordem dos Franciscanos Conventuais de Pádua (Itália), onde completou os estudos filosóficos e teológicos. Emitiu a profissão solene em 20 de setembro de 1992. Dois anos mais tarde foi ordenado sacerdote. No mesmo ano fundou, com alguns irmãos, o convento de São Boaventura em Narbonne (França). De 2018 até sua nomeação como bispo, ele foi guardião do convento Saint-Maximilien Kolbe em Lourdes, delegado episcopal para o Santuário de Lourdes e para a proteção de menores e desde 2020 membro do conselho episcopal da Diocese de Tarbes et Lourdes. Bustillo é o autor do livro “Testemunhas, não funcionários” (Livraria Editora Vaticano) que o Papa entregou aos sacerdotes na Missa crismal de 2022 e também em outras ocasiões.

Dom Américo Manuel Alves Aguiar

 

Bispo auxiliar de Lisboa desde 2019, Dom Américo Manuel Alves Aguiar, nasceu a 12 de Dezembro de 1973 em Leça do Balio, Matosinhos, Portugal. Em 1995 ingressou no Seminário Maior do Porto; completou seus estudos acadêmicos na Universidade Católica primeiro em Teologia e depois um Mestrado em Ciências da Comunicação. Em 2001 foi ordenado sacerdote, em 2016 tornou-se diretor do Secretariado Nacional da Comunicação Social. Foi ordenado bispo titular de Dagno em 31 de março de 2019 na Igreja da Trindade, no Porto. É presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. É diretor do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa.


P. Ángel Fernández Artime

 

O Reitor-Mor dos Salesianos, P. Ángel Fernández Artime, nasceu em 21 de agosto de 1960 em Gozón-Luanco (Astúrias), Espanha; foi ordenado sacerdote em 4 de julho de 1987, em León. Originário precisamente desta Província, obteve a Licenciatura em Teologia Pastoral e a Licenciatura em Filosofia e Pedagogia. Depois de fazer parte da comissão técnica que preparou o 26º Capítulo Geral, em 2009 foi escolhido como Provincial da Província Argentina Sul, com sede em Buenos Aires. Em 23 de dezembro de 2013 foi nomeado Superior da nova Inspetoria da Espanha Mediterrânea, dedicada a "Maria Auxiliadora", mas antes de poder assumir este novo serviço, em 25 de março de 2014, foi eleito pelo 27º Capítulo Geral como o novo Reitor-Mor da Congregação Salesiana e X Sucessor de Dom Bosco. Em 11 de março de 2020 foi confirmado Reitor-Mor dos Salesianos, para o segundo sexênio 2020-2026.


Dom Agostino Marchetto 

 

Para o Papa Francisco, Dom Agostino Marchetto é a maior hermeneuta do Concílio Vaticano II. Nascido em Vicenza, Itália, em 28 de agosto de 1940, frequentou as escolas do Patronato Leão XIII de Vicenza. Mais tarde entra no seminário, sendo ordenado sacerdote na Catedral de Vicenza em 28 de junho de 1964. Em 31 de agosto de 1985 foi nomeado arcebispo titular de Astigi com o papel de núncio apostólico em Madagascar e Maurício. Em 7 de dezembro de 1990 foi transferido como núncio apostólico para a Tanzânia, e em 18 de maio de 1994 como núncio apostólico à Belarus. Em 6 de novembro de 2001, João Paulo II o nomeou secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Em 25 de agosto de 2010, quando completou 70 anos, aposentou-se do cargo para se dedicar ao estudo, em particular da hermenêutica do Concílio Vaticano II. Além do italiano, fala francês, inglês e espanhol.


Dom Diego Rafael Padrón Sánchez

 

Atualmente, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez é pároco de La Inmaculada de Camoruco, na Arquidiocese de Valência, na Venezuela. Nascido em Montalbán em 17 de maio de 1939. É formado em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e Diplomado em Ciências Bíblicas Orientais pelo Instituto “Franciscanum” de Jerusalém-Israel. É professor de espanhol, literatura e latim, formado pelo Instituto de Ensino Profissional do Instituto Pedagógico de Caracas. Ordenado sacerdote em 4 de agosto de 1963, foi pároco em várias paróquias de Valência. Em 1990 o Papa João Paulo II o nomeia bispo auxiliar da Arquidiocese de Caracas e bispo titular de Gisipa. Em 1994 é nomeado bispo da Diocese de Maturín e em 2002 arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Cumaná. Foi presidente da Conferência Episcopal Venezuelana por dois períodos consecutivos.


P. Luis Pascual Dri

 

Padre Luis Pascual tem 96 anos, continua servindo ao Senhor todos os dias administrando o Sacramento da Reconciliação. Nasceu em Federación, província de Entre Ríos, Argentina, em 17 de abril de 1927, em uma família onde todos, menos um dos filhos, se consagraram a Deus na vida religiosa. Desde muito jovem trabalhou na roça, cuidando dos animais e também plantando milho e alfafa. Entrou no Seminário Capuchinho em janeiro de 1938 com 11 anos de idade, vestiu o hábito capuchinho em 21 de fevereiro de 1945. Em 29 de março de 1952 foi ordenado sacerdote na Catedral de Montevidéu. Diretor do Seminário Menor San Francisco de Carrasco em 1953, em 1961 especializou-se na Europa como formador de noviços. Em 1962 iniciou sua missão como educador no Colegio y Liceo Secco Illa de Uruguay, até 1974. Pároco em várias igrejas, no início de 2000 foi transferido para o Santuário Nossa Senhora da Pompeia, Buenos Aires, onde passou três anos. Depois foi nomeado pároco em Mar del Plata. A partir de 2007 voltou ao Santuário de Nuestra Señora de Pompeya.


(vaticannews)

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Hoje é celebrado são Jerônimo, tradutor da Bíblia e doutor da Igreja

 



“Ama a Sagrada Escritura e a sabedoria amar-te-á; ama-a ternamente e ela guardar-te-á; honra-a e receberás as suas carícias”. Assim costumava a dizer são Jerônimo, tradutor da Bíblia ao latim, cuja festa se celebra hoje (30)o. Ao recordar este santo, a Igreja celebra também o dia da Bíblia.


O nome Jerônimo significa “que tem um nome sagrado”. Este santo consagrou toda sua vida ao estudo das Sagradas Escrituras e é considerado um dos melhores, se não o melhor, neste ofício.

Nasceu na Dalmácia (Iugoslávia) por volta do ano 340. Em Roma, estudou latim sob a direção do mais famoso professor de seu tempo, Donato, que era pagão. Chegou a ser um grande latinista e muito bom conhecedor do grego e de outros idiomas, mas muito pouco conhecedor dos livros espirituais e religiosos. Passava horas e dias lendo e aprendendo de cor os grandes autores latinos, Cicero, Virgilio, Horácio e Tácito, e aos autores gregos, Homero e Platão, mas quase nunca dedicava tempo à leitura espiritual.


Jerônimo se dispôs ir ao deserto a fazer penitência por seus pecados (especialmente por sua sensualidade que era muito forte, por seu mau gênio e seu grande orgulho). Mas lá embora rezasse muito, jejuasse e passasse noites sem dormir, não conseguiu a paz, descobrindo que sua missão não era viver na solidão.


De volta à cidade, foi nomeado secretário do papa Dâmaso, encarregado de redigir as cartas que o pontífice enviava. Em seguida, foi designado para fazer a tradução da Bíblia.


As traduções que existiam naquela época tinham muitas imperfeições de linguagem e várias imprecisões ou traduções não muito exatas. Jerônimo, que escrevia com grande elegância o latim, traduziu a este idioma toda a Bíblia, e essa tradução chamada "Vulgata" (tradução feita para o povo ou vulgo) foi a Bíblia oficial para a Igreja Católica durante 15 séculos.


Por volta dos 40 anos, Jerônimo foi ordenado sacerdote. Mas seus altos cargos em Roma e a dureza com a qual corrigia certos defeitos da alta classe social lhe trouxeram invejas. Sentindo-se incompreendido e até caluniado em Roma, onde não aceitavam seu modo enérgico de correção, dispôs afastar-se daí para sempre e foi para a Terra Santa.


Passou seus últimos 35 anos em uma gruta, junto à Gruta de Belém. Várias das ricas matronas romanas que ele tinha convertido com suas pregações e conselhos venderam seus bens e  foram também a Belém a seguir sob sua direção espiritual. Com o dinheiro dessas senhoras, construiu naquela cidade um convento para homens, três para mulheres, e uma casa para atender os que chegavam de todas as partes do mundo para visitar o lugar onde nasceu Jesus.


Com tremenda energia, escrevia contra os hereges que se atreviam a negar as verdades da Santa religião.


A Santa Igreja Católica reconheceu sempre São Jerônimo como um homem eleito por Deus para explicar e fazer entender melhor a Bíblia. Por isso, foi nomeado patrono de todos os que no mundo se dedicam a fazer entender e amar mais as Sagradas Escrituras.


Morreu em 30 de setembro do ano 420, aos 80 anos.


O papa Bento XVI, em sua audiência geral de 7 de novembro do 2007 disse: “Concluo com uma palavra de são Jerônimo a são Paulino de Nola. Nela o grande exegeta expressa precisamente esta realidade, isto é, que na Palavra de Deus recebemos a eternidade, a vida eterna. Diz são Jerônimo: ‘Procuremos aprender na terra aquelas verdades cuja consistência persistirá também no céu’”.


(acidigital)

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Papa à Fazenda da Esperança: é tão belo esse carisma, o carisma da esperança


A audiência que marca as celebrações dos 40 anos de fundação da Fazenda da Esperança aconteceu nesta manhã (29), no Vaticano. Aos participantes, Francisco destacou: "vocês nunca devem abandonar essa vocação à esperança!"
Thulio Fonseca – Vatican News

O Papa Francisco encontrou-se nesta manhã de sexta-feira, 29 de setembro, com os membros da Fazenda da Espereança. O encontro aconteceu no Pátio San Damaso, dentro do Palácio Apostólico, com aproximadamente 1200 participantes, entre eles os fundadores, membros da presidência, padres, consagrados, religiosos, voluntários e vários ex-acolhidos da comunidade, ou seja, pessoas que, ao longo de quatro décadas, se recuperaram da dependência química e tiveram suas vidas transformadas através do método de acolhimento proposto pela Associação Fazenda da Esperança. As festividades dos 40 anos de fundação estão sendo celebradas desde o início da semana, com uma peregrinação especial em Roma e na Itália.

O ápice da comemoração foi marcado pelo encontro com o Santo Padre. No início da audiência, o presidente da Fazenda da Esperança, Pe. José Luiz de Menezes, dirigiu palavras de gratidão ao Papa pelo encontro e expressou a alegria por colaborar com a missão da Igreja. Em seguida, três testemunhos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas ilustraram o carisma da comunidade de forma muito concreta.

O Papa iniciou seu discurso agradecendo pela visita, em ocasião dos 40 anos que receberam seu chamado específico: "É tão belo esse carisma: o carisma da esperança! Vocês nunca devem abandonar essa vocação à esperança!", ressaltou Francisco.

Um chamado de Deus
O Santo Padre recordou o trecho do Evangelho de Mateus em que Jesus se apresenta da seguinte forma: "Eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me" (Mt 25, 35-36) e sublinhou que "o Senhor se identifica com nossos irmãos e irmãs mais pobres, mais necessitados e mais sofredores".

“Há quarenta anos, o carisma de vocês nasceu do pedido de ajuda de um jovem que queria se libertar da dependência das drogas: nele – e em todos os que vieram depois dele – vocês reconheceram a Cristo que lhes dizia: Eu era escravo das drogas e vocês me acolheram, para me dar novamente esperança e me fazer entender que uma nova vida é possível. O chamado que Deus lhes faz, para trazer esperança àqueles que talvez não tenham mais sentido em suas vidas, é um chamado para amá-Lo incondicionalmente nas pessoas que estão em situações de vulnerabilidade social.”

A resposta contra a indiferença
Ao falar sobre o carisma específico da Fazenda da Esperança, Francisco recordou que um dos grandes problemas do mundo de hoje é a indiferença; contudo, a Comunidade não ficou imparcial à dor que viram no rosto de tantos jovens, afligidos por grandes sofrimentos existenciais, especialmente no rosto daqueles cujas vidas estavam destruídas pelas drogas e outros vícios.

"Vocês se tornaram 'próximos', e mais, 'irmãos' de tantas pessoas que recolheram pelas ruas e, como na parábola do Bom Samaritano, as acompanharam para tratá-las, curá-las e ajudá-las a recuperar sua dignidade", enfatizou o Pontífice, "vocês sabem muito bem que trazer esperança não significa apenas ajudar a superar vícios, a suplantar traumas, a encontrar seu lugar na família e na sociedade".

O Papa fez questão de mencionar as palavras do Papa Bento XVI durante a visita que realizou na sede da Fazenda da Esperança em Guaratinguetá, no ano de 2007: "A reinserção na sociedade constitui, sem dúvida, uma prova da eficácia da iniciativa de vocês. Mas o que mais chama atenção, e confirma a validade do trabalho, são as conversões, o reencontro com Deus e a participação ativa na vida da Igreja", e completou: "o carisma de esperança, como um dom suscitado no meio de vocês pelo Espírito Santo, leva-os a cuidar das pessoas em sua integridade material e espiritual, corpo e alma".

Um carisma de todos
O Pontífice enfatizou que o carisma foi confiado a todos: "os fundadores foram instrumentos providenciais para que esse dom tomasse forma, se consolidasse, encontrasse o seu lugar na Igreja e alcançasse a tantas pessoas. Depois de 40 anos, na fidelidade à inspiração original, novas pessoas são chamadas a assumir a responsabilidade de preservar e fazer frutificar esse patrimônio espiritual que o Senhor lhes confiou". Ao encorajar a nova geração, o Papa sublinhou que não é preciso ter medo dessa nova fase, é necessário apenas viver com humildade, com confiança e preservar a comunhão espiritual entre os membros.

Por fim, Francisco expressou sua gratidão pelo testemunho de vida e oferta, que reflete nas diversas obras da associação, espalhadas por todo o território brasileiro desde 1998, e presentes também em outros países. "Reconheço com muita gratidão o trabalho que vocês realizam com padres, seminaristas, religiosos e religiosas, ajudando-os a superar os desafios e problemas psicológicos que afetam algumas pessoas consagradas a Deus. Continuem com esse belo trabalho, que é tão necessário para a Igreja", disse o Papa.

Ao final da audiência, o Santo Padre abençoou os presentes, que, em seguida, através de aplausos e cânticos, expressaram sua gratidão e emoção por estarem com o Pontífice.

(vaticannews)

Encontraram-se dois anjos - CAMINHO NEOCATECUMENAL

Sete coisas sobre os arcanjos Gabriel, Rafael e Miguel que talvez você não saiba

 



Hoje (29), a Igreja Católica celebra a festa de três santos arcanjos: são Miguel, são Gabriel e são Rafael.


Confira a seguir sete coisas que talvez não conhecia sobre eles:


1. São os mais próximos aos humanos


Desde Pseudo-Dionísio, Padre da Igreja do século VI, está acostumado a se enumerar três hierarquias de anjos. Na primeira estão os Serafins, Querubins e Tronos. Depois vêm as Dominações, Virtudes e Potestades. Enquanto que na terceira hierarquia estão os Principados, Arcanjos e Anjos. Estes últimos são os que estão mais próximos às necessidades dos seres humanos.


2. São mensageiros de anúncios importantes


A palavra arcanjo provém das palavras gregas “Arc” que significa “principal” e “anjo” que é “mensageiro de Deus”. Vejamos o que diz São Gregório Magno:


“Deveis saber que a palavra ‘anjo’ designa uma função, não uma natureza. Na verdade, aqueles santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre se podem chamar anjos. Só são anjos quando exercem a função de mensageiros. Os que transmitem mensagens de menor importância chamam-se anjos; os que transmitem mensagens de maior transcendência chamam-se arcanjos.


3. Existem sete arcanjos segundo a Bíblia


No livro do Tobias (12,15), São Rafael se apresenta como “um dos sete anjos que estão diante da glória do Senhor e têm acesso a sua presença”. Enquanto que no livro do Apocalipse (8,2), São João descreve: “vi os sete Anjos que estavam diante de Deus, e eles receberam sete trombetas”. Por estas duas citações bíblicas, afirma-se que são sete arcanjos.


4. Conhecemos somente três nomes


A Bíblia menciona somente o nome de três arcanjos: Miguel, Rafael e Gabriel. Os outros nomes (Uriel, Barachiel ou Baraquiel, Jehudiel, Saeltiel) aparecem em livros apócrifos de Enoc, o quarto livro de Esdras e em literatura rabínica. Entretanto, a Igreja reconhece apenas os três nomes que estão nas Sagradas Escrituras. Os outros podem servir como referência, mas não são doutrina.


5.  Gabriel significa “a força de Deus”


No Antigo Testamento, são Gabriel  aparece no livro sagrado de Daniel explicando ao profeta uma visão do carneiro e do cabrito (Det 8), assim como instruindo-o nas coisas futuras (Det 9,21-27).  Nos Evangelhos, São Lucas (1,11-20) o menciona anunciando a Zacarias o nascimento de são João Batista e a Maria (1,26-38) que conceberia e daria a luz Jesus.


São Gabriel é conhecido como o “anjo mensageiro”, representado com uma vara perfumada de açucena e é padroeiro das comunicações e dos comunicadores, pois através da anunciação trouxe ao mundo a mais bela notícia.


6. Rafael em hebreu é “Deus cura”


O único livro sagrado que menciona a são Rafael é o de Tobias e figura em vários capítulos. Ali se lê que Deus envia este Arcanjo para que acompanhe Tobias em uma viagem, na qual se casou com Sara.


Da mesma maneira, são Rafael indicou a Tobias como devolver a visão ao seu pai. Por esta razão é invocado para afastar doenças e conseguir terminar bem as viagens.


7. Miguel significa “Quem como Deus”


O nome do arcanjo Miguel vem do hebreu “Mija-El” que significa “Quem como Deus ” e que, segundo a tradição, foi o grito de guerra em defesa dos direitos de Deus quando Lúcifer se opôs aos planos salvíficos e de amor do Criador.


A Igreja Católica teve sempre uma grande devoção ao arcanjo são Miguel, especialmente a fim de pedir-lhe que nos liberte dos ataques do demônio e dos espíritos infernais. Costuma ser representado com a roupa de guerreiro ou soldado centurião pondo seu calcanhar sobre a cabeça do inimigo.


(acidigital)

Homilia Diária | Os Arcanjos a serviço dos homens (Festa dos S. Arcanjos...

Hoje a Igreja celebra os santos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

 


A Igreja celebra hoje (29) a festa dos santos arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael, que aparecem na Bíblia com missões importantes dadas por Deus.


São Miguel em hebreu significa “Quem como Deus” e é um dos principais anjos. Seu nome era o grito de guerra dos anjos bons na batalha combatida no céu contra o inimigo e seus seguidores.


Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus.  É chamado pelo profeta Daniel, no Antigo Testamento, de príncipe protetor dos judeus. No Novo Testamento, é citado na carta de São Judas e no Livro do Apocalipse. Aparece como protetor dos filhos de Deus e de Sua Igreja.


São Gabriel significa “Fortaleza de Deus”. Teve a missão muito importante de anunciar a Nossa Senhora que ela seria a Mãe do Salvador.


Segundo o profeta Daniel (IX, 21), foi Gabriel quem anunciou o tempo da vinda do Messias; quem apareceu a Zacarias “estando de pé à direita do altar do incenso” (Lc 1, 10-19), para lhe dar a conhecer o futuro nascimento do Precursor; e, finalmente, o arcanjo como embaixador de Deus, foi enviado a Maria, em Nazaré para proclamar o mistério da Encarnação. É ele o portador de uma das orações mais populares e queridas do cristianismo, a Ave Maria.


São Rafael quer dizer “Medicina de Deus” ou “Deus obrou a saúde”. É o arcanjo amigo dos caminhantes, médico dos doentes, auxílio dos perseguidos.


No Livro de Tobias é narrado o momento que quando Tobit, pai de Tobias e homem de grande caridade, passou pela provação da cegueira e todos lhe questionavam a fé, juntamente quando Sara era atormentada por um demônio que matava seus maridos nas núpcias. Então, ambos rezaram a Deus e foram ouvidos; e foi Rafael que foi enviado para lhes prestar socorro.


São Rafael tomou a forma humana, fez-se chamar Azarías e acompanhou Tobias em sua viagem, ajudando-o em suas dificuldades, guiando-o por todo o caminho e auxiliando-o a encontrar uma esposa da mesma linhagem. Então, o Arcanjo explicou ao jovem Tobias que poderia se casar com Sara sem perigo algum. E, por fim, ao retornarem esclareceu como ele poderia curar o pai da cegueira. No livro de Tobias o próprio arcanjo se descreve como “um dos sete que estão na presença do Senhor”.


Para celebrar esta data, recordamos a oração aos Santos Arcanjos:


Ajudai-nos, ó grandes santos, irmãos nossos, que sois servos como nós diante de Deus. Defendei-nos de nós mesmos, de nossa covardia e tibieza, de nosso egoísmo e de nossa ambição, de nossa inveja e desconfiança, de nossa avidez em procurar a saciedade, a boa vida e a estima.


Desatai as algemas do pecado e do apego a tudo o que passa. Desvendai os nossos olhos que nós mesmos fechamos para não precisar ver as necessidades de nosso próximos e poder, assim, ocupar-nos de nós mesmos numa tranquila autocomplacência. Colocai em nosso coração o espinho da santa ansiedade de Deus para que não deixemos de procurá-lo com ardor, contrição e amor.


Contemplai em nós o Sangue do Senhor, que Ele derramou por nossa causa.  Contemplai em nós as lágrimas de vossa Rainha, que ela derramou sobre nós.


Contemplai em nós a pobre, desbotada, arruinada imagem de Deus, comparando-a com a imagem íntegra que deveríamos ser Sua vontade e Seu amor.


Ajudai-nos a conhecer Deus, a adorá-Lo, a amá-Lo e a servir-Lhe. Ajudai-nos no combate contra os poderes das trevas que, traiçoeiramente, nos envolvem e nos afligem.


Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que, um dia, estejamos todos jubilosamente reunidos na eterna bem-aventurança. Amém.


São Miguel, assisti-nos com vossos santos anjos;

Ajudai-nos e rogai por nós.


São Rafael, assisti-nos com vossos santos anjos;

Ajudai-nos e rogai por nós.


São Gabriel, assisti-nos com vossos santos anjos;

Ajudai-nos e rogai por nós.


(acidigital)

Laudes da Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

ENTRANDO NO LOCAL ONDE JESUS NASCEU! Vamos conhecer Belém!

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 28.09.2023

Perseguidos mas não esquecidos #75 - Com a Fundação AIS

Menstruation changes

Papa alerta sobre pornografia infantil: são vítimas sofisticadas da sociedade de consumo

 


Em audiência no Vaticano com membros do Conselho Latino-americano do Ceprome, o Centro de Pesquisa e Formação para a Proteção do Menor, o Papa agradeceu as iniciativas "para erradicar o flagelo dos abusos, tanto na Igreja quanto no mundo", um trabalho que tem avançado na Igreja e "que não vai parar". Francisco também fez alerta sobre o grave perigo da pornografia infantil.

Andressa Collet - Vatican News


O Papa Francisco, entre a série de audiências na manhã desta segunda-feira (25), recebeu uma delegação de 20 pessoas do Conselho Latino-americano do Ceprome, o Centro de Pesquisa e Formação para a Proteção do Menor. O grupo participa desde sábado (23) da assembleia anual em Roma, "uma feliz coincidência" de encontros, antecipou o Pontífice em discurso.


Os pequenos são reflexos da face de Deus


Outra curiosidade, acrescentou o Papa, é que a audiência no Vaticano aconteça em pleno 25 de setembro, "data em que, por uma antiga tradição, celebra-se, em um pequeno santuário da Espanha, a memória de um menino mártir", San Cristóbal de La Guardia, que viveu uma tragédia quando criança que acabou sendo associada à do próprio Cristo. E mais: ele aparece vestido como Jesus nas suas representações, o que fez o Pontífice lembrar do trecho do Evangelho sobre o Juízo Final: "Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes" (Mt 25:40).


"Como o mundo mudaria se estivéssemos convencidos de que cada um dos pequenos que encontramos é um reflexo da face de Deus! Se víssemos no sofrimento de cada criança, de cada pessoa vulnerável, um traço impresso no véu com o qual Verônica enxugou o rosto de Cristo!"


A cltura do cuidado do Ceprome


A própria equipe de profissionais de distintas disciplinas e países do Ceprome, como do próprio Brasil, procura trabalhar nessa direção ao promover cursos e capacitações, formar convênios com universidades e centros de estudos, oferecer acompanhamentos psicológicos e consultoria institucional vinculados com a prevenção e o cuidado dos mais vulneráveis e para tornar a Igreja um lugar cada vez mais seguro para todos, especialmente para as crianças e os adolescentes. Um trabalho "cada vez mais adequado para erradicar o flagelo dos abusos, tanto na Igreja quanto no mundo", confirmou o Papa, já que "os abusos que afetaram a Igreja são um pálido reflexo de uma triste realidade que envolve toda a humanidade".


“Alguns podem dizer: 'ah, não são tantos assim, então'. Se fosse apenas um, já seria escandaloso, apenas um, e são mais de um... Acredito de pocdf dizer que a Igreja tem avançado muito nesse caminho e que não deixará de fazê-lo, e isso graças a pastores proféticos, um cardeal, que foi capaz de pegar uma 'batata quente' como era Boston naquela época, e ir em frente, sem se preocupar com o dinheiro, mas sim com as pessoas e as crianças feridas. [...] Acredito que posso dizer que a Igreja avançou bastante nisso, e não deixará de fazê-lo.”


Grande parte desse mérito das conquistas dentro da Igreja também pode ser atribuído a esforços como os do Ceprome, esperando que sejam refletidos na sociedade, incentivando outras instituições para promover "essa cultura do cuidado", recordou o Papa. E a partir da imagem do menino mártir da Espanha, "que identifica cada um dos pequenos com o próprio Cristo", Francisco alertou para "que nossos esforços não se limitem à mera aplicação de protocolos, mas que os confiemos a Jesus na oração", sabendo reconhecer o sofrimento causado e acolhendo o irmão na dor, rezando pela conversão dos pecadores e desesperados.


O grave perigo da pornografia infantil


Ao final da sua intervenção, saindo do discurso oficial, o Papa Francisco fez questão de alertar para o grave perigo da pornografia infantil que também está fazendo as crianças de vítimas:


“Não quero terminar sem chamar a atenção para um problema que é muito grave no âmbito dos abusos: as gravações de pornografia infantil que, lamentavelmente, pagando uma pequena taxa, já podem estar no telefone. Onde essa pornografia infantil está sendo feita? Em que país se faz? Ninguém sabe. Mas é a criminalidade colocada a serviço de todos por meio dos seus celulares. Por favor, vamos falar sobre isso também. Porque essas crianças que estão sendo filmadas são vítimas, vítimas sofisticadas dessa sociedade de consumo. Não se esqueçam desse ponto que me preocupa muito.”




(vaticannews)

Homilia Diária | Ver Jesus com os olhos da fé (Quinta-feira da 25.ª Sema...

Hoje é celebrado são Venceslau, mártir e padroeiro da República Tcheca

 


São Venceslau foi um soberano tcheco que evangelizou seu povo, modificou o sistema judicial e reduziu as condenações relativas à pena de morte ou à tortura.

O santo foi filho de Vratislau e de sua esposa Draomira. Era neto de santa Ludimila, esposa do primeiro cristão da Boêmia, que se encarregou de sua educação e o ensinou a amar e servir a Deus.

Quando jovem, o santo perdeu seu pai após uma guerra e, por isso, sua mãe assumiu o poder. Entretanto, ela instaurou uma política anticristã e secularista que converteu o povo em um caos total.

Diante dessa situação, sua avó tentou persuadir o príncipe a assumir o trono e proteger o cristianismo, o que fez com que os nobres a assassinassem por considerá-la uma ameaça latente aos seus interesses.

Entretanto, por circunstâncias desconhecidas, a rainha foi expulsa do trono e Venceslau foi proclamado rei pela vontade do povo.

Como primeira medida, anunciou que apoiaria decididamente à Igreja. Sempre governou com justiça e misericórdia.

Por interesses políticos obscuros, Boleslau – que desejava o trono de seu irmão – assassinou o santo rei a punhaladas durante uma festividade.

O povo proclamou o rei Venceslau como mártir da fé e logo a igreja de São Vito – onde se encontram seus restos mortais – se tornou um centro de peregrinações.

Tempos depois, foi proclamado padroeiro do povo da Boêmia e hoje sua devoção é tão grande que também da República Tcheca.

(acidigital)

Laudes de Quinta-feira da 25ª Semana do Tempo Comum

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 27.09.2023

AUDIÊNCIA GERAL (Texto)

 PAPA FRANCISCO


AUDIÊNCIA GERAL


Praça São Pedro

Quarta-feira, 27 de setembro de 2023




Viagem Apostólica a Marselha para a conclusão dos “Rencontres Méditerranéennes”


Estimados irmãos e irmãs!


No final da semana passada fui a Marselha para participar na conclusão dos Rencontres Méditerranéennes, que contou com a participação de Bispos e Presidentes de câmaras municipais da área do Mediterrâneo, com muitos jovens, a fim de que o olhar se abrisse para o futuro. Com efeito, o evento de Marselha intitulava-se “Mosaico de esperança”. Eis o sonho, eis o desafio: que o Mediterrâneo recupere a sua vocação de ser laboratório de civilização e de paz.


Como sabemos, o Mediterrâneo é berço de civilização, e um berço é para a vida! Não é tolerável que se torne um túmulo, nem um lugar de conflito. O Mar Mediterrâneo é o mais oposto que existe ao conflito de civilizações, à guerra, ao tráfico de seres humanos. É exatamente o contrário, porque o Mediterrâneo põe em comunicação a África, a Ásia e a Europa; o norte e o sul, o oriente e o ocidente; as pessoas e as culturas, os povos e as línguas, as filosofias e as religiões. Certamente, o mar é sempre, de algum modo, um abismo a superar, e pode tornar-se também perigoso. Mas as suas águas preservam tesouros de vida, as suas ondas e os seus ventos transportam embarcações de todos os tipos.


Da sua margem oriental, há dois mil anos, partiu o Evangelho de Jesus Cristo.


Naturalmente, o seu anúncio não acontece por magia, nem se realiza de uma vez por todas. É o fruto de um caminho em que cada geração é chamada a percorrer um trecho, lendo os sinais dos tempos em que vive.


O encontro de Marselha seguiu-se a outros semelhantes, que tiveram lugar em Bari, em 2020, e em Florença, no ano passado. Não se tratava de um acontecimento isolado, mas de um passo em frente num itinerário que teve o seu início nos “Colóquios do Mediterrâneo”, organizados pelo Presidente da câmara municipal, Giorgio La Pira, em Florença, no final da década de 1950 do século passado. Mais um passo para responder, hoje, ao apelo lançado por São Paulo VI na sua Encíclica Populorum progressio, a fim de promover «um mundo mais humano para todos, um mundo em que todos tenham algo para dar e receber, sem que o progresso de uns constitua um obstáculo para o desenvolvimento de outros» (n. 44).


O que resultou do evento de Marselha? Resultou um olhar sobre o Mediterrâneo, que definiria simplesmente humano, não ideológico, não estratégico, não politicamente correto nem instrumental, humano, isto é, capaz de remeter tudo para o valor primordial da pessoa humana e da sua dignidade inviolável. Depois, ao mesmo tempo, resultou um olhar de esperança. Hoje isto é deveras surpreendente: quando escutamos testemunhas que passaram por situações desumanas ou que as compartilharam, e precisamente delas recebemos uma “profissão de esperança”. E é também um olhar de fraternidade.


Irmãos e irmãs, esta esperança, esta fraternidade, não deve “evaporar-se”, não, pelo contrário, deve organizar-se, concretizar-se em ações a longo, médio e curto prazo. Para que as pessoas, em plena dignidade, possam optar por emigrar ou não emigrar. O Mediterrâneo deve ser uma mensagem de esperança.


Mas há outro aspeto complementar: é preciso restituir esperança às nossas sociedades europeias, especialmente às novas gerações. Com efeito, como podemos acolher os outros, se nós próprios não tivermos um horizonte aberto ao futuro? Como podem jovens sem esperança, fechados na vida particular, preocupados em gerir a sua precariedade, abrir-se ao encontro e à partilha? Muitas vezes as nossas sociedades doentes de individualismo, de consumismo e de evasões vazias precisam de se abrir, de oxigenar a alma e o espírito, e assim poderão ler a crise como oportunidade e enfrentá-la de maneira positiva.


A Europa tem necessidade de reencontrar paixão e entusiasmo, e posso dizer que os encontrei em Marselha: no seu Pastor, Cardeal Aveline, nos sacerdotes e nos consagrados, nos fiéis leigos comprometidos na caridade, na educação, no povo de Deus que demonstrou muito entusiasmo na Missa no Estádio Vélodrome. Agradeço a todos eles e ao Presidente da República que, mediante a sua presença, testemunhou a atenção de toda a França para o evento de Marselha. Possa Nossa Senhora, que os marselheses veneram como Notre-Dame de la Garde, acompanhar o caminho dos povos do Mediterrâneo, para que esta região se torne aquilo que sempre foi chamada a ser: um mosaico de civilização e de esperança!


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Saudações:


Dou as boas-vindas a todos os peregrinos de língua portuguesa presentes na Audiência de hoje. O Senhor Jesus, ao confiar-nos o seu Evangelho, fez de nós portadores da luz e semeadores da esperança. Neste mundo continua a faltar uma maior consciência de que Deus é Pai de todos. Por isso, não renunciemos à nossa vocação e continuemos, com criatividade, a anunciar a Boa Nova. Deus vos abençoe.


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Resumo da catequese do Santo Padre:


No final da passada semana, estive em Marselha para participar na conclusão dos Encontros do Mediterrâneo, sob o tema Mosaico de esperança. Ali se acalentou o sonho do mar Mediterrâneo continuar a corresponder à sua vocação de laboratório de paz e berço de civilização. E um berço é lugar de vida, não lugar de morte. Este mar foi em tempos um espaço privilegiado de encontro de pessoas e culturas. Da sua margem oriental partiu o Evangelho de Jesus que nos trouxe a boa notícia de sermos filhos de um único Pai, irmãos e irmãs, herdeiros do amor de Deus que supera os nossos egoísmos e fechamentos, e nos abre a uma convivência humana justa e pacífica. Porém, esta convivência é fruto de um percurso, no qual as gerações são desafiadas a ler os sinais de cada tempo; hoje, a emigração forçada é um desses sinais. Diante dela abrem-se dois caminhos possíveis: o da indiferença ou o da fraternidade. Escolher a via da fraternidade significa colaborar com Deus e abrir-se à esperança. É esta que dá aos migrantes um olhar capaz de ultrapassar os maltratos sofridos, e dá também a cada europeu um olhar humano, apaixonado e entusiasta, que se põe ao serviço da dignidade do migrante e do direito de todos a permanecerem ou saírem do seu país.


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Audiência Geral 27 de setembro de 2023 Papa Francisco

SÓ NÃO ACORDA PRA VIDA QUEM NÃO QUER - PADRE GABRIEL VILA VERDE

Ó DEUS, TU ÉS MEU DEUS - Salmo 63 (62)

Homilia Diária | Pobres por Cristo (Memória de São Vicente de Paulo)

Hoje é celebrado são Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade

 


“Sendo a Mãe de Deus invocada e tomada por padroeira das coisas de importância, não pode acontecer que tudo não vá bem e não redunde para a maior glória do bom Jesus, seu Filho”, dizia o grande são Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade e fundador da Congregação da Missão (Vicentinos) e das Filhas da Caridade.

São Vicente nasceu na França em 1581, em uma família de camponeses. Quando era adolescente, foi enviado para o colégio dos franciscanos na próspera cidade de Dax. Lá, entregou-se por completo aos estudos, mas começou a sentir vergonha de suas origens.

Recebeu a tonsura e as ordens menores para, em seguida, entrar na Universidade de Toulouse, onde estudou teologia. Seu pai morreu e lhe deixou parte da herança para que pudesse pagar seus estudos, mas o jovem Vicente recusou a ajuda e decidiu cuidar de si mesmo. Por isso, trabalhou como educador em um colégio.

Foi ordenado em 1600 com apenas dezenove anos e preferiu continuar seus estudos, desejando ser bispo. Uma anciã, dama de Toulouse, deixou para ele uma herança econômica que ele teve que ir receber em Marselha. Quando retornava, o navio foi atacado pelos turcos e Vicente foi feito prisioneiro.

Diz-se que foi vendido como escravo e esteve a serviço de um pescador, de um médico e de um cristão renegado. A este último conseguiu converter e, assim, pôde empreender sua viagem de retorno até que chegou a Paris.

Mais tarde, serviu como pároco, mas teve que deixar a função para ser preceptor de uma ilustre família. No entanto, nessa vida de riqueza, começou a se dar conta de que o Evangelho exige uma caridade radical.

Assim, ao atender um moribundo, aprofundou no amor de Deus e começou a querer ir a todas as regiões remotas para expressar que existe um Deus de ternura que não os tinha esquecido.

Com o tempo, fundou a Congregação da Missão para dar missões populares e trabalhar na formação do clero. Do mesmo modo, foi cofundador com santa Luiza de Marilac da Companhia das Filhas da Caridade.

Durante sua vida, são Vicente conheceu o bispo são Francisco de Sales, que logo pediu que assumisse a capelania de suas Visitandinas de Paris e a direção espiritual de santa Joana de Chantal.

Para são Vicente, a oração era o principal e apresentou a humildade como a primeira qualidade dos sacerdotes missionários. Sempre buscou a paz e a atenção aos necessitados, mesmo em meio às guerras de seu tempo, tornando-se conselheiro de governantes e verdadeiro amigo dos necessitados.

Morreu em 27 de setembro de 1660, pouco antes das quatro da manhã, a hora que costumava se levantar para servir a Deus e aos pobres.


(acidigital)

Laudes da Memória de São Vicente de Paulo, presbítero

terça-feira, 26 de setembro de 2023

COMO É a Incrivel MACAU?!

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 26...

Perguntas e respostas sobre FAMÍLIA - com Padre Gabriel Vila Verde

SE HOJE ESCUTARDES A SUA VOZ - Salmo 95 (94)

Palavra de Deus |Como tornar-se membro da família de Deus (Lc 8,19-21) I...

Hoje a Igreja celebra são Cosme e são Damião, gêmeos mártires e padroeiros dos médicos


Hoje (26), a Igreja celebra os mártires Cosme e Damião, irmãos gêmeos que, junto com são Lucas, são os padroeiros dos médicos católicos.


No Oriente, são chamados “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada aos pacientes pobres. A única coisa que pediam aos pacientes era que lhes permitissem falar por alguns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu Evangelho.


Lisias, o governador de Cilícia, desgostou-se muito porque estes dois irmãos propagavam efetivamente o cristianismo. Tentou inutilmente que deixassem de pregar e, como não conseguiu, mandou atirá-los ao mar. Mas, uma onda gigantesca os levou sãs e salvos à margem.


Então, o governador mandou que fossem queimados vivos, mas as chamas não os tocaram e, em troca, queimaram aos verdugos pagãos que queriam atormentá-los. O mandatário pagão mandou que lhes cortassem a cabeça. Finalmente, derramaram seu sangue por proclamar o amor ao Divino Salvador.


Junto ao túmulo dos dois irmãos gêmeos começou a realizar-se milagrosas curas. O imperador Justiniano de Constantinopla, padecendo de uma grave enfermidade, encomendou-se a estes dois santos mártires e foi curado inexplicavelmente.


São Cosme e Damião também são padroeiros dos cirurgiões, farmacêuticos, dentistas e faculdades de medicina.


(acidigital)

Laudes de Terça-feira da 25ª Semana do Tempo Comum

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 25.09.2023

MICHEL PAGIOSSI (Liturgia e o Novo Missal) | SantoFlow Podcast #144

Homilia Diária | Não podemos esconder a luz de Cristo! (Segunda-feira da...

Vigília ecumênica de oração se aproxima



O Papa Francisco convidou os responsáveis de Igrejas de diferentes confissões cristãs a unirem-se a ele em oração, no dia 30 de setembro, para confiarem juntos ao Espírito Santo o trabalho da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo da Igreja Católica.

Vatican News


Em 30 de setembro, se realizará a Vigília ecumênica de oração, na Praça São Pedro, presidida pelo Papa Francisco, na presença do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, do Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e de muitos outros responsáveis de Igrejas, bem como de milhares de cristãos de diferentes confissões.


A vigília de oração será uma ocasião para confiar ao Espírito Santo o trabalho da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo da Igreja Católica. Será precedida - das 17h00 às 18h00 - por uma celebração de gratidão em torno de quatro dons: gratidão pelo dom da unidade e pelo caminho sinodal, pelo dom do outro, pelo dom da paz e pelo dom da Criação. A vigília incluirá a escuta da Palavra de Deus, o louvor e a intercessão, cantos de Taizé e silêncio – um forte sinal de fraternidade, unidade e paz.


À medida que as Igrejas celebram o Tempo da Criação, a Praça São Pedro também se tornará “como um jardim”, repleta de árvores e flores, assim como a Cruz de São Damião de São Francisco.


O programa que antecede a oração e a vigília ecumênica serão transmitidos ao vivo pelo Vatican  Media, através do seu canal no YouTube, com tradução em oito línguas diferentes.


O programa “Together” em Roma, para jovens

Milhares de jovens de 18 a 35 anos de vários países também participarão de um programa de oficinas e encontros em Roma, de 29 de setembro a 1° de outubro, que incluirá a Vigília ecumênica de oração, na Praça São Pedro e, no início da tarde de sábado, uma oração de louvor e adoração na Basílica de São João de Latrão.


Entre os temas das oficinas: ouvir os refugiados, falar sobre suas experiências, aprender com outras crenças e religiões, visitar o trabalho das missões da cidade com pessoas marginalizadas, reconhecer Cristo na diversidade das nossas tradições, participar em mesas redondas ecumênicas, prestar mais atenção à Criação.


Rezar juntos em diferentes partes do mundo

No mesmo espírito, orações comunitárias estão sendo organizadas no mundo no dia 30 de setembro ou próximo desta data. Mais de 200 foram planejadas até agora, com cristãos de diferentes igrejas partilhando oração e reflexão nos seus próprios países. Outras serão ainda adicionadas nos próximos dias.


Gênese do Encontro do Povo de Deus

O projeto nasceu em outubro de 2021, quando o irmão Alois, prior de Taizé, foi convidado a falar na abertura do processo sinodal da Igreja Católica. Ele declarou nesta ocasião: “Pelo Batismo e pela Sagrada Escritura, somos irmãs e irmãos em Cristo, unidos numa comunhão ainda imperfeita, mas muito real, mesmo quando as questões teológicas permanecem sem resposta. Tal encontro – aqui em Roma e ao mesmo tempo noutras partes do mundo – teria no seu centro uma celebração sóbria de escuta da Palavra de Deus, com um longo momento de silêncio e intercessão pela paz”.


A preparação da vigília foi um verdadeiro exercício de sinodalidade, com o desejo de envolver desde o início numerosos parceiros eclesiais: mais de cinquenta, de todas as origens confessionais, trabalhando juntos em estreita colaboração com o Secretariado do Sínodo de Roma, o Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e o Vicariato de Roma.


Um evento ecumênico

Estarão presentes em Roma um grande número de responsáveis de diferentes confissões cristãs: doze chefes de Igreja convidados pelo Santo Padre; delegados fraternos que participarão na assembleia sinodal; bispos ortodoxos e orientais e pastores protestantes de Roma; assim como líderes de Igrejas que responderam ao convite do comitê de preparação do “Together”.


Reações

No dia 24 de setembro, no final da oração dominical do Angelus, o Papa Francisco disse: “Renovo o convite a participar na Vigília ecumênica de oração que terá lugar no próximo sábado, 30 de setembro, na Praça São Pedro, em preparação à Assembleia Sinodal, que terá início no dia 4 de outubro”.


Sua Santidade o Patriarca Bartolomeu gravou uma mensagem de vídeo na qual disse, entre outras coisas: “Estou grato por poder dirigir estas palavras aos jovens ortodoxos e a todas as pessoas de boa vontade que pretendem unir-se ao Encontro do Povo de Deus, em Roma, e em muitos outros lugares do mundo. É com grande alegria que aceitei este convite do meu amado irmão, Sua Santidade o Papa Francisco, para participar da Vigília ecumênica de oração que terá lugar no dia 30 de setembro.”


O Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, que também estará presente, disse sobre “Together”: “Não devemos subestimar o impacto que podemos ter como cristãos no resto do mundo, porque é um impacto dado pelo Espírito Santo. Como sinal visível de unidade, esta Vigília ecumênica de oração é uma oportunidade para todos nos unirmos e inspirarmos mudanças. Espero que ‘Together, Encontro do Povo de Deus’, seja uma experiência inspiradora para todos os que participarem.”


A secretária-geral da Federação Luterana Mundial, Rev. Anne Burghardt disse numa entrevista: “Gostaria de expressar a minha profunda alegria por esta iniciativa, porque iniciativas como esta, que reúnem jovens de todo o mundo para dialogar, são simplesmente maravilhosas quando se trata de promover a unidade dos cristãos.”


Para mais informações


• Site internet oficial: www.together2023.net


• Facebook / Instagram: @30Sept2023 | #Together2023 •


• TwiZer: @Together2023


Credenciamento da média e contato com a imprensa


• Os jornalistas que desejam cobrir o encontro em Roma são convidados a solicitar credenciamento através do módulo online Vatican Media.


• Um kit de imprensa em inglês, italiano e francês está disponível.


• Atualizações regulares sobre "Together" serão enviadas durante as próximas duas semanas aos jornalistas que as solicitarem, escrevendo para o endereço abaixo.


• media@together2023.net / +33 7 68 89 30 10

Santo do Dia: São Firmino de Amiens, o bispo espanhol decapitado

 



Origens


São Firmino de Amiens era originário de uma família nobre de Pamplona na Espanha. Seus pais Fermo e Eugenia eram pagãos, mas, depois, se converteram na época do episcopado de seu filho. Firmino, que era o filho mais velho, foi confiado aos cuidados do padre Onesto, que o batizou e o instruiu na fé cristã.


O primeiro bispo 


Mais tarde, foi ordenado sacerdote pelo bispo de Toulouse Onorato e, depois de alguns anos, bispo. São Firmino permaneceu em sua cidade natal de Pamplona, onde uma tradição local o considera o primeiro bispo da cidade. Depois, passou a evangelizar algumas regiões da França como Aquitânia, Auvergne, Anjou e outras no nordeste. Apesar da oposição dos sacerdotes pagãos, os resultados de seu trabalho foram sensacionais. 


Desafios apostólicos


Os “Atos” dizem que ele também foi preso por ordem do governador romano Valério, açoitado e, depois, libertado. Em seus itinerários, acabou parando em Amiens (a antiga Samobriva Ambianorum) onde foi bispo com grande sucesso por muitos anos. Sabe-se que ele converteu muitos nobres incluindo o senador Faustiniano, de cujos descendentes o outro bispo confessor  São Firmino de Amiens (celebrado em outra data). 


Páscoa


Pelos diligentes magistrados Longulo e Sebastiano, foi novamente preso no início do século IV e convidado a abjurar, mas São Firmino de Amiens recusou, mantendo-se firme em sua fé. Então, os magistrados, para evitar uma reação popular, mandaram decapitá-lo na prisão em 25 de setembro de um ano não especificado entre 290 e 303.


Suas relíquias


No século VII, não se sabia onde estava o túmulo do santo bispo e mártir, mas, por uma visão milagrosa, o bispo de Amiens São Salvio o encontrou. Suas relíquias estão espalhadas em várias igrejas da França, pois o culto a São Firmino de Amiens teve uma ampla difusão, tanto na França como na Espanha. Em Pamplona, em particular, é muito solene, documentado pela primeira vez em 1186, quando o bispo da cidade Pedro II recebeu algumas relíquias de São Firmino Amiens. Em 1217, na catedral havia um altar dedicado a ele e a festa foi celebrada com uma oitava.  


Devoção atual


Atualmente, na cidade de origem, existem duas capelas dedicadas a ele, uma na catedral e outra na igreja de São Lorenzo, construídas segundo a tradição no local da casa natal de São Firmino de Amiens. A festa em Pamplona ficou muito conhecida no mundo, pela corrida de touros, o famoso “encierro”, que acontece nas ruas da cidade por cerca de 850 metros, com touros livres correndo junto com homens bastante ousados, com a participação de uma grande multidão e numerosos turistas, e terminando na arena. Em Amiens, na França, o nome de São Firmino foi incluído nas ladainhas medievais dos santos, e, na antiguidade, havia cinco celebrações em sua homenagem durante o ano, incluindo 25 de setembro, dia do martírio e data em que ele é inserido no ‘Martyrologium Romanum’. 


Padroeiro e representações artísticas 


Na Idade Média foi invocado como protetor dos tanoeiros, mercadores de vinho, padeiros e contra as doenças. Na arte figurativa, as obras confundem-se em Amiens, precisamente pelos dois bispos homónimos da mesma diocese, mas os de Firmino bispo e mártir são mais facilmente identificáveis, ​​devido ao seu martírio, que o tornou mais famoso; de fato, tendo sido decapitado, em algumas obras ele é retratado com a cabeça na mão ou olhando para a cabeça decepada no chão. Os ‘Atos’ que falam dele datam do século V ou VI, tendo motivos de decorações escultóricas na própria catedral de Amiens.


Minha oração


“Pelo teu sangue, fizeste frutificar a fé do povo, intercedei por aqueles que lhe rogam e pelo povo no qual viveu o seu bispado. Que teu exemplo seja fortaleza e consolo para os europeus, assim como para nós. Amém!”


São Firmino, rogai por nós!


(acidigittttal)

Laudes de Segunda-feira da 25ª Semana do Tempo Comum

domingo, 24 de setembro de 2023

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 24.09.2023

AÇORES: SUBIDA AO PICO | O Ponto Mais Alto de Portugal

ONDE VIVIAM OS GIGANTES? Israel com Aline

Angelus 24 de setembro de 2023 Papa Francisco



Papa no Angelus: a "moeda" de Deus é seu amor, incondicional e gratuito

"A justiça humana diz para “dar a cada um o que merece”, enquanto a justiça de Deus não mede o amor na balança dos nossos rendimentos, dos nossos desempenhos ou dos nossos fracassos: Deus nos ama e basta, ama-nos porque somos filhos, e o faz com amor incondicional e gratuito."

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

A justiça de Deus não mede o amor na balança dos nossos rendimentos, desempenhos ou fracassos, Deus nos ama porque somos filhos e o faz com amor incondicional e gratuito, "para o seu coração nunca é tarde, Ele nos procura e nos espera sempre."

Critérios de Deus
 
Esse é o cerne da reflexão do Papa Francisco inspirada na narrativa de Mateus (20, 1-16) sobre o proprietário da vinha que paga o mesmo valor aos trabalhadores contratados em diferentes horas do dia, o que é considerado injusto pelos que foram contratados primeiro e trabalharam mais.
Francisco explica ainda no início que “a parábola não deve ser lida por meio de critérios salariais; mas sim, quer mostrar os critérios de Deus, que não faz cálculos dos nossos méritos, mas nos ama como filhos.”

O Senhor nos procura e nos espera sempre
 
Então chama atenção para duas ações divinas da narrativa. A primeira delas, Deus que sai a qualquer hora para nos chamar, destacando assim que não são apenas os homens que trabalham, mas “sobretudo Deus, que sai sempre, sem se cansar, o dia inteiro":
Deus é assim: não espera os nossos esforços para vir ao nosso encontro, não nos faz um exame para avaliar os nossos méritos antes de nos procurar, não desiste se demoramos em responder-lhe; pelo contrário, Ele mesmo tomou a iniciativa e em Jesus “veio” ao nosso encontro, para nos manifestar o seu amor (...). Para o seu coração nunca é tarde, Ele nos procura e nos espera sempre. Não esqueçamos disso: o Senhor nos procura e nos espera sempre.

A justiça de Deus é superior, vai além
 
Francisco chega então à segunda ação divina: precisamente porque Deus é tão generoso, ele retribui a todos com a mesma “moeda”, que é o seu amor. E o sentido último da parábola é esse: os trabalhadores de última hora são pagos como os primeiros porque, na realidade, aquela de Deus é uma justiça superior, vai além:
A justiça humana diz para “dar a cada um o que merece”, enquanto a justiça de Deus não mede o amor na balança dos nossos rendimentos, dos nossos desempenhos ou dos nossos fracassos: Deus nos ama e basta, ama-nos porque somos filhos, e o faz com amor incondicional, um amor gratuito.
Superar relação 'mercantil' com Deus
 
Como já havia feito em tantas outras ocasiões, ao falar sobre a gratuidade, Francisco chama a atenção para o risco de termos uma “relação ‘mercantil’ com Deus, centrando-nos mais na nossa bravura do que na generosidade da sua graça”:
Às vezes, mesmo como Igreja, em vez de sair a cada hora do dia e abrir os braços a todos, podemos sentir-nos os primeiros da classe, julgando os outros distantes, sem pensar que Deus também os ama com o mesmo amor que tem por nós. E mesmo nas nossas relações, que são o tecido da sociedade, a justiça que praticamos por vezes não consegue escapar do esquema do cálculo e limitamo-nos a dar de acordo com o que recebemos, sem ousar fazer algo mais, sem apostar na eficácia do bem feito gratuitamente e do amor oferecido com grandeza de coração.

Agir com os outros como Jesus age comigo
 
O Papa então propõe que nos perguntemos:
Eu cristão, eu cristã, sei ir em direção aos outros? Sou generoso, sou generosa com todos, sei dar aquele “a mais” de compreensão, de perdão, como Jesus fez comigo e faz todos os dias comigo?
Que Nossa Senhora – disse ao concluir - nos ajude a converter-nos à medida de Deus, à de um amor sem medida.

(vaticannews)

Pope Francis, press conference on return flight from Marseille, Septembe...



O Papa: “Marselha acolhe, é uma mensagem para a Europa”

Francisco em diálogo com jornalistas no voo de regresso da França: “As migrações bem conduzidas são um tesouro”. As palavras sobre a eutanásia: “Cuidado com as colonizações ideológicas que arruínam a vida humana”. Ucrânia: “Não devemos brincar com o martírio desse povo”
VATICAN NEWS

Matteo Bruni

Boa noite Santidade, boa noite a todos. Obrigado por reservar esse tempo no voo de volta. Foi uma viagem particular, em que pode sentir também, como dizia sua Eminência, todo o afeto dos franceses que foram rezar com o senhor. Mas creio que ainda existem algumas perguntas ou questões que os jornalistas queriam fazer-lhe. Ou o senhor queria nos dizer algumas palavras.

Papa Francisco

Boa noite e muito obrigado pelo seu trabalho. Antes que me esqueça, quero dizer duas coisas. Hoje acredito que seja o último voo do Roberto Bellino porque ele está se aposentando (aplausos). Obrigado obrigado obrigado. A segunda coisa é que hoje é aniversário do Rino, o inefável Rino (aplausos). Existe a claque. Agora, por favor, façam as perguntas.

Raphaelle Schapira (France Televisions)

Santo Padre, boa noite. O senhor começou seu pontificado em Lampedusa, denunciando a indiferença. Dez anos depois, continua pedindo à Europa que demonstre solidariedade. E vem repetindo a mesma mensagem há dez anos. Isso significa que o senhor falhou?

Papa Francisco

Eu diria que não. Eu diria que o progresso tem sido lento. Hoje, há consciência do problema da migração. Há consciência. E também existe a consciência de que o problema chegou a um ponto... como uma batata quente que você não sabe como segurá-la. Angela Merkel disse uma vez que o problema é resolvido indo à África e resolvendo-o na África, elevando o nível dos povos africanos. Mas há casos que são difíceis. Casos muito difíceis. Em que migrantes são enviados como "pingue-pongue". E sabe-se que muitas vezes eles acabam em "campos de concentração", acabam em situações piores do que estavam antes. Eu acompanhei a vida de um rapaz, Mahmoud, que estava tentando sair porque precisava, e no final ele se enforcou; ele não suportou essa tortura. Eu já lhes disse para lerem esse livro: Irmãzinho, ou "Hermanito". As pessoas que retornam são primeiro vendidas. Depois, tiram-lhes dinheiro. Em seguida, obrigam-nas a ligar para a família para enviar mais dinheiro. Mas são pessoas pobres. É uma vida terrível. Ouvi uma pessoa que testemunhou, quando à noite, ao embarcar, viu um navio tão simples, sem segurança, e não quis embarcar. E... "pum pum" (barulho como de tiros). Fim da história. É o reino do terror! Eles sofrem não apenas porque precisam sair, mas porque lá é o reino do terror. Eles são escravos. E não podemos, sem ver a realidade, enviá-los de volta como uma bola de "pingue-pongue". Não. É por isso que continuo dizendo que, em princípio, os migrantes devem ser bem-vindos, acompanhados, promovidos e integrados. Se você não puder integrá-los em seu país, então acompanhe-os e integre-os em seu próprio país, mas não os deixe nas mãos dessas pessoas cruéis do tráfico de pessoas. O problema com os migrantes é o seguinte: nós os enviamos de volta e eles caem nas mãos desses infelizes que fazem tanta maldade. Eles os vendem, eles os exploram. As pessoas tentam sair. Há alguns grupos que se dedicam a resgatar pessoas com barcos no mar. Convidei um deles para participar od Sínodo, que é o líder da “Mediterranea Saving Humans”. Eles nos contam histórias terríveis. Em minha primeira viagem, como a senhora disse, foi a Lampedusa. As coisas melhoraram. Realmente melhoraram. Há mais conscientização. Naquela época, nós não sabíamos. E também não nos diziam a verdade. Lembro que havia uma recepcionista na Casa Santa Marta, que era etíope, filha de etíopes. E ela estava acompanhando minha viagem pela TV. E durante a minha viagem havia um etíope, um pobre etíope, me explicando a tortura e outras realidades. E o tradutor - ela me disse - dizia mentiras, ele amenizava a situação. É difícil ter confiança. São inúmeros dramas. Naquele dia em que eu estava em Lampedusa me disseram: olhe para aquela mulher, era uma médica. Ela foi para o meio dos cadáveres, olhando os rostos das pessoas, porque estava procurando a filha, que ainda não tinha encontrado. Esses dramas... é bom que os tomemos em nossas mãos. Isso nos tornará mais humanos e, portanto, também mais divinos. É um chamado. Eu gostaria que fosse como um grito. Vamos estar mais atentos. Devemos fazer alguma coisa. A consciência mudou. Realmente mudou. Hoje há mais consciência. Não porque eu tenha me manifestado, mas porque as pessoas perceberam o problema, e muitos estão falando sobre isso. E essa foi minha primeira viagem. Quero dizer mais uma coisa pessoal, eu nem sabia onde ficava Lampedusa, nem isso. Mas ouvi as histórias. Li algo e, em oração, senti que precisava ir até lá. Como se o Senhor estivesse me enviando para lá, em minha primeira viagem.

Clemónt-Melki (AFP)

Boa tarde, Santo Padre. Esta manhã, o senhor encontrou Emmanuel Macron depois de ter expresso o seu desacordo em relação à eutanásia. O governo francês está se preparando para aprovar uma controversa lei sobre o fim da vida. Poderia gentilmente nos dizer o que disse ao presidente francês em relação a isso? E se pensa fazê-lo mudar de ideia...Obrigado!

Papa Francisco

Hoje não falamos sobre esse tema, mas falamos sobre isso na outra visita, quando nos encontramos, eu falei claramente. Quando ele veio ao Vaticano. Eu dei o meu parecer claro: com a vida não se brinca, nem no início nem no fim, não se brinca! E não o meu parecer, é custodiar a vida, sabe, porque depois acabará com aquela política de “não dor”, de uma eutanásia humanística. Sobre isso quero repetir, um livro – leiam-no – é de 1903, é um romance. Se chama “O senhor do mundo”, The Lord of the World ou The Lord of the Earth (tem dois títulos), escrito por Robert Benson, o autor, é um escritor futurista [romance de ficção científica distópico escrito por Robert Hugh Benson em 1907 que se centra no reino do Anticristo e no Fim do Mundo - ndr ]. Ele mostra como as coisas serão no final. E são tiradas todas as diferenças, todas, e também são tiradas as dores, tudo, e a eutanásia é uma dessas coisas, a morte doce, a seleção antes do nascimento,  como esse homem havia visto os conflitos atuais. Hoje, estejamos atentos com as colonizações ideológicas, que arruínam a vida humana, porque vão contra a vida humana. Hoje se cancela a vida dos avós, por exemplo, quando a riqueza humana vai no diálogo dos netos com os avós, se cancela, são velhos, não servem. Com a vida não se brinca. Desta vez não falei com o presidente, mas da outra vez sim, quando veio, eu dei o meu parecer, com a vida não se brinca, seja a lei de não deixar que cresça a criança no ventre da mãe, a lei da eutanásia, nas doenças, na velhice. Não digo que é uma coisa de fé, é uma coisa humana, humana, há a má compaixão. A ciência chegou a fazer com que cada doença dolorosa seja menos dolorosa, e a acompanha com tantos remédios. Mas com a vida não se brinca!

MARTÍNEZ BROCAL OGÁYAR Javier - ABC

Santo Padre, obrigado por responde às perguntas, por este tempo que nos dedica nesta viagem muito intensa, densa de conteúdos. Até o último momento o senhor falou da Ucrânia e o cardeal Zuppi acaba de voltar de Pequim. Houve progressos nesta missão? Pelo menos na questão humanitária do regresso das crianças? Depois, uma pergunta um pouco dura: como vive o fato, inclusive pessoalmente, de que esta missão não consegue obter nenhum resultado concreto até agora? O senhor, em uma audiência, falou de frustração. Sente frustração? Obrigado

Papa Francisco

Isto é verdade, um pouco de frustração se sente, porque a Secretaria de Estado está fazendo de tudo para ajudar nisto, também a “missão Zuppi” foi lá, há algo com as crianças que está indo bem, mas me vem em mente que esta guerra vai além do problema russo -ucraniano, mas é para vender armas, o comércio de armas. Dizia um economista alguns meses atrás que hoje os investimentos que dão mais lucro são as fábricas de armas, certamente fábricas de morte! O povo ucraniano é um povo mártir, tem uma história muito martirizada, uma história que faz sofrer, e não é a primeira vez: no tempo de Stalin, sofreu muito, muito, muito, é um povo mártir. Mas nós não devemos brincar com o martírio deste povo, devemos ajudá-los a resolver as coisas no modo mais real possível. Nas guerras, o real é possível, não para fazer ilusões: que amanhã os dois líderes em guerra vão comer juntos, mas até o possível, onde chegaremos para fazer o possível. Agora vi que algum país se retrai, que não dá armas, e começa um processo onde o mártir será o povo ucraniano certamente. E isso é algo ruim!
Você mudou de tema, e por isso gostaria de voltar ao primeiro argumento, à viagem. Marselha é uma civilização de tantas culturas, muitas culturas, é um porto de migrantes. No passado eram migrantes rumo a Cayenne, de lá saiam os condenados à prisão. O arcebispo [de Marselha, ndr] me presentou Manon Lescaut para me lembrar daquela história. Mas Marselha é uma cultura do encontro! Ontem, no encontro com os representantes de várias confissões - convivem islâmicos, judeus, cristãos -, mas existe a convivência, é uma cultura da ajuda. Marselha é um mosaico criativo, é esta cultura da criatividade. Um porto que é uma mensagem à Europa: Marselha acolhe. Acolhe e faz uma síntese sem negar a identidade dos povos. Devemos repensar este problema para outros lugares: a capacidade de acolher. Voltando aos migrantes, são cinco as pequenas cidades que sofrem a presença de muitos migrantes, mas em alguns delas quase não há população, penso num caso concreto que conheço onde moram menos de 20 idosos e nada mais. Por favor, que esses povos façam o esforço para integrar. Precisamos de mão de obra, a Europa necessita. As migrações bem conduzidas são uma riqueza, são uma riqueza. Pensemos nesta política migratória para que seja mais fecunda e nos ajude muito.

Agora tem a janta e também a festa para Rino [Anastasio coordenador da Alitalia-ITA Airways das viagens papais, ndr] e a despedida de Roberto. Vamos parar por aqui. Muito obrigado pelo trabalho de vocês e por suas perguntas.