sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Manhenha: Parabéns ao Gonçalo




Hoje passa o aniversário do meu amigo Gonçalo. Um adolescente que convive comigo desde que nasceu, durante os meses de verão na Manhenha. Esta amizade já vem do tempo da avó Benilde e do avô Francisco com os meus pais.

É muito delicado, bom conversador e por isso uma óptima companhia.
Quase todos os anos lhe peço para fazer um desenho da minha adega e assim, vamos observando a sua evolução na arte de desenhar.
Este ano não fugiu à regra e por isso, partilho com os amigos o desenho deste ano, que está impecável.



Abraço grande para ti, Gonçalito e que Deus te abençoe, sempre.





UM BOM DIA


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

TELEFONES DE EMERGÊNCIA





Estás ansioso e queres ter paz? 
Então liga para Isaías 66, 1-2



ASSIM TE FALA O SENHOR

“... Qual será o lugar do meu repouso? Pela minha mão foram feitas todas as coisas e tudo me pertence, diz o Senhor. O meu olhar volta-se para os humildes e os corações contritos, para aqueles que temem as minhas palavras”.

........

Neste mundo custoso e complicado, é fácil cairmos no desânimo, na descrença e na ansiedade. Cada vez mais procuramos resolver os nossos problemas e, quanto mais tentamos, mais nos envolvemos neles criando um círculo donde nunca saímos. São problemas sobre problemas e a nossa vida vai-se enchendo de vazio. Não temos tempo para nada, nem para falar, nem para escutar.
O que nos é proposto pelo Senhor, hoje, é que se faça uma paragem. Parar! Parar de criar mais tribulações. Parar para pensar, para descansar o coração sem força, por que é o Senhor que vai ajudar a levar a nossa vida. Entregar-Lhe os problemas e confiar Nele, é o que nos ensina esta Leitura para encontrar a paz.
É para esta atitude de confiança, simplicidade e humildade, que o olhar do Senhor se volta e “repousa”.


PASSA UM BOM DIA


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Angra: Funeral de D. Aurélio, bispo


Angra: Funeral de D. Aurélio Granada realiza-se hoje


Missa na catedral às 15h00 antecede sepultamento no Cemitério do Livramento


A União | D. Aurélio Granada Escudeiro
Angra do Heroísmo, Açores, 29 ago 2012 – O funeral do antigo bispo de Angra, D. Aurélio Granada Escudeiro, realiza-se hoje às 15h00 na sé da cidade da Ilha Terceira, revela o site da diocese.
O corpo vai estar em câmara ardente na catedral entre as 08h30 e as 14h30 (hora localmais uma em Lisboa), seguindo-se a eucaristia presidida pelo bispo diocesano, D. António Sousa Braga.
O cortejo fúnebre sairá pelas 16h30 em direção ao Cemitério do Livramento, em Angra do Heroísmo, onde o bispo emérito vai ser sepultado numa campa da diocese, adianta a mesma fonte.
“À hora do funeral os sinos das igrejas paroquiais tocarão as laudas próprias destas circunstâncias”, anuncia a página diocesana.
Esta terça-feira decorreram exéquias às 11h00, na igreja de São José, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, onde o prelado faleceu no sábado, aos 92 anos.
A celebração foi dirigida por D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, diocese de onde D. Aurélio Escudeiro era natural.
Natural de Alcains, Castelo Branco, D. Aurélio Granada Escudeiro nasceu a 29 de maio de 1920 e fez os seus estudos nos Seminários de Gavião, Alcains e Olivais.
Ordenado padre em Portalegre, a 17 janeiro de 1943, desempenhou funções como pároco em Gavião (1943-44) e Ortiga, Mação (1944-48), e como professor de Religião, distinguindo-se no apoio dado à obra da Ação Católica, a nível diocesano e nacional.
Foi escolhido pelo Papa Paulo VI para bispo coadjutor de Angra a 18 de março de 1974 e recebeu a ordenação episcopal a 26 de maio desse ano.
A 30 de junho de 1979 foi nomeado bispo residencial da diocese açoriana, tendo precedido no cargo a D. António de Sousa Braga.
Criou um secretariado para a Pastoral das Migrações e a Comissão Diocesana para a Comunicação Social, além de uma comissão de ajuda aos refugiados após a revolução de 25 de abril de 1974.
Assumiu responsabilidades em órgãos de comunicação social da Igreja e foi responsável pela publicação de textos sobre doutrina católica e pela tradução de obras de caráter teológico.
D. Aurélio Granada Escudeiro, cidadão honorário da cidade de Angra do Heroísmo, é apresentado pela diocese como um "impulsionador" do culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, na Ilha de São Miguel.
O 37.º bispo de Angra recebeu o Papa João Paulo II, em abril de 1991, na visita às ilhas Terceira e de São Miguel.
Apresentou a renúncia em abril de 1996 e viu D. António de Sousa Braga suceder-lhe no cargo em junho desse ano.
Regressou à sua terra natal mas viria a fixar residência na Casa Sacerdotal de Ponta Delgada em maio de 2011, onde veio a falecer cerca das 20h00 locais deste sábado.


(Facebook - Seminário de Angra)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

COLÉGIO DE SANTO AGOSTINHO EM COIMBRA



Entrada da Igreja


Igreja e púlpito



Claustro principal,
um dos mais belos da cidade de Coimbra, 1589




(Do facebook: Museu Municipal de Coimbra/Edifício Chiado)

Alegrem-se: o Senhor é o nosso Deus



PASSA UM BOM DIA

Santo do dia : Santo Agostinho







Nasceu em Tagaste, no ano de 354. Africano da Tunísia, era filho de pai pagão e de mãe cristã. Espírito irrequieto e sedento de verdade, enveredou por várias correntes filosóficas e seitas, até chegar ao cristianismo. Incursionou também pelos meandros da vida amorosa, e por muito tempo viveu em companhia de uma mulher e ambos tiveram um filho. Esta mulher anónima, que Santo Agostinho amava e por ela era amado, e da qual nem sequer nos legou o nome, retornou à África e certamente não foi menor em sua oblação.

Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o baptismo em Milão. Quem o baptizou foi o célebre bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mónica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de "Confissões", escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de Agosto de 430.


(EvangelhoQuoidiano)


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

MANHENHA, BERÇO DE POETAS?




São os poetas populares do cantar ao desafio, outros gostam de fazer “quadras” para oferecer aos amigos... É o que partilho hoje: um Quadro com uma composição muito bem conseguida, contendo fotos e versos alusivos à Manhenha, escritos pela mão da Henriqueta, amiga de infância com quem brincava nos meses de verão, amizade que ainda hoje mantemos com muita ternura; saliento também algumas Quadras:




A nossa Ilha do Pico
não é só Lajes, Cais e Madalena;
há um lugar bem bonito
que lhe chamaram Manhenha.

Temos um porto de mar
e um lindo poceirão,
onde nós vamos nadar
durante os meses de verão.

Bem na ponta do Calvinho
onde se vê nascer o sol,
há um grande alambique
e um bonito farol.

Depois de isto escrever
entre mar, céu e lenha
venham todos cá ver
se é assim ou não, a Manhenha.


PASSA UM BOM DIA



domingo, 26 de agosto de 2012

HOJE É O DIA DO SENHOR


XXI DOMINGO DO TEMPO COMUM


Altar a Nossa Senhora de Lourdes, Lajes do Pico


"Senhor, a quem iremos?"

Ao longo da estrada de nossa vida,
nos deparamos com muitas encruzilhadas,
em que devemos fazer uma ESCOLHA:
Devemos tomar uma estrada e deixar a outra…
Como é importante, nesses momentos, o testemunho seguro
de alguém que sabe o que quer!

Li numa revista a afirmação de uma artista de TV:
"Eu sou católica, batizei minha filha na Igreja, mas quando ela crescer,
ela irá escolher a sua religião". O que você pensa a respeito?
Será que essa mãe deixará a filha crescer, para ver se ela quer comer e estudar?
As leituras nos dão dois testemunhos muito significativos: Josué e Pedro.

A 1a Leitura narra a ESCOLHA de Israel: Javé ou os ídolos. (Js 24,1-2.15-18)

Após a longa peregrinação através do deserto e a posse da Terra Prometida,
Josué convoca o Povo e o põe diante de uma ESCOLHA fundamental:
"ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar,
ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco?
Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor".

Diante do testemunho forte de Josué, o povo não se deixou levar
pela tentação de uma religião mais fácil dos cananeus,
pelo contrário decidiu continuar fiel ao Deus de seus pais.

Na 2ª Leitura, Paulo fala do amor conjugal, como sinal do amor de Cristo
à sua Igreja. Os esposos devem escolher: Amor ou egoísmo. (Ef 5,21-32)

Como Cristo e a Igreja formam um só corpo, assim marido e esposa, comprometidos numa comunidade de amor, formam um só corpo. O casal cristão deve ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja.

O Evangelho narra a ESCOLHA de Pedro. (Jo 6,60-69)

O texto é a conclusão do discurso do "Pão da vida",
que provoca uma profunda crise entre os discípulos…
Diante de Jesus e de suas palavras, são levados a fazer uma ESCOLHA...
- Cristo havia feito o milagre da multiplicação dos pães…
- O Povo entusiasmado quer proclamá-lo rei…
- Cristo pede um gesto de fé: crer ou não nele... aceitar ou não a sua proposta...
Buscar apenas o pão material ou acolher o Dom do Pão da vida...
Como alimentara o povo com o pão material… assim também daria
um outro pão que seria o próprio corpo (a Eucaristia).

- E o povo se escandaliza… não aceita… até os discípulos murmuram:
"Essas palavras são duras demais, é difícil de engolir..."
Muitos se retiram e o abandonam…

- Jesus não muda a linguagem, exige fé.
A fé pode ser aceita ou recusada, mas não "negociada"...
Sem a fé, não entenderiam aquelas palavras e aqueles sinais…
Por isso, questiona os doze: "Vocês também querem ir embora?"

- Diante desse desafio, aparece o belo testemunho de Pedro:
"A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna."
A atitude forte de Pedro dissipa as dúvidas dos demais apóstolos,
e todos permanecem fiéis junto ao seu Mestre.

+ A nossa escolha.
- Todos os dias somos desafiados a construir a nossa vida
nos valores do poder, do êxito, da ambição, dos bens materiais, da moda...
- E todos os dias somos convidados por Jesus a construir a nossa existência
sobre os valores do amor, do serviço, da partilha com os irmãos,
da simplicidade, da coerência com os valores do Evangelho...

Há momentos em que devemos fazer também a nossa ESCOLHA...
CRISTÃO é quem escolhe Cristo e o segue...
Para isso, deve ser educado no pensamento de Cristo,
ver a história como ele, julgar a vida como ele,
escolher e amar como ele, esperar como ele ensina,
viver nele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo.
+ HOJE vemos muitos católicos deixando a religião e ficamos preocupados...
A falha é de quem? Da Igreja que batiza? Dos pais que não vivem a vida cristã?
Da comunidade que não evangeliza ou não testemunha sua fé?

* Você teria a mesma convicção firme de Josué... :
"Nem que todos te abandonem, eu e minha família, não..."
Ou a mesma firmeza de Pedro?
"A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna"!

+ Que tipo de cristão você pretende ser? Que tipo de religião pretende seguir?
- Uma religião REVELADA por Deus, que você acolhe generosamente...
- ou uma religião CRIADA pelos homens,
porque atende melhor a seus interesses pessoais?

No Evangelho de hoje, Jesus não parece estar tão preocupado
com o número de discípulos que continuarão a segui-lo.
Prefere perder os discípulos a renunciar à Missão que recebeu do Pai.
O Reino de Deus não é um concurso de popularidade...
Muitos pensam que, "suavizando" as exigências do Evangelho,
seriam mais facilmente aceitas pelos homens do nosso tempo...
O que deve nos preocupar não é tanto o número de pessoas que vão à igreja;
mas o grau de autenticidade com que vivemos e testemunhamos no mundo
a proposta de Jesus.

E nós... a quem iremos? Se ainda estivermos indecisos em nossa escolha, recordemos as palavras de Pedro:

"Senhor, a quem iremos, só tu tens palavras de vida eterna…"


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 26.08.2012

sábado, 25 de agosto de 2012

Chamarrita do Pico

MANHENHA, TERRA DE LAVA







OS CHEIROS E OS SONS


Há dias o meu primo J.G. escreveu uma crónica jornalística intitulada “Sabores do Pico”. Lembrei-me então de acrescentar à ideia dele, os meus cheiros e sons , escritos ao meu jeito, os quais são sentidos especialmente pelo meu coração.

O Pico é muito rico em natureza agreste, rude, austera … que todavia esconde pequenos tesouros!

Chegar à Adega, abrir janelas e portas; ir à arca da roupa, com cheirinho a mofo; o tanque cheio com água a transbordar... Chamar as amigas... Chegar ao balcão...

É muito bom cheirar a maresia e ouvir o bater das ondas quando elas se desfazem nas rochas de lava. O cheiro da uva madura na parra que este ano se sente envergonhada em aparecer e o restolhar, nas folhas secas pisadas pelos lagartos que procuram a bela sobremesa.
Tivemos este ano uns dias de chuva e vento: mas foi agradável cheirar a terra húmida e ouvir o turbilhão de vento no teto da adega... Quantas memórias!
Quisemos acender o “borralho” e assar umas maçarocas: as “aparas” e as achas crepitavam e assim ficaram até termos brasas; porém esquecemo-nos do milho nas brasas e o cheiro a queimado estendeu-se por toda a vizinhança e não as conseguimos comer!!!

E que dizer do chilreio dos melros, logo pela alvorada...
E que dizer do canto das cagarras, durante a noite...
E que dizer do grasnar das ganhoas que pescavam enquanto tomávamos banho no Poceirão...

Na semana passada, quando o farol se apagou a indicar que o dia estava a chegar, cheguei ao postigo da porta da cozinha e vi, à minha frente a seguinte “pintura”: à minha esquerda, o sol a subir, côr de laranja; a meio, uma enorme faia; à direita a lua em “quarto” com uma côr amarelo pálido. Era de facto, um quadro pintado pela mão de Deus.

Foram respingos de vivências maravilhosas de uma picarota, passadas no lugar da Manhenha, Ilha do Pico.




PASSA UM BOM DIA


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Coherentes con nosotros y con Dios





San Bartolomé, uno de los apóstoles de Jesús


(Outro comentário)



Celebramos la fiesta de San Bartolomé. Uno de los apóstoles de Jesús, que ha pasado a la historia del cristianismo como prototipo y ejemplo de franqueza sincera y de fe. Bartolomé –Natanael, en su lenguaje de origen– era amigo del apóstol Felipe, que, según narra san Juan, le habló del Señor muy poco tiempo después de recibir él mismo la llamada a seguirle. Felipe, en efecto, parece sentir la necesidad de comunicar su gran hallazgo, el Mesías, aquel de quien escribieron Moisés en la ley y los Profetas: Jesús de Nazaret, el hijo de José. Desde los primeros compases de la vida cristiana la "Buena Noticia" se extiende del modo más natural, porque unos quieren hacer partícipes a los otros de lo, por fin, ha llenado sus vidas.
        Natanael no parecía precisamente un ingenuo. Felipe lo conocía bien y no intenta complicarse la vida con especiales razonamientos o demostraciones teóricas acerca de la categoría de Jesús. Ven y verás, le dice. Sin duda, el apóstol recién llamado rebosaba entusiasmo, a pesar del poco tiempo que llevaría siguiendo al Maestro. No le valía, sin embargo, a Natanael –cargado de prejuicios, por otra parte– lo que consideraba tal vez una reacción de euforia pasajera de su amigo. De entrada, no parecen muy dispuesto, a pesar de la amistad, a reconocer sin más una gran categoría en alguien de Nazaret. Menos aún, como pretendía Felipe que hiciera, admitir sin reparos que ese Jesús era el Mesías, la esperanza de todo israelita.
        Pero a Bartolomé no le puede el orgullo. Seguro de sí mismo, es a la vez sencillo y no desprecia, como si fuera del todo irrelevante, lo que Felipe le propone. No se trataba, evidentemente, de una trivialidad lo que acababa de oír. Aquel no era, desde luego, uno de tantos comentarios intrascendentes. Por improbable que le resultara, no podía negarse, siendo persona de una pieza, cuando su amigo Felipe estaba comprometiendo su honradez, animándole a comprobar por sí mismo la verdad de cuanto decía. Haberse negado, por indolencia, por comodidad, por orgullo..., hubiera supuesto un cierto e injustificado desprecio a Felipe, impropio de él.
        Natanael se aproxima y Jesús retrata a la perfección su personalidad atractiva en muy pocas palabras ante todos: Aquí tenéis a un verdadero israelita en quien no hay doblez. Y, a continuación, en respuesta a la natural extrañeza del futuro apóstol, dice Jesús de modo implícito el motivo de su infinita sabiduría. Manifiesta abiertamente que sus capacidades son sobrenaturales: Antes que Felipe te llamara, cuando estabas debajo de la higuera, te vi.
        A partir de ese momento, y para el resto de su vida, no hubo ya para Bartolomé otro interés que servir a la causa de Jesús. La condición divina, de quien había podido conocerle por dentro y también su quehacer de unos momentos antes, debía ser, en justicia, confesada. Su hombría de bien le impulsa a no callar: Rabbí, tú eres el Hijo de Dios, tú eres el Rey de Israel. Lo demás, en la vida de san Bartolomé, fue una consecuencia lógica de quien, en efecto, no tiene doblez. Este apóstol procuró ser coherente en lo sucesivo con lo que tuvo ocasión de comprobar, con la asistencia eficaz de Felipe: que Jesús de Nazaret era el Cristo prometido por Dios como Salvador del mundo. Y ese mismo Hijo Dios lo admitía entre los suyos. Dios encarnado contaba con su colaboración y le prometía contemplar y participar en su gloria sobrenatural.
        Ante la figura sencilla, franca y recia, de Natanael, consecuente con sus convicciones por mucho que se deba rectificar: humilde, ¿qué conclusiones, que propósitos nos brotan en el silencio sincero de nuestra meditación? Posiblemente debemos aprender también de este apóstol su fe. Una fe en la divinidad de Jesucristo que se desborda en confesión pública y en conducta de vida leal a Quien se le ha manifestado de modo tan gratuito y le ha enriquecido para siempre. La promesa de Jesús: veréis el cielo abierto y a los ángeles de Dios subir y bajar sobre el Hijo de el Hombre, es, desde luego, un animante estímulo para siempre, capaz de hacer reemprender el trabajo apostólico en momentos de aridez, o cuando una pesada soledad parece agostar las joviales energías de otro tiempo.
        Dios no sabe abandonar a sus hijos. A cada uno nos basta ser como somos, coherentes con las capacidades que hemos recibido por familia, por cultura, por medios materiales, por salud... Dios nos conoce y quiere difundir en nuestros ambientes su Gracia y el tesoro de una Vida Eterna usando nuestras manos, nuestra boca, nuestro trabajo, nuestra sonrisa.
        La Madre Dios, Reina de los Apóstoles, nos protege maternalmente, como protegió a los doce discípulos de su Hijo, hasta que se vieron llenos del Espíritu Santo.

(El Domingo)