quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Te Deum (2016)






Homilia Diária: A esperança da profetisa (1670: 30 de dezembro de 2020)




Dia 31/12/2020 || GMNTV LIVE STREAM || Missa Ação de Graça 2020 - Timor Leste




ONU anuncia o primeiro Dia da Fraternidade Humana


No próximo dia 4 de fevereiro será celebrado pela primeira vez o Dia Internacional da Fraternidade Humana proclamado pela ONU. A data coincide com a assinatura do Documento de Abu Dhabi do Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar Ahmad Al-Tayyib

                                                                                                                            Vatican News

Em 2021, as Nações Unidas celebrarão o primeiro Dia Internacional da Fraternidade Humana. Será realizado todos os anos no dia 4 de fevereiro, no mesmo dia em que, em 2019, o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyib assinaram em Abu Dhabi o documento histórico para a paz mundial e a convivência comum. A decisão - informa o site do Conselho Mundial das Igrejas (CMI) - foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral da ONU em 21 de dezembro de 2020.


Alto Comitê da Fraternidade Humana


A iniciativa foi promovida pelo Alto Comitê da Fraternidade Humana, que foi formado em agosto de 2019 tendo como meta alcançar os objetivos do Documento de Abu Dhabi e de desenvolver uma estrutura operacional para as indicações do documento. Os membros do Comitê, entre os quais o Reverendo Ioan Sauca, Secretário Geral Interino do CMI, apresentaram a proposta em dezembro de 2019 durante um encontro com o Secretário Geral da ONU, António Guterrez.


Aprovação da ONU


O pedido foi então apresentado à Assembleia Geral em nome de 34 países e a resolução final teve o apoio dos Estados Unidos e dos 27 estados membros da União Europeia. Em uma declaração, a ONU explicou que o dia pretende ser uma resposta concreta da Assembleia "ao crescente ódio religioso que surgiu nestes meses tão afetados pela pandemia da Covid-19". Além do Reverendo Sauca, que é ortodoxo, o Alto Comitê para a Fraternidade Humana é formado por cinco muçulmanos, dois católicos, um rabino judeu e um ex-Secretário Geral da UNESCO.


Tarefas do Comitê


As tarefas do Comitê incluem supervisionar a implementação do Documento de Abu Dhabi em nível regional e internacional e organizar encontros internacionais com personalidades religiosas, vários líderes, chefes de organizações internacionais e outras partes interessadas. Além disso desempenha um papel central na supervisão da Abrahamic Family House em Abu Dhabi, uma de suas primeiras iniciativas, que encarna a relação entre as três fés Abraâmicas e fornece uma plataforma para o diálogo, compreensão e coexistência entre suas religiões. Deve-se lembrar que em 14 de maio, o Comitê havia promovido um Dia especial de Oração, Jejum e Súplica pela humanidade contra o Coronavírus, que teve também a participação do Papa Francisco.


Vatican News Service - LZ



Santa Sé: garantir vacinas a todos é uma questão de justiça


Papa: patentes e leis de mercado não devem estar acima das leis do amor e da saúde da humanidade


Documento conjunto da Comissão Vaticana Covid-19 e da Pontifícia Academia para a Vida: é uma responsabilidade moral aceitar a vacina não só para a saúde individual, mas também para a saúde pública.


                                                                    Amedeo Lomonaco/Mariangela Jaguraba – Vatican News


As vacinas foram desenvolvidas como um bem público e devem ser fornecidas a todos de maneira justa e equitativa, dando prioridade àqueles que mais necessitam. É o que recordam a Comissão Vaticana Covid-19 e a Pontifícia Academia para a Vida num documento conjunto, divulgado nesta terça-feira (29/12), destacando o papel essencial das vacinas para vencer a pandemia. Lembrando a recente mensagem de Natal do Papa, o texto exorta os líderes mundiais a resistirem à tentação de aderir a um “nacionalismo das vacinas” e os Estados e empresas a colaborar e não competir uns com os outros. As vacinas, para que “possam iluminar e trazer esperança ao mundo inteiro, devem estar à disposição de todos”, disse o Pontífice no dia 25 deste mês.


Princípios


Justiça, solidariedade e inclusão são os principais critérios a serem seguidos a fim de enfrentar os desafios colocados por esta emergência planetária. “As empresas que podem ser avaliadas de maneira positiva”, disse o Santo Padre na audiência geral de 19 de agosto passado, “são aquelas que contribuem para a inclusão dos excluídos, a promoção dos menos favorecidos, ao bem comum e ao cuidado da criação”. A bússola imprescindível é o horizonte amplo ligado aos princípios da Doutrina Social da Igreja, “como a dignidade humana e a opção preferencial pelos pobres, a solidariedade e a subsidiariedade, o bem comum e a salvaguarda da casa comum, a justiça e o destino universal dos bens”.


Pesquisa, produção e materiais biológicos


Não é apenas o momento final da administração da vacina que precisa ser considerado. Todo seu “ciclo de vida” deve ser considerado. As primeiras etapas deste percurso dizem respeito à pesquisa e à produção. Uma questão, que é frequentemente levantada, diz respeito aos materiais biológicos utilizados no desenvolvimento de vacinas. “Das informações disponíveis”, lê-se no documento, “parece que apenas algumas das vacinas agora próximas à aprovação empregam em várias etapas do processo linhas celulares de fetos abortados voluntariamente há algumas décadas, enquanto outras fazem um uso limitado apenas a fases pontuais de testes de laboratório”. A Pontifícia Academia para a Vida voltou ao tema em duas notas, em 2005 e 2017, respectivamente. Na segunda, se  excluiu que “há uma cooperação moralmente relevante entre aqueles que hoje usam essas vacinas e a prática do aborto voluntário”. Portanto, lê-se no documento, considera-se que podem ser aplicadas “todas as vacinas clinicamente recomendadas com a consciência segura de que o uso dessas vacinas não significa uma cooperação ao aborto voluntário”. Não obstante o compromisso comum de garantir que cada vacina não tenha referência para sua preparação a nenhum material de origem abortivo, se reitera a responsabilidade moral da vacinação a fim de não causar graves riscos à saúde das crianças e da população em geral”.


Patentes


A questão da produção também está ligada à questão do patenteamento da vacina, não um recurso natural, mas “uma invenção produzida pelo engenho humano”. Dada sua função, sublinha o documento, é oportuno interpretar a vacina “como um bem ao qual todos têm acesso, sem discriminação, segundo o princípio do destino universal dos bens, também mencionado pelo Papa Francisco”. Como disse o Pontífice em sua mensagem de Natal, “não podemos deixar que o vírus do individualismo radical nos vença e nos torne indiferentes ao sofrimento de outros irmãos e irmãs, colocando as leis do mercado e das patentes de invenção acima das leis do amor e da saúde da humanidade”. "O único objetivo da exploração comercial”, lembra o documento da Comissão Vaticana Covid-19 e da Pontifícia Academia para a Vida, “não é eticamente aceitável no campo da medicina e da saúde. Os investimentos no campo médico devem encontrar seu significado mais profundo na solidariedade humana”. É necessário identificar “sistemas apropriados que favoreçam a transparência e a colaboração, e não o antagonismo e a competição”. É preciso superar toda forma de “nacionalismo vacinal” relacionada à tentativa dos diferentes Estados “de ter sua própria vacina em tempos mais rápidos”. A produção industrial da vacina poderia tornar-se “uma operação de colaboração entre Estados, empresas farmacêuticas e outras organizações”.


Aprovação e administração


Após as fases experimentais, outra etapa crucial diz respeito à aprovação, sob condições de emergência, da vacina pelas Autoridades responsáveis “que permitem que ela seja colocada no mercado e utilizada em diferentes países”. “É necessário coordenar os procedimentos necessários para alcançar tal objetivo e promover a colaboração entre as autoridades reguladoras”. Com relação à administração, a Comissão Vaticana Covid-19 e a Pontifícia Academia para a Vida apoiam posições convergentes sobre as prioridades “a serem reservadas a categorias profissionais engajadas em serviços de interesse comum, em particular os profissionais de saúde, mas também em outras atividades que requerem contato com o público para serviços essenciais (como escolas, segurança pública), a grupos de indivíduos mais vulneráveis (como idosos e doentes com patologias particulares). Este critério, aponta o documento, não resolve todas as situações. “Resta, por exemplo, a área cinza de possíveis prioridades a serem estabelecidas dentro do mesmo grupo em risco”. A distribuição de vacinas também requer um série de instrumentos que permitam a “acessibilidade universal”. Um programa de distribuição precisa ser desenvolvido “que leve em conta a colaboração necessária para enfrentar os obstáculos logístico-organizacionais em áreas pouco acessíveis (cadeia de frio, transporte, agentes de saúde, uso de novas tecnologias, etc.)”. A Organização Mundial da Saúde continua sendo “um importante ponto de referência a ser fortalecido e melhorado para aqueles aspectos que estão se mostrando insuficientes e problemáticos”.


Vacinação e questões éticas


Sobre a responsabilidade moral de se submeter à vacinação, a Comissão Vaticana Covid-19 e a Pontifícia Academia para a Vida reiteram que esta questão envolve “uma relação entre saúde pessoal e saúde pública, mostrando sua estreita interdependência”. A recusa da vacina também pode representar um risco para outros. “Isto vale mesmo que, na ausência de alternativa, a motivação fosse evitar extrair benefícios dos êxitos de um aborto voluntário”. Lembra-se, entre outras coisas, que “ficar doente leva a um aumento de hospitalizações, resultando em uma sobrecarga para os sistemas de saúde, até um possível colapso, como está acontecendo em vários países durante esta pandemia, dificultando o acesso aos cuidados de saúde, mais uma vez às custas daqueles com menos recursos”.


Plano de ação


Uma vacina segura, eficaz e disponível para todos, especialmente para os mais vulneráveis, e a um preço que permita uma distribuição equitativa. Estas são as prioridades para assegurar uma cura global que também “leve em conta e valorize” as situações locais: “Pretende-se desenvolver”, lê-se no documento, “recursos para auxiliar as Igrejas locais na preparação desta iniciativa e protocolos de tratamento para determinadas comunidades”. A Igreja se coloca a serviço da “cura do mundo”, usando suas vozes, espalhadas por todo o planeta, “para falar, exortar e ajudar a contribuir para garantir que vacinas e cuidados de qualidade sejam disponíveis para a nossa família global, especialmente para as pessoas vulneráveis”.


Construir um mundo pós-Covid


O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson, expressa sua gratidão “à Comunidade científica por desenvolver a vacina em tempo recorde”. “Agora cabe a nós”, acrescenta ele, “garantir que esteja disponível para todos, especialmente os mais vulneráveis. É uma questão de justiça”. “Devemos mostrar, de uma vez por todas, que somos uma única família humana”. O arcebispo Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, enfatiza que a pandemia evidenciou a condição de “interconexão que une a humanidade”. “Junto com a Comissão, estamos trabalhando com muitos parceiros para revelar as lições que a família humana pode aprender e desenvolver uma ética de risco e solidariedade para proteger os mais vulneráveis da sociedade”. “O que acaba de começar é uma fase crucial”, explica dom Bruno Marie Duffé, secretário do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. “Estamos em um momento decisivo na pandemia da Covid-19 e temos a oportunidade de começar a definir o mundo que queremos ver depois da pandemia”. “A forma como as vacinas são distribuídas”, sublinha por fim o pe. Augusto Zampini, secretário adjunto do mesmo Dicastério, “é o primeiro passo que os líderes globais devem dar em seu compromisso com a equidade e a justiça como princípios para a construção de um mundo melhor pós-Covid”.


(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. "P'ró ano é que vai ser!". Será?...(31-12-20)




O Papa não preside os ritos de fim e início de ano por causa de uma ciatalgia


Neste ano o Te Deum será presidido pelo cardeal decano Giovanni Battista Re que lerá a homilia do Papa Francisco ausente devido a uma dolorosa ciatalgia. A cerimônia das Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, será realizada na tarde desta quinta-feira e se concluirá com o hino cristão pelo ano transcorrido marcado pela Covid.

                                                                                                                            Vatican News

Devido a uma dolorosa ciatalgia, as celebrações desta noite e da manhã do dia 1º de janeiro no altar da Cátedra na Basílica do Vaticano não serão presididas pelo Papa Francisco. As Primeiras Vésperas e Te Deum desta noite, 31 de dezembro de 2020, serão presididas por Sua Eminência Card. Giovanni Battista Re, Decano do Colégio dos Cardeais, enquanto a Santa Missa amanhã, 1º de janeiro de 2021, será presidida por Sua Eminência o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado.  Amanhã, 1º de janeiro de 2021, o Papa Francisco ainda fará a oração do Angelus na Biblioteca do Palácio Apostólico, conforme previsto.


Um ano que se encerra com a incerteza global e os medos com os quais iniciara, no sofrimento produzido nestes últimos meses, e portanto com uma necessidade ainda mais aguda de confiar tudo ao céu. De certa forma, os gestos e as notas da tradição e a solenidade simples do Te Deum na tarde desta quinta-feira 17 horas, hora de Roma (13 horas de Brasília) na Basílica de São Pedro resumem todos os Te Deum que serão cantados nas igrejas do mundo inteiro, no final de doze meses duramente condicionados pela pandemia.


Te Deum 2020


O hino de ação de graças que neste 31 de dezembro é cantado durante as Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Mãe de Deus, mas que acompanha a vida da Igreja também noutras ocasiões importantes - na Capela Sistina, após a eleição de um novo Pontífice, antes da dissolução do Conclave ou na conclusão de um Concílio - presidido pelo cardeal decano será um ato de veneração ao Menino Jesus no início e no fim do rito. No final das Vésperas haverá a exposição do Santíssimo Sacramento e alguns minutos de silêncio para adoração. Depois, o Te Deum será cantado e o cardeal Giovanni Battista Re concederá a Bênção com o Santíssimo Sacramento.


Uma breve história de um cântico antigo


Hoje os especialistas atribuem a redação final do Te Deum a Niceta, bispo de Remesiana, no final do século IV, quando anteriormente o autor era considerado São Cipriano de Cartago. Não existe, contudo, qualquer base histórica para a tese – que remonta a uma crônica de Milão do século XI falsamente atribuída ao bispo Dacio - de que o Te Deum foi cantado por Santo Ambrósio e Santo Agostinho no dia do batismo deste último, que teve lugar em Milão em 386.

Rádio Vaticano – Vatican News irá transmitir a celebração com comentários em português a partir das 12h55, hora de Brasília.


(vaticannews)


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Francisco: com a gratidão, transmitimos esperança ao mundo


Audiência Geral de 30 de dezembro de 2020


Segundo o Papa, “para nós, cristãos, a ação de graças deu o nome ao Sacramento mais essencial que existe: a Eucaristia. Com efeito, a palavra grega significa exatamente isto: agradecimento”.

                                                                                                                                    Vatican News

“A oração de ação de graças” foi o tema da catequese do Papa Francisco, realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, nesta quarta-feira (30/12), na última Audiência Geral deste ano.


Para falar sobre o tema, o Pontífice inspirou-se na passagem do Evangelho de Lucas em que dez leprosos vão ao encontro de Jesus e o imploram a ter compaixão deles.


 “Sabemos que para quantos sofrem de lepra, o sofrimento físico era acompanhado de marginalização social e religiosa. Eram marginalizados. Jesus não evita um encontro com eles”, mas “ouve o seu pedido, o seu grito de piedade, e os envia imediatamente aos sacerdotes”.


"Aqueles dez confiam n'Ele, partem imediatamente, e enquanto caminham, os dez são curados. Então, os sacerdotes poderiam ter verificado a sua cura e readmiti-los na vida normal. Mas aqui está o ponto mais importante: daquele grupo, apenas um, antes de ir ter com os sacerdotes, volta para agradecer a Jesus e louvar a Deus pela graça recebida. Somente um. Os outros nove continuam a sua estrada. Jesus observa que aquele homem era samaritano, uma espécie de “herege” para os judeus daquela época. Jesus comenta: «Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?» É comovente esta passagem", disse o Papa, acrescentando:


Agradecimento, motivo-guia dos nossos dias


Esta narração, por assim dizer, divide o mundo em dois: os que não agradecem e os que o fazem; os que tomam tudo como se lhes fosse devido, e os que aceitam tudo como dom, como graça. A oração de ação de graças começa sempre a partir do reconhecer-se precedido pela graça. Fomos pensados antes que aprendêssemos a pensar; fomos amados antes que aprendêssemos a amar; fomos desejados antes que brotasse um desejo no nosso coração. Se olharmos para a vida desta forma, então o “agradecimento” torna-se o motivo-guia dos nossos dias. Obrigado! Muitas vez nos esquecemos de dizer: obrigado!


Segundo Francisco, “para nós, cristãos, a ação de graças deu o nome ao Sacramento mais essencial que existe: a Eucaristia. Com efeito, a palavra grega significa exatamente isto: agradecimento”.


Como todos os fiéis os cristãos bendizem a Deus pelo dom da vida. Viver é, sobretudo, ter recebido. Receber a vida. Todos nós nascemos porque alguém desejou a vida para nós. Esta é apenas a primeira de uma longa série de dívidas que contraímos vivendo. Dívidas de gratidão.


“Na nossa existência, mais de uma pessoa fitou-nos com um olhar puro, gratuitamente. Muitas vezes são educadores, catequistas, pessoas que desempenharam o seu papel além da medida exigida pelo dever. E eles fizeram surgir em nós a gratidão. A amizade é também um dom pelo qual devemos estar sempre gratos.”


Ser portadores de gratidão


O Papa ressaltou que “este 'obrigado', que devemos dizer continuamente, este obrigado que o cristão partilha com todos, dilata-se no encontro com Jesus. Os Evangelhos atestam que a passagem de Jesus suscitava frequentemente alegria e louvor a Deus naqueles que o encontravam”.


As histórias de Natal são povoadas de pessoas orantes, cujos corações foram alargados pela vinda do Salvador. E também nós fomos chamados a participar neste imenso júbilo. Isto também é sugerido pelo episódio dos dez leprosos que foram curados. Naturalmente, todos eles ficaram felizes por ter recuperado a saúde, podendo assim sair daquela interminável quarentena forçada que os excluía da comunidade. Mas entre eles havia um que acrescentou alegria à alegria: além da cura, regozijou-se por ter encontrado Jesus. Não só está livre do mal, mas agora também tem a certeza de ser amado. Este é o centro: quando a pessoa agradece, dá graças, expressa a certeza de ser amado. Este é um grande passo. Ter a certeza de ser amado. É a descoberta do amor como a força que governa o mundo. Somos filhos do amor, somos irmão do amor, somos homens e mulheres de graça.


Francisco concluiu a sua  catequese, convidando-nos “a estar na alegria do encontro com Jesus”, a cultivar a alegria e não deixar de agradecer. “Se formos portadores de gratidão, o mundo também se tornará melhor, talvez só um pouco, mas é suficiente para lhe transmitir um pouco de esperança. O mundo precisa de esperança e com a gratidão, com o comportamento de ação de graças, nós transmitimos um pouco de esperança. Tudo está unido e interligado, e cada um pode desempenhar a sua parte onde quer que esteja”. Não devemos “extinguir o Espírito que temos dentro e que nos leva à gratidão”. 


(vaticannews)


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

(Em texto)O 2020 do Papa Francisco: a força da oração em tempos de pandemia

A emergência de saúde mundial da Covid-19 interrompeu as viagens internacionais este ano, mas o Pontífice sempre se manteve próximo aos fiéis graças à força da oração.


                                                                                    Isabella Piro/Mariangela Jaguraba – Vatican News


Domingo, 8 de março de 2020: a linha divisória que separa o “antes” e o “depois” passa por esta data. É o dia do primeiro Angelus do Papa Francisco recitado, ao vivo em áudio-vídeo, da Biblioteca do Palácio Apostólico. O confinamento imposto pela pandemia da Covid-19 é iminente. “É um pouco estranha esta oração do Angelus de hoje, com o Papa 'engaiolado' na Biblioteca, mas vejo vocês, estou próximo a vocês”, disse Francisco, no início da transmissão. Depois, no final, um fora de programa: o Papa vai à janela do Palácio Apostólico para abençoar a Praça São Pedro. Ainda não se sabe, mas aquela praça, ao longo dos meses, ficará vazia e silenciosa; será preenchida com a oração do Pontífice e as esperanças do mundo. É ali, que debaixo de chuva, Francisco preside, na noite de 27 de março, sexta-feira da Quaresma, o Momento extraordinário de oração em tempos de pandemia para convidar a humanidade a não ter medo e a confiar-se ao Senhor: “Temos uma esperança: em sua cruz fomos curados e abraçados para que nada e ninguém nos separe de seu amor redentor”, disse ele.


A oração e a emergência de saúde também retornam nas catequeses das Audiências Gerais de 2020: à primeira, o Papa dedica todo um ciclo que começa em 6 de maio e recomeça em 7 de outubro. A partir do mês e agosto, o Pontífice reflete sobre o tema “Curar o mundo”, lembrando em particular, na quarta-feira 19, a importância do acesso universal à vacina. Um terceiro ciclo de catequeses, de janeiro até o final de abril, foi dedicado às Bem-Aventuranças. Até 31 de dezembro próximo, serão um total de 46 audiências gerais, este ano, e 58 as vezes em que o Papa rezará o Angelus e o Regina Coeli, encontrando a ocasião para lançar numerosos apelos pela paz. 


Prevalece, porém, a exortação de 19 de julho: “Renovo o apelo por um cessar-fogo global e imediato, que permita a paz e a segurança indispensáveis para fornecer a assistência humanitária necessária.” De 9 de março a 18 de maio, as igrejas na Itália foram proibidas de celebrar com a presença do povo e o Pontífice autorizou a transmissão áudio-vídeo ao vivo da missa por ele presidida todas as manhãs às 7h na Casa Santa Marta. A última transmissão ao vivo realizou-se da Basílica Vaticana na manhã de 18 de maio, centenário do nascimento de São João Paulo II.


2020 foi também o ano da terceira Encíclica do Papa Francisco: em 4 de outubro, foi publicada a “Fratelli tutti”, na qual o Pontífice indica a fraternidade e a amizade social como vias primárias para construir um mundo melhor. Antes, em 12 de fevereiro, foi divulgada a Exortação Apostólica “Querida Amazônia”, fruto do Sínodo Especial para a Região Pan-amazônica, realizado em outubro de 2019. O texto representa o desejo de Francisco de uma Igreja com rosto amazônico e traça novos caminhos de evangelização e de cuidado do meio ambiente. Não por acaso, este ano também se celebra o quinto aniversário da segunda Encíclica do Papa Francisco, “Laudato si”, celebrada, em 18 de junho, com o documento “A caminho para cuidar da Casa comum”, preparado pela Mesa Inter-dicasterial da Santa Sé sobre ecologia integral e destinado a interpelar todo cristão a uma relação saudável com a Criação. Em 24 de maio, foi lançado um especial “Ano da Laudato si'”, e em 12 de dezembro, o Papa Francisco enviou uma mensagem em vídeo aos participantes da “High Level Virtual Climate Ambition Summit” (Cúpula Virtual de Alto Nível sobre Ambição Climática), conferência de vídeo climática da ONU para reiterar o compromisso do Vaticano de reduzir a zero as emissões de gases de efeito estufa antes de 2050.


Entre as Cartas Apostólicas de 2020, destaca-se a “Patris corde”, divulgada em 8 de dezembro, há 150 anos da declaração de São José como Patrono da Igreja Católica feita pelo Beato Pio IX. Para a ocasião, foi anunciado pela Penitenciaria Apostólica um especial “Ano de São José”, que se concluirá em 8 de dezembro de 2021. No Angelus de 27 de dezembro, Francisco anunciou que em 19 de março de 2021 será inaugurado o Ano “Família Amoris Laetitia” que se concluirá em 26 de junho de 2022, com o 10º Encontro Mundial das Famílias, programado para Roma. O ano que se aproxima do fim também contou com algumas celebrações especiais presididas pelo Pontífice: em 26 de janeiro, na Basílica Vaticana, realizou-se a Missa do primeiro Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa em 2019. Na noite de 10 de abril, a Praça São Pedro foi o cenário da Via-Sacra, escrita pelos detentos da prisão “Due Palazzi”, em Pádua. No final do rito, o Papa não faz nenhum discurso, mas seu silêncio orante foi mais forte do que qualquer palavra. O mesmo silêncio, cheio de fé, o acompanharia, meses depois, na Praça de Espanha, em Roma: no amanhecer de 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa se deteve em oração aos pés da imagem da Virgem.


Em 12 de abril, Páscoa da Ressurreição, a Basílica Vaticana estava vazia: o Papa presidiu a Missa na presença de poucas pessoas e pronunciou a Urbi et Orbi diante do Altar da Confissão. Naquele dia, o drama de Cabo Delgado, Moçambique, chegou à atenção internacional. Dentre os vários apelos à paz que Francisco lança em sua Mensagem à cidade e ao mundo, há também uma para a província situada no norte do país africano, cenário há três anos de conflito violento. Naquele momento, é como se o Papa colocasse Cabo Delgado no mapa do mundo. No dia 22 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, a Basílica Vaticana também recebeu a cerimônia de entrega da Cruz e do Ícone Mariano, símbolos da Jornada Mundial da Juventude,1 entre os jovens do Panamá, país anfitrião da JMJ 2019, e os jovens de Lisboa, cidade que sediará o evento em 2023. Para a ocasião, o Papa estabeleceu que a celebração diocesana da JMJ seja transferida do Domingo de Ramos para o Domingo de Cristo Rei.


Do ponto de vista das reformas, no ano que está chegando ao fim, Francisco assinou vários documentos: em março, promulgou a lei CCCLI sobre o sistema judiciário do Estado da Cidade do Vaticano, que substituiu a que estava em vigor desde 1987, dando maior independência aos magistrados. Em 1º de junho, foi a vez do Motu proprio “Normas sobre transparência, controle e concorrência dos contratos públicos da Santa Sé e da Cidade do Vaticano”, seguido, em 5 de dezembro, pelo novo Estatuto da Autoridade de Informação Financeira, que se torna a Autoridade de Supervisão e Informação Financeira. Por fim, em de 28 de dezembro, com o Motu proprio “Sobre algumas competências em matéria econômico-financeira”, a gestão de fundos e imóveis da Secretaria de Estado, incluindo o Óbolo de São Pedro, foi transferida para a APSA. Ao mesmo tempo, foi reforçado o papel de controle da Secretaria para a Economia que terá a função de Secretaria Papal para assuntos econômicos e financeiros. Também significativa foi, em 22 de outubro, a renovação por dois anos do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, assinada em Pequim em 2018 e relativa à nomeação dos bispos. A prorrogação foi seguida, em 24 de novembro, pela nomeação de um novo prelado, dom Thomas Chen Tianhao, que guiará a Diocese de Qingdao.


Também em novembro, na terça-feira 10, foi publicado o “Relatório sobre o conhecimento institucional e o processo de decisão da Santa Sé em relação ao ex-cardeal Theodore Edgar McCarrick”. Reconhecido como responsável pelo abuso sexual de menores e demitido do estado clerical em 2019, o ex-purpurado é objeto de um extenso dossiê que a Secretaria de Estado está elaborando a mando do Papa. O próprio Pontífice fala sobre isso na Audiência Geral em 11 de novembro: “Ontem foi publicado o Relatório sobre o doloroso caso do ex-cardeal Theodore McCarrick. Renovo minha proximidade às vítimas de todos os abusos e o compromisso da Igreja de desarraigar este mal”, disse ele. No final de 2020, a composição do Colégio Cardinalício muda: em 28 de novembro, no sétimo Consistório de seu Pontificado, Francisco criou 13 novos cardeais, chamando-os para o novo cargo das periferias do mundo: países como Brunei e Ruanda passam a fazer parte da “geografia” do Colégio Cardinalício pela primeira vez.

 

Além disso, 2020 é o ano sem nenhuma viagem internacional do Papa, que viaja apenas na Itália. Em 23 de fevereiro, ele foi a Bari para o Encontro de reflexão e espiritualidade “Mediterrâneo, fronteira de paz”. Ali, o Pontífice invocou a paz e a fraternidade, porque a guerra “é uma loucura à qual não podemos nos resignar. Nunca”. Em 3 de outubro, Francisco foi a Assis, em visita particular, e ali, no túmulo do Santo Pobrezinho, assinou a Encíclica “Fratelli tutti”, que seria lançada no dia seguinte.


Durante esses 12 meses, o Pontífice gravou numerosas vídeomensagens, dentre as quais as de 25 de setembro e 10 de dezembro. Na primeira, Francisco se dirige à 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas e lança um forte apelo à Comunidade internacional para que ponha fim à corrida aos armamentos, proteja os direitos dos migrantes e repense os sistemas econômicos e financeiros. Ele também condenou fortemente o aborto como “serviço essencial” humanitário. A segunda mensagem em vídeo foi dirigida aos participantes do encontro promovida on-line pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, sobre a crise na Síria e no Iraque. “Devemos fazer com que a presença cristã, nestas terras, continue sendo o que sempre foi: um sinal de paz, progresso, desenvolvimento e reconciliação.”


E foi o Iraque que projetou o Pontificado de Francisco para 2021: em 7 de dezembro, foi anunciada a viagem do Papa ao solo iraquiano de 5 a 8 de março próximo. Uma visita que Francisco deseja fortemente, tanto que manifestou a intenção de realizá-la em junho de 2019, na audiência aos participantes do Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco). Um sinal nessa direção veio em 25 de janeiro de 2020, quando o Pontífice recebeu no Vaticano Barham Salih, presidente do Iraque.  Portanto, cabe a este país construir uma ponte entre um ano que termina e outro que chega, prenúncio de novas esperanças.

 (vaticannews)


2020 in review with Pope Francis




Ano Amoris laetitia: para se reencantar com mensagem do Papa às famílias


No Angelus, Papa anuncia Ano “Família Amoris laetitia” - 27/12/2020


O Ano “Família Amoris laetitia” começa justamente no aniversário de 5 anos da Exortação Apostólica do Papa Francisco, ou seja, em 19 de março de 2021. Segundo o Pe. Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, é uma iniciativa para “se reencantar” pela mensagem do Pontífice, para “beber novamente da fonte da exortação”, em apoio às famílias para que se tornem “cada vez mais missionárias, abertas à humanidade, dando a sua contribuição para que o mundo seja melhor.”


O mais recente desafio lançado pelo Papa Francisco vai bater na porta de casa, dentro do nosso lar, naquela que se transformou a todo efeito numa Igreja doméstica devido às circunstâncias impostas pela pandemia da Covid-19. Para repensar e valorizar a família e dar um novo impulso à aplicação da Exortação Apostólica Amoris laetitia, no último domingo (27) o Pontífice convocou um período especial chamado Ano “Família Amoris laetitia”. 

 

O Pe. Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, explica que será um período para promover várias iniciativas além de oferecer subsídios pastorais para se “reencantar pela mensagem do Papa” destinada às famílias:


“Vai ser o tempo para que as famílias do mundo inteiro, nas suas paróquias, como Igreja doméstica, nas conferências episcopais, nos movimentos familiares, possam tomar de novo nas mãos a Exortação Apostólica que foi fruto de dois Sínodos: voltar a se embeber da riqueza dessa exortação, a beleza do amor familiar, com todos os seus aspectos bíblicos, teológicos, pastorais; e voltar a se reencantar por essa mensagem do Papa às famílias no mundo de hoje.”


“A forma principal de participar é nas paróquias, nas dioceses, nos movimentos familiares, oferecendo ajuda aos párocos, oferecendo ajuda à Pastoral Familiar, para que este trabalho possa ser realizado com ardor, com afinco, e a partir justamente das próprias famílias. As famílias não são objeto deste Ano Amoris laetitia, mas são justamente as protagonistas, sujeitos da evangelização e sujeitos também desse ano especial convocado pelo Papa.”


O exemplo de São José para repensar a família


O Ano “Família Amoris laetitia” começa justamente no aniversário de 5 anos da exortação, ou seja, no 19 de março de 2021, de festa de São José, com encerramento marcado para junho de 2022:


“São José nos conduz a repensar e a colocar novamente a família no centro da nossa preocupação. A grande missão de José foi ser pai, foi ser chefe de família, foi ser esposo, então, que ele também nos ajude e ajude todas as famílias a nos reencantarmos. A beber novamente dessa fonte que é a exortação Amoris laetitia para que a família continue sendo uma fonte fundamental de vida para a Igreja, para a sociedade – a célula fundamental da nossa sociedade, para que as famílias possam continuar sendo cada vez mais missionárias, abertas a outras famílias, abertas à humanidade, dando a sua contribuição para que o mundo seja melhor.”


O convite a viver como família


O próprio Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida será um acompanhante assíduo durante esse período ao promover uma série de iniciativas. Entre elas, como explica o Pe. Alexandre, um fórum que vai contar com a participação de representantes das conferências episcopais do mundo inteiro, particularmente, de pessoas que atuam no setor que trabalha com as famílias para avaliar “a que ponto estamos com Amoris laetitia”.


“Como essa exortação tem sido aplicada nos diferentes países, quantas iniciativas surgiram a partir disso, como a pastoral de preparação ao matrimônio e o acompanhamento de casais foi revitalizado através desta exortação; queremos produzir alguns subsídios como vídeos explicativos com a própria palavra do Papa que vai nos ajudar a aprofundar em cada um dos 9 capítulos da exortação. É uma maneira para que possamos, assim, aprender ainda melhor aquilo que o Papa nos convida a viver como família.”


(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. Luz que não cega. (29-12-20)




segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 28 12 2020




Маленький мальчик на барабанах отжигает.




André Rieu & 3 year old Akim Camara




Criança Pianista




10 Minutos com Jesus. A responsabilidade do Natal. (28-12-20)




Hoje são celebrados os Santos Inocentes, crianças que morreram por Cristo


REDAÇÃO CENTRAL, 28 dez. 20 / 05:00 am (ACI).- “Ainda não falam e já confessam a Cristo. Ainda não podem mover os seus membros para travar batalha e já alcançam a palma da vitória”, disse uma vez São Quodvultdeus (século V) ao exortar os fiéis sobre os Santos Inocentes, as crianças que morreram por Cristo e cuja festa se celebra neste 28 de dezembro.

De acordo com o relato de São Mateus, o rei Herodes mandou matar em Belém e seus arredores os meninos menores de dois anos, ao sentir-se enganado pelos Reis Magos, os quais retornaram aos seus países por outro caminho para não lhe revelar onde estava o Messias.

A festa para venerar estes meninos que morreram como mártires foi instituída no século IV. A tradição oriental os recorda em 29 de dezembro, enquanto que a latina, no dia 28 deste mês.

Posteriormente, São Quodvultdeus, Padre da Igreja do Século V e Bispo de Cartago (norte da África), deu um sermão sobre este lamentável feito.

“Que temes, Herodes, ao ouvir dizer que nasceu o Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demónio. Tu, porém, não o compreendes; e por isso te perturbas e te enfureces, e, para que não escape aquele único Menino que buscas, te convertes em cruel assassino de tantas crianças”, expressou.

O Santo ainda acrescenta: “Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração”.

“As crianças, sem o saberem, morrem por Cristo; os pais choram os mártires que morrem. Àqueles que ainda não podiam falar, Cristo os faz suas dignas testemunhas”, enfatizou São Quodvultdeus.

(acidigital)


domingo, 27 de dezembro de 2020

10 Minutos com Jesus. Sagrada Família: unidade, alegria, serviço. (27-12...




Igreja celebra hoje a Festa da Sagrada Família


REDAÇÃO CENTRAL, 27 dez. 20 / 05:00 am (ACI).- Hoje a Igreja celebra a festa da Sagrada Família e convida todos a olhar para Jesus, Maria e José, que desde o início tiveram que enfrentar os perigos do exílio no Egito, mas, sempre mostrando que o amor é mais forte do que a morte. Eles são um reflexo da Trindade e modelo de cada família.

A solenidade da Sagrada Família, que é celebrada dentro da Oitava de Natal, é uma festa que incentiva a aprofundar o amor familiar, examinar a situação do próprio lar e buscar soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais como a Família de Nazaré.

Ao celebrar esta data em 2013, o Papa Francisco ressaltou que o “nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco”.

A vida familiar não pode ser reduzida a problemas de relacionamento, deixando de lado os valores transcendentes, já que a família é o sinal do diálogo entre Deus e o homem. Pais e filhos devem estar abertos à Palavra e ouvir, sem esquecer a importância da oração familiar que une fortemente os membros da família.

São João Paulo II, que é conhecido como o Papa das famílias, no Ângelus desta solenidade em 1996, destacou que “a mensagem que vem da Sagrada Família é, antes de tudo, uma mensagem de fé: a casa de Nazaré é aquela onde Deus está verdadeiramente no centro”.

“Para Maria e José esta opção de fé concretiza-se no serviço ao Filho de Deus que lhes foi confiado, mas exprime-se também no seu amor recíproco, rico de ternura espiritual e de fidelidade”, indicou.

Em muitas ocasiões, João Paulo II reforçou a importância da vivência da fé em família, por meio da oração. “A família que reza unida, permanece unida”, dizia, sugerindo que juntos rezassem o Rosário.

(acidigital)


Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 27....





Angelus 27 de dezembro 2020 Papa Francisco




sábado, 26 de dezembro de 2020

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 26.12.2020





10 Minutos com Jesus. Radical no amor. (26-12-20)



"Angelus26 de dezembro 2020 Papa Francisco"




Hoje a Igreja celebra Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir


REDAÇÃO CENTRAL, 26 dez. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 26 de dezembro, é celebrado o primeiro mártir de toda a Igreja Católica, Santo Estêvão. O protomártir morreu apedrejado logo depois de ser arrastado para fora da cidade, após ser levado ante o Sinédrio por falsas acusações. Ele acusou os judeus por ter chegado ao ponto de não reconhecer o Salvador e também de tê-lo crucificado.

Santo Estêvão, enquanto recebia o golpe das pedras, pronunciou as seguintes palavras: “Senhor Jesus, recebe meu espírito”. Estando de joelhos antes de morrer, exclamou com força: “Senhor, não lhes tenha em conta pecado”.

Na celebração da festa deste santo em 2013, o Papa Francisco assinalou que, “na verdade, na ótica da fé, a festa de Santo Estêvão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal”.

“No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires seu ‘nascimento ao céu’. Celebramos hoje, pois, o ‘nascimento’ de Estêvão, que em profundidade brota do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte dos que o amam em aurora de vida nova”, acrescentou o Santo Padre.

Também o Papa Emérito Bento XVI, em 2012, ao falar do santo refletiu: “De onde o primeiro mártir cristão tirou a força para fazer frente a seus perseguidores e chegar até a entrega de si mesmo? A resposta é simples: de sua relação com Deus, de sua comunhão com Cristo, da meditação sobre a história da salvação, de ver a ação de Deus, que alcança seu ápice em Jesus Cristo”.

(acidigital)


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O Holy Night - André Rieu

"Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama"




Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto, e ela deu à luz o seu filho primogénito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura".





"Na mesma região havia uns pastores que estavam nos campos...O anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor envolveu-os de luz.... Disse-lhes: Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: Nasceu-vos hoje um Salvador, na cidade de David. ”


Lc 2, 6-11


I Vésperas do Natal do Senhor

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 23....






A caminho de Belém


Naqueles dias, apareceu um edito de César Augusto, ordenando o recenseamento de todo o mundo habitado... E todos iam se alistar, cada um na própria cidade. Também José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, para a Judeia, na cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da família de David, para se inscrever com Maria, sua mulher, que estava grávida.”

Lc 2,1-5    

Entrando na cidade, não encontraram lugar na sala, nem na hospedaria...






AUDIÊNCIA GERAL: Catequese sobre o Natal

 



Francisco Audiências 2020

PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Biblioteca do Palácio Apostólico

Quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Catequese sobre o Natal


Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Nesta catequese, no período que antecede o Natal, gostaria de oferecer alguns pontos de reflexão em preparação para a celebração do Natal. Na Liturgia da Noite ressoará o anúncio do anjo aos pastores: «Não temais, eis que vos anuncio uma Boa Nova que será alegria para todo o povo: hoje nasceu-vos na Cidade de David um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto servir-vos-á de sinal, achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura» (Lc 2, 10-12).

Imitando os pastores, também nós caminhamos espiritualmente para Belém, onde Maria deu à luz o Menino num estábulo, «pois - diz São Lucas - não havia para eles lugar na hospedaria» (2, 7). O Natal tornou-se uma festa universal e até quem não acredita sente o encanto deste evento. Contudo, os cristãos sabem que o Natal é um acontecimento decisivo, um fogo eterno que Deus acendeu no mundo, e não pode ser confundido com coisas efémeras. É importante que não seja reduzido a uma celebração meramente sentimental ou consumista. No domingo passado chamei a atenção sobre este problema, evidenciando que o consumismo nos sequestrou o Natal. Não: o Natal não se deve reduzir a festa unicamente sentimental ou consumista, rica de prendas e bons votos, mas pobre de fé cristã, e pobre também de humanidade. Portanto, é necessário refrear uma certa mentalidade mundana, incapaz de compreender o núcleo incandescente da nossa fé, que é o seguinte: «E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que o Filho unigénito recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14). Este é o núcleo do Natal, aliás: é a verdade do Natal, não há outra.

O Natal convida-nos a refletir, por um lado, sobre a dramaticidade da história, em que homens e mulheres, feridos pelo pecado, procuram incessantemente a verdade, vão em busca de misericórdia e de redenção; e, por outro, sobre a bondade de Deus, que veio ao nosso encontro para nos comunicar a Verdade que salva e para nos tornar participantes da sua amizade e da sua vida. Recebemos este dom de graça, é pura graça, sem o nosso mérito. Há um Santo Padre que diz: “Mas olhai deste lado, do outro, de lá: procurai o mérito e só encontrareis graça”. Tudo é graça, um dom de graça. Recebemos este dom de graça através da simplicidade e da humanidade do Natal, e ele pode remover dos nossos corações e das nossas mentes o pessimismo que hoje se difundiu ainda mais por causa da pandemia. Podemos superar esta sensação de desconcerto inquietador, sem nos deixarmos dominar pelas derrotas e fracassos, na consciência redescoberta de que aquele Menino humilde e pobre, escondido e indefeso, é o próprio Deus, que se fez homem para nós. O Concílio Vaticano II, numa célebre passagem da Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, diz-nos que este acontecimento se refere a cada um de nós: «Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (Constituição Pastoral Gaudium et spes, 22). Mas Jesus nasceu há dois mil anos, e diz respeito a mim? – Sim, diz respeito a ti e a mim, a cada um de nós. Jesus é um de nós: Deus, em Jesus, é um de nós.

Esta realidade dá-nos muita alegria e coragem. Deus não nos desprezou, não olhou para nós de longe, não passou ao nosso lado, não sentiu repulsa da nossa miséria, não se vestiu com  um corpo aparente, mas assumiu plenamente a nossa natureza e condição humana. Nada excluiu, exceto o pecado: a única coisa que Ele não tem. Toda a humanidade está n’Ele. Ele assumiu tudo o que somos, tal como somos. Isto é essencial para a compreensão da fé cristã. Refletindo sobre o seu caminho de conversão, Santo Agostinho escreve nas suas Confissões: «Ainda não tinha a humildade suficiente para possuir o meu Deus, o humilde Jesus, ainda não conhecia os ensinamentos da sua fraqueza» (Confissões VII, 8). E qual é a fraqueza de Jesus? A “fraqueza” de Jesus é um “ensinamento”! Porque nos revela o amor de Deus. O Natal é a festa do Amor encarnado, do amor nascido por nós em Jesus Cristo. Jesus Cristo é a luz dos homens que resplandece nas trevas, que dá sentido à existência humana e a toda a história.

Queridos irmãos e irmãs, que estas breves reflexões nos ajudem a celebrar o Natal com maior consciência. Mas há outra forma de preparação que quero lembrar, tanto a vós como a mim, e que está ao alcance de todos: meditar um pouco em silêncio diante do presépio. O presépio é uma catequese daquela realidade, do que foi feito naquele  ano, naquele dia, que ouvimos no Evangelho. Por este motivo, no ano passado escrevi uma Carta, que nos fará bem reler. Intitula-se “Admirabile signum”, “Sinal admirável”. Na escola de São Francisco de Assis, podemos tornar-nos um pouco crianças, permanecer em contemplação da cena da Natividade, deixando que renasça em nós a admiração da forma “maravilhosa” como Deus quis vir ao mundo.  Peçamos a graça da admiração: face a este mistério, a esta realidade tão terna, tão bela, tão próxima dos nossos corações, que o Senhor nos conceda a graça da admiração, para que O encontremos, para que nos aproximemos d'Ele, para que nos aproximemos de todos nós. Isto irá renascer em nós a ternura. Há dias, falando com alguns cientistas, comentava-se a inteligência artificial e os robôs... há robôs programados para tudo e para todos, e isto vai progredindo. E eu disse-lhes: “Mas o que nunca serão capazes de fazer os robôs?” Eles pensaram, deram sugestões, mas no final concordaram num ponto: a ternura. Isto os robôs não serão capazes de fazer. E é isto que Deus nos traz hoje: uma forma maravilhosa pela qual Deus quis vir ao mundo, o que reaviva a ternura em nós, a ternura humana que está próxima daquela de Deus. E hoje temos tanta necessidade de ternura, tanta necessidade de carícias humanas, face a tanta miséria! Se a pandemia nos obrigou a estar mais distantes, Jesus, no presépio, mostra-nos o caminho da ternura para estarmos próximos, para sermos humanos. Sigamos este caminho. Feliz Natal!

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Saudações:

Queridos ouvintes de língua portuguesa, desejo a todos um santo Natal. Se a pandemia nos obrigou a estar mais distanciados, Jesus, no presépio, mostra-nos o caminho da ternura para continuarmos vizinhos, para sermos humanos. Assim vos abençoe o Deus Menino para terdes um Ano Novo sereno e feliz!

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© Copyright - Libreria Editrice Vaticana

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Não está preparado(a) para o Natal? São José também não estava


Não se preocupe: a experiência da misericórdia divina dá energia e serenidade para estas últimas horas do Advento

Não é difícil imaginar que na noite de Natal São José não se sentisse preparado para a data tão importante.

Não era culpa dele, claro! Um censo atrapalhou o plano do casal. E ele, com certeza,  sentiu que o grande dia havia chegado e ele não estava pronto para isso. De fato, ele tinha uma missão a cumprir como marido e pai e, apesar de seus melhores esforços, não via sucesso nessa empreitada.

Ele, então, sufocou as lágrimas viris de desespero quando disse a Maria que não havia quarto na pousada. Maria, sem pecado, fez o que pode para amenizar a frustração do esposo. Mas também se viu incapaz de fazer muito.

Portanto, o casal teve que se contentar com uma solução improvisada. Mas era melhor do que nada. E José, sem dúvida, se virou para criar um espaço o mais adequado possível para receber o menino. Ainda assim, foi tudo de última hora e dolorosamente faltando muito do que ele tinha sonhado três semanas atrás, no início de seu primeiro Advento.

Ainda assim, nesta cena, entrou a Palavra feita Carne, o Pequeno Misericordioso.

Nossa falta de preparação

Não enfrentamos as responsabilidades práticas que José enfrentou naquela noite. Nossos sentimentos de inadequação e e falta de preparo para o Natal não terão uma consequência direta na história da salvação.

Mas, mesmo que nossa realidade seja diferente, talvez muitos de nós compartilhemos os mesmos sentimentos de José. O que faremos com isso, agora que basicamente acabou o Advento e o Natal está chegando, estejamos nós prontos ou nao? O que fazemos com nossa fraqueza?

O estábulo sugere que devemos deixar Deus transformá-lo em algo bom.

Uma das facetas verdadeiramente inspiradoras do poder da misericórdia de Deus é como ele é capaz de reivindicar vitória sobre o mal. O sofrimento e a morte entraram no mundo por meio do pecado. E é precisamente por meio do sofrimento e da morte que Deus traz a salvação.

Podemos dizer, portanto, que Deus arranca as próprias armas de Satanás e as vira para derrotar seu dono. Em outras palavras: pecado, fraqueza, morte – as consequências da obra do diabo – podem se tornar as ferramentas da graça de Deus.

É por isso que São Paulo diz: “Sabemos que em tudo Deus trabalha para o bem” (Romanos 8,28). E também é por isso que o Catecismo explica: “a graça inexprimível de Cristo nos deu bênçãos melhores do que aquelas que a inveja do demônio havia tirado. … Não há nada que impeça a natureza humana de ser elevada a algo maior, mesmo depois do pecado; Deus permite o mal para atrair um bem maior” (CIC, 412).

No estábulo

Se nos colocarmos em contemplação ao lado de José no estábulo, talvez possamos encontrar nos animais – com o fedor que os acompanha – símbolos dos muitos vícios que não temos escolha, a não ser trazer ao Menino Jesus neste Natal. Não que quiséssemos trazer-lhe esses “presentes”, mas em nossa fraqueza, o pecado é o que podemos oferecer a Ele. Nossa falta de preparação para esta grande festa é tudo o que temos.

Lavados pela misericórdia deste pequeno bebê, entretanto, esses mesmos animais passaram a ser uma grande contribuição para o pequenino Menino.

Artistas retratam o calor da respiração deles protegendo a doce cabeça do Menino do frio. Bento XVI os considerou inclusive como “uma imagem de uma humanidade até então cega que agora, diante da criança, diante da humilde manifestação de Deus no estábulo, aprendeu a reconhecê-lo”.

Portanto, nossa falta de preparo para o Natal é um presente suficiente para Ele, e para dar esse presente não precisamos que o Advento se alongue magicamente.

A experiência da misericórdia divina dá energia e serenidade para estas últimas horas do Advento, afastando qualquer tentação de ficar emburrado de remorso ou de preocupações desnecessárias.

Então, aceitemos humildemente nossa falta de preparo, e que seja esse – com o boi e o jumento – o presente que oferecemos a Jesus. Se a pobreza do nosso Advento nos leva a voltar o olhar para o Menino, então, mais uma vez, Deus terá transformado a fraqueza em força e todas as coisas em bem.


(aleteia)


10 Minutos com Jesus. Burrinho...(23-12-20)





terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 22.12.2020




Magnificat - Notre Dame de Paris




3ª predicación de adviento del Cardenal Cantalamessa al Papa, 18-12-2020

Famacêuticas ao ataque à nova estirpe do coronavírus


As farmacêuticas Pfizer, Moderna e BioNTech já estão a estudar e a testar as vacinas para a nova estirpe do coronavírus detetada no Reino Unido. 


O clima é de otimismo quanto à eficácia, mas em caso de falha, a BioNTech garante ser capaz de fornecer uma nova vacina em apenas seis semanas.


(rtp.pt)


Cuidar um do outro é a maior prova de amor neste Natal


Octavio Messias - publicado em 22/12/20

 

Em período crítico de pandemia, protegermos uns aos outros é mais importante do que a ceia

“Ah, mas é só uma saidinha”, ou “vão ser só cinco pessoas”, são frases que muitos têm dito a si, desde a flexibilização do distanciamento social, para justificar furar a quarentena. Com isso, infelizmente, os números de casos e de mortes voltaram a saltar. No dia 17 de dezembro, foram registrados quase 70.000 novos casos, número equivalente a um dia de junho, quando vivíamos o pico da pandemia.

O Brasil volta a registrar mais de 800 mortes em um dia às vésperas dos feriados de fim de ano, quando as pessoas tendem a se aglomerar, o que faz especialistas alertarem quanto à iminência de uma segunda onda do vírus, como vimos acontecer na Europa. Segundo especialistas, esse quadro é previsto para janeiro no Brasil caso a população não respeite o distanciamento social durante as festividades.

Consciência

Esse foi o cenário discutido no debate “E agora, Brasil?”, realizado na semana passada, que contou com autoridades como o médico Drauzio Varella, a economista Monica de Bolle, e Margareth Dalcomo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz. 

“O que vai trazer a segunda onda para o Brasil são as festas de Natal e de fim de ano. Teremos o janeiro mais triste da nossa história porque nós falhamos em trazer uma consciência cívica da gravidade do que estamos vivendo”, disse Margareth. Drauzio Varella criticou o negacionismo da doença: “Eu acho que, infelizmente, muitas pessoas vão morrer por causa das festas de fim de ano, em meio a essa ilusão de que agora temos uma vacina e o problema ficou para trás”. Vale lembrar que ainda não há um plano de vacinação para toda a população do país. E, como diz Margareth, nossa dificuldade em combater o vírus é uma falha de consciência cívica, que reflete nossa fragilidade enquanto sociedade, uma vez que não conseguimos abrir mão de certos prazeres individuais de modo a preservar a vida de todos. 

Cuidado

Por isso, nas comemorações deste ano, é preciso deixar a razão e a consciência falarem mais alto. Simplesmente não vale expor as vidas daqueles que amamos por algumas horas fazendo de conta que o vírus não existe, enquanto ele segue à solta, implacável, podendo se disseminar entre os seus familiares. Não vale a pena correr um risco tão alto. Além do mais, hoje existem diversas plataformas que permitem conversar, interagir e ver o outro em tempo real. Está longe de ser o ideal, mas é a melhor atitude que se pode de modo a preservar a vida dos nossos familiares, especialmente os mais velhos. “Lamento, não dá para fazer a festa de Natal. Pode reunir no máximo seis ou sete pessoas, sob pena de expôr nossos entes queridos a um risco que eles não merecem. E não vai ter festa de réveillon, para que nós estejamos vivos para os próximos que virão”, defendeu Margareth Dalcomo.

Atualmente, o Brasil registra mais de 180.000 mortes em decorrência do novo coronavírus. Para as famílias dessas pessoas, o Natal está arruinado. Preserve seus familiares neste Natal, para garantir que estejam todos vivos e bem no próximo. 

(aleteia)


Flash - O Natal de Maria e José não foi "um mar de rosas", recordou o Papa


As dificuldades da Sagrada Família devem nos inspirar a viver um Natal mais autêntico e menos consumista

O Natal de Maria e José não foi “um mar de rosas”, recordou o Papa Francisco na Audiência Geral desta semana. Por isso, ele exortou os fiéis a se inspirarem na Sagrada Família para viver um Natal mais autêntico e menos consumista.

“Restrições e dificuldades nos aguardam neste ano, mas pensemos no Natal da Virgem Maria e de São José: não foi um mar de rosas”.

Convidando-nos a resgatar o sentido do Natal, o Papa também recordou a crise mundial decorrente da pandemia de covid-19 e afirmou que temos a oportunidade de purificar a nossa forma de viver o mistério do Nascimento de Jesus.

O Natal de Maria e José não foi “um mar de rosas”

Francisco declarou:

“Gostaria de exortar a todos a ‘apertar o passo’ rumo ao Natal, o Natal verdadeiro, isto é, o nascimento de Jesus Cristo. Restrições e dificuldades nos aguardam neste ano, mas pensemos no Natal da Virgem Maria e de São José: não foi um mar de rosas. Quantas dificuldades eles tiveram! Quantas preocupações! Apesar de tudo, a fé, a esperança e o amor os guiaram e os ampararam. Que seja assim também para nós! Que esta dificuldade também nos ajude a purificar um pouco o modo de viver o Natal, de festejar, saindo do consumismo: que seja mais religioso, mais autêntico, mais verdadeiro”.


(aliteia)


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosario de Fátima 21.12.2020






Vésperas de 21 de Dezembro



Um Natal de fato feliz!





O Papa: dificuldades e sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal



Em seu discurso para as felicitações de Natal, Francisco agradeceu aos funcionários do Vaticano "pelo trabalho que desempenham com paixão a serviço da Cúria Romana e da Cidade do Vaticano” e recordou que "a pandemia causou não apenas uma situação crítica da saúde, mas também dificuldades econômicas para muitas famílias e instituições".

Mariangela Jaguraba - Vatican News


O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (21/12), na Sala Paulo VI, os funcionários do Estado da Cidade do Vaticano, com suas respectivas famílias, para as felicitações de Natal.


“Agradeço a cada um de vocês pelo trabalho que desempenham com paixão a serviço da Cúria Romana e da Cidade do Vaticano”, disse Francisco no início de seu discurso. Recordando a crise atual que estamos vivendo por causa da Covid-19, o Papa observou:


A pandemia causou não apenas uma situação crítica da saúde, mas também dificuldades econômicas para muitas famílias e instituições. A Santa Sé também foi afetada e está fazendo todos os esforços para enfrentar esta situação precária da melhor maneira possível. É uma questão de atender às necessidades legítimas de vocês, funcionários, e da Santa Sé: devemos ir ao encontro reciprocamente, e seguir em frente em nosso trabalho comum, sempre. Os nossos colaboradores, vocês que trabalham na Santa Sé, são o mais importante: ninguém deve ficar de fora, ninguém deve deixar o trabalho; os superiores do Governatorato e também da Secretaria de Estado, todos, estão buscando maneiras de não diminuir sua renda e de não diminuir nada, nada neste momento tão ruim para o fruto de seu trabalho. Estão procurando várias maneiras, mas os princípios são os mesmos: ninguém deve deixar o trabalho, ninguém deve ser demitido, ninguém deve sofrer o efeito econômico ruim desta pandemia. Todos juntos devemos trabalhar mais para ajudar a resolver este problema que não é fácil.


O Natal é uma festa de alegria

 

“O Natal é uma festa de alegria “porque Jesus nasceu para nós” e todos nós somos chamados a ir ao seu encontro. Os pastores nos dão o exemplo”, frisou o Papa.


Também nós devemos ir a Jesus: devemos sacudir-nos do nosso torpor, do tédio, da apatia, do desinteresse e do medo, especialmente neste momento de emergência sanitária, em que é difícil redescobrir o entusiasmo da vida e da fé. Imitando os pastores, somos chamados a assumir três atitudes: redescobrir, contemplar e anunciar.


Redescobrir


Segundo o Pontífice, “é importante redescobrir o nascimento do Filho de Deus como o maior evento da história. É o evento previsto pelos profetas séculos antes de acontecer. Vinte séculos se passaram e Jesus está mais vivo do que nunca. Sem Ele o homem se precipita no mal: no pecado, no vício, no egoísmo, na violência e no ódio. O Verbo se fez carne e habitou entre nós: este é o evento que devemos redescobrir”.


Contemplar


“A segunda atitude é a de contemplação”, ou seja, meditar, contemplar e rezar. “O exemplo mais bonito nos é dado pela mãe de Jesus, por Maria: ela conservava no coração, meditava. E meditando o que descobrimos? Descobrimos que Deus manifesta sua bondade no Menino Jesus. No Menino Jesus Deus se mostra amável, cheio de bondade, de mansidão. Deus manifesta sua bondade para nos salvar. Este é o grande significado do Natal: Deus se faz homem para que possamos nos tornar filhos de Deus. Deus nos salva através do batismo.”


Anunciar


“A terceira atitude é anunciar”, disse ainda o Papa. “Como devemos fazer?” E Francisco convidou a olhar novamente para os pastores: “Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido dito”. “Eles voltaram à sua vida cotidiana. Também nós devemos voltar à nossa vida cotidiana: o Natal passa”, e acrescentou:


Devemos voltar à vida familiar, ao trabalho, transformados, devemos voltar glorificando e louvando a Deus por tudo o que ouvimos e vimos. Devemos levar a boa nova ao mundo: Jesus é o nosso salvador.


“As dificuldades e os sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal, que desperta uma alegria íntima que nada e ninguém pode tirar de nós”, concluiu Francisco.


(vaticannews)


Papa à Cúria: o conflito divide a Igreja, a crise a purifica


A crise provocada pela pandemia foi a ocasião para o Papa analisar os desafios que a Igreja enfrenta e o fez em audiência aos membros da Cúria Romana para os votos de Natal: "Amados irmãos e irmãs, conservemos uma grande paz e serenidade, plenamente conscientes de que todos nós, a começar por mim, somos apenas 'servos inúteis'".

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Colaboração generosa e apaixonada: o Papa Francisco pediu um presente de Natal aos membros da Cúria Romana, ao recebê-los em audiência esta segunda-feira para as tradicionais felicitações natalinas.

O discurso do Pontífice foi dedicado a analisar a crise provocada pela pandemia e suas repercussões na sociedade, mas, sobretudo, na Igreja.

Francisco recordou o memorável 27 de março passado, quando a Praça estava aparentemente vazia, mas, na realidade, “estava cheia graças à pertença fraterna que nos acomuna nos vários cantos da terra”. Esta mesma fraternidade o levou a escrever a encíclica “Fratelli tutti”, para que este princípio se torne um anseio mundial.

A crise que estamos vivendo é um tempo de graça, afirma o Papa citando alguns episódios narrados na Bíblia: desde crise de Abraão até a “mais eloquente”, que é a de Jesus, e a “crise extrema na cruz”, que abre o caminho da ressurreição.

Ler a crise à luz do Evangelho

Francisco reconhece as muitas pessoas na Cúria que dão testemunho com o seu trabalho humilde, discreto, silencioso, leal, profissional, honesto.

Mas há também problemas, com a única diferença de que estes “vão parar imediatamente aos jornais, enquanto os sinais de esperança fazem notícia só depois de muito tempo e… nem sempre”.

Esta reflexão sobre a crise, prossegue, alerta para não julgarmos precipitadamente a Igreja com base nos escândalos de ontem e de hoje. Quem não olha a crise à luz do Evangelho, afirma o Papa, limita-se a fazer a autópsia de um cadáver.

“Estamos assustados com a crise não só porque nos esquecemos de a avaliar como o Evangelho nos convida a fazê-lo, mas também porque olvidamos que o Evangelho é o primeiro a colocar-nos em crise.”

É preciso reencontrar a coragem e a humildade de dizer em voz alta que o tempo da crise é um tempo do Espírito. E junto do Menino deitado numa manjedoura, bem como na presença do homem crucificado, “só encontramos o lugar certo se nos apresentarmos desarmados, humildes, essenciais”.

A crise é positiva, o conflito corrói

Francisco faz também uma distinção entre crise e conflito.

“A crise geralmente tem um desfecho positivo, enquanto o conflito cria sempre um contraste, uma competição, um antagonismo aparentemente sem solução, entre sujeitos que se dividem em amigos a amar e inimigos a combater, com a consequente vitória de uma das partes.”

A lógica do conflito sempre busca os “culpados” a estigmatizar e desprezar e os “justos” a justificar. Isso favorece o crescimento ou a afirmação de certas atitudes elitistas e de “grupos fechados” que promovem lógicas restritivas e parciais.

“Lida com as categorias de conflito – direita e esquerda, progressista e tradicionalista –, a Igreja divide-se, polariza-se, perverte-se e atraiçoa a sua verdadeira natureza: é um Corpo perenemente em crise.”

Um Corpo em conflito produz vencedores e vencidos, temor, rigidez, falta de sinodalidade. Já a novidade introduzida pela crise desejada pelo Espírito nunca é uma novidade em contraposição ao antigo, mas uma novidade que germina do antigo e o torna sempre fecundo.

O Papa exemplifica este conceito com uma frase de Jesus: "Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto". "Só morrendo para uma certa mentalidade é que conseguiremos também abrir espaço à novidade que o Espírito suscita constantemente no coração da Igreja."

Crise exige atualização

Francisco recorda que a "Igreja é sempre um vaso de barro, precioso pelo que contém e não pelo que às vezes mostra de si mesma".

"Temos de esforçar-nos por que a nossa fragilidade não se torne obstáculo ao anúncio do Evangelho, mas lugar onde se manifeste o grande amor de Deus."

A Tradição custodia a verdade e a graça, mas a Igreja tem que lidar com os vários aspectos da verdade que pouco a pouco vamos compreendendo.

“Nenhuma modalidade histórica de viver o Evangelho esgota a sua compreensão. Se nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, iremos dia após dia aproximando-nos cada vez mais da 'Verdade completa'.” 

 Deixar o conflito de lado, abraçar a crise e colocar-se a caminho

Como comportar-nos na crise? Questiona-se por fim o Papa. Antes de mais nada, aceitá-la como um tempo de graça que nos foi dado para compreender a vontade de Deus sobre cada um de nós e a Igreja inteira. É preciso entrar na lógica, aparentemente contraditória, de que, "quando sou fraco, então é que sou forte".

Ponto fundamental é não interromper o diálogo com Deus, nunca se cansar de rezar. "Não conhecemos outra solução para os problemas que estamos a viver, senão a de rezar mais e, ao mesmo tempo, fazer tudo o que nos for possível com mais confiança."

Eis então a exortação final do Papa:

“Amados irmãos e irmãs, conservemos uma grande paz e serenidade, plenamente conscientes de que todos nós, a começar por mim, somos apenas «servos inúteis», com quem usou de misericórdia o Senhor.”

A crise é movimento, faz parte do caminho. Ao contrário, o conflito é permanecer no labirinto, perdidos em murmurações e maledicências.

Francisco pede que cada um de nós, independentemente do lugar que ocupa na Igreja, interrogue-se se quer seguir Jesus na crise ou defender-se Dele no conflito.

O Papa conclui pedindo um presente de Natal: a colaboração generosa e apaixonada da Cúria no anúncio da Boa Nova, sobretudo aos pobres. E citou Dom Hélder Câmara e sua famosa frase: "Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista”.


(vaticannews)