segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Desinstala-te!

O Trabalho dignifica



 Tenho encontrado quase diariamente, no átrio da Igreja de Santa Cruz, um rapaz mal vestido, sem o braço esquerdo, de chinelos nos pés, a cantar e a tocar num piano electrónico com a mão direita e o nariz! Tudo em simultâneo. A voz é bonita; a mão que toca é descarnada e as unhas muito sujas... 
Aprecio-o, porque está a esforçar-se por mostrar o que sabe fazer e ganhar dinheiro para o que precisar. Quando me confronto com alguém que executa um instrumento ou faz animação de rua ou outra manifestação artística eu tendo sempre a compensar  esse trabalho. Para mim isso é um trabalho como qualquer outro. Neste caso não vou dar uma "esmola", mas trocar dinheiro por um serviço merecido.

Mas quando me cheguei para o rapaz e abri o porta-moedas, quase sou derrubada por uma criança dos seus cinco anos que estava com a mãe - moça nova e anafada - mesmo à saída da porta da igreja com um copo na mão a "pedir" que pretendia interceptar e desviar para ela a minha contribuição  destinada ao músico. O trabalho dignifica.

Eu já tinha passado por elas, que diariamente se sentam no chão de copo na mão, no mesmo lugar, proferindo as mesmas palavras que já ninguém ouve ...

S. Paulo premiou sempre o trabalho. Evangelizou e criou muitas comunidades cristãs , o que por si só lhe dava já o direito a recompensa, mas quis dar o exemplo ao continuar a exercer a sua profissão, ocupando-se na confecção de tendas. 


PASSA UM BOM DIA

domingo, 28 de setembro de 2014

HOJE É O DIA DO SENHOR

                     Domingo XXVI do Tempo Comum

                               SIM, Pai

 

Celebramos hoje o "Dia Nacional da Bíblia"...

no último domingo de setembro,

em homenagem a São Jerônimo (30/09),

que dedicou 35 anos de sua vida na tradução da Bíblia...

 

A melhor homenagem à Bíblia é ler, estudar... e sobretudo VIVER...

Diante da Palavra de Deus, podemos dizer SIM,

assumindo um compromisso coerente ou evitar qualquer compromisso.

 

Na 1ª Leitura, Ezequiel convida os israelitas exilados na Babilônia

a viverem com coerência o Sim dado ao Senhor e à Aliança. (Ez 18,25-28)

 

Na 2ª Leitura, Paulo apresenta o exemplo de Jesus:

despoja-se da condição divina, assume a condição humana

e diz "SIM" ao Pai até a morte de Cruz. (Fl 2,1-11)

 

Evangelho fala de dois tipos de SIM(Mt 21,28-32)

 

Continuamos a refletir sobre a Igreja, "Vinha do Senhor".

Vimos já que todos somos chamados a trabalhar na vinha do Senhor...

Hoje veremos qual pode ser a nossa resposta a esse chamado...

 

Com a ParábolaJesus ilustra duas atitudes diversas:

Ao Pai que convida os dois filhos a trabalharem na Vinha,

o primeiro se nega no começo, mas depois acaba indo...

o segundo responde Sim, Pai, mas depois não vai.

E a parábola questiona: "Qual dos dois fez a vontade do Pai?"

A resposta é clara: Não quem DISSE "Sim",

mas quem FEZ a vontade do Pai.

 

* A Parábola tinha endereço certo:

Os dois filhos representam dois grupos do tempo de Jesus:

Os "pecadores inveterados" e os "justos estabelecidos".

 

- Os judeus eram os "justos estabelecidos", fiéis praticantes da Lei,

que há séculos tinham dito o seu SIM a Deus pela Aliança,

e agora rejeitavam o Cristo, enviado de Deus e ficavam fora do Reino...

O modo como viviam o seu "Sim" à Lei

os levou a dizer "Não" ao Evangelho.

 

- Os "pecadores inveterados" eram os cobradores de impostos e as prostitutas,

que por muito tempo disseram NÃO à vontade de Deus expressa na lei,

mas agora acabavam dizendo "SIM" ao apelo de Jesus e

entravam no Reino, seguindo a sua proposta.

 

É interessante notar que essa parábola só foi narrada por Mateus,

um cobrador de impostos, antes considerado um pecador público e

agora um discípulo ardoroso de Cristo.

 

O que a PARÁBOLA nos diz HOJE?

  Também em nossos dias, Deus continua tendo dois filhos:

- Alguns, no Batismo, dizem "Sim", mas depois, na vida concreta,

 transformam o "Sim" em muitos "Não".

- Outros nunca disseram um "Sim" explícito para Deus,

 mas, na prática de cada dia, amam o irmão, se sacrificam pelos outros,

 executam muitas obras de caridade.

 Estes, ainda que não batizados, são verdadeiros Filhos de Deus...

"Nisto conhecerão que sois meus discípulos,

se vos amardes uns aos outros como eu vos amei..."

 

- Hoje muitos, que se dizem católicos, afirmam: Cristo SIM, Igreja NÃO.

Não é possível ser CRISTÃO, prescindindo da IGREJA.

Somos cristãos pela graça de Deus e essa graça nós a recebemos na Igreja,

fundada por Jesus, como sacramento universal de salvação,

como fonte e sinal do favor de Deus à humanidade

como povo eleito, organizado e unido na comunhão da caridade

sob a animação pastoral dos apóstolos e dos sucessores.

 

* Não é suficiente uma adesão verbal a Cristo...

Não bastam palavras bonitas, se não refletem a sinceridade do coração.

Não basta pertencer a um grupo religioso,

e não ter um olhar atento para perceber o caminho da justiça...

"É melhor ser cristão sem dizê-lo, que o dizer sem sê-lo".

 

A que grupo pertencemos? A que filho nos assemelhamos?

 Ao primeiro, ao segundo? Ou um pouco de cada?  

 Ou seria melhor que fôssemos como o terceiro filho,

 do qual a parábola não fala: aquele que diz "Sim" e vai mesmo!

 

Todos são chamados a trabalhar na vinha do Pai.

Ninguém está dispensado de colaborar com Deus na construção

de um mundo mais humano, mais justo, mais verdadeiro, mais fraterno.

Os chamados de Deus, nós os conhecemos pela sua Palavra,

contida na BÍBLIA, cujo dia hoje comemoramos.

 

Qual é a nossa resposta à Palavra de Deus?

 SIM, nós compramos a Bíblia e a colocamos num lugar nobre da casa,

   mas NÃO a lemos, muito menos nos esforçamos em vivê-la?

 - Aceitamos toda a Bíblia, sem preconceitos e sem interesses...

   também os pontos que nos questionam e nos comprometem:

   Ou, isso Sim, isso Não!...   Batismo sim, Casamento não...

 

Ela nos garante:

"Felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática..."

Façamos nossa Profissão de fé = nosso SIM à PALAVRA DE DEUS...

De mão estendida para a Bíblia: cantemos:

"Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé..."

 

                                          Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 28.09.2014

sábado, 20 de setembro de 2014

As minhas metas



Hoje a minha meta foi meter-me em casa a seguir ao almoço e esconder-me num canto. Meta curta, cheia de medos e sem sentido. Hoje, foi bem fácil chegar a esta meta. Não estou bem, é claro!

Pensei então, que seria importante, preparar em cada dia uma meta que fosse útil e trouxesse vida temporal e espiritual. Viver o dia a dia com uma intenção que agrade a Deus e me realize como cristã. 
Quero que estas metas se liguem para chegarem àquela definitiva, que será o começo da vida nova que eu aspiro e que Deus me há-de conceder por Sua misericórdia.

Assim, para amanhã a minha meta é fazer a vontade de Deus: vou falar com Ele, escutar a Sua voz e deixar levar-me pela Sua mão como uma criança sem perguntar para onde vou. Acho que irei até aos irmãos e deixar de olhar demais para mim.  
Sair da minha zona de conforto será um " milagre"; olhar a natureza, agradecer a quem a criou; sorrir, falar, calar para ouvir melhor, consolar, iluminar, temperar e dar sabor à vida... Só através do Teu Espírito.

Sem Ti Senhor, não posso nada, mas Contigo meu Deus, posso tudo.

PASSA UM BOM DIA

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A maezinha fazia anos hoje

"Leva-me ao céu, ó Senhor"



Eu tenho medo de receber "más notícias" venham elas de onde vierem! Ontem foi uma dessas ocasiões . Na "sala de espera" , os minutos pareciam anos e as horas, séculos. Eu ia munida de um conjunto de exames para os submeter ao veredicto. E este não foi bom. Fiquei muito abalada e ansiosa, insegura!

Depois pensei: no que já passei e no que ainda irei passar...! como este mundo é passageiro; mas é um caminho que tem um fim. E esta meta é tão preciosa que vale todo o cascalho e silvas que encontrar pelo caminho.

A doença é evolutiva, mas parece que há medicamento que faz atrasar o processo. Que bom haver esta hipótese!

Job disse: "o Senhor o deu, o Senhor o tirou. Bendito seja o Senhor." Eu repito em uníssono com ele, pois só assim consigo sobreviver.

Deus permite que seja assim! Para quê refilar e murmurar, se eu sei que tudo o que o Senhor me dá é bom e é para meu bem? O que eu peço a Deus é que tenha misericórdia de mim, que não olhe aos meus pecados e que me assista sempre com o Seu Espírito aquele Espírito que consola na adversidade, que dá alegria na tribulação , que dá luz quando estou nas trevas.

Envia Senhor, o Teu Espírito e converte-me.

PASSA UM BOM DIA

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PALAVRA DE VIDA - setembro

   
“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus.” (Rm 15,7)

Essas palavras expressam uma das últimas recomendações que são Paulo faz na sua carta aos cristãos de Roma. Aquela comunidade, como, aliás, muitas outras espalhadas pelo mundo greco-romano, era formada por fiéis provenientes, em parte, do paganismo e, em parte, do judaísmo. Portanto, pessoas com mentalidade, formação cultural e sensibilidade espiritual muito diferentes. Essa diversidade dava margem a julgamentos, preconceitos, discriminações e intolerâncias de uns para com os outros, certamente não condizentes com aquela acolhida mútua que Deus gostaria que eles tivessem.

Para ajudá-los a superar essas dificuldades, o Apóstolo não encontra outro meio mais eficaz do que fazê-los refletir sobre a graça da própria conversão. O fato de Jesus tê-los chamado à fé, comunicando-lhes o dom de seu Espírito, era a prova palpável do amor com o qual Jesus havia acolhido a cada um deles. Apesar de seu passado e da diversidade de proveniências, Jesus os tinha acolhido para formarem um só corpo.

“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus.”

Essas palavras de são Paulo nos lembram um dos aspectos mais tocantes do amor de Jesus: é o amor com o qual Ele, durante a sua vida terrena, sempre acolheu a todos, de modo especial os mais marginalizados, os mais necessitados, os mais distanciados; é o amor com o qual Jesus ofereceu a todos sua confiança, sua confidência, sua amizade, derrubando uma por uma as barreiras que o orgulho e o egoísmo humano tinham erguido na sociedade de seu tempo. Jesus foi a manifestação do amor plenamente acolhedor do Pai celeste para cada um de nós e do amor que, por consequência, nós deveríamos ter uns para com os outros. Esta é a primeira vontade do Pai a nosso respeito; por isso não temos como dar a Deus uma glória maior do que aquela que lhe damos quando procuramos nos acolher uns aos outros da maneira como Jesus acolheu a nós.

“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus.”

Como poderemos viver então, a Palavra de Vida desse mês? Ela chama a nossa atenção para um dos aspectos mais frequentes do nosso egoísmo e – digamos a verdade – um dos mais difíceis de superar: a tendência a nos isolarmos, a discriminar, a marginalizar, a excluir o outro na medida em que é diferente de nós e poderia perturbar a nossa tranquilidade.

Procuraremos, então, viver essa Palavra de Vida antes de mais nada no âmbito das nossas famílias, associações, comunidades e grupos de trabalho, eliminando em nós os julgamentos, as discriminações, os preconceitos, os ressentimentos, as intolerâncias contra esse ou aquele próximo, coisas que surgem tão facilmente e tão frequentemente, sentimentos esses que comprometem e esfriam tanto os relacionamentos humanos e impedem o amor mútuo, fazendo-o emperrar, como se fossem ferrugem.

Além disso, procuraremos viver essa Palavra na vida social em geral, fazendo o propósito de testemunhar o amor acolhedor de Jesus para com qualquer próximo que o Senhor colocar ao nosso lado, principalmente aqueles que o egoísmo social tende mais facilmente a excluir ou a marginalizar.

Acolher o outro, o diferente de nós, é básico no amor cristão. É o ponto de partida, o primeiro degrau para a construção daquela civilização do amor, daquela cultura de comunhão à qual Jesus nos chama hoje de modo especial.

Chiara Lubich





Coimbra tem mais encanto, na hora da chegada, da surpresa e da novidade!



A baixa de Coimbra está apinhada de turistas que ora tiram ora vestem gabardinas porque o tempo está incerto. Entram e saem de Santa Cruz, Igreja secular com muita história e por isso está sempre aberta para quem pretende rezar e/ou visitar.

 Já se percebe o movimento de pais/mães a acompanhar os novos estudantes na procura de casa, nas compras e nos restaurantes.

 Outros andam em grupo felizes e contentes a descobrirem... , a iniciarem-se nos transportes públicos. Os naturais de Coimbra estão já habituados e gostam, pois têm uma enorme paciência para os informar e encaminhar em tudo quanto precisam...

Os caloiros, barulhentos e barraqueiros, já desfilam como manda a praxe. 

Coimbra está viva novamente. 

Coimbra tem mais encanto, na hora da chegada, da surpresa e da novidade!

PASSA UM BOM DIA

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Olha bem para dentro de ti!

A sabedoria dos mais velhos



Mais um domingo vivido na Igreja de Santa Cruz e mais uma vez constato com alegria a forma delicada e humana, como esta Comunidade cristã respeita os seus velhos, no que concerne à prestação dos serviços litúrgicos . 

Mais de 80% dos elementos do coro são idosos e cantam maravilhosamente. A Eucaristia de hoje foi celebrada em sufrágio do organista que há cerca de trinta anos servia esta Igreja. Morreu louvando o Senhor através da música. O órgão onde habitualmente tocava, esteve hoje calado. Em seu lugar tivemos o som inconfundível do órgão de tubos de Santa Cruz.

Os Leitores litúrgicos são igualmente idosos: proclamaram a Palavra com sabedoria:  profundidade, pausadamente e clareza. 

Outros encarregaram-se da entrega dos dons...

O padre concelebrante, deficiente motor, precisou de ajuda do sacristão, para se movimentar até ao seu lugar. Mas foi ele que, com essa mesma ajuda, foi até ao ambão, entoou o Aleluia e proclamou o Evangelho.

O Ministro da Comunhão, também era uma senhora de idade!

A Igreja de Santa Cruz, às dez horas estava apinhada de gente. Toda a assembleia participou activamente no canto e nas orações . No final da Eucaristia foi administrado o Sacramento do Baptismo.

A  Igreja tem de dar exemplo de comunhão, fraternidade, carinho e humanismo. O ser humano não é produto descartável. "Olhar", respeitar e aprender com a sabedoria dos mais velhos, é o que nos ensina a Sagrada Escritura . Não pode ser doutra maneira.

PASSA UM BOM DIA
       

domingo, 14 de setembro de 2014

HOJE É O DIA DO SENHOR

 Pela Cruz vencerás

 

O Imperador Constantino, antes de uma importante batalha, viu no céu uma Cruz, com os dizeres:

"Por este sinal, vencerás".

Crendo nesse sinal, obteve uma grande vitória.

 

Na liturgia comemoramos hoje

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ...

Como pode a Igreja propor aos cristãos a exaltação

daquilo que foi o instrumento de tortura e morte de Jesus ?

 

O que se exalta na cruz não é a dor, mas a salvação, que ela trouxe.

Assim a cruz não é símbolo de morte,

mas símbolo de nossa redenção, símbolo de nossa fé cristã.

É a expressão suprema do amor de Deus por nós.

 

As Leituras são um convite a contemplar esse Deus crucificado

e a deixar-se envolver numa resposta de amor.…

 

1ª Leitura introduz o tema com o episódio da SERPENTE DE BRONZElevantada por Moisés no deserto. (Nm 21,4b-9)

 

- O Povo, em marcha pelo deserto, cansado da longa marcha e

enfastiado com um alimento sempre igual (o maná),

expressa o seu desagrado contra Deus e contra Moisés.

- Deus castiga os revoltosos com serpentes venenosas.

- Arrependidos, os israelitas pedem perdão.  

- Deus manda Moisés construir uma serpente de bronze e colocá-la num poste.  

 Os que dirigiam o olhar para ela ficavam salvos.

 

*  Deus usa o mesmo instrumento que causa morte para salvar a vida do Povo.

   Essa serpente é figura dCRUZ,

   em que CRISTO foi levantado para dar vida a todos.

 

A 2ª leitura é um Hino cristológico, que narra a história de Jesus.

Jesus, Filho de Deus, despojou-se da grandeza divina e

assumiu a condição humana:

"Esvaziou-se, humilhou-se, se fez obediente até a morte de CRUZ.

Mas Deus o exaltou... tornando-o 'Senhor' do universo." (Fl 2,6-11)

 

* Exaltado na Cruz, Jesus é proclamado como o Senhor glorioso.

 

No EvangelhoJoão apresenta o mistério da Cruz, como exaltação,

como fonte de vida e salvação para a humanidade. (Jo 3,13-17)

 

Cristo interpreta o episódio da serpente de bronze.

Como a serpente erguida por Moisés no deserto, foi sinal de salvação,

assim Cristo levantado na cruz será Sinal de salvação

a todos os que nele crerem.

 

A Cruz não é um amuleto que se carrega ao pescoço

para proteção nas doenças ou desventuras;

não é um símbolo colocado no cimo das montanhas

para mostrar a conquista do território,

ou nas casas para indicar a sacralidade do ambiente.

- É um Sinal: o ponto de referência dos que têm fé e

vêem nela a proposta de vida, feita por Cristo ressuscitado.

 

O olhar a Cristo crucificado nos revela o verdadeiro rosto de Deus

e nos convida a nos deixar envolver por seu amor.

Descobriremos que Deus não é forte e poderoso, mas frágil;

não é vencedor, mas derrotado; não é rico, mas despojado de tudo;

não é servido, mas servidor dos homens;

não faz o que quer, deixa que os homens façam dele o que querem.

É fraco, vencido, pobre, servo, humilhado... por amor...

 

E para nós, o que significa a Cruz ?

  - Um amuleto para dar sorte ou afastar desgraças?

  - Uma jóia que carregamos ao pescoço?

  - Um enfeite que penduramos na parede fria de nossas casas?

  - Um monumento em lugar turístico?

 

DUAS SUGESTÕES:

 

1) FIXAR OS OLHOS NO CRUCIFICADO e orientar as nossas escolhas:

   Nessa semana, encontre um momento e um local adequado

    para permanecer sozinho, olhando para o crucificado...

 

- Os Acontecimentos dramáticos da Paixão e morte de Jesus na cruz,

 procure reviver em silêncio e na contemplação:

 Desprezado pelo povo, odiado pelos sacerdotes, calúnias, mentiras, acusações.

 * Tenho coragem de recordar as ofensas, os rancores

    por uma falta de compreensão, por uma palavra inoportuna?

 

- As Palavras"Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem".

                       "Ainda hoje estarás comigo no paraíso..."

 * Se abrirmos o coração, do crucificado brotará um clima de paz e

     uma necessidade de compreensão, de amor e de perdão.

 

- Vendo esse Cristo de Braços Abertos, posso continuar de braços cruzados,

  me omitindo diante das necessidades dos irmãos?

 

2) O SINAL DA CRUZ, que talvez aprendemos ainda no colo de nossa mãe:

Um gesto simples, em que traçamos uma cruz sobre nós, invocamos

a Trindade e consagramos nossa mente, nosso coração e nossas ações...

 

* Que tal nessa semana, fazê-lo consciente, com mais fé e amor?

 

Cristo venceu pelo caminho da Cruz e é também o caminho de nossa vitória.

 

  Canto: Vitória, tu reinarás, ó Cruz tu nos salvarás...

 

                                      Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 14.09.2014

sábado, 13 de setembro de 2014

Uma vida inteira não dá para agradecer tamanho amor

  

"Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, para que sejais livres de repreensão e ambiguidade, filhos de Deus sem defeito, no meio desta geração depravada e pervertida, na qual brilhais como os astros no universo" (Fl 2,14-15).

Ao ler estes versículos, fi-lo como se fosse a primeira vez, por se adaptaram integralmente à situação por que estou a passar. A Palavra de Deus, para além de ser eficaz é nova todos os dias e naquele momento que a lês, é mesmo para ti. Fantástico.

Sempre contestei, reclamei, também por dever de profissão, na defesa dos direitos dos mais desfavorecidos. Mas nao é disso que me diz o Senhor agora. "Reclamar, murmurar" quando o faço por fazer, para satisfação pessoal, por orgulho ou inveja, não é próprio de um cristão, pois devo saber calar e aceitar para dar testemunho d, Aquele que maltratado e injuriado, não abriu a boca. 

O Senhor sabe que estou no meio de leões ferozes e que sou uma mulher fraca e sem fé , por isso me dá as armas para me defender, uma delas é a Sua Palavra. Foi o que aconteceu hoje e agora. Uma vida inteira não dá para agradecer tamanho amor!


PASSA UM BOM DIA

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Los mártires de Irak serán estimados como los primeros cristianos




"Se hablará de los cristianos iraquíes como en las actas de los mártires de los primeros años del cristianismo"

La fe de los cristianos iraquíes es conmovedora y se hablará de sus mártires como se hace de los primeros cristianos, afirmó el P. Luis Montes, sacerdote que atiende a la comunidad católica en Bagdad (Irak) y que desde el sitio web Amigos de Irak denuncia las persecuciones que sufre esta minoría a manos del Estado Islámico (ISIS).

“La frase que siempre digo es: ‘yo no soy digno de servir a este pueblo’. Este pueblo está dando mártires. Casi todas las personas que conozco en Irak y en otros países de Oriente Medio tienen algún asesinado en su familia por odio a la fe. Otros han sufrido persecución o discriminación directa. Para nosotros es un honor poder servir a este pueblo”, señaló el sacerdote argentino del Instituto del Verbo Encarnado (IVE) y que conoce la realidad de Oriente Medio desde hace 20 años.

En declaraciones a Ayuda a la Iglesia Necesitada (AIN), el P. Montes dijo que “la cantidad de mártires que está dando Medio Oriente al mundo es impresionante. Se conoce muy poco, se conocerán dentro de muchos años y se hablará de ellos como en las actas de los mártires de los primeros años del cristianismo”.

En ese sentido, destacó “la devoción tan grande que tienen a la Virgen. La fe que tienen a pesar de la persecución es conmovedora, así como la sensibilidad que tienen hacia el prójimo. Dios sabe qué querrá de nosotros en el futuro pero a mí me gustaría servir en esta zona toda mi vida”.

El sacerdote puso como ejemplo el caso de una familia cristiana que no pudo huir de Qaraqosh y que es hostigada por los yihadistas. “Los terroristas los presionan todos los días para que se conviertan al islam. Los propios vecinos los insultan y los tratan con desprecio y ni siquiera pueden salir de su casa para comprar comida, que ya se les está acabando. No pueden salir porque no los dejan o porque tienen miedo de que maten a la madre”.

“Un día, algunos terroristas entraron a la casa de la familia y directamente le dijeron que se iban a llevar a su esposa para entregarla como esclava a algún soldado. Son realidades espantosas y terribles que estas personas viven y que a pesar de eso se mantienen firmes en su fe”, señaló.

Por ello, afirmó que para los fieles es de gran valor que el Papa Francisco enviara al Cardenal Fernando Filoni a expresarles su cercanía. “Esto para los cristianos de Irak es muy importante (…). Muestra la cercanía del Santo Padre con este pueblo y para nosotros es un gran consuelo. Rezamos por él”.

El sacerdote reiteró que la solución a esta crisis pasa por el “envío de ayuda humanitaria de gran escala”, pues la que llega no es suficiente; así como la intervención de la comunidad internacional –enviada desde el seno de la ONU-, para que detenga a los yihadistas y corte sus fuentes de financiamiento. “Si esto no se hace urgentemente, la crueldad, los asesinatos y las muertes se van a extender durante mucho tiempo”, advirtió.

 (ACI/EWTN Noticias) 

Tempo para Deus



Quando pensas que Deus "tira" algo do teu alcance Ele não te está punindo, mas apenas
abrindo tuas mãos para receberes algo melhor.

Concentra-te nesta frase... "A vontade de Deus nunca irá levar-te aonde a
Graça de Deus não chegar." 
Alguma coisa boa vai acontecer contigo hoje, algo que tens esperado ouvir.

Reza assim: Deus, meu Pai, CAMINHA pela minha casa e leva embora
todas as minhas preocupações e doenças, e, vigia e cura a minha
família em nome de Jesus. AMEM. 

 
(enviado por e-mail)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Es muy desagradable ver salir de la boca de un cristiano un insulto o una agresión."


Francisco explicó por qué es importante corregir a los demás cuando hacen algo mal. Para el Papa, corregir es un acto de servicio y también la mejor forma de no insultar.
Papa Francisco
(In: facebook)

A Obediência




Uma das coisas que eu aprendi com a palavra " deserto " que tem sido tema de várias celebrações, foi <ser obediente>. Não é fácil, eu que o diga, mas então para quê estar nesta via de salvação? Pedir insistentemente o dom da obediência, para fazer a vontade de Deus, é o que vindo a fazer. A obediência também se cultiva, se trabalha, se morre para a obter. Obedecer implica confiar. Obedecer a Deus é obedecer ao chefe, ao pastor, ao catequista... Interessante, que em casa e no trabalho sempre fui rebelde, mas na Comunidade sou obediente e nunca discuto um aconselhamento ou admoestação do Catequista. 
Custa-me assistir a atitudes arbitrárias, quando se acha que há poder para decidir por si próprios e... porque sim! Uns concordam, outros não e está lançada a discórdia! está lançado o joio.
O povo esteve 40 anos no deserto a aprender a confiar e a obedecer. Nós também temos pela frente muito caminho para andar. 
O Espírito Santo é que nos conduz pela boca dos nossos profetas de hoje. Por isso temos de obedecer-lhes, não aos falsos profetas.
Sabemos que uma Comunidade é "coisa" de Deus, onde se vive em unidade e em amor na dimensão da Cruz.
Vamos olhar para o alto e pedir ajuda, com o coração simples e humilde.

TEM UM BOM DIA.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Aprender a ser fiel




Há ciclos da minha vida, que se estão fechando!
Os meus pais que me geraram, educaram, protegeram e cuidaram de mim, já foram para o céu.
A carreira profissional conquistada com luta, trabalho e muito empenhamento, teve o seu terminus há alguns anos.
O meu casamento, o filho: a família que criamos juntos, as alegrias e tristezas, a saúde e a doença vividas em comunhão, também passou.
A minha doença degenerativa está progredindo “naturalmente” ...

Por outro lado, estão a abrir-se outros ciclos, bem diferentes: os espirituais. Deus impeliu-me para o Caminho Neocatecumenal como preparação para esta nova fase; está a ensinar-me a confiar e a ser obediente Àquele que criou os meus pais, o meu marido e filho, que me deu inteligência e um coração.

Pertencer à “terra”, é mais fácil porque eu sou deus de mim própria e faço o que quero e gosto, independentemente se é bom ou mau. Só no outono da minha vida, noto que tudo se resume a pó. Mas aprendi que Deus, do pó faz renascer Vida e é esta Vida que eu quero, porque o Senhor tem intervindo na minha existência como uma “brisa suave” e tem-me seduzido e falado de Amor.

TEM UM DIA ALEGRE


domingo, 7 de setembro de 2014

HOJE É O DIA DO SENHOR



XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

(Ermida de Nossa Senhora das Mercês - Manhenha)


"Sentinelas de Deus"


Estamos no mês de Setembro, dedicado à BÍBLIA.
A melhor homenagem que podemos fazer à Palavra de Deus
é acolhê-la e procurar vivê-la na vida de cada dia.
Nela sempre temos uma resposta, uma luz
para todas as situações da vida.

Uma situação concreta, que muitas vezes nos aflige:
Diante de uma pessoa amiga que está no erro,
que atitude devemos tomar: Falar ou calar?

As leituras bíblicas de hoje nos dão uma resposta...

Na 1a Leitura, o profeta Ezequiel aparece como uma "SENTINELA",
que Deus colocou a vigiar a "Casa de Israel". (Ez 33,7-9)

- SENTINELA é o guarda atento, que perscruta o horizonte
para prevenir o Povo de possíveis perigos.
Quando percebe um perigo, deve tocar o berrante.
Assim a comunidade poderá preparar-se para enfrentar o inimigo.
Se não o fizer, será RESPONSÁVEL pela catástrofe.

- PROFETA é a Sentinela do Senhor no meio do Povo
para perscrutar atentamente a realidade e alertar os perigos que a ameaçam.
Como profundo conhecedor de Deus e das realidades dos homens,
o profeta não pode ficar indiferente diante de uma pessoa má e corrupta.

Ezequiel é conhecido como o "Profeta da Esperança".
Aos exilados, que estão em terra estrangeira,
privados do Templo, do sacerdócio e do culto,
e duvidam da bondade e do amor de Deus,
alimenta a esperança de que Deus não os abandonou nem esqueceu.
Deus continua a amar o seu Povo e a enviar seus profetas.

* Na Igreja, todos somos profetas ("sentinelas"),
   portanto RESPONSÁVEIS também pelo destino dos nossos irmãos.

Na 2a leitura, Paulo ensina que o AMOR é a plenitude da Lei
e o caminho para corrigir o irmão que erra. (Rm 13,8-10)

* Deus é Caridade e quer que sejamos caridade em palavras e ações.
Caridade perfeita é a plenitude de todos os preceitos.
A verdadeira fraternidade consiste em ajudar o irmão a ser melhor.
A correção fraterna é um sinal importante na vida da Igreja.
Ela é fácil quando animada pela caridade e muito difícil
quando a comunhão fraterna não existe.

O Evangelho sugere como proceder com o irmão que errou. (Mt 18,15-20)

Iniciamos o "Discurso Eclesial" (o quarto), em que Jesus apresenta
uma catequese sobre CORREÇÃO FRATERNA na Comunidade:
Como corrigir o irmão que errou e provocou conflitos na Comunidade?
O Evangelho propõe um caminho em VÁRIAS ETAPAS:

- 1o Passo: Um encontro pessoal a sós com esse irmão...

* Muitas vezes costumamos espalhar o erro aos quatro ventos... 
   O AMOR é mais importante do que a VERDADE...
   A verdade nua e crua, muitas vezes destrói a convivência entre as pessoas, 
   pode destruir uma pessoa... arruinar uma família e destruir um casamento...

* Convém dizer sempre toda a verdade?
  A verdade que não produz amor, mas provoca perturbações,
  gera discórdias, ódios e rancor, não deve ser dita.
  (Mãe que esconde atitude dos filhos ao esposo, para evitar conflitos...
   Esposo convertido deve contar o passado infiel?)
   è Falando, "Vai ajudar?" (Calando, quantos dissabores evitaríamos!)
        Saber quando devemos calar... quando devemos falar... e como falar...

- 2o Passo: Se ele não ouvir, pedir a ajuda de OUTRAS PESSOAS,
                  que tenham sensibilidade e sabedoria...

- 3o Passo: Se essa tentativa também falhar, levar o assunto à COMUNIDADE,
                  para recordar ao infrator as exigências do caminho cristão.                  
                  Mas a intervenção deve ser guiada pelo amor.
                  * Como vemos, recomenda-se que fique tudo em casa...
           ( - Falar mal da própria Comunidade: é negativo...
- Falar mal da família: Pode aumentar os ressentimentos...                                                    - Você ouviu um "crente" falar mal da sua igreja ou do seu pastor?
                 Você já ouviu um católico falar mal da sua paróquia ou do seu padre?
                  De que Igreja então ele é?

- Finalmente: Se persistir no erro, será considerado um gentio, um pagão.
     Não é a Igreja que exclui o infrator, é ele que recusa a proposta do Reino
     e se coloca à margem da Comunidade.

+ E o Evangelho acrescenta uma Exortação à ORAÇÃO em comum:
"Se dois estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhe será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois, onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles".

Isso quer nos lembrar que, quando a correção não for possível por outros meios,
ainda poderá ser possível pela oração, feita em comum, em nome de Jesus.

* Deus pode contar com você como uma "SENTINELA" fiel?
   Diante das diferenças, dos erros e das falhas dos irmãos,
   - Você é "tolerante", tenta ajudá-los... com misericórdia... e com caridade?
   - Você aceita com humildade as correções justas que os outros lhe fazem?
      ou acha que isso é uma intromissão?


    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 07.09.2014