quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 31.01.2024

ALMAS DEL PURGATORIO Miércoles 31 de Enero de 2024

British Heart Foundation release

AUDIÊNCIA GERAL: A ira (Texto)

 


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 31 de janeiro de 2024




O texto a seguir inclui também as partes não lidas que são igualmente consideradas como pronunciadas:
 

Catequeses. Os vícios e as virtudes. 6. A ira

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Nestas semanas abordamos o tema dos vícios e das virtudes, e hoje refletimos sobre o vício da ira. Trata-se de um vício particularmente tenebroso, e talvez seja o mais simples de identificar do ponto de vista físico. A pessoa dominada pela ira tem dificuldade de esconder este ímpeto: reconhecemo-lo pelos movimentos do seu corpo, pela agressividade, pela respiração ofegante, pelo olhar sombrio e carrancudo.

Na sua manifestação mais penetrante, a ira é um vício que não dá tréguas. Se nasce de uma injustiça sofrida (ou assim considerada), muitas vezes não se desencadeia contra o culpado, mas contra o primeiro desventurado. Há homens que reprimem a ira no lugar de trabalho, demonstrando-se calmos e tranquilos, mas, quando chegam a casa, tornam-se insuportáveis para a esposa e os filhos. A ira é um vício alastrante: é capaz de tirar o sono e de nos levar a tramar em continuação na mente, sem conseguir encontrar uma barreira aos raciocínios e aos pensamentos.

A ira é um vício destrutivo das relações humanas. Exprime a incapacidade de aceitar a diversidade do outro, especialmente quando as suas escolhas de vida divergem das nossas. Não se limita aos comportamentos errados de uma pessoa, mas lança tudo no caldeirão: é o outro, o outro tal como ele é, o outro enquanto tal que provoca a raiva e o ressentimento. Começa-se a detestar o tom da sua voz, os gestos banais do dia a dia, os seus modos de raciocinar e de sentir.

Quando a relação chega a este nível de degeneração, já se perdeu a lucidez. A ira faz perder a lucidez. Pois às vezes uma das caraterísticas da ira é a de não conseguir atenuar-se com o tempo. Nestes casos, até a distância e o silêncio, em vez de acalmar o peso dos desentendimentos, aumentam-no. É por este motivo que o apóstolo Paulo – como ouvimos – recomenda aos seus cristãos que enfrentem imediatamente o problema e busquem a reconciliação: «Que o sol não se ponha sobre a vossa ira» (Ef 4, 26). É importante que tudo se dissolva imediatamente, antes que o sol se ponha. Se durante o dia pode surgir algum desentendimento, e duas pessoas já não conseguirem compreender-se, sentindo-se repentinamente distantes, a noite não deve ser confiada ao diabo. O vício manter-nos-ia acordados na escuridão, a remoer as nossas razões e os erros indescritíveis, que nunca são nossos, sempre do outro. É assim: quando uma pessoa é dominada pela ira, diz sempre que o problema é do outro; nunca é capaz de reconhecer os próprios defeitos, as próprias falhas.

No “Pai-Nosso”, Jesus faz-nos rezar pelas nossas relações humanas, que são um terreno minado: um plano que nunca está em perfeito equilíbrio. Na vida lidamos com devedores que estão em falta para connosco; assim como nós certamente nem sempre amamos todos na medida certa. A alguém não restituímos o amor que lhe era devido. Somos todos pecadores, todos, e todos temos a conta no vermelho: não o esqueçamos! Por isso, todos devemos aprender a perdoar para ser perdoados. Os homens não permanecem juntos, se não se exercitarem também na arte do perdão, na medida do que for humanamente possível. O que impede a ira é a benevolência, a abertura de coração, a mansidão, a paciência.

Mas, a propósito da ira, há uma última coisa a dizer. É um vício terrível, dizia-se, está na origem de guerras e violências. O prefácio da Ilíada descreve “a ira de Aquiles”, que será causa de “lutos infinitos”. Porém, nem tudo o que nasce da ira está errado. Os antigos estavam bem conscientes de que em nós subsiste uma parte irascível, que não pode nem deve ser negada. As paixões são, em certa medida, inconscientes: acontecem, são experiências da vida. Não somos responsáveis pelo nascimento da ira, mas sempre pelo seu desenvolvimento. E às vezes é bom que a ira seja desabafada de maneira correta. Se uma pessoa nunca se irasse, se não se indignasse diante de uma injustiça, se perante a opressão de uma pessoa frágil não sentisse tremer algo nas suas entranhas, então isto significaria que aquela pessoa não é humana, e muito menos cristã.

Existe a santa indignação, que não é a ira, mas sim um movimento interior, a santa indignação. Jesus conheceu-a várias vezes na sua vida (cf. Mc 3, 5): nunca respondeu ao mal com o mal, mas na sua alma teve este sentimento e, no caso dos mercadores do Templo, realizou uma ação forte e profética, ditada não pela ira, mas pelo zelo pela casa do Senhor (cf. Mt21, 12-13). Devemos distinguir bem: uma coisa é o zelo, a santa indignação; outra é a ira, que é má.

Compete a nós, com a ajuda do Espírito Santo, encontrar a medida certa das paixões, educá-las adequadamente, a fim de que se voltem para o bem, não para o mal. Obrigado!

____________________________

Saudações:

Queridos peregrinos de língua portuguesa, a todos vos saúdo, convidando-vos a pedir ao Senhor uma fé grande para verdes a realidade com os olhos de Deus, e uma grande caridade para vos aproximardes das pessoas com o seu coração misericordioso. Sobre vós e vossas famílias, desça a bênção do Senhor.

____________________________

Resumo da catequese do Santo Padre:

A ira mostra a incapacidade de aceitar a diversidade do outro, especialmente quando as suas opções são diferentes das nossas. Basta o outro, assim como é, para provocar a ira e o ressentimento, fazendo-nos detestar até o tom da sua voz, os gestos mais simples e banais de cada dia, a sua maneira de pensar e sentir. Quando a relação chega a este nível de repugnância, perde-se a lucidez. Daí que São Paulo nos aconselhe a resolver tudo logo que possível, mas antes do pôr-do-sol. Cabe a nós, com a ajuda do Espírito Santo, educar a paixão da ira com a benevolência, a magnanimidade de coração, a mansidão, a paciência.

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Audiência Geral 31 de janeiro de 2024 Papa Francisco

Papa Francisco cria diocese na China

 

 Papa Francisco cumprimenta um grupo de fiéis da China na Mongólia |

Vatican News



Por Walter Sánchez Silva


O papa Francisco decidiu suprimir uma prelazia apostólica na China e erigiu uma nova diocese cujo bispo foi consagrado ontem.

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé de ontem (29), as decisões do papa foram tomadas no marco do acordo provisório de conteúdo secreto entre a Santa Sé e a China para a nomeação de bispos, assinado em 2018, e renovado em 2020 e 2022.

"Com o desejo de promover a atenção pastoral do rebanho do Senhor e atender mais eficazmente ao seu bem espiritual, em 20 de abril de 2023 o Sumo Pontífice Francisco decidiu suprimir a prefeitura apostólica de Yiduxian, na China continental, erigida em 16 de junho de 1931 pelo papa Pio XI, criando o território do vicariato apostólico de Zhifu (agora diocese de Yantai) e, ao mesmo tempo, erigindo a nova diocese de Weifang, sufragânea de Jinan, na província de Shandong, com sua sede episcopal na igreja catedral de Cristo Rei, localizada em Quingzhou, na cidade de Weifang", diz o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

A nova diocese de Weifan tem uma área de 16,7 mil km2 e uma população de 9,4 milhões de habitantes, dos quais 6 mil são católicos. Dom Anthony Sun Wenjun, é o bispo de Weifan. Nascido em novembro de 1970, ele estudou no seminário Sheshan, em Xangai, de 1989 a 1994. Foi ordenado padre em 1995 na paróquia de Xishiku, em Pequim.

Depois, serviu pastoralmente em Shandong entre 2005 e 2007. De 2007 a 2008, esteve na Irlanda, onde continuou sua formação.

(acidigital)

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ANGELUS (Texto)

 

PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça São Pedro
Domingo, 28 de janeiro de 2024

 

Amados irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje apresenta-nos Jesus que liberta uma pessoa possuída por um “espírito maligno” (cf. Mc 1, 21-28), que a atormentava e continuava a fazê-la gritar (cf. vv. 23.26). É isto que o demónio faz: quer possuir para “nos acorrentar a alma”. Acorrentar-nos a alma: é o que o demónio quer. E nós devemos estar atentos às “correntes” que sufocam a nossa liberdade. Pois o demónio tira-nos a liberdade, sempre. Procuremos, então, dar nomes a algumas dessas correntes que podem agrilhoar o nosso coração.

Penso nos vícios, que nos tornam escravos, sempre insatisfeitos, e devoram energias, bens e afetos; penso nas modas dominantes, que nos empurram para um perfeccionismo impossível, no consumismo e no hedonismo, que mercantilizam as pessoas e estragam as relações. E outras correntes: há as tentações e os condicionamentos que minam a autoestima, a serenidade, a capacidade de escolher e amar a vida; outra corrente: o medo, que faz olhar para o futuro com pessimismo, e a impaciência, que atribui sempre a culpa aos outros; e há ainda a corrente muito má: a idolatria do poder, que gera conflitos e recorre a armas que matam ou faz uso da injustiça económica e da manipulação do pensamento. Quantas correntes há na nossa vida!

E Jesus veio para nos libertar de todas essas correntes. E hoje, perante o desafio do demónio que lhe grita: «Que queres [...]? Vieste para nos arruinar?» (v. 24), ele responde: «Cala-te! Sai dele!» (v. 25). Jesus tem o poder de expulsar o demónio. Jesus liberta do poder do mal. Mas atenção: ele expulsa o demónio, mas não conversa com ele! Jesus nunca conversou com o demónio; e quando foi tentado no deserto, as suas respostas foram palavras da Bíblia, nunca um diálogo. Irmãos e irmãs, com o demónio não há diálogo! Cuidado: com o demónio não há diálogo, porque se dialogarmos com ele, ele ganha, sempre. Cuidado!

O que fazer então quando nos sentimos tentados e oprimidos? Negociar com o demónio? Não, não se negoceia com ele. É preciso invocar Jesus: invocá-lo ali, onde sentimos as correntes do mal e do medo apertarem com mais força. O Senhor, com a força do seu Espírito, quer repetir também hoje ao maligno: “Afasta-te, deixa esse coração em paz, não dividas o mundo, as famílias, as comunidades; deixa-as viver em paz, para que nelas floresçam os frutos do meu Espírito, não os teus - diz Jesus - para que entre elas reine o amor, a alegria, a mansidão, e em vez de violência e gritos de ódio haja liberdade e paz”.

Perguntemo-nos então: quero realmente libertar-me dessas correntes que prendem o meu coração? E depois, será que sei dizer “não” às tentações do mal, antes que elas se insinuem na minha alma? Por fim, invoco Jesus, deixo-o agir em mim, curar-me interiormente?

Que a Virgem Santíssima nos proteja do mal.

____________________________

Depois do Angelus

Amados irmãos e irmãs!

Desde há três anos, o choro da dor e o estrondo das armas substituíram o sorriso que caracteriza a população de Myanmar. Por isso, associo-me à voz de alguns Bispos birmaneses, «para que as armas de destruição se transformem em instrumentos para crescer em humanidade e justiça». A paz é um caminho e convido todas as partes envolvidas a darem passos de diálogo e a revestirem-se de compreensão, para que a terra de Myanmar possa alcançar o objetivo da reconciliação fraterna. Seja consentida a passagem das ajudas humanitárias para garantir o necessário a cada pessoa.

E que o mesmo aconteça no Médio Oriente, na Palestina e em Israel, e onde quer que haja combates: que as pessoas sejam respeitadas! Penso sempre, de forma muito sentida, em todas as vítimas, sobretudo civis, causadas pela guerra na Ucrânia. Por favor, que o seu grito de paz seja ouvido: o grito do povo, que está cansado da violência e quer que a guerra, que é um desastre para os povos e uma derrota para a humanidade, acabe!

Foi com alívio que tomei conhecimento da libertação das religiosas e de outras pessoas raptadas no Haiti, na semana passada. Peço que sejam libertados todos os que continuam sequestrados e que terminem todas as formas de violência; todos ofereçam o seu contributo para o desenvolvimento pacífico do país, para o qual é necessário um apoio renovado da comunidade internacional.

Expresso a minha proximidade à comunidade da Igreja de Santa Maria Draperis, em Istambul, que durante a missa foi vítima de um ataque armado que causou a morte de uma pessoa e vários feridos.

Hoje é o Dia mundial da lepra. Encorajo todos aqueles que estão empenhados na assistência e na reintegração social das pessoas afetadas por esta doença que, embora em declínio, continua a ser uma das mais temidas e afeta os mais pobres e marginalizados.

Saúdo todos vós que viestes de Roma, de Itália e de muitas partes do mundo. Em particular os alunos do Instituto “Puente Ajuda”, de Olivença (Espanha), e os do Instituto “Sir Michelangelo Refalo” de Gozo.

Dirijo-me agora a vós, meninos e meninas da Ação Católica, das paróquias e das escolas católicas de Roma. Chegastes no final da “Caravana da Paz”, durante a qual refletistes sobre o chamamento a ser guardiães da criação, dom de Deus. Obrigado pela vossa presença! E obrigado pelo vosso empenho na construção de uma sociedade melhor.  Escutemos agora a mensagem que estes vossos amigos, aqui ao meu lado, nos vão ler.

[leitura da mensagem]

Desejo a todos bom domingo. Por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Vistes que os jovens, os meninos da Ação Católica são bons! Coragem! Bom almoço e até à próxima!

 

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Hoje é celebrado beato Bronislaw Markiewicz, promotor da devoção a são Miguel Arcanjo

 


Por Redação central


A cada 29 de janeiro, recorda-se o beato Bronislau (Bronislaw) Markiewicz, sacerdote polonês, fundador da Congregação de São Miguel Arcanjo (Congregatio Sancti Michaëlis Archangeli), ligada à família salesiana, a Pia Sociedade de São Francisco de Sales.

A espiritualidade da Congregação se resume em dois lemas: "Quem como Deus! – significado do nome de são Miguel - e "Temperança e trabalho!". Seus membros, inspirados no testemunho e nos ensinamentos de são João Bosco, dedicam-se de modo especial à recuperação e a formação de crianças e jovens abandonados.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate

Bronislao Markiewicz nasceu em 13 de julho de 1842 na Galícia, região do sul da Polônia. Ele foi o sexto de onze filhos, todos de uma família devota de classe média baixa.

Ingressou no seminário maior de Przemysl em 1863, onde foi ordenado padre quatro anos depois.

Markiewicz sempre foi considerado um homem fora do comum, muito dedicado ao serviço apostólico, humilde, um inveterado buscador dos conselhos daqueles que servem a Deus fielmente. Ele incentivou a devoção a Eucaristia e a piedade filial a Santíssima Virgem. Da mesma forma, incentivou a devoção a são Miguel Arcanjo, a quem escolheu como seu protetor na luta diária contra o mal. O padre Markiewicz consagrou sua sociedade ao Arcanjo Miguel e nomeou-o patrono de seus filhos espirituais.

Seguindo os passos de são João Bosco

Depois de alguns anos como vigário e pároco, o padre Markiewicz descobriu um chamado particular à vida religiosa. Em novembro de 1885, ele partiu para a Itália para se formar com os salesianos. Ali teve a oportunidade de conhecer dom Bosco, quem fez seus votos religiosos em 25 de março de 1887.

Em 1892, retornou a Polônia como salesiano e foi nomeado pároco de Miejsce, na Galícia, onde se dedicou inteiramente ao serviço dos jovens poloneses pobres e abandonados. Algumas das necessidades que mais preocupavam o beato Markiewicz foram a proteção e a defesa da fé e da moral cristã, constantemente atacadas pela cultura secular.

O pároco havia percebido claramente a falta de formação entre os católicos e os numerosos perigos que a fé enfrentava nos tempos modernos. Para responder efetivamente a esses desafios, promoveu a vivência radical da espiritualidade de dom Bosco. A fundação da sociedade chamada "Temperança e Trabalho" foi o fruto mais óbvio desse objetivo.

Legado

Bronislao Markiewicz morreu em 29 de janeiro de 1912, aos 69 anos, em Miejsce Piastowe, Império Austro-Húngaro (estado que durou de 1867 a 1918).

Nove anos depois de sua morte, em 29 de janeiro de 1912, os ramos masculino e feminino da Sociedade foram oficialmente reconhecidos pela igreja, dando origem as duas congregações que conhecemos hoje, consagradas sob a proteção de Miguel, Chefe dos Exércitos Celestiais. Seus membros são conhecidos como "miguelinos".

O papa Bento XVI proclamou o padre Markiewicz bem-aventurado em 19 de junho de 2005.

(acidigital)

Laudes de Terça-feira da 4ª Semana do Tempo Comum

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Jerusalema Dance Challenge - SOLI Style

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 29.01.2024

Covid inquire no go zone

COMO ESTÁ JERUSALEM DURANTE A GUERRA? Israel com Aline

Homilia Diária | A liberdade dos servos de Deus (Segunda-feira da 4.ª Se...

SANTO DO DIA: São Constâncio, bispo de Perúgia

 


Origens

 
São Constâncio é o primeiro bispo de Perúgia. Era um jovem cristão, notável pelo espírito de mortificação e generosidade que tinha para com os pobres e necessitados. Aos 30 anos, foi chamado a governar a Igreja de Perúgia, Itália, e cumpriu todas as suas obrigações episcopais como um pastor zeloso para seu povo.

Perseguição de Marco Aurélio

 
Enfrentou, por muito tempo, a perseguição de Marco Aurélio, imperador romano. Durante as perseguições, foi preso algumas vezes. Foi preso, pela primeira vez, após ter se recusado a adorar os ídolos. Preso em termas aquecidas a temperaturas altíssimas, Constâncio saiu ileso do martírio. Ao ser preso, acabou por converter os guardas, e foi liberto.
São Constâncio: condenado por Marco Aurélio

Páscoa

 
Sob uma nova acusação, o imperador mandou chamá-lo novamente. Foi condenado a caminhar sobre o carvão em brasa, mas nenhum suplício foi capaz de fazê-lo renegar a sua fé. Miraculosamente, foi liberto, mas, quando preso pela terceira vez, no ano 178, acabou sendo decapitado. A primeira catedral da cidade de Perúgia foi construída no lugar de sua sepultura.

Minha oração

Por vezes, forçado ao martírio, mas milagrosamente foste sinal da força divina. Usado por Deus para promover a fé e testemunhar a ação do Senhor, que nós também possamos nos abrir aos dons de Deus. Amém.”


São Constâncio, rogai por nós!

(cançãonova)

Laudes de Segunda-feira da 4ª Semana do Tempo Comum

domingo, 28 de janeiro de 2024

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 28.01.2024

O Papa: abençoar as pessoas e não a união, a bênção não exige perfeição moral



Durante o encontro com os participantes da plenária do Dicastério para a Doutrina da Fé o Santo Padre, dentre outras questões, enfatizou dois pontos sobre a Declaração Fiducia supplicans: “mostrar concretamente a proximidade do Senhor e da Igreja” e que “não se abençoa a união, mas simplesmente as pessoas que juntas a solicitaram”.

Padre Pedro André, SDB – Vatican News


"A missão do Dicastério para a Doutrina da Fé é ajudar o Romano Pontífice e os Bispos no anúncio do Evangelho em todo o mundo, promovendo e tutelando a integridade da doutrina católica sobre a fé e a moral, como a recebe do depósito da fé e resulta de um entendimento cada vez mais profundo do mesmo face às novas questões” foi o que disse o Papa Francisco, citando a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, na manhã desta sexta-feira, 26 de janeiro, para os participantes da plenária do Dicastério para a Doutrina da Fé.

Para que o Dicastério pudesse cumprir com a sua missão o Santo Padre recordou as mudanças feitas com o motu próprio Fidem Servare de 2022, com o qual “foram criadas duas Seções distintas dentro do Dicastério: a Seção Doutrinal e a Seção Disciplinar”. O Papa enfatizou “a importância da presença de profissionais competentes na Seção Disciplinar, para garantir a atenção e o rigor na aplicação da legislação canônica vigente, particularmente no tratamento de casos de abuso de menores por parte de clérigos, e para promover iniciativas de formação canônica para Ordinários e profissionais do direito” e que também insistiu “na urgência de dar mais espaço e atenção ao âmbito próprio da Seção Doutrinal, onde não faltam teólogos formados e pessoal qualificado, também para o trabalho no Ofício Matrimonial e nos Arquivos.” Papa Francisco afirmou que o Dicastério “se vê comprometido com a compreensão da fé em face das mudanças que caracterizam nosso tempo.”
Sacramentos, dignidade e fé

O Papa compartilhou com algumas reflexões com os participantes da plenária em torno de três palavras: sacramentos dignidade e fé:

Sacramentos: “nestes dias, vocês refletiram sobre o tema da validade dos Sacramentos. A vida da Igreja é nutrida e cresce graças a eles. Por essa razão, é necessário um cuidado especial dos ministros ao administrá-los e ao revelar aos fiéis os tesouros de graça que eles comunicam. Por meio dos sacramentos, os fiéis se tornam capazes de profecia e testemunho. E o nosso tempo tem uma necessidade particularmente urgente de profetas de vida nova e de testemunhas da caridade: amemos e façamos amar, portanto, a beleza e o poder salvífico dos Sacramentos!”

Dignidade: “como cristãos, não devemos nos cansar de insistir no ‘primado da pessoa humana e a defesa da sua dignidade, independentemente das circunstâncias’. Sei que vocês estāo trabalhando em um documento sobre esse assunto. Espero que ele possa nos ajudar, como Igreja, a estar sempre próximos ‘de todos aqueles que, sem proclamações, na vida concreta de cada dia, lutam e pagam pessoalmente para defender os direitos daqueles que não contam’ e garantir que, ‘perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras’.”

Fé: “(...) não podemos esconder o fato de que, em vastas áreas do planeta, a fé - como disse Bento XVI - "não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negada." É hora, portanto, de refletir novamente e com maior paixão sobre alguns temas: a proclamação e a comunicação da fé no mundo de hoje, especialmente para as gerações mais jovens; a conversão missionária das estruturas eclesiais e dos agentes pastorais; as novas culturas urbanas, com sua carga de desafios, mas também de questões de significado sem precedentes; finalmente e acima de tudo, a centralidade do querigma na vida e na missão da Igreja.”
A fé em Cristo Jesus

Francisco disse que “o que para nós é essencial, mais belo, mais atraente e, ao mesmo tempo mais necessário, é a fé em Cristo Jesus. Todos juntos, se Deus quiser, nós a renovaremos solenemente durante o próximo Jubileu e cada um de nós é chamado a proclamá-la a todos os homens e mulheres da Terra. Essa é a tarefa fundamental da Igreja, à qual dei voz precisamente na Evangelii gaudium.”
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Uma ajuda no caminho de fé

Dando continuidade ao seu discurso o Papa fez uma menção a recente Declaração Fiducia supplicans: “a intenção das "bênçãos pastorais e espontâneas" é mostrar concretamente a proximidade do Senhor e da Igreja a todos aqueles que, encontrando-se em diferentes situações, pedem ajuda para continuar - às vezes para começar - um caminho de fé. Gostaria de enfatizar brevemente duas coisas: a primeira é que essas bênçãos, fora de qualquer contexto e forma litúrgica, não exigem perfeição moral para serem recebidas; a segunda é que, quando um casal se aproxima espontaneamente para pedi-la, não se abençoa a união, mas simplesmente as pessoas que juntas a solicitaram. Não a união, mas as pessoas, naturalmente levando em conta o contexto, as sensibilidades, dos lugares onde vocês vivem e as maneiras mais adequadas de fazê-lo.”

Ao concluir o discurso Francisco agradeceu a todos e os incentivou “a seguir em frente com a ajuda do Senhor.”

Francisco envia mensagem à idosa de 107 anos que encontrou na JMJ em Lisboa

 

 O Papa Francisco com a sra. Maria da Conceição, em Lisboa, Portugal

 
A mensagem de vídeo, para a sra. Maria da Conceição Brito Mendonça, nascida no dia das aparições de Fátima, em 13 de maio de 1917, foi gravada pelo cardeal português, dom Américo Manuel Alves Aguiar, bispo de Setúbal, durante a audiência com o Papa na manhã desta sexta-feira, 26 de janeiro.

Thulio Fonseca - Vatican News


Na manhã desta sexta-feira, 26 de janeiro, o Papa Francisco recebeu no Vaticano o cardeal português, dom Américo Manuel Alves Aguiar, bispo de Setúbal. Foi um encontro oportuno para relembrar a Jornada Mundial da Juventude que ocorreu no último ano.

Um dos momentos emocionantes que marcou a visita do Santo Padre à capital portuguesa foi um encontro em 4 de agosto de 2023, na Nunciatura Apostólica, onde o Papa recebeu Maria da Conceição Brito Mendonça, nascida no dia das aparições de Fátima, em 13 de maio de 1917.

Durante essa ocasião, Francisco recebeu da idosa um rosário. Hoje, durante o encontro com dom Américo, o Pontífice enviou uma mensagem em vídeo para a Sra. Maria da Conceição, mencionando o presente que recebeu:

"Senhora Maria da Conceição, eu ainda tenho o seu rosário. Aos 107 anos, você está forte e segue em frente, não desanime, continue fazendo os rosários, continue rezando o rosário, continue sustentando a Igreja com a sua oração e com a sua alegria. Que o Senhor a abençoe e que a Virgem Maria cuide de você. E reze por mim, não se esqueça."    

ANGELUS - Vatican Media Live - Português

Hoje é celebrado santo Tomás de Aquino, o "doutor angélico"

 



Por Redação central


A Igreja Católica recorda hoje (28) santo Tomás de Aquino, filósofo, teólogo e doutor da Igreja, dotado de grande humildade e autor da famosa “Suma Teológica”. É o santo padroeiro da educação, das universidades e escolas católicas.

Tomás nasceu em Roccasecca, perto de Aquino, em Nápoles, em meio a uma família aristocrática, entre 1225 e 1227. Morreu cedo, em 7 de março de 1274, na abadia cisterciense de Fossanova, onde foi descansar depois de se sentir mal durante viagem para participar do Concílio de Lyon, a convite do papa Gregório X.

Quando tinha cinco anos, recebeu seu primeiro treinamento com os monges beneditinos de Montecassino. Diz-se que, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, perguntou: “Quem é Deus?”. Ele era muito estudioso e tinha vontade de oração e meditação.

Em 1236, ingressou na Universidade de Nápoles. Captava os estudos com maior profundidade e lucidez que seus mestres.

Mais tarde, quando decidiu ingressar na Ordem de São Domingos, teve que enfrentar a resistência de sua família. Chegou a fugir para a Alemanha, mas foi pego no caminho por seus irmãos que o prenderam no castelo.

Entretanto, nem mesmo isso o dissuadiu de seu desejo de seguir a vida religiosa. Seguiu para Colônia, na Alemanha, onde foi instruído por santo Alberto Magno.

Seu jeito silencioso e aparência robusta lhe renderam o apelido de “boi mudo” pelos companheiros que zombavam dele.

Mas, Tomás se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X. Até mesmo o rei são Luís, da França o consultava sobre os assuntos importantes. Lecionou em grandes universidades, como de Paris, Roma, Bologna e Nápoles.

Embora santo Tomás tenha vivido menos de cinquenta anos, escreveu mais de sessenta obras, algumas curtas, outras muito longas. Isso não significa que toda a produção real foi escrita diretamente à mão; secretários o ajudaram, e seus biógrafos asseguram que ele poderia ditar a vários escribas ao mesmo tempo.

Sua obra “Suma Teológica” imortalizou o santo. Ele próprio a considerava simplesmente um manual de doutrina cristã para estudantes. Na verdade, é uma exposição completa, ordenada por critérios científicos da teologia e também um resumo da filosofia cristã.

Foi canonizado por João XXII, em 18 julho de 1323. No dia 28 de janeiro de 1567, foi declarado doutor da Igreja por são Pio V. Logo passou, então, a ser chamado “doutor angélico”.

Seus restos mortais estão em Toulouse, na França, mas a relíquia de seu braço direito, com o qual escrevia suas obras, se encontra em Roma.

Santo Tomás de Aquino é representado com o Espírito Santo, um livro, uma estrela ou raios de luz sobre seu peito e a Igreja.

(acidigital)

II Vésperas do 4º Domingo do Tempo Comum

sábado, 27 de janeiro de 2024

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 27...

No encontro com Kiko Argüello, o encorajamento do Papa à missão



Audiência no Palácio Apostólico com o iniciador do Caminho Neocatecumenal juntamente com o padre Mario Pezzi e Ascensión Romero que falaram ao Pontífice sobre a Convivência mundial recém concluída com mais de mil itinerantes de 136 nações e os reitores de 120 Seminários Redemptoris Mater. Uma memória da co-iniciadora Carmen Hernández

Vatican News


O encorajamento para continuar o trabalho de evangelização realizado há mais de cinquenta anos esteve no centro da audiência do Papa Francisco esta manhã, 27 de janeiro, à equipe internacional responsável pelo Caminho Neocatecumenal: o iniciador Kiko Argüello, o Padre Mario Pezzi e Ascensión Romero.

Durante o encontro, que teve lugar no Palácio Apostólico, a equipe – segundo uma nota – informou o Papa da Convivência mundial, recém concluída, com mais de mil itinerantes, responsável pelas 136 nações onde o Caminho Neocatecumenal está presente e os reitores dos 120 seminários diocesanos Redemptoris Mater.


A riqueza da evangelização
 

Os responsáveis ​​desta ampla realidade eclesial, nascida por volta da década de 1960 nos arredores de Madrid e difundida ao longo do tempo pelos cinco continentes, contaram ao Papa Francisco que durante a Convivência viveram “alguns dias de profunda comunhão no Senhor” e  “viram, por meio experiências dos itinerantes, o poder do Espírito Santo que age em muitos afastados da Igreja que se alegram por terem encontrado o amor de Deus em Jesus Cristo”.


Uma recordação de Carmem
 

Da parte do Papa não faltou a memória da co-iniciadora Carmen Hernández, Serva de Deus, falecida em 2016. O Papa Francisco, segundo o comunicado do Caminho, “agradeceu e encorajou a Equipe a continuar o trabalho de evangelização que levam adiante em todo o mundo e com os Seminários Redemptoris Mater".

(vaticannews)

Papa: que o exemplo de Carlo Acutis inspire os crismandos!

 



Aos mais de sete mil crismandos, Francisco propôs o exemplo de um jovem, Carlo Acutis, que usou a internet para evangelizar. E indicou três características do beato: oração, testemunho e caridade.

Vatican News


Grande festa na Sala Paulo VI para o encontro do Papa Francisco com os crismandos da arquidiocese de Bari-Bitonto, no sul da Itália.

Acolhido com cantos e muita animação, o Pontífice recordou que o Sacramento da Crisma também é chamado “Confirmação”, porque confirma o dom e o compromisso do Batismo. Francisco reforçou a importância de conhecer a data do batizado, não só as crianças, mas também pais e catequistas. E festejá-la como um segundo aniversário, com bolo e velas. “Um bolo a mais não é mal!”

Trata-se de uma “data importantíssima”, afirmou, porque nascemos para vida cristã, para a vida em Jesus, que dura para sempre, é eterna! Depois, se entra na grande família da Igreja e se recebe a maior herança que existe: o paraíso! Com a Crisma, tudo isto é confirmado, ou seja, se torna mais forte, graças ao Espírito Santo e à própria Igreja, que nos confia a tarefa de anunciar Jesus e o seu Evangelho. A quem recebe o sacramento, cabe a tarefa de vivê-lo como uma missão, como protagonistas e não expectadores.


Carlo Acutis, exemplo de oração, testemunho e caridade

Francisco propôs então o exemplo de um jovem como eles, Carlo Acutis, que usou a internet para evangelizar. E indicou três características do beato: oração, testemunho e caridade.

Carlo passava muito tempo com Jesus, especialmente na Missa, da qual participava diariamente. Rezava diante do Tabernáculo para depois anunciar a todos, com as palavras e os gestos de amor, que Deus nos ama e nos espera sempre.

    “Então, jovens, enquanto se aproxima o dia da Crisma, proponho que também vocês façam assim. Vão até Jesus, encontrem-No, para depois dizer a todos que é belo estar com Ele, porque nos ama e nos espera sempre! Ou melhor, vamos dizê-lo juntos agora: Jesus nos ama e nos espera sempre!”

O Papa os incentivou a gritar esta mensagem não só com as palavras, mas sobretudo com os gestos de amor, ajudando os outros, especialmente os mais necessitados.

(vaticannews)

Comentário à liturgia do 04º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Dizei aos de coração cansado - Isaias 35, 4ss

Homilia Diária | As crises da Igreja e a nossa confiança em Deus (Sábado...

Hoje é celebrada santa Ângela de Mérici, fundadora das ursulinas

 



Por Redação central

 “Se alguém, por seu estado de vida, não pode viver sem riquezas e posição, pelo menos, mantenha seu coração vazio do amor a estas”, costumava dizer santa Ângela de Mérici, fundadora da primeira ordem de mulheres dedicada ao ensino, chamada as ursulinas. Sua festa é celebrada hoje (27).

Santa Ângela nasceu em Desenzano, perto de Brescia, no norte da Itália, por volta de 1470 ou 1474. Aos 10 anos, ficou órfã, então, ela, sua irmã e irmão foram criados por um tio com muito dinheiro.

Sua irmã mais velha morreu de repente e a santa ficou muito preocupada porque ela tinha morrido sem os sacramentos. Foi assim que, certo dia, teve sua primeira experiência de êxtase na qual a Virgem Maria lhe apareceu.

Aos 13 anos, tornou-se terciária franciscana e viveu com muita austeridade, alimentando-se apenas de pão e vegetais em certas ocasiões. Não queria ter bens, nem uma cama, assim como Jesus, que não tinha onde recostar a cabeça.

Quando tinha 20 anos, seu tio morreu e santa Ângela voltou para sua terra natal, onde deu catecismo aos pobres. Sua baixa estatura não lhe impediu de servir a Deus com grande amor. Em uma ocasião, viajou para a Terra Santa e perdeu a visão em Creta, mas manteve sua devoção na viagem, e a recuperou no mesmo lugar em que a perdeu.

Em 1525, foi a Roma e se encontrou com o papa Clemente VII. O papa lhe pediu que se encarregasse de um grupo de enfermeiras em Roma, mas a santa lhe revelou que havia tido uma visão na qual donzelas subiam ao céu em uma escada de luz. Isto a inspirou a formar um noviciado informal.

Na visão, as santas virgens estavam acompanhadas por anjos que tocavam doces melodias com arpas douradas. Todas tinham coroas com pedras preciosas. Mas, de repente, a música parou e Jesus em pessoa a chamou por seu nome e lhe disse para criar uma sociedade de mulheres.

Dessa maneira, o papa lhe outorgou a permissão para formar a comunidade. Santa Úrsula lhe apareceu e santa Ângela a nomeou padroeira da comunidade.

Em 25 de novembro de 1535, na igreja de Santa Afra de Brescia, Ângela e 28 companheiras mais jovens se uniram diante de Deus para entregar suas vidas ao serviço da educação das meninas. Foi assim que surgiu a Companhia das Ursulinas.

As mulheres da ordem não usavam hábito, mas um simples vestido preto; não faziam votos, não tinham vida de clausura, nem vida comunitária. Dedicavam-se à educação religiosa de meninas, especialmente as pobres, e ao cuidado dos doentes. As ursulinas foram reconhecidas pelo papa Paulo III em 1544 e se organizaram como congregação em 1565.

Santa Ângela morreu em 1540, quatro anos depois da fundação e não pôde ver grande parte do crescimento da congregação, mas seu exemplo de paciência e amabilidade com os pobres, enfermos e as pessoas de pouca ou quase nenhuma instrução ficaria para sempre na história.

Ao morrer, suas últimas palavras foram o nome de “Jesus” e um raio de luz brilhou sobre a santa. Em 1568, são Carlos Borromeu chamou as ursulinas a Milão e as persuadiu a ingressar na vida de clausura.

São Borromeu, em um sínodo provincial, disse aos seus bispos vizinhos que não conhecia uma forma melhor de reformar uma diocese do que introduzir as ursulinas nas comunidades povoadas.

 

(acidigital)

Laudes de Sábado da 3ª Semana do Tempo Comum

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Mensagem Papa Francisco para Maria da Conceição Brito Mendonça (Portugal)

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 26.01.2024

PROFESSOR FELIPE AQUINO ENTREVISTA O PADRE GABRIEL

Jesus Percorria todas as cidades Caminho Neocatecumenal com Cifras

Palavra de Deus | São tão grandes as dificuldades (Lc 10,1-9) Ir. Ma Ra...

Igreja celebra hoje são Tito e são Timóteo, discípulos de são Paulo apóstolo


Por Redação central


São Tito e são Timóteo foram discípulos de são Paulo, presidiram as comunidades cristãs da ilha de Éfeso e de Creta, respectivamente. Do mesmo modo, a eles foram dirigidas três cartas atribuídas a são Paulo. A festa de ambos é celebrada hoje (26), dia seguinte à festa da conversão do apóstolo dos gentios.

São Tito aparece nas cartas de são Paulo, a quem acompanhou ao Concílio de Jerusalém. Depois de pregar em várias cidades, são Paulo o consagrou bispo da ilha de Creta.

“Certa é esta doutrina, e quero que a ensines com constância e firmeza, para que os que abraçaram a fé em Deus se esforcem por se aperfeiçoar na prática do bem. Isto é bom e útil aos homens”, recomendou são Paulo a Tito (Tt 3,8).

São Timóteo nasceu em Listra, filho de pai pagão e de mãe judia-cristã. No Novo Testamento, aparece como discípulos mais próximo a são Paulo, com quem realizou várias viagens.

O apóstolo o nomeou bispo de Éfeso e lhe escreveu duas cartas para orientá-lo na direção de suas comunidades: Primeira e Segunda Carta a Timóteo. Algumas de suas relíquias repousam na Itália desde 1239 na catedral de Termoli, procedentes de Constantinopla.

(acidigital)

Laudes da Memória de São Timóteo e São Tito, bispos

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Semana do Papa Francisco. 25 de janeiro de 2024

Ivermectin and vaccine injury

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 25.01.2024

Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2024

 



Por Papa Francisco


Hoje (24), é celebrada a festa de são Francisco de Sales, padroeiro da imprensa católica, dos jornalistas e dos escritores. Por esta ocasião, foi divulgada a mensagem do papa Francisco para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 12 de maio deste ano.

A seguir, a mensagem completa do papa, intitulada “Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”.

Queridos irmãos e irmãs!

A evolução dos sistemas da chamada «inteligência artificial», sobre a qual já me debrucei na recente Mensagem para o Dia Mundial da Paz, está a modificar de forma radical também a informação e a comunicação e, através delas, algumas bases da convivência civil. Trata-se duma mudança que afeta não só aos profissionais, mas a todos. A rápida difusão de maravilhosas invenções, cujo funcionamento e potencialidades são indecifráveis para a maior parte de nós, suscita um espanto que oscila entre entusiasmo e desorientação e põe-nos inevitavelmente diante de questões fundamentais: O que é então o homem, qual é a sua especificidade e qual será o futuro desta nossa espécie chamada homo sapiens na era das inteligências artificiais? Como podemos permanecer plenamente humanos e orientar para o bem a mudança cultural em curso?

A partir do coração

Antes de mais nada, convém limpar o terreno das leituras catastróficas e dos seus efeitos paralisadores. Já há um século Romano Guardini, refletindo sobre a técnica e o homem, convidava a não se inveterar contra o «novo» na tentativa de «conservar um mundo belo condenado a desaparecer». Ao mesmo tempo, porém, com veemência profética advertia: «O nosso posto é no devir. Devemos inserir-nos nele, cada um no seu lugar (...), aderindo honestamente, mas permanecendo sensíveis, com um coração incorruptível, a tudo o que nele houver de destrutivo e não-humano». E concluía: «Trata- se – é verdade – de problemas de natureza técnica, científica e política; mas só podem ser resolvidos passando pelo homem. Deve-se formar um novo tipo humano, dotado duma espiritualidade mais profunda, duma nova liberdade e duma nova interioridade».

Neste tempo que corre o risco de ser rico em técnica e pobre em humanidade, a nossa reflexão só pode partir do coração humano.  Somente dotando-nos dum olhar espiritual, apenas recuperando uma sabedoria do coração é que poderemos ler e interpretar a novidade do nosso tempo e descobrir o caminho para uma comunicação plenamente humana. O coração, entendido biblicamente como sede da liberdade e das decisões mais importantes da vida, é símbolo de integridade e de unidade, mas evoca também os afetos, os desejos, os sonhos, e sobretudo é o lugar interior do encontro com Deus. Por isso a sabedoria do coração é a virtude que nos permite combinar o todo com as partes, as decisões com as suas consequências, as grandezas com as fragilidades, o passado com o futuro, o eu com o nós.

Esta sabedoria do coração deixa-se encontrar por quem a busca e deixa-se ver a quem a ama; antecipa-se a quem a deseja e vai à procura de quem é digno dela (cf. Sab 6, 12-16). Está com quem aceita conselho (cf. Pr 13, 10), com quem tem um coração dócil, um coração que escuta (cf. 1 Re 3, 9). É um dom do Espírito Santo, que permite ver as coisas com os olhos de Deus, compreender as interligações, as situações, os acontecimentos e descobrir o seu sentido. Sem esta sabedoria, a existência torna-se insípida, pois é precisamente a sabedoria que dá gosto à vida: a sua raiz latina sapere associa-a ao sabor.

Oportunidade e perigo

Não podemos esperar esta sabedoria das máquinas. Embora o termo inteligência artificial já tenha suplantado o termo mais correto utilizado na literatura científica de machine learning (aprendizagem automática), o próprio uso da palavra «inteligência» é falacioso. É certo que as máquinas têm uma capacidade imensamente maior que os seres humanos de memorizar os dados e relacioná-los entre si, mas compete ao homem, e só a ele, descodificar o seu sentido. Não se trata, pois, de exigir das máquinas que pareçam humanas; mas de despertar o homem da hipnose em que cai devido ao seu delírio de omnipotência, crendo-se sujeito totalmente autónomo e autorreferencial, separado de toda a ligação social e esquecido da sua condição de criatura.

Realmente o homem sempre teve experiência de não se bastar a si mesmo, e procura superar a sua vulnerabilidade valendo-se de todos os meios. Partindo dos primeiros instrumentos pré-históricos, utilizados como prolongamento dos braços, passando pelos meios de comunicação como extensão da palavra, chegamos hoje às máquinas mais sofisticadas que funcionam como auxílio do pensamento. Entretanto cada uma destas realidades pode ser contaminada pela tentação primordial de se tornar como Deus sem Deus (cf. Gen 3), isto é, a tentação de querer conquistar com as próprias forças aquilo que deveria, pelo contrário, acolher como dom de Deus e viver na relação com os outros.

Cada coisa nas mãos do homem torna-se oportunidade ou perigo, segundo a orientação do coração. O próprio corpo, criado para ser lugar de comunicação e comunhão, pode tornar-se instrumento de agressão. Da mesma forma, cada prolongamento técnico do homem pode ser instrumento de amoroso serviço ou de domínio hostil. Os sistemas de inteligência artificial podem contribuir para o processo de libertação da ignorância e facilitar a troca de informações entre diferentes povos e gerações. Por exemplo, podem tornar acessível e compreensível um património enorme de conhecimentos, escrito em épocas passadas, ou permitir às pessoas comunicarem em línguas que lhes são desconhecidas. Mas simultaneamente podem ser instrumentos de «poluição cognitiva», alteração da realidade através de narrações parcial ou totalmente falsas, mas acreditadas – e partilhadas – como se fossem verdadeiras. Basta pensar no problema da desinformação que enfrentamos, há anos, no caso das fake news e que hoje se serve da deep fake, isto é, da criação e divulgação de imagens que parecem perfeitamente plausíveis mas são falsas (já me aconteceu a mim também ser objeto delas), ou mensagens-áudio que usam a voz duma pessoa, dizendo coisas que ela própria nunca disse. A simulação, que está na base destes programas, pode ser útil nalguns campos específicos, mas torna-se perversa quando distorce as relações com os outros e com a realidade.

Já desde a primeira vaga de inteligência artificial – a das redes sociais – compreendemos a sua ambivalência, constatando a par das oportunidades também os riscos e as patologias. O segundo nível de inteligências artificiais geradoras marca, indiscutivelmente, um salto qualitativo. Por conseguinte é importante ter a possibilidade de perceber, compreender e regulamentar instrumentos que, em mãos erradas, poderiam abrir cenários negativos. Os algoritmos, como tudo o mais que sai da mente e das mãos do homem, não são neutros. Por isso é necessário prevenir propondo modelos de regulamentação ética para contornar os efeitos danosos, discriminadores e socialmente injustos dos sistemas de inteligência artificial e contrastar a sua utilização para a redução do pluralismo, a polarização da opinião pública ou a construção do pensamento único. Assim reitero aqui a minha exortação à «Comunidade das Nações a trabalhar unida para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas». Entretanto, como em todo o âmbito humano, não é suficiente a regulamentação.

Crescer em humanidade

Somos chamados a crescer juntos, em humanidade e como humanidade. O desafio que temos diante de nós é realizar um salto de qualidade para estarmos à altura duma sociedade complexa, multiétnica, pluralista, multirreligiosa e multicultural. Cabe a nós questionar-nos sobre o progresso teórico e a utilização prática destes novos instrumentos de comunicação e conhecimento. As suas grandes possibilidades de bem são acompanhadas pelo risco de que tudo se transforme num cálculo abstrato que reduz as pessoas a dados, o pensamento a um esquema, a experiência a um caso, o bem ao lucro, com o risco sobretudo de que se acabe por negar a singularidade de cada pessoa e da sua história, dissolvendo a realidade concreta numa série de dados estatísticos.

A revolução digital pode tornar-nos mais livres, mas certamente não conseguirá fazê-lo se nos prender nos modelos designados hoje como echo chamber (câmara de eco). Nestes casos, em vez de aumentar o pluralismo da informação, corre-se o risco de se perder num pântano anónimo, favorecendo os interesses do mercado ou do poder. Não é aceitável que a utilização da inteligência artificial conduza a um pensamento anónimo, a uma montagem de dados não certificados, a uma desresponsabilização editorial coletiva. A representação da realidade por big data (grandes dados), embora funcional para a gestão das máquinas, implica na realidade uma perda substancial da verdade das coisas, o que dificulta a comunicação interpessoal e corre o risco de danificar a nossa própria humanidade. A informação não pode ser separada da relação existencial: implica o corpo, o situar-se na realidade; pede para correlacionar não apenas dados, mas experiências; exige o rosto, o olhar, a compaixão e ainda a partilha.

Penso na narração das guerras e naquela «guerra paralela» que se trava através de campanhas de desinformação. E penso em tantos repórteres que ficam feridos ou morrem no local em efervescência para nos permitir a nós ver o que viram os olhos deles. Pois só tocando pessoalmente o sofrimento das crianças, das mulheres e dos homens é que poderemos compreender o caráter absurdo das guerras.

A utilização da inteligência artificial poderá proporcionar um contributo positivo no âmbito da comunicação, se não anular o papel do jornalismo no local, antes pelo contrário se o apoiar; se valorizar o profissionalismo da comunicação, responsabilizando cada comunicador; se devolver a cada ser humano o papel de sujeito, com capacidade crítica, da própria comunicação.

Interrogativos de hoje e de amanhã

E surgem, espontâneas, algumas questões: Como tutelar o profissionalismo e a dignidade dos trabalhadores no campo da comunicação e da informação, juntamente com a dos utentes em todo o mundo? Como garantir a interoperabilidade das plataformas? Como fazer com que as empresas que desenvolvem plataformas digitais assumam as suas responsabilidades relativamente ao que divulgam daí tirando os seus lucros, de forma análoga ao que acontece com os editores dos meios de comunicação tradicionais? Como tornar mais transparentes os critérios subjacentes aos algoritmos de indexação e desindexação e aos motores de pesquisa, capazes de exaltar ou cancelar pessoas e opiniões, histórias e culturas? Como garantir a transparência dos processos de informação? Como tornar evidente a paternidade dos escritos e rastreáveis as fontes, evitando o para-vento do anonimato? Como deixar claro se uma imagem ou um vídeo retrata um acontecimento ou o simula? Como evitar que as fontes se reduzam a uma só, a um pensamento único elaborado algoritmicamente? E, ao contrário, como promover um ambiente adequado para salvaguardar o pluralismo e representar a complexidade da realidade? Como podemos tornar sustentável este instrumento poderoso, caro e extremamente energívoro? Como podemos torná-lo acessível também aos países em vias de desenvolvimento?

A partir das respostas a estas e outras questões compreenderemos se a inteligência artificial acabará por construir novas castas baseadas no domínio informativo, gerando novas formas de exploração e desigualdade ou se, pelo contrário, trará mais igualdade, promovendo uma informação correta e uma maior consciência da transição de época que estamos a atravessar, favorecendo a escuta das múltiplas carências das pessoas e dos povos, num sistema de informação articulado e pluralista. Dum lado, vemos assomar o espetro duma nova escravidão, do outro uma conquista de liberdade; dum lado, a possibilidade de que uns poucos condicionem o pensamento de todos, do outro a possibilidade de que todos participem na elaboração do pensamento.

A resposta não está escrita; depende de nós. Compete ao homem decidir se há de tornar-se alimento para os algoritmos ou nutrir o seu coração de liberdade, sem a qual não se cresce na sabedoria. Esta sabedoria amadurece valorizando o tempo e abraçando as vulnerabilidades. Cresce na aliança entre as gerações, entre quem tem memória do passado e quem tem visão de futuro. Somente juntos é que cresce a capacidade de discernir, vigiar, ver as coisas a partir do seu termo. Para não perder a nossa humanidade, procuremos a Sabedoria que existe antes de todas as coisas (cf. Sir 1, 4), que, passando através dos corações puros, prepara amigos de Deus e profetas (cf. Sab 7, 27): há de ajudar-nos também a orientar os sistemas da inteligência artificial para uma comunicação plenamente humana.

(vaticannews)

Palavra de Deus | Para Deus nada é impossível (Mc 16,15-18) Ir. Ma Raqu...

Hoje a Igreja celebra a conversão de são Paulo

 


Por Redação central


Hoje (25), a Igreja Católica celebra o dia em que são Paulo – então chamado Saulo – alcançou a conversão, a caminho de Damasco, para onde se dirigia para perseguir os cristãos.

Como se recorda, quando ia para Damasco, Saulo foi derrubado do cavalo pelo próprio Jesus por meio de uma luz do céu que brilhou sobre ele e seus companheiros, cegando-o por três dias. Durante esse tempo, Saulo permaneceu na casa de um judeu chamado Judas, sem comer nem beber.

O cristão Ananias, a pedido de Cristo, foi ao encontro de Saulo, que recuperou a vista e se converteu, recebendo o batismo e passando a pregar nas sinagogas sobre o Filho de Deus, com grande espanto de seus ouvintes. Assim, o antigo perseguidor se converteu em apóstolo e foi eleito por Deus como um de seus principais instrumentos para a conversão do mundo.

São Paulo nasceu no Tarso, Cilícia (atual Turquia), e seu pai era cidadão romano. Cresceu no seio de uma família em que a piedade era hereditária e muito ligada às tradições e observâncias dos fariseus. Colocaram-lhe o nome Saulo e, como também era cidadão romano, levava o nome latino de Pablo (Paulo).

Para os judeus daquele tempo era bastante comum ter dois nomes, um hebreu e outro latino ou grego. Paulo será, pois, o nome que utilizará o apóstolo para evangelizar os gentios.

O período que vai do ano 45 ao 57 foi o mais ativo e frutífero de sua vida. Compreende três grandes expedições apostólicas das quais Antioquia foi sempre o ponto de partida e que, invariavelmente, terminaram por uma visita à Jerusalém.

Os restos do santo descansam na basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma. Este templo é o maior, depois da basílica de São Pedro.

(acidigital)

Laudes da Conversão de São Paulo, Apóstolo

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

AUDIÊNCIA GERAL (Texto)

 

PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 24 de janeiro de 2024



O texto a seguir inclui também as partes não lidas que são igualmente consideradas como pronunciadas:
 

Catequeses. Os vícios e as virtudes. 5. A avareza

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Dando continuidade às catequeses sobre os vícios e as virtudes, hoje falamos da avareza, ou seja, daquela forma de apego ao dinheiro que impede que o homem seja generoso.

Não é um pecado que diz respeito unicamente às pessoas que possuem grandes bens, mas é um vício transversal, que muitas vezes não tem nada a ver com o saldo da conta corrente. É uma doença do coração, não da carteira.

As análises que os padres do deserto fizeram sobre este mal demonstraram como a avareza podia apoderar-se até de monges que, depois de ter renunciado a enormes heranças, na solidão da sua cela apegaram-se a objetos de pouco valor: não os emprestavam, não os compartilhavam e muito menos estavam dispostos a dá-los. Um apego a coisas pequenas, que tira a liberdade. Aqueles objetos tornaram-se para eles uma espécie de fetiche, do qual era impossível desligar-se. Uma espécie de regressão à idade das crianças, que se agarram ao brinquedo, repetindo: “É meu, é meu!”. Nesta reivindicação aninha-se uma relação doentia com a realidade, que pode levar a formas de apropriação compulsiva ou de acumulação patológica.

Para curar esta doença, os monges propunham um método drástico, mas deveras eficaz: a meditação sobre a morte. Por mais que uma pessoa acumule bens neste mundo, de uma coisa estamos absolutamente certos: que eles não caberão no caixão. Não podemos levar os bens connosco! Eis que se revela a insensatez deste vício. O vínculo de posse que construímos com as coisas é apenas aparente, pois não somos donos do mundo: na verdade, esta terra que amamos não é nossa, e movemo-nos nela como forasteiros e peregrinos (cf. Lv 25, 23).

Estas simples considerações levam-nos a intuir a loucura da avareza, mas também a sua razão mais recôndita. Ela é uma tentativa de exorcizar o medo da morte: procura seguranças que na realidade se desfazem no exato momento em que nos agarramos a elas. Recordais a parábola daquele homem insensato, cujo campo tinha oferecido uma colheita deveras abundante e que, por isso, se deixa embalar por pensamentos sobre o modo como ampliar o seu armazém para aí colocar toda a safra. Aquele homem calculou tudo, programou o futuro. No entanto, não teve em consideração a variável mais segura da vida: a morte. «Insensato - diz o Evangelho - esta mesma noite ser-te-á pedida a vida. E o que acumulaste, de quem será?» (Lc 12, 20).

Noutros casos, são os ladrões que nos prestam este serviço. Inclusive nos Evangelhos eles são citados várias vezes e, embora as suas ações sejam censuráveis, podem tornar-se uma admoestação salutar. Assim prega Jesus no sermão da montanha: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros a fim de os roubar. Acumulai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os corroem, nem os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar» (Mt 6, 19-20). Ainda nas narrações dos padres do deserto, conta-se a vicissitude de um ladrão que surpreende o monge durante o sono, roubando-lhe os poucos bens que guardava na cela. Quando acorda, sem se perturbar com o que tinha acontecido, o monge põe-se no encalço do ladrão e, quando o encontra, em vez de reclamar os bens roubados, entrega-lhe as poucas coisas que lhe restam, dizendo: “Esqueceste de pegar nisto!”.

Irmãos e irmãs, podemos ser senhores dos bens que possuímos, mas muitas vezes acontece o contrário: são eles que acabam por nos possuir. Alguns ricos já não são livres, nem sequer têm tempo para descansar, devem estar atentos porque a acumulação de bens também exige a sua guarda. Estão sempre ansiosos, porque um património se constrói com muito suor, mas pode desaparecer num instante. Esquecem-se da pregação evangélica, que não afirma que as riquezas em si são um pecado, mas certamente constituem uma responsabilidade. Deus não é pobre: é o Senhor de tudo, mas - escreve São Paulo - «de rico que era, fez-se pobre por vós, para que vos tornásseis ricos pela sua pobreza» (2 Cor 8, 9).

É isto que o avarento não compreende. Podia ser motivo de bênção para muitos, mas ao contrário acabou no beco sem saída da infelicidade. E a vida do avarento é terrível. Lembro-me do caso de um senhor que conheci na outra diocese, um homem muito rico, que tinha a mãe doente. Era casado. Um de cada vez, os irmãos tomavam conta da mãe, e de manhã a mãe comia um iogurte. Aquele senhor dava-lhe metade de manhã, para lhe dar a outra metade à tarde e poupar meio iogurte. É assim a avareza, é assim o apego aos bens. Depois, aquele senhor morreu e o comentário das pessoas que foram ao velório foi este: “Mas vê-se que este homem não leva nada consigo, deixou tudo”. E depois, com um pouco de troça, diziam: “Não, não, não podiam fechar o caixão porque queria levar tudo consigo”. É isto que, da avareza, leva os outros a rir: que no fim devemos dar o nosso corpo e a nossa alma ao Senhor, deixando tudo. Tenhamos cuidado! E sejamos generosos, generosos com todos e generosos com aqueles que mais precisam de nós. Obrigado!

____________________________

Saudações:

Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa. Peçamos ao Senhor o dom de possuir um coração desprendido dos bens materiais, que não acumule tesouros nesta terra, mas no céu. Que Deus vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

* * *

APELOS

No próximo sábado, 27 de janeiro, celebra-se o Dia internacional da memória das vítimas do Holocausto. Que a recordação e a condenação desse horrível extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras crenças, ocorrido na primeira metade do século passado, ajude todos a não esquecer que as lógicas do ódio e da violência nunca podem ser justificadas, pois negam a nossa própria humanidade.

A própria guerra é uma negação da humanidade. Não nos cansemos de rezar pela paz, para que cessem os conflitos, se detenham as armas e se socorram as populações exaustas. Penso no Médio Oriente, na Palestina, em Israel, penso nas notícias inquietantes que chegam da martirizada Ucrânia, sobretudo devido aos bombardeamentos que atingem lugares frequentados por civis, semeando morte, destruição e sofrimento. Rezo pelas vítimas e pelos seus entes queridos, e imploro a todos, especialmente a quantos têm responsabilidades políticas, que protejam a vida humana pondo fim às guerras. Não esqueçamos: a guerra é sempre uma derrota, sempre! Só “vencem” - entre aspas - os fabricantes de armas!

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Resumo da catequese do Santo Padre:

Falamos hoje sobre a avareza, uma forma de afeição ao dinheiro que impede a prática da generosidade. Trata-se não somente de um pecado capital, mas de uma doença do coração, que faz com que nos apeguemos desordenadamente aos bens terrenos. Para curar-nos desta enfermidade existe um método muito eficaz: meditar sobra a própria morte. Afinal, o que levaremos deste mundo a não ser o bem que fizermos ao colocar os bens que o Senhor nos concedeu a serviço dos que mais necessitam? Lembremo-nos que somos peregrinos neste mundo e das palavras do Senhor: “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam” (Mt 6, 19-20).

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Audiência Geral 24 de janeiro de 2024 Papa Francisco

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 24.01.2024

O semeador - Caminho Neocatecumenal

Palavra de Deus | Como aproveitar as grandes oportunidades (Mc 4,1-20) I...

Hoje é celebrado são Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e comunicadores

 

Por Redação central


“O amor é a perfeição do espírito e a caridade é a perfeição do amor”, dizia são Francisco de Sales. Conhecido como o santo da amabilidade, lutou vários anos de sua vida para dominar sua ira e obteve a conversão de muitos. A festa deste Doutor da Igreja e padroeiro dos jornalistas e comunicadores é celebrada hoje (24).

São Francisco de Sales nasceu no castelo de Sales, na Saboya, em 1567. Desde menino era muito inquieto e brincalhão, tanto que sua mãe e sua ama tinham que estar constantemente vendo o que estava fazendo.

Sua luta contra a ira foi constante. Certo dia, um calvinista visitou o castelo, o pequeno Francisco se inteirou, tomou um pau e foi brincar de correr atrás das galinhas gritando: “Fora os hereges, não queremos hereges”.

Teve como mestre o padre Deage, sacerdote muito perfeccionista em suas exigências. Este preceptor lhe faria passar momentos amargos, mas lhe ajudaria muito em sua formação.

Aos 10 anos, recebeu a primeira comunhão e confirmação e, desde esse dia, comprometeu-se a visitar frequentemente o Santíssimo. Mais adiante, conseguiu que seu pai o enviasse ao Colégio do Clermont, dirigido pelos jesuítas e conhecido pela piedade e o amor à ciência.

Acompanhado pelo padre Deage, Francisco se confessava e comungava a cada semana, era dedicado aos estudos e reservava um par de horas diárias aos exercícios de equitação, esgrima e dança.

Muitas vezes o sangue lhe subia à cabeça pelas brincadeiras e humilhações. Mas, conseguia se conter de tal maneira que muitos nem imaginavam o seu mau gênio. Entretanto, o inimigo lhe fez sentir que seria condenado ao inferno para sempre. Este pensamento o atormentava até o ponto que perdeu o apetite e já não dormia.

Então, disse a Deus: “Não me interessa que me mande todos os suplícios que queira, desde que me permita seguir te amando sempre”. Logo, na Igreja de Santo Estêvão, em Paris, ajoelhado diante da imagem da Virgem, pronunciou a famosa oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria…”. Assim, recuperou a paz.

Esta provação o ajudou muito a se curar do orgulho e saber compreender as pessoas em crise para assim tratá-las com bondade. Obedecendo seu pai, foi estudar direito em Pádua, tempo que aproveitou para estudar também teologia por seu grande desejo de ser sacerdote.

Aos 24 anos, obteve seu doutorado em leis e mais tarde, junto a sua família, manteve uma vida típica de jovem da nobreza. Seu pai desejava que se casasse e que obtivesse postos importantes, mas Francisco se mantinha em reserva por sua inquietação de consagrar-se a serviço de Deus.

Com a morte do decano do Capítulo de Genebra, seu primo Luis de Sales, alguns conhecidos fizeram com que o papa lhe outorgasse este cargo. O jovem santo, por outro lado, começou a dialogar com seu pai sobre sua inquietação vocacional e pouco a pouco o convenceu.

Vestiu a batina no dia em que obteve a aprovação de seu pai e recebeu a ordem do sacerdócio seis meses depois. Exercia os ministérios entre os mais necessitados com muito carinho e seus prediletos eram os de berço humilde.

Entre os habitantes do Chablais, os protestantes tinham dificultado a vida dos católicos e Francisco se ofereceu para ir até lá com permissão do bispo.

A fim de tocar os corações da população, o santo começou a escrever panfletos nos quais expunha a doutrina da Igreja e refutava os calvinistas. Estes escritos mais tarde formariam o volume das “Controvérsias”.

O que as pessoas mais admiravam era a paciência com que o santo vivia as dificuldades e perseguições.

Francisco caiu em uma grave enfermidade e, ao recuperar a saúde, foi à Roma onde o papa estava. Lá, teólogos e sábios que tinham ouvido de suas qualidades fizeram-lhe perguntas difíceis de teologia. Todos ficaram maravilhados pela simplicidade, modéstia e ciência de suas respostas.

O papa o confirmou como coadjutor de Genebra e o santo retornou à sua diocese para trabalhar com mais empenho. Quando o bispo morreu, Francisco o sucedeu no governo e fixou sua residência em Annecy.

Teve como discípula santa Joana de Chantal e do encontro destes dois santos surgiu a fundação da Congregação da Visitação, em 1610. Das notas com que instruía a santa, surgiu o livro “Introdução à vida devota”. Mais tarde, são Francisco de Sales o publicou, tendo sido traduzido em muitos idiomas.

Em 1622, o duque da Saboya convidou o santo para se reunir em Aviñón. O santo bispo aceitou, pela parte francesa de sua diocese, mas arriscando muito sua saúde devido à longa viagem em pleno inverno.

Deixou tudo em ordem, como se soubesse que não voltaria. Quando chegou a Aviñón, as multidões se apinhavam para vê-lo e as congregações queriam que pregasse para elas.

(acidigital)

Laudes da Memória de São Francisco de Sales, presbítero e doutor da Igreja

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 23.01.2024

El matrimonio Cristiano - Kiko Arguello

Homilia Diária | A aliança de amor entre Maria e José (Memória dos Espon...

Hoje é celebrado santo Ildefonso, capelão e fiel notário da Virgem

 


Por Redação central


“Tu és meu capelão e meu fiel notário; recebe esta casula que meu Filho te envia”, disse a Virgem Maria quando apareceu a santo Ildefonso. O santo tinha profunda devoção pela Imaculada Conceição doze séculos antes que fosse proclamado o dogma. Sua festa é celebrada hoje (23).
Santo Ildefonso nasceu em Toledo (Espanha), no ano 606. Foi educado em Sevilha, por santo Isidoro. Ildefonso optou pela vida monástica e, com o tempo, foi eleito Abade de Agalia. Em 657, foi eleito arcebispo de Toledo e unificou a liturgia na Espanha. Escreveu muitas obras importantes sobre a Virgem Maria.

Certa noite de dezembro, santo Ildefonso, junto com seus clérigos e alguns outros, foram à Igreja para cantar hinos em honra à Virgem. Viram que a capela brilhava com luz deslumbrante. A maioria saiu fugindo, exceto o santo e seus dois diáconos.

Quando se aproximaram do altar, encontraram Maria, a Imaculada Conceição, sentada na cadeira do bispo e acompanhada de virgens que entoavam cantos celestiais. A Virgem lhes fez um sinal para que se aproximassem. O santo assim o fez e a Virgem lhe presentou com uma casula. Ela mesma o investiu e lhe disse para usá-la apenas nos dias festivos em sua honra.

A aparição e a casula foram tão evidentes que o Concílio de Trento fixou um dia de festa especial para perpetuar sua memória.  Na Acta Sanctorum, este fato aparece como “Descida da Santíssima Virgem e de sua Aparição”.

Santo Ildefonso morreu em 669. Os peregrinos podem observar na catedral a pedra em que a Mãe de Deus colocou seus pés quando apareceu ao santo.

Oração a Maria de santo Ildefonso

A ti recorro, Virgem singular e Mãe de Deus, e me prostro diante de ti, única a cooperar na encarnação do meu Deus. Humilho-me diante de ti, única escolhida para Mãe do meu Senhor, e rogo a ti, única serva de teu Filho; alcança-me o perdão dos meus pecados, dá-me ser purificado de minhas obras, faze-me amar a glória de tua virtude, revela-me a abundância da doçura do teu Filho, concede-me defender e falar da verdadeira fé, em teu Filho. Ajuda-me também a aderir a Deus e a ti. A ele como a meu Criador, a ti como Mãe do meu Criador; a ele como ao Senhor das virtudes: a ti como à serva do Senhor do universo; a ele como a Deus, a ti como à Mãe de Deus, a ele como ao meu Redentor, a ti como aquela que cooperou na minha redenção.

Pois o que ele realizou para me redimir foi verdadeiramente de tua pessoa que formou. Para se fazer meu Redentor, tornou-se teu Filho. Para se transformar no preço de meu resgate, encarnou-se na tua carne. O corpo no qual curou nossas feridas, foi da tua carne que o tirou para que pudesse ser ferido. O corpo no qual devia aniquilar os meus pecados, ele o recebeu de ti, sem pecado. A minha natureza, que como meu predecessor colocou em seu reino, na glória do trono do Pai que está acima dos anjos, ele a assumiu de ti, na sua humildade.

Sou teu servo, porque meu Senhor é teu Filho.  És minha senhora, porque és a serva do meu Senhor. Sou o servo da serva do meu Senhor, porque tu, minha Senhora, te tornaste a Mãe do teu Senhor. Tornei-me teu servo porque te tornaste a Mãe do meu Criador.

Eu te suplico, Virgem Santa, que o Espírito do qual geraste Jesus me obtenha possuir Jesus. Que o Espírito pelo qual tua carne concebeu Jesus conceda à minha alma receber Jesus. Que o Espírito que te fez saber o que é possuir e dar à luz a Jesus me faça conhecer Jesus.  Que nesse Espírito no qual te declaraste a serva do Senhor, aceitando que se fizesse em ti segundo a palavra do Anjo, também proclame humildemente as grandezas de Jesus. Que nesse Espirito no qual tu o adoras como Senhor e o contemplas como Filho, também eu ame a Jesus. E possa eu, realmente, ter para com Jesus o mesmo respeito que ele tinha para com seus pais, embora, na verdade, fosse Deus.

(acidigital)

Laudes de Terça-feira da 3ª Semana do Tempo Comum

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Como não ser enganado pelos falsos profetas dentro da Igreja? — Dom José...

Falsified or concealed data

O Papa: a Palavra de Deus suscita a missão, faz-nos mensageiros e testemunhas

 

Voltemos às nascentes para oferecer ao mundo aquela água viva que ele não encontra; e, enquanto a sociedade e as redes sociais acentuam a violência das palavras, concentremo-nos na mansidão da Palavra que salva: foi o convite do Papa este quinto Domingo da Palavra do Senhor, na Missa presidida na Basílica de São Pedro. Dois fiéis leigos receberam o ministério de Leitor e nove o de Catequista, representando o povo de Deus e oriundos do Brasil, Bolívia, Coreia, Chade, Alemanha e Antilhas

Raimundo de Lima – Vatican News

Que o Domingo da Palavra de Deus nos ajude a regressar com alegria às nascentes da fé, que brota da escuta de Jesus, Verbo do Deus vivo. Que, por entre as palavras que se dizem e leem continuamente sobre a Igreja, nos ajude a redescobrir a Palavra de vida que ressoa na Igreja! Caso contrário, acabamos por falar mais de nós que d’Ele; e, no centro, permanecem os nossos pensamentos e os nossos problemas em vez de Cristo com a sua Palavra

Papa Francisco confere a duas brasileiras, no dia 21, os ministérios do Leitorado e de Catequista

 Foi o que disse o Papa este domingo, 21 de janeiro, quinto Domingo da Palavra do Senhor, na Missa presidida pela manhã na Basílica de São Pedro. Dois fiéis leigos receberam o ministério de Leitor e nove o de Catequista, representando o povo de Deus e oriundos do Brasil, Bolívia, Coreia, Chade, Alemanha e Antilhas. O Domingo da Palavra de Deus deste ano tem como lema "Permanecei na minha Palavra" (Jo 8, 31).

Refletindo sobre a Palavra de Deus na liturgia deste III Domingo do Tempo Comum, Francisco ressaltou que grande é a força da Palavra do Senhor, dela irradia a força do Espírito Santo.

Um momento da Missa presidida pelo Papa Francisco
Um momento da Missa presidida pelo Papa Francisco

A Igreja é chamada por Cristo, atraída por Ele

A Palavra atrai a Deus e envia aos outros: tal é o seu dinamismo. Não nos deixa fechados em nós mesmos, mas alarga o coração, faz inverter o rumo, altera os nossos hábitos, abre novos cenários, desvenda inesperados horizontes.

A Palavra de Deus, continuou o Santo Padre, pretende operar isto em cada um de nós. Tal como aconteceu com os primeiros discípulos que, acolhendo as palavras de Jesus, deixam as redes e embarcam numa maravilhosa aventura, assim também nas margens da nossa vida, ao pé dos barcos de familiares e das redes do trabalho, a Palavra suscita o chamado de Jesus. Chama para, com Ele, nos fazermos ao largo ao encontro dos outros.

Sim, a Palavra suscita a missão, faz-nos mensageiros e testemunhas de Deus num mundo cheio de palavras, mas sedento daquela Palavra com maiúscula que muitas vezes ignora. A Igreja vive deste dinamismo: é chamada por Cristo, atraída por Ele, e é enviada ao mundo para dar testemunho d’Ele.

Papa entrega a Cruz a leigos e leigas que recebem o ministério de Catequista
Papa entrega a Cruz a leigos e leigas que recebem o ministério de Catequista

A escuta da Palavra e a adoração do Senhor

Não podemos prescindir da Palavra de Deus, da sua força suave que – como num diálogo – toca o coração, imprime-se na alma, renova-a com a paz de Jesus, que nos desinquieta em prol dos outros. Se olharmos para os amigos de Deus, frisou o Pontífice, para as testemunhas do Evangelho na história, vemos que, para todos, foi decisiva a Palavra.

 Pensemos no primeiro monge, Santo Antão, que, tocado durante a Missa por um trecho do Evangelho, deixou tudo por amor do Senhor; pensemos em Santo Agostinho, que deu uma reviravolta na vida quando uma palavra divina lhe curou o coração; pensemos em Santa Teresinha do Menino Jesus, que descobriu a sua vocação lendo as Cartas de São Paulo. E penso no Santo cujo nome adotei, Francisco de Assis, que, em oração, lê no Evangelho que Jesus envia os discípulos a pregar e exclama: «Isto eu quero, isto peço, isto anseio fazer de todo o coração!». Vidas transformadas pela Palavra de vida, observou o Papa.

Mas por que não acontece o mesmo a muitos de nós? - perguntou Francisco. Decerto porque, como nos mostram estas testemunhas, é preciso não ser «surdo» à Palavra. Este é o nosso risco: arrastados por mil palavras, passa-nos por cima também a Palavra de Deus: ouvimo-la, mas não a escutamos; escutamo-la, mas não a guardamos; guardamo-la, mas não nos deixamos provocar à mudança de vida. Sobretudo lemo-la, mas não a rezamos; ora «a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração, para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem». Não esqueçamos as duas dimensões fundamentais da oração cristã: a escuta da Palavra e a adoração do Senhor, exortou o Pontífice.

O Papa Francisco na Basílica de São Pedro na Missa do V Domingo da Palavra de Deus
O Papa Francisco na Basílica de São Pedro na Missa do V Domingo da Palavra de Deus

Deixemo-nos conquistar pela beleza da Palavra de Deus

Concluindo sua reflexão, o Santo Padre apresentou algumas interrogações aos presentes, propondo-as também a nós para a nossa reflexão pessoal.

“Que lugar reservo para a Palavra de Deus na casa onde moro? Lá haverá livros, jornais, televisões, telefones, mas… onde está a Bíblia? No meu quarto, tenho ao alcance da mão o Evangelho? Leio-o cada dia para encontrar nele o rumo da vida? Carrego na bolsa um pequeno exemplar do Evangelho para lê-lo? Muitas vezes dei de conselho que se trouxesse sempre conosco o Evangelho: no bolso, na carteira, no celular. Se Cristo me é mais querido do que qualquer outra realidade, como posso deixá-Lo em casa e não trazer comigo a sua Palavra? E a última pergunta: Já li, na íntegra, pelo menos um dos quatro Evangelhos? O Evangelho é o livro da vida, é simples e breve, mas muitos crentes nunca leram um do começo ao fim.”

Deus – diz a Escritura – é «o próprio autor da beleza»: deixemo-nos conquistar pela beleza que a Palavra de Deus traz à vida, exortou por fim o Santo Padre.

Um momento da Missa do V Domingo da Palavra de Deus