domingo, 30 de junho de 2013

HOJE É O DIA DO SENHOR



XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
                                                                       
Igreja Matriz das Lajes do Pico


Tema do 13º Domingo do Tempo Comum

A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do “Reino”.

primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.

Evangelho apresenta o “caminho do discípulo” como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao “Reino”. Sugere, também, que esse “caminho” deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.

segunda leitura diz ao “discípulo” que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.


LEITURA I – 1 Rs 19,16b.19-21

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 15 (16)

LEITURA II – Gal 5,1.13-18

ALELUIA – 1 Sam 3,9; Jo 6,68c

EVANGELHO – Lc 9,51-62




(Dehonianos.org)


sábado, 29 de junho de 2013

SOLENIDADE S. PEDRO E S. PAULO, APÓSTOLOS





Ermida de S. Pedro, nas Lajes do Pico
(Primeira Igreja construída na Ilha)


A solenidade dos Santos Pedro e Paulo é uma das mais antigas do ano litúrgico e foi introduzida muito antes da festa do Natal.

São Pedro - o seu verdadeiro nome era Simão, mas Cristo mudou-lhe o nome e chamou-lhe “pedra” para nele realizar o tema da pedra fundamental da Igreja. Simão Pedro é um dos primeiros a testemunhar a Ressurreição, ao encontrar o sepulcro vazio. Quando foi a Roma, Pedro cumpre a sua missão de “pedra angular” e “ratifica” esta vocação com próprio sangue.

São Paulo – também chamado “O Apóstolo dos gentios” converteu-se ao cristianismo na estrada de Damasco e tornou-se o grande missionário do cristianismo. Percorreu a Ásia Menor, atravessou todo o Mediterrâneo em 4 ou 5 viagens. Elaborou uma teologia cristã e ao lado dos Evangelhos as suas epístolas são fontes de todo pensamento, vida e mística cristãs. Sofreu o martírio em Roma cerca do ano 67.


LEITURA I Actos 12, 1-11
«Agora sei realmente que o Senhor me libertou das mãos de Herodes»


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33, 2-9
Refrão: O Senhor libertou-me de toda a ansiedade.


LEITURA II 2 Tim 4, 6-8.17-18
«Já me está preparada a coroa da justiça»


ALELUIA Mt 16, 18
Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela


EVANGELHO Mt 16, 13-19
«Tu és Pedro e dar-te-ei as chaves do reino dos Céus»


(blog “solenidades”)




Rosquilhas na Igreja Matriz das Lajes do Pico, 
a aguardarem a benção
para serem posteriormente distribuídas pelo povo.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Música cristiana para las víctimas del Holocausto



Auschwitz/POLONIA- Histórico y sin precedentes. Ayer, la entrada al campo de concentración de Auschwitz-Birkenau, donde se encuentra la llamada «Puerta de la muerte», acogió una Celebración sinfónico-catequética como homenaje a las víctimas del Holocausto.

Organizada por el Camino Neocatecumenal, contó con la presencia de seis cardenales y unos 35 rabinos, además de numerosos obispos y personalidades del mundo hebreo y católico. Entre las autoridades civiles, participó Álvaro Albacete, embajador de España para las relaciones con las comunidades judías.

El Papa Francisco envió un mensaje de apoyo en el que expresaba la esperanza de que esta iniciativa «tenga muchos fruto y refuerce los lazos entre cristianos y hebreos». Además, al referirse a la masacre pidió oraciones «para que estos horrores no vuelvan a repetirse». Durante la celebración, la Orquesta Sinfónica del Camino interpretó «El sufrimiento de los inocentes», compuesta por su iniciador y responsable, Kiko Argüello.

El acto fue presidido por el cardenal arzobispo de Cracovia, Stanislaw Diwitz, quien animó a cristianos y hebreos a continuar por el camino marcado por Juan Pablo II, del que fue su secretario personal, y continuado después por Benedicto XVI.

Por su parte, el rabino David Rosen, responsable de la relación entre el pueblo hebreo y la Santa Sede señaló que esta música lleva a «la comprensión del sufrimiento» y la «reconciliación de los dos pueblos». «Es significativo –añadió– que los cristianos nos tributen este homenaje y entiendan nuestro sufrimiento».

A su vez, Argüello explicó que «la espada profetizada por el profeta Ezequiel vino sobre este campo de exterminio» y añadió que «hoy apenas se habla del demonio». «Esto que ha ocurrido aquí –advirtió– se podría repetir de nuevo, porque el demonio existe, no ha muerto».

El evento, al que asistieron unas 12.000 personas, y en el que también se hizo referencia a las víctimas inocentes de otros momentos de la historia, ha sido tildado como uno de los acontecimientos más importantes en el acercamiento entre el pueblo hebreo y la Iglesia desde el Vaticano II.


Álvaro de Juana / LA RAZÓN
Mon, 24 Jun 2013 12:23:00
(camineo.inf)

Cristãos de acção e de verdade

Missa do Papa em Santa Marta

Temos necessidade de «cristãos de acção e de verdade», cuja vida se «funda sobre a rocha de Jesus», e não de «cristãos de palavras», superficiais como os gnósticos ou severos como os pelagianos, disse o Papa Francisco retomando um tema que lhe agrada, na missa celebrada na manhã de quinta-feira, 27 de Junho, na capela da Domus Sanctae Marthae. Concelebraram, entre outros, o cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência episcopal brasileira. Entre os presentes, estavam os funcionários da Direcção de Saúde e Higiene do Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano, guiados pelo director Patrizio Polisca.
A reflexão do Papa, inspirada como de costume pelas leituras do dia, teve início em particular a partir do trecho do evangelho de Mateus (7, 21-29), no qual – explicou o Pontífice – «o Senhor  nos fala do nosso fundamento, a base da nossa vida cristã» e diz-nos que este «fundamento é a rocha». Isto significa que «devemos construir a casa», ou seja, a nossa vida, sobre a rocha que é Cristo. Quando são Paulo fala sobre a rocha no deserto   refere-se a Cristo, frisou o Papa. Ele é a única rocha «que pode dar-nos segurança», a ponto que «somos convidados a construir a nossa vida sobre esta rocha de Cristo. Não sobre outra».
Neste trecho evangélico, recordou o Santo Padre, Jesus menciona também  quantos crêem que podem construir a sua vida só sobre as palavras: «Nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos céus». Mas, advertiu o Papa, Jesus propõe já no início que se edifique «a nossa casa sobre a rocha». A partir deste ensinamento, o Papa Francisco indicou «na história da Igreja duas classes de cristãos»: os primeiros, que devem ser evitados, são os «cristãos de palavras», isto é, os que se limitam a repetir: “Senhor, Senhor!”; a segunda categoria, os autênticos, são «cristãos de acção, de verdade». A este propósito evidenciou que desde sempre «houve a tentação de viver o nosso cristianismo fora da rocha que é Cristo; o único que nos dá a liberdade de dizer “Pai” a Deus; o único que nos ampara nos momentos difíceis». O próprio Jesus afirma-o com exemplos concretos: «Cai a chuva, transbordam os rios, sopram os ventos», mas se  «houver a rocha, haverá segurança». Ao contrário, quando só há palavras «as palavras voam, não servem». Na prática, acabamos na «tentação destes “cristãos de palavras”: um cristianismo sem Jesus, sem Cristo». Infelizmente «isto aconteceu e acontece hoje na Igreja».
Trata-se de uma tentação que está presente  na história da Igreja de maneira muito diversificada e deu vida a várias categorias de «cristãos sem Cristo» entre as quais o Papa Francisco citou em particular duas. A do «cristão light» que «em vez de amar a rocha, ama as palavras bonitas, as coisas belas» e se dirige «para um “deus spray”, um “deus pessoal”», com atitudes de «superficialidade e leviandade». Esta tentação existe ainda hoje: «cristãos superficiais que acreditam em Deus», mas não em Jesus Cristo, «aquele que nos dá fundamento». O Papa definiu-os «gnósticos modernos», os que cedem à tentação de um cristianismo fluido.
À segunda categoria pertencem «os que acreditam que a vida cristã» deve ser «vivida com muita seriedade» a ponto  que acabam por «confundir solidez e firmeza com severidade». O Santo Padre definiu-os «cristãos intransigentes», que «pensam que para ser cristão é necessário estar de  luto», levando «sempre tudo muito a sério», atentos aos formalismos, como faziam os escribas e fariseus do tempo de Jesus. Para o Pontífice, são cristãos para os quais «tudo é sério. São os pelagianos de hoje, os que crêem na firmeza da fé». E estão convictos de que «a salvação consiste  no modo como fazemos as coisas»: «devem ser feitas a sério», sem alegria. O Pontífice comentou: «Existem muitos. Não são cristãos, camuflam-se de cristãos».
Enfim, duas categorias de crentes – gnósticos e pelagianos –  que «não conhecem Jesus, não sabem quem é o Senhor, o que é a rocha, não têm a liberdade dos cristãos». E, consequentemente, «não sentem alegria». Os primeiros «sentem uma certa “alegria”, superficial»; a segunda categoria «vive num velório contínuo, mas não sabem o que é a alegria cristã, não sabem gozar a vida que Jesus nos oferece, porque não sabem falar com ele». Por isso não encontram em Jesus «a firmeza que a sua presença oferece». E além de não terem  alegria, não «têm  também liberdade».
Os primeiros, prosseguiu, «são escravos da superficialidade», os outros «são escravos da intransigência» e «não são livres», porque «na sua vida o Espírito Santo não encontra lugar». De resto, «é o Espírito que nos dá a liberdade».
Portanto, eis o ensinamento hodierno do Senhor segundo o Papa Francisco: um convite a «construir a nossa vida cristã sobre a rocha que nos dá liberdade» e que nos «faz ir em frente com a alegria no seu caminho, nas suas propostas». Eis a dúplice exortação a pedir «ao Senhor a graça de não nos tornar “cristãos de palavras”, quer com a “superficialidade gnóstica”, quer com a “intransigência pelagiana”, para podermos ao contrário «ir em frente na vida como cristãos firmes sobre a rocha que é Jesus Cristo e com a liberdade que nos dá o Espírito Santo». Uma graça que devemos pedir «de modo especial a Nossa Senhora. Ela – concluiu – sabe o que significa estar firme sobre a rocha». 

(L´Osservatore Romano)



quinta-feira, 27 de junho de 2013

PALAVRA DE VIDA - JULHO



“Toda a lei se resume neste único mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.” (Gl 5,14)

Essa frase é de Paulo, o Apóstolo: frase breve, estupenda, lapidar, clarificadora.
Ela nos indica qual deve ser a base do comportamento cristão, aquilo que deve inspirá-lo sempre: o amor ao próximo.
O Apóstolo vê na prática desse mandamento a plena atuação da lei. Com efeito, a lei manda não cometer adultério, não matar, não roubar, não desejar… E sabemos que aquele que ama não faz nada disso: não mata, não rouba…

“Toda a lei se resume neste único mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.”

Todavia, a pessoa que ama não só evita o mal. Quem ama se abre aos outros, deseja o bem, pratica o bem, sabe doar-se: chega a dar a vida pela pessoa amada.
Por isso Paulo escreve que, amando o próximo, não só se cumpre a lei, mas se cumpre “toda a lei”.

“Toda a lei se resume neste único mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.”

Se toda a lei está contida no amor ao próximo, precisamos ver os outros mandamentos como meios para nos iluminar e guiar a fim de sabermos encontrar, nas complexas situações da vida, o caminho para amar os outros; precisamos saber descobrir nos outros mandamentos a intenção de Deus, a sua vontade.
Ele quer que sejamos obedientes, castos, mortificados, mansos, misericordiosos, pobres… para concretizarmos melhor o mandamento da caridade.

“Toda a lei se resume neste único mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.”

Poderíamos nos perguntar: por que o Apóstolo não fala também do amor a Deus?
O fato é que o amor a Deus e o amor ao próximo não competem entre si. Um deles, o amor ao próximo, é até mesmo expressão do outro, do amor a Deus. Com efeito, amar a Deus significa fazer a sua vontade. E a sua vontade é que amemos o próximo.

“Toda a lei se resume neste único mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.”

Como colocaremos em prática essa Palavra?
É evidente: amando o próximo; amando o próximo de verdade.
Isso significa: doar-se, mas doar-se a ele de modo desinteressado.
Não é amor instrumentalizar o próximo por objetivos próprios, ainda que estes sejam os mais espirituais, como por exemplo, a própria santificação. Devemos amar o próximo, não a nós mesmos.
Porém não resta dúvida de que, quem ama dessa maneira, chega realmente à santidade; torna-se “perfeito como o Pai”, porque realizou a melhor coisa que podia fazer. Atuou de modo certeiro a vontade de Deus, colocou-a em prática: cumpriu toda a lei.
Porventura no fim da vida não seremos examinados unicamente sobre esse amor?


Chiara Lubich