sexta-feira, 30 de junho de 2017

Papa Francisco e os novos cardeais visitam Bento XVI



Cidade do Vaticano (RV) – Ao terminar a celebração do Consistório ordinário público na tarde desta quarta-feira (28), o Papa Francisco e os cinco novos cardeais se dirigiram ao Mosteiro Mater Ecclesiae para encontrar o Papa Emérito, Bento XVI. Já as visitas de cortesia aos novos purpurados foram realizadas nas dependências da Sala Paulo VI, depois do encontro na residência de Bento XVI.




(radiovaticana)

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Papa sugere a oração como "remédio contra o isolamento"


Celebrações

Cidade do Vaticano (RV) – A Praça São Pedro amanheceu em festa quinta-feira (29/06) colorida com tapetes de flores de várias confrarias e comunidades que vieram celebrar a Solenidade de São Pedro e Paulo, padroeiros de Roma e alicerces da Igreja.

O Papa Francisco celebrou a missa com os arcebispos metropolitanos nomeados no último ano. São 36 no total, 5 dos quais provenientes do Brasil: Dom Júlio Akamine, de Sorocaba, Dom João José da Costa, de Aracajú, Dom Delson Pereira da Cruz, da Paraíba, Dom Orlando Brandes, de Aparecida, e Dom Geremias Steinmetz, de Londrina (que não estava presente).

Na cerimônia, o Papa abençoou e entregou o pálio aos novos arcebispos. Desde 2015, esta faixa não é mais colocada pessoalmente pelo Papa nos ombros dos arcebispos; a imposição é realizada nas respectivas arquidioceses pelo Núncio Apostólico no país.

O pálio

O pálio é o símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica. Elaborado com lã branca, tem cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta.

É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.

O pálio passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. Nos primeiros séculos do Cristianismo, era exclusivo dos Papas.  

A homilia do Papa

A liturgia de hoje oferece três palavras essenciais para a vida do apóstolo: confissão, perseguição, oração. A partir destes termos, o Papa desenvolveu sua homilia.

A confissão

“Quem sou Eu para ti?” é a pergunta que Jesus dirige a todos nós e, de modo particular, a nós Pastores. É a pergunta decisiva, face à qual não valem respostas de circunstância, porque está em jogo a vida: e a pergunta da vida pede uma resposta de vida”.

Francisco continuou questionando se somos ‘Seus’ não só por palavras, mas com os fatos e a vida:

“Somos cristãos de parlatório, que conversamos sobre como andam as coisas na Igreja e no mundo, ou apóstolos em caminho, que confessam Jesus com a vida, porque O têm no coração?”
Quem confessa Jesus, faz como Pedro e Paulo: segue-O até ao fim; não até um certo ponto, mas até ao fim, e segue-O pelo seu caminho, não pelos nossos caminhos, completou.  

As perseguições

O Papa passou em seguida à segunda palavra: perseguições.
“Também hoje, em várias partes do mundo, por vezes num clima de silêncio – e, não raro, um silêncio cúmplice –, muitos cristãos são marginalizados, caluniados, discriminados, vítimas de violências mesmo mortais, e não raro sem o devido empenho de quem poderia fazer respeitar os seus direitos sagrados”.

A oração

A terceira palavra é oração. Francisco disse:
“A vida do apóstolo, que brota da confissão e desagua na oferta, flui dia-a-dia na oração. A oração é a água indispensável que alimenta a esperança e faz crescer a confiança. A oração faz-nos sentir amados e permite-nos amar. Faz-nos avançar nos momentos escuros, porque acende a luz de Deus. Na Igreja, é a oração que nos sustenta a todos e nos faz superar as provações.  

Afirmando que “a oração é a força que nos une e sustenta, o remédio contra o isolamento e a autossuficiência que levam à morte espiritual”, o Papa exortou:  

“Como é urgente haver, na Igreja, mestres de oração, mas antes de tudo homens e mulheres de oração, que vivem a oração!”.

Delegação ecumênica presente na missa

Concluindo a reflexão, Francisco assegurou aos cardeais e arcebispos que o Senhor estará perto de todos “na opção de viver para o rebanho imitando o Bom Pastor”, e saudou a delegação do Patriarcado Ecumênico enviada pelo “querido Irmão Bartolomeu” em sinal de comunhão apostólica.

(CM)
(radiovaticana)


SOLENIDADE DE S. PEDRO E S. PAULO



29 Junho 2017
Desde o século III que a Liturgia une na mesma celebração as duas colunas da Igreja, Pedro e Paulo.
Mestres inseparáveis de fé e de inspiração cristã pela sua autoridade, simbolizam todo o Colégio Apostólico.
Pedro era natural de Betsaida, onde exercia a profissão de pescador. Jesus chamou-o e confiou-lhe a missão de guiar e confirmar os irmãos na fé. É uma das primeiras testemunhas de Jesus ressuscitado e, como arauto do Evangelho, toma consciência da necessidade de abrir a Igreja aos gentios (At 10-11).
Paulo de Tarso, perseguidor acérrimo da Igreja, converte-se no caminho de Damasco. A partir daí, a sua vivacidade e brilhantismo são postos ao serviço do Evangelho. Fortemente apaixonado por Cristo, percorre o Mediterrâneo para anunciar o Evangelho da salvação, especialmente aos pagãos.
Depois de terem sofrido toda a espécie de perseguições, ambos são martirizados em Roma. Regando com o seu sangue o mesmo terreno, “plantaram” a Igreja de Deus.

Liturgia da Palavra
Act 12,1-11
Sl 33,2-9
Tim 4,6-8.17-18
Mt 16, 13-19

(dehonianos)







Festa de S. Pedro nas Lajes do Pico

terça-feira, 27 de junho de 2017

A graça de ser avô


Papa festeja 25 anos de ordenação episcopal

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou seus 25 anos de ordenação episcopal com uma missa concelebrada com os Cardeais na Capela Paulina, no Vaticano (27/06).

De brasileiros, estavam presentes os Cardeais João Braz de Aviz, Cláudio Hummes, Raymundo Damasceno Assis e Sérgio da Rocha.
Em sua homilia, comentando a primeira leitura, o Pontífice falou de três imperativos inseridos no diálogo entre Deus e Abraão: levantar-se, olhar e esperar. Expressões que marcam não só o caminho que Abraão deve percorrer, mas também a sua atitude interior.

Levantar-se significa não ficar parado, realizar a missão em caminho e o símbolo é a tenda. Olhar é fixar o horizonte, cuja mística consiste em estar cada vez mais distante enquanto se avança. Esperar é a força de ir avante, com o ânimo de um “escoteiro”. “A esperança não tem muros”, disse o Papa.

“O Senhor hoje nos diz o mesmo: levante-se, olhe e espere. Essa palavra de Deus vale também para nós, que temos quase a mesma a idade de Abraão”, brincou Francisco, que pediu aos Cardeais não fechem a sua vida e a sua história:

“Quem não nos quer bem, diz: ‘somos a gerontocracia da Igreja’. É uma zombaria, não sabe o que diz. Não somos gerontes, somos avôs. E se não sentimos isso, devemos pedir a graça de senti-lo. Avôs para quais os netos olham e esperam de nós a experiência sobre o sentido da vida. Avôs não fechados. Para nós, ‘levante-se, olhe e espere’ se chama sonhar. Somos avôs chamados a sonhar e dar o nosso sonho à juventude de hoje, que necessita disso, porque tirarão dos nossos sonhos a força para profetizar e levar avante a sua missão.”

O Senhor, acrescentou o Papa, pede aos avôs da Igreja que tenham a vitalidade para dar aos jovens, sem se fechar, para oferecer à juventude o melhor, para levar avante a profecia e o trabalho.

“Peço ao Senhor que dê a todos nós esta graça, também para quem ainda não é avô, como o presidente do Brasil (referindo-se ao presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha), que é um jovenzinho, mas você chegará lá. A graça de ser avôs, a graça de sonhar e dar esse sonho aos nossos jovens, eles precisam disso.”

Antes da bênção final, o Papa Francisco agradeceu aos Cardeais “por esta oração comum neste aniversário”, pedindo o perdão pelos seus pecados e a perseverança na fé, na esperança e na caridade.

Ordenação em Buenos Aires

O Padre Jorge Mario Bergoglio soube que seria Bispo Auxiliar de Buenos Aires no 13 de maio de 1992, notícia que foi aprovada oficialmente por João Paulo II uma semana depois, no dia 20.  
No dia 27 de junho daquele mesmo ano, 1992, recebeu a ordenação episcopal na Catedral de  Buenos Aires das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, então Arcebispo da capital argentina.


(radiovaticana)