segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O AVÔ FRANCISCO ÁVILA


O Avô fazia e faz anos HOJE


O Avô é das figuras que não têm idade, que não passam no tempo.

Fica para sempre na minha memória.

Pela dignidade, autoridade, respeito, exemplo,
testemunho de valores e princípios, compreensão e carinho.








Com a Avó Elvira e os sete filhos.


Que estejas em Paz, Avô!





domingo, 30 de janeiro de 2011

Hoje é o dia do Senhor

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM




A Proposta do Reino


Todos nós procuramos a felicidade. Onde encontrá-la?

- Muita gente busca na riqueza, no conforto, no status e

no poder. E sacrifica tudo para conseguir isso.

- No entanto, notamos que a procura desregrada disso

costuma ser fonte de muito sofrimento.

Onde está a verdadeira felicidade?


Lendo-se o Antigo Testamento, percebe-se que houve uma época

em que a riqueza era Sinal da Bênção de Deus...

Depois notou-se que a riqueza era, freqüentemente,

fruto de corrupção, de exploração, de opressão e de engano.

Nestes casos, não poderia ser bênção do Senhor.


Na 1a leitura, o Profeta Sofonias afirma que são felizes os POBRES e humildes, que depositam sua esperança no Senhor. (Sf 2,3;3,12-13)

É a 1a vez, na Bíblia, que ser pobre recebe um significado diferente.


Na 2a Leitura, Paulo lembra que os primeiros a serem chamados

são sempre os pequenos, os pobres, os que o mundo despreza,

mas que não grandes no Reino de Deus. (1Cor 1,26-31)


O Evangelho apresenta a PROPOSTA DO REINO DE DEUS. (Mt 5,1-12)


O Evangelho segundo Mateus apresenta cinco longos discursos,

nos quais ele junta "ditos" e ensinamentos proferidos por Jesus

em várias ocasiões e contextos.

Escrevendo aos judeus, desejava mostrar nesses cinco discursos a NOVA LEI, destinada a substituir a antiga Lei dada ao Povo por meio de Moisés e

escrita no Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia.


Hoje, iniciamos o Primeiro: o Sermão da Montanha,

cuja introdução são as BEM-AVENTURANÇAS.

Elas são um "retrato" de Jesus e um Modelo para os seus seguidores.


Mateus agrupa um conjunto de palavras de Jesus,

com a evidente intenção de proporcionar à sua comunidade

uma série de ensinamentos básicos para a vida cristã.

Procurava oferecer à comunidade cristã uma nova Lei,

que superasse a antiga Lei.

Mateus situa esta intervenção de Jesus no cimo de um monte.

Faz lembrar o monte Sinai, onde Deus deu ao seu Povo a antiga Lei.

Lá começou a ensinar: "FELIZES OS POBRES EM ESPÍRITO..."


As nove bem-aventuranças poderiam ser resumidas pela primeira.

(Lucas apresenta só quatro, seguidas de quatro "maldições".)

Para Mateus, reconhecer-se pobre não é apenas uma condição social,

mas uma disposição interior, que afeta nosso modo de pensar e agir.


As BEM-AVENTURANÇAS têm sentido ainda hoje? ou são uma mera utopia?


♦ Jesus diz: "Felizes os pobres em espírito";

o mundo diz: "felizes os que têm dinheiro e sabem usá-lo

para comprar influência, comodidade, poder, segurança e bem-estar".

Quem é, realmente, feliz?


♦ Jesus diz: "Felizes os mansos";

o mundo diz: "felizes os que respondem à violência com violência,

pois só a linguagem da força é eficaz."

Quem tem razão?


♦ Jesus diz: "Felizes os que choram";

o mundo diz: "felizes os que não têm motivos para chorar,

porque a sua vida é sempre uma festa".

Onde está a verdadeira felicidade?


♦ Jesus diz: "Felizes os que desejam cumprir a vontade de Deus";

o mundo diz: "felizes os que não dependem de preconceitos ultrapassados

e não acreditam num deus que diz o que se deve ou não,

porque assim são mais livres".

Onde está a verdadeira liberdade, que enche de felicidade o coração?


♦ Jesus diz: "Felizes os misericordiosos";

o mundo diz: "felizes os que não se deixam comover

pela miséria e pelo sofrimento dos outros.

Assim serão mais eficazes neste mundo tão competitivo".

Qual é o verdadeiro fundamento de uma sociedade mais justa e mais fraterna?


♦ Jesus diz: "Felizes os sinceros de coração";

o mundo diz: "felizes os que sabem mentir e fingir,

pois a verdade e a sinceridade destroem a carreira e o sucesso de muitos".

Onde está a verdade?


♦ Jesus diz: "Felizes os que promovem a paz";

o mundo diz: "felizes os que não têm medo de lutar contra os outros,

pois só assim podem ser pessoas de sucesso".

O que é que torna o mundo melhor: a paz ou a guerra?


♦ Jesus diz: "Felizes os perseguidos por causa da justiça",

"Felizes os perseguidos por causa de Jesus;

o mundo diz: "felizes os que fazem o jogo dos poderosos e

estão sempre de acordo com eles,

pois só assim podem subir na vida e ter êxito na sua carreira".

O que é que nos eleva à vida plena?


"As BEM-AVENTURANÇAS estão no centro da pregação de Jesus,

retomam e levam à perfeição as promessas de Deus, feitas a Abraão.

Pintam o rosto de Jesus, caracterizam a autêntica vida cristã e desvendam

ao homem o fim último do seu agir: a Bem-aventurança eterna." (CCIC 360)


E Nós? Onde procuramos a nossa felicidade, a nossa segurança?


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 30.01.2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

S. Tomás de Aquino, patrono do Seminário de Angra

Festa no Seminário de Angra





O Testemunho do Caminho Neocatecumenal


Decorreu ontem, dia de S. Tomás de Aquino, santo, teólogo e filósofo, como amplamente anunciámos, a Festa Liturgica na Igreja do Seminário Diocesano, em Angra do Heroísmo, pelas 18.00 horas.

Cerimónia presidida pelo Sr Bispo, D. António, ladeado pelos Monsenhores Pe José de Lima , Pe Gregório, Pe António da Luz e um Diácono. Concelebraram doze presbíteros.

O Canto esteve a cargo dos Seminaristas.

Presentes na Assembleia irmãos do Caminho Neocatecumenal das Lajes, Agualva e Angra.

No final da Celebração, o Sr Bispo apresentou a todos os presentes, Monsenhor António da Luz, - que deixando a docência no Seminário, optou por paroquiar, assistindo ao Caminho Neocatecumenal em S. Miguel -, fazendo referência ao extraordinário testemunho que dera no Retiro dos Padres, agora terminado. Os irmãos do Caminho reuniram-se à volta do seu Bispo que apoia a Comunidade de Angra do heroísmo e do Monsenhor António da Luz num animado dialogo.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Responsables del Evangelio



La conmemoración de Santo Tomás de Aquino, presbítero y doctor de la Iglesia, puede ser una buena ocasión para meditar en nuestra responsabilidad ante la Palabra de Dios. Presbítero y doctor, hemos recalcado. Responsable, por tanto, como presbítero, como sacerdote, de la propagación del Evangelio. De un Evangelio esmeradamente asimilado, como doctor. Y cada uno somos sacerdotes, al menos con ese sacerdocio común del que habla San Pedro en su primera carta: Pero vosotros sois linaje escogido, sacerdocio real, nación santa, pueblo adquirido en propiedad, para que pregonéis las maravillas de Aquel que os llamó de las tinieblas a su admirable luz.

¿Cómo soy yo responsable? Porque cada uno hemos escuchado, con claridad y dirigidas a nosotros, esas mismas palabras de san Pedro. Pregonar las maravillas de Dios , que nos ha llamado de las tinieblas a su luz admirable . Porque lo determinante es la maravilla de Dios. Y luego, como consecuencia, está la vocación: que Dios mismo nos ha escogido. Por esto, sin duda, lo primero para nosotros es la gratitud. Y responsabilidad, decíamos. Sí, pero no debe ser una responsabilidad asustada, como la de quien se apresta para el esfuerzo, no vaya a padecer las consecuencias de una actitud pasiva y cómoda, poco generosa habiendo recibido el Evangelio como misión.

¿Estoy fascinado ante esa luz maravillosa y admirable? ¿Dedico tiempo a la contemplación de esa maravilla que es Dios, Dios conmigo? Pues no parece fácil sentirnos fascinados sin contemplar, sin oración, sin presencia de Dios. Y todo lo demás viene de la mano de esa contemplación maravillosa. Ya no hay pasividad ni comodidad. No es posible ya permanecer indiferentes. Y no es necesario hacer especiales de propósitos. Quizá sí habrá que concretar. Puntualizar el modo de pregonar esas maravillas de Dios que nos han fascinado en nuestras circunstancias particulares. Habrá que prepararse muy bien, con el estudio, intentando que nuestro discurso sea rico, profundo, atractivo, por su verdad fascinante. En el fondo y en último extremo, ha de ser animante, que arrastre hacia Dios. Para esto nos ha llamado el Señor.

... Si somos piadosos, sentiremos la urgencia del apostolado: una sana impaciencia por llegar a más, por llegar a los mejores, los que tienen más capacidad de influir. Y la piedad nos conduce de la mano al estudio intenso, con la ilusión de que nuestras palabras, habladas o escritas, presten un mejor servicio a la causa del Reino de Dios. Como nos conduce asimismo a la intransigencia amable, pero intransigente, con el error, con la mentira, con la ignorancia, con la mala fe de algunos que se opondrán siempre a la Iglesia –no importa lo que la Iglesia diga–, sólo porque es la Iglesia. Que no le basta al buen hijo de Dios con sentirse seguro en su lealtad a Dios. No se queda tranquilo con mantener la fe, con vivir un plan de vida espiritual de trato con Dios. Sin perder la paz, y con oración y modificación, le urgen las almas y no para.

De algún modo lo nuestro siempre es el trabajo del sembrador, por supuesto que también nos sentimos semilla lanzada y responsable del ambiente y de las circunstancias en que vive: camino, pedregal, espinas o tierra buena. Pero una vez que hemos comenzado a desarrollarnos en tierra buena, estamos también en condiciones de sembrar. Sembrar. —Salió el sembrador... Siembra a voleo, alma de apóstol. —El viento de la gracia arrastrará tu semilla si el surco donde cayó no es digno... Siembra, y está cierto de que la simiente arraigará y dará su fruto... todo ha de ser llevado a cabo con esa intención: para ganar almas de hijos de Dios para el Cielo. Siempre estamos arrojando, como semilla, de la Palabra de Dios. ...

Ser pequeño: las grandes audacias son siempre de los niños. —¿Quién pide... la luna? —¿Quién no repara en peligros para conseguir su deseo?
"Poned" en un niño "así", mucha gracia de Dios, el deseo de hacer su Voluntad (de Dios), mucho amor a Jesús, toda la ciencia humana que su capacidad le permita adquirir... y tendréis retratado el carácter de los apóstoles de ahora, tal como indudablemente Dios los quiere.

(OELDOMINGO)



São Tomás de Aquino - sacerdote e doutor da Igreja




Hoje a Igreja celebra :


Notas

"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar a sua vida? Pois o que daria o homem em troca de sua vida?" Mc 8,36-37


Hoje a Igreja celebra um dos maiores santos da História: São Tomás de Aquino. É o autor da Suma Teológica.

Pertenceu à Ordem dos padres dominicanos.

Costuma ser indicado como o maior teólogo da Idade Média, como também, mestre dos teólogos até aos dias de hoje. Declarado "Doutor da Igreja", em 1567; e Padroeiro das Universidades, Academias e Colégios católicos, em 1880.

Foi de facto um génio, que poderia ter-se perdido, não fora ter-se libertado das atracções mundanas de sua classe, pois era rico, nobre e cerceado em seu desenvolvimento pela própria família. Foi em Paris - o maior centro de estudos teológicos do seu tempo - que ele pôde compor a sua gigantesca obra a Suma Teológica, verdadeira síntese do passado e intuição do futuro. Até hoje, essa obra não encontrou similar, nem em matéria de Filosofia nem em matéria de Teologia.

Por vezes, esquecemos, atrás do sábio, a grandeza do santo. E São Tomás soube desapegar-se das grandezas do mundo, para revelar o amor mais profundo à oração e à contemplação. Tornou-se, assim, o modelo de todos os que buscam a Deus, vivendo segundo o plano divino.


Liturgia


Carta aos Hebreus 10,32-39.

Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados, suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações, como sendo solidários com os que assim eram tratados. Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros. Não percais, pois, a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa. Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda um pouco, de facto, um pouco apenas, e o que há-de vir, virá e não tardará. O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação. Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.

Livro de Salmos 37 (36) ,3-4.5-6.23-24.39-40.

Confia no SENHOR e faz o bem; habitarás a terra e viverás tranquilo.
Procura no SENHOR a tua felicidade, e Ele satisfará os desejos do teu coração.
Confia ao SENHOR o teu destino, confia nele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar, como luz, a tua justiça, e, como sol do meio dia, os teus direitos.
O SENHOR assegura os passos do homem e compraz se nos seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra, porque o SENHOR há-de estender-lhe a mão.
A salvação dos justos vem do SENHOR; Ele é o seu refúgio na hora da angústia.
O SENHOR os ajuda e liberta, defende os dos ímpios e salva os, porque nele se refugiam.


Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.» Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Cromácio de Aquiléia (? – 407), bispo
Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)


A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12, 24)


O Senhor comparou-Se a Si mesmo a um grão de mostarda: ainda que fosse o Deus da glória e da majestade eterna, tornou-Se muito pequeno, porque quis nascer de uma virgem com um corpo de criança pequena. Foi lançado à terra quando o Seu corpo foi posto no túmulo. Mas, depois de Se ter elevado de entre os mortos pela Sua gloriosa ressurreição, cresceu sobre a terra até Se tornar uma árvore em cujos ramos habitam os pássaros do céu.


Esta árvore significa a Igreja que a morte de Cristo ressuscitou na glória. Os seus ramos só se podem entender como sendo os apóstolos porque, tal como os ramos são o ornamento natural da árvore, assim os apóstolos são o ornamento da Igreja de Cristo pela beleza da graça que receberam. E diz-se que nestes ramos habitam os pássaros do céu. Alegoricamente, os pássaros do céu designam-nos a nós que, vindo à Igreja de Cristo, descansamos sobre o ensino dos apóstolos, como os pássaros sobre os ramos.



(Do: Evangelho Quotidiano)


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Rir faz bem!



Dicionário de Humor Infantil

de Pedro Bloch


ALEGRIA - É um palhacinho no coração da gente.


AMAR - É pensar no outro, mesmo quando a gente nem tá pensando.


ABOLIÇÃO - Uma coisa assinada pela escrava Isaura.


ABSTRATO - Sim, eu sei o que é abstrato. Esta sopa, por exemplo, leva abstrato de tomate.


ADULTO - É uma pessoa que não entende de chuva, criança ou bala.


BOCA - É a garagem da língua.


BEBÊ - É uma coisa que ainda tem a cabeça verde. Não funciona como a gente.


BÚSSOLA - É uma coisa que toda criança deveria ter.

É que eu me perdo muito.


ESPERANÇA - É um pedaço da gente que sabe que vai dar certo.


- É uma menininha, na praia, esvaziando o mar com um baldezinho de plástico furado.


GÊMEAS - Duas meninas de cara repetida.


(Enviado pela Ivone)



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Palavra de Vida





“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
Ninguém considerava suas as coisas que possuía,
mas tudo entre eles era posto em comum”.


Essa Palavra apresenta um daqueles “sumários” (veja também 2,42 e 5,12-16) com os quais o autor dos Atos dos Apóstolos retrata, em grandes linhas, a primeira comunidade cristã de Jerusalém. Nesse trecho, a comunidade distinguia -se por um extraordinário vigor e dinamismo espirituais, pela oração e pelo testemunho e, principalmente, por uma grande unidade, sendo essa a característica que Jesus tinha desejado como sinal inconfundível e fonte de fecundidade da sua Igreja.


O Espírito Santo – recebido no Batismo por todos os que acolhem a palavra de Jesus – é espírito de amor e de unidade. Portanto, era Ele que fazia de todos os fiéis uma só coisa com o Ressuscitado e entre si, superando todas as diferenças de raça, de cultura e de classe social.

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”.

Mas vejamos detalhadamente os aspectos dessa unidade.

Primeiro: o Espírito Santo realizava a unidade dos corações e das mentes entre os fiéis, ajudando-os a superar aqueles sentimentos que, na dinâmica da comunhão fraterna, tornavam difícil a sua atuação.

Realmente, o maior obstáculo à unidade é o nosso individualismo. Trata-se do apego às nossas ideias, aos nossos pontos de vista e às preferências pessoais. É por causa do nosso egoísmo que se erguem as barreiras pelas quais nos isolamos e excluímos quem é diferente de nós.

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”.

A unidade realizada pelo Espírito Santo refletia-se necessariamente, também, na vida concreta dos fiéis. A unidade de pensamento e de coração encarnava-se e manifestava-se numa solidariedade concreta, por meio da partilha dos próprios bens com os irmãos e as irmãs que passavam necessidade. Justamente por ser uma unidade autêntica, ela não tolerava que, na comunidade cristã, alguns vivessem na abundância, enquanto outros não tivessem nem mesmo o necessário.

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”.

Como poderemos viver, então, a Palavra de Vida deste mês? Ela ressalta a comunhão e a unidade que Jesus tanto recomendou, a ponto de doar-nos o seu Espírito para vê-la realizada.

Logo, atentos à voz do Espírito Santo, procuremos crescer nessa comunhão em todos os níveis. Primeiramente em nível espiritual, superando os germes de divisão que trazemos dentro de nós. Seria, por exemplo, absurdo querermos estar unidos a Jesus e, ao mesmo tempo, estarmos divididos entre nós, comportando-nos de modo individualista, cada um por conta própria, julgando-nos uns aos outros e, quem sabe, rejeitando-nos mutuamente. Portanto, é preciso realizar uma renovada conversão a Deus que nos quer ver unidos.

Além disso, essa Palavra nos ajudará a entender cada vez mais a contradição que existe entre a fé cristã e o uso egoísta dos bens materiais. Ela nos ajudará a realizar uma autêntica solidariedade com aqueles que estão passando necessidade, embora nos limites do que nos é possível .

Essa Palavra nos levará, ainda, a rezar pela unidade dos cristãos e a reforçar os vínculos de unidade e o amor de comunhão com os nossos irmãos e irmãs de outras Igrejas, com os quais temos em comum a única fé e o único espírito de Cristo, recebido no Batismo.

Chiara Lubich


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Hoje, a Igreja celebra a “Conversão de S. Paulo, Apóstolo”



«Não é aquele que nos perseguia?»

(Act 9,21)


S. Paulo é das Figuras grandes da nossa Igreja, que eu não me atrevo a falar dele. Apenas senti necessidade de partilhar aqui alguns pensamentos que me suscitou a Leitura de hoje – Act 22, 3-16.


S. Paulo, fariseu de gema, era muito sábio e conhecedor da Lei de Deus. Educado na melhor escola, recebeu formação exemplar. Foi porém, um acérrimo perseguidor dos cristãos, intervindo directamente na sua captura para serem maltratados e condenados, apenas por seguirem a Cristo!


E foi a este homem, que Jesus escolheu como instrumento divino para ir evangelizar os pagãos, aqueles que nunca tinham ouvido falar de Cristo, pelo mundo sem fim. Quando Paulo / Saulo seguia numa das suas missões mortíferas, Jesus chama-o e dá-lhe, gratuitamente o dom da fé.


O Senhor Jesus é “desconcertante” na perspectiva dos homens, porque as nossas leis, baseadas na intolerância e na vingança, não entende o perdão ao inimigo , nem concebe o amor na dimensão da Cruz; somos tão auto-suficientes e prepotentes, que não aceitamos que as coisas nos fujam ao nosso controlo; queremos ser os nossos próprios deuses.


Esta atitude de Jesus mostra-nos a nossa impotência, o nosso nada, perante o poder de Deus, Criador e Senhor de todas as coisas, o Deus, único, misericordioso, verdadeiro e fiel, aquele que nos ama apaixonadamente.


Obrigada Senhor, por existires!

Obrigada Senhor, por me teres escolhido

e chamado para fazer parte do teu Reino!

Peço-te Senhor, que me dês fé e ajudes a caminhar para Ti.


…..........


Livro dos Actos dos Apóstolos 22,3-16.

«Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui educado nesta cidade, instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da Lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus, como todos vós sois agora. Persegui de morte esta «Via», algemando e entregando à prisão homens e mulheres, como o podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todos os anciãos. Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco, onde ia para prender os que lá se encontrassem e trazê-los agrilhoados a Jerusalém, a fim de serem castigados. Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque me persegues?’ Respondi: ‘Quem és Tu, Senhor?’ Ele disse-me, então: ‘Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.’ Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava. E prossegui: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’ O Senhor respondeu-me: ‘Ergue-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses.’ Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco. Ora um certo Ananias, homem piedoso e cumpridor da Lei, muito respeitado por todos os judeus da cidade, foi procurar-me e disse: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista.’ E, no mesmo instante, comecei a vê-lo. Ele prosseguiu: ‘O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca, porque serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste. E agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.”

Palavra do Senhor.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Caminho Neocatecumenal em missão pelo mundo



ROMA, terça-feira, 18 de Janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A aprovação do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal pelas autoridades da Santa Sé confirma a validade da liturgia, da catequese e das obras desta fundação de bens espirituais que conta com quase um milhão de seguidores.

Foi o que afirmou Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, logo após o encontro com o Papa Bento XVI, durante uma entrevista coletiva concedida nas proximidades da Porta Angélica, que dá acesso ao Vaticano.

O fundador do Caminho mencionou o longo percurso pessoal e da fundação até chegar a este reconhecimento.

Argüello falou das “muitas dificuldades, dos preconceitos de párocos e bispos, de acusações e de histórias estranhas contadas por alguns que não conhecem o Caminho”. Também falou “da disponibilidade, da ajuda e da solicitude com a que a Igreja e os pontífices ajudaram o Caminho Neocatecumenal”.

O primeiro a apoiar o Caminho foi Paulo VI. Esse Papa quis sua presença nas paróquias de Veneza quando era ainda patriarca. João Paulo II o reconheceu “como um caminho de formação católica, válido para a sociedade e os tempos atuais”. Bento XVI conheceu os neocatecumenais quando era professor em Regensburg e trabalhou para introduzi-los nas paróquias da Alemanha.

Apesar das acusações, que se mostraram falsas, de dividir as comunidades paroquiais e entrar em conflito com a pastoral de párocos e bispos, o Caminho Neocatecumenal cresceu e encheu igrejas e seminários, com famílias numerosas que cada vez mais se oferecem para levar a missão católica ao mundo.

Presentes em 1.320 dioceses de 110 países nos cinco continentes, são 20.000 comunidades ativas em 6.000 paróquias. Só em Roma, o Caminho está presente em 100 paróquias e 500 comunidades. Em Madri, são 85 paróquias e 300 comunidades.

No encontro com Bento XVI na Basílica de São Pedro, em 10 de janeiro de 2009, por ocasião dos 40 anos da primeira comunidade neocatecumenal em Roma, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a deixar sua paróquia, onde tinham concluído o itinerário neocatecumenal, para ir, a convite dos párocos, até regiões marginalizadas: bairros degradados, tomados pela violência e pelas drogas, habitados por famílias destruídas e imigrantes discriminados, onde a Igreja tem dificuldades para estar presente e ajudar as pessoas.

A eficácia e a força da catequese do Caminho é demonstrada também pela abertura de 78 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, dos quais 37 estão na Europa, 26 na América, 7 na Ásia, 6 na África e 2 na Austrália.

Desde 1990, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos seminários Redemptoris Mater são mais de 1.600. Cerca de 2.000 estão atualmente em preparação para as ordens sagradas.

Confirmando uma profunda vocação missionária, desde 1985 o Caminho envia famílias numerosas para lugares onde a fé está desaparecendo ou nunca chegou.

Em 1985, Kiko, Carmen e o padre Mario apresentaram a João Paulo II um projeto para reevangelizar o norte da Europa com o envio de famílias missionárias, acompanhadas por padres. Em 1986, o Papa enviou as primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, outra para o bairro vermelho de Hamburgo e a terceira para Estrasburgo.

Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio.

São famílias que, mediante o anúncio do Evangelho e um roteiro de iniciação cristã que dura vários anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, se abriram para a vida. Por gratidão a Deus e à Igreja, elas se oferecem para ir a dioceses em que os bispos achem necessário o testemunho de uma família cristã.

Para explicar a eficácia do Caminho, Kiko apresentou sua experiência de vida. Ateu, comunista radical, cheio de preconceitos contra a Igreja e o cristianismo, ele tinha chegado ao ponto de querer suicidar-se.

Depois de uma experiência pessoal de conversão, ele passou três anos junto aos mais pobres entre os pobres na favela de Palomeras Altas, em Madri. Ali, tendo encontrado a fé, Kiko iniciou o Caminho Neocatecumenal.

“A pergunta que devemos responder todos, também os bispos e os cardeais”, disse Kiko, “é o que significa ser cristãos hoje”.

“Não se trata de responder com filosofias ou citando livros, mas com a convicção profunda de que o cristianismo é a religião do amor”.

“Amai-vos como eu vos amei, disse Jesus, e só o seu grandíssimo amor nos dá a força para superar os sofrimentos e a morte”.

“A fé em Jesus nos dá a vida eterna”, ressaltou Kiko, “e podemos reconquistar aqueles que abandonaram a Igreja ou que nunca a conheceram, só com a beleza do amor que caracteriza as nossas comunidades”.

Por Antonio Gaspari



domingo, 23 de janeiro de 2011

Hoje é o dia do Senhor

O Senhor chama-te
para colaborares na Unidade e na Evangelização



Anúncio do Reino


Nesses primeiros domingos do Tempo comum,

a Liturgia nos apresenta o início da vida pública de Jesus,

com o ANÚNCIO DO REINO e

o CHAMADO dos primeiros discípulos


Na 1ª Leitura, Isaías fala de uma LUZ, que irá brilhar na Galiléia e

que irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará as trevas da opressão

e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim.

Compara à alegria no final das colheitas e caças abundantes. (Is 98, 23b-9,3)


* Jesus é a Luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança e

dá sentido pleno à esta profecia messiânica de Isaías.


Na 2ª Leitura, Paulo exorta os coríntios a superar as rivalidades e divisões.

O Batismo não significou uma adesão a Paulo, a Apolo ou a Pedro...

CRISTO é a única fonte de Salvação para todos. (1Cor 1,10-13.17)


* Com freqüência, em nossas comunidades, pessoas procuram conduzir

o olhar e o coração dos fiéis para a sua "brilhante" personalidade

ao invés de levar as pessoas a descobrir o Cristo.

Esses "grupinhos" costumam ser prejudiciais ao Grupo, à Comunidade...


O Evangelho apresenta a realização da profecia de Isaías:

"O Povo que vivia nas trevas viu uma grande luz". (Mt 4,12-23)


* Jesus é a luz, que começa a brilhar na Galiléia e

propõe a todos os homens a Boa Nova da chegada do Reino.

Os discípulos serão os primeiros destinatários da proposta e

as testemunhas encarregadas de levar o "Reino" a toda a terra.

+ Jesus COMEÇOU sua atividade

numa região pobre e oprimida, no interior do país,

longe do centro econômico, político e religioso do seu país.

Uma região desprezada pelos judeus como "Galiléia dos pagãos".

Jesus deixa Nazaré e dirige-se para Cafarnaum, à margem do Lago,

que se tornará o centro de sua atividade apostólica.

Começa com o mesmo anúncio de João Batista:

"Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo".

As suas Palavras anunciam essa nova realidade e

os seus gestos são sinais evidentes de que Deus começou a sua obra.


+ Seus primeiros COLABORADORES,

são pescadores do lago de Genesaré, gente simples, rude, sem estudo...

mas leal, homens trabalhadores, que sabiam o que é lutar pela vida.

- E quando ouviram o apelo de Cristo, deixaram tudo e o seguiram:

"Venham e sigam-me e farei de vocês pescadores de homens.

Eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram".


O QUE É O REINO DE DEUS?

Não é fácil explicar os mistérios de Deus...

Jesus compara o Reino ao tesouro e à pérola preciosa,

diante dos quais tudo o mais perde seu valor.

Compara o Reino com a semente, o grão de mostarda, o fermento.

Jesus quer dizer que já está presente, mas ainda longe sua realização definitiva.

É um Reino aberto a todos os homens.


O Reino de Deus é

- É um apelo do Senhor para os homens formarem comunhão com o Pai e entre si.

- É uma presença de Deus nos homens e no mundo.

- É um convite para ser mais, mais autêntico, mais sincero, mais de Deus...


O Reino tem exigências:


+ Conversão: - É ajustar a nossa vida aos planos de Deus,

é fazer com que Deus ocupe o primeiro lugar em nossa vida.

- É despojar-se do homem velho para se revestir do homem novo,

criado segundo Deus, na justiça e na santidade.

- É assumir a mentalidade do Evangelho e ver o mundo, as coisas e nós

mesmos com os olhos de Deus. É uma atitude contínua... permanente...

+ : É entregar-se nas mãos de Deus ... e fazer a sua vontade.

Mais do que uma resposta intelectual é uma Resposta de vida...

+ Humildade: O Reino só é possível aos humildes.

Deus detesta os orgulhosos e ama aqueles que sabem precisar de Deus,

e se põem sem interesses a serviço dos irmãos.


+ PESCADORES DE HOMENS


CRISTO inaugurou o seu Reino e continua convidando ainda hoje...

Os convidados somos eu, você, todos nós...

Todos nós somos chamados a deixar tudo para seguir Jesus,

anunciar a Boa nova e fazer gestos de salvação.


- O que nos diz o apelo de Cristo: "Farei de vós pescadores de homens"?

- O que significa concretamente para nós: "deixar tudo... para segui-lo"?


CRISTO conta conosco...

para que nesse mundo de trevas e violência, possa brilhar uma luz,

para que esse REINO possa chegar ao coração de todos os homens.


Ele aguarda a resposta, o nosso SIM generoso ao seu CHAMADO.


Pe. Antônio G. Dalla Costa – 23.01.2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Semana pela Unidade dos Cristãos




Muitos membros de um só corpo

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 18 de Janeiro de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos o comentário aos textos bíblicos e de oração escolhidos para o 2º dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 19 de Janeiro.

Este texto faz parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição, do Conselho Ecuménico das Igrejas e pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecuménicos de Jerusalém.

* * *

Isaías 55, 1-4: Vinde para as águas

Salmo 85, 8-13: Sua salvação está bem próxima

1 Coríntios 12, 12-27: Fomos batizados em um só Espírito para formarmos um só corpo

João 15, 1-13: Eu sou a verdadeira videira

Comentário

A Igreja de Jerusalém nos Atos dos Apóstolos é o modelo da unidade que buscamos hoje. Como tal, ela nos lembra que a oração pela unidade dos cristãos não pode ser um pedido de uniformidade, porque a unidade desde o começo foi caracterizada por uma rica diversidade. A Igreja de Jerusalém é o modelo ou ícone da unidade na diversidade.

A narrativa de Pentecostes no Livro dos Atos nos conta que estavam representadas em Jerusalém naquele dia todas as línguas e culturas do antigo mundo mediterrâneo e, além disso, que as pessoas que ouviram o evangelho em suas diversas línguas foram unidas umas às outras, pela pregação de Pedro, no arrependimento, nas águas do Batismo e através do derramamento do Espírito Santo. Ou, como escreveria São Paulo mais tarde, "todos nós fomos batizados em um só Espírito, para formarmos um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou homens livres, e todos nós bebemos de um único Espírito." Não se trata de uma comunidade uniforme de pessoas com pensamento semelhante, de pessoas unidas pela língua e pela cultura que se tornaram um no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. Mas era uma comunidade ricamente diversificada, cujas diferenças poderiam facilmente explodir em controvérsias, como foi o caso entre os helenistas e os cristãos hebreus sobre o descaso em relação às viúvas gregas, que São Lucas relata em At 5,1. Ainda assim, a Igreja de Jerusalém em unidade consigo mesma e era uma com o Senhor Ressuscitado que diz "Eu sou a vinha, vocês são os sarmentos: aquele que permanece em mim e no qual eu permaneço, esse produzirá frutos em abundância".

Rica diversidade caracteriza hoje as Igrejas em Jerusalém, bem como no mundo inteiro. Isso pode facilmente descambar para a controvérsia em Jerusalém, que tem agora um acentuado clima de hostilidade política. Mas, como na primeira Igreja de Jerusalém, os cristãos em Jerusalém hoje nos recordam que há muitos membros num corpo, uma unidade na diversidade. Antigas tradições nos ensinam que a diversidade e a unidade existem na Jerusalém celeste. Elas nos relembram que diferença e diversidade não são o mesmo que divisão e desunião, e que a unidade cristã pela qual oramos sempre preserva a autêntica diversidade.

Oração

Deus, de quem flui toda a vida em sua diversidade, chamas tua Igreja, como corpo de Cristo, a estar unida no amor. Possamos nós aprender mais profundamente nossa unidade na diversidade, e buscar trabalhar juntos na pregação e na construção do teu Reino de amor abundante para todos, enquanto nos acompanhamos uns aos outros em cada lugar, em todos os lugares. Que tenhamos sempre em mente Cristo, como fonte de nossa vida em comum. Oramos na unidade do Espírito. Amém.

JÁ ATERREI!







Estou de volta!
Aterrei nesta Ilha da Terceira com um tempo óptimo.
Tudo correu muito bem, graças a Deus.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Até logo ...

Amigos

Deste "calhau" plantado no meio do atlântico, vou levantar voo dentro de algumas horas, para a minha habitual "revisão clínica". Rezem por mim.

Um abraço.
Até breve, se Deus quiser.

Amanhã a Igreja celebra o Baptismo de Jesus



Promulgação do Reino


Após as festas do Natal, em que celebramos

o Mistério da infância de Jesus,

a Liturgia nos introduz no mistério da sua vida pública.


No BATISMO DE JESUS, nas margens do Rio Jordão,

revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo

enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens.


A 1ª Leitura anuncia um misterioso "Servo" escolhido por Deus e

enviado aos homens com a missão de instaurar um mundo de justiça e de paz.

Com o Espírito de Deus, ele concretizará essa missão

com humildade e simplicidade. (Is 42,1-4.6-7)


Na 2ª Leitura Pedro reafirma que Jesus é o Filho amado

que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação:

Ele "passou pelo mundo fazendo o bem" e libertando os oprimidos.

Essa é também a Missão fundamental dos discípulos. (At 10,34-38)


No Evangelho, temos a realização da promessa profética:

Jesus é o "Servo" enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito,

e cuja missão é realizar a libertação dos homens. (Mt 3,13-17)


+ Jesus precisava receber o Batismo?

É claro que não. João até não queria batizar Jesus.

- Que sentido faz então Jesus se apresentar a João para receber

este "batismo" de purificação, de arrependimento e de perdão dos pecados?


Para Mateus, o Batismo é um momento importante,

em que Jesus manifesta a sua IDENTIDADE e a sua MISSÃO:



- Jesus é SOLIDÁRIO com o Homem limitado e pecador.

Coloca-se ao lado dos pecadores para percorrer com eles

o caminho que conduz à liberdade.


- Jesus é o "FILHO AMADO" enviado pelo Pai ao mundo

para cumprir um projeto de libertação em favor dos homens.


- Jesus é o NOVO LIBERTADOR:

O batismo de Jesus no Jordão recorda a passagem do Mar Vermelho

e estabelece um novo paralelo entre Jesus e Moisés…

Jesus é o novo Moisés, revestido do Espírito de Deus,

para conduzir o seu Povo da terra da escravidão para a terra da liberdade.


- Jesus é o MESSIAS ESPERADO:

João reconhece ser apenas o precursor do Messias esperado.

Para aprofundar a Identidade e a Missão de Jesus,

Mateus recorre a três elementos simbólicos muito expressivos:

Os céus abertos, o Espírito que desce em forma de pomba e a Voz do céu:


- "Os céus se abriram...": Deus encerrou o seu silêncio...

abriu seu coração e voltou a ser amigo dos homens:

É o momento da reconciliação entre o céu e a terra, entre Deus e os homens...


- "O Espírito Santo desceu sob a forma de Pomba":

Relembra o Espírito de Deus que na Criação pairava sobre as águas...

Lembra também o Dilúvio... quando o céu estava fechado,

e a pomba com o ramo de oliveira foi o sinal

de que a paz havia sido restabelecida...


- "Ouviu-se uma voz do céu...":

Há 300 anos o povo não ouvia a voz de Deus pelos profetas...

Ao enviar o Espírito sobre Jesus, Deus quer mostrar

que voltou a falar com os homens...

* Jesus é confirmado pelo Espírito Santo e pelo Pai.


+ O Batismo de João, que Jesus recebeu, não é a mesma coisa

do Batismo que Jesus instituiu e mandou os apóstolos a realizarem...

O de João era apenas um rito penitencial... de purificação,

para os que aceitavam preparar-se para a vinda do Messias.

Era apenas antecipação do Batismo cristão, na "água e no Espírito".


+ O Batismo de Jesus:


- É um SACRAMENTO instituído por Cristo e realizado hoje pela Igreja.

- Lava a mancha do pecado original...

- Dá uma Vida Nova...

- Nos torna membros do Povo de Deus e da Igreja....

Filhos de Deus e herdeiros do céu.

- É um Sinal sensível e eficaz da Graça...

- É uma Presença especial de Deus em momentos importantes de nossa vida.


+ O BATISMO é o começo

de uma caminhada como seguidores de Cristo

e nos compromete a servir Deus com fidelidade,

como membros vivos e atuantes no Povo de Deus.


Continuemos a nossa celebração:

- agradecendo o grande dom do nosso Batismo...

- e pedindo forças para sermos fiéis a esse COMPROMISSO assumido:


CANTO: Prometi quando fui batizado...


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 09.01.2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Benção de Ano Novo



Que a tua visão interior seja transformada para que possas ver mais claramente a tua própria viagem com toda a humanidade como uma viagem de paz, esperança e unidade . (cf. Nm 24, 15-17;Jo 20, 20)



Que o teu Deus seja alguém em quem te possas apoiar nos momentos difíceis e dolorosos. Que conheças a Deus como a tua rocha e fortaleza, a tua protecção e abrigo , o teu refúgio. (cf. Sl 18,2-3)



Que sejas consciente de todos os lugares por onde te levam os teus pés no novo ano. Que conheças como são belos os pés de mensageiro que anuncia a paz, a boa-nova e a salvação. (cf. Is 52,7)



Que não tenhas medo das perguntas que oprimem o teu coração e a tua mente. Que as acolhas e esperes pacientemente pelo dia em que encontrarem resposta. (cf. Mt 11, 3)



Que sejas aquele que dá as boas-vindas com um sorriso aos que te apertam a mão; mãos que estendas a todo a gente para que seja abençoada com a tua presença . (cf. Lc 7, 36-50)



Que seja tua a prenda da reverência por todas as coisas criadas. Que enfrentes com coragem e entusiasmo a responsabilidade de preservar e cuidar da beleza da Mãe terra. (Sir 42, 15; 43, 33)



Que o manancial da compaixão brote profundamente dentro de ti até que possas enxugar as lágrimas dos teus irmãos. (2Cor 1, 3-7)



Que despertes em cada manhã com acções de graças em teus lábios e no teu coração, reconhecendo que tudo é dom, que tudo é bênção. (cf. Sl 138, 1)



Que a tua amizade com Deus seja forte e sadia. Que esse amor seja , ao mesmo tempo, consolação e desafio, enquanto lutas por encontrar o caminho recto no novo ano. (Jo 21, 15-19)



Que o teu espírito esteja aberto e atento para descobrires a vontade de Deus na tua vida. Que a tua oração seja de sabedora, orientação e profundo entendimento do caminho que Deus sonhou para ti. (Lc 1, 26-38)



Que a tua vida,

neste ano,

seja um novo presente de Deus e para Deus.



Texto: Adaptação: A. Mendes)

(http://www.monasterioescalonias.org)


As demoras de Deus e os efeitos da perseverança

São necessários para que seus sonhos se construam







Há momentos em que somos tentados a desistir de tudo. O trabalho não está bem, o casamento vai de mal a pior ou o namoro parece que acabou. Sofremos perseguições, calúnias, somos maltratados. Nosso grande esforço para fazer valer algo, passa despercebido, sem a consideração de ninguém.

As lindas promessas de Deus, aquele plano de amor maravilhoso sobre o qual, um dia, ouvimos dizer e que era para nossa felicidade, não se faz presente nem em fragmentos. Não conseguimos vislumbrar nem mesmo a sombra de dias melhores vindouros. Quantas pessoas assim desistem até de viver?

Talvez você até já tenha resolvido: "Vou abandonar tudo!"; mas uma voz, aquela mesma, suave, porém, clara, que um dia encheu seu coração de alegria por meio das promessas e da esperança de que tudo seria diferente, continua ressoando sutil, e digamos, agora até incomôda, dizendo: "Não desista".

Essa é a hora de ser forte! A perseverança é necessária para que seus sonhos se construam. Perseverar forja em nós os moldes para nos habilitar e correspondermos ao plano que Deus quer nos abençoar. "Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça" (Eclo 2,3).

Diante da caminhada, devemos nos perguntar: "Será que já estamos configurados, compatíveis com o que Deus tem para nós?".

Se o bem ainda não chegou, será necessário caminhar mais um pouquinho.

Um dos homens mais talentosos que a humanidade conheceu disse uma vez: "O gênio se compõe de 2% de talento e 98% de perseverantes aplicações ao trabalho" (Ludwing van Beethoven – compositor alemão).

O Senhor conta conosco para dar pleno cumprimento de Suas obras e nesse processo também nós vamos sendo lapidados. Talvez, por isso, algumas coisas sejam tão demoradas. "A criação tem sua bondade e sua perfeição próprias, mas não saiu completamente acabada das mãos do Criador. Ela é criada 'em estado de caminhada' para uma perfeição última a ser atingida, para a qual Deus a destinou" (cf. Catecismo da Igreja Católica – art. nº. 302) e "Deus concede assim aos homens serem causas inteligentes e livres para completar sua obra da Criação, aperfeiçoar sua harmonia para o bem deles e de seus próximos" (cf. Catecismo da Igreja Católica – art. nº. 307).

Os grandes homens da Bíblia também foram muito provados na espera. José do Egito tinha dezessete anos quando foi vendido por seus irmãos (cf. Gn 37, 2), somente aos trinta é que sua vida melhorou um pouco como intendente do faraó (cf. Gn 41, 46) e só depois de sete anos de fartas colheitas e dois anos de escassez (cf. Gn 45, 6), é que ele reencontra o pai, Jacó. Ou seja, aos trinta e nove anos, após vinte e dois anos de aflições, (desconsiderado pelos irmãos, acusado injustamente de trair a confiança de Putifar por tentar ter relações sexuais com a esposa do ministro da casa do faraó, depois de ter sido escravo e preso) foi que ele alcançou sua consolação.

Davi foi ungido rei por Samuel e lutou com Golias quando ainda menino (cf. I Sm 17, 33), mas somente aos trinta anos é que realmente foi coroado, assumindo o trono. Durante todo esse tempo, ele foi perseguido por Saul, que tentava matá-lo.

Interessante que não imaginamos o tamanho da graça que há nas promessas do Senhor nem o que Ele pode fazer em uma alma que se deixa moldar e persevera até o fim.

Bento XVI disse: "Nunca fica desapontado quem se entrega a Deus, as promessas do Senhor são sempre maiores que as expectativas humanas", pois o Senhor também proclamou: "Mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos" (cf. Is 55, 9).

José, na sua fidelidade, não somente reencontra os seus, mas marca a história do seu povo, salvando todo o mundo da fome. Davi vai muito além de se tornar um monarca: é em seu governo que as doze tribos de Israel são unificadas e ele passa a simbolizar o protótipo de rei soberano e ideal, e também se torna ascendente do Filho de Deus, o Cristo.

Jesus nos alerta de que para alcançarmos o que almejamos, temos de perseverar: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (cf. Mt 7, 7). Na parábola do juiz injusto "e Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele?" (cf. Lc 18, 7).

Até mesmo as empresas, em seus inícios, precisam de capital de giro para sobreviver e perseverar, e só depois, tornarem-se lucrativas e autossustentáveis. Continue plantando, um dia quando menos esperar, as sementes frutificarão, e pode ser no terreno em que menos se esperava.

Permita-se ser gerado naquilo que Deus tem para você. Não desista do seu casamento, dos seus dotes, não desista das pessoas, dos seus sonhos. Não desista de você nem de sua vida.

Que o Senhor lhe conceda toda têmpera necessária para o tempo que você está vivendo.

Deus o abençoe!

Sandro Ap. Arquejada - Missionário


Canção Nova
blog.cancaonova.com/sandro