domingo, 28 de fevereiro de 2021

AKEDÁ - GN 22, 1-19

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 28 02 2021

Papa recorda mártires coptas: sangue e coragem de pessoas santas

Texto do Angelus



PAPA FRANCESCO

ANGELUS

Praça de São Pedro,

domingo, 28 de fevereiro de 2021

 

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Este segundo domingo da Quaresma convida-nos a contemplar a transfiguração de Jesus no monte, diante de três dos seus discípulos (cf. Mc 9, 2-10). Pouco antes, Jesus havia anunciado que, em Jerusalém, sofreria muito, seria rejeitado e condenado à morte. Podemos imaginar o que deve ter acontecido então no coração de seus amigos, daqueles amigos íntimos, de seus discípulos: a imagem de um Messias forte e triunfante é lançada em crise, seus sonhos são despedaçados e a angústia os assalta. Pensaram que o Mestre eles acreditado seria morto como o pior dos malfeitores. E justamente naquele momento, com aquela angústia da alma, Jesus chama Pedro, Tiago e João e os leva consigo para o monte.

O Evangelho diz: "Ele os fez subir ao monte" (v. 2). Na Bíblia, a montanha sempre tem um significado especial: é o lugar elevado, onde o céu e a terra se tocam, onde Moisés e os profetas tiveram a extraordinária experiência do encontro com Deus. Subir a montanha é chegar um pouco mais perto de Deus, Jesus sobe com os três discípulos e eles param no topo da montanha. Aqui, Ele é transfigurado diante deles. O seu rosto radiante e as suas vestes resplandecentes, que antecipam a imagem do Ressuscitado, oferecem aos amedrontados a luz , a luz da esperança, a luz para atravessar as trevas : a morte não será o fim de tudo, porque se abrirá. para a glória da Ressurreição. Portanto, Jesus anuncia sua morte, leva-os ao monte e mostra-lhes o que acontecerá a seguir, a Ressurreição.

Como exclamou o apóstolo Pedro (cf. v. 5), é bonito parar com o Senhor no monte, experimentar esta "antecipação" da luz no coração da Quaresma. É um convite a nos lembrarmos, principalmente quando estamos passando por uma difícil provação - e tantos de vocês sabem o que é passar por uma difícil provação - que o Senhor Ressuscitou e não permite que as trevas dêem a última palavra .

Às vezes acontece de passar por momentos de escuridão na vida pessoal, familiar ou social, e temer que não haja saída. Ficamos apavorados diante de grandes enigmas como a doença, a dor inocente ou o mistério da morte. No mesmo caminho de fé, muitas vezes nos deparamos com o escândalo da cruz e as exigências do Evangelho, que nos pede para viver a vida a serviço e perdê-la no amor, em vez de guardá-la para nós e defendê-la. Precisamos, então, de outro olhar, uma luz que ilumine em profundidade o mistério da vida e nos ajude a ir além dos nossos esquemas e dos critérios deste mundo. Nós também somos chamados a escalar a montanha,

Sejamos cuidadosos, porém: o sentimento de Pedro de que "é bom para nós estarmos aqui" não deve se tornar uma preguiça espiritual. Não podemos ficar na montanha e desfrutar da bem-aventurança deste encontro sozinhos. O próprio Jesus nos leva de volta ao vale, entre nossos irmãos e na vida diária. Devemos nos proteger contra a preguiça espiritual: estamos bem com nossas orações e liturgias, e isso é o suficiente para nós. Não! Subir a montanha não é esquecer a realidade; orar nunca é escapar das adversidades da vida; a luz da fé não é necessária para uma bela emoção espiritual. Não, esta não é a mensagem de Jesus, somos chamados a experimentar o encontro com Cristo para que, iluminados pela sua luz, possamos levá-la e fazê-la brilhar em todos os lugares. Acenda pequenas luzes no coração das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que trazem um pouco de amor e esperança: esta é a missão do cristão.

Rezemos a Maria Santíssima que nos ajude a acolher com admiração a luz de Cristo, a mantê-la e partilhá-la.

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Depois do Angelus

Queridos irmãos e irmãs!

Uno a minha voz à dos Bispos da Nigéria para condenar o sequestro covarde de 317 meninas, retiradas de sua escola, em Jangebe, no noroeste do país. Oro por essas meninas, para que logo possam voltar para casa. Estou perto de suas famílias e deles próprios. Rezemos a Nossa Senhora para mantê-los. Ave Maria…

Hoje é o Dia Mundial das Doenças Raras… - [olha para o quadrado] você está aqui -. Saúdo os membros de algumas associações que trabalham neste campo, que vieram à praça. No caso das doenças raras, a rede de solidariedade entre os familiares, fomentada por estas associações, é mais importante do que nunca. Ajuda não se sentir sozinho e trocar experiências e conselhos. Incentivo iniciativas de apoio à pesquisa e ao cuidado, e expresso minha proximidade com os enfermos, com as famílias, mas principalmente com as crianças. Estar perto de crianças enfermas, crianças que sofrem, orar por elas, fazer sentir a carícia do amor de Deus, ternura ... Curar crianças com oração também ... Quando existem essas doenças que não sabemos o que são , ou há uma previsão um tanto ruim. Oramos por todas as pessoas que têm essas doenças raras,

Saúdo calorosamente todos vós, fiéis de Roma e peregrinos dos vários países. Desejo a todos um bom caminho neste tempo de Quaresma. E eu te aconselho a jejuar, um jejum que não vai te deixar com fome: jejue de fofoca e calúnia. É uma forma especial. Nesta Quaresma não vou fofocar dos outros, não vou tagarelar ... E todos nós podemos fazer isso, todos nós. Este é um bom jejum. E não se esqueça que também será útil todos os dias ler um trecho do Evangelho, levar o pequeno Evangelho no bolso, na bolsa, e levar, quando puder, qualquer trecho. Isso abre o coração para o Senhor.

E, por favor, não se esqueça de orar por mim. Tenha um bom domingo, um bom almoço e adeus!

(vatican.va)


Angelus 28 de fevereiro 2021 Papa Francisco

sábado, 27 de fevereiro de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 27 02 2021

CANTO KIKO ARGUELLO INEDITO !!! - Paloma Incorrupta - Arpa religiosa

CATEQUESIS Kiko Arguello vivir Para CRISTO 2021 !!! ENCUENTRO INEDITO

Palavra de Vida – fevereiro 2021


«Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36)


O evangelista Lucas gosta de realçar a grandeza do amor de Deus através de uma qualidade, que lhe parece capaz de a descrever fielmente: a misericórdia. 

Ela é, na Sagrada Escritura, a caraterística materna, por assim dizer, do amor de Deus, através da qual Ele cuida das suas criaturas, as ampara, as consola, as acolhe sem nunca se cansar. Pela boca do profeta Isaías, o Senhor promete ao seu povo: “Como a mãe consola o seu filho, assim Eu vos consolarei; em Jerusalém sereis consolados” (1).

É um atributo reconhecido e proclamado também pela tradição islâmica. Entre os 99 Nomes de Deus, aqueles que se encontram mais frequentemente nos lábios dos fiéis muçulmanos são: o Misericordioso e o Clemente.

Esta página do Evangelho apresenta-nos Jesus que, perante uma multidão de pessoas provenientes até de cidades e regiões longínquas, lança a todos uma proposta ousada, desconcertante: imitar a Deus, Pai, precisamente no amor de misericórdia.

Uma meta que quase nos parece impensável, inatingível!


«Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso»


Na perspetiva do Evangelho, para imitar o Pai devemos, antes de tudo, seguir Jesus. Dia após dia, aprender com Ele a ser os primeiros no amor, tal como o próprio Deus faz incessantemente connosco.

É a experiência espiritual descrita pelo teólogo luterano Bonhoeffer (1906-1945): «A comunidade cristã canta todos os dias: “Alcancei misericórdia”. Recebi este dom até mesmo quando fechei o meu coração a Deus; […] quando me perdi e não encontrei o caminho de regresso. Então, foi a palavra do Senhor que veio ao meu encontro. Aí eu compreendi: Ele ama-me. Jesus encontrou-me: Ele esteve perto de mim, só Ele. Foi Ele que me confortou, perdoou todos os meus erros e não me acusou do mal. Quando eu era seu inimigo e não respeitava os seus mandamentos, Ele tratou-me como um amigo. […] É-me difícil compreender porque é que o Senhor me ama tanto, porque é que eu sou tão precioso para Ele. Não posso entender como é que Ele conseguiu – nem porque é que quis – conquistar o meu coração com o seu amor. Só posso dizer: “Alcancei misericórdia”» (2).


«Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso»


Esta Palavra do Evangelho convida-nos a fazer uma verdadeira revolução na nossa vida: sempre que nos deparamos com uma possível ofensa, em vez de seguir o caminho da rejeição, do juizo precipitado ou da vingança, podemos optar pelo caminho do perdão, da misericórdia.

Não se trata tanto de cumprir uma obrigação que nos sobrecarrega, mas sim de aceitar a possibilidade oferecida por Jesus de passar da morte, do egoísmo, para a vida da verdadeira comunhão. Descobriremos com alegria que recebemos o mesmo DNA do Pai, que não condena ninguém definitivamente, mas dá a todos uma segunda oportunidade, abrindo horizontes de esperança.

Esta tomada de posição também nos permitirá preparar o terreno para relacionamentos fraternos, dos quais pode nascer e se desenvolver uma comunidade humana finalmente orientada para a convivência pacífica e construtiva. 

«Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso»


Foi isso que Chiara Lubich sugeriu, meditando a frase do Evangelho de Mateus(3) que proclama a bem-aventurança daqueles que praticam a misericórdia: «O tema da misericórdia e do perdão impregna todo o Evangelho. […] Mas a misericórdia é precisamente a máxima expressão do amor, da caridade: é ela que leva a caridade à plenitude, isto é, que a torna perfeita. […] Procuremos então, em todos os nossos relacionamentos, viver este amor aos outros em forma de misericórdia! A misericórdia é um amor que sabe aceitar todos os próximos, sobretudo os mais pobres e necessitados. É um amor que não mede, é abundante, universal, concreto. Um amor que procura suscitar a reciprocidade, objetivo principal da misericórdia. Sem a misericórdia, existiria apenas a justiça, que serve para criar igualdade, mas não fraternidade. […] Embora pareça difícil e ousado, perguntemo-nos, diante de cada próximo: como é que a mãe dele o trataria? Este é um pensamento que nos ajudará a compreender e a viver segundo o coração de Deus» (4).


Letizia Magri


1) 1 Cf. Is 66,13.

2) Dietrich Bonhoeffer, 23-01-1938, in La fragilità del male, Scritti inediti, Piemme, Milão 2015.

3) Cf. Mt 5,7: Felizes os misericordiosos, porque para eles haverá misericórdia.

4) C. Lubich, Palavra de Vida de novembro de 2000, in Parole di Vita, a/c Fabio Ciardi (Opere di Chiara Lubich 5), Città Nuova, Roma 2017, pp. 633-634.  


(focolares)


Homilia diária: Por que devemos amar nossos inimigos? (1721: 27 de fever...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

A TI, SENHOR LEVANTO A MINHA ALMA - Salmo 25 (24)

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 26 02 2021

O que deve saber sobre todos os lugares que o Papa visitará no Iraque


BAGDÁ, 26 fev. 21 / 08:20 am (ACI).- Em uma semana, o Papa Francisco deve fazer história ao se tornar o primeiro Papa a viajar ao Iraque. Sua visita de 5 a 8 de março o levará de escavações de sítios bíblicos históricos, que datam de milhares de anos, a igrejas onde os católicos sofreram terríveis ataques terroristas alguns anos atrás.

Com reuniões planejadas com líderes políticos iraquianos e clérigos muçulmanos proeminentes, o Papa percorrerá 1.450 quilômetros pelo Iraque em pouco mais de três dias.

A seguir, os lugares que o Papa Francisco pretende visitar no Iraque:

Sexta-feira, 5 de março: Bagdá

 


Discurso no Palácio Presidencial

Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Bagdá, o Papa tem previsto se encontrar com o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa Al-Kadhimi, no próprio aeroporto antes de visitar o presidente iraquiano, Barham Salih, no palácio presidencial, onde o Papa fará um discurso às autoridades civis.

As reuniões do Papa com as autoridades iraquianas ocorrem em um momento em que o país enfrenta graves desafios políticos, socioeconômicos e de segurança, incluindo um movimento de protesto pedindo o fim da corrupção governamental, altos níveis de desemprego e divisões sectárias dentro do sistema político estabelecido, após a invasão do Iraque em 2003, liderada pelos EUA.

Catedral de Nossa Senhora da Salvação

A Catedral Católica Siríaca de Nossa Senhora da Salvação, também conhecida como Sayidat al-Nejat, foi alvo de um ataque suicida cometido pelo Estado Islâmico (ISIS) em 2010 durante uma Missa dominical na qual mais de 50 pessoas morreram.

Os terroristas mataram dois sacerdotes e fizeram mais de 100 reféns antes que as forças de segurança iraquianas invadissem a igreja com o apoio das forças norte-americanas. O processo de beatificação dos 48 católicos que morreram dentro da Igreja avançou da fase diocesana para o Vaticano em outubro de 2019.

A catedral também foi uma das seis igrejas bombardeadas em agosto de 2004, quando cinco carros-bomba em Bagdá e um em Mosul explodiram fora dos templos, matando 12 pessoas e ferindo mais de 70.

O Papa Francisco visitará a catedral e fará um discurso aos bispos locais, sacerdotes, religiosos e outros católicos iraquianos.

Em uma parede do lado de fora da catedral, um mural do Papa foi pintado com bandeiras do Vaticano e do Iraque, de acordo com fotos publicadas nas redes sociais.

Sábado, 6 de março: Najaf e a planície de Ur

 


Reunião com clérigo xiita em Najaf

Em seu segundo dia no Iraque, o Papa Francisco viajará em Iraqi Airways para Najaf para se encontrar com Ali al-Sistani, um líder influente dos muçulmanos xiitas no Iraque.

Najaf é considerado um dos locais de peregrinação mais sagrados do islamismo xiita, perdendo apenas para Meca e Medina. É o local do sepultamento do Imã Ali ibn Abi Talib, genro de Maomé e o primeiro Imã xiita. A questão do direito de Ali ao califado resultou no grande cisma com os muçulmanos sunitas.

Não muito longe de Najaf está o túmulo do profeta Ezequiel, em Al Kifl, onde a histórica sinagoga judaica agora se encontra dentro de uma mesquita xiita.

Encontro inter-religioso na planície de Ur

O Papa Francisco depois viajará para a Planície de Ur, no sul do Iraque, e que a Bíblia registra como o local de nascimento de Abraão. O sítio arqueológico de Ur, escavado no século XX, inclui um zigurate mesopotâmico e um antigo complexo de casas.

O Pontífice planeja fazer um discurso em um encontro inter-religioso em Ur devido à importância de Abraão para as três principais religiões monoteístas. No judaísmo, Abraão é reverenciado como o primeiro patriarca do povo judeu. Os muçulmanos acreditam que Maomé é um descendente do filho de Abraão, Ismael.

Catedral Caldéia de São José em Bagdá

O Papa Francisco terminará o dia com uma Missa na Catedral Católica Caldéia de São José, em seu retorno a Bagdá. A catedral, chamada Mar Yousef, foi construída na década de 1950. Foi recentemente restaurada pelo Patriarca Caldeu Louis Raphael Sako.

Os caldeus são uma das várias comunidades católicas orientais que estão no Iraque. Sua história remonta aos primeiros cristãos por meio de sua conexão com a Igreja Oriental. Os caldeus representavam dois terços dos cristãos iraquianos antes que a população diminuísse pela violência do Estado Islâmico. Outras comunidades de rito oriental no Iraque incluem católicos siríacos, católicos armênios e católicos gregos melquitas.

Domingo, 7 de março: Mosul e as planícies de Nínive

Memorial em Mosul

O Papa Francisco passará seu último dia completo no Iraque no norte do país, nas planícies do norte de Nínive, onde o Estado Islâmico realizou uma campanha genocida contra cristãos, yazidis e outros grupos minoritários depois de tomar Mosul em junho de 2014.

O Papa será recebido no aeroporto de Erbil pelas autoridades religiosas e civis do Curdistão iraquiano antes de viajar de helicóptero a Mosul, onde rezará pelas vítimas da guerra na praça Hosh al-Bieaa.


Catedral da Imaculada Conceição

Em seguida, o Santo Padre viajará em helicóptero para visitar a comunidade cristã local em Bakhdida, também conhecida como Qaraqosh, na Catedral Católica Siríaca da Imaculada Conceição, onde rezará o Angelus.

A catedral, também conhecida como Catedral de Al-Tahira, foi profanada e seu interior carbonizado depois que o Estado Islâmico a incendiou após assumir o controle da cidade em 2014. A restauração do templo foi recentemente concluída pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. Uma nova estátua mariana esculpida por um artista cristão local foi colocada no topo da torre do sino em janeiro.

Missa no Estádio de Erbil

Em sua última noite no Iraque, o Papa Francisco oferecerá uma Missa no Estádio Internacional Franso Hariri, em Erbil, em 7 de março. Espera-se que seja o maior encontro de católicos iraquianos com o Pontífice durante sua viagem.

As autoridades locais no Curdistão disseram que 4.500 pessoas se inscreveram para a Eucaristia. Um cartão de identificação especial emitido pela Universidade Católica de Erbil será necessário para entrar no estádio.


Segunda-feira, 8 de março: viagem de volta de Bagdá a Roma


Após a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Bagdá, o Papa Francisco voltará a Roma em Alitalia na manhã de segunda-feira, viajando cerca de 2.900 quilômetros em pouco mais de cinco horas. O Santo Padre responderá a perguntas de jornalistas durante uma coletiva de imprensa em seu voo de regresso.

O Arcebispo católico caldeu Bashar Warda disse à CNA – agência em inglês do grupo ACI- que a próxima visita do Papa Francisco à região pode representar uma mudança para a reduzida população cristã do país.

“Tem o potencial de mudar a trajetória da presença cristã no Iraque, de um povo desaparecido a um povo que sobrevive e prospera”, disse o Arcebispo de Erbil.


Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.








Cantalamessa: conversão significa dar um salto adiante e entrar no Reino


Primeira pregação da Quaresma - texto integral

26/02/2021


“Convertei-vos e crede no Evangelho” foi o tema da primeira pregação da Quaresma do frei Raniero Cantalamessa. “Há uma conversão para cada estação da vida. O importante é que cada um de nós descubra a que serve para si neste momento”, disse o frei capuchinho.

Vatican News


“Convertei-vos e crede no Evangelho!” Este apelo sempre presente de Cristo foi o tema da primeira pregação da Quaresma do pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, na Sala Paulo VI, no Vaticano, aos membros da Cúria Romana.


 “De conversão, fala-se em três momentos ou contextos diversos do Novo Testamento. Cada vez, vem à luz uma sua componente nova. Juntas, as três passagens nos dão uma ideia completa sobre o que é a metanóia evangélica. Há uma conversão para cada estação da vida. O importante é que cada um de nós descubra a que serve para si neste momento”, disse o frei capuchinho.


Agarrar a salvação que veio aos homens gratuitamente


“A primeira conversão é aquela que ressoa no início da pregação de Jesus e que está resumida nas palavras: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Antes de Jesus, converter-se significava sempre um “voltar atrás”. Indicava o ato de quem, a um certo ponto da vida, percebe estar “fora do rumo”. Então se detém, reconsidera; decide voltar à observância da lei e de retornar à aliança com Deus. A conversão, neste caso, tem um significado fundamentalmente moral e sugere a ideia de algo penoso a se cumprir: mudar costumes, deixar de fazer isso ou aquilo.”

Segundo o cardeal, “nos lábios de Jesus, este significado muda. Não porque ele se divirta em mudar os significados das palavras, mas porque, com sua vinda, mudaram as coisas. “Cumpriu-se o tempo, e está próximo o Reino de Deus!”. Converter-se não significa mais voltar atrás, à antiga aliança e à observância da lei, mas significa dar um salto adiante e entrar no Reino, agarrar a salvação que veio aos homens gratuitamente, por livre e soberana iniciativa de Deus”.


Converter-se significa voltar atrás


A segunda passagem em que, no Evangelho, volta a se falar de conversão é:

“Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no Reino dos Céus?’ Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em verdade vos digo, se não vos converterdes e nãos vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus’” (Mt 18,1-3).

 “Desta vez converter-se significa voltar atrás, até mesmo a quando se era criança! O próprio verbo usado, strefo, indica inversão de marcha. Esta é a conversão de quem já entrou no Reino, acreditou no evangelho, já está há tempos no serviço de Cristo. É a nossa conversão! O que supõe a discussão sobre quem é o maior? Que a preocupação maior não é mais o reino, mas o próprio lugar nele, o próprio eu. Cada um deles tinha algum título para aspirar a ser o maior: Pedro tinha recebido a promessa do primado; Judas, a caixa; Mateus podia dizer que tinha deixado mais do que os outros; André, que tinha sido o primeiro a segui-lo; Tiago e João, que estiveram com ele no Tabor... Os frutos desta situação são evidentes: rivalidades, suspeitas, confrontos, frustração. Jesus, de imediato, tira o véu. Nem como primeiros, deste modo nem se entra no reino! O remédio? Converter-se, mudar completamente perspectiva e direção. A que Jesus propõe é uma verdadeira revolução copernicana. É preciso “descentralizar-se de si mesmo e recentralizar-se em Cristo”.

Segundo o frei capuchinho, “Jesus fala mais simplesmente de um tornar-se criança. Tornar-se criança, para os apóstolos, significava voltar a como eram no momento do chamado às margens do lago ou no posto de arrecadação: sem pretensões, sem títulos, sem confrontos entre si, sem invejas, sem rivalidades. Ricos apenas de uma promessa (“Farei de vós pescadores de homens”) e de uma presença, a de Jesus; a quando eram ainda companheiros de aventura, não concorrentes pelo primeiro lugar. Também para nós, tornar-se criança significa voltar ao momento em que descobrimos sermos chamados, ao momento da ordenação sacerdotal, da profissão religiosa, ou do primeiro verdadeiro encontro pessoal com Jesus. Quando dizíamos: “Só Deus basta!”, e acreditávamos”.


Conversão da mediocridade e da tibieza


“O terceiro contexto em que recorre, martelante, o convite à conversão, é dado pelas sete cartas às Igrejas do Apocalipse. As sete cartas são dirigidas a pessoas e comunidades que, como nós, vivem há tempos a vida cristã e, ainda mais, exercem nelas uma papel-guia. São endereçadas ao anjo das diversas Igrejas: “Ao anjo da igreja que está em Éfeso”. Não se explica este título senão em referência, direta ou indireta, ao pastor da comunidade. Não se pode pensar que o Espírito Santo atribua a anjos a responsabilidade das culpas e desvios que são denunciados nas diversas igrejas, muito menos que o convite à conversão seja dirigido a anjos ao invés de homens. Das sete cartas do Apocalipse, a que deve nos fazer refletir mais do que as outras é a carta à Igreja de Laodiceia. Conhecemos seu tom severo: “Conheço as tuas obras. Não és frio, nem quente... porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca... Sê zeloso, pois, e arrepende-te” (Ap 3,15ss). Aqui, trata-se da conversão da mediocridade e da tibieza”, frisou Cantalamessa.


O Espírito torna universal a redenção de Cristo


“O dom de Cristo não é limitado a uma época particular, mas oferecido a toda época. É justamente papel do Espírito tornar universal a redenção de Cristo, disponível a cada pessoa, em cada ponto do tempo e do espaço. O segredo é dizer uma vez “Vinde, Santo Espírito”, mas dizê-lo com todo o coração, deixando o Espírito livre para vir da maneira que ele quiser, não como gostaríamos que ele viesse, possivelmente sem mudar nada em nossa maneira de viver e orar. Peçamos à Mãe de Deus que nos obtenha a graça que obteve do Filho em Caná da Galileia. Por sua oração, naquela ocasião, a água se converteu em vinho. Peçamos que, por sua intercessão, a água da nossa tibieza se converta no vinho de um renovado fervor. O vinho que em Pentecostes provocou nos apóstolos a embriaguez do Espírito e os tornou “fervorosos no Espírito”, concluiu o pregador da Casa Pontifícia.


(vaticannews)


Homilia Diária: Por que não queremos perdoar? (1720: 26 de fevereiro de ...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 25 02 2021

Hino a Caridade - Caminho Neocatecumenal

Gana recebe primeira remessa de vacinas da COVAX


Covax é uma iniciativa que envolve a coalização de 165 países para garantir vacinas contra a Covid-19 às nações mais pobres. Nesta quinta-feira, o país africano registrava 81.245 casos de contágios e 584 mortes.

Vatican News

Gana recebeu na quarta-feira, 25, a primeira remessa de vacinas da COVAX contra a Covid-19. Os representantes do UNICEF e da OMS no país - Anne-Claire Dufay e Dr. Francis Kasolo, respectivamente - demonstraram satisfação afirmando que “esta é uma ocasião importante (...). O caminho de recuperação para o povo de Gana pode finalmente começar”.


“A única maneira de sair desta crise  – destacam em um comunicado -  é garantir que as vacinas estejam disponíveis para todos. Agradecemos a todos os parceiros que estão apoiando a COVAX Facility para fornecer vacinas Covid-19 seguras e eficazes a todos os países, de forma rápida e justa”.


Essas 600.000 vacinas COVAX fazem parte de um primeiro lote de remessas da vacina AstraZeneca / Oxford licenciado ao Serum Institute of India, que representam parte da primeira leva de vacinas contra a Covid destinadas a diversos países de renda baixa e média.


Os embarques também representam o início daquela que deve ser a maior operação de aquisição e fornecimento de vacinas da história. “A COVAX Facility planeja entregar quase 2 bilhões de doses de vacinas Covid-19 este ano. Este é um esforço global sem precedentes para garantir que todos os cidadãos tenham acesso às vacinas.”


“Estamos muito satisfeitos com o fato de Gana ter se tornado o primeiro país a receber vacinas Covid-19 da COVAX Facility. Parabenizamos o governo de Gana - em particular o Ministério da Saúde, o Serviço de Saúde de Gana e o Ministério da Informação - por seus esforços incessantes para proteger a população. Como parte do Country Team das Nações Unidas em Gana, o UNICEF e a OMS reafirmam seu compromisso de apoiar a campanha de vacinação e conter a propagação do vírus, em estreita colaboração com todos os parceiros, incluindo Gavi e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI).


“As vacinas salvam vidas - reiteram ao concluir a mensagem. À medida que os profissionais de saúde e outros funcionários da linha de frente forem vacinados, poderemos ver gradualmente um retorno ao normal, incluindo melhor acesso a serviços de saúde, educação e proteção. No espírito da cobertura universal de saúde, não deixemos ninguém para trás."

Nesta quinta-feira, o país africano registrava 81.245 casos de contágios e 584 mortes.


*Com UNICEF/OMS

(vaticannews)


Sacerdote celebra Missa do telhado de igreja em construção


Lima, 25 fev. 21 / 06:00 am (ACI).- Devido ao aumento de casos de coronavírus no Peru, o governo decretou, há algumas semanas, um novo confinamento que obrigou a fechar os templos em algumas regiões, no entanto, isso não impediu um sacerdote de celebrar a Missa do telhado de uma igreja em construção.

O governo peruano dividiu o país em três níveis de contágio: alto, muito alto e extremo, de acordo com a gravidade da pandemia. Em 21 de fevereiro, os casos de coronavírus no Peru somavam mais de 1.286.000, sendo 1.829 nas últimas 24 horas. O número de mortos, segundo dados oficiais, é de 45.263 pessoas.

No nível extremo estão as regiões de Áncash, Pasco, Huánuco, Junín, Huancavelica, Ica, Apurímac, Região de Lima, Lima Metropolitana e Callao. Nestes locais foi instituída uma quarentena de 31 de janeiro a 28 de fevereiro, que proíbe a abertura de igrejas, shopping centers, academias, restaurantes, entre outros.

Na província de Ambo (Huánuco), uma das zonas de nível extremo de contágio, está a paróquia Santa Rosa dirigida pelo Pe. Juan López Díaz, para quem o confinamento não tem impedido a celebração da Eucaristia dominical desde o telhado da igreja, onde prepara um altar e coloca alto-falantes.

A Direção Regional de Saúde de Huánuco informou que nesta região, desde 23 de fevereiro, ocorreram mais de 47 mil casos de coronavírus e mais de mil pessoas morreram com o vírus.

O sacerdote começou com esta iniciativa no início de 2020, quando a pandemia atingiu o país; e agora, com a segunda onda e o confinamento, retomou esta forma criativa de levar a Palavra de Deus aos fiéis do povoado.

“Se agora as missas e reuniões estão proibidas, sempre tem que haver formas e maneiras de chegar ao povo. É preciso encontrá-los”, indicou a Efe.

Pe. López assinalou que a vida tem muitos obstáculos, “mas sempre há saídas. Nesse sentido, eu disse que o telhado não pode de forma alguma ser uma razão para eu deixar de pregar”.

Todos os domingos, mais de três mil pessoas se conectam à transmissão ao vivo da Missa celebrada pelo Pe. López, e na mesma cidade cerca de cem pessoas acompanham a Eucaristia de “telhados, varandas, portas e janelas”.

“Eles estão muito contentes, mas também preocupados porque há domingos em que o vento é forte e dá medo, mas aí estamos com a graça de Deus e com algumas pedras no bolso para que o vento não me faça mal, já que não peso nada”, brincou.

A igreja de Santa Rosa fica na cidade de Tomayquichua, nos Andes peruanos. Um terremoto obrigou a derrubar o antigo templo e a nova igreja começou a ser construída em 2011.

Pe. López investiu dois milhões de soles (aproximadamente 550 mil dólares) na nova igreja, dinheiro arrecadado graças às atividades que realiza a cada ano. Anualmente, arrecadam cerca de 100 mil soles (aproximadamente 27 mil dólares).

O padre indicou que esperava terminar a construção da igreja no próximo ano, porém, a pandemia estendeu esse prazo.

“Estava pensando em terminar em 2022, mas isso levará mais alguns anos. Como ainda está em construção, tenho que escalar subir para celebrar a Missa no telhado porque as escadas ainda não estão completas”, disse.

Para chegar ao telhado da igreja, o sacerdote usa uma escada de madeira da torre sineira e instalou um altar improvisado com uma mesa dobrável para poder celebrar a Santa Missa das alturas.

Assistência espiritual nos hospitais

Além das Missas no telhado da igreja, Pe. López vai todas as semanas três ou quatro vezes aos hospitais de Huánuco para visitar os doentes de Covid-19 e levar-lhes conforto e apoio espiritual.

“Às vezes eu celebro a Missa dentro do hospital e é triste e doloroso ver como sofrem. Precisamos acompanhá-los, fortalecê-los, incentivá-los e colocá-los nas mãos do Senhor”, indicou.

O sacerdote assinalou que, enquanto Deus lhe der vida e saúde para cuidar dos doentes, irá "aonde eles estiverem".

“Esta segunda onda está muito pior que a primeira. A isso devemos acrescentar que não temos hospitais, nem profissionais, nem suprimentos ou oxigênio. São quatro coisas que precisamos hoje em nosso Huánuco”, acrescentou.

A bordo de uma motocicleta, Pe. López percorre as ruas de Huánuco para visitar hospitais e também reza o Terço com as pessoas que estão nas vias públicas, com a ajuda de um alto-falante.


Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

(acidigital)


Mais dioceses chilenas colocam igrejas à disposição para vacinação contra Covid-19


Rancagua, Osorno, Chillán e Concepción são algumas das Dioceses que sentiram-se chamadas a transformar paróquias e basílicas em centros de vacinação, “um ato de amor ao próximo e responsabilidade moral pelo bem comum”.

Vatican News

Os bispos do Chile defendem que a vacina contra a Covid-19 é uma prioridade, tanto que diversas dioceses colocaram suas igrejas à disposição para facilitar a campanha de vacinação. A informação está no site do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), que também recorda a recente mensagem quaresmal dos prelados chilenos em que “a possibilidade de acesso a uma das vacinas contra a Covid-19 é indicada como uma janela de esperança para iniciar o processo de superação desta grave pandemia”.

Por isso, o episcopado convida todos a se vacinarem, segundo os planos da autoridade sanitária, nos postos de vacinação, “porque não há motivos justificados para suspeitar que as vacinas sejam nocivas ou que o seu uso possa ser moralmente inaceitável”.

Rancagua, Osorno, Chillán e Concepción são algumas das Dioceses que quiseram transformar paróquias e basílicas em centros de vacinação, “um ato de amor ao próximo e responsabilidade moral pelo bem comum”.

Em Osorno, também a Catedral acolhe a campanha de vacinação, e o bispo, Dom Jorge Concha, insistiu na sua importância, especificando que é necessário aderir e apoiar o projeto “porque se trata de promover a saúde, a vida e isso é bom para todos”, é um“ sinal de fraternidade”.

Na Diocese de Chillán, o Pe. Gonzalo Gómez disse que acolheu com alegria a possibilidade de "poder contribuir para esta importante campanha" para o país. “A população acolheu muito bem esta disponibilidade da paróquia de abrir as suas portas - acrescentou. Os comentários que tivemos nas redes sociais foram positivos e agradecidos; sobretudo os idosos, não terão que se deslocar para outros lugares.”

 “Não seremos a grande solução - continuou Pe. Gómez - mas uma pequena contribuição que podemos dar e é por isso que pedimos às pessoas a tomarem consciência dessa vacinação para que todos possamos ser imunizados contra a pandemia”.

Por fim, da Arquidiocese de Concepción, a declaração do Pe. Héctor Osório, que afirmou “estarmos felizes em poder abrir as portas de nossa paróquia para oferecer um serviço à comunidade. A vacinação ajuda a prevenir e a cuidar uns dos outros”.

O Chile é o país da América Latina que mais adquiriu vacinas e que registra a taxa mais elevada de vacinação contra a Covid-19. No mundo, é o 9°, atrás de Israel, Seychelles, Emirados Árabes, Reino Unido, Maldivas, Estados Unidos, Barein e Sérvia.

Em números absolutos, o Chile – que tem 19 milhões de habitantes -  aplicou 2.924.279 doses, o que corresponde a uma média diária de 135.276.


Vatican News Service - TC


Homilia Diária: A força unitiva do amor (1719: 25 de fevereiro de 2021)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

La Misión en el Camino Neocatecumenal

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 24 02 2021

Quaresma: tempo de caminho, renovação e esperança


Neste período de preparação para a Páscoa, partindo de temas relacionados ao caminho quaresmal, repropomos algumas reflexões do Papa Francisco. Viver este tempo com esperança, lemos na mensagem do Santo Padre para a Quaresma de 2021, significa "receber a esperança de Cristo que dá sua vida na cruz".

Amedeo Lomonaco – Vatican News

“Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe ‘fazer morada’ em nós”. “Ao percorrer o caminho quaresmal que nos conduz às celebrações pascais, recordamos Aquele que Se rebaixou a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte na cruz”. Estas palavras, que podemos ler na mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2021, não se referem apenas à dimensão memorial da lembrança, mas nos convidam a viver, também no presente e hoje, um tempo propício para renovar a fé, a esperança e a caridade. São dirigidas a todos os homens, chamados a "sentir que são, em Jesus Cristo, testemunhas do novo tempo". Durante seu pontificado, Francisco ilustrou várias vezes o significado do caminho que leva à Páscoa. “No tempo da Quaresma", disse no domingo, 21 de fevereiro, durante o Angelus, "o Espírito Santo nos exorta também, como Jesus, a entrar no deserto". Não é um lugar físico, mas uma dimensão existencial na qual deve-se ficar em silêncio".

 

O centro do caminho quaresmal

"A Quaresma", explicou o Papa em sua homilia durante a missa da Quarta-feira de Cinzas celebrada na Basílica de São Pedro em 17 de fevereiro, "é uma viagem que envolve toda nossa vida, tudo de nós mesmos. É o tempo para verificar as estradas que estamos percorrendo, para encontrar o caminho que nos leva de volta a casa, para redescobrir o vínculo fundamental com Deus, do qual tudo depende. A Quaresma não é uma fileira de promessas, é discernir para onde está orientado nosso coração. Este é o centro da Quaresma”.


Sintonizar-se nas frequências do Evangelho

 A Quaresma", disse Francisco na Audiência geral de 26 de fevereiro de 2020, "é um momento propício para dar espaço à Palavra de Deus. É o tempo para desligar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para nos desligarmos do celular e para nos ligarmos ao Evangelho. Quando eu era criança não havia televisão, mas tínhamos o hábito de não ouvir o rádio neste período. A Quaresma é deserto, é tempo para renunciar, para nos desligarmos do celular e nos ligarmos ao Evangelho. É o tempo para renunciar a palavras inúteis, conversas, boatos, fofocas, e falar e tratar o Senhor por “tu”. É o tempo para se dedicar a uma saudável ecologia do coração, para fazer uma limpeza”.

 

Viver como pede Jesus

Precisamos – sublinhou o Papa na Santa Missa com a bênção e imposição das Cinzas na Basílica de Santa Sabina em 6 de março de 2019 - nos libertar dos tentáculos do consumismo e dos laços do egoísmo, de querer sempre mais, de não nos contentarmos jamais, do coração fechado às necessidades do pobre. Jesus, abrasado de amor no lenho cruz, chama-nos a uma vida inflamada por Ele, que não se perde entre as cinzas do mundo; uma vida que arde de caridade, e não se apaga na mediocridade. É difícil viver como Ele pede? Sim, é difícil, mas conduz à meta. No-lo mostra a Quaresma”.

 

Um coração que bate de acordo com a batida do coração de Jesus

"Para, olha e regressa". "Para", diz o Papa Francisco durante a missa a que presidiu, com o rito da bênção e da imposição das Cinzas, na Basílica de Santa Sabina em 14 de fevereiro de 2018 – para olhar e contemplar”. “Olha e contempla o rosto do Amor Crucificado, crucificado por amor de todos sem exclusão”. “Regressa sem medo para experimentar a ternura sanadora e reconciliadora de Deus!”.


(vaticannews)


Relembrando o Papa Juan Pablo II - Eucaristía del Camino Neocatecumenal

24.02.2021 Angelus e Santo Rosario dalla Santa Casa di Loreto

Homilia Diária: Toda conversão tem o seu preço (1718: 24 de fevereiro de...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Euronews em direto

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 23 02 2021

Euronews em direto

Tempo de conversão: meditação sobre o batismo e a tentação de Jesus


Durante a semana de exercícios espirituais do Papa e da Cúria Romana, propomos uma série de meditações preparadas para a ocasião pelo Arcebispo Giacomo Morandi, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, intitulada "Redimidos do pecado, anunciadores do Evangelho".

Alessandro Di Bussolo – Vatican News

Jesus é tentado por Satanás no deserto, mas "os anjos o serviam". O que Marcos escreve no início de seu Evangelho confirma que "o homem, na medida em que se confia ao Senhor, experimenta uma providência". Deus "não deixa de prover sua ajuda, sua presença" e estes são os efeitos do "relacionamento de amizade" com Ele. É disto que se trata a vida cristã: "tornar-se progressivamente, em sinergia, em colaboração com o Espírito Santo, filhos de Deus", graças ao Batismo.


Redimidos do pecado, proclamadores do Evangelho

Estas são algumas das principais passagens da primeira das meditações, sobre o tema "Tempo de Conversão", preparadas por Dom Giacomo Morandi, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, que propomos durante a semana de exercícios espirituais para a Quaresma - vividos como sabemos em modo individual pelo Papa e a Cúria Romana por causa da pandemia. São pequenas lectio divine, de 15 minutos de duração, que partem de breves passagens do Evangelho de Marcos e compõem um ciclo de reflexões intitulado "Redimidos do pecado, anunciadores do Evangelho.


"A vida cristã é o seguimento de Cristo".

Dom Morandi, ao introduzir suas meditações, fala do evangelista Marcos como o "mestre que nos guia para uma compreensão cada vez mais profunda do que significa se tornar e ser discípulos de Jesus", porque o objetivo da vida cristã "nada mais é do que seguir, tornar-se como Cristo ou, como diz o apóstolo Paulo, assumir os mesmos sentimentos de Jesus Cristo".


Um caminho para compreender quem é o discípulo de Jesus

Relendo algumas páginas do seu Evangelho, o bispo sublinhou, "tentaremos ver qual é a identidade do discípulo", "o que o Senhor pede àqueles que chama para se tornarem seus discípulos". Um caminho a ser feito em solidão para sair "desta experiência mudados", descobrindo "uma presença consoladora que ilumina, que dá força, que nos faz ver quem somos" e acima de tudo nos revela "quem é Jesus para nós".


O primeiro trecho de Marcos capítulo 1, versículos 9-13

A primeira passagem escolhida pelo pregador é do capítulo 1, versículos 9-13 do Evangelho de Marcos:


Aconteceu, naqueles dias, que Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no rio Jordão. E, logo ao subir da água, ele viu os céus se rasgando e o Espírito, como uma pomba descer até ele, e uma voz veio dos céus: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo". E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás; e vivia entre as feras, e os anjos o serviam.


Jesus solidário com os pecadores em busca de purificação

Já é muito importante a indicação de que Jesus "coloca-se em fila" para ser batizado por João no rio Jordão, "lá onde os homens reconhecem seu próprio pecado e desejo de serem purificados". É a expressão, explica Morandi, "de uma solidariedade com aquele mundo de homens pecadores que deseja uma mudança, deseja dar uma virada à própria vida".


A manifestação de Deus como Trindade

Jesus, o Sumo Sacerdote, é "totalmente solidário com o homem pecador". Justamente porque "ele é desprovido de todo pecado", ele é capaz de assumir uma solidariedade plena e verdadeiramente eficaz. Quando se rasgam os céus e o Espírito Santo desce sobre Ele "o véu sobre a verdadeira identidade de Jesus é levantado, que é o verdadeiro homem, mas é também o verdadeiro Deus". É uma manifestação que revela "uma relação única e especial com o Pai". Deus se manifesta como Trindade: "O Pai faz ouvir Sua voz, Ele revela que é o Filho amado em quem Ele colocou Sua satisfação, e o Espírito Santo desce sobre Ele".


Jesus no deserto por obediência

E o primeiro efeito "desta descida do Espírito Santo que revela a identidade de Jesus é impeli-lo no deserto". Jesus, comenta Dom Morandi, "vai para o deserto, não por iniciativa própria, mas em obediência ao Espírito Santo". O deserto é o lugar "por excelência de discernimento": como diz Moisés a Israel: "Eu te fiz caminhar 40 anos no deserto para saber o que tinhas no coração".


A tentação revela o que somos

Jesus é impelido ao deserto, "para que possa ser tentado". É um teste, a tentação "e enquanto não formos testados, não sabemos realmente o que tem em nossos corações". O teste revela o que somos, "qual é a Palavra sobre a qual construímos e na qual confiamos". Portanto, salienta o pregador, "a tentação em si mesma é uma grande ajuda, desde que obviamente não nos alinhemos a ela".


Em paz com Deus até a criação é amiga

E nesta experiência Jesus "experimenta a proximidade e a fidelidade de Deus". Embora tentado por Satanás, na verdade, "ele estava com as feras e os anjos o serviam". Isto significa, esclarece Morandi, "que quando o homem vive como Jesus em comunhão com Deus, quando ele se confia a Deus, o efeito é o de uma reconciliação". As feras não causam medo. Pelo contrário, "há uma comunhão", porque há uma relação de causa e efeito: "quando estamos em paz com Deus, a criação também recupera aquele aspecto de paz e harmonia que nos leva de volta às primeiras páginas do Gênesis antes do pecado".


Confiando n’Ele, experimentamos a providência

Portanto, na medida em que "tecemos uma relação de amizade com Deus", nos confiamos a Ele, imediatamente vemos os efeitos que tal reconciliação causa ao nosso redor. "E os anjos o serviam": esta presença angélica confirma que quando "o homem se confia a Deus, experimenta uma providência". O Senhor não deixa de ajudar.


O batismo, um dom que nos faz filhos de Deus

Tudo nasce com o nosso Batismo, conclui Dom Morandi. "Ser novas criaturas, habitadas pela Santíssima Trindade, vivendo uma profunda comunhão com Aquele que veio habitar em nosso coração, produz no nosso coração e determina na nossa vida uma estabilidade, uma paz". Que não é fruto de nosso próprio esforço, mas é a consequência de uma acolhida: "Deus que se manifesta, Deus que nos faz novas criaturas, e nos faz filhos no único Filho". Toda a vida cristã "nada mais é do que viver o cumprimento desta dignidade". Os "que são guiados pelo espírito de Deus são filhos de Deus". Trata-se então de ser filhos e também de "se tornar filhos": "tornar-se progressivamente, em colaboração com o Espírito Santo, filhos de Deus". Peçamos ao Senhor a graça de recordar nosso batismo, "daquela iniciativa absolutamente gratuita de Deus Pai para conosco, que nos fez filhos".  


(vaticannews)


Terço da Divina Misericórdia


Para rezar o Terço da Divina Misericórdia pode-se usar um terço normal. Seguir a sequência abaixo:


1. Sinal da Cruz

2. Pai Nosso

3. Ave Maria

4. Credo (Símbolo dos Apóstolos)

5. Nas contas maiores do Terço, ao rezar o Pai Nosso reza-se:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, a Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.

6. Nas contas menores do Terço, ao rezar a Ave Maria, reza-se:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

7. Invocação. No final do terço, reza-se por três vezes:

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

8. Oração conclusiva (opcional)

Deus, Pai Misericordioso, que revelou Teu amor em Teu Filho Jesus Cristo, e o derramou sobre nós no Espírito Santo, confiamos-Te hoje o destino do mundo e de cada homem. Dobre-se sobre nós pecadores, cure nossa fraqueza, vença todo o mal, deixe que todos os habitantes da Terra experimentem a Tua misericórdia, para que em Ti, o Deus Trino, possam sempre encontrar a fonte da esperança. Pai Eterno, pela dolorosa Paixão e Ressurreição de Teu Filho, tende piedade de nós e do mundo inteiro. Amém.


(vaticannews)


 


Papa: Santa Faustina convida a voltarmos à fonte da misericórdia


Voltemo-nos à fonte da misericórdia. Tenhamos a coragem de voltar a Jesus”. São palavras do Papa Francisco ao recordar os 90 anos da primeira revelação da imagem de Jesus Misericordioso à Santa Faustina Kowalska. A carta foi endereçada a Dom Piotr Libera, Bispo de Płock, na Polônia

Vatican News


O Papa Francisco escreveu uma carta ao Bispo de Płock, na Polônia por ocasião das celebrações do 90º aniversário da primeira revelação da imagem de Jesus Misericordioso à irmã Faustina Kowalska em 22 de fevereiro de 1931. Portanto hoje será realizada uma solene celebração no Santuário da Divina Misericórdia na cidade de Płock, lugar da aparição.


Na sua carta Francisco recorda as palavras que Santa Irmã Faustina ouviu na ocasião:


Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: ‘Jesus, confio em Vós. Desejo que esta imagem seja venerada primeiro na vossa capela, e depois no mundo inteiro. (Diário, 47)”


Compartilhando a alegria da Igreja de Płock pelo aniversário o Papa recorda outras palavras de Jesus escritas no Diário da Santa: "A humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar à fonte da minha misericórdia" (Atas 699).  E Francisco encoraja:


Voltemo-nos à esta fonte. Peçamos a Cristo o dom da misericórdia. Deixemos que nos abrace e entre dentro de nós. Tenhamos a coragem de voltar a Jesus, de encontrar o Seu amor e misericórdia nos sacramentos. Sintamos a Sua proximidade e ternura e então também nós seremos mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor


O Papa recorda também o apóstolo da misericórdia, São João Paulo II que afirmava “É necessário transmitir ao mundo este fogo da misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, e o homem a felicidade! (Cracóvia - Łagiewniki, 17 de agosto de 2002).


Concluindo o Santo Padre escreve: 

Este é um desafio especial para a Igreja em Płock, marcada por esta revelação, para a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, para a cidade de Płock e para todo seu povo. Transmitir ao mundo o fogo de Jesus Amor. Sejam para todos um sinal de Sua presença no meio de vós”. "Ao senhor, Bispo, à Diocese de Płock e a todos os participantes das celebrações dos 90 anos das manifestações de Jesus Misericordioso, concedo cordialmente minha Bênção Apostólica".


(vaticannews)


Homilia Diária: Uma meditação sobre o Pai-nosso (1717: 23 de fevereiro d...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Hora Nona da Festa da Cátedra de São Pedro, apóstolo

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 22 02 2021

22.02.2021 Angelus e Santo Rosario dalla Santa Casa di Loreto

Euronews em direto

Guterres: dez países administraram 75% das vacinas e 130 não receberam uma única dose


O secretário-geral da ONU alerta que o vírus agravou as desigualdades e se tem infiltrado noutros campos além da saúde. A distribuição das vacinas, diz, tem sido feita de forma injusta.


Claudia Carvalho Silva

22 de Fevereiro de 2021, 9:38


O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirma que “o mundo está a enfrentar uma pandemia de abusos de direitos humanos”. A covid-19 acentuou vulnerabilidades e fragilidades, mas também criou novos problemas, diz num artigo de opinião publicado nesta segunda-feira no jornal britânico The Guardian: “Dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas contra a covid-19. Ao mesmo tempo, mais de 130 países não receberam uma única dose.”

António Guterres tinha já criticado a distribuição das vacinas, dizendo que era “extremamente desigual e injusta”. Foi numa reunião com o Conselho de Segurança da ONU que o secretário-geral português avançou estes dados sobre os 130 países que não receberam ainda uma única dose da vacina contra a covid-19.  

“O vírus proliferou porque a pobreza, a discriminação, a destruição do nosso ambiente natural e outras falhas de direitos humanos criaram enormes fragilidades nas nossas sociedades. As vidas de milhões de famílias foram viradas do avesso – com empregos perdidos, uma dívida avassaladora e grandes cortes nos rendimentos.” Os mais afectados foram os profissionais na linha da frente do combate à pandemia, pessoas com deficiência, idosos, mulheres e minorias, enumera. A pandemia também “dificultou os esforços para atingir a paz mundial” e os níveis de pobreza extrema estão a aumentar pela primeira vez nas últimas décadas.

O vírus está também a “infectar os direitos civis e políticos”, refere Guterres no artigo de opinião. Há autoridades em alguns países que estão a abusar do poder usando a pandemia como desculpa para “criminalizar liberdades básicas, silenciar o jornalismo independente e restringir a actividade de organizações não governamentais”. Há quem tenha sido detido por criticar a gestão da pandemia feita em alguns países e a “desinformação mortal tem sido amplificada – até por aqueles no poder”. Além disso, há extremistas – “incluindo supremacistas brancos e neonazis – que têm instrumentalizado a pandemia” para manipular, alerta António Guterres.

“Se permitirmos que o vírus prolifere como um incêndio florestal no Sul do globo, continuará a sofrer mutações e mutações. Novas variantes poderão tornar-se mais transmissíveis, mais mortais e até afectar a eficácia das vacinas actuais”, alerta o secretário-geral da ONU. Tudo isto pode levar a que tomemos novamente medidas como as que estão em vigor agora e a “atrasar a recuperação da economia mundial”.


(publico.pt)


10 Minutos com Jesus. Um sofá fofinho? (22-02-21)

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Angelus 21 de fevereiro 2021 Papa Francisco

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 21 02 2021

I DIMINGO DA QUARESMA

 No Deserto


Estamos no início da QUARESMA. 

Quaresma é o grande retiro espiritual dos cristãos 

em preparação da festa da Páscoa. 

É o coração do ano litúrgico e o cume da fé cristã.

Na Igreja Primitiva, na Quaresma fazia-se a preparação próxima do Batismo.


As Leituras nos introduzem no caminho da renovação do Batismo 

e nos chamam à conversão.


A 1a Leitura  evoca o Dilúvio, o 1° BATISMO 

pelo qual todo o Universo teve de passar 

para que surgisse uma nova criação. (Gn 9,8-15)


Começamos a ler a Historia da salvação a partir do episódio do Dilúvio, 

quando Deus salvou o justo Noé e sua família e

fez a primeira Aliança com a humanidade.


Através do dilúvio, Deus purificou a humanidade corrompida.  

O Dilúvio foi o grande batismo de todo o Universo, 

que renasceu das águas para estabelecer uma nova Aliança.

E o arco-íris deixado por Deus no céu foi o sinal dessa Aliança, 

desse abraço entre o céu e a terra, entre Deus e os homens. 


A 2a Leitura, nos lembra que as águas purificadoras do Dilúvio 

são imagem das águas purificadoras do Batismo. (1Pd 3,18-22)


* Pedro interpreta a figura de Noé e do Dilúvio em chave batismal.

   É uma antiga catequese Batismal da Igreja primitiva.


O Evangelho resume as palavras iniciais do ministério de Jesus:

"O Reino está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho". (Mc 1,12-15)


O episódio das TENTAÇÕES de Jesus no DESERTO, 

mais do que uma narrativa histórica, trata-se de uma Catequese.  

- "O deserto", para os judeus, é o lugar privilegiado do encontro com Deus. 

Foi no deserto que o Povo experimentou o amor e a solicitude de Deus 

e foi no deserto que Deus propôs a Israel uma Aliança. 

Foi também no deserto, que Israel se revoltou contra Deus... 

- Para Jesus o "deserto" é o "lugar" do encontro com Deus 

e do discernimento dos seus projetos. E é o "lugar" da prova, 

da tentação de abandonar Deus e de seguir outros caminhos. 

- "Quarenta dias" é um número simbólico, que lembra o tempo 

da caminhada do Povo no deserto e a experiência de Moisés e de Elias.

- "Satanás" representa os que se opõem ao estabelecimento do seu Reino.

- "As tentações": Marcos não especifica as tentações,

mas elas simbolizam as provações que Jesus enfrentou ao longo 

de toda a sua vida para se manter fiel à missão confiada por Deus.

Elas resumem também as tentações de todos nós...

A vida de Jesus será uma luta constante de superação 

até a vitória definitiva na cruz, através da Ressurreição.

Da sua opção, vai surgir um mundo de paz e de harmonia.

Jesus aparece como o novo Adão, que vence o tentador.

Vencendo a tentação, Jesus inaugura a Aliança definitiva,

mais importante que a de Noé.


Após ser Batizado e ter superado as Tentações no DESERTO, 

Jesus inicia o seu trabalho apostólico, proclamando:

 "O Reino já chegou... Convertei-vos e crede no evangelho".

As mesmas palavras, que ouvimos quarta feira passada ao receber as cinzas

e que são um resumo do espírito da Quaresma, que estamos iniciando.


* QUARESMA é DILÚVIO e DESERTO.


- É Dilúvio que arranca o pecado e leva a construir a área de Salvação 

  e é Sinal de que Deus está em Paz conosco.

- É Deserto pela espiritualidade do despojamento, que nos propõe.


* QUARESMA é CONVERTER-SE e CRER:


- "Converter-se" é mais do que fazer penitências ou privações momentâneas. 

   É fazer com que Deus seja o centro de nossa existência e 

   ocupe sempre o primeiro lugar.

   É aceitar e cumprir a Aliança feita nas águas do batismo.

   É acolher e viver os valores do Reino


- "Crer" não é apenas aceitar um conjunto de verdades intelectuais. 

   É aderir à pessoa de Cristo, escutar a sua proposta, 

   acolhê-la no coração e fazer dela o guia de nossa vida.


A nossa Quaresma:

A Liturgia de hoje nos conscientiza da fidelidade de Deus 

e da necessidade de morrer ao homem velho 

para ressuscitar com Cristo a uma vida nova.

Sinal eficaz desse passo é o Batismo; 

o caminho é a conversão até a Páscoa.


Gesto concreto:


O que pretendo fazer nesse tempo sagrado da Quaresma?

Planejei gestos concretos:

 - Quais são os momentos especiais de Oração... de Deserto?

 - Qual a minha Penitência quaresmal, proveitosa para mim e agradável a Deus? 

 - Quais os atos de Caridade que pretendo realizar?

 - Onde pretendo ser: fator de Unidade?


Esse é o caminho para que a Páscoa aconteça dentro de cada um de nós...


                                               Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 21.02.2021

(buscandonovasaguas)

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Itália. As imagens da erupção do vulcão Etna

Clima extremo está a atrasar a vacinação contra a covid-19 nos EUA

Homilia Diária: Memória de São Francisco e Santa Jacinta Marto (1715: 20...

Missa de 20 de Fevereiro 2021

Hoje a Igreja celebra São Francisco e Santa Jacinta Marto, videntes da Virgem de Fátima


REDAÇÃO CENTRAL, 20 fev. 21 / 05:00 am (ACI).- “Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão ao inferno porque não há quem se sacrifique e peça por elas”, foi o que pediu Nossa Senhora de Fátima a Francisco, Jacinta e Lúcia. E, neste dia 20 de fevereiro, a Igreja recorda a memória de dois desses pastorinhos, os Santos Francisco e Jacinta Marto.

Francisco Marto nasceu em 1908 e Jacinta, dois anos depois. Desde pequenos aprenderam a tomar cuidado com as más companhias e, por isso, preferiam estar com sua prima Lúcia, que costumava lhes falar sobre Jesus. Os três cuidavam das ovelhas, brincavam e rezavam juntos.

De 13 de maio a 13 de outubro de 1917, a Virgem lhes apareceu em várias ocasiões na Cova de Iria (Portugal). Durante estes ocorridos, suportaram com valentia as calúnias, injúrias, más interpretações, perseguições e a prisão. Eles diziam: “Se nos matarem, não importa; vamos ao céu”.

Logo depois das aparições, Jacinta e Francisco seguiram sua vida normal. Lúcia foi para a escola, tal como pediu a Virgem, e era acompanhada por Jacinta e Francisco. No caminho, passavam pela Igreja e saudavam Jesus Eucarístico.

Francisco, sabendo que não viveria muito tempo, dizia a Lúcia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”. Ao sair do colégio, as meninas o encontravam o mais perto possível do Tabernáculo e em recolhimento.

O pequeno Francisco era o mais contemplativo e queria consolar Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Em uma ocasião, Lúcia lhe perguntou: “Francisco, o que prefere, consolar o Senhor ou converter os pecadores?”. Ele respondeu: “Eu prefiro consolar o Senhor”.

“Não viu que triste estava Nossa Senhora quando nos disse que os homens não devem ofender mais o Senhor, que já está tão ofendido? Eu gostaria de consolar o Senhor e, depois, converter os pecadores para que eles não ofendam mais ao Senhor”. E continuou: “Logo estarei no céu. E quando chegar, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora”.

Jacinta participava diariamente da Santa Missa e tinha grande desejo de receber a Comunhão em reparação dos pobres pecadores. Atraía-lhe muito estar com Jesus Sacramentado. “Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo”, repetia.

Certo dia, pouco depois da quarta aparição, Jacinta encontrou uma corda e concordaram em reparti-la em três e colocá-la na cintura, sobre a carne, como sacrifício. Isto os fazia sofrer muito, contaria Lúcia depois. A Virgem lhes disse que Jesus estava muito contente com seus sacrifícios, mas que não queria que dormissem com a corda. Assim o fizeram.

Concedeu a Jacinta a visão de ver os sofrimentos do Sumo Pontífice. “Eu o vi em uma casa muito grande, ajoelhado, com o rosto entre as mãos, e chorava. Fora, havia muita gente; alguns atiravam pedras, outros diziam imprecações e palavrões”, contou ela.

Por isso e outros feitos, as crianças tinham presente o Santo Padre e ofereciam três Ave Maria por ele depois de cada Rosário. Do mesmo modo, as famílias iam a eles para que intercedessem por seus problemas.

Em uma ocasião, uma mãe rogou a Jacinta que pedisse por seu filho que se foi como o filho pródigo. Dias depois, o jovem retornou para casa, pediu perdão e contou a sua família que depois de ter gastado tudo o que tinha, roubado e estado no cárcere, fugiu para bosques desconhecidos.

Quando se achou completamente perdido, ajoelhou-se chorando e rezou. Nisso, viu Jacinta que o pegou pela mão e o conduziu até um caminho. Assim, pôde retornar para casa. Logo interrogaram Jacinta se tinha se encontrado com o moço e ela disse que não, mas que tinha rogado muito à Virgem por ele.

Em 23 de dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram de uma terrível epidemia de broncopneumonia. Francisco foi piorando aos poucos durante os meses posteriores. Pediu para receber a Primeira Comunhão e, para isso, confessou-se e guardou jejum. Recebeu-a com grande lucidez e piedade. Depois, pediu perdão a todos.

“Eu vou ao Paraíso; mas de lá pedirei muito a Jesus e à Virgem para que os leve também logo”, disse para Lúcia e Jacinta. No dia seguinte, em 4 de abril de 1919, partiu para a casa do Pai com um sorriso angelical.

Jacinta sofreu muito pela morte de seu irmão. Mais tarde, sua enfermidade se complicou. Foi levada ao hospital da Vila Nova, mas retornou para casa com uma chaga no peito. Logo confiaria a sua prima: “Sofro muito; mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para desagravar o Coração Imaculado de Maria”.

Antes de ser levada ao hospital de Lisboa, disse para Lúcia: “Já falta pouco para ir ao céu… Diga a todos que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria. Que as peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que ao seu lado se venere o Imaculado Coração de Maria, que peçam a paz ao Imaculado Coração, que Deus a confiou a Ela”.

Operaram Jacinta, tiraram-lhe duas costelas do lado esquerdo e ficou uma grande chaga como de uma mão. As dores eram espantosas, mas ela invocava a Virgem e oferecia suas dores pela conversão dos pecadores.

Em 20 de fevereiro de 1920, pediu os últimos sacramentos, confessou-se e rogou que a levassem o viático porque logo morreria. Pouco depois, partiu para a Casa do Pai com dez anos de idade.

Os corpos do Francisco e Jacinta foram transladados ao Santuário de Fátima. Quando abriram o sepulcro de Francisco, viram que o Rosário que colocaram sobre seu peito estava envolvido entre os dedos de suas mãos. Enquanto o corpo de Jacinta, 15 anos depois de sua morte, estava incorrupto.

“Contemplar como Francisco e amar como Jacinta” foi o lema com o qual esses dois videntes da Virgem de Fátima foram beatificados por São João Paulo II em 13 de maio de 2000.

O Papa Francisco os canonizou em 13 de maio de 2017, em Fátima, no marco das celebrações pelo centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima.

(acidigital)


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Vésperas de Sexta-feira depois das Cinzas

Andre' Rieu - Il Silenzio ( Melissa Venema ) - ALPEN

Robô da Nasa captou as primeiras imagens de Marte

Dicionário Bergoglio: as palavras-chave de um Pontificado


Benedetta Capelli/Mariangela Jaguraba – Vatican News


A apresentação on-line do livro “Dicionário Bergoglio: as palavras-chave de um Pontificado” está prevista para esta quinta-feira (18/02), às 18h da Itália, nos canais Youtube e Facebook da Edição Terra Santa. A obra é de Francesc Torralba, professor de filosofia e antropologia da Universidade Ramòn Llull de Barcelona, consultor do Pontifício Conselho para a Cultura. Uma viagem nas palavras para compreender a profundidade, iluminá-las, um itinerário nas expressões cunhadas por Francisco que se tornam centros do seu magistério, síntese de conceitos elevados e facilmente acessíveis a todos. Um percurso que começa com trechos de entrevistas, discursos, encíclicas, homilias e documentos oficiais.


Palavras de esperança para o mundo


Segundo o autor, “muitas dessas palavras fazem parte do pensamento de Jorge Mario Bergoglio. Já as usava no magistério oral e escrito, muito antes de chegar à cátedra de Pedro, quando era sacerdote em Buenos Aires”. Por isso, Francesc Torralba escolheu fazer o “Dicionário Bergoglio”.


Torralba: O meu livro nasceu com o desejo de compreender quais são as palavras, as categorias, os conceitos fundamentais deste Pontificado. Vejo que existe uma unidade de pensamento, existe uma grande originalidade na forma de representar e entender os aspectos da condição humana, do mundo. Parece-me que esta é a chave para a compreensão, mesmo por parte daqueles que não são parte ativa da Igreja, porque veem no Papa Francisco uma mensagem de esperança positiva. Uma mensagem que pode ser entendida porque é uma linguagem não muito intra-eclesial, mas mais extra-eclesial, para os que estão longe e isso me parece muito interessante. Por exemplo, quando Francisco fala da globalização da indiferença, enfatiza o problema da indiferença em relação à terra, ao outro, ao estrangeiro, em relação a Deus, ou toda a reflexão sobre as periferias do mundo, as periferias existenciais. São palavras, expressões que não têm uma leitura teológica única, mas também uma leitura do ponto de vista laical e isso faz com que a mensagem vá além. Para mim, este é o desejo deste Papa: sair de si mesmo para chegar ao outro e levar a boa nova, o Evangelho.


Na história de Bergoglio, essa propensão para criar neologismos não é nova.


Torralba: Claro, existem categorias e palavras em espanhol, mas num espanhol com acento argentino muito difícil de traduzir. Por esta razão, no “Dicionário Bergoglio” existem dois verbetes que também estão em espanhol, por exemplo “balconear”, a atitude de ficar na janela e observar o outro, mas sem fazer nada. É a atitude passiva de ver as tragédias do mundo e permanecer tranquilo. Depois vem o “primeirear” que significa ser o primeiro a fazer alguma coisa, não ser passivo, não ser uma pessoa que espera, ter força e vontade de fazer alguma coisa. Parece-me interessante.


Como o senhor conseguiu explicar as palavras sem ter a possibilidade de mostrar os gestos que acompanham os neologismos do Papa Bergoglio? Muitas vezes são os gestos que melhor explicam o significado de um termo, de uma palavra.


Torralba: Certamente esta é uma grande dificuldade porque o Papa também fala com gestos, com as  mãos e com os olhos, fala com seus trajes, com a disposição de seu corpo no espaço. O Papa também fala mais com gestos do que com palavras, diz mais coisas com as coisas que faz. Isto já foi dito muitas vezes, mas também na mensagem verbal, nas palavras, há uma força inovadora, no âmbito filosófico e teológico que às vezes não foi enfatizado. “Alzheimer espiritual” é um termo que não existia no pontificado de Bento XVI ou de São João Paulo II. É evidente que há uma inovação, um crescimento, uma complexidade e cada Papa oferece a sua originalidade, sua singularidade como um dom para a Igreja e na história da Igreja.


Neste seu percurso de descoberta dos neologismos, existem termos que, a seu ver, foram mal entendidos pela opinião pública?


Torralba: Sim, isto é muito fácil porque para entender bem um conceito precisamos de tempo, por exemplo, para entender a globalização da indiferença ou da mundanidade espiritual. Estas são palavras que a priori parecem muito fáceis, mas há um fundo, um substrato que se for rápido não se entende bem. Acredito que esta é a dificuldade, porque se lê a frase mas não se lê o contexto em que se encontra, e então chega-se a conclusões falsas.


Existe uma palavra que o senhor descobriu nesses neologismos e que tenha apreciado particularmente? Uma palavra preferida no dicionário Bergoglio?


Torralba: Eu gosto da expressão “sair de si mesmo” que na língua materna do Papa é “salir de uno mismo”. É uma Igreja em saída, um fiel em saída, porque para mim é a expressão da essência da vida do cristão que é sair para encontrar o outro e especialmente o outro vulnerável e frágil. É sair para comunicar o que se acredita e cuidar do outro, contra a tendência de parar, de ficar confortavelmente em casa, no seu próprio mundo.


As palavras são o espelho de uma sociedade que muda, existe um novo olhar para a realidade de hoje através das palavras de Bergoglio?


Torralba: Sim, acredito que nos ajude a entender que há um mundo novo emergindo e outro está terminando. Estamos todos nessa transição. Creio que a missão deste Papa é antes de tudo entender este mundo, conseguir comunicar uma mensagem de esperança. Porque quando tudo está em crise, crise de saúde, crise econômica, crise social, cultural, antropológica, é muito fácil cair no desespero. Pensemos na Laudato si'. O objeto central é refletir sobre as transformações ecológicas do mundo, sobre a crise climática e é muito fácil chegar à conclusão de que estamos no ponto sem volta, mas no Papa Francisco há o desejo de dizer que ainda existe uma possibilidade, que se fizermos uma conversão ecológica, podemos mudar. Acredito que a virtude fundamental que o Papa quer comunicar aos outros seja a esperança.


(vaticannews)


Francisco: nas crises, cada pessoa revela o seu coração

 


Na mensagem de vídeo, o Papa recordou que devemos “agir com o estilo do samaritano”, ou seja, “deixar-me atingir pelo que vejo”, sabendo “que o sofrimento me mudará”, e que o sofrimento do outro exige o meu compromisso.


Mariangela Jaguraba – Vatican News


Para “construir o amanhã” depois desta pandemia, que marcou “a vida das pessoas e a história de nossas comunidades”, devemos “agir com o estilo do samaritano”, ou seja, “deixar-me atingir pelo que vejo”, sabendo “que o sofrimento me mudará”, e que o sofrimento do outro exige o meu compromisso. Esta é a reflexão que o Papa Francisco oferece aos participantes do 65º Congresso de Educação Religiosa promovido pela Arquidiocese de Los Angeles, EUA, que teve início na quinta-feira, 18 de fevereiro, e prossegue até o próximo domingo, 21, em forma virtual, numa videomensagem em espanhol transmitida on-line no início dos trabalhos.


50ª Jornada Diocesana da Juventude

Junto com o Congresso, também se celebra hoje o 50º Dia da Juventude da diocese californiana, guiada pelo arcebispo José Horacio Gómez, que desde novembro de 2019 é também presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos. O Papa parabeniza o “longo e fecundo caminho” das duas iniciativas, este ano apenas on-line por causa da pandemia da Covid-19, e define muito pertinente, neste momento de crise, o tema escolhido para o Congresso: “Proclama a promessa!”


A promessa que está em cada um de nós

“Precisamos anunciar e lembrar que temos a promessa de Deus e que Deus sempre cumpre suas promessas”, frisa Francisco, citando a sua encíclica “Fratelli tutti”, e recordando que “cada mulher, cada homem e cada geração trazem dentro de si uma promessa que pode desencadear novas energias relacionais, intelectuais, culturais e espirituais”.


Com a proximidade alimentamos a fraternidade

Para construir um amanhã após a pandemia, “é necessário o compromisso, a força e a dedicação de todos”, ressalta o Pontífice.


Devemos agir com o estilo do samaritano, o que implica deixar-me atingir pelo que vejo, sabendo que o sofrimento me mudará, e devo me comprometer com o sofrimento do outro. Os testemunhos de amor generoso e gratuito, que testemunhamos ao longo destes meses, deixaram uma marca indelével nas consciências e também no tecido social, ensinando que a proximidade, o cuidado, o acompanhamento e o sacrifício são necessários para alimentar a fraternidade.


“Das crises”, recorda o Papa, “nunca saímos iguais. Saímos melhores ou piores, mas nunca iguais. Nas crises, cada pessoa revela o seu coração: a sua solidez, a sua misericórdia, a sua grandeza e a sua pequenez. As crises nos colocam diante da necessidade de escolher, de optar e nos comprometer com um caminho”.


A importância de sonhar juntos, como irmãos

Neste tempo, “reconhecendo a dignidade de cada pessoa humana, podemos reavivar entre todos uma aspiração mundial à fraternidade. Precisamos de uma comunidade que nos apoie, que nos ajude e na qual nos ajudemos uns aos outros a olhar para o futuro. Como é importante sonhar juntos”, ressalta Francisco, retomando o parágrafo 8° da “Fratelli tutti”.


Jovens: sejam poetas de uma beleza fraterna

Saudando de modo particular os jovens, o Pontífice os convida à esperança, “uma realidade arraigada no profundo do ser humano”. “Sejam os poetas de uma nova beleza humana, uma nova beleza fraterna e amigável”, pede Francisco.

“Os sonhos se constroem juntos. Sonhamos como uma única humanidade, como viajantes feitos da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que acolhe a todos nós, cada um com a riqueza de sua fé ou de suas convicções, cada um com a sua voz, todos irmãos!


(vaticannews)


SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 19 02 2021

Homilia Diária: Como viver as sextas-feiras da Quaresma? (1714: 19 de fe...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Europa vê nascer uma "nova pobreza"

Dia de São Teotónio

Missa de 18 de Fevereiro de 2021

Visita de San Juan Pablo II a la Domus Galilea - Camino Neocatecumenal (...

Homilia Diária: Amar é sacrificar-se (1713: 18 de fevereiro de 2021)

Normas para as celebrações da Semana Santa em tempos de pandemia



A Congregação para o Culto Divino indica as disposições a serem observadas na celebração dos ritos deste momento central do ano litúrgico. O Decreto de 25 de março de 2020 permanece válido.


Amedeo Lomonaco – Vatican News


O drama da pandemia de Covid-19 "trouxe muitas mudanças também na forma usual de celebrar a liturgia", sublinha a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma nota assinada pelo prefeito, cardeal Robert Sarah, e pelo secretário, o arcebispo Arthur Roche.


A nota, enviada aos bispos e às Conferências episcopais de todo o mundo, recorda que “em muitos países ainda estão em vigor rígidas condições de fechamento, que impossibilitam a presença dos fiéis nas igrejas, enquanto em outros é retomada uma vida de culto mais normal."


Uso das redes sociais

 

O texto afirma que “o uso das redes sociais ajudou muito os pastores a oferecer apoio e proximidade às suas comunidades durante a pandemia”.

“Para as celebrações da Semana Santa sugere-se facilitar e privilegiar a difusão mediática das celebrações presididas pelo bispo, encorajando os fiéis impossibilitados de frequentar a própria igreja a acompanharem as celebrações diocesanas, como sinal de unidade”.

Em todas as celebrações, em acordo com a Conferência Episcopal, é necessário "prestar atenção a alguns momentos e gestos particulares, em conformidade com as exigências sanitárias”. Também é incentivada "a preparação de subsídios adequados para a oração familiar e pessoal, valorizando também algumas partes da Liturgia das Horas".


Em vigor Decreto do ano passado

 

Na nota da Congregação para o Culto Divino, também é recordado que continua válido o Decreto do Dicastério, a pedido do Papa Francisco, de 25 de março de 2020. Continuam valendo, portanto, as indicações do ano passado para as celebrações do Domingo de Ramos, da Quinta-feira Santa e da Vigília Pascal. 

 

Domingo de Ramos

 

Conforme afirma o decreto de 25 de março passado, a celebração do Domingo de Ramos deverá ser realizada “dentro do prédio sagrado”. Pede-se que as catedrais adotem "a segunda forma prevista pelo Missal Romano, enquanto nas igrejas paroquiais e noutros locais a terceira".

No que diz respeito à Missa do Crisma, os episcopados podem, dependendo da situação do país, indicar uma possível transferência de data.


Missa do Crisma

 

A Missa Crismal, ou Missa do Crisma, pode ser transferida para outra data mais adequada, se necessário, porque convém que seja assistida por “uma significativa representação de pastores, ministros e fiéis”.


Missa in Coena Domini

 

Para a Quinta-feira Santa, fica estabelecido que seja omitido o “Lava-pés”, já opcional. A Procissão final também não será realizada e o Santíssimo Sacramento será guardado no Tabernáculo. Excepcionalmente, é concedida aos presbíteros a faculdade de celebrar a Missa "sem a participação do povo, em local adequado".


Sexta-feira Santa

 

Durante a oração universal da Sexta-feira Santa, caberá aos bispos "preparar uma intenção especial para quem se encontra em situação de desorientação, os doentes, os defuntos”.

Modificado também o ato de adoração à Cruz. O beijo, conforme especificado no decreto de 25 de março de 2020, “é limitado apenas ao celebrante”.


Vigília pascal

 

Em relação à Vigília Pascal, pede-se que seja celebrada "exclusivamente nas igrejas Catedrais e Paroquiais", e que para a liturgia batismal "se mantenha apenas a renovação das promessas batismais".


Decisões no respeito pelo bem comum e a saúde pública

 

Por fim, a Congregação agradece aos Bispos e às Conferências Episcopais por terem respondido pastoralmente a uma situação em rápida mudança, na consciência de “que as decisões tomadas nem sempre foram facilmente aceitas por parte dos pastores e fiéis leigos. Todavia - conclui a nota - sabemos que foram tomadas com o objetivo de garantir que os santos mistérios sejam celebrados da forma mais eficaz possível para as nossas comunidades, no respeito pelo bem comum e a saúde pública”.



(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. "A sério que Me queres seguir?" (18-02-21)

Laudes de Quinta-feira depois das Cinzas

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Vésperas de Quarta-feira de Cinzas

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

SANTA MISSA, BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de São Pedro

Quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Principiamos o caminho da Quaresma, que se abre com as palavras do profeta Joel indicando-nos a direção a tomar. Trata-se dum convite que brota do coração de Deus, suplicando-nos de braços abertos e olhos cheios de nostalgia: «Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Convertei-vos a Mim. A Quaresma é uma viagem de regresso a Deus. Quantas vezes, atarefados ou indiferentes, Lhe dissemos: «Senhor, espera! Virei encontrar-Vos mais tarde... Hoje não posso, mas amanhã começarei a rezar e a fazer algo pelos outros». E assim dia após dia… Agora Deus lança um apelo ao nosso coração. Na vida, sempre teremos coisas a fazer e desculpas a apresentar, mas, irmãos e irmãs, hoje é o tempo de regressar a Deus.

Convertei-vos a Mim – diz Ele – de todo o vosso coração. A Quaresma é uma viagem que envolve toda a nossa vida, tudo de nós mesmos. É o tempo para verificar as estradas que estamos a percorrer, para encontrar o caminho que nos leva de volta a casa, para redescobrir o vínculo fundamental com Deus, do qual tudo depende. A Quaresma não é compor um ramalhete espiritual; é discernir para onde está orientado o coração. Aqui está o centro da Quaresma: para onde está orientado o meu coração? Tentemos saber: Para onde me leva o «navegador» da minha vida, para Deus ou para mim mesmo? Vivo para agradar ao Senhor, ou para ser notado, louvado, preferido, no primeiro lugar e assim por diante? Tenho um coração «dançarino» que dá um passo para a frente e outro para trás, amando ora o Senhor ora o mundo, ou um coração firme em Deus? Sinto-me bem com as minhas hipocrisias ou luto para libertar o coração da simulação e das falsidades que o têm prisioneiro?

A viagem da Quaresma é um êxodo: é um êxodo da escravidão para a liberdade. São quarenta dias que recordam os quarenta anos em que o povo de Deus caminhou pelo deserto para voltar à terra de origem. Mas, como foi difícil deixar o Egito! Mais difícil do que deixar a terra foi tirar o Egito do coração do povo de Deus, aquele Egito que traziam dentro… É muito difícil deixar o Egito! Ao longo do caminho, nos seus lamentos, sempre se sentiam tentados pelas cebolas, tentados a voltar para trás, presos às memórias do passado, a qualquer ídolo. O mesmo se passa connosco: a viagem de regresso a Deus vê-se dificultada pelos nossos apegos doentios, impedida pelos laços sedutores dos vícios, pelas falsas seguranças do dinheiro e da ostentação, pela lamúria que paralisa. Para caminhar, é preciso desmascarar estas ilusões.

Interroguemo-nos então: Como avançar no caminho para Deus? Ajudam-nos as viagens de regresso narradas pela Palavra de Deus.

Olhamos para o filho pródigo e compreendemos que é tempo também para nós de regressar ao Pai. Como aquele filho, também nós esquecemos o ar de casa, delapidamos bens preciosos em troca de coisas sem valor e ficamos com as mãos vazias e o coração insatisfeito. Caímos: somos filhos que caem continuamente, somos como criancinhas que tentam andar, mas estatelam-se no chão precisando uma vez e outra de ser levantadas pelo papá. É o perdão do Pai que sempre nos coloca de pé: o perdão de Deus, a Confissão, é o primeiro passo da nossa vigem de regresso. Ao dizer Confissão, recomendo aos confessores: Sede como o pai, não com o chicote, mas com o abraço.

Depois precisamos de regressar a Jesus, fazer como aquele leproso curado que voltou para Lhe agradecer. Curados foram dez, mas só ele foi também salvo, porque voltara para Jesus (cf. Lc 17, 12-19). Todos, todos nós temos enfermidades espirituais: sozinhos, não podemos curá-las; todos temos vícios arraigados: sozinhos, não podemos extirpá-los; todos temos medos que nos paralisam: sozinhos, não podemos vencê-los. Precisamos de imitar aquele leproso, que voltou para Jesus e se prostrou aos seus pés. Temos necessidade da cura de Jesus, precisamos de colocar diante d’Ele as nossas feridas e dizer-Lhe: «Jesus, estou aqui diante de Vós, com o meu pecado, com as minhas misérias. Vós sois o médico; podeis libertar-me. Curai o meu coração».

Mais ainda! A palavra de Deus pede-nos para regressar ao Pai, pede-nos para voltar a Jesus, e somos chamados também a regressar ao Espírito Santo. As cinzas na cabeça lembram-nos que somos pó e em pó nos havemos de tornar. Mas, sobre este pó que somos nós, Deus soprou o seu Espírito de vida. Então não podemos viver seguindo o pó, indo atrás de coisas que hoje existem e amanhã desaparecem. Voltemos ao Espírito, Dador de vida! Voltemos ao Fogo que faz ressurgir as nossas cinzas, àquele Fogo que nos ensina a amar. Continuaremos sempre a ser pó, mas – como diz um hino litúrgico – pó enamorado. Voltemos a rezar ao Espírito Santo, redescubramos o fogo do louvor, que queima as cinzas das lamúrias e da resignação.

Irmãos e irmãs, esta nossa viagem de regresso a Deus só é possível, porque houve a sua vinda até junto de nós. Caso contrário, não teria sido possível. Antes de irmos até Ele, desceu Ele até nós. Precedeu-nos, veio ao nosso encontro. Por nós, desceu até mais fundo de quanto pudéssemos imaginar: fez-Se pecado, fez-Se morte. Isto mesmo no-lo recordou São Paulo: «Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus O fez pecado por nós» (2 Cor 5, 21). Para não nos deixar sozinhos e acompanhar-nos no caminho, Ele desceu dentro do nosso pecado e da nossa morte. Tocou o pecado, tocou a nossa morte. Então a nossa viagem é deixar-se tomar pela mão. O Pai que nos chama a voltar é Aquele que sai de casa e vem procurar-nos; o Senhor que nos cura é Aquele que Se deixou ferir na cruz; o Espírito que nos faz mudar de vida é Aquele que sopra com força e suavidade sobre o nosso pó.

Daí a súplica do Apóstolo: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Deixai-vos reconciliar: o caminho não se apoia nas nossas forças; com as próprias forças, ninguém pode reconciliar-se com Deus; não consegue. A conversão do coração, com os gestos e práticas que a exprimem, só é possível se partir do primado da ação de Deus. O que nos faz regressar a Ele não são as nossas capacidades nem os méritos que ostentamos, mas a sua graça que temos de acolher. Salva-nos a graça. A salvação é pura graça, pura gratuidade. Disse-o claramente Jesus no Evangelho: o que nos torna justos não é a justiça que praticamos diante dos homens, mas a relação sincera com o Pai. O início do regresso a Deus é reconhecermo-nos necessitados d’Ele, necessitados de misericórdia, necessitados da sua graça. O caminho certo é este: o caminho da humildade. Como me sinto eu: necessitado ou autossuficiente?

Hoje inclinamos a cabeça para receber as cinzas. No termo da Quaresma, abaixar-nos-emos ainda mais para lavar os pés dos irmãos. A Quaresma é uma descida humilde dentro de nós e rumo aos outros. É compreender que a salvação não é uma escalada para a glória, mas um abaixamento por amor. É fazer-nos humildes. Neste caminho, para não perder o rumo, coloquemo-nos diante da cruz de Jesus: é a cátedra silenciosa de Deus. Contemplemos cada dia as suas chagas, as chagas que Ele levou para o Céu e todos os dias, na sua oração de intercessão, faz ver ao Pai. Contemplemos cada dia as suas chagas. Naqueles buracos, reconheçamos o nosso vazio, as nossas faltas, as feridas do pecado, os golpes que nos fizeram sofrer. E contudo, mesmo ali, vemos que Deus não aponta o dedo contra nós, mas abre-nos os braços. As suas chagas estão abertas para nós e, por aquelas chagas, fomos curados (cf. 1 Ped 2, 24; Is 53, 5). Beijemo-las e compreenderemos que precisamente lá, nos buracos mais dolorosos da vida, Deus nos espera com a sua infinita misericórdia. Porque ali, onde somos mais vulneráveis, onde mais nos envergonhamos, Ele veio ao nosso encontro. E agora que veio ter connosco, convida-nos a regressar a Ele, para voltarmos a encontrar a alegria de ser amados.