sábado, 30 de dezembro de 2023

Reflexão para o Dia da Sagrada Família

 


A Família de Nazaré nos ensina a cristianizar a família pós moderna, recolocando Deus no centro e n’Ele reencontrando a verdadeira felicidade.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News


O perdão dos pecados acontece por causa de uma atitude de amor para com os pais, pois o lar, Igreja doméstica, voltou a ser o local do encontro com Deus.

A misericórdia em todos os relacionamentos, mas especialmente para com os pais, está em referência ao próprio Deus que é o Pai por excelência. Portanto, honrar os pais, respeitá-los, é prestar culto a Deus.
Ouça e compartilhe

Tanto a primeira leitura quanto a segunda, da liturgia de hoje, não escondem as falhas no relacionamento familiar e humano, mas nos dizem que o importante aos olhos de Deus não está em ser sem defeitos, em ter uma família perfeita, mas sim na capacidade de amar sem medidas, apesar dos limites e das falhas pessoais. Claro que Deus deseja que sejamos perfeitos, mas mais importante para Ele é que nos amemos e nos perdoemos como Ele nos amou e nos perdoou, sem limites, sem restrições.

Dentro desse pensamento sobre o relacionamento familiar, será importante refletir sobre a realidade da família deste início de século, onde e como vive. Certamente a maioria mora em grandes centros urbanos e é constituída pelo casal e por um ou dois filhos. Um terceiro já faz considerá-la família numerosa.

Também a mãe trabalha fora e pais e filhos se encontram à noite, cansados, muitas vezes diante da televisão, ou durante o jantar. Se isso acontece já poderão se classificar felizes, pois em outros lares, muitas vezes quando pais saem para o trabalho, os filhos ainda dormem e quando voltam eles já estão deitados. O encontro, nesse caso, só se dá no final de semana.

Rezar juntos, passar para os filhos a vivência de uma oração em família, mesmo que seja apenas à mesa, só excepcionalmente, pois em muitos casos, para que possam descansar, não cozinham em casa e vão comer fora, em um restaurante ou na casa de parentes ou de amigos.

É difícil passar valores, enfim, formar os filhos. A sociedade pós moderna penetra em suas entranhas e é muito custoso prepará-los para o futuro, para que sejam filhos e irmãos como Deus quer. Só com a graça divina e com a disposição dos pais para uma autêntica renúncia e sacrifico.

Renúncia aos apelos de dar aos filhos tudo o que a sociedade consumista coloca como valores e que os pais enxergam como coisa boa e vantajosa. É preciso renunciar fazer do filho ou da filha pessoas como nos pede o elitismo, relativizar seus códigos. É preciso questionar os valores propostos por ela e crer nos do Evangelho.

Cabe a pergunta: formo minha família para ser cidadã deste mundo ou para ser cidadã do Reino de Deus, mas neste mundo? Jesus rezou ao Pai dizendo que não queria que nos tirasse do mundo, mas nos preservasse do mal.

Sacrifício: sacrificar significa tornar sagrado. Meu filho, minha filha, são do mundo ou de Deus? O batismo os retirou do paganismo e os fez filhos de Deus, sagrados. Respeito a senhoria de Deus sobre eles ou sou conivente com as solicitações consumistas e mundanas?

 A imagem da Família de Nazaré como família migrante e pobre nos obriga a refazer a imagem da família atual, retornando às origens e aos valores, ou seja, a abundância de bens materiais não é necessária para ser feliz e amar a Deus e ao próximo.

É importantíssimo não só a simplicidade de vida, mas sobretudo é fundamental a convivência afetiva e efetiva, além do respeito aos idosos como gratidão e como referência à sua experiência de vida que porta sabedoria e os referenciais da autêntica tradição.

A Família de Nazaré nos ensina a cristianizar a família pós moderna, recolocando Deus no centro e n’Ele reencontrando a verdadeira felicidade.

(vaticannews)

Papa: Pelé manifestou as características positivas da prática esportiva



O Rei do Futebol recebeu homenagem póstuma no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, oportunidade em que foi lida a mensagem de Francisco.

Vatican News


"Quem é melhor, Pelé ou Maradona?". Com seu tradicional senso de humor, não poucas vezes o Papa fez esta pergunta ao se encontrar com brasileiros. Mas foi o próprio Pontífice a revelar a sua preferência em entrevista ao canal italiano de TV RAI, divulgada em 1° de novembro de 2023: nem Maradona, nem Messi, mas Pelé!

Na noite de sexta-feira, 29 de dezembro, ao completar 1 ano de seu falecimento, o Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento, recebeu uma homenagem póstuma no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, por meio do Núcleo Esporte e Fé conjuntamente com a Fundação Pelé. Na cerimônia que teve início às 19h30, foram recordados os feitos do maior ídolo do futebol nacional e mundial e foi lida uma mensagem do Papa Francisco endereçada ao cardeal arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta:

“Venerável irmão,

Recebi a sua atenciosa carta, com a qual encaminhava o pedido do Núcleo Esporte e Fé do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, a respeito da homenagem póstuma ao Sr. Edson Arantes do Nascimento, com ocasião do primeiro ano de seu falecimento.

O Apóstolo São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, traça um admirável paralelo entre o esforço do atleta no estádio e vida cristã. Com efeito, muitas das virtudes necessárias para a prática de uma atividade esportiva, como perseverança, constância e temperança, são também parte das virtudes cristãs. Além disso, o esporte bem praticado é oportunidade para estreitar laços de verdadeira amizade e fraternidade entre os homens e mulheres que o praticam, mas também entre os povos, nas competições internacionais das diversas modalidades esportivas.

Pelé, como ficou conhecido mundialmente o Sr. Edson Arantes do Nascimento, foi sem dúvida um atleta que manifestou em sua vida estas características positivas da prática esportiva. A memória do “Rei do Futebol” permanece indelével na mente de muitos e estimula as novas gerações a buscarem no esporte este meio para fortalecer os vínculos de unidade entre todos.

Assim, desejo unir-me espiritualmente a este gesto de homenagem, enviando aos participantes a minha bênção e pedindo a todos que não deixem de rezar por mim.

Fraternalmente

Franciscus"

O evento comtou com a apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro. Ao final, uma projeção especial no monumento ao Cristo Redentor encerrou as homenagens ao jogador que encantou o mundo inteiro em vida e sempre será uma grande inspiração a todos os brasileiros.

Sobre a Fundação Pelé

Fundada pelo falecido jogador de futebol Pelé, a Fundação Pelé está comprometida em promover mudanças sociais positivas por meio de iniciativas que impactam a educação, o esporte, a saúde e o meio ambiente.

*Com Arquidiocese do Rio de Janeiro e Fundação Pelé 

(vaticannews)

Terra Santa: Faltas, "massacre de Herodes se repete". Milhares de crianças mortas

 

"Há mais de dez mil crianças mortas e órfãs. Elas são os novos inocentes deste século, talvez culpadas por terem nascido em Gaza, Kiev ou Damasco, mas inocentes mártires que testemunham a desumanidade de uma lógica humana que não existe, que destruiu o futuro de uma nova geração e enterrou sob esse vasto cúmulo de escombros todo pensamento de paz", disse o vigário da Custódia da Terra Santa, padre frei Ibrahim Faltas, em 28 de dezembro, dia em que a Igreja celebrou os Santos Inocentes, mártires

Vatican News


"O massacre dos inocentes, desejado por Herodes, está se repetindo dois mil anos depois". Essas foram palavras dramáticas pronunciadas na quinta-feira, 28 de dezembro, pelo padre frei Ibrahim Faltas, vigário da Custódia da Terra Santa, no dia em que a Igreja celebrou os Santos Inocentes, mártires. O franciscano retomou a passagem do Evangelho que fala da "força violenta do ódio e do mal sobre um grupo de crianças inocentes, massacradas pela sede de salvar seu poder absoluto a todo custo".

Mais de dez mil crianças mortas e órfãs

"Infelizmente - acrescentou imediatamente -, essa passagem do Evangelho de hoje não permaneceu lá, relegada ao passado distante, mas atravessou os séculos e parou, ampliada, em nossos dias atuais. Hoje, estamos vivendo isso em primeira pessoa, vimos as imagens de milhares e milhares de crianças mortas, envoltas em um pano branco, e milhares de crianças vagando entre os escombros, com um olhar assustado, envoltas em poeira, procurando por sua mãe e seu pai que não estão mais lá. Há mais de dez mil crianças mortas e órfãs. Elas são os novos inocentes deste século, talvez culpadas por terem nascido em Gaza, Kiev ou Damasco, mas inocentes mártires que testemunham a desumanidade de uma lógica humana que não existe, que destruiu o futuro de uma nova geração e enterrou sob esse vasto cúmulo de escombros todo pensamento de paz".


Crianças inocentes mártires da guerra que está em curso

Padre Faltas prosseguiu: "As crianças inocentes mártires, hoje, da guerra que está em curso, aqui em nossa terra, como em outras guerras esquecidas no mundo, têm nomes reais de crianças, mas também são jovens casais, idosos, doentes... que estão esperando do céu a resposta de nossa caridade e de nossa oração. Estamos no terceiro milênio e, em muitas partes da terra, o massacre dos "pequenos inocentes" continua tragicamente, há uma população de crianças que não têm comida, pessoas doentes que não recebem cuidados, infelizmente muitas vezes exploradas e vítimas de violência. São os "novos mártires inocentes" de hoje, uma chaga terrível em nosso mundo atual. Não podemos aceitar que as pessoas fiquem no frio, sem pão, sem água, sem eletricidade, sem casa, sem um lugar seguro para se abrigar. Precisamos agir e acabar com esse escândalo intolerável, no qual as crianças são as vítimas".

(com Sir)

2023 do Papa Francisco: oração, viagens, testemunho

Homilia Diária | Movidos por Deus ou pelas obras do mundo? (6.º dia na O...

Hoje é celebrada santa Anísia de Tessalônica, assassinada por ir à missa


Por Redação central


Santa Anísia foi uma virgem e mártir do século III. Ela nasceu em Tessalônica, na Grécia, no ano 284. Quando ainda era nova ficou órfã de pai e mãe e herdou uma grande fortuna. Anísia usou seus bens para a caridade e se dedicou a ajudar os pobres e necessitados. Nessa época, os cristãos geralmente compartilhavam o que possuíam com outros membros da Igreja.

Uma resposta sem hesitação

No tempo do governador Ducisio começou uma perseguição na Tessalônica para impedir que os cristãos se reunissem e celebrassem a sagrada liturgia, e incorporassem mais cristãos mediante o batismo.

A tradição conserva o relato do martírio de Anísia. Era o ano 304 e, depois de cumprir com os seus deveres, Anísia foi ao lugar onde a comunidade se reunia para celebrar a missa. De repente, ela foi interceptada por um dos guardas do imperador, que bloqueou seu caminho e perguntou aonde ela estava indo.

A santa confessou que era cristã e que estava a caminho da missa. A firmeza de sua resposta provocou o ódio do guarda, que a matou imediatamente.

Anos depois da morte de Anísia, a paz voltou à Tessalônica após o Édito de Milão, os cristãos daquela região construíram um oratório no lugar onde a jovem foi assassinada.

(acidigital)

Laudes de 30 de Dezembro

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 29.12.2023

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Homilia Diária | O que há de “novo” no mandamento do amor? (5.º dia na O...

Hoje é celebrado são Tomás Becket, mártir inglês

Por Redação central


“Morro voluntariamente pelo nome de Jesus e pela defesa de sua Igreja”, disse são Tomás Becket de Canterbury antes de morrer como mártir e fiel à Igreja por se opor às intenções do rei da Inglaterra de controlar a Igreja local. Sua festa é celebrada hoje (29).

São Tomás nasceu em Londres, Inglaterra, em 1118, em uma família trabalhadora. Foi educado pelos monges da Abadia de Merton em Surrey e chegou a estudar na Universidade de Paris. Quando seu pai morreu, passou a ter dificuldades financeiras e tornou-se empregado da corte do Arcebispo Theobald de Canterbury. Ganhou a confiança do Bispo e chegou a viajar com ele pela França, Roma e outros lugares. Do mesmo modo, tornou-se amigo do rei.

Em 1154, foi ordenado diácono e serviu como negociador dos assuntos da Igreja com a coroa. Em seguida, por sugestão do arcebispo Theobald, tornou-se chanceler da Inglaterra e administrou a lei com sabedoria e imparcialidade. Posteriormente, foi ordenado sacerdote e, no dia seguinte, recebeu a consagração episcopal.

Como arcebispo, dedicou-se inteiramente ao serviço de Deus, desenvolvendo um profundo amor pela Eucaristia. Ao se recusar aos interesses de Henrique II, que queria que a Igreja na Inglaterra estivesse sujeita ao poder do rei, optou pelo exílio na França.

O rei da França persuadiu o rei inglês Henrique II a ir aonde Tomás estava para fazer as pazes. Depois de voltar à sua pátria, as discussões começaram novamente. O rei Henrique escutou que, da Normandia, o papa tinha excomungado os bispos recalcitrantes por usurpar os direitos do bispo de Canterbury e são Tomás se manteria firme até que os bispos prometessem obediência ao papa.

O rei ficou irado e disse: “Não há ninguém que me livre deste sacerdote turbulento?”. Quatro cavaleiros o escutaram e decidiram resolver o assunto com suas próprias mãos.

Em 29 de dezembro de 1170, os cavaleiros com uma tropa de soldados apareceram do lado de fora da catedral de Canterbury, exigindo ver o arcebispo. Os presbíteros tentaram proteger o santo e o forçaram a se refugiar na Igreja, mas Tomás os proibiu de fechar a porta, sob desobediência, dizendo que “uma igreja não deve se converter em um castelo”.

Na penumbra da Igreja, os cavaleiros acusavam o arcebispo de traidor. “Aqui estou eu”, Tomás. “Não traidor, mas um sacerdote de Deus. Surpreende-me que, com tal vestuário, entrem na igreja de Deus. O que querem comigo?”.

Um cavaleiro ergueu a espada para atacá-lo, mas um dos que andavam com são Tomás o protegeu com seu braço. Os quatro cavaleiros atacaram juntos e assassinaram o Arcebispo nos degraus do santuário.

De acordo com uma testemunha, suas últimas palavras foram: “Morro voluntariamente pelo nome de Jesus e pela defesa de sua Igreja”.

O crime causou indignação e o rei Henrique foi forçado a fazer penitência pública e construir o mosteiro em Witham, Somerset.

Passados 400 anos, quando o rei Henrique VIII rompeu a unidade da Igreja, são Tomás Becket foi removido do calendário de santos da Inglaterra, seu santuário foi destruído e as relíquias acabaram queimadas (alguns dizem que foram transferidas para Stoneyhurst).

Do mesmo modo, esse outro rei também chamado Henrique (VIII) mandou matar outro grande mártir inglês conhecido como são Thomas More.

(acidigital)

Laudes de 29 de Dezembro

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

“O sofrimento dos inocentes”Shema Israel Kiko Arguello II

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 28.12.2023

Em novo ciclo de catequese, Papa fala sobre 'vícios e virtudes'

Homilia Diária | Unidos ao Sangue do Cordeiro (Festa dos Santos Inocente...

Encontraram-se dois anjos - CAMINHO NEOCATECUMENAL

Hoje são celebrados os Santos Inocentes, crianças que morreram por Cristo

Por Redação central


“Ainda não falam e já confessam a Cristo. Ainda não podem mover os seus membros para travar batalha e já alcançam a palma da vitória”, disse uma vez são Quodvultdeus (século V) ao exortar os fiéis sobre os Santos Inocentes, as crianças que morreram por Cristo e cuja festa se celebra hoje (28).

De acordo com o relato de são Mateus, o rei Herodes mandou matar em Belém e seus arredores os meninos menores de dois anos, ao sentir-se enganado pelos Reis Magos, os quais retornaram aos seus países por outro caminho para não lhe revelar onde estava o Messias.

A festa para venerar estes meninos que morreram como mártires foi instituída no século IV. A tradição oriental os recorda em 29 de dezembro, enquanto que a latina, no dia 28 deste mês.

Posteriormente, são Quodvultdeus, padre da Igreja do século V e bispo de Cartago (norte da África), deu um sermão sobre este lamentável feito.

“Que temes, Herodes, ao ouvir dizer que nasceu o Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demónio. Tu, porém, não o compreendes; e por isso te perturbas e te enfureces, e, para que não escape aquele único Menino que buscas, te convertes em cruel assassino de tantas crianças”, disse.

O santo ainda acrescenta: “Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração”.

“As crianças, sem o saberem, morrem por Cristo; os pais choram os mártires que morrem. Àqueles que ainda não podiam falar, Cristo os faz suas dignas testemunhas”, enfatizou são Quodvultdeus.

(acidigital)

Laudes da Festa dos Santos Inocentes

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

AUDIÊNCIA GERAL: (Texto)

 

PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 27 de dezembro de 2023



Ciclo de catequeses. Os vícios e as virtudes. 1. Introdução: custodiar o coração

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de introduzir um ciclo de catequeses sobre o tema dos vícios e das virtudes. E podemos começar precisamente pelo início da Bíblia, onde o livro do Génesis, através da narração dos progenitores, apresenta a dinâmica do mal e da tentação. Pensemos no Paraíso terrestre. No quadro idílico representado pelo jardim do Éden, aparece uma personagem que se torna o símbolo da tentação: a serpente, a personagem que seduz. A serpente é um animal insidioso: move-se lentamente, rastejando no chão, e às vezes a sua presença nem sequer se nota - é silenciosa - pois consegue camuflar-se bem com o seu ambiente e sobretudo isto é perigoso.

Quando começa a conversar com Adão e Eva, demonstra ser também um dialético requintado. Começa como se faz numa má bisbilhotice, com uma pergunta maliciosa: «É verdade que Deus disse: não comerás de nenhuma árvore do jardim?» (Gn 3, 1). A frase é falsa: na realidade, Deus ofereceu ao homem e à mulher todos os frutos do jardim, exceto os de uma árvore específica: a árvore da ciência do bem e do mal. Esta proibição não tem por objetivo impedir ao homem o uso da razão, como às vezes é mal interpretado, mas é uma medida de sabedoria. Como se dissesse: reconhece o limite, não te sintas senhor de tudo, pois a soberba é o princípio de todos os males. E assim, a história diz-nos que Deus coloca os progenitores como senhores e guardiães da criação, mas quer preservá-los da presunção da omnipotência, de se fazerem senhores do bem e do mal, que é uma tentação, uma péssima tentação até hoje. Esta é a insídia mais perigosa para o coração humano.

Como sabemos, Adão e Eva não conseguiram opor-se à tentação da serpente. A ideia de um Deus não realmente bom, que queria mantê-los submissos, insinuou-se na sua mente: eis o desabamento de tudo.

Com estas narrações, a Bíblia explica-nos que o mal não começa no homem de modo ruidoso, quando um ato já se manifestou, mas o mal tem início muito antes, quando começamos a entreter-nos com ele, a embalá-lo na imaginação, nos pensamentos, acabando por ser enganados pelas suas lisonjas. O homicídio de Abel não começou com uma pedra lançada, mas com o rancor que Caim guardou desventuradamente, levando-o a tornar-se um monstro dentro de si. Também neste caso, de nada servem as recomendações de Deus.

Prezados irmãos e irmãs, com o diabo não se dialoga. Nunca! Nunca se deve discutir. Jesus nunca dialogou com o diabo; expulsou-o. E no deserto, durante as tentações, não respondeu com o diálogo; retorquiu simplesmente com as palavras da Sagrada Escritura, com a Palavra de Deus. Atenção: o diabo é um sedutor. Nunca dialoguemos com ele, porque ele é mais esperto do que todos nós e far-nos-á pagar. Quando tiveres uma tentação, nunca dialogues. Fecha a porta, fecha a janela, fecha o coração. E assim, defendemo-nos desta sedução, porque o diabo é astuto, é inteligente. Procurou tentar Jesus com citações bíblicas, apresentando-se como grande teólogo. Atenção! Com o diabo não se dialoga, e com a tentação não devemos entreter-nos, não se dialoga. A tentação vem: fechemos a porta, guardemos o coração!

É preciso ser guardiões do próprio coração. Por isso não dialoguemos com o diabo. É a recomendação – preservar o coração - que encontramos em vários padres, nos santos. E devemos pedir esta graça de aprender a velar sobre o coração. É uma sabedoria conseguir guardar o coração. Que o Senhor nos ajude neste trabalho. Mas quem guarda o próprio coração, conserva um tesouro. Irmãos e irmãs, aprendamos a preservar o coração.

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Saudações:

Saúdo os peregrinos de língua portuguesa. As “Boas Festas”, que trocamos, sejam expressão da alegria que sentimos por saber que Deus está presente no meio de nós e caminha connosco. A todos desejo um feliz Ano Novo, repleto das bênçãos de Deus Menino.

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Resumo da catequese do Santo Padre:

Principiamos um novo ciclo de catequeses, dedicado ao tema dos vícios e das virtudes. Quando o mal se enraíza em nós, chama-se vício e é uma erva daninha difícil de erradicar. Há pessoas que caíram em vícios que já não conseguem superar (drogas, alcoolismo, jogo), só porque subestimaram um risco. Pensaram que eram fortes numa pequena batalha e, em vez disso, acabaram vítimas dum inimigo muito poderoso. Nunca se deve discutir com o diabo. É astuto e inteligente: é capaz de disfarçar o mal sob uma máscara invisível do bem. Esta é a armadilha mais perigosa para o coração humano, contra a qual nos devemos proteger todos os dias. Isto só pode ser alcançado à custa dum esforço arduamente conquistado! Por isso devemos estar sempre alerta.

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Audiência Geral 27 de dezembro de 2023 Papa Francisco

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 27.12.2023

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PROF. JOÃO CLÁUDIO RUFINO - O NATAL NAS SAGRADAS ESCRITURAS | SantoFlow ...

Homilia Diária | Vida nova em Cristo (Festa de São João, Apóstolo e Evan...

Hoje é celebrado são João Evangelista, o discípulo amado de Jesus

 

Por Redação central


“Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”, costumava dizer são João Evangelista, o mais jovem dos apóstolos e que se distingue como o “discípulo amado de Jesus”. Foi quem acolheu a Virgem Maria em sua casa e é padroeiro dos teólogos e escritores. Sua festa se celebra hoje (27).

São João era judeu da Galileia, filho do Zebedeu e irmão do são Tiago Maior, com quem era pescador. Foi designado para acompanhar Pedro na preparação da última ceia, onde reclinou sua cabeça sobre o peito do Jesus. Esteve ao pé da cruz com a Virgem Maria, a quem levou para sua casa como Mãe para honrá-la, servi-la e cuidá-la.

Quando chegou a notícia do sepulcro vazio, são João correu junto a são Pedro para constatar. Foi quando os dois “viram e acreditaram”. Mais tarde, quando Jesus lhes apareceu à beira do lago da Galileia, Pedro perguntou sobre o futuro de João e o Senhor respondeu: “Se quiser que fique até que eu venha, o que te importa? Você, me siga”.

Por esta resposta, circulou o rumor de que João não ia morrer, algo que o próprio apóstolo desmentiu ao indicar que o Senhor nunca disse: “Não morrerá”.

Escreveu o Apocalipse, três epístolas e o Evangelho de são João, no qual se refere a si mesmo como “o discípulo que Jesus amava”.

Segundo são Clemente da Alexandria, em uma cidade, são João viu um jovem na congregação e, com o sentimento de que poderia tirar dele muita coisa boa, levou-o até o Bispo, o qual o próprio João havia consagrado, e lhe disse: “Em presença de Cristo e ante esta congregação, recomendo este jovem a seus cuidados”.

Pela recomendação de são João, o jovem se hospedou na casa do Bispo, que o instruiu na fé, batizou-o e confirmou. Entretanto, os cuidados do bispo se esfriaram, o moço andou com más companhias e se tornou assaltante.

Depois de um tempo, são João voltou e pediu ao bispo o encargo que Jesus Cristo e ele tinham encomendado a seu cuidado diante da Igreja. O bispose surpreendeu pensando que se tratava de algum dinheiro, mas o apóstolo lhe explicou que se referia ao jovem.

O bispo exclamou: “Pobre jovem! Morreu”. “Do que morreu?”, perguntou são João. “Morreu para Deus, posto que é um ladrão”, respondeu-lhe. Ao ouvir isto, o ancião apóstolo pediu um cavalo e com a ajuda de um guia dirigiu-se às montanhas onde os assaltantes tinham seu esconderijo. Logo que entrou, foi feito prisioneiro.

No esconderijo dos malfeitores, o jovem reconheceu o santo e tentou fugir, mas o apóstolo gritou: “Moço! Por que foge de mim, seu pai, um velho e sem armas? Sempre há tempo para o arrependimento. Eu responderei por ti ante meu Senhor Jesus Cristo e estou disposto a dar a vida por sua salvação. É Cristo quem me envia”.

O rapaz ficou imóvel, baixou a cabeça, começou a chorar e se aproximou do santo para lhe implorar uma segunda oportunidade. São João, por sua vez, não abandonou o esconderijo dos ladrões até que o pecador foi reconciliado com a Igreja.

Esta caridade, que procurava inflamar nos outros, refletia-se em seu dito: “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Uma vez lhe perguntaram por que repetia sempre a frase e são João respondeu: “Porque esse é o mandamento do Senhor e se o cumprirem já terão feito o bastante”.

Diferentemente de todos os outros apóstolos que morreram martirizados, são João partiu pacificamente para a Casa do Pai, em Éfeso, na Turquia, por volta do ano cem da era cristã e aos 94 anos de idade, segundo santo Epifânio.

(acidigital)

Laudes da Festa de São João, Apóstolo e Evangelista

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Sabugal Presépio, Leitão & Irmãos e iniciativas da Pastoral Juvenil em L...

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 26.12.2023

Krajewski leva o abraço do Papa a Belém, encontro com familiares de pessoas em Gaza


 

Chega ao ápice a missão do cardeal esmoleiro na Terra Santa, onde passou as celebrações de Natal. O cardeal esteve ao lado do patriarca Pizzaballa para a liturgia de Natal na Basílica da Natividade: “Havia pelo menos 2 mil pessoas, muitos jovens, vindos com a esperança de que a guerra vai acabar. Levei as saudações do Papa e muitos agradeceram pela ajuda”. No almoço, encontro com familiares de pessoas na Faixa de Gaza.

Salvatore Cernuzio - Cidade do Vaticano



O cardeal Konrad Krajewski levou as "saudações" do Papa,  para cerca de dois mil fiéis reunidos para a celebração de Natal na Basílica da Natividade de Belém, juntamente com a garantia de que Francisco "reza por eles, pede ajuda humanitária   e sensibiliza os políticos para parar a guerra". Ao lado do patriarca de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, o esmoleiro papal também se encontrou com 20 familiares de pessoas que estão passando essas festividades sob bombas e mísseis na Faixa de Gaza, os quais pediram garantias sobre o futuro deles e de seus parentes.


Um Natal de esperança
Chegou ao ápice a missão do cardeal na Terra Santa, enviado para levar o apoio e ajuda do Papa a todos esses fiéis que, devido à guerra, celebram um Natal de luto e dor. Em Belém, o lugar do nascimento do Salvador, o cardeal polonês encontrou, no entanto, um cenário diferente: pessoas vestidas para festa, homens de terno e gravata e mulheres com roupas brancas, prontos para cantar "alto até o céu", para agradecer ao Senhor apesar do horror e expressar a forte esperança de que "essa guerra termine logo".


Encontro com parentes de pessoas em Gaza
Cenas que surpreenderam o próprio cardeal, que - em contato com os meios de comunicação do Vaticano - disse ter sido tocado pela fé desses cristãos, bem como pelo olhar esperançoso do grupo de parentes de pessoas em Gaza, antes do almoço de Natal organizado pela comunidade dos franciscanos. "Eles fizeram perguntas ao cardeal Pizzaballa sobre o pós-guerra. Na Faixa, cerca de 900 pessoas não têm nada, apenas casas destruídas", conta Krajewski. "Quando essa terrível guerra terminar, precisamos estar prontos para ajudar aqueles que querem ficar e aqueles que querem sair. Precisamos pensar, por exemplo, em casas pré-fabricadas, reparar as escolas, porque sem escola, como as crianças ficam?". Essas pessoas, comenta o cardeal, "vivem com a esperança de que essa guerra vai acabar". E encarnam o Evangelho no qual "Jesus convida a colocar Deus em primeiro lugar e depois o próximo".


Ajuda da Jordânia
O esmoleiro do Papa, já representante papal entre os escombros físicos e espirituais da Ucrânia, também agradeceu a ajuda recebida da Jordânia graças ao rei Abdullah II, que enviou, por meio de um helicóptero, medicamentos e auxílio para o povo de Gaza: "Muitos países não conseguiram fazer nada, enquanto o rei de um pequeno país conseguiu".
A chegada de ajuda foi recebida como uma "bênção" de Natal, considerando o crescente número de doentes e feridos. "O vice-pároco da paróquia da Sagrada Família em Gaza - relatou Krajewski - me disse que apenas no distrito da Igreja eles têm 50 feridos, sem medicamentos. Portanto, esses medicamentos são uma bênção de Natal de pessoas corajosas que, apesar de tudo, procuram brechas para levar ajuda".


A proximidade do Papa
Ajuda que se soma àquela ofertada pelo Papa, "enviada diretamente a Gaza, principalmente para crianças e feridos e para que possam comprar mantimentos e coisas necessárias". O cardeal está aproveitando esses momentos de convívio para entender como envolver a ajuda do Dicastério para o Serviço da Caridade: "Precisamos entender como podemos agir para ajudar essas pessoas, organizar algo internacionalmente para apoiá-las. Isso já traz uma esperança de Natal".
De esperança, o cardeal Krajewski também falou em sua despedida ao final da Missa de Natal celebrada em árabe, pelo patriarca Pizzaballa: "Estava completamente cheia, havia pelo menos duas mil pessoas, todo o Povo de Belém. Aqui, cerca de 150 mil pessoas perderam seus empregos porque a cidade está cercada, as pessoas não podem sair e, portanto, muitos que trabalhavam fora perderam seus empregos. Apesar disso, vieram celebrar o nascimento de Jesus e a esperança de que tudo vai passar. Havia muitos, muitos jovens, bem vestidos, mulheres de branco, homens de terno e gravata. Só isso já diz muito: que grande festa estamos celebrando! E eles rezavam o Pai Nosso levantando os braços para o alto, invocando a paz. E então os cantos, com voz alta, pareciam chegar ao céu e ao Senhor. Em Roma, não encontramos paróquias onde se cante assim, talvez nas montanhas... A todos eu levei saudações do Santo Padre, levei um abraço muito forte da parte dele".


Gratidão a Francisco

Logo após a Missa, relatou novamente o cardeal, "saímos com o patriarca da Basílica, cumprimentamos todas as pessoas que vieram para celebrar o nascimento de Jesus. Todas as duas mil! Cumprimentei duas mil pessoas em nome do Santo Padre! E muitos agradeceram ao Papa, houve aplausos para o Papa Francisco, que nunca os abandonou, que está sempre próximo, e que sofre como eles sofrem".

(vaticannews)

A tu luz, Señor, vemos la luz 2023

Homilia Diária | Martírio, projeto de amor do Espírito Santo (Festa de S...

Hoje a Igreja celebra santo Estêvão, diácono e primeiro mártir

 

Por Redação central


Hoje (26) é celebrado o primeiro mártir de toda a Igreja Católica, santo Estêvão. O protomártir morreu apedrejado logo depois de ser arrastado para fora da cidade, após ser levado ante o Sinédrio por falsas acusações. Ele acusou os judeus por ter chegado ao ponto de não reconhecer o Salvador e também de tê-lo crucificado.

Santo Estêvão, enquanto recebia o golpe das pedras, pronunciou as seguintes palavras: “Senhor Jesus, recebe meu espírito”. Estando de joelhos antes de morrer, exclamou com força: “Senhor, não lhes tenha em conta pecado”.

Na celebração da festa deste santo em 2013, o papa Francisco assinalou que, “na verdade, na ótica da fé, a festa de Santo Estêvão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal”.

“No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires seu ‘nascimento ao céu’. Celebramos hoje, pois, o ‘nascimento’ de Estêvão, que em profundidade brota do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte dos que o amam em aurora de vida nova”, acrescentou o Santo Padre.

Também o papa emérito Bento XVI, em 2012, ao falar do santo refletiu: “De onde o primeiro mártir cristão tirou a força para fazer frente a seus perseguidores e chegar até a entrega de si mesmo? A resposta é simples: de sua relação com Deus, de sua comunhão com Cristo, da meditação sobre a história da salvação, de ver a ação de Deus, que alcança seu ápice em Jesus Cristo”.

(acidigital)

Laudes da Festa de Santo Estêvão, o primeiro mártir

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

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25 December 2023 Christmas Message and “Urbi et Orbi” Blessing Pope Francis

Hoje começa a oitava de Natal, celebramos o nascimento de Jesus por oito dias

 

Por Redação central


A celebração da “oitava” tem suas raízes no Antigo Testamento, no qual os judeus festejavam as grandes festas por oito dias. Do mesmo modo, como se lê em Gênesis (17,9-14), há muito séculos, deus fez uma aliança com Abraão e sua descendência, cujo sinal é a circuncisão no oitavo dia depois do nascimento.

O próprio Jesus, como todo judeu, também foi circuncidado ao oitavo dia e ressuscitou no “dia depois do sétimo dia da semana”. Assim, a Oitava (oito dias) segue sendo uma tradição muito importante na Igreja e, por isso, estabeleceu-se apenas dois momentos no calendário litúrgico: a “oitava de Natal” e a “oitava de Páscoa”.

Na oitava de Natal, também são celebradas as seguintes festas:

    26 de dezembro: Santo Estêvão é o primeiro mártir do cristianismo e representa todos os que morreram por Cristo voluntariamente.

    27 de dezembro: São João Evangelista é o jovem e valente apóstolo que permaneceu ao pé da cruz com a Virgem Maria. É considerado o “discípulo amado” e representa os que estiveram dispostos a morrer por Cristo, mas não foram mortos.

    28 de dezembro: Os santos inocentes representam os que morreram por Cristo sem saber e os milhões de bebês que morrem hoje em dia com o aborto.

    31 de dezembro: A Sagrada Família é modelo para todas as famílias e símbolo da união da Santíssima Trindade. É celebrada no domingo seguinte ao Natal. Quando o Natal cai em um domingo, celebra-se em 30 de dezembro.

    1º de janeiro: Santa Maria, Mãe de Deus. Todos os títulos atribuídos à Virgem Maria têm sua raiz neste dogma de fé.

Feliz Natal! Hoje nasceu o Salvador!

 



Por Redação central


Hoje, 25 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade do nascimento de Jesus Cristo. É um dia de alegria e gozo, porque o Senhor veio ao mundo para trazer a salvação. Por isso, a ACI Digital deseja a todos um feliz Natal e que Jesus também nasça em sua família e coração.

Como o sol ilumina a escuridão ao amanhecer, a presença de Cristo invade a escuridão do pecado, do mundo, do demônio e da carne para mostrar o caminho a seguir. Com sua luz, mostra a verdade de nossa existência. O próprio Cristo é a vida que renova a natureza caída do homem e da natureza. O Natal comemora a presença renovadora de Cristo que vem para salvar o mundo.

A Igreja em seu papel de mãe e mestra, através de uma série de festas busca conscientizar o homem deste fato tão importante para a salvação de seus filhos. É, portanto, necessário que todos os fiéis vivam com o reto sentido a riqueza da experiência real e profunda do Natal.

(acidigital)

Laudes do Natal do Senhor

domingo, 24 de dezembro de 2023

Vatican Media Live - Português

Angelus 24 de dezembro de 2023Papa Francisco

Um rebento brota do tronco de Jessé - CAMINHO NEOCATECUMENAL

Presépio: a raiz da alegria

O PAPA pode ERRAR? Entenda o dogma da infalibilidade papal

Kiko Argüello - VIVID ALEGRES

Palavra de Deus | Deus cumpre todas as suas promessas (Lc 1,26-38) Ir. M...

Missa do 4º Domingo do Advento na Sé de Angra do Heroísmo

Já vem o meu Deus - Natal

Hoje é celebrado o quarto e último domingo do Advento

 


Por Redação central


Celebramos hoje o quarto domingo do Advento e a Igreja reflete sobre o anúncio do nascimento de Jesus feito a Maria.

Todos são convidados a imitar Maria, a “Virgem do Advento”, que desde aquele “Sim” ao anjo, por nove meses preparou humildemente sua casa e seu coração para ter em seus braços o Salvador.

Em ambiente familiar, recomenda-se que todos os preparativos sejam com o firme propósito de aceitar Jesus no lar, na comunidade, no trabalho, na paróquia etc. Reunidos, é tempo de acender a quarta e última vela da Coroa do Advento.

Evangelho: Lc 1,26-38

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”

29Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.

30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.

34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”

35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

(acidigital)

Laudes do 4º Domingo do Advento

sábado, 23 de dezembro de 2023

A luz brilhou nas trevas - Natal 2023

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 23.12.2023

Excess deaths

Cantalamessa: pela fé, Maria esperou contra toda esperança


A anunciação do anjo a Maria, a peregrinação de fé da Mãe de Deus e o convite a abrir as portas do coração a Jesus, foram os temas centrais da segunda pregação do Advento para o Papa e os membros da Cúria Romana na manhã desta sexta-feira, 22 de dezembro, conduzida pelo cardeal Raniero Cantalamessa, Ofm. Cap., Pregador da Casa Pontifícia.

Vatican News


"Bem-aventurada aquela que acreditou", esta passagem bíblica, do Evangelho segundo Lucas (1, 45), que será proclamada no Quarto Domingo do Advento, foi o fio condutor da Segunda Pregação para o Papa e os membros da Cúria Romana, conduzida pelo cardeal Raniero Cantalamessa, Ofm. Cap., Pregador da Casa Pontifícia, na manhã desta sexta-feira, 22 de dezembro, na Sala Paulo VI do Vaticano.

Depois de ter apresentado, na sexta-feira passada, a figura do precursor João Batista, hoje o cardeal capuchinho convidou-nos a deixar-nos conduzir pela mão da Mãe de Jesus para "entrar" no mistério do Natal. Nesse sentido, a história da Anunciação, destacou o Pregador, nos lembra como Maria concebeu e deu à luz a Cristo e como nós também podemos concebê-lo e dar à luz a Ele: pela fé!
O progresso da fé de Maria

Antes de explicar o mistério da fé de Maria, o cardeal Cantalamessa disse que aconteceu com ela a mesma coisa que com a pessoa de Jesus, ou seja, a questão do progresso de Jesus em conhecer a vontade do Pai e obedecê-la:

Algo de semelhante, eu dizia, se repetiu, tacitamente, para a fé de Maria. Dava-se por pressuposto que ela tivesse cumprido o seu ato de fé no momento da Anunciação e nele tivesse permanecido estável por toda a vida, como quem com a sua voz, alcançou de uma vez a nota mais aguda e a mantém interruptamente por todo o resto do canto. Dava-se uma explicação reconfortante de todas as palavras que pareciam dizer o contrário.
Uma nova dimensão da fé de Maria

Neste sentido, o Pregador disse que o dom que o Espírito Santo deu à Igreja, com a renovação da Mariologia, foi a descoberta de uma dimensão nova da fé de Maria. A Mãe de Deus – afirmou o Concílio Vaticano II – “avançou pelo caminho da fé” (LG 58). Não acreditou de uma vez por todas, mas caminhou na fé e progrediu nela. A afirmação foi retomada e tornada mais explícita por São João Paulo II na Encíclica Redemptoris Mater:

As palavras de Isabel: “Bem-aventurada aquela que acreditou” não se aplicam apenas àquele momento particular da Anunciação. Esta representa, sem dúvida, o momento culminante da fé de Maria na expectação de Cristo, mas é também o ponto de partida, no qual se inicia todo o seu caminho para Deus, toda a sua caminhada de fé (RM 14).


Maria acreditou, esperando contra a esperança

Depois da Anunciação e do Natal, o cardeal Cantalamessa destacou que, pela fé, Maria apresentou o Menino ao templo, pela fé ela o seguiu, mantendo um perfil discreto, em sua vida pública, pela fé ela ficou sob a cruz, pela fé ela esperou por sua ressurreição.

Está lá, impotente diante do martírio do filho, mas consente ao amor. É uma réplica do drama de Abraão, mas quão imensamente mais exigente! Com Abraão, Deus se detém no último momento, com ela não. Aceita que o filho seja imolado, o entrega ao Pai, com o coração dilacerado, mas de pé, forte pela sua fé inabalável. É aqui que a voz de Maria alcança a nota mais alta. De Maria, deve-se dizer com maior razão o que o Apóstolo diz de Abraão: esperando contra toda esperança, Maria acreditou e, assim, tornou-se mãe de muitos povos (Rm 4,18).
Greccio 1223

O Natal deste ano, disse o cardeal Cantalamessa, recorre o VIII centenário da primeira realização do presépio em Greccio. É o primeiro dos três centenários franciscanos, o qual seguirão, em 2024, o dos Estigmas do santo e, em 2026, o da sua morte. O seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano, refere as palavras com que São Francisco de Assis explica a sua iniciativa:

“Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”.
Abramos a porta de nosso coração para Jesus

Infelizmente, continua o pregador da Casa Pontifícia, com o passar do tempo, o presépio se afastou daquilo que representava para Francisco. Tornou-se, frequentemente, uma forma de arte ou de espetáculo do qual se admira a montagem externa, mais do que o significado místico. Ainda assim, contudo, ele desempenha a sua função de sinal e seria tolo renunciar a ele.

O presépio é, portanto, uma tradição útil e bela, mas não podemos nos contentar com os tradicionais presépios externos. Devemos montar para Jesus um presépio diverso, um presépio do coração. Corde creditur: crê-se com o coração. Christum habitare per fidem in cordibus vestris: que Cristo venha habitar em vossos corações pela fé (Ef 3,17). Maria e o seu Esposo continuam, misticamente, a bater às portas, como fizeram naquela noite em Belém.
Não se trata de uma bela e poética ficção

Por fim, disse o cardeal Cantalamessa, em nosso coração, de fato, há lugar para muitos hóspedes, mas apenas para um dono. Deixar Jesus nascer significa deixar morrer o próprio “eu”, ou ao menos renovar a decisão de não mais viver para nós mesmos, mas por Aquele que nasceu, morreu e ressuscitou por nós (cf. Rm 14,7-9).

“Onde nasce Deus, morre o homem”, afirmou um certo existencialismo ateísta. É verdade! Morre, porém, o homem velho, corrompido e destinado, em todo caso, a terminar com a morte, e nasce o homem novo, “criado em justiça e santidade da verdade” (Ef 4,24). É uma empresa que não terminará com o Natal, mas pode começar com ele.

Antes de desejar a todos um Feliz Natal, o Pregador da Casa Pontifícia enalteceu a Mãe de Deus, que “concebeu Cristo no seu coração antes que no seu corpo”, nos ajude a realizar este propósito. “Feliz aniversário a Jesus – e Feliz Natal a todos: Santo – e amado – Padre, Papa Francisco, venerados Padres, irmãos e irmãs”, concluiu Cantalamessa.

(vaticannews)

E PACIENTE (CN)

Fala do Papa Francisco sobre o Batismo no Espirito Santo! #confira #fogo...

Ano B - 4.º domingo do Advento. Comentário do padre Manuel Barbosa, scj

Hoje é dia de são João Câncio, o pai dos pobres

 


Por Redação central


A Igreja católica celebra hoje (23), são João Câncio, sacerdote e teólogo do século XV, considerado o padroeiro do seu país natal, Polônia, e da Lituânia. Teve uma vida exemplar, destacando-se pela simplicidade, bom humor, vida austera e generosidade.

Jan Kanty, seu nome de batismo, nasceu em 23 de junho de 1397, na cidade de Kety, Reino da Polônia. Ele estudou na Universidade de Cracóvia, onde recebeu o doutorado em teologia. Foi ordenado sacerdote muito jovem e mais tarde foi nomeado professor de Sagrada Escritura na Universidade de Cracóvia.

Inimigo da maledicência, amigo do perdão

Ele foi um exímio pregador. Quando pregava sobre o pecado, as lágrimas escorriam por seu rosto ao se lembrar da ingratidão humana diante de Deus, que sempre nos perdoa. Muitos, ao vê-lo chorar por tal causa, ficavam comovidos e endireitavam suas vidas.

Ele dava este conselho a seus alunos: "Cuidem-se de ofender, porque depois é difícil fazer esquecer a ofensa. Evitem murmurar, porque depois é difícil devolver a fama que foi tirada”.

Professor modelo de desapego e rigor acadêmico

Centenas de padres foram formados espiritualmente por Câncio, e entre seus contemporâneos ele ficou famoso por ser generoso e desapegado em tudo. As pessoas o chamavam de "O Pai dos Pobres" por causa de suas obras de caridade. Tinha o hábito de distribuir o salário de professor entre os mais necessitados, guardando pouco menos do que o essencial.

Um fato curioso sobre sua vida acadêmica diz respeito às suas contribuições para o desenvolvimento da chamada "teoria do ímpeto", originalmente elaborada por Jean Buridan com o objetivo de explicar o movimento dos corpos celestes. Esta contribuição coloca são João Câncio na lista daqueles que influenciaram na elaboração da moderna teoria da inércia (Galileu, Newton) e, portanto, um lugar foi reservado para o seu nome na história da física.

Um santo é sempre um amigo intercessor

Morreu na noite de 24 de dezembro de 1473, durante a celebração da missa. Logo depois, algumas pessoas começaram a visitar o túmulo dele para levar flores e pedir a sua intercessão; e começou a se espalhar a notícia de que Deus concedia muitas graças e milagres por meio dele. Foram tantos os testemunhos das graças concedidas, a tão grande número de pessoas, que a sua causa de beatificação foi aberta.

Foi beatificado em 1676 pelo papa Clemente X, e proclamado padroeiro da Polônia e da Lituânia em 1737. Anos depois, em 16 de julho de 1767, foi canonizado pelo papa Clemente XIII. Embora ele tenha morrido na véspera de Natal, foi disposto que a sua festa fosse transferida para 23 de dezembro para evitar sobreposições.

(acidigital)

Laudes de 23 de Dezembro

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

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Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 22.12.2023

Segunda Pregação do Advento 2023 do cardeal Cantalamessa


"O presépio é, portanto, uma tradição útil e bela, mas não podemos nos contentar com os tradicionais presépios externos. Devemos montar para Jesus um presépio diverso, um presépio do coração. Corde creditur: crê-se com o coração. Christum habitare per fidem in cordibus vestris: que Cristo venha habitar em vossos corações pela fé (Ef 3,17). Maria e o seu Esposo continuam, misticamente, a bater às portas, como fizeram naquela noite em Belém."

Fr. Raniero Card. Cantalamessa, OFMCap


“BEM-AVENTURADA AQUELA QUE ACREDITOU!”
Segunda Pregação do Advento de 2023


Depois do Precursor João Batista, hoje nos deixamos conduzir pela Mãe de Jesus para “entrarmos” no mistério do Natal. No Evangelho de domingo passado, o Quarto do Advento, ouvimos a narrativa da Anunciação. Ele nos recorda como Maria concebeu e deu à luz o Cristo e como podemos concebê-lo dá-lo à luz também nós, isto é, mediante a fé! Referindo-se a este momento, Isabel, pouco depois, exclamará: “Bem-aventurada aquela que acreditou” (Lc 1,45).

Repetiu-se, infelizmente, acerca da fé de Maria, o que acontecera com a pessoa de Jesus. Como os hereges arianos buscavam qualquer pretexto para pôr em dúvida a plena divindade de Cristo, os Padres da Igreja, para lhes tirar qualquer apoio, às vezes deram uma explicação “pedagógica” de todos aqueles textos do Evangelho que pareciam admitir um progresso de Jesus no conhecimento da vontade do Pai e na obediência a ela. Um destes textos era o da Carta aos Hebreus, segundo a qual Jesus “aprendeu o que significa a obediência, por aquilo que sofreu” (Hb 5,8), um outro, a oração de Jesus no Getsêmani. Em Jesus, tudo devia ser dado e perfeito em princípio. Como bons gregos, pensavam que o tornar-se não pode incidir sobre o ser das coisas.

Algo de semelhante, eu dizia, se repetiu, tacitamente, para a fé de Maria. Dava-se por pressuposto que ela tivesse cumprido o seu ato de fé no momento da Anunciação e nele tivesse permanecido estável por toda a vida, como quem com a sua voz, alcançou de uma vez a nota mais aguda e a mantém interruptamente por todo o resto do canto. Dava-se uma explicação reconfortante de todas as palavras que pareciam dizer o contrário.

O dom que o Espírito Santo deu à Igreja, com a renovação da Mariologia, foi a descoberta de uma dimensão nova da fé de Maria. A Mãe de Deus – afirmou o Concílio Vaticano II – “avançou pelo caminho da fé” (LG 58). Não acreditou de uma vez por todas, mas caminhou na fé e progrediu nela. A afirmação foi retomada e tornada mais explícita por São João Paulo II na Encíclica Redemptoris Mater:

As palavras de Isabel: “Bem-aventurada aquela que acreditou” não se aplicam apenas àquele momento particular da Anunciação. Esta representa, sem dúvida, o momento culminante da fé de Maria na expectação de Cristo, mas é também o ponto de partida, no qual se inicia todo o seu caminho para Deus, toda a sua caminhada de fé (RM 14).

Neste caminho, Maria chegou, escrevia o Papa, até a “noite da fé” (RM 17). São conhecidas e repedidas as palavras de Santo Agostinho sobre a fé de Maria:

“A Virgem Maria deu à luz crendo, aquele que tinha concebido crendo (“quem credendo peperit, credendo concepit”)... Depois que o anjo tinha falado, ela, cheia de fé, concebendo Cristo no coração antes que no ventre, respondeu: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”[1].

Devemos completar a lista do que aconteceu depois da Anunciação e do Natal: pela fé, Maria apresentou o Menino no templo, pela fé o seguiu, mantendo-se à parte, em sua vida pública, pela fé esteve sob a cruz, pela fé aguardou a sua ressurreição.

Reflitamos sobre alguns momentos do caminho de fé da Mãe de Deus. Há fatos aparentemente contrastantes que Maria confronta dentro de si, sem compreender. É “o Filho de Deus” e deita em uma manjedoura! Ela conserva tudo em seu coração e deixa que fermente à espera. Ouvirá a profecia de Simeão e logo se dará conta do quanto era verdadeira! Todos os altos e baixos da vida do filho, todas as incompreensões, as progressivas deserções ao seu redor, tiveram uma profunda repercussão em seu coração de Mãe. Começa a fazer experiência dolorosa disso na perda de Jesus no templo: “Por que me procuráveis? Eles, porém, não entenderam...” (Lc 2,49).

Enfim, há a cruz. Está lá, impotente diante do martírio do filho, mas consente ao amor. É uma réplica do drama de Abraão, mas quão imensamente mais exigente! Com Abraão, Deus se detém no último momento, com ela não. Aceita que o filho seja imolado, o entrega ao Pai, com o coração dilacerado, mas de pé, forte pela sua fé inabalável. É aqui que a voz de Maria alcança a nota mais alta. De Maria, deve-se dizer com maior razão o que o Apóstolo diz de Abraão: esperando contra toda esperança, Maria acreditou e, assim, tornou-se mãe de muitos povos (Rm 4,18).

Houve um tempo em que a grandeza de Maria era vista sobretudo nos privilégios que competiam para multiplicar, com o resultado de distanciá-la, ao invés de “associá-la” a Cristo, o qual se fizera “em tudo semelhante a nós”, nada excluído, nem mesmo a tentação, mas somente o pecado. O Concílio nos orientou a ver a sua grandeza sobretudo na sua fé, esperança e caridade. Afirma a Lumen gentium:

Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça (LG 61).


“Acreditemos também nós!”
 

A renovação da Mariologia operada pelo Vaticano II deve muito (talvez o essencial) a Santo Agostinho. Foi a sua autoridade que impulsionou alguns teólogos e depois a assembleia conciliar a inserir o discurso sobre Maria dentro da constituição sobre a Igreja, a Lumen gentium, ao invés de fazer um discurso à parte sobre ela. Partindo do princípio de que “o todo é superior à parte”, Agostinho escrevera:

Santa é Maria, bem-aventurada é Maria, mas mais importante é a Igreja do que a Virgem Maria. Por quê? Porque Maria é uma parte da Igreja, um membro santo, excelente, superior a todos os demais, mas um membro de todo o corpo. Se é um membro de todo o corpo, sem dúvida mais importante do que um membro é o corpo[2].

Agora é o mesmo Santo Agostinho a nos sugerir a resolução a se tomar após termos repercorrido brevemente o caminho de fé da Mãe de Deus. Ao final do seu discurso sobre a fé de Maria, ele dirige aos seus ouvintes uma vibrante exortação que vale também para nós: “Maria acreditou, e o que acreditou se cumpriu nela. Acreditemos também nós, para que o que se cumpriu nela possa se cumprir também em nós!”[3].

O IV centenário do nascimento de Blaise Pascal – que o Santo Padre quis recordar à Igreja com a sua Carta Apostólica de 19 de junho passado – nos ajuda a dar um conteúdo atual à exortação: “Acreditemos também nós”. Entre os “Pensamentos” mais famosos de Pascal, há o seguinte:

Le coeur a ses raisons que la raison ne connaît point. O coração tem suas razões que a razão não conhece [...]. C’est le coeur qui sent Dieu et non la raison. O coração, e não a razão, sente Deus. Assim é a fé: Deus sentido pelo coração e não pela razão[4].

Esta afirmação é ousada, mas tem o mais fidedigno fundamento possível, o da Sagrada Escritura! O apóstolo Paulo conhece e usa frequentemente a palavra nous, que corresponde ao moderno conceito de mente, inteligência ou razão; mas, falando da fé, não diz “mente creditur”, com a mente se crê; diz corde creditur (kardia gar pisteùetai), com o coração se crê (Rm 10,19).

Deus “é sentido pelo coração e não pela razão”, como afirma Pascal, pelo simples motivo de que “Deus é amor” e o amor não se percebe com o intelecto, mas com o coração. É verdade que Deus é também verdade (“Deus é luz”, escrive João em sua mesma Primeira Carta) e a verdade se percebe com o intelecto; mas, enquanto o amor supõe o conhecimento, o conhecimento não supõe necessariamente o amor. Não se pode amar sem conhecer, mas se pode conhecer sem amar! Bem o sabe uma civilização a nossa, orgulhosa de ter inventado a inteligência artificial, mas tão pobre de amor e compaixão.

Não são, infelizmente, “as razões do coração” de Pascal que plasmaram o pensar laico e teológico dos últimos três séculos, mas sim o “penso, logo existo” (cogito ergo sum) do seu compatriota Descartes, ainda que contra a intenção deste, que era e permaneceu sempre um piedoso cristão e um fiel (lembro de ter lido o seu nome na lista dos peregrinos famosos ao Santuário de Nossa Senhora de Loreto).

A consequência foi que o racionalismo dominou e ditou a norma, antes de chegar ao atual niilismo. Todos os discursos e debates que se fazem, também hoje, vertem sobre “Fé e Razão”, jamais, pelo que eu saiba, sobre “Fé e coração”, ou “Fé e vontade”. O próprio Pascal, contudo, em um outro pensamento, afirma que a fé é clara o bastante para quem quer crer, e bastante obscura para quem não quer crer[5]. Ela, em outras palavras, é uma questão de vontade, mais do que de razão e intelecto.

Gostaria, neste ponto, de acenar a uma segunda lição deixada a nós por Pascal e que o Santo Padre evidencia fortemente em sua Carta Apostólica: a centralidade de Cristo para a fé cristã: “Conhecemos Deus – escrive o filósofo – apenas por meio de Jesus Cristo. Sem este mediador, está excluída qualquer comunicação com Deus”[6]. E, no chamado Memorial, eco de uma memorável noite de luz, ele exclama: “o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, não dos filósofos nem dos eruditos... é encontrado apenas pelas vias ensinadas pelo Evangelho”.

Pascal é frequentemente citado a propósito do “risco calculado”, ou da aposta vantajosa. Na incerteza, escreve, aposte na existência de Deus, pois “se vencer, você venceu tudo, se perder, não perdeu nada”: “Si vous gagnez, vous gagnez tout ; si vous perdez, vous ne perdez rien”[7]. Mas o verdadeiro risco da fé – também ele sabe disso – é outro: é aquele de pôr Jesus Cristo entre parênteses. Um risco de longa data! Repensemos sobre o que aconteceu em Atenas, na ocasião do memorável discurso proferido pelo apóstolo Paulo no Areópago (At 17,16-33).

O Apóstolo começa falando do Deus único que criou o universo e do qual “somos até sua linhagem”. Os presentes captam a alusão ao verso de um poeta seu e o acompanham com atenção. Mas eis que Paulo chega ao ponto. Fala de um homem que Deus designou como juiz universal, dando prova disso ao ressuscitá-lo dos mortos. Acabou o encanto! “Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, alguns zombavam. Outros diziam: ‘A respeito disso, te ouviremos em outra ocasião’” (At 17,32).

O que foi que os perturbou tanto? Certo, a ideia da ressurreição dos mortos, tão contrária ao que, no mesmo lugar, ensinara Platão: o corpo é “a tumba da alma”, não vale a pena carregá-lo também após a morte. Mas talvez lhes tenha desconcertado ainda mais o fato de fazer o destino da humanidade depender de um único evento histórico e de um homem concreto. Um século depois, o filósofo platônico Celso jogará à face dos cristãos os motivos do escândalo dos gregos: “Filho de Deus um homem que viveu há poucos anos? Alguém de ontem ou anteontem? Um homem nascido de uma pobre fiandeira em um vilarejo da Judeia?”[8].

O verdadeiro risco da fé é aquele de se escandalizar com a humanidade e a humildade de Cristo. Foi o maior obstáculo que Agostinho teve que superar para aderir à fé: “Não sendo humilde, eu não conseguia aceitar como meu Deus o humilde Jesus”, escreve nas Confissões[9]. Jesus falara da possibilidade de “se escandalizar” por causa dele, em razão da sua distância da ideia que os homens tinham feito do Messias, e concluíra dizendo: “E bem-aventurado quem não se escandaliza por causa de mim!” (Mt 11,2-6).

O escândalo hoje é menos ostentado do que aquele dos areopagitas, mas não menos presente entre os intelectuais. O efeito – mais danoso do que a rejeição – é o silêncio sobre ele. Tenho acompanhado, na internet, muitos debates de alto nível sobre a existência ou não de Deus: quase nunca era pronunciado neles o nome de Jesus Cristo. Como se ele não coubesse no discurso sobre Deus!

Deve ser este o nosso empenho principal no esforço pela evangelização. O mundo e seus meios de comunicação – eu dizia em outra ocasião, nesta mesma sede – fazem de tudo (e infelizmente conseguem!) para manter separado, ou silenciado, o nome de Cristo em todo seu discurso sobre a Igreja. Nós devemos fazer de tudo para mantê-lo obstinadamente presente. Não para nos abrigar por detrás dele e calar nossos fracassos, mas porque é ele “a luz dos povos”, o “nome que está acima de todo nome”, “a pedra angular” do mundo e da história.


Voltar ao coração!
 

Voltemos, para terminar, à palavra de Pascal sobre Deus que “se sente com o coração”. Não mais para fazer disso objeto de considerações históricas e teológicas, mas pessoais e práticas. Pascal foi um fervoroso discípulo de Santo Agostinho, até, infelizmente, a compartilhar também algum excesso e erro, coma aquele, reproposto pelos Jansenistas, da dupla predestinação divina, à glória ou à danação! Também o apelo de Pascal ao coração ressoa a influência do Doutor de Hipona. Comentando o versículo de Isaías: “Lembrai-vos disso e envergonhai-vos, guardai-o no coração, ó rebeldes (redite, praevaricatores ad cor)” (Is 46,8, Vulgata), em um discurso ao povo, Santo Agostinho dizia:

Voltai ao vosso coração!... Voltai de vossa errância que vos levou para fora do caminho; voltai ao Senhor. Ele está pronto. Volta antes ao teu coração, tu que te tornaste estranho a ti mesmo, por força de ir afora: não te conheces a ti mesmo, e buscas aquele quem te criou! Volta, volta ao coração, separa-te do corpo... Volta ao coração: lá, examina o que talvez percebas de Deus, pois lá se encontra a imagem de Deus; na interioridade do homem habita Cristo[10].

O homem envia as suas sondas até a periferia do sistema solar e além, mas ignora o que acontece a milhares de metros sob a crosta terrestre, daí a dificuldade em prever os terremotos. É uma imagem do que acontece no âmbito do espírito, em nossa própria vida. Vivemos todos projetados ao exterior, ao que acontece ao nosso redor, desatentos ao que acontece dentro de nós. O silêncio causa medo.
Greccio, 1223
 

No Natal deste ano recorre o VIII centenário da primeira realização do presépio em Greccio. É o primeiro dos três centenários franciscanos, o qual seguirão, em 2024, o dos Estigmas do santo e, em 2026, o da sua morte. Também esta circunstância pode nos ajudar a voltar ao coração. O seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano, refere as palavras com que o Pobrezinho explicava a sua iniciativa: “Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”[11].

Infelizmente, com o passar do tempo, o presépio se afastou daquilo que representava para Francisco. Tornou-se, frequentemente, uma forma de arte ou de espetáculo do qual se admira a montagem externa, mais do que o significado místico. Ainda assim, contudo, ele desempenha a sua função de sinal e seria tolo renunciar a ele. Em nosso Ocidente, multiplicam-se as iniciativas para eliminar das solenidades natalinas toda referência evangélica e religiosa, reduzindo-o a uma mera e simples festa humana e familiar, com tantas fábulas e personagens inventados no lugar dos verdadeiros personagens do Natal. Alguém gostaria de mudar até mesmo o nome da festa.

Um dos pretextos é favorecer, deste modo, a convivência pacífica com fiéis de outras religiões, na prática, com os muçulmanos. Na realidade, este é o pretexto de um certo mundo laicista que não quer estes símbolos, não dos muçulmanos. No Alcorão, há uma Sura dedicada ao nascimento de Jesus que vale a pena conhecer. Diz:

E quando os anjos disseram: “Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus [‘Isà], filho de Maria, nobre neste mundo e no outro... Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos”. Perguntou: “Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou?”. Disse-lhe o anjo: “Assim será, Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: ‘Seja!’. E é[12].

Uma vez, no tempo que, no sábado ao entardecer, eu explicava o Evangelho dominical no programa da RAI “A Sua Immagine”, pedi esta sura fosse lida por um muçulmano, que se disse feliz em contribuir, desse modo, para dissipar um equívoco que os prejudica, com o pretexto de favorecê-los. A veneração com que o Alcorão recorda o nascimento de Jesus e o lugar que a Virgem Maria nela ocupa teve, há alguns anos, um reconhecimento inesperado e clamoroso. O Emir de Abu Dhabi decidiu dedicar a Mariam, Umm Eisa, “Maria, Mãe de Jesus”, a belíssima mesquita do emirado, que antes portava o nome do seu fundador, o Xeique Mohammad Bin Zayed.

O presépio é, portanto, uma tradição útil e bela, mas não podemos nos contentar com os tradicionais presépios externos. Devemos montar para Jesus um presépio diverso, um presépio do coração. Corde creditur: crê-se com o coração. Christum habitare per fidem in cordibus vestris: que Cristo venha habitar em vossos corações pela fé (Ef 3,17). Maria e o seu Esposo continuam, misticamente, a bater às portas, como fizeram naquela noite em Belém. No Apocalipse, é o Ressuscitado em pessoa que diz: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Abramos-lhe a porta do nosso coração. Façamos dele um berço para o Menino Jesus. Que sinta, no frio do mundo, o calor do nosso amor e da nossa infinita gratidão de redimidos!

Esta não é uma bela e poética ficção; é a mais árdua empresa da vida. Em nosso coração, de fato, há lugar para muitos hóspedes, mas apenas para um dono. Deixar Jesus nascer significa deixar morrer o próprio “eu”, ou ao menos renovar a decisão de não mais viver para nós mesmos, mas por Aquele que nasceu, morreu e ressuscitou por nós (cf. Rm 14,7-9). “Onde nasce Deus, morre o homem”, afirmou um certo existencialismo ateísta. É verdade! Morre, porém, o homem velho, corrompido e destinado, em todo caso, a terminar com a morte, e nasce o homem novo, “criado em justiça e santidade da verdade” (Ef 4,24). É uma empresa que não terminará com o Natal, mas pode começar com ele.

Que a Mãe de Deus, que “concebeu Cristo no seu coração antes que no seu corpo”, nos ajude a realizar este propósito.

Feliz aniversário a Jesus – e Feliz Natal a todos: Santo – e amado – Padre, Papa Francisco, venerados Padres, irmãos e irmãs!

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Traduçao de Fr. Ricardo Farias, OFMCap.

(vaticannews)

 

[1] Cf. Agostinho, Discursos, 215,4.
[2] Cf. Agostino, Discurso 72,7 (Miscellanea Agostiniana, I, Roma 1930, p.163).
[3] Cf. Agostino, Discursos, 215,4.
[4] Cf. Pensamentos, 277-278, ed. Brunschvicg.
[5] Cf. Pensamentos, 430, ed. Br.
[6] Cf. Pensamentos, n. 221, Br.
[7] Cf. Pensamentos, 233, Br.
[8] Cf. Orígenes, Contra Celso, I, 26.28; VI, 10.
[9] Cf. Agostinho, Confissões, VII, 18,24.
[10] Cf. Agostinho, Tratados sobre o Evangelho de João, 18,10.
[11] Cf. Tomás de Celano, Primeira Vida, 84-86.
[12] Alcorão, Sura III, 45-47.

Palavra de Vida – dezembro 2023


 «Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus». (1Ts 5,16-18)


Quando Paulo escreveu aos tessalonicenses, ainda estavam vivos muitos dos contemporâneos de Jesus que O tinham visto e ouvido, que foram testemunhas da tragédia da Sua morte e do assombro perante a Sua ressurreição e ascensão. Eles reconheciam o rastro deixado por Jesus e esperavam o Seu retorno iminente. Paulo amava a comunidade de Tessalónica, que era exemplar pela vida, pelo testemunho e pelos frutos. Escreveu-lhes então esta carta, insistindo para que fosse lida a todos (5,27). Nela fez algumas recomendações, para que continuassem a ser “imitadores nossos e do Senhor” (1,6), e resumiu-as assim:

 
«Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus».


O fio condutor destas prementes exortações não é apenas aquilo que Deus espera de nós, mas quando: sempre, sem cessar, em todas as circunstâncias.
Mas será possível mandar alguém alegrar-se? Todos nos sentimos por vezes assolados por problemas e preocupações, por sofrimentos e angústias, sobretudo quando nos deparamos com uma realidade social árida e hostil. No entanto, para Paulo, há um motivo pelo qual é sempre possível ter “aquela alegria” a que ele se refere. Dirige-se a cristãos, por isso recomenda que levem a sério a vida cristã, para que Jesus possa viver neles com a plenitude que Ele prometeu após a ressurreição. É o que também nós podemos experimentar: Ele vive naqueles que amam, e qualquer pessoa pode percorrer o caminho do amor com o desapego de si mesmo, com o amor gratuito pelos outros, aceitando a ajuda dos amigos, mantendo viva a confiança de que “o amor vence tudo”[1].


«Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus».


No diálogo com fiéis de diferentes religiões e com pessoas de outras convicções, compreendemos ainda mais profundamente que orar é uma ação profundamente humana. A oração edifica a pessoa, eleva-a.
Mas como podemos “orar sem cessar”? Escreve o teólogo ortodoxo Evdokimov: «… Não basta ter a oração, ter regras, ter hábitos; é preciso tornar-se oração, ser oração incarnada, fazer da própria vida uma liturgia, rezar através das coisas mais banais»[2]. Chiara Lubich salienta que «podemos amar [a Deus] como filhos, quando o Espírito Santo enche o nosso coração de amor e de confiança no próprio Pai: aquela confiança que nos leva a falar frequentemente com Ele, a contar-Lhe tudo, os nossos propósitos, os nossos projetos”[3].
Há ainda um modo de rezar sempre que é acessível a todos: parar antes de cada ação e retificar a intenção com um “Por Ti”. É uma prática simples que transforma em contínua oração, a partir de dentro, as nossas atividades e toda a nossa vida. 

«Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus».


 “Dai graças em todas as circunstâncias”. É a atitude que brota livre e sincera do amor agradecido Àquele que, silenciosamente, sustenta e acompanha os indivíduos, os povos, a História, o Cosmos. Ao mesmo tempo, é a gratidão para com os outros que caminham connosco, uma gratidão que nos torna conscientes de que não somos autossuficientes.
Alegrar-se, orar e agradecer. São três ações que nos ajudam a ser cada vez mais como Deus nos vê e nos quer, que enriquecem a nossa relação com Ele, na esperança de que “o Deus da paz nos santifique totalmente”[4].
Podemos assim preparar-nos para viver mais profundamente a alegria do Natal, para tornar o mundo melhor, para nos tornarmos construtores de paz dentro de nós mesmos, em casa, nos locais de trabalho, nas ruas e nas praças. É aquilo que é mais necessário e urgente nos dias de hoje.

Texto preparado por Victoria Gómez e pela equipa da Palavra de Vida

(focolares)


1] Virgílio. Écloga X.69. [2] Evdokimov, Pavel. «La preghiera di Gesù» in La novità dello Spirito. Milão: Ed. Ancora 1997. [3] LUBICH, Chiara. Conversazioni. Roma: Città Nuova 2019, p. 552. [4] Cf. 1Ts 5,23.

Palavra de Deus | Onde Deus realiza a sua Graça? (Lc 1,46-56) Ir. Maria ...

Hoje é celebrada santa Francisca Xavier Cabrini, padroeira dos imigrantes

 


Por Redação central


A Igreja católica celebra hoje (22) santa Francisca Xavier Cabrini, uma religiosa cuja vida foi consagrada ao serviço dos imigrantes.

"Madre Cabrini é uma mulher muito inteligente e de grandes virtudes... é uma santa", disse o papa Leão XIII sobre a santa padroeira dos imigrantes.

Leão XIII conheceu pessoalmente esta religiosa italiana que emigrou para os Estados Unidos e que, movida pelo amor de Cristo, foi testemunha viva do Senhor entre os que povoavam o vasto território norte-americano. Por causa desse ardor missionário, madre Cabrini tornou-se a primeira cidadã dos Estados Unidos a ser canonizada.

Maria Francisca Cabrini nasceu em Sant'Angelo Lodigiano, Lombardia, Itália, em 15 de julho de 1850, em uma família rica. Desde pequena era fascinada pelas leituras e histórias de homens e mulheres que deixaram sua terra natal e empreenderam aventuras missionárias em terras distantes com o propósito de anunciar o Evangelho.

Quando jovem, Francisca ansiava por seguir esse caminho, mas seus pais a enviaram para estudar com as freiras de Arluno para se tornar professora.

Em 1870, algum tempo depois da morte dos pais, Francisca tentou ingressar na congregação com a qual estudava, mas não foi admitida por causa de problemas de saúde. Então, ela fez outra tentativa com uma ordem diferente, mas também não foi recebida.

Em meio à decepção pelas recusas sofridas, recebeu um convite de um bispo e de um padre amigo para ingressar no orfanato "Casa da Providência", onde a fundadora do estabelecimento, dona Tondini, havia exercido uma administração deficiente.

A santa aceitou e com um grupo de companheiras que ali trabalhavam desenvolveu um projeto espiritual que resultou na fundação das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração.

A inspiração para o projeto, a cuja intercessão foi consagrado, foi são Francisco Xavier, o famoso evangelizador do Japão. Em homenagem ao santo jesuíta, Francisca acrescentaria "Xavier" ao seu nome.

Infelizmente, apesar dos esforços do grupo de mulheres, o bispo aconselhou Francisca a deixar a instituição de lado e fechou o orfanato. Por causa disso, madre Cabrini e suas irmãs tiveram que se mudar para um convento franciscano vazio, onde escreveu as regras do novo instituto, que foram finalmente aprovadas por seu bispo. A partir daí, o trabalho espiritual da madre cresceu, abrindo outras casas para abrigar novas vocações.

Madre Cabrini empreendeu então a viagem a Roma com o objetivo de obter a aprovação da Santa Sé para sua congregação. Enquanto isso, o arcebispo de Nova York entrou em contato com ela para pedir que enviasse suas freiras para os EUA.

Certamente, o desejo de madre Cabrini naquela época era outro, sua ideia era ir para a China; no entanto, o papa Leão XIII pediu que ela fosse para o oeste e não para o leste.

Assim, a madre atravessou o Atlântico e chegou a Nova York em 1889. Lá encontrou uma realidade pastoral muito dura entre os imigrantes europeus. Muitos deles viviam em precariedade moral e haviam abandonado a fé.

Diante das dificuldades, o arcebispo de Nova York começou a duvidar da pertinência de seu convite e achou melhor que as irmãs voltassem para a Itália. Santa Francisca, determinada e firme, se recusou a ir embora. Foi o papa quem a mandou para lá e ela ia ficar.

Com o passar dos meses, Deus providenciou o necessário e as freiras abriram um orfanato, uma casa para elas e uma escola para as crianças. Esse seria o início de sua grande missão na América.

Aos poucos, a congregação se expandiu pelos EUA, fazendo crescer a obra de Deus, principalmente entre os imigrantes e os mais necessitados.

As pessoas que lidavam com madre Cabrini a admiravam e amavam. Embora rígida, santa Francisca tinha um grande senso de justiça, um humor espirituoso, uma vida espiritual muito forte e um entusiasmo inesgotável.

Parecia que nenhum obstáculo poderia fazê-la recuar quando ela propunha algo. Nem as barreiras culturais, nem as dificuldades de uma língua que não era a sua - o inglês - conseguiram fazê-la desistir do seu ardor missionário.

"Amem-se umas às outras. Sacrifiquem-se constantemente e de boa vontade por suas irmãs. Sejam bondosas; não sejam rudes nem duras, não guardem ressentimentos; sejam mansas e pacíficas”, ela repetia para suas freiras.

Como missionária, ela viajou para a Nicarágua, Argentina, Costa Rica, Panamá, Chile, Brasil, França e Inglaterra.

(acidigital)

Laudes de 22 de Dezembro

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

O Holy Night (Sibling Cover)

A Igreja pode abençoar o pecado? | Padre Gabriel Vila Verde

Missa desde a Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima 21.12.2023

Eu sou o caminho firme

Homilia Diária | Por amor, Deus se fez vulnerável (Quinta-feira da 3.ª S...

Hoje é celebrado são Pedro Canísio, doutor da Igreja


Por Redação central


São Pedro Canísio foi um teólogo jesuíta holandês, declarado doutor da Igreja, chamado “o segundo evangelizador da Alemanha” depois de são Bonifácio, bem como “martelo dos hereges”, porque criticava os erros dos protestantes com clareza e eloquência.

Do mesmo modo, é venerado como um dos criadores da imprensa católica e o primeiro de muitos escritores prestigiosos da Companhia de Jesus.

Nasceu em Nimega, na Holanda, em 1521. Aos 19 anos, formou-se em Teologia e, para satisfazer seu pai, especializou-se em direito.

Entretanto, após realizar alguns exercícios espirituais com são Pedro Favro, que era companheiro de santo Inácio de Loyola, entusiasmou-se pela vida religiosa e prometeu a Deus se tornar jesuíta.

Foi admitido na comunidade e passou os primeira anos de religioso em Colônia, Alemanha, dedicado à oração, ao estudo, à meditação e à ajuda aos pobres. Foi muito caritativo e amável com as pessoas que discutiam com ele, mas incisivo com os erros dos protestantes.

Pedro Canísio tinha uma qualidade especial para resumir os ensinamentos dos grandes teólogos e apresenta-los de modo simples para que o povo pudesse entender. Conseguiu redigir dois Catecismos, um resumido e outro explicado. Esses dois livros foram traduzidos a 24 idiomas e, na Alemanha, propagaram-se por todo o país.

Nos 30 anos de seu incansável trabalho de missionário, percorreu 30 mil quilômetros pela Alemanha, Áustria, Holanda e Itália. Parecia incansável e, a quem lhe recomendava descansar um pouco, respondia: “Descansaremos no céu”.

Fundou colégios católicos em muitas cidades da Alemanha, para formar religiosamente os alunos. Além disso, ajudou a estabelecer vários seminários para a formação dos futuros sacerdotes no país.

Faleceu em Friburgo, em 21 de dezembro de 1597, depois de ter uma visão da Virgem Maria. O papa Pio XI, depois de canoniza-lo, o declarou doutor da Igreja, em 1925. 

(acidigital)