sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Hoje é celebrada santa Francisca Xavier Cabrini, padroeira dos imigrantes

 


Por Redação central


A Igreja católica celebra hoje (22) santa Francisca Xavier Cabrini, uma religiosa cuja vida foi consagrada ao serviço dos imigrantes.

"Madre Cabrini é uma mulher muito inteligente e de grandes virtudes... é uma santa", disse o papa Leão XIII sobre a santa padroeira dos imigrantes.

Leão XIII conheceu pessoalmente esta religiosa italiana que emigrou para os Estados Unidos e que, movida pelo amor de Cristo, foi testemunha viva do Senhor entre os que povoavam o vasto território norte-americano. Por causa desse ardor missionário, madre Cabrini tornou-se a primeira cidadã dos Estados Unidos a ser canonizada.

Maria Francisca Cabrini nasceu em Sant'Angelo Lodigiano, Lombardia, Itália, em 15 de julho de 1850, em uma família rica. Desde pequena era fascinada pelas leituras e histórias de homens e mulheres que deixaram sua terra natal e empreenderam aventuras missionárias em terras distantes com o propósito de anunciar o Evangelho.

Quando jovem, Francisca ansiava por seguir esse caminho, mas seus pais a enviaram para estudar com as freiras de Arluno para se tornar professora.

Em 1870, algum tempo depois da morte dos pais, Francisca tentou ingressar na congregação com a qual estudava, mas não foi admitida por causa de problemas de saúde. Então, ela fez outra tentativa com uma ordem diferente, mas também não foi recebida.

Em meio à decepção pelas recusas sofridas, recebeu um convite de um bispo e de um padre amigo para ingressar no orfanato "Casa da Providência", onde a fundadora do estabelecimento, dona Tondini, havia exercido uma administração deficiente.

A santa aceitou e com um grupo de companheiras que ali trabalhavam desenvolveu um projeto espiritual que resultou na fundação das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração.

A inspiração para o projeto, a cuja intercessão foi consagrado, foi são Francisco Xavier, o famoso evangelizador do Japão. Em homenagem ao santo jesuíta, Francisca acrescentaria "Xavier" ao seu nome.

Infelizmente, apesar dos esforços do grupo de mulheres, o bispo aconselhou Francisca a deixar a instituição de lado e fechou o orfanato. Por causa disso, madre Cabrini e suas irmãs tiveram que se mudar para um convento franciscano vazio, onde escreveu as regras do novo instituto, que foram finalmente aprovadas por seu bispo. A partir daí, o trabalho espiritual da madre cresceu, abrindo outras casas para abrigar novas vocações.

Madre Cabrini empreendeu então a viagem a Roma com o objetivo de obter a aprovação da Santa Sé para sua congregação. Enquanto isso, o arcebispo de Nova York entrou em contato com ela para pedir que enviasse suas freiras para os EUA.

Certamente, o desejo de madre Cabrini naquela época era outro, sua ideia era ir para a China; no entanto, o papa Leão XIII pediu que ela fosse para o oeste e não para o leste.

Assim, a madre atravessou o Atlântico e chegou a Nova York em 1889. Lá encontrou uma realidade pastoral muito dura entre os imigrantes europeus. Muitos deles viviam em precariedade moral e haviam abandonado a fé.

Diante das dificuldades, o arcebispo de Nova York começou a duvidar da pertinência de seu convite e achou melhor que as irmãs voltassem para a Itália. Santa Francisca, determinada e firme, se recusou a ir embora. Foi o papa quem a mandou para lá e ela ia ficar.

Com o passar dos meses, Deus providenciou o necessário e as freiras abriram um orfanato, uma casa para elas e uma escola para as crianças. Esse seria o início de sua grande missão na América.

Aos poucos, a congregação se expandiu pelos EUA, fazendo crescer a obra de Deus, principalmente entre os imigrantes e os mais necessitados.

As pessoas que lidavam com madre Cabrini a admiravam e amavam. Embora rígida, santa Francisca tinha um grande senso de justiça, um humor espirituoso, uma vida espiritual muito forte e um entusiasmo inesgotável.

Parecia que nenhum obstáculo poderia fazê-la recuar quando ela propunha algo. Nem as barreiras culturais, nem as dificuldades de uma língua que não era a sua - o inglês - conseguiram fazê-la desistir do seu ardor missionário.

"Amem-se umas às outras. Sacrifiquem-se constantemente e de boa vontade por suas irmãs. Sejam bondosas; não sejam rudes nem duras, não guardem ressentimentos; sejam mansas e pacíficas”, ela repetia para suas freiras.

Como missionária, ela viajou para a Nicarágua, Argentina, Costa Rica, Panamá, Chile, Brasil, França e Inglaterra.

(acidigital)

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