sábado, 31 de janeiro de 2009

O VENTO ACALMOU...



Comentário ao Evangelho do dia – Mc 4, 35-41 - feito por : Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja.
Sermão 63 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 260) 


«O vento serenou, e fez-se grande calma»



O teu coração é perturbado pelas vagas; a injúria suscitou em ti o desejo da vingança. E assim: vingaste-te [...], e naufragaste.
Por quê?
Porque Cristo adormeceu em ti, quer dizer, esqueceste-te de Cristo.
Recorda-te de Cristo, e Cristo despertará em ti [...] Esqueceste-te do que Ele disse na cruz: «Perdoa-lhes, ó Pai: porque não sabem que fazem»? (Lc 23,34) Aquele que adormecera no teu coração recusou vingar-Se.
Desperta, lembra-te d'Ele. A Sua memória é a Sua palavra; é o Seu mandamento. E, quando despertares Cristo em ti, dirás a ti mesmo: «Que homem sou para querer vingar-me? [...] Aquele que disse: «Dai e dar-se-vos-á; perdoai e sereis perdoados» (Lc 6,37) não me acolherá. Reprimirei, então, a minha cólera, e o meu coração encontrará de novo o repouso.»
Cristo ordenou ao mar, e ele acalmou. [...] Desperta Cristo, deixa-O falar-te. «Quem é Este, a quem até o vento e o mar obedecem?» Quem é Este a quem o mar obedece? «Dele é o mar; foi Ele quem o criou;» (Sl 94,5); «Tudo começou a existir por meio d'Ele» (Jo 1,3).

Imita os ventos e o mar: obedece ao Criador. O mar ouviu a ordem de Cristo, e tu, vais continuar surdo? O mar obedece, o vento acalma-se, vais tu continuar a opor-te? [...] Falar, agir, urdir maquinações, não será objectar e recusar o mandamento de Cristo? Quando o teu coração é abalado, não o deixes submergir pelas ondas.

No entanto, se o vento nos derruba – porque somos apenas homens – e agita as paixões más do nosso coração, não desesperemos. Acordemos Cristo, a fim de prosseguirmos a nossa viagem sobre um mar apaziguado e chegarmos à pátria. 




(Evangelho Quotidiano)

NUEVO PATRIARCA DE LA IGLESIA ORTODOXA RUSA




CAMINEO.INFO / EFE.- El metropólita de Smolensk y Kaliningrado, Kiril, de 62 años, ha sido elegido hoy nuevo patriarca de la Iglesia Ortodoxa Rusa (IOR). Kiril, el XVI patriarca de la historia de la IOR, ha recibido el voto de la aplastante mayoría de participantes en el Concilio General que se ha celebrado en la Catedral de Cristo Salvador de Moscú.

El nuevo cabeza de la Iglesia Ortodoxa, que ha ejercido desde 1989 el cargo de jefe del departamento Eclesiástico Exterior de la IOR, sustituye a Alexis II, fallecido en diciembre del pasado año.

Kiril, el XVI patriarca de la historia de la IOR, recibió 508 de los 667 votos válidos emitidos en el Concilio General que se celebró este martes en la Catedral de Cristo Salvador de Moscú.
Kiril, de 62 años, considera que Benedicto XVI "está dispuesto a poner todo de su parte para garantizar la solución en el menor tiempo posible de los problemas y evitar que surjan otros nuevos".

No sólo eso, el nuevo Patriarca ruso también aboga por que ambas iglesias cooperen estrechamente en la defensa de los valores cristianos en Europa, frente a la expansión de otros credos, como el islam.

Ese ecumenismo, también uno de los pilares del pensamiento de Benedicto XVI, le ha valido no pocas críticas por parte de los sectores más duros de la IOR.

Según todos los expertos, el nombramiento de Kiril como nuevo líder de la IOR allanará el camino para la anhelada visita del Papa romano a Rusia.

O PAPA E A IMPRENSA CATÓLICA




Los periodistas católicos

deben testimoniar los valores de la fe



CAMINEO.INFO /VIS.- Los periodistas católicos deben dar testimonio de su propia coherencia entre la vida y los valores cristianos que dicen profesar, expresa Benedicto XVI en una carta que envió a los participantes en el Congreso nacional de la Unión Católica de la Prensa Italiana (UCSI), celebrado la semana pasada, que este año conmemora el 50º aniversario de su fundación.

LIBERTADO SACERDOTE SEQUESTRADO NA NIGÉRIA

O Pe. Pius Kii, sacerdote católico que fora sequestrado por desconhecidos, no último Domingo, foi libertado por seus sequestradores "sem o pagamento do resgate que fora exigido".

A informação é da agência missionária de notícias do Vaticano, Fides, que revela que o "Pe. Kii foi libertado no dia 28 de Janeiro, às nove horas locais", em Port Harcourt, no sul da Nigéria.

Os bispos nigerianos reiteram que o "sequestro é uma atrocidade" e que "não é o melhor modo de enfrentar as injustiças económicas e sociais que afligem a população do Delta do Níger".


(Agência Ecclesia| 30/01/2009)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A que podemos comparar o Reino de Deus?

Comentário ao Evangelho do dia – Mc 4, 26-34


por : São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas 

Entrevistas; parecer de A. Durant, 1656 (Seuil 1960, p. 320) 



«A que podemos comparar o Reino de Deus?»



"Não tenhais a paixão de parecerdes superiores, nem mestres. Não estou de acordo com uma pessoa que me dizia, há alguns dias, que, para bem conduzir e manter a autoridade, era preciso fazer ver que se era o superior. Ó meu Deus! Nosso Senhor Jesus Cristo não falou nada assim; ele ensinou-nos o contrário, com a palavra e com o exemplo, dizendo-nos que Ele próprio veio, não para ser servido, mas para servir os outros, e que aquele que quiser ser o primeiro deve ser o escravo de todos (Mc 10, 44-45) [...].


Por isso, entregai-vos a Deus, a fim de falardes no espírito humilde de Jesus Cristo, confessando que a vossa doutrina não é vossa, nem de vós, mas do Evangelho. Imitai sobretudo a simplicidade das palavras e das comparações que Nosso Senhor fazia na Sagrada Escritura, falando ao povo. Que maravilhas não podia Ele ensinar ao povo! Que segredos não teria Ele sido capaz de desvendar sobre a Divindade e as Suas admiráveis perfeições, Ele que era a Sabedoria eterna de Seu Pai! No entanto, vede como fala inteligivelmente, e como se serve de comparações familiares, de um trabalhador, de um vinhateiro, de um campo, de uma vinha, de um grão de mostarda.
Aí está como é preciso que vós faleis, se quereis fazer-vos entender pelo povo, a quem anunciais a palavra de Deus. Outra coisa à qual deveis dar uma atenção muito particular é terdes uma grande dependência em relação à conduta do Filho de Deus; quero dizer que, quando for preciso agir, façais esta reflexão: «Isto está de acordo com as máximas do Filho de Deus?» Se achardes que está, dizei: «No momento certo, façamos»; se não, dizei: «Não o farei nunca». Mais, quando for o caso de fazer qualquer boa obra, dizei ao Filho de Deus: «Senhor, se estivésseis no meu lugar, como faríeis Vós nesta ocasião? Como instruiríeis Vós o povo? Como consolaríeis Vós este doente do espírito ou do corpo?» [...] Procuremos fazer com que Jesus Cristo reine em nós. 



"

(Evangelho Quotidiano)


Noticias de la Actualidad





Eucaristía de acción de gracias en Madrid

por la aprobacion

de los Estatutos del Camino Neocatecumenal



El cardenal Rouco en la Eucaristía de acción de gracias en Madrid por la aprobación de los Estatutos del Camino Neocatecumenal(María del Pilar Rangel - CAMINAYVEN.COM) - Cerca de 15000 personas pertenecientes a las Comunidades Neocatecumenales de Madrid, llenaron el Palacio de los Deportes de esta localidad el domingo 25 de enero, festividad de la Conversión de San Pablo, en la Eucaristía de acción de gracias por la aprobación de los Estatutos del Camino Neocatecumenal. Este carisma que surgió en Madrid en los años 60 en las barracas de Palomeras ha visto como con el paso del tiempo se ha extendido por todo el mundo.

TELEFONES DE EMERGÊNCIA



Sentes-te fraco?

Então liga para 2Cor 12, 9b-10



ASSIM TE FALA O SENHOR


" Prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim o poder de Cristo. Por isso, sinto complacência nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas adversidades, nas perseguições, nas angústias que sofro por amor de Cristo: quando me sinto fraco, então é que sou forte."


(O Senhor não suporta o orgulhoso, o prepotente... mas escuta o fraco e o humilde. Este, que assume a sua realidade, será forte pela força que lhe é transmitida pelo Espírito de Deus. Então, bendita “fraqueza” porque através dela habita “ em mim o poder de Cristo”.)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A IGREJA CONTINUA A SER PERSEGUIDA

Secuestrado un sacerdote católico
en el Delta del Níger, condena de la Iglesia



CAMINEO.INFO / FIDES.- Ha sido secuestrado un sacerdote católico, don Pius Kii, por unos hombres armados en Port Harcourt, en el Rivers State (Nigeria meridional).

Según la reconstrucción de la prensa local, don Pius ha sido secuestrado poco después de haber acabado una función religiosa en la iglesia Catedral "Corpus Christi" de Port Harcourt.

Los secuestradores habrían seguido durante un tiempo el coche del sacerdote por luego detenerlo. Ningún grupo ha reivindicado la responsabilidad del secuestro.

Un portavoz militar ha afirmado que todos los cuerpos de seguridad del Estado han sido puestos en alerta para localizar al sacerdote secuestrado.

PENSAMENTO DO DIA


PÁRA UM POUCO…





" A minha alma descobriu o Paraíso sobre a terra
e esse Paraíso era o meu Deus,
que está na oblação e no sacrifício.

Onde não há sacrifício não há amor
e onde não há amor,
não há fruto de vida eterna."



(Maria da Conceição Pinto da Rocha
Instituto das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

BOA NOVA PARA HOJE




SEMANA III DO TEMPO COMUM – ANO B



Liturgia:


- Hebr 10, 11-18
- Sal 109, 1-4

- Mc 4, 1-20.

Saiu o semeador a semear. (Evang.)

Como também semeamos, porque somos co-responsáveis na obra da redenção, é bom vermos bem onde é que deitamos a semente. Por exemplo, se queremos atingir alguma coisa teoricamente santa e boa mas que sabemos não ser para nós, estamos a semear em terreno pedregoso. Se anunciamos o que nem sequer nos esforçamos por cumprir, estamos a semear em terrenos espinhosos.

Se o semeador vê que o terreno é mau, para que é que teima em semear? É um semeador obstinado?

(De: www.ppcj.pt)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PELO MUNDO




Labor de Cáritas Congo a favor de los desplazados


OMPRESS.- Kinshasa/R.D.CONGO.- Equipos de Cáritas Dungu-Doruma, apoyados por el equipo de Cáritas-Desarrollo del Congo, comenzaron el viernes 23 de enero por la localidad de Mbengu la distribución de la ayuda humanitaria de urgencia a 906 familias desplazadas de las 10.000 que son objetivo de una segunda fase de ayudas a las víctimas de los ataques de los rebeldes ugandeses del LRA, en el distrito del Haut-Uélé en la Provincia Oriental del país.

Esta ayuda en bienes no alimentarios está financiada por los miembros de la red de Cáritas Internationalis.

(camineo.info)

MENSAGEM DO DIA




Espírito Santo, em Ti busco graça, força e poder!


E você? Não quer também ser cheio do Espírito?
É a hora, é a sua hora!
O Deus vivo e verdadeiro precisa de suas testemunhas. Nós já fomos testemunhas muito fracas d'Ele; e o Senhor agora precisa de uma verdadeira defesa, porque o mundo não viu ainda o que Ele pode fazer com a humanidade cheia do Espírito Santo. E mais ainda: as consequências disso é que são importantes.

Você pode ser conduzido pelo Espírito Santo, guiado por Ele, orientado passo a passo por Ele e experimentar o poder de Deus agindo por seu intermédio. Seu corpo vai ser como um instrumento, no qual o Espírito Santo toca. Você é o instrumento no qual o Espírito Santo toca. Você é o instrumento, mas quem toca é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e a melodia o mundo todo vai ouvir.

Rezemos: Vinde, Espírito Santo! Jesus, eu quero ser como Maria, cheio do Espírito Santo. Eu quero experimentar o poder de Deus agindo em mim. Quero ser essa pessoa cheia do Espírito Santo que o mundo ainda não conheceu.
Eis-me aqui, Jesus, revendo a minha vida e percebendo que até agora não fiz nada. Eu quero, Senhor, que o Espírito Santo toque em mim a melodia que o mundo precisa ouvir.
Divino Espírito Santo, em Ti busco graça, força e poder. Vem ser o gerador de energia e de força que meus irmãos precisam ver em minha vida. Amém.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
(cançãonova.com)


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

AS TRÊS FRASES...

Concentra-te nas frases abaixo:



'Para obter algo que você nunca teve,
precisa fazer algo que nunca fez'.




'Quando Deus “tira” algo de você, Ele não o está punindo,
mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor'.




'A Vontade de Deus nunca irá levá-lo
aonde a Graça de Deus não possa protegê-lo'.



FAZ APENAS ISTO!

(Do meu correio electrónico)

UNIDADE DOS CRISTÃOS TRAZ ESPERANÇA

Ao concluir a Semana de Oração

ROMA, domingo, 25 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A unidade dos cristãos é um motivo de esperança para o mundo, assegura o Pe. Federico Lombardi, S.J, porta-voz do Vaticano.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé comentou o tema do último dia da Semana de Oração pela Unidade dos cristãos, celebrado neste domingo: «Os cristãos proclamam a esperança em um mundo dividido».

O tema, segundo o Pe. Lombardi, «expressa com muita força o serviço precioso que os cristãos, juntos, podem e devem desenvolver pela unidade: com a força da sua esperança, conduzir a família humana rumo à unidade e à paz».

«Porque esperança e união são termos inseparáveis – acrescenta o porta-voz vaticano. Por um lado, a divisão e o ódio matam a esperança; por outro, a verdadeira grande esperança é sempre uma esperança para todos e supõe, portanto, a união.»

O Pe. Lombardi convida a «encontrar o sentido sólido e duradouro da esperança, de forma que as esperanças humanas sejam plataformas para ela, e não fonte de ilusões e desilusões contínuas».

Além disso, ele alenta a «encontrar a força da reconciliação e do perdão, sim o qual a guerra não terminará jamais».

«O mundo tem necessidade de tudo isso, e estas coisas os cristãos podem encontrar, e todos os cristãos juntos podem e devem testemunhar isso, porque conhecem uma fonte que suas divisões confessionais: Jesus Cristo e o seu Evangelho.»

domingo, 25 de janeiro de 2009

HOJE É O DIA DO SENHOR



Pescadores de homens

A Liturgia continua o tema do Chamado.
A resposta do homem passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.

Na 1ª Leitura, temos o envio do Profeta Jonas a pregar a conversão
aos habitantes de Nínive. (Jn 3,1-5.10)
A disponibilidade dos ninivitas em escutar os apelos de Deus e em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada ao chamamento de Deus.

Na 2ª Leitura, São Paulo convida os cristãos a terem consciência
de que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados. (1Cor 7,29-31)
Deus convida os cristãos, em marcha pela história, a darem prioridade aos valores eternos, a converter-se aos valores do "Reino".

No Evangelho, Jesus convida os primeiros discípulos a integrarem a sua comunidade. (Mc 1,14-20)

O texto apresenta Jesus no início de sua vida pública.


É o resumo de toda a sua mensagem:

+ Uma Afirmação:

"O tempo já se completou… o Reino de Deus está próximo…"

+ Duas Condições para participar desse Reino:

"Convertei-vos… e crede no evangelho…"

- Converter-se não quer dizer mudar de religião. Quer dizer mudar a mente e o coração, reformular os valores da vida, para que Deus ocupe nela sempre o primeiro lugar. É rever e remover em nós tudo aquilo que nos afasta de Deus e dos irmãos…

* Quem precisa de conversão? Só os outros?

- Crer no evangelho não quer dizer apenas conhecer o que está escrito num livro.
Quer dizer aceitar Cristo e todos os valores que ele propõe para a nossa vida. É escutar a sua palavra e conformar a nossa vida aos seus mandamentos, que se resumem num só: O amor a Deus e ao próximo.

* E nós vivemos de fato o espírito do Evangelho?

+ Um Convite: Para continuar e completar esse Reino, Cristo convida os primeiros quatro apóstolos e... hoje a todos nós:

"Vinde comigo… farei de vós PESCADORES DE HOMENS".


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 25.01.2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 7

Os cristãos perante o pluralismo religioso 


"Estarão unidos na tua mão"


Liturgia da Palavra

Is 25, 6-9 : Foi no Senhor que esperámos

Sl 117 (116), 1-2 : Louvai o Senhor, todas as nações

Rm 2, 12-16 : Os que puserem em prática a lei serão justificados.

Mc 7, 24-30 : Por causa desta palavra, vai, porque o demónio já saiu da tua filha.


Comentário

Quase todos os dias ouvimos falar das violências que, em várias regiões do mundo, opõem fiéis de diversas religiões. Em contrapartida, a Coreia apresenta-se como um país em que religiões diferentes – budistas, cristãos, confucionistas – conseguem normalmente coexistir em paz.

Num grande hino de louvor, o profeta Isaías anuncia que Deus enxugará todas as lágrimas e preparará um festim para todos os povos e todas as nações! Um dia – diz o profeta – todos os povos da terra glorificarão a Deus e exultarão pois Ele os terá salvo. O Senhor em quem esperámos é o anfitrião do banquete eterno de que fala Isaías na sua acção de graças.

Quando Jesus encontra uma mulher que não é judia e que lhe pede para curar a sua filha, ele responde de maneira surpreendente e começa por recusar ajudá-la. A mulher insiste no mesmo tom que ele: “Mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas do pão dos filhos”. Jesus reconhece a sagacidade desta mulher que compreendeu que a missão de Cristo se dirige aos judeus e aos não-judeus e convida-a a regressar a casa, prometendo-lhe curar a filha.

As Igrejas comprometeram-se em dialogar para promover a unidade dos cristãos. No decorrer dos últimos anos, o diálogo afirmou-se também entre os fiéis de outras religiões, em particular das religiões do “Livro” (Judaísmo e Islão). Trata-se de encontros que não são apenas enriquecedores mas que contribuem para promover o respeito e as boas relações entre uns e outros e para construir a paz nas zonas de conflitos. Se nós, cristãos, nos unirmos no nosso testemunho contra os preconceitos e contra a violência, isso tornar-se-á mais eficaz. E se escutarmos atentamente os nossos irmãos das outras religiões, não poderemos aprender mais sobre a universalidade do amor de Deus e do seu reino?

O diálogo com os outros cristãos não teria de significar uma perda da nossa própria identidade religiosa; pelo contrário, deveríamos alegrar-nos por obedecer à oração de Jesus, “que todos sejam um, como Ele é um com o Pai”. A unidade não se fará de um dia para o outro. Trata-se antes de uma peregrinação que efectuamos com os outros crentes e que nos conduz a um destino comum de amor e de salvação.


Oração

Senhor Deus, nós te agradecemos pela sabedoria que as tuas escrituras nos transmitem. Dá-nos a coragem de abrirmos o coração e o espírito ao nosso próximo, seja ele de outra confissão cristã ou de qualquer outra religião. Concede-nos a graça de ultrapassarmos as barreiras da indiferença, dos preconceitos e do ódio. Reforça a nossa visão dos últimos dias, quando todos os cristãos caminharem juntos para o banquete final e quando todas as lágrimas e todo o desacordo forem vencidos pelo amor.
Ámen.

(Evangelho Quotidiano)

MENSAGEM DO DIA




'Quando sou fraco é que sou forte!'


É preciso, com urgência, compreender que existe em todos nós uma força que nos impele a superarmos tudo. Trata-se da presença de Deus, do Amor d'Ele em nós, da força do Espírito Santo, que nos move.

Em momentos de crise, o pior que fazemos é olhar para nós mesmos. Pedro, ao caminhar sobre as águas, teve medo exactamente quando olhou para si e viu-se fraco e, assim, começou a afundar. O mesmo se dá com cada um de nós, quando – nos momentos de maior necessidade e dor – insistimos em olhar para nós mesmos.

Do "fundo do poço" devemos olhar para o alto... e rezar! Só assim poderemos experimentar o que São Paulo insiste em nos ensinar: "Quando sou fraco é que sou forte!" (2 Cor 12, 10c).

Com carinho e orações!,

Seu irmão,
Ricardo Sá

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

“Vinde a mim todos o que estais cansados..”

...e eu vos darei descanso"


“Por que receias pois tomar a Cruz, pela qual se caminha para o reino?

Na Cruz está a saúde e a vida; na Cruz está a fortaleza do coração e o gozo do espírito...Toma pois a tua Cruz e segue a Jesus Cristo e caminharás para a vida eterna.

Este Senhor foi diante, levando às costas a Cruz; morreu por teu amor, para que tu também leves a Cruz...

Pouco é o que padeces, em comparação dos que padeceram, sendo tão gravemente atribulados, tão diversamente provados.

Convém, pois, que te lembres dos trabalhos mui graves dos outros, para que facilmente sofras os teus leves; e se te não parecem leves, olha não seja impaciência que os figure pesados. Porém ou sejam leves ou graves, procura levá-los todos com paciência.”

(Imitação de Cristo)

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 6

Meditação para o sexto dia
da Semana pela Unidade dos Cristãos


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário aos textos bíblicos escolhidos para o sexto dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 23 de janeiro.
O texto forma parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecumênicos da Coréia.

* * *

"Os cristãos
diante da doença e do sofrimento"


Liturgia da Palavra

- 2 Rs 20, 1-6: Ah, Senhor, digna-te lembrares de mim
- Sl 22 (21), 1-11: Por que me abandonaste?
- Tg 5, 13-15: A oração com fé salvará o enfermo
- Mc 10, 46-52: Que queres que eu te faça?

Comentário

Quantas vezes Jesus encontrou os doentes e quis curá-los! Todas as nossas Igrejas, ainda que divididas, têm uma clara consciência da compaixão do Senhor pelos que sofrem. No que toca às doenças, os cristãos sempre procuraram seguir o exemplo do Mestre, cuidando dos enfermos, construindo hospitais e dispensários, organizando “mutirões de saúde”, não se preocupando apenas com “a alma”, mas também dos corpos dos pequeninos de Deus.

Contudo, isto nem sempre é tão evidente. As pessoas saudáveis tendem a considerar a saúde como uma conquista sua, e esquecem aqueles que não podem participar plenamente da comunidade por causa da sua enfermidade ou limitação. Quanto aos enfermos, muitos deles se sentem esquecidos por Deus; distantes de sua presença, de sua graça e de sua força salvadora.

A profunda fé de Ezequias o sustenta na doença. Nos momentos de dor, ele encontra os termos certos para recordar a Deus sua promessa misericordiosa. Sim, aqueles que sofrem às vezes tomam da Bíblia as palavras inspiradoras para clamar por suas dores e confrontar o desígnio de Deus: “Por que me abandonaste?” Se nossa relação com Deus é sincera, profunda, e se diz com palavras de fé e reconhecimento, ela poderá também expressar na oração a nossa aflição, nossa dor e até mesmo nossa ira, quando esta última for necessária.

Os doentes não são apenas objeto de cuidados. Ao contrário, são sujeitos de viva experiência de fé, como descobriram os discípulos de Jesus certa vez – no relato que lemos no Evangelho de Marcos. Aconteceu que os discípulos queriam fazer seu próprio caminho ao seguir Jesus, ignorando o homem doente marginalizado pela multidão. Quando Jesus os interpela, ele os desvia de seus objetivos individualistas. Conosco pode acontecer algo parecido: estamos dispostos a cuidar dos doentes, desde que eles não reclamem e nos perturbem.

Hoje, freqüentemente, são os doentes dos países pobres que gritam para nós pedindo medicamentos; isto que nos leva a refletir sobre a concessão de patentes e do lucro. Os discípulos que antes queriam impedir o cego de se aproximar de Jesus são interpelados pelo mesmo Jesus a levar a ele sua mensagem de cura; uma mensagem de amor que soa completamente nova: “Coragem! Levanta-te, ele te chama”.
Somente quando os discípulos conduzem o doente até Jesus é que eles finalmente entendem o que quer o Senhor: dedicar o tempo para encontrar-se com o doente, para lhe falar e ouvir, perguntando-lhe o que deseja e do que necessita.

Uma comunidade de reconciliação só pode florescer quando os enfermos experimentam a presença de Deus nas suas relações com os irmãos e as irmãs em Cristo.

Oração

Senhor, escuta teu povo quando este grita por ti, aflito pela doença e pela dor. Que aqueles que são saudáveis se façam dom pelo bem-estar dos outros; que eles possam servir os que sofrem com coração generoso e mãos abertas. Senhor, dá-nos viver na tua graça e pela tua providência, tornando-nos uma comunidade de reconciliação onde todos te louvem unidos.
Amém.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 5

Meditação para o quinto dia da Semana pela Unidade dos Cristãos


Os cristãos diante das discriminações

e dos preconceitos sociais


CIDADE DO VATICANO, (ZENIT.org).- Publicamos o comentário aos textos bíblicos escolhidos para o quinto dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 22 de janeiro.
O texto forma parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecumênicos da Coréia.

* * *

Liturgia da Palavra

- Is 58, 6-12: Não te esquives daquele que é tua própria carne
- Sl 133: Que prazer encontrar-se entre irmãos
- Gl 3, 26-29: Todos vós sois um só em Cristo
- Lc 18, 9-14: A estes, convencidos de serem justos

Comentário

No início do mundo, os seres humanos criados à imagem de Deus constituíam uma só humanidade “unidos em tua mão”.
No entanto, o pecado interferiu no coração do homem... Desde então, não cessamos de construir categorias discriminatórias. Neste mundo, muitas escolhas são feitas com base na raça ou etnia; há casos em que a identidade sexual ou o simples fato de ser homem ou mulher alimenta os preconceitos; em outros lugares, ainda, o obstáculo é a religião, usada como feitora de exclusão.
Todas estas discriminações são desumanas. Elas são fontes de conflito e de grande sofrimento.

No seu ministério terrestre, Jesus mostrou-se particularmente sensível à humanidade comum, a todos os homens e mulheres. Ele denunciou sem cessar as discriminações de toda espécie e as vantagens que alguns podiam tirar disso. Jesus mostra que nem sempre os “justos” são aqueles que parecem sê-lo, e alerta que o desprezo não tem lugar no coração dos verdadeiros crentes.

Como os benefícios do óleo precioso ou do orvalho do Hermon, o Salmo 133 canta a felicidade da vida fraternalmente partilhada. Quão prazeroso e alegre é viver juntos como irmãos e irmãs: é esta a graça que saboreamos no fundo do coração em nossos encontros ecumênicos, quando renunciamos às discriminações confessionais.

Restaurar a unidade da família humana é missão comum de todos os cristãos. Importa agirmos unidos contra toda sorte de discriminação. Esta é a esperança que partilhamos: não há judeu, nem grego; nem escravo, nem livre; nem homem, nem mulher, pois todos somos “um” em Cristo Jesus.

Oração

Senhor, faz-nos perceber as discriminações e exclusões que marcam nossa sociedade. Conduze nosso olhar e ajuda-nos a reconhecer os preconceitos que habitam em nós. Ensina-nos a expulsar todo desprezo de nosso coração, para apreciarmos a alegria de viver jutos em unidade.
Amém.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

TESTEMUNHOS



ESCUTA A VOZ DO SENHOR:


“Nosso Senhor pediu-me

um completo desprendimento.”



(Beata Maria do Divino Coração)

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 4

Meditação para o quarto dia da Semana
pela Unidade dos Cristãos


"Os cristãos diante da crise ecológica"


CIDADE DO VATICANO, (ZENIT.org).- Publicamos o comentário aos textos bíblicos escolhidos para o quarto dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 21 de janeiro.
O texto forma parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecumênicos da Coréia.

* * *

Liturgia da Palavra

- Gn 1, 31-2,3: Deus viu tudo o que havia feito; e eis que era muito bom
- Sl 148, 1-5: Pois ele ordenou, e foram criados
- Rm 8, 18-23: A criação libertada do poder do nada
- Mt 13, 31-32: A menor de todas as sementes

Comentário

Deus criou nosso mundo com sabedoria e amor; quando ele terminou a obra da criação, viu que tudo era bom. Mas hoje, o mundo enfrenta uma grave crise ecológica. Nossa Terra sofre com o aquecimento climático, devido ao nosso consumo excessivo de energia. A superfície das florestas sobre o Planeta diminuiu 50% nos últimos quarenta anos, enquanto que cresce sempre mais a desertificação.
Os coreanos, que gostam muito de peixe se preocupam: são três quartos dos habitantes do mar que desaparecem por dia. A cada dia, são mais de cem espécies vivas que se extinguem! Esta perda de biodiversidade é uma ameaça para a própria humanidade. Com o apóstolo Paulo, nós podemos afirmar: a criação foi libertada do poder do nada; ela geme, como nas dores do parto.
Não encobrimos o rosto!

Nós humanos carregamos uma grande responsabilidade nesta destruição do meio-ambiente. A ganância atrai a sombra da morte sobre o conjunto da criação.

Juntos, nós cristãos devemos nos envolver eficazmente na salvaguarda da criação. Esta imensa tarefa não permite que nós, batizados, trabalhemos sozinhos. Precisamos conjugar nossos esforços: atuando juntos, nos será possível proteger a obra do Criador.

No Evangelho, observamos o lugar central que os elementos da natureza ocupam nas parábolas e no ensino de Jesus. Ele valoriza até mesmo a menor de todas as sementes: o grãozinho de mostarda. Cristo manifesta grande consideração pelas criaturas. Com base na visão bíblica da Criação, nós cristãos podemos oferecer uma contribuição conjunta à reflexão e ação hodiernas pelo futuro do planeta.

Oração

Deus Criador, formaste o mundo pela da tua Palavra e viste que tudo era bom. Mas hoje nós cumprimos obras de morte e provocamos irremediavelmente a depredação do meio-ambiente. Dá-nos o arrependimento de nossas ganâncias; ensina-nos a cuidar das tuas criaturas. Juntos, nós queremos proteger a criação.
Amém.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 3

Meditação para o terceiro dia da Semana pela Unidade dos Cristãos


Os cristãos diante da injustiça econômica e da pobreza


CIDADE DO VATICANO, (ZENIT.org).- Publicamos o comentário aos textos bíblicos escolhidos para o terceiro dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 20 de janeiro.
O texto forma parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecumênicos da Coréia.


* * *

Liturgia da Palavra

- Lv 25, 8-14: O jubileu como libertação
- Sl 146 (145): O Senhor faz justiça aos oprimidos
- 1Tm 6, 9-10: O amor ao dinheiro, raiz de todos os males
- Lc 4, 16-21: Jesus e o jubileu como libertação

Comentário

Nós pedimos que o Reino de Deus venha; somos desejosos de um mundo em que as pessoas, principalmente os mais pobres, não morram prematuramente. Todavia, a ordem econômica do mundo atual agrava a situação dos pobres e acentua as desigualdades sociais.

A comunidade mundial, hoje, se confronta com a precarização crescente do trabalho humano e suas conseqüências. A idolatria do mercado e o amor ao dinheiro, conforme a 1ª Carta a Timóteo, se mostra logo como “a raiz de todos os males”.

O que as Igrejas Cristãs podem e devem fazer neste contexto? Voltemo-nos juntos para o tema bíblico do jubileu, que Jesus evoca para explicar seu ministério.

Conforme o que é proposto em Levítico 25, no Jubileu se anunciava: os emigrados econômicos poderiam retornar para sua propriedade ao lado de sua família; se alguém tinha perdido todos os seus bens, ele podia também viver com o povo como residente estrangeiro; não se podia emprestar dinheiro com o interesse de cobrar juros no seu compenso; não se oferecia alimento para se tirar proveito.

O Jubileu implicava uma ética comunitária: a libertação dos escravos e seu retorno para suas casas, a restauração dos direitos territoriais, o perdão das dívidas. Para quem foi vítima das estruturas sociais injustas, o Jubileu significava o restabelecimento do direito e a restituição dos seus meios de existência.

O ponto-de-chegada de um mundo que considera “ter mais dinheiro” o valor e o alvo absoluto da vida só poderá ser a morte. Quanto à Igreja, ao contrário, nós somos chamados a viver no espírito do Jubileu e, a exemplo de Cristo, anunciar juntos esta boa nova. Tendo experimentado a cura de sua própria divisão, os cristãos se tornariam mais sensíveis às outras divisões, promovendo a cura da humanidade e toda a criação.

Oração

Deus de Justiça, em nosso mundo há lugares em que transborda comida; mas outros em que não se tem o bastante, com uma legião de doentes e famintos.
Deus da Paz, em nosso mundo há pessoas que tiram proveito da violência e da guerra, enquanto outros, por causa da guerra e da violência, são obrigados a abandonar seus lares e encontrar refúgio em terra estranha.
Deus de Compaixão dá-nos compreender que não podemos viver apenas do dinheiro, mas que somos necessitados da tua Palavra. Ajuda-nos a compreender que não podemos chegar à vida e à prosperidade verdadeira senão amando a Ti, na obediência à tua vontade e aos teus ensinamentos.
Nós te pedimos em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Amém.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 2

Meditação para o segundo dia (19)
da Semana pela Unidade dos Cristãos



Os cristãos diante da guerra e da violência


- Is 2, 1-4: Não se aprenderá mais a guerra
- Sl 74, 18-23: Não esqueças para sempre a vida dos teus pobres
- 1Pd 2, 21-25: Suas chagas vos curaram
- Mt 5, 38-48: Orai pelos que vos perseguem


Comentário

A guerra e a violência erguem os maiores obstáculos à unidade que Deus concede aos cristãos. A guerra e a violência procedem, em última análise, da divisão que existe no interior de nós mesmos – que ainda não foi curada – e da arrogância humana que é incapaz de voltar ao fundamento verdadeiro da nossa existência.

Os cristãos na Coréia desejam pôr um fim a mais de cinqüenta anos de separação entre a Coréia do Sul e a Coréia do Norte, para estabelecer a paz no mundo. A instabilidade que reina na península coreana, não representa apenas a dor da única nação do mundo ainda dividida institucionalmente, mas simboliza os mecanismos de divisão, de paradoxo, de hostilidade e de vingança que afetam toda a humanidade. Quem colocará fim neste ciclo de guerra e violência?

Nas situações de violência e de injustiça mais brutais, Jesus nos mostra a força capaz de pôr fim ao ciclo vicioso da guerra e da violência: aos discípulos que pretendiam reagiram à violência e ao furor conforme a lógica do mundo, ele instrui de modo paradoxal a renúncia de toda violência (Mateus 26,51-52).

Jesus revela a verdade da violência humana; fiel ao Pai, ele morreu na cruz para nos salvar do pecado e da morte. A cruz revela o paradoxo e o conflito inerente à natureza humana. A morte violenta de Jesus marca a instauração de uma nova criação, carregando sobre a cruz os pecados dos humanos, a violência e a guerra.

Jesus Cristo não propõe uma não-violência baseada apenas sobre o humanismo. Ele propõe a restauração da Criação de Deus e por Deus, confirmando nossa esperança e nossa fé na manifestação vindoura dos novos céus e da nova terra. A esperança fundada sobre a vitória definitiva de Jesus Cristo sobre a cruz nos permite perseverar na busca da unidade dos cristãos e na luta contra toda forma de guerra e violência.

Oração

Senhor, tu que te entregaste na cruz pela unidade do gênero humano, nós te oferecemos nossa humanidade ferida pelo egoísmo, arrogância, vaidade e ira. 
Senhor, não abandones teu povo oprimido a sofrer toda forma de violência, de ira e de ódio, vítima de falsas crenças e de divergências ideológicas.
Senhor, concede que nós, cristãos, trabalhemos juntos para que se cumpra a tua justiça, antes que a nossa.
Dá-nos coragem de ajudar os outros a levar sua cruz, ao invés de colocar a nossa sobre seus ombros.
Senhor, ensina-nos a sabedoria de tratar nossos inimigos com amor ao invés de odiá-los.

Amém.

SEMANA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS – 1




As comunidades cristãs diante de suas velhas e novas divisões


Por: “Evangelho Quotidiano”


“Ao longo desta semana, vamos enviar aos nossos leitores as meditações propostos pela Santa Sé, a partir dos trabalhos de uma equipa ecuménica na Coreia, no âmbito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.


- Ez 37, 15-19.22-24s: Serão um, em tua mão

- Sl 103, 8-13 ou 18: O Senhor é misericordioso e benevolente; cheio de fidelidade

- 1Co 3, 3-7.21-23: Há entre vós ciúme e contendas; vós sois de Cristo

- Jo 17, 17-21: Que todos sejam um, para que o mundo creia


Comentário

Os cristãos são chamados a ser instrumentos do amor fiel e reconciliador de Deus, num mundo marcado por separações e alienações. Batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, professando nossa fé no Cristo crucificado e ressuscitado, nós somos um povo que pertence a Cristo, um povo chamado a constituir seu Corpo no e para o mundo. Foi isto que o Senhor pediu, quando orou por seus discípulos: “que eles sejam um, a fim de que o mundo creia”.

As divisões entre os cristãos, no que toca às questões fundamentais da fé e da vida dos discípulos de Cristo, prejudicam gravemente nossa capacidade de testemunho diante do mundo. Na Coréia, como em muitos outros países, o Evangelho do Cristo foi anunciado por vozes contraditórias que proclamavam a Boa Nova com formas discordantes. Há quem se sinta tentado a simplesmente resignar-se, considerando tais divisões e os conflitos que lhes são subjacentes como mera e natural herança nossa história. Contudo, trata-se de uma ferida ao interno da comunidade cristã, que contradiz claramente o anúncio de que Deus reconciliou o mundo em Cristo.

Em Ezequiel, a visão dos dois pedaços de madeira sobre os quais estão escritos os nomes dos reinos divididos, no antigo Israel, que tornariam a ser “um” na mão de Deus, é uma imagem eloqüente da reconciliação eficaz que Deus cumpriu para o povo, suprimindo suas divisões – unidade que o povo não pode restaurar por si mesmo.Esta metáfora evoca adequadamente a divisão dos cristãos e prefigura a reconciliação que está no coração da proclamação cristã. Sobre os dois pedaços de madeira que formam sua cruz, o Senhor da história cura as feridas e as divisões da humanidade. No dom total de Si sobre a cruz, Jesus uniu o pecado do homem ao amor fiel e redentor de Deus. Ser cristãos significa ser batizados nesta morte pela qual o Senhor, na sua infinita misericórdia, grava os nomes da humanidade ferida no madeiro de sua cruz, nos unindo a ele e restabelecendo, assim, nossa relação com Deus e com o próximo.

A unidade cristã é uma comunhão que se baseia na nossa subscrição a Cristo e a Deus. Convertendo-nos sempre mais a Cristo, nós nos percebemos reconciliados pela potência do Espírito Santo. Rezar pela unidade cristã é reconhecer nossa confiança em Deus; é nos abrir inteiramente ao Espírito. Unida aos demais esforços que empreendemos em prol da unidade dos cristãos – como o diálogo, o testemunho comum e a missão – a oração é um instrumento privilegiado pelo qual o Espírito Santo manifesta ao mundo nossa reconciliação em Cristo, este mundo que ele veio salvar.

Oração

Deus de compaixão, tu nos amaste e perdoaste em Cristo. Tu reconciliaste toda a humanidade em teu amor redentor. Olha com bondade todos aqueles que trabalham e rezam pela unidade das Comunidades cristãs, ainda divididas. Dá-lhes serem irmãos e irmãs em teu amor. Possamos nós ser um, “um em tua mão”.
Amém.

A CRUZ DA RECONCILIAÇÃO E DA SALVAÇÃO


Finque a cruz de Cristo em sua vida!


Deus não enviou seu Filho ao mundo para condená-lo, mas para que este fosse salvo por Ele. Da mesma forma, Deus não enviou seu Filho para condenar sua família, mas para que ela seja salva por Ele.

Esta é a grande verdade: não podemos rejeitar a salvação de Jesus. O Filho de Deus quis se fazer Filho do homem, porque viu a situação dos seus irmãos, era vontade do Pai e do Filho.[...]

Até que o Pai tomou a iniciativa e o Filho aceitou de coração enfrentar tudo, até alcançar a salvação dos seus irmãos. Foi rejeitado pelo seu próprio povo, condenado e morto na cruz, aceitou tudo isso, do fundo do coração para a nossa salvação. Por isso, nenhum de nós pode rejeitá-la [salvação].

Deus foi conduzindo o povo ao longo do deserto até a Terra Prometida. Foi uma caminhada difícil, porque era necessário passar pelo deserto. Logo começaram a murmurar, rejeitando tudo o que o Senhor fez. Deus Pai providenciava, a cada dia, o maná como alimento para aquele povo, era o único alimento, porque eles estavam no deserto. Mas o povo era ingrato e dizia “estamos com nojo deste miserável alimento” (cf. Nm 21,5b).

Da mesma forma, Jesus vem nos dizer “como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do homem” (João 3,14).

Porque Deus não enviou seu Filho ao mundo para condená-lo, mas para salvá-lo. O Senhor viu a bobagem que fizemos de rejeitar a salvação, mas quis tanto nos salvar que facilitou as coisas para nós, basta olhar para aquela cruz. Porque seu Filho já fez tudo, agora basta que a acreditemos, pois estamos vivendo o tempo da misericórdia.

Vemos nossos filhos preferindo as drogas, a corrupção. E assim como aquele povo precisava passar pelo deserto, nós passamos pela dureza de deixar o pecado e as nossas más inclinações para sermos salvos. Por não querermos enfrentar isso, estamos perdendo aqueles que amamos.

Hoje é um dia especial para chamar todos de volta. Cada um precisa se dispor a não mais rejeitar a salvação, e então fincar a cruz de Cristo na sua vida, nos seus afetos, na sua vontade rebelde, no seu corpo que procura prazer a qualquer custo.

Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib

SEMANA DE ORAÇÃO DE UNIDADE DOS CRISTÃOS




«Apelo à conversão»


De 18 a 25 de Janeiro decorre a Semana de Oração
pela Unidade dos Cristãos.


O Senhor chama-nos a orar pela unidade! Por que somos cristãos o Espírito Santo impele-nos a sermos um só povo, o Povo de Deus e a vivermos como tal.

Jesus também rezou ao Pai pela unidade do Seu Povo, por nós que vivemos HOJE :

Pai santo, guarda em teu nome os que me deste, para que sejam um como nós. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e tu em mim... .” Jo 17, 11b.21-23a.

Foi na e pela Cruz, que Jesus nos reconciliou com Deus e nos reconciliou uns aos outros, tornando-nos irmãos em Cristo.

domingo, 18 de janeiro de 2009

HOJE É O DIA DO SENHOR



Mestre, onde moras?


Após as festas natalinas, iniciamos os domingos do Tempo Comum, apresentando nas leituras do Evangelho, o início da vida pública de Jesus e os primeiros encontros com os discípulos.

A Liturgia de hoje nos propõe uma reflexão sobre a disponibilidade ao CHAMADO de Deus.

Na 1ª Leitura, temos o chamado de SAMUEL. (1Sm 3,3b-10-19)

- A Vocação é sempre uma iniciativa misteriosa e gratuita de Deus.
O Profeta torna-se profeta porque um dia escutou Deus a chamá-lo pelo NOME e a confiar-lhe uma missão.
- A Voz de Deus se faz ouvir no silêncio da noite. Longe das preocupações do dia a dia, o coração e a mente estão mais livres e disponíveis para escutar os apelos e os desafios de Deus.
- Samuel não reconhece logo e sozinho a voz de Deus. Só consegue após quatro vezes e com a ajuda do sacerdote Eli. Deus não desiste diante de nossa surdez...
- Samuel responde:"Fala, Senhor, o teu servo escuta". É a expressão de uma total disponibilidade, abertura e entrega face aos desafios e aos apelos de Deus.
* A Vocação de Samuel ilustra a vocação de todos nós.

Na 2ª Leitura, Paulo convida os cristãos a viverem de forma coerente com o chamamento que Deus lhes fez. (1Cor 6,13c-15a.17-20) Quem vive em comunhão com Cristo deve manifestar sempre a vida nova de Deus.

No Evangelho, temos o chamado dos PRIMEIROS DISCÍPULOS.
O Texto faz parte da semana inaugural no Evangelho de João e apresenta um modelo de chamado e de seguimento de Jesus. (Jo 1,35-42)

O chamado nasce do testemunho de João Batista, a partir do qual formou-se uma corrente. Ninguém chega a Jesus sozinho...
- João Batista reconhece o Cristo que "passa" e aponta a dois discípulos, André e Filipe: "Eis o Cordeiro de Deus…"
- Os Dois Discípulos seguem o Cristo de longe, timidamente.
- Cristo vai ao encontro deles e começa o Diálogo:
"Que procurais"? - "Mestre, onde moras"? ⇒ "Vinde e vede"…
Foram e ficaram com ele todo o dia…
- No dia seguinte: André leva o irmão Pedro até Cristo: Felipe chama Natanael: "Encontramos o Cristo".

Só podemos encontrar Jesus, se alguém nos fala dele. A Missão do discípulo é indicar a todos a pessoa de Jesus, o Cordeiro de Deus.


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 18.01.2009

sábado, 17 de janeiro de 2009

Papa convida cristãos do Irã a dialogar com autoridades islâmicas

DIÁLOGO ENTRE RELIGIÕES


Bento XVI indica-lhes duas vias: o diálogo cultural e a ação caritativa


Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 16 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI agradeceu o trabalho dos cristãos na República Islâmica do Irã e lhes indicou duas vias para aprofundar em sua relação com as autoridades do país: o diálogo cultural e o exercício da caridade.

Em seu discurso aos bispos deste país do Oriente Médio, que foram a Roma por ocasião da quinquenal visita ad limina apostolorum, o Papa manifestou a «antiga presença» dos cristãos no Irã, em suas três comunidades, armênia, caldéia e latina, uma presença que se «desenvolveu e manteve ao longo do tempo».

O pontífice pôs de manifesto a importância do testemunho de «unidade na diversidade» que as três comunidades oferecem dentro da Igreja.

Também explicou a transcendência do testemunho da caridade que os sacerdotes, religiosos e religiosas estão dando através da assistência aos mais necessitados e aos idosos, e especialmente «a bela contribuição da Igreja Católica, em particular através da Cáritas, na obra de reconstrução após o terrível terremoto que abalou a região de Bam».

«Não quero esquecer todos os católicos, cuja presença na terra de seus antepassados traz à mente a imagem bíblica do fermento na massa, que faz crescer o pão, lhe dá sabor e consistência.», acrescentou.

O Papa animou os cristãos a «permanecerem fiéis à fé de vossos pais e permanecer unidos à voss terra, para trabalhar conjuntamente no desenvolvimento da nação».

Para isso é necessário, explicou, «desenvolver relações harmoniosas com as instituições públicas, com a graça de Deus, que se aprofundem gradualmente e lhes permita desempenhar melhor sua missão de Igreja no respeito mútuo pelo bem de todos».

Para isso, o Papa lhes indicou dois caminhos, «o do diálogo cultural, riqueza plurimilenar do Irã, e o da caridade. Esta última iluminará a primeira e será seu motor».

Também pediu aos pastores que cuidem das vocações, que não são muito numerosas devido ao exíguo número de cristãos, e que fortaleçam os laços com os cristãos iranianos que migraram a outros países.

«O caminho que se abre perante vós requer muita paciência e constância. O exemplo de Deus, que é paciente e misericordioso com seu povo, será vosso modelo e vos ajudará a abrir o espaço necessário para o diálogo», acrescentou.

O Papa assegurou, por último, seu afeto e oração pelos cristãos iranianos: «Em minha oração, nunca esqueço vosso país e as comunidades católicas presentes em vosso território, e peço a Deus que as abençoe e auxilie».

«Eu agradeceria que, em vosso retorno, transmitais aos vossos sacerdotes, religiosos, religiosas e a todos os fiéis que o Papa está próximo deles e reza por eles», concluiu.

Dos mais de 65 milhões de habitantes do Irã, 98% são muçulmanos e 0,04% católicos (caldeus, armênios e latinos).

MENSAGEM DO DIA

Sei ajudar a quem precisa?


"Aquilo que as pessoas aprendem de nós vem do que somos – por meio de nosso testemunho de vida – e pouco permanecerá do que lhes fizermos.

É a vida que ensina: nosso olhar, o comportamento, o silêncio que somos capazes de fazer, a atenção que sabemos dispensar aos demais, o sorriso que a gente não nega, a esperança e o acolhimento que ofertamos...

Por essa razão, as pessoas são marcadas não tanto por aquilo que veem; seremos inesquecíveis e poderemos ajudar muito mais através daquilo que elas percebem em nós.


Com carinho e orações,

Seu irmão,
Ricardo Sá (cancaonova.com)


Tem um bom dia!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

VAMOS SORRIR


A MINHA AMIGA, VOTA!!!!

A minha amiga Alina tem uma ferramenta salva-vidas no carro, para cortar o
 cinto de segurança, se ficar presa nele, em caso de acidente.



Ela guarda a dita ferramenta, no porta-bagagem!!!!

CONFIE...SOMENTE!



As coisas acontecem na hora certa!


As coisas acontecem, exactamente quando devem acontecer!

Em momentos felizes, louve a Deus.

Em momentos difíceis, busque a Deus.

Em momentos silenciosos, adore a Deus.

Em momentos dolorosos, confie em Deus.


Em cada momento, agradeça a Deus.


(do meu correio electrónico)

(Confia sempre, como fazem as crianças...)

MENSAGEM DO DIA



SOBE COMIGO!


(Nesta ilha onde eu moro, é muito vulgar a manhã acordar envolta de uma neblina que atrofia o ânimo, por isso vou transcrever parte do Sl 99, para subir acima destas nuvens cinzentas e convido-te a subires comigo.)


“ Aclamai o Senhor, terra inteira...

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
Somos o seu povo, ovelhas do seu rebanho.

Entrai pelas suas portas dando graças...

Porque o Senhor é bom,
Eterna é a sua misericórdia,
A sua fidelidade estende-se de geração em geração.”


Tem um bom dia.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O SOFRIMENTO FAZ CRESCER



TODOS TEMOS A NOSSA CRUZ

ESTA É O CAMINHO DA NOSSA SALVAÇÃO







Senhor, esta cruz é muito pesada. Não posso com ela...





...assim fica mais leve



Como é que eles conseguem levar a cruz tão pesada?

Senhor, ainda pesa muito...



Assim está melhor, mais leve...


Hum, como vou passar para o outro lado?







Há sempre uma razão para o peso da cruz que cada um carrega...

TELEFONES DE EMERGÊNCIA




Estás triste, porque murmuram de ti, liga o Salmo 27(26)


ASSIM TE FALA O SENHOR

“Iahweh é minha luz e minha salvação:
De quem terei medo?
Iahweh é a fortaleza de minha vida:
Frente a quem tremerei?

Quando os malfeitores avançam contra mim
Para devorar a minha carne,
São eles, meus adversários e meus inimigos,
Que tropeçam e caem.

Uma coisa peço a Iahweh
E a procuro:
É habitar na casa de Iahweh
Todos os dias da minha vida,
Para gozar a doçura de Iahweh
E meditar no seu templo.

Houve, Iahweh, meu grito de apelo,
E tem piedade de mim, e responde-me!
...”


(Junto a Deus, não há que temer!)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Homilía de acción de gracias por la aprobación del Estatuto del Camino Neocatecumenal


ACÇÃO DE GRAÇCAS PELA APROVAÇÃO DEFINITIVA
DOS ESTATUTOS

Por: Monseñor Carlos Osoro Sierra, Arzobispo de Oviedo

CAMINEO.INFO.- Queridos hermanos sacerdotes, queridos miembros del Camino, hermanas y hermanos:

Con gran alegría os doy la bienvenida y os deseo “la gracia y paz de parte de Dios nuestro Padre y del Señor Jesucristo” (cf. Rm 1, 7) a todos los que celebráis con gozo la aprobación del Estatuto del Camino Neocatecumenal.

En diversas ocasiones y de diversas maneras me habéis oído decir desde que soy vuestro Obispo que hay dos grandes columnas de exigencias de comunión: por una parte está el deber que tenemos de conservar el depósito de la fe en su pureza e integridad y por otra, y al mismo tiempo, mantener la unidad en torno a mí, como Obispo, y en comunión con todos los Obispos bajo la autoridad del Sucesor de Pedro. Es desde aquí desde donde hoy damos gracias a Dios al reconocer con el Papa Juan Pablo II y asumir en nuestra vida eclesial este don del Camino. Acojo de corazón para mí y para toda la Iglesia Diocesana esas palabras del Papa Juan Pablo II cuando nos dice: “Deseo vivamente que los Hermanos en el Episcopado valoricen y ayuden –junto con sus presbíteros- esta obra para la nueva evangelización, para que se realice según las líneas propuestas por los iniciadores, en espíritu de servicio al Ordinario del lugar y de comunión con él, y en el contexto de la unidad de la Iglesia particular con la Iglesia universal” (Juan Pablo II, epist. Ogniqualvolta, 30 de agosto 1990).

El Camino Neocatecumenal ni es un nuevo movimiento ni es una asociación nueva. No es nada de eso. Como nos dicen sus Estatutos, “es un itinerario de formación católica, válida para la sociedad y para los tiempos de hoy, está al servicio de los Obispos como una modalidad de realización diocesana de la iniciación cristiana y de la educación permanente de la fe”(cf. Estatutos, art. 1, 1 y 2). Es un instrumento al servicio de los Obispos para el redescubrimiento de la iniciación cristiana de los adultos bautizados, entre los cuales cabe distinguir: Los que se han alejado de la Iglesia, los que no han sido suficientemente evangelizados y catequizados, los que desean profundizar y madurar su fe, los que provienen de confesiones cristianas –no en plena comunión con la Iglesia católica– y los clérigos y religiosos que desean reavivar el don del Bautismo (Cf. art. 5, 1 y 2).

¡Con qué fuerza han sonado las palabras que el Señor nos ha dirigido en el Evangelio que acabamos de proclamar! ¡Qué actualidad tienen para todos los que seguís el itinerario del Camino! ¿No es el Camino un itinerario de redescubrimiento de la iniciación cristiana? Pues el evangelio que hemos proclamado nos está llamando a seguir y mantener viva esa ruta.

La vida en Cristo

Jesucristo Nuestro Señor nos dio su Vida en el Bautismo y quiere que nos mantengamos en ella. Desea que comprendamos la novedad absoluta que aporta a cada ser humano cuando la Vida propia de Cristo entra en la nuestra. Una vida que nos ha entregado el Señor no para conformarse a la que da este mundo. La suya es algo muy distinto, porque a menudo entra en contradicción con las formas de vivir del mundo. En ella no valen los egoísmos ni la existencia para uno mismo, ni la vida hecha a medida desde nosotros, que en general siempre se convierte en no–vida. Es una novedad que rompe esquemas, como la que entregaban aquellos primeros cristianos, que por su modo de existir quebraba los fundamentos del mundo pagano e instauraba otros diferentes basados en Jesucristo mismo. Ahí está la diferencia entre vivir sensatamente o neciamente.

Cada uno de nosotros puede ser como las vírgenes que salen en busca del esposo, tal como se nos relata en el evangelio que acabamos de proclamar. Cada uno hemos de identificarnos con unas o con otras, con las prudentes o las necias. Todas eran vírgenes y todas salían con la lámpara de la vida, que es la vida misma de Dios. Pero unas mantenían viva y encendida la lámpara y otras ni se dieron cuenta que les faltaba el aceite, es decir, que su vida no iluminaba y, por tanto, no decía nada a nadie.

Es necesario mantener la sensatez y mantener la lámpara encendida para ser signos limpios y claros, coherentes en este momento con el proyecto de Dios para los hombres. Como decía el Papa Juan XXIII en la Constitución Apostólica “Humanae salutis” con la que convocó el Concilio Vaticano II: “La Iglesia asiste en nuestros días a una grave crisis de humanidad, que traerá consigo profundas mutaciones. Un orden nuevo se está gestando, y la Iglesia tiene ante sí misiones inmensas, como en las épocas más grandes de la historia. Porque lo que se exige hoy a la Iglesia es que infunda en las venas de la humanidad actual la virtud perenne, vital y divina del Evangelio” (n.2). Ser sensato no es cuestión secundaria, tal y como nos dice el evangelio de hoy, es esencial para confesar y saber comunicar en nuestro tiempo las razones fundamentales que nos mueven como discípulos de Jesucristo.

Itinerario para un camino

El Camino Neocatecumenal es un itinerario de redescubrimiento de la iniciación cristiana, es un camino para mantenernos en la sensatez. Se realiza normalmente en la parroquia, que como nos dicen los Estatutos, es “el ámbito ordinario donde se nace y se crece en la fe, lugar privilegiado donde la Iglesia, madre y maestra, engendra en la fuente bautismal a los hijos de Dios y les gesta a la vida nueva” (cf. art. 6, 1). Y dentro de la parroquia es vivido en pequeña comunidad, denominada Comunidad Neocatecumenal (cf. art. 7, 1).

En este camino la experiencia de un Dios, que es verdadera sabiduría y que nos busca siempre para regalarnos la sabiduría, es clave. Es el Señor quien nos busca. Es Él quien nos da todo. Es el Señor quien nos va pidiendo siempre más compromiso. Es quien nos dice que no podemos ignorar la vida que Él nos da, su resurrección, su eternidad. Y con esta seguridad no tememos a nada ni a nadie. Con las mismas palabras del Santo Padre digo también: “Reconozco el Camino Neocatecumenal como un itinerario de formación católica, válida para la sociedad y para los tiempos de hoy” (Juan Pablo II, epist. Ogniqualvolta, 30 agosto 1990).

La aprobación de los Estatutos ha inaugurado una nueva etapa en la vida del Camino. La Iglesia os pide a todos los que seguís este itinerario de formación un compromiso aún más fuerte y generoso en la nueva evangelización.
Es Dios quien nos urge

No tengáis miedo. Hoy os digo una vez más: “¡Duc in altum!” “¡El amor de Dios nos urge!” “Brille así vuestra luz delante de los hombres, para que vean vuestras buenas obras y glorifiquen a vuestro Padre que está en los cielos” (Mt 5, 16). Encended el celo apostólico. Nunca temáis a quienes puedan decir, sin razones, que vivís un fundamentalismo por ser coherentes con la defensa de la vida, del matrimonio, de la familia. Temed, si es que pudieran decir que vivís para vosotros mismos, cuando digan que no servís a nadie, que no estáis disponibles para todos, que no practicáis con todos los que os encontráis por el camino el amor de Dios. Eso sí que sería fundamentalismo. Que os conozcan por vuestra entrega sincera a los pobres y marginados; por el diálogo que deseáis mantener con todos los hombres y mujeres de la tierra, por el testimonio de comunión eclesial, por la acción que lleváis con la juventud, con la familia, con las vocaciones, por la disponibilidad que mantenéis, por la generosidad con la que vivís, por cómo ponéis en común lo que tenéis. La aprobación de los Estatutos reitera, una vez más, el carácter eclesial del Camino Neocatecumenal como un itinerario de formación válido.

Redescubrir el Bautismo

Hermanos y hermanas ¿Cómo no dar gracias a Dios por los frutos producidos en los más de treinta años de existencia del Camino? ¿Cómo no dar gracias hoy a Dios por la aprobación de sus Estatutos y por la configuración y definición esencialmente eclesial de esta experiencia de fe?

En una sociedad secularizada, donde se propaga la indiferencia religiosa y a menudo se vive como si Dios no existiera, son muchos los que necesitan de un redescubrimiento de los sacramentos de la iniciación cristiana, especialmente del Bautismo. El Camino constituye, como dice el Papa Juan Pablo II, una de las respuestas providenciales a tan urgente necesidad. Basta contemplar las Comunidades Neocatecumenales para ver los descubrimientos de la belleza y grandeza de la vocación bautismal, el celo por anunciar el Evangelio –especialmente a los más alejados–, las vocaciones al sacerdocio y a la vida religiosa que surgen siguiendo este itinerario de formación cristiana.

Hoy bendecimos a Dios y todos los cristianos le damos gracias, uniéndonos a quienes seguís este itinerario de formación que es el Camino. Lo hacemos desde donde se pueden dar de verdad las gracias a Dios, junto a Dios mismo que se hace presente en el misterio de la Eucaristía. A Jesucristo, realmente presente en este misterio, unimos nuestra vida y desde Él y por Él y en Él damos gracias a Dios.

Encomiendo este momento de las Comunidades Neocatecumenales a la Santísima Virgen María. Dirijo la mirada a la Santa Cueva de Covadonga para decir a la Santina que este itinerario, que ha aprobado la Iglesia y que expresa la autenticidad de un carisma, lo guarde como Madre y que sea Ella quien nos impulse a todos a realizar la “nueva evangelización”.

Amén.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bento XVI agradece a obra evangelizadora do Caminho Neocatecumenal



Alenta sua integração

na pastoral paroquial e diocesana


Por Jesús Colina

“CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 12 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI agradeceu a Deus na tarde desse sábado pela obra evangelizadora suscitada através do Caminho Neocatecumenal, em um encontro festivo por ocasião dos quarenta anos do início desta realidade eclesial na diocese de Roma.
Ao mesmo tempo, nas palavras que dirigiu a cerca de 25 mil membros do Caminho, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o pontífice os alentou a ser dóceis às diretivas dos bispos para viver em plenitude sua vocação eclesial.

Na celebração, animada pelos cantos que caracterizam os encontros do Caminho, participaram Kiko Arguello, que compôs alguns deles, Carmen Hernández e o padre Mario Pezzi, iniciadores deste itinerário de catecumenato para redescobrir o Batismo.

«Como não bendizer ao Senhor pelos frutos espirituais que, através do método de evangelização que vós aplicais, puderam-se recolher nestes anos?», perguntou o Papa.

«Quantas renovadas energias apostólicas se suscitaram tanto entre os sacerdotes como entre os leigos! Quantos homens e mulheres e quantas famílias que haviam se afastado da comunidade eclesial ou que haviam abandonado a prática da vida cristã foram ajudados a voltar a encontrar a alegria da fé e o entusiasmo do testemunho evangélico através do anúncio do kerygma e do itinerário de redescoberta do Batismo», afirmou.

O bispo de Roma reconheceu que a recente aprovação dos Estatutos do Caminho por parte do Conselho Pontifício para os Leigos «selou a estima e a benevolência com que a Santa Sé segue a obra que o Senhor suscitou através de seus iniciadores».

O pontífice reconheceu que a obra evangelizadora do Caminho encontrará sua plena realização com «dócil adesão às diretivas dos pastores», os bispos, «e de comunhão com todos os demais componentes do Povo de Deus».

«Esta unidade, dom do Espírito Santo e incessante busca dos crentes, faz de cada comunidade uma articulação viva e bem integrada no Corpo místico de Cristo», assegurou.

«A integração orgânica do Caminho na pastoral diocesana e sua unidade com as demais realidades eclesiais beneficiarão todo o povo cristão e farão mais fecundo o esforço da diocese a favor de um anúncio renovado do Evangelho em nossa cidade», indicou.

Por último, o Papa agradeceu a Deus por outro dos grandes frutos suscitados pelo Caminho Neocatecumenal: «o grande número de sacerdotes e de pessoas consagradas que o Senhor suscitou em vossas comunidades».

No encontro, tomou a palavra Kiko Arguello para apresentar algumas realidades presentes, como as mais de 200 famílias que partirão por todo o mundo para anunciar o Evangelho (unindo-se às 500 que já partiram em anos anteriores); os 700 itinerantes que abriram no mundo a experiência do Caminho; as novas 15 «missio ad gentes», às quais se acrescentam sete que começaram esta experiência.

A «missio ad gentes» está constituída por um grupo de três ou quatro famílias com numerosos filhos e um presbítero. Irão viver em cidades descristianizadas da Alemanha e de outros países, por exemplo, entre aborígenes australianos.

Kiko Arguello apresentou ao Papa, por último, algumas comunidades que terminaram o itinerário e que irão para paróquias dos arredores de Roma que experimentam situações sociais difíceis. Entre elas, as primeiras comunidades da paróquia dos Mártires Canadenses de Roma, a primeira desta diocese onde o Caminho começou.

As «comunitates in missio» são outra das novidades nos últimos anos: comunidades inteiras que terminaram o Caminho Neocatecumenal se põem à disposição para se mudar para outras paróquias da diocese que o requeiram. A experiência começou em Paris, na paróquia da «Bonne Nouvelle».

O Papa abençoou estes novos missionários, a quem fez entrega, a alguns pessoalmente, de uma cruz prateada, sinal da missão que lhes foi encomendada. O encontro concluiu com um Te Deum de ação de graças.

O Caminho está presente em 120 países de 5 continentes, formando 20 mil comunidades em mais de 5.500 paróquias.”