Bíblia em lugar de destaque na casa, pede arcebispo
Dom Jorge Ortiga dá indicações para renovação pastoral
marcada pela Palavra
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BRAGA, quinta-feira, 8 de Janeiro de 2009 (ZENIT.org).- «Cada lar cristão não deveria prescindir da presença de uma Bíblia, colocada em lugar de destaque em casa», afirma o arcebispo de Braga (Portugal).
«Seria como que um sacrário doméstico, em que Deus está presente e lhe faz companhia em todas as horas»; «com ela, todos deveriam reconhecer a necessidade de uma leitura orante onde a vida familiar se confronta com a Palavra de Deus», enfatiza.
Dom Jorge Ortiga difundiu essa quarta-feira uma carta pastoral em que dá algumas indicações para ajudar a discernir caminhos de renovação pastoral marcados pela Palavra.
Entre as sugestões, Dom Ortiga destaca que a Bíblia poderia ir de casa em casa, «para, em leitura orante da família, poder iluminar os recantos mais escuros da vida familiar e servir de estímulo nos percursos positivos já empreendidos».
O arcebispo considera que seria desejável que os casais se reunissem para ler, meditar a Palavra e deixar-se conduzir pelos seus apelos.
Dom Ortiga pede também que se institua na diocese e em cada paróquia um Dia da Bíblia, «em que todos fossem sensibilizados para a riqueza da palavra, destinada a habitar entre nós, a montar a sua tenda nos desertos do nosso caminhar quotidiano».
Exorta ainda os pastores «a impregnar as pregações ou tríduos da palavra de Deus e a dar-lhe o espaço merecido nas homilias das eucaristias».
O arcebispo convida todos os diocesanos a se familiarizarem com a Bíblia através sobretudo da lectio divina, da leitura orante dos textos sagrados.
«Onde for possível, institua-se uma Escola da Palavra, que seja oportunidade de apresentar a riqueza inesgotável dos textos bíblicos.»
Dom Jorge Ortiga vê como «muito útil a prática de certos movimentos de escolher uma palavra da Escritura para cada mês, a Palavra de Vida que orienta decisões, opções, que ilumina problemas e sobre cuja vivência se trocam experiências».
O arcebispo considera ainda que «será de multiplicar as celebrações da palavra, até porque os sacerdotes não podem celebrar a eucaristia com a frequência desejada das comunidades. É bom ter em atenção que a palavra proclamada é também presença de Jesus no meio do seu povo.»
No âmbito diocesano –prossegue Dom Ortiga–, «sente-se a conveniência e a urgência de um Secretariado bíblico que possa fornecer subsídios para uma devida animação bíblica de toda a pastoral».
O prelado questiona ainda: «será ousadia insensata esperar que em cada paróquia exista um “Grupo da Palavra” para descobrir o lugar da Palavra na vida das pessoas e das comunidades?»
«Julgo que não e espero vivamente que estas propostas dêem fruto e fruto que permaneça», afirma.
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