Aniversário da Igreja
31 de Maio de 2017
O Pentecostes representa «o aniversário da Igreja»: por isso, em
preparação para a solenidade do próximo domingo, o Papa Francisco durante a
audiência geral de quarta-feira 31 de maio, na praça de São Pedro, relacionou a
esperança cristã – tema recorrente das últimas catequeses – com o Espírito
Santo.
Ele, afirmou o Pontífice, «é o vento que nos impele para a
frente, que nos mantém a caminho, nos faz sentir peregrinos e forasteiros, e
não permite que nos acomodemos nem nos tornemos um povo “sedentário”»
Assim, a «carta aos Hebreus compara a esperança com uma âncora»,
a esta imagem «podemos acrescentar a da vela», prosseguiu Francisco. De facto,
«a âncora dá ao barco a segurança e mantém-no “ancorado” no meio da ondulação
do mar», enquanto «a vela fá-lo ir em frente, avançar sobre as águas». Eis
porque, esclareceu, «a esperança é como uma vela» que «recolhe o vento do
Espírito e o transforma em força motriz» capaz de impulsionar «o barco ao largo
ou para a margem».
Aprofundando a reflexão, o Papa observou
depois que o Espírito Santo não só nos torna «capazes de esperar, mas também se
ser semeadores de esperança; de sermos também nós – como ele e graças a ele –
“paráclitos”, isto é consoladores e defensores dos irmãos». De resto,
esclareceu, «o cristão pode semear amarguras» e «perplexidades», mas «isto não
é cristão, e quem faz isto não é um bom cristão». Ao contrário, é um bom
cristão quem «semeia esperança: óleo de esperança, perfume de esperança e não
vinagre de amargura e de desesperança». Em particular, recomendou, «são
sobretudo os pobres, os excluídos, os desamados a ter necessidade de alguém que
se faça “paráclito” por eles, isto é, consolador e defensor». Eis então o
convite conclusivo do Papa: «Assim como o Espírito Santo age com cada um de
nós, que estamos aqui na praça», é preciso fazer o mesmo tomando a iniciativa
de consolar e defender «os mais necessitados, os mais descartados, os que mais
sofrem». E o dom do Espírito, expressou na conclusão, «nos faça abundar na esperança»
e «desperdiçar esperança com todos os que são mais carentes e descartados».
(osservatoreromano)
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