Audiência Geral
Cidade do Vaticano (RV) - Os santos,
testemunhas e companheiros de esperança: este foi o tema da catequese do Papa Francisco
na Audiência Geral desta quarta-feira (21/06), na Praça S. Pedro.
Na penúltima audiência antes da
pausa de verão, havia na Praça cerca de 15 mil fiéis, entre os quais grupos das
dioceses de Bom Jesus do Gurgueia (PI), Jundiaí, São Carlos e Santo André.
A essa multidão, o Pontífice
recordou os momentos na vida cristã em que invocamos a intercessão dos santos:
durante o Batismo, o Matrimônio e a ordenação sacerdotal.
O Cristianismo
cultiva uma incurável confiança: não acredita que as forças negativas e
desagregadoras possam prevalecer. “A última palavra na história do homem não é
o ódio, não é a morte, não é a guerra”, disse o Papa. Em cada momento da vida
cristã, nos assiste a mão de Deus e também a discreta presença de todos os
fiéis que nos precederam. Antes de tudo, a existência dos santos nos diz que a
vida cristã não é um ideal inalcançável. E nos conforta: não estamos sós, a
Igreja é feita de inúmeros irmãos, com frequência anônimos, que nos precederam
e que, por ação do Espírito Santo, estão envolvidos nos acontecimentos de quem
ainda vive aqui. Os esposos sabem que precisam da graça de Deus e da ajuda dos
santos para dizer “para sempre”. “Não é como alguns dizem, 'até que o amor dure'. Para sempre ou
nada. Do contrário, é melhor não se casar”, disse o Papa.
Nos momentos
difíceis, acrescentou Francisco, é preciso ter a coragem de elevar os olhos ao
céu, pensando nos muitos cristãos que passaram por atribulações. Deus jamais
nos abandona: toda vez que precisarmos, virá um anjo para nos consolar. “Anjos”
algumas vezes com um rosto e um coração humanos, porque os santos de Deus estão
sempre aqui, escondidos no meio de nós. “Isso é difícil de entender e imaginar.
Mas os santos estão presentes na nossa vida”, destacou
Francisco, que concluiu:
“Que o Senhor nos doe a
esperança de sermos santos. É o grande presente que cada um de nós pode dar ao
mundo. Alguém poderá me perguntar: mas é possível ser santo na vida de todos os
dias? Ser santo não significa rezar o tempo todo, mas fazer o seu dever. Rezar,
trabalhar, cuidar dos filhos, mas fazer tudo com o coração aberto a Deus. Assim
nos tornaremos santos. É possível. Não é difícil. É mais fácil ser santo do que
delinquente. É possível porque o Senhor nos ajuda.”
Que o Senhor nos dê
a graça de acreditar tão profundamente Nele, a ponto de nos tornar imagem de
Cristo para este mundo. “Que o Senhor doe a vocês e a mim também a esperança de
sermos santos.”
Ao final da
catequese, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.
(radiovaticana)
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