X DOMINGO DO TEMPO COMUM
O Senhor da Vida
A
Liturgia de hoje mostra que Deus é SENHOR
DA VIDA.
Ele VISITA
seu povo e o liberta do pecado e do sofrimento.
As
Leituras bíblicas ilustram essa verdade:
DUAS
VIÚVAS, que perderam seus filhos,
foram consoladas
por Deus,
através
da obra salvadora de seus enviados.
Na 1ª Leitura, temos a Viúva de Sarepta:
(1Rs 17,17-24)
O
Profeta Elias em Sarepta recebe hospedagem na casa de uma viúva.
O
filho dessa mulher adoece gravemente e morre.
Ela se
sente duplamente angustiada:
pela
perda do filho e por se considerar culpada da morte.
-
Elias toma o menino nos braços, leva-o para o andar superior,
onde
implora a Deus e lhe comunica novamente a vida.
Em
seguida, desce e o restitui com vida à mãe.
É a
primeira ressurreição encontrada na Bíblia.
-
Diante da morte, Elias e a mulher têm atitudes diferentes:
Ela
perde a esperança, sente-se derrotada e procura um culpado.
O
profeta, ao invés, acredita no Deus da vida,
que
não abandona o homem ao poder da morte.
* Diante
de uma morte inexplicável, ou de uma desgraça,
ainda
hoje, muitos falam de "castigos de Deus" e
acham
que Deus manda doenças para punir os pecados.
Outros
recorrem a adivinhos para descobrir o culpado.
Quem
se comporta assim não tem fé no Deus da Vida.
Deus é
bom e quer a vida e a felicidade de todos.
Na 2ª Leitura, Paulo se defende de acusações
recebidas.
O
Evangelho, que ele está anunciando, não o aprendeu dos homens,
mas o
recebeu por revelação do próprio Cristo. (Gl 1,11-19)
No Evangelho, temos a Viúva de Naim. (Lc 7,11-17)
Lucas
descreve um grande acontecimento humano:
o
encontro da Morte e da Vida.
+ Dois
cortejos se aproximam pelos caminhos de Naim.
- Um é formado por Jesus e seus discípulos.
O outro formado por uma mãe viúva e seus
amigos,
que levam um féretro para a sepultura.
- Um é precedido por Jesus, o ressuscitado,
o vencedor da morte.
O outro é precedido por um cadáver.
- Um representa a comunidade cristã radiante
de alegria
junto ao seu "Senhor", que a
conduz à vida.
O
outro é símbolo da humanidade que ainda não encontrou Cristo:
está
a caminho do campo santo e vê a morte como uma derrota irreversível.
+ Os dois cortejos se encontram:
- O
"Senhor" SE COMPADECE da dor e das lágrimas da mãe viúva
(que
representa toda a humanidade abatida e desesperada),
interrompe a caminhada para a morte e diz:
- para a Mãe: "não chores mais".
- para o Filho: "Levanta-te."
O que ele faz
é sinal da presença de Deus:
O
pranto torna-se um canto de alegria,
os
dois grupos se unem num único brado de entusiasmo,
todos
glorificam o Senhor, exclamando:
"Um grande profeta surgiu entre nós e
Deus VISITOU o seu povo".
* A
grande novidade não foi adiar a morte por alguns anos,
mas o
que o fato encerra: a morte foi vencida...
Jesus
é o SENHOR DA VIDA.
Ele
não abandona o homem nas garras da morte,
mas o
ressuscita para que viva para sempre.
+ Esta cena se
repete todos os dias:
- Há
grandes cortejos cheios de mortos,
de mortos que andam e se movem, mas não têm
vida:
- É o
grande cortejo dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos,
dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos,
dos inválidos...
Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado
e não nos damos conta.
- Ao
encontro dele pode e deve ir outro cortejo,
formado de pessoas cheias de vida que
acompanham Cristo...
comprometidas em responder à morte com a
vida.
- Em
que cortejo estamos?
- Que
resposta damos aos que caminham no cortejo da morte?
Jesus
não ficou indiferente diante do sofrimento humano.
Fez
algo para aliviar.
Como
seguidores de Cristo, devemos ir ao encontro dos que sofrem.
Se não
podemos eliminar o sofrimento, podemos ao menos ser solidários.
A
presença é sempre uma forma de ajudar quem passa por dificuldades...
Diante
do milagre, o POVO exclamou:
"Um grande profeta surgiu em nosso
meio e Deus visitou o seu povo".
Será
que poderá contar conosco?
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 09.06.2013
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