segunda-feira, 14 de março de 2016

Somos como a mulher adúltera

 Somos como a mulher adúltera diante de Deus, Ele nos salva e quer nossa conversão

Por Alvaro de Juana


VATICANO, 13 Mar. 16 / 12:00 pm (ACI).- O Papa Francisco comentou o Evangelho deste domingo, durante a Oração do Ângelus na manhã de hoje, relatou o episódio da mulher adúltera, evidenciando o tema da misericórdia de Deus que nunca quer a morte do pecador, mas que se converta e viva" .

"Ele é a graça que salva do pecado e da morte", sublinhou. "Deus não nos prega ao nosso pecado, não nos identifica com o mal que cometemos. Ele quer nos libertar e quer que também nós queiramos junto com Ele. Quer que a nossa liberdade se converta do mal para o bem, e isso é possível com a sua graça", disse o Pontífice na Praça de São Pedro.

Francisco explicou que "Na verdade, eles não foram ao Mestre para pedir-lhe o seu parecer, mas para fazer-lhe uma armadilha. De fato, se Jesus seguir a severidade da lei, aprovando a lapidação da mulher, perderá a sua fama de mansidão e bondade que tanto fascina o povo; se ao invés for misericordioso, irá contra a lei que Ele mesmo disse não querer abolir, mas cumprir.”

Jesus não responde, se cala e realiza um gesto misterioso: ‘Inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo’. Desta maneira, "convida todos à calma, a não agir de impulso e procurar a justiça de Deus".

Mas aqueles, maus,  "insistem e esperam dele uma resposta", recordou o Papa. Então, Jesus levanta o olhar e diz: ‘Quem de vocês não tiver pecado, atire-lhe a primeira pedra’.”
“Esta resposta abala os acusadores, desarma todos no verdadeiro sentido da palavra: Todos depuseram as armas, ou seja, as pedras prontas para serem lançadas, tanto aquelas visíveis contra a mulher, quanto as pedras escondidas contra Jesus".

“Quanto bem nos fará ser conscientes de que também nós somos pecadores! Quando falamos mal dos outros e todas essas coisas que nós conhecemos! Quanto bem nos fará ter a coragem de fazer cair no chão as pedras que lançamos contra os outros e pensar um pouco em nossos pecados”, acrescentou.

Finalmente, "permaneceram ali a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, uma diante da outra. Quantas vezes isso nos acontece, quando nos detemos diante do confessionário"
O olhar de Jesus " é cheio de misericórdia, cheio de amor para fazer aquela pessoa sentir, talvez pela primeira vez, que tem uma dignidade, que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa, que pode mudar de vida, pode sair daquelas escravidões e caminhar em uma estrada nova".

Em seguida, o Papa Francisco disse: “aquela mulher representa todos nós que somos pecadores, ou seja, adúlteros diante de Deus, traidores de sua fidelidade" e "a sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação através de Jesus".


(acidigital)

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