quarta-feira, 31 de julho de 2024
Hoje é a festa de santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus
Por Redação central
31 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (31) é a festa de santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, conhecida como os jesuítas, ordem que desempenhou um papel importante na contrarreforma. O santo mestre dos discernimentos de espíritos é também padroeiro dos exercícios espirituais, dos retiros e dos soldados.
O processo de conversão de santo Inácio começou ao ler o livro ‘Vida de Cristo’, assim como ‘Flos sanctórum’. Ao refletir sobre essas leituras e a vida dos santos, questionava-se a si mesmo: “E se eu fizesse o mesmo que são Francisco ou são Domingos?”.
São João Paulo II assinalava que Inácio “soube obedecer quando, recuperando-se das suas feridas, a voz de Deus pulsou com força no seu coração. Foi sensível às inspirações do Espírito Santo”.
“Ad Majorem Dei Gloriam”, que significa em latim “Para a maior glória de Deus” foi o lema com o qual o santo mais se identificou, assim como “Rogue a Deus por todos os que como tu desejamos estender o Reino de Cristo, e fazer amar mais o nosso Divino Salvador”.
Uma das grandes obras deixadas por santo Inácio é o livro ‘Exercícios Espirituais’. O papa Pio XI indicou em uma oportunidade que o método inaciano de oração “guia o homem pelo caminho da própria abnegação e do domínio dos maus hábitos para os mais altos cumes da contemplação e o amor divino”.
O papa Francisco, o primeiro papa jesuíta na história da Igreja, ao celebrar a festa do seu fundador em 2013, refletiu e recordou a seus irmãos da Companhia o lema que os identifica ‘Iesus Hominum Salvator’, que os chama a ter sempre como centro Cristo e a Igreja, a quem devem servir.
Santo Inácio morreu no dia 31 de julho de 1556. Paulo V o beatificou em 1609 e foi canonizado por Gregório XV em 1622. Na cidade de Roma (Itália), os restos mortais do santo são venerados na Igreja de Jesus.
terça-feira, 30 de julho de 2024
Bispo dos EUA pede zelo renovado diante da zombaria da Última Ceia nas Olimpíadas
Por Daniel Payne
29 de jul de 2024 às 13:18
O bispo de Crookston, EUA, dom Andrew Cozzens, criticou no último fim de semana o que descreveu como a zombaria "hedionda" da fé cristã exibida nos Jogos Olímpicos de Verão em Paris na sexta-feira (26), exortando os católicos a responderem ao show com jejum e oração.
A paródia liderada por drag queens da Última Ceia apresentada durante as cerimônias de abertura das Olimpíadas Paris 2024 na sexta-feira (26) provocou uma onda de reações e denúncias indignadas de líderes católicos e outros ao redor do mundo.
A cena controversa, parte do show de € 1,5 bilhão (cerca de R$ 6,1 bilhões) para dar início aos Jogos Olímpicos, contou com drag queens retratando os apóstolos e uma DJ acima do peso como Jesus no que parecia ser parte de um desfile de moda aparentemente zombando da famosa pintura de Leonardo da Vinci.
Em comunicado no sábado (27), dom Cozzens - que também atua como presidente do conselho do Congresso Eucarístico Nacional nos EUA - disse que os artistas "difamaram publicamente" a Última Ceia com a exibição "maligna".
Dom Cozzens disse que no Congresso Eucarístico Nacional deste mês nos EUA, os fiéis reuniram-se para "reparar nossos pecados" e rezar por "cura e perdão".
No entanto, uma semana depois, disse ele, quase um bilhão de espectadores "testemunharam a zombaria pública da Missa" pessoalmente e por transmissão ao vivo, na qual a Última Ceia "foi retratada de maneira hedionda, deixando-nos em tal choque, tristeza e raiva justa que as palavras não podem descrever".
O bispo disse que, ao longo da história, Cristo "nos chamou – o povo de Deus – para responder às trevas do mal com a luz que vem do Senhor". Dom Cozzens disse que a Última Ceia, juntamente com a crucificação, morte e ressurreição de Cristo, formam o Mistério Pascal.
"Jesus experimentou sua paixão novamente na noite de sexta-feira em Paris, quando sua Última Ceia foi difamada publicamente", disse o bispo. "Como seu corpo vivo, somos convidados a entrar neste momento de paixão com ele, este momento de vergonha pública, zombaria e perseguição. Fazemos isso por meio da oração e do jejum. E nossa maior oração - em época e fora de época - é o Santo Sacrifício da Missa.
Dom Cozzens exortou os fiéis a comparecerem à missa esta semana com "zelo renovado", a "rezar por cura e perdão para todos os que participaram dessa zombaria" e a "nos comprometermos esta semana com maior oração e jejum em reparação por esse pecado".
Ele também sugeriu assistir à missa mais de uma vez na próxima semana e considerar uma Hora Santa extra [diante do Santíssimo Sacramento].
"Também podemos ser chamados a falar sobre esse mal. Façamo-lo com amor e caridade, mas também com firmeza", disse o bispo. Ele exortou os católicos a "pedir ao Espírito Santo que nos fortaleça com a virtude da fortaleza".
"A França e o mundo inteiro são salvos pelo amor derramado através da Missa, que veio até nós através da Última Ceia", escreveu o bispo. "Inspirados pelos muitos mártires que derramaram seu sangue para testemunhar a verdade da Missa, não ficaremos de lado e permaneceremos em silêncio enquanto o mundo zomba de nosso maior presente do Senhor Jesus”.
Hoje é festa de são Pedro Crisólogo, o homem de palavras de ouro
Por Redação central
30 de jul de 2024 às 00:01
“Esforcemo-nos por levar sempre em nós a imagem fiel do nosso Criador, não na majestade que só a Ele pertence, mas na inocência, simplicidade, mansidão, paciência, humildade, misericórdia, paz e concórdia, com que Ele Se dignou tornar-Se um de nós e ser semelhante a nós”, dizia são Pedro Crisólogo, doutor da Igreja, cuja festa é celebrada hoje (30).
São Pedro nasceu na Itália por volta do ano 400, estudou as ciências sagradas e foi formado por Cornélio, Bispo de Imola, o qual o ajudou a compreender que no domínio das paixões de si mesmo estava a verdadeira grandeza e que este era o único meio para alcançar o espírito de Cristo. O mesmo prelado conferiu ao santo a ordem diaconal.
De acordo com a tradição, naquela época, o arcebispo de Ravena faleceu, então o clero e o povo elegeram o seu sucessor e, em seguida, pediram ao bispo Cornélio, que encabeçava a comitiva desta solicitação ao papa são Sisto III, em Roma. Pedro – que não era o candidato eleito – fazia parte da comitiva liderada pelo Prelado.
Conta-se que o Pontífice teve uma visão de são Pedro e santo Apolinário, o primeiro bispo de Ravena, os quais ordenaram que não confirmasse a eleição que estavam levando.
Desta forma e seguindo as instruções do céu, o papa propôs para o cargo são Pedro Crisólogo, que depois recebeu a consagração e mudou-se para Ravena.
A atividade pastoral do santo conseguiu extirpar o paganismo e corrigir abusos, escutando com igual condescendência e caridade os humildes e os poderosos. Sempre incentivou a comunhão frequente e seus profundos sermões renderam o apelido de Crisólogo, homem de palavras de ouro.
Depois de receber uma revelação sobre a sua morte, que estava próxima, são Pedro Crisólogo retornou para Imola, onde morreu em 31 de julho de 451 (há alguns que afirmam que foi em 3 de dezembro de 450). Foi declarado doutor da Igreja em 1729 pelo papa Bento XIII.
segunda-feira, 29 de julho de 2024
ANGELUS
PAPA FRANCISCO
ANGELUS
Praça São Pedro
Domingo, 28 de julho de 2024
Estimados irmãos e irmãs, bom domingo!
Hoje o Evangelho da Liturgia fala-nos do milagre dos pães e dos peixes (cf. Jo 6, 1-15). Um milagre, isto é, um “sinal”, cujos protagonistas realizam três gestos que Jesus repetirá na Última Ceia. Quais são esses gestos? Oferecer, dar graças e partilhar.
Primeiro: oferecer. O Evangelho fala de um rapaz que tem cinco pães e dois peixes (cf. Jo 6, 9). É o gesto pelo qual reconhecemos que temos algo de bom para dar, e dizemos o nosso “sim”, mesmo que o que temos seja muito pouco em relação ao que é necessário. Este gesto é realçado na missa, quando o sacerdote oferece o pão e o vinho sobre o altar, e cada um se oferece a si mesmo, a própria vida. É um gesto que pode parecer pequeno, se pensarmos nas imensas necessidades da humanidade, tal como os cinco pães e os dois peixes diante de uma multidão de milhares de pessoas; mas Deus faz dele a matéria para o maior milagre que existe: aquele em que Ele, Ele mesmo, se faz presente no meio de nós, para a salvação do mundo.
Assim se compreende o segundo gesto: dar graças (cf. Jo 6, 11). O primeiro gesto é oferecer, o segundo é dar graças. Ou seja, dizer ao Senhor com humildade, mas também com alegria: “Tudo o que tenho é vosso dom, Senhor, e para vos agradecer só posso devolver o que me destes primeiro, juntamente com o vosso Filho Jesus Cristo, acrescentando o que posso”. Cada um de nós pode dar um pouco mais. O que posso dar ao Senhor? O que pode dar o mais pequenino? O pobre amor. Dizer: “Senhor, amo-vos”. Nós, pobres homens: o nosso amor é tão pequeno! Mas podemos doá-lo ao Senhor, o Senhor aceita-o.
Oferecer, dar graças, e o terceiro gesto é partilhar. Na missa é a Comunhão, quando juntos nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue de Cristo: fruto do dom de cada um transformado pelo Senhor em alimento para todos. É um momento bonito, o da Comunhão, que nos ensina a viver cada gesto de amor como um dom de graça, tanto para quem dá como para quem recebe.
Irmãos e irmãs, perguntemo-nos: acredito realmente, pela graça de Deus, que tenho algo de único para oferecer aos irmãos, ou sinto-me anonimamente “um entre muitos”? Sou protagonista de um bem a ser oferecido? Sou grato ao Senhor pelos dons com que Ele me manifesta continuamente o seu amor? Vivo a partilha com os outros como um momento de encontro e de enriquecimento recíproco?
Que a Virgem Maria nos ajude a viver com fé cada Celebração eucarística e a reconhecer e saborear cada dia os “milagres” da graça de Deus.
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Depois do Angelus
Prezados irmãos e irmãs!
Garanto as minhas orações pelas vítimas do grande deslizamento de terra que arrasou uma aldeia no sul da Etiópia. Estou próximo da população tão provada e de quantos que estão a prestar socorro.
E enquanto há tantas pessoas no mundo a sofrer por causa de calamidades e de fome, continuamos a fabricar e a vender armas e a queimar recursos, alimentando guerras grandes e pequenas. Este é um escândalo que a comunidade internacional não deve tolerar e que contradiz o espírito de fraternidade dos Jogos Olímpicos que acabam de começar. Não nos esqueçamos, irmãos e irmãs: a guerra é uma derrota!
Hoje celebra-se o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. O tema é: “Na velhice, não me abandones” (cf. Sl 71, 9). De facto, o abandono dos idosos é uma triste realidade à qual não nos devemos habituar. Para muitos deles, sobretudo nestes dias de verão, a solidão corre o risco de se tornar um fardo difícil de suportar. A comemoração de hoje convida-nos a escutar a voz dos idosos que dizem: “Não me abandones!” e a responder: “Não te abandonarei!”. Reforcemos a aliança entre netos e avós, entre jovens e idosos. Digamos “não” à solidão dos idosos! O nosso futuro depende muito da forma como os avós e os netos aprendem a viver juntos. Não esqueçamos os idosos! E uma salva de palmas para todos os avós, a todos!
Saúdo todos vós, romanos e peregrinos, que viestes de várias partes de Itália e do mundo. Saúdo em particular os participantes no Congresso Geral da União do Apostolado Católico; os jovens da Ação Católica de Bolonha e os da Unidade Pastoral Riviera del Po-Sermide, da diocese de Mântua; o grupo dos jovens de 18 anos da diocese de Verona; os animadores do Oratório “Carlo Acutis” de Quartu Sant’Elena.
Dirijo a minha saudação a quantos participam na conclusão da festa de Nossa Senhora do Carmo em Trastevere: esta noite haverá uma procissão de Nossa Senhora “fiumarola” no Tibre. Aprendamos com Maria, nossa Mãe, a praticar o Evangelho na vida quotidiana! Já ouvi alguns cânticos neocatecumenais... Depois gostaria de os ouvir de novo!
Desejo a todos bom domingo. E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Bom almoço e até à vista!
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Hoje a Igreja Católica celebra santa Marta, padroeira das cozinheiras e donas de casa
Por Redação central
29 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (29), a Igreja universal recorda a figura da santa Marta de Betânia, irmã de Maria e Lázaro, padroeira do lar, das cozinheiras, das donas de casa, das faxineiras, das casas de hóspedes, dos hoteleiros, das lavadeiras e das irmãs de caridade.
É a ela que Jesus disse, como narra o evangelho de são Lucas (10, 41-42): “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”.
Santa Marta é representada vestida de azul ou verde, com uma cruz, um avental e levando consigo um molho de chaves ou uma tocha. Ela está em atitude de serviço e com um dragão sob seus pés.
Esta discípula de Jesus é geralmente invocada pelos fiéis para pedir sua intercessão ante as coisas urgentes e difíceis, pois foi através de suas súplicas que obteve de Jesus a graça de que seu irmão Lázaro voltasse à vida.
A santa que sempre mostrou um grande afã de serviço é também invocada para que ajude os fiéis a desempenhar seus deveres cristãos com diligência e responsabilidade.
Os santos Basílio e Gregório Magno a consideram modelo evangélico das almas contemplativas.
domingo, 28 de julho de 2024
Católicos e outros respondem à zombaria da Última Ceia nos Jogos Olímpicos Paris 2024
27 de jul de 2024 às 13:04
Uma paródia da Última Ceia, protagonizada por drag queens, durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024 provocou uma onda de reações de indignação.
Em um comunicado divulgado hoje (27), a Conferência Episcopal Francesa criticou as “cenas de escárnio e de zombaria contra o cristianismo, que deploramos profundamente”.
“Agradecemos às pessoas de outras confissões religiosas que manifestaram a sua solidariedade. Esta manhã, pensamos em todos os cristãos de todos os continentes que foram afetados pelo ultraje e pela provocação de certas cenas”, disse a Conferência Episcopal Francesa.
O presidente da liga de futebol profissional de Espanha, La Liga, Javier Tebas Medrano, considerou a blasfêmia “inaceitável, desrespeitosa, infame! Utilizar a imagem da Última Ceia nos Jogos Olímpicos de Paris é um insulto para aqueles que são cristãos. Onde está o respeito pelas crenças religiosas?”.
O arcebispo de Santiago do Chile, Fernando Chomali, manifestou no X (antigo Twitter) a sua dor e decepção perante “a paródia grotesca do que os católicos temos de mais sagrado, a Eucaristia”.
“A intolerância dos 'tolerantes' não tem limites. Não é assim que se constrói uma sociedade fraterna. Assistimos ao niilismo na sua máxima expressão”, lamentou.
Um dos bispos mais conhecidos dos EUA, o bispo de Winona Rochester, no Minnesota dom Robert Barron, encorajou os católicos a “fazerem ouvir a sua voz” em resposta ao que ele chamou de uma “zombaria grosseira da Última Ceia”.
Em uma publicação no X, dom Barron disse que o ato blasfemo foi uma mostra emblemática de “uma sociedade pós-moderna profundamente secularizada” que identifica o cristianismo como seu inimigo.
O padre dominicano colombiano frei Nelson Medina, que desenvolve um vasto apostolado nas redes sociais, disse que não verá “sequer uma cena dos Jogos Olímpicos”. “Que nojo o que eles fizeram, zombando do Senhor Jesus Cristo e do seu maior dom de amor. E são covardes: não se meteriam com Maomé”.
O bispo de Madison, EUA, dom Donald Hying, encorajou os católicos a “jejuar e rezar, renovar a nossa devoção à Eucaristia, ao Sagrado Coração e à Virgem Maria”.
“Que Jesus seja adorado e amado em todos os tabernáculos do mundo”, escreveu o bispo em uma publicação no X, na qual agradeceua Deus pela Eucaristia, pela Última Ceia e pelo seu “amor por nós”.
O padre espanhol Juan Manuel Góngora, que tem milhares de seguidores no X, reagiu ao escárnio com uma citação de J.R.R. Tolkien, o famoso escritor católico da saga O Senhor dos Anéis: “O mal não pode criar nada de novo, apenas corromper ou arruinar o que as forças do bem inventaram ou construíram”.
O bispo de Brownsville, no Texas, EUA, dom Daniel Flores, também reagiu rapidamente, dizendo: “O meu vocabulário não é suficientemente amplo para encontrar uma palavra para o que sinto no fundo do meu estômago”, acrescentando que os cristãos “merecem mais respeito”.
Os sentimentos de dom Flores foram partilhados por alguns não cristãos. “Mesmo sendo judeu, estou furioso com este insulto ultrajante a Jesus e ao cristianismo”, afirmou o Dr. Eli David, que lamentou que a cerimônia de abertura tenha demonstrado que a Europa está "morrendo culturalmente”.
O padre Francisco Javier Bronchalo, da diocese espanhola de Getafe, lamentou que “hoje Paris 2024 começou rindo na cara de milhões de pessoas. Ridicularizam o sagrado para o prejudicar. É evidente que a grande defensora que faz frente ao mal é a Igreja Católica. É por isso que os ataques estão se tornando cada vez mais diabólicos”.
O homem mais rico do mundo, Elon Musk, também disse que o espetáculo era “tremendamente desrespeitoso para com os cristãos”.
O senador católico norte-americano Marco Rubio também reagiu ao que considerou um “espetáculo de aberrações”, citando a passagem bíblica Judas 1,18: “No fim dos tempos haverá escarnecedores que seguirão as suas próprias paixões ímpias”.
A eurodeputada francesa Marion Maréchal, neta do líder de direita Jean Marie Le-Pen, dirigiu-se no X “a todos os cristãos que foram insultados por esta paródia drag queen
da Última Ceia: saibam que não é a França que está falando” na
abertura, “mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer
provocação”.
Hoje é celebrado são Pedro Poveda, padre fiel, mártir da guerra civil espanhola
Por Redação central
28 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (28), a Igreja Católica celebra são Pedro Poveda Castroverde, padre, educador, escritor e fundador da Instituição Teresiana. O padre Poveda foi assassinado por ódio à fé durante a guerra civil espanhola.
Pedro José Luis Francisco Javier Poveda Castroverde nasceu em Linares, Jaén, Espanha, em 3 de dezembro de 1874. Ingressou no seminário em sua cidade natal e concluiu seus estudos em Guadix, onde foi ordenado sacerdote em 1897.
A vida sacerdotal de são Pedro Poveda se caracterizou por seu intenso trabalho humanístico e pedagógico, tanto dedicado à educação dos mais necessitados quanto à formação de leigos comprometidos com os valores cristãos. Participou também na assistência aos peregrinos da Igreja Colegial de Covadonga, Astúrias, enquanto exercia ali o cargo de cônego, em 1906..
Estendendo a cultura cristã
A partir de 1911, padre Poveda dedicou-se à fundação de academias e centros pedagógicos que mais tarde formariam o que é conhecido como Instituição Teresiana.
A Instituição Teresiana é uma associação internacional de profissionais leigos católicos dedicados à promoção de centros educativos de diferentes níveis (escolas e universidades), centros culturais, centros de assistência social e editoras. A Instituição Teresiana tem a aprovação pontifícia concedida pelo papa Pio XI, em 11 de janeiro de 1924.
Sacerdote prudente e audacioso, pacífico e aberto ao diálogo com todas as posições, padre Poveda teve de enfrentar os tempos sombrios da guerra civil espanhola, no contexto do qual ocorreu uma terrível perseguição contra os católicos.
Em primeiro lugar: padre
O padre Poveda foi preso em 27 de julho de 1936 em sua casa em Madri, situada na rua Alameda nº 8. Horas depois, na madrugada de 28 de julho, entregou sua vida por causa fé. Ele foi fuzilado no Cemitério da Almudena.
“Eu sou um sacerdote de Cristo”, disse o santo em voz alta, repetidas vezes, para aqueles que o detiveram e o conduziram ao sacrifício.
São Pedro Poveda Castroverde foi canonizado pelo papa são João Paulo II em 4 de maio de 2003, durante a visita do papa polonês à Espanha.
sábado, 27 de julho de 2024
Associação esportiva vaticana: olimpíada é antídoto para os jogos de guerra
26 de jul de 2024 às 16:32
Membros da Athletica Vaticana, organização esportiva da Cidade do Vaticano, disseram que as Olimpíadas de Paris podem ser um "antídoto" para os "jogos de guerra".
Na véspera do início dos Jogos Olímpicos, que começam hoje (26), os atletas do Vaticano escreveram ontem (25) uma carta na qual sugerem uma humanidade "mais fraterna" por meio do diálogo esportivo, "compreensível para todos".
Para a Athletica Vaticana, os jogos podem ser uma oportunidade "de esperança, nas pequenas e grandes questões de cada pessoa e da humanidade".
Eles também pedem "que ninguém seja deixado sozinho" e a adaptar "o próprio ritmo ao dos últimos", ao destacar que a participação da Equipe Olímpica de Refugiados e a trégua desejada pelo papa Francisco são "propostas de paz que toda a grande família esportiva levanta em um momento sombrio para a humanidade".
Papa Francisco renova seu apelo por uma trégua olímpica
O papa Francisco também reiterou seu pedido de trégua durante os Jogos Olímpicos, que começam hoje (26), em Paris.
"Enquanto a paz no mundo está seriamente ameaçada, auspicio calorosamente que todos respeitem a #tréguaolímpica, na esperança de resolver os conflitos e restabelecer a concórdia, escreveu ontem (25) o papa em seu perfil na rede social X.
A velhice não é uma fraqueza, diz arcebispo sobre 4ª Jornada Mundial dos Avós e das Pessoas Idosas em Aparecida
Por Monasa Narjara
26 de jul de 2024 às 16:19
A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) Nacional, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza a 4ª Jornada Mundial dos Avós e das Pessoas Idosas com uma missa às 8h, no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP), celebrada pelo arcebispo de Curitiba (PR), dom José Antonio Peruzzo, presidente da PPI no domingo 28 de julho para comemorar o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.
“A velhice não é uma fraqueza”, disse dom Peruzzo à ACI Digital. “É uma forma de sabedoria possível para quem consegue ao longo dos anos, perceber a realidade da vida, como vencer seus limites e ao mesmo tempo como sonhar com um futuro que seja rico de promessas. E aí, entra a fé e o lugar de Deus. Aquele Deus revelado por Jesus Cristo, que confere sentido até à morte. Se não, a velhice é apenas um anúncio do fim”.
Em um vídeo de divulgação da 4ª Jornada Mundial dos Avós e das Pessoas Idosas, dom Peruzzo ressaltou que esta data “tem uma relevância eclesial muito grande” e por isso, todos são chamados “a tomar consciência, quer da grandeza desta causa e também da nobreza do nosso futuro”, visto que, “falar da velhice é falar do futuro”.
“Quase sempre associamos o futuro com os jovens, mas os tempos mostram sua veracidade e seu caminho irrefreável”, disse o arcebispo. “Quem tem atenção com os idosos e apreço e encanto saberá conferir sentido à própria juventude. Quem ignora os idosos está a ferir o seu próprio futuro”.
Para ele, a celebração com os avós e idosos não é “algo somente para a pastoral da pessoa idosa”, mas todos são chamados a “pensar sobre o sentido da velhice” e convidou aos fiéis a cuidarem “dos idosos hoje, para que no futuro, haja quem saiba compreender a nossa realidade mais segura”, visto que “vamos envelhecer. Esperamos isso, inclusive. Mas com sentido. De outro modo, seria um vazio ameaçador”.
O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos foi instituído pelo papa Francisco ao final da oração do Ângelus do dia 31 de janeiro de 2021 e sua celebração ocorre anualmente no quarto domingo de julho, perto da festa dos santos Joaquim e Ana, os avós de Jesus, que se celebra no dia 26 de julho.
Francisco escolheu para este quarto ano o tema: "Na velhice não me abandones” (71,9). Deus nunca abandona os seus filhos; nem sequer quando a idade vai avançada e as forças já declinam, quando os cabelos ficam brancos e a função social diminui, quando a vida se torna menos produtiva e corre o risco de parecer inútil”, disse o papa na mensagem para o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. “Não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias”.
Em abril, o papa disse durante um evento com idosos, avós e netos da Itália que os "idosos não devem ser deixados sozinhos, mas viver em família". Dom Peruzzo contou a ACI Digital estudou na Europa e pôde ver “muitos idosos estão imersos na solidão”. Para ele, isto também está acontecendo “aqui no Brasil, nas grandes cidades, especialmente naquelas áreas históricas”.
“É incrível os habitantes desses apartamentos são quase sempre idosos, os filhos cresceram, foram para os seus bairros, construíram suas famílias e os idosos estão mergulhados em situações dramáticas de solidão e de depressão”, disse o arcebispo. “Mas não é só nos centros das grandes cidades, também nos bairros e também no interior, quando tudo está associado a produtividade, a resultados, a competitividade o idoso perde as forças e se interpretarmos a realidade partindo desses princípios, e o mundo e nosso tempo, nossa cultura, nossa realidade está descartando pessoas”.
“Não é apenas a questão física ou psicológica”, pontuou dom Peruzzo, é ”a falta de amor, de convívio, de comunhão, de ter alegria de viver, de poder promover relacionamentos, mergulharem em atmosferas de gratuidade e também não é só porque não podem oferecer, tem muito a oferecer daquele tipo de sabedoria que confere sentido à vida”.
“O tema da dignidade inviolável da pessoa humana é uma herança do cristianismo para o mundo ocidental e um sinal angustiante, qualquer um que prepare a sua velhice ou quem tem a idosos em sua casa”, disse dom Peruzzo.
“Daí a urgência de quem crê na dignidade da vida, oferecer as melhores forças de sua criatividade e recursos para que o idoso vizinho, o seu idoso mais próximo, talvez da sua família tenha carinho e cuidados por ele porque ele é o melhor retrato do futuro de cada um”, disse o arcebispo.
Para dom Peruzzo, “mas não bastam apenas cálculos e avaliações de tipo socioeconômico, de tipo sociológico ou de qualquer outra ordem. É preciso olhar o outro a partir da dor do outro. O nome disso é misericórdia e aqui entramos na melhor linguagem da misericórdia, que é a do Senhor Jesus”.
Hoje é celebrado são Pantaleão, médico mártir cujo sangue se torna líquido
Por Redação central
27 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (27), é celebrada a festa de são Pantaleão, um médico mártir nascido no final do século III na Nicomédia (atual Turquia). O que se conhece sobre ele está em um antigo manuscrito do século IV que se encontra no Museu Britânico.
Era filho de mãe cristã, mas se deixou levar pela vida do mundo pagão e rechaçou a fé. Pantaleão chegou a ser um prestigioso médico.
Um bom cristão chamado Hermolau o incentivou a conhecer “a cura proveniente do mais alto” e o levou à Igreja. Desse modo, aos poucos se entregou ao serviço de Cristo atendendo seus pacientes em Nome do Senhor.
Naquela época começou a perseguição de Diocleciano na Nicomédia. Pantaleão deu tudo o que tinha aos necessitados e alguns médicos invejosos o delataram às autoridades. Foi preso junto com Hermolau e outros cristãos.
O imperador queria salvá-lo em segredo e lhe disse para renunciar a sua religião, mas Pantaleão se negou e, com a ajuda de Deus, curou milagrosamente um paralítico para demonstrar a verdade da fé.
Assim, o santo foi condenado a ser decapitado com seus companheiros. Morreu em 27 de julho no início do século IV, aos 29 anos.
Diz-se que tentaram matá-lo de seis formas diferentes: com fogo, com chumbo derretido, afogando-o, jogando-o às feras, torturando-o em uma roda e atravessando-lhe uma espada. Mas, com a ajuda do Senhor, ficou ileso. Quando foi decapitado, a árvore onde aconteceu o martírio floresceu no mesmo instante.
Algumas relíquias de seu sangue são conservadas em Constantinopla (Turquia), Ravello (Itália) e no Real Mosteiro da Encarnação em Madri (Espanha), que é custodiado pelas religiosas Agostinianas Recoletas.
Nesta cidade espanhola, seu sangue permanece em estado sólido quase todo o ano e ocorre o milagre da liquefação (torna-se líquido) perto da festa do santo, data na qual as religiosas abrem as portas ao público para que apreciem o fato.
sexta-feira, 26 de julho de 2024
Cinco chaves para entender melhor a encíclica Humanae Vitae
Por Andrés Henríquez
25 de jul de 2024 às 15:35
Em 25 de julho de 1968, o papa são Paulo VI publicou Humanae vitae, encíclica sobre controle da natalidade condenando os métodos contraceptivos artificiais, documento que já naquela época, logo depois do Concílio Vaticano II, foi rejeitado até por cardeais e bispos.
O documento, publicado no início da revolução sexual, continua a gerar reações divergentes. É conveniente aprofundar cinco pontos que permitem entender melhor a encíclica, o contexto em que foi escrita, sua mensagem profética e sua validade até hoje:
1. Magistério ordinário, definitivo e irreformável
Padres, teólogos e leigos costumam afirmar que a encíclica pertence apenas ao magistério ordinário de um papa e que, como tal, seu conteúdo pode mudar com outro sucessor. No entanto, a Humanae Vitae foi apoiada pelos papas que sucederam são Paulo VI.
São João Paulo II chegou a afirmar em 1987 que "o que foi ensinado pela Igreja sobre a contracepção não pertence à matéria livremente disputada pelos teólogos" e que "ensinar o contrário equivale a enganar a consciência moral dos cônjuges".
O papa polonês também sustentou em discurso no ano seguinte que a doutrina católica sobre a contracepção pertence à doutrina moral da Igreja e que isso foi proposto "com continuidade ininterrupta", porque é "uma verdade que não pode ser contestada".
Assim, a doutrina de uma encíclica faz parte do magistério ordinário, mas, se for feita de modo contínuo e definitivo, é irreformável, mesmo que não seja infalível.
2. A Humanae Vitae é uma encíclica profética
Várias vozes católicas classificaram a encíclica como "profética e oportuna".
Em 1968, a discussão sobre contraceptivos artificiais estava em sua infância, mas o documento não significava apenas uma resposta concreta ao debate em torno da ética sexual, "mas significava na época, e continua a significar, uma recusa da Igreja, clara e explícita, em se curvar às propostas e demandas da revolução sexual", segundo a Conferência Episcopal Espanhola.
Em 2018, o então arcebispo de Varsóvia-Praga, Polônia, dom Henryk Hoser, disse que a voz do papa são Paulo VI na Humanae Vitae foi profética sobre os contraceptivos, pois "previu que sua aplicação abriria o caminho mais fácil para a infidelidade conjugal e o declínio geral dos nascimentos".
O arcebispo também disse que a encíclica é sempre atual porque o amor conjugal "carnal ou espiritual, deve combinar essas duas dimensões" e que deve ser sempre um amor "desprovido de egoísmo".
Seis dados que talvez não saiba sobre a vida de são Joaquim e sant’Ana
Por Redação central
26 de jul de 2024 às 01:00
Hoje (26), a Igreja celebra a festa de são Joaquim e sant’Ana, os avós de Jesus; por isso oferecemos alguns dados que talvez você não conheça sobre suas vidas e para que se anime a pedir a sua intercessão.
1. Seus nomes aparecem nos evangelhos apócrifos
Segundo indica a Enciclopédia Católica, a menção a Joaquim e Ana como os pais de Nossa Senhora aparece nos evangelhos apócrifos: "evangelho de São Tiago", o "evangelho da Natividade da Santíssima Virgem" e no "Livro da natividade da Santa Virgem Maria e a infância do Salvador".
2. São Joaquim se retirou por 40 dias no deserto
O evangelho apócrifo de São Tiago narra que um dia o Sumo Sacerdote do Templo de Jerusalém não quis aceitar a oferta de Joaquim porque ele era de idade avançada e não tinha filhos.
Entristecido, o santo decidiu se retirar para o deserto, onde passou 40 dias rezando e jejuando a Deus como penitência por seus pecados e implorando-lhe que lhe concedesse a bênção de ter filhos.
3. Um anjo disse a sant’Ana que ela ficaria grávida
Segundo a tradição, depois que o esposo partiu para o deserto, Sant’Ana se entristeceu e rezava e jejuava por ele. Também pedia fervorosamente a Deus a graça de ter um filho, já que sofria humilhações por causa de sua esterilidade.
Como resposta às suas orações, um anjo lhe apareceu e disse: "Ana, o Senhor escutou tua oração: conceberás e darás a luz a uma filha santíssima, diante de cuja presença todos se ajoelharão e bendirão porque trará a salvação ao mundo; seu nome será Maria”.
São Joaquim também recebeu a visita do anjo no deserto e voltou para casa.
4. Consagraram sua única filha ao Senhor
A tradição também assinala que, três anos após o nascimento da Virgem Maria e depois do período de amamentação, são Joaquim e sant’Ana levaram a menina ao templo para consagrá-la ao Senhor.
5. Ensinaram Maria a escutar e fazer a vontade de Deus
Em uma ocasião, o papa Francisco disse que em sua casa, a Virgem Maria "cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade".
"São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé e o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!", expressou.
6. Iam passear com Jesus no Monte Carmelo
Uma antiga tradição da Igreja Católica indica que o Menino Jesus ia com frequência ao Monte Carmelo (Israel) para rezar e passear junto com seus pais, São José e Santa Maria, e seus avós, são Joaquim e sant’Ana.
Os habitantes da região tinham muito carinho por eles. Séculos depois, os carmelitas expandiram a devoção ao Divino Menino.
Memória de Santa Ana e São Joaquim, Dia dos Avós: o olhar terno do Papa Francisco
Thulio Fonseca - Vatican News
A memória dos santos Joaquim e Ana, pais da Virgem Maria e avós de Jesus, que a Igreja celebra neste dia 26 de julho, representa um forte testemunho e um chamado a refletir sobre a importância dos avós nos dias de hoje. Este tema tem sido frequentemente abordado pelo Papa Francisco, especialmente no que se refere ao diálogo entre as gerações, ao combate à cultura do descarte e à valorização e escuta dos idosos.
Logo no início de seu pontificado, em julho de 2013, Francisco, da varanda do Arcebispado do Rio de Janeiro, durante a oração do Angelus, dirigida aos milhares de jovens de todo o mundo que haviam ido ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, aproveitou a oportunidade para refletir sobre um assunto que, desde então, se tornaria um dos mais recorrentes em seus discursos como Papa. Retomando o Documento de Aparecida, no qual ele havia trabalhado como cardeal, destacou: "As crianças e os idosos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas."
Cultura da vida
Através de gestos, discursos, audiências e encontros inesperados, especialmente em viagens, o Santo Padre sempre faz questão de oferecer sua atenção aos anciãos, com respeito e afeto para os que vivem esta fase da vida. No discurso aos idosos durante o encontro de 15 de outubro de 2016, assim os definia:
“São como as árvores que continuam a dar fruto: mesmo carregados com o peso dos anos, podem dar a sua contribuição original para uma sociedade rica de valores e para a afirmação da cultura da vida.”
A sabedoria dos idosos
Durante uma meditação matutina na Capela da Casa Santa Marta, o Papa recordou uma experiência vivenciada por ele quando era bispo auxiliar de Buenos Aires:
"Era o ano de 1992 e o então bispo auxiliar de Buenos Aires, Bergoglio, estava para celebrar uma crisma quando se aproximou uma senhora idosa, de oitenta anos, com os olhos que viam além, com olhos cheios de esperança. E eu disse-lhe: ‘Avó, a senhora vem para se confessar? Mas não tem pecados!’. À resposta da senhora — ‘Padre, todos temos!’ — Bergoglio retorquiu: ‘Mas talvez o Senhor não os perdoe?’. E a senhora, forte na sua esperança disse: ‘Deus perdoa tudo, porque se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria!’".
A presença da avó Rosa
Durante a Audiência Geral de 11 de março de 2015, ao meditar sobre os avós, considerando o valor e a importância do seu papel na família, o Papa enfatizou que "as palavras dos avós têm algo de especial, para os jovens", e completou: "as palavras que a minha avó me entregou por escrito no dia da minha ordenação sacerdotal as levo ainda comigo, sempre, no breviário e as leio e me faz bem":
“Que estes meus netos, a quem dei o melhor de meu coração, tenham uma vida longa e feliz, mas se em algum dia de dor, a doença ou a perda de uma pessoa amada os encha de desconsolo, que recordem que um suspiro no Tabernáculo, onde está o maior e mais augusto mártir, e um olhar a Maria ao pé da Cruz, podem fazer cair uma gota do bálsamo sobre as feridas mais profundas e dolorosas.”
Para o Papa Francisco, a avó Rosa, italiana que emigrou para a Argentina com sua família, tem grande importância em sua vocação. Quando era Arcebispo de Buenos Aires, o então cardeal Jorge Bergoglio disse em uma entrevista: “uma vez, quando estava no seminário, minha avó me disse: ‘Não esqueças nunca que estás por converter-te em sacerdote e a coisa mais importante para um sacerdote é celebrar a Missa. Celebra a Missa, cada Missa, como se fosse a primeira e a última’”. O Santo Padre também assinalou em outra ocasião: “quem me ensinou a rezar foi a minha avó. Ela me ensinou muito na fé e me contava as histórias dos santos”.
Guardar e construir a história
Em 2022, também no dia dedicado a São Joaquim e Santa Ana, o Pontífice em sua homilia no estádio Edmonton falou dos avós, destacando dois aspectos: "somos filhos de uma história que devemos guardar" e "somos artesãos de uma história a construir", enfatizou:
"Os nossos avós e os nossos idosos desejaram ver um mundo mais justo, mais fraterno e mais solidário, e lutaram para nos dar um futuro. Agora, a nós, cabe não os decepcionar. Sustentados por eles, que são as nossas raízes, toca-nos a nós dar fruto. Somos nós os ramos que devem florescer e introduzir sementes novas na história".
Catequeses sobre a velhice
Em 2022, o Santo Padre propôs aos fiéis um itinerário de catequese sobre o significado e o valor da velhice, marcado pelo exemplo de figuras bíblicas, incluindo Moisés, Eleazar e Judite, que traçam um perfil da pessoa idosa diferente daquele muitas vezes proposto pela cultura atual. Ele destacou que a velhice não apenas torna a pessoa frágil, mas também um testemunho insubstituível capaz de transmitir sabedoria, valores e fé para as novas gerações, como ensina uma das figuras idosas mais relevantes dos Evangelhos, Nicodemos:
"A velhice é a condição, concedida a muitos de nós, na qual o milagre deste nascimento do alto pode ser intimamente assimilado e tornado credível para a comunidade humana: não comunica nostalgia do nascimento no tempo, mas amor pelo destino final. Observai como um avô ou avó olha para os netos, como acaricia os netos: aquela ternura, livre de todas as provas humanas, que superou as provações humanas e capaz de oferecer gratuitamente o amor, a proximidade amorosa de uns aos outros. Esta ternura abre a porta para compreender a ternura de Deus."
IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos 2024
Neste ano, em sua mensagem para o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado no quarto domingo de julho (28/07), e próximo à memória litúrgica dos Santos Joaquim e Ana, avós de Jesus, o Pontífice ofereceu uma reflexão proposta do Salmo 71, "Na velhice, não me abandones" (Sal 71, 9), voltando a tratar da rejeição na melhor idade, quando as pessoas enfrentam contextos de solidão e sentimentos de descarte:
“Neste IV Dia Mundial a eles dedicado, não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente. À atitude egoísta que leva ao descarte e à solidão, contraponhamos o coração aberto e o rosto radioso de quem tem a coragem de dizer ‘não te abandonarei!’ e de seguir um caminho diferente.”
Indulgência plenária
Também por ocasião do IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a Penitenciaria Apostólica concederá indulgência plenária aos avós, idosos e fiéis que participarem das celebrações, conforme as condições habituais: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Papa. Esta indulgência também pode ser aplicada como sufrágio pelas almas do purgatório e os idosos doentes e todos os que, "impossibilitados de sair de casa por grave motivo, unirem-se espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial, oferecendo a Deus Misericordioso as suas orações, dores e sofrimentos da própria vida, principalmente quando as várias celebrações forem transmitidas pelos meios de comunicação social".
(vaticannews)
Hoje a Igreja celebra são Joaquim e sant’Ana, padroeiros dos avós
Por Redação central
26 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (26) é celebrada na Igreja Católica a festa dos pais da santíssima Virgem Maria e avós de Jesus, são Joaquim e sant’Ana.
Ambos os santos, chamados padroeiros dos avós, foram pessoas de profunda fé e confiança em Deus; foram os encarregados de educar no caminho da fé sua filha Maria, alimentando seu amor pelo Criador e preparando-a para sua missão.
Bento XVI, em um dia como este em 2009, destacou – através das figuras de ssão Joaquim e sant’Ana – a importância do papel educativo dos avós, que na família “são os depositários e muitas vezes as testemunhas dos valores fundamentais da vida”.
Em 2013, quando estava no Rio de Janeiro (Brasil) para a Jornada Mundial da Juventude, coincidindo sua estadia com esta data, o papa Francisco destacou que “são Joaquim e sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!”.
“Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de são Joaquim e sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família”, acrescentou o papa.
quinta-feira, 25 de julho de 2024
Hoje é festa de são Tiago Maior, apóstolo e padroeiro da Espanha
Por Redação central
25 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (25) a Igreja celebra a festa de são Tiago Maior, um dos doze apóstolos escolhidos pelo Senhor e que é representado vestido como um peregrino ou como um soldado montado em um cavalo branco em atitude de luta. São Crisóstomo disse que ele foi o apóstolo mais ousado e corajoso.
O “filho do trovão”, como Jesus chamou Tiago e seu irmão são João evangelista, é padroeiro da Espanha e de sua cavalaria, assim como dos peregrinos, veterinários, equitadores e de várias cidades do mundo. Algumas cidades inclusive levam o seu nome em países como Chile, República Dominicana, Cuba entre outros.
O nome de são Tiago vem das palavras Sant Iacob, do hebraico Jacob. Durante as batalhas, os espanhóis costumavam gritar “Sant Iacob, ajude-nos” e, ao dizê-lo rápido e repetitivamente, soava como são Tiago.
Foi testemunho com João e Pedro da transfiguração do Senhor no Monte Tabor, da pesca milagrosa e da oração de Jesus no Jardim do Getsêmani, entre as passagens mais representativas.
A tradição conta que chegou à Espanha para proclamar o Evangelho. A catedral de Santiago de Compostela é considerada seu principal santuário, para onde milhares de pessoas peregrinam todos os anos, desejosos de percorrer o Caminho de Compostela.
Em 9 de novembro de 1982, quando são João Paulo II visitou esta catedral espanhola, fez um chamado à Europa para reavivar os “valores autênticos”, porque os outros continentes “olham para ti e esperam também de ti a mesma resposta que são Tiago deu a Cristo: ‘Eu posso’”.
“Eu, sucessor de Pedro na Sé de Roma, uma Sé que Cristo quis colocar na Europa e que ama pelo seu esforço na difusão do Cristianismo no mundo; Eu, bispo de Roma e pastor da Igreja universal, de Santiago, te lanço, velha Europa, um grito cheio de amor: Volta a encontrar-te. Sê tu mesma. Descobre as tuas origens. Reaviva as tuas raízes”, expressou o santo polonês.
O apóstolo Tiago é conhecido também por ter preparado o caminho para que a Virgem Maria fosse reconhecida como um “Pilar” da Igreja.
O papa Francisco, em fevereiro de 2014, ao refletir sobre os conflitos armados, assinalou que são Tiago nos dá um conselho simples: “Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês”.
quarta-feira, 24 de julho de 2024
Oito dados sobre a vida de são Chárbel, o santo que une cristãos e muçulmanos
Por Redação central
24 de jul de 2024 às 01:00
Hoje (24) é celebrada a festa de são Charbel Makhlouf, sacerdote católico, monge e eremita pertencente ao rito maronita, conhecido por ter realizado milhares de milagres em vida, inclusive a muçulmanos e pessoas de outras religiões. A seguir, uma lista com dados interessantes sobre sua vida.
1. Nasceu no Líbano
São Charbel nasceu em 1828, Joseph Antoun Makhlouf, no povoado libanês de Beqa-Kafra. Era o caçula de cinco irmãos e seus pais eram simples e devotos agricultores maronitas.
2. Buscava a santidade desde criança
Conta-se que o sonho de Joseph era a santidade. Inclusive quando ainda era criança, ia sozinho a uma gruta para rezar. Cresceu com o exemplo dos seus dois tios, ambos eremitas.
3. O nome Charbel está inspirado em um santo da igreja primitiva
Aos 23 anos, deixou sua família em silêncio. Viajou mais de um dia a pé até chegar ao Mosteiro de Nossa Senhora do Líbano, onde começou o noviciado. Quando se juntou à ordem dos monges maronitas libaneses no Mosteiro de São Maron, em Annaya, escolheu o nome de Charbel em homenagem a um mártir do século II.
4. Foi eremita e asceta
O santo viveu 19 anos no Mosteiro de São Maron, muito dedicado à oração, penitência, trabalho manual e silêncio contemplativo. Também viveu um ascetismo rigoroso e uma profunda união com Deus durante os últimos 23 anos de sua vida em uma ermida.
A única perturbação que teve foi o grande número de visitantes que chegavam atraídos por sua reputação de santidade, para buscar conselhos, a promessa de oração ou algum milagre.
4. É o primeiro santo do Líbano
Charbel foi beatificado em 5 de dezembro de 1965 e canonizado em 9 de outubro de 1977, sendo o primeiro santo do Líbano e o primeiro santo oriental a ser canonizado desde o século XIII.
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O Papa São Paulo VI comentou na cerimônia de beatificação: “Que símbolo de união entre o Oriente e o Ocidente! Toda a sua existência centrou-se completamente na celebração da Missa, na oração silenciosa diante do Santíssimo Sacramento e na prática heroica das virtudes da obediência, pobreza e castidade”.
5. Sofreu uma paralisia que causou a sua morte
Em 1898, o Pe. Charbel sofreu uma hemiplegia (paralisia de um lado do corpo) ao celebrar a Missa. Morreu oito dias depois, na véspera de Natal, aos 70 anos.
6. Seu corpo foi encontrado incorrupto
Dizem que após a sua morte, apareceu uma luz deslumbrante em torno de seu túmulo. Quando foi aberto quatro meses depois, o corpo do eremita estava incorrupto, secretando sangue e suor. Seu corpo continuou sangrando por muitos anos, e às vezes a substância brotava das paredes de seu túmulo.
7. Viveu como eremita, mas foi muito popular após sua morte
O humilde eremita que só sabia rezar, guardar silêncio, obedecer e fazer penitência tornou-se conhecido em todo o mundo. Em 1952, o Mosteiro de São Maron havia recebido 130 mil cartas de 95 nações, algumas pedindo qualquer coisa que tivesse entrado em contato com o santo monge e outras expressando gratidão pelos favores recebidos.
Além disso, São Charbel recebe cerca de 4 milhões de visitantes por ano, incluindo cristãos e muçulmanos.
8. Realizou milhares de milagres e continua realizando-os
Segundo o Mosteiro de São Maron, desde o início dos prodígios realizados por São Charbel, existem cerca de 29 mil milagres documentados no arquivo do mosteiro. Todos os anos, ocorrem cerca de 100 milagres através de sua intercessão, dos quais pelo menos 10% dos destinatários são pessoas não-batizadas, incluindo muçulmanos, drusos, judeus e ateus.
Antes de 1950, os milagres eram verificados apenas através do testemunho de um sacerdote. Agora, com a mais avançada tecnologia médica disponível, são necessários documentos médicos para demonstrar a doença inicial da pessoa e, posteriormente, uma boa saúde inexplicável.
Hoje é celebrado são Charbel Makhlouf, exemplo de vida consagrada e mística
Por Redação central
24 de jul de 2024 às 00:01
São Charbel Makhlouf foi um asceta e religioso do Líbano pertencente ao rito maronita e o primeiro santo oriental canonizado desde o século XIII.
Este santo nasceu em 8 de maio de 1828 em Beqaa-Kafra, o lugar habitado mais alto do Líbano. Cresceu com o exemplo dos seus tios, ambos eremitas. Aos 23 anos, deixou sua casa em segredo e entrou no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfuq, tomando o nome de uma mártir sírio: Charbel.
Fez os votos solenes em 1853 e foi ordenado sacerdote em 1859 por dom José Al Marid, sob o patriarcado de Paulo I Pedro Masad. Fixou como sua residência o mosteiro de São Maron, em Annaya, que se encontra a 1067 metros acima do nível do mar.
Padre Charbel viveu nessa comunidade por 15 anos, sendo um monge exemplar, dedicado à oração, ao apostolado e à leitura espiritual.
Tempos depois, sentiu o chamado à vida eremita e, em 13 de fevereiro de 1875, recebeu a autorização para colocá-la em prática. Desde esse momento até a sua morte em 1898, dedicou-se à oração (rezava 7 vezes por dia a Liturgia das Horas), à ascese, à penitência e ao trabalho manual. Comia uma vez por dia e permanecia em silêncio.
A única perturbação à sua oração vinha pela quantidade de visitantes que chegavam atraídos por sua reputação de santidade. Esses buscavam conselho, a promessa de oração ou algum milagre.
Foi beatificado pelo papa Paulo VI em 5 de dezembro de 1965, durante o encerramento do Concílio Vaticano II, e sua canonização aconteceu em 9 de outubro de 1977, durante o Sínodo Mundial dos Bispos.
Sua devoção se estendeu no Líbano, mas também cruzou fronteiras até a América.