segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

NOSSA SENHORA DE LOURDES: FESTA


 “Eu sou a Imaculada Conceição!”

Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
O dia dessa solene proclamação foi de incomparável alegria, jamais esquecido, e deve-se recordá-lo sempre para honra e glória da obra-prima da criação, a Mãe Puríssima do Divino Infante
Oscar Vidal
Há 150 anos uma alegria intensíssima encheu de júbilo as fileiras católicas do mundo inteiro: a notícia da proclamação do dogma da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem.
O Bem-aventurado Papa Pio IX, fundamentado na Sagrada Escritura e no testemunho constante da Tradição (a transmissão oral passada de geração a geração), e por virtude do Magistério infalível, declarou ser de revelação divina que Maria Santíssima foi totalmente isenta do pecado original, desde o primeiro instante de sua concepção, consignado como está na Bula Ineffabilis Deus, de 8 de dezembro de 1854.
Tal declaração revestiu-se de especial esplendor, pois, ao mesmo tempo que representava uma glória para Nossa Senhora e a Santa Igreja, era também um triunfo sobre o liberalismo e o ceticismo que corroíam a Civilização Cristã, que afrontavam o Vigário de Cristo e os direitos da Santa Sé, naqueles meados do século XIX. Período esse conturbado por revoluções anticatólicas em várias partes do mundo, desencadeadas sobretudo pelos propugnadores do racionalismo, do naturalismo e do anarquismo — inimigos da Igreja, fulminados por aquele Pontífice em diversos documentos.
Foi enorme o aplauso entusiástico que reboou entre os católicos da Terra inteira, porque o singular privilégio da Imaculada Conceição(1) — no qual incontáveis santos, teólogos e fiéis em geral sempre creram desde os primórdios do cristianismo, e ao longo de todos os séculos — por fim era definido como verdade de fé.(2)
Confirmação do dogma
Para esse bendito dia o mundo católico já estava preparado. A Santíssima Virgem, Ela própria, fizera tal preparação: em 1830, recomendara a Santa Catarina Labouré a difusão da Medalha Milagrosa, contendo a jaculatória mundialmente conhecida: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.!(3)
Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, no dia 25 de março de 1858, em Lourdes, Nossa Senhora confirma tal verdade de fé. Quando a pequena vidente Bernadette Soubirous perguntou-Lhe quem era Ela, Nossa Senhora, depois de estender os braços — como se vê na Medalha Milagrosa —,  juntou as mãos à altura do coração e respondeu: Eu sou a Imaculada Conceição!”

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Notas:
1. “Imaculada Conceição: Significa que, desde o primeiro instante de sua concepção, a Bem-aventurada Virgem Maria possuía a justiça e a santidade ou graça, com as virtudes infusas e os dons do Espírito Santo, e a integridade da natureza” (Cardeal Gasparri, Catéchisme Catholique, Nazareth, Chabeuil (Drôme), 1959, p. 73).
2. Dogma, ou seja, as verdades nas quais todos católicos devemos crer.
3. Vide Catolicismo, nº 647, novembro/2004, p. 36.



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