quinta-feira, 31 de agosto de 2017

"Viramos ainda mais fãs do Papa", diz Follmann, da Chapecoense


Cidade do Vaticano (RV) – Nem eles acreditavam que um dia poderiam conhecer o Papa Francisco tão de pertinho e, o melhor, receber uma bênção especial e individual do Santo Padre.

Alan Ruschel, um dos sobreviventes do acidente aéreo que envolveu o time da Chapecoense em novembro do ano passado e que vitimou mais de 70 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e jornalistas que viajavam para a Colômbia, diz ter vivido um momento único junto ao Papa Francisco na manhã desta quarta-feira (30), na Praça São Pedro.

Alan Ruschel - “Eu que fui muito abençoado por Deus depois de tudo que aconteceu, chegar aqui e ter a bênção do Papa, ter a presença dele pertinho, botando a mão na minha cabeça, abençoando o meu terço, acho que não tem coisa melhor e mais satisfatória, então estou muito feliz pelo que estou vivendo.”

Outro sobrevivente da tragédia da Chapecoense, Jackson Follmann, estava junto com a delegação na Audiência Geral. O atleta, que virou embaixador do time catarinense, faz coro com o colega de profissão e com quem dividiu, lado a lado, a pior noite da sua vida e, nesta quarta-feira, aquela manhã realmente inesquecível.

Jackson Follmann - “Com certeza um momento histórico que ficará marcado para o resto da minha vida, porque consegui vir até Roma e ir até o Vaticano para receber a bênção do Papa. Isso foi uma alegria e uma emoção muito grande! Um momento ímpar, acho que não só pra mim, mas pra todo mundo que estava ali. E o Papa foi muito humilde, foi muito gentil em poder vir até a gente e cumprimentar a todos. A gente ainda teve a sorte dele chegar, e dar a bênção pra mim e pro Alan. Isso nos deixou muito motivado pra tocar a nossa vida, pra gente poder dar sequência também à nossa recuperação. Uma motivação a mais, uma bênção a mais, ainda mais vindo do Papa, então, é uma manhã que vai ficar marcada para o resto das nossas vidas, com certeza.”

Alan Ruschel estará em campo na sexta-feira (1) no jogo amistoso contra o Roma, no Estádio Olímpico. O atleta acredita que a vida deles, como sobreviventes e abençoados – agora inclusive pelo Papa, consegue inclusive direcionar o caminho do resto da equipe:

“A gente tenta ser um espelho pra eles de um modo positivo, ser um exemplo bom. Tudo aquilo de bom que a gente tenta passar pra eles são as coisas boas que a vida nos oferece e nos apresenta, e que eles aproveitem da melhor maneira possível. Foi isso que a gente fez hoje e, acredito, que eles também.”

Um exemplo de vida e de paixão pelo esporte que acabou se refletindo ainda mais na figura do Papa Francisco, de quem viraram ainda mais fã, como declara Follmann:

“O Papa, poxa, o Papa, além de ser o nosso Papa é um amante do futebol. E a energia que ele passa pros fiéis, pras pessoas, é uma energia muito contagiante! Isso nos deixou muito à vontade também e viramos ainda mais fãs do Papa.” 

(AC)
(radiovaticana)


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Palavra de Vida – agosto 2017



«O Senhor é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras»(Sl 145, 9).

Este salmo é um canto de glória e de celebração da realeza do Senhor, que domina sobre toda a História. Trata-se de uma realeza eterna e majestosa, mas que se exprime em justiça e em bondade, assemelhando-se mais à proximidade de um pai do que à autoridade de um poderoso.
Este hino, cujo protagonista é o próprio Deus, revela a sua imensa ternura, semelhante à de uma mãe: Ele é misericordioso, compassivo, lento em irar-se. O seu amor e bondade superabundam para com todos…
A bondade de Deus manifesta-se em favor do povo de Israel, mas estende-se sobre tudo o que saiu das suas mãos criadoras, sobre cada pessoa e sobre toda a Criação.
No final do salmo, o autor convida todos os seres vivos a associarem-se a este canto, para que o seu anúncio se multiplique num harmonioso coro a muitas vozes:
«O Senhor é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras».

Deus confiou a Criação às mãos diligentes do homem e da mulher, como se fosse um “livro” aberto onde se descreve a sua bondade. Eles são chamados a colaborar na obra do Criador, acrescentando páginas de justiça e de paz, e caminhando segundo o Seu desígnio de amor.
Mas, infelizmente, aquilo que vemos ao nosso redor são as imensas feridas infligidas a pessoas, muitas vezes indefesas, e também à Natureza. Isto deve-se à indiferença de muitos e ao egoísmo e voracidade de quem explora as grandes riquezas do ambiente, meramente para os seus interesses, em prejuízo do bem comum.
Nos últimos anos, no mundo cristão, foi-se ganhando uma maior consciência e sensibilidade para se respeitar a Criação. Nesta perspetiva, podemos recordar os múltiplos e autorizados apelos que encorajam a descobrir a Natureza, qual espelho da bondade divina e património de toda a Humanidade.
O Patriarca Ecuménico Bartolomeu I assim se expressou, na sua Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, no ano passado: «Exige-se de nós uma contínua vigilância, formação e ensino, de modo que se torne clara a relação da atual crise ecológica com as paixões humanas […], cujo […]resultado e fruto é a crise ambiental que vivemos. Portanto, o único caminho possível é o regresso à antiga beleza da moderação e da ascese, que podem conduzir à sábia gestão do ambiente natural. De facto, a ganância pela satisfação das necessidades materiais conduz, sem dúvida, à pobreza espiritual do homem, a qual comporta a destruição do ambiente natural» (1).

E o Papa Francisco, no documento ’Laudato si’, escreveu: «O cuidado pela natureza faz parte de um estilo de vida, que implica capacidade de viver juntos e de comunhão. Jesus lembrou-nos que temos Deus como nosso Pai comum e que isto nos torna irmãos. O amor fraterno só pode ser gratuito […]. Esta mesma gratuidade leva-nos a amar e a aceitar o vento, o sol ou as nuvens, embora não se submetam ao nosso controlo. […] É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, e que vale a pena ser bons e honestos» (2).

Aproveitemos então os momentos livres, mas também todas as ocasiões durante o dia, para olhar para a profundidade do céu, para a majestade das serras e para a vastidão do mar, ou para o pequeno fio de erva que despontou à beira da estrada. Isso ajudar-nos-á a reconhecer a grandeza do Criador “amante da vida” e a reencontrar a raiz da nossa esperança na sua infinita bondade, que tudo envolve e acompanha.
Escolhamos para nós e para a nossa família um estilo de vida sóbrio, que respeite as exigências do ambiente e que seja compatível com as necessidades dos outros, para nos enriquecermos de amor. Partilhemos, os bens da Terra e do trabalho, com os irmãos mais pobres. Fazendo-nos portadores de ternura, benevolência e reconciliação com o nosso ambiente, seremos testemunhas desta plenitude de vida e de alegria.
Letizia Magri
(focolares)


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Anunciada viagem do Papa a Mianmar e Bangladesh





Cidade do Vaticano (RV) – A Sala de imprensa da Santa Sé comunicou na manhã desta segunda-feira (28/09) que o Papa Francisco aceitou o convite dos Chefes de Estado e Bispos de Mianmar e Bangladesh e fará uma visita a ambos os países.

De 27 a 30 de novembro, o Papa estará em Mianmar e irá à capital, Yangon, e Nay Pyi Taw. Em seguida, de 30 de novembro a 2 de dezembro, visitará Daca, em Bangladesh.

O programa da viagem será publicado proximamente.

Em maio passado, Francisco recebeu no Vaticano a líder do governo de Mianmar e vencedora em 1991 do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em um encontro que marcou o início das relações diplomáticas bilaterais. Mianmar tem maioria budista e os cristãos são uma pequena parte da população. Francisco será o primeiro Papa a tocar aquele solo.

De maioria muçulmana, Bangladesh, por sua vez, recebeu em 1986 o Papa João Paulo II.

Em seu projeto de ‘internacionalizar’ o colégio cardinalício, o Papa Francisco nomeou os primeiros cardeais na história destes dois países: o arcebispo de Daca, Patrick D'Rozario, e o arcebispo de Yangon, Charles Bo.

O lema da viagem em Bangladesh é “Harmonia e Paz” e o de Mianmar é “Amor e Paz”.

Além de promover o diálogo entre as religiões, com esta viagem Francisco chama a atenção para a perseguição que a minoria Rohingya sofre em Mianmar, denunciada e mencionada neste domingo (27/08) pelo Papa no encontro dominical para a oração do Angelus.

Mais de um milhão de Rohingya vivem em Rakhine, onde sofrem uma crescente discriminação desde o início da violência sectária de 2012 que deixou 160 mortos e cerca de 120 mil confinados em 67 campos de deslocados. O drama desta etnia impressionou a opinião pública em 2015, quando num êxodo maciço, velhas embarcações com centenas de pessoas sem alimentos não puderam atracar em nenhum país limítrofe, pois todos se recusavam em acolhê-los. 

(cm)

(radiovaticana)
Austrália condena Pyongyang por lançamento de míssil
que sobrevoou Japão

O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, condenou hoje, "nos termos mais fortes", o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil que atravessou o espaço aéreo do Japão, defendendo a aplicação de mais sanções económicas a Pyongyang.

Os Estados Unidos confirmaram que um míssil lançado pela Coreia do Norte pelas 06:30 (23:00 de segunda-feira em Lisboa), que caiu no Oceano Pacífico perto da costa oriental da ilha de Hokkaido, sobrevoou o território japonês.

"O regime norte-coreano continua, de forma temerária, a ameaçar a paz e a estabilidade da região e do mundo. Instamos todos os países a impor as mais duras sanções estipuladas pelo Conselho de Segurança [da ONU] contra a Coreia do Norte, e é de vital importância que a China se junte", afirmou Malcolm Turnbull à rádio 5AA.