"Viramos ainda mais fãs do
Papa", diz Follmann, da Chapecoense
Cidade do Vaticano (RV) – Nem eles acreditavam
que um dia poderiam conhecer o Papa Francisco tão de pertinho e, o melhor,
receber uma bênção especial e individual do Santo Padre.
Alan Ruschel, um dos
sobreviventes do acidente aéreo que envolveu o time da Chapecoense em novembro
do ano passado e que vitimou mais de 70 pessoas, entre jogadores, comissão
técnica e jornalistas que viajavam para a Colômbia, diz ter vivido um momento
único junto ao Papa Francisco na manhã desta quarta-feira (30), na Praça São
Pedro.
Alan Ruschel - “Eu que fui muito abençoado por
Deus depois de tudo que aconteceu, chegar aqui e ter a bênção do Papa, ter a
presença dele pertinho, botando a mão na minha cabeça, abençoando o meu terço,
acho que não tem coisa melhor e mais satisfatória, então estou muito feliz pelo
que estou vivendo.”
Outro sobrevivente
da tragédia da Chapecoense, Jackson Follmann, estava junto com a delegação na
Audiência Geral. O atleta, que virou embaixador do time catarinense, faz coro
com o colega de profissão e com quem dividiu, lado a lado, a pior noite da sua
vida e, nesta quarta-feira, aquela manhã realmente inesquecível.
Jackson Follmann - “Com certeza um momento histórico que
ficará marcado para o resto da minha vida, porque consegui vir até Roma e ir
até o Vaticano para receber a bênção do Papa. Isso foi uma alegria e uma emoção
muito grande! Um momento ímpar, acho que não só pra mim, mas pra todo mundo que
estava ali. E o Papa foi muito humilde, foi muito gentil em poder vir até a
gente e cumprimentar a todos. A gente ainda teve a sorte dele chegar, e dar a
bênção pra mim e pro Alan. Isso nos deixou muito motivado pra tocar a nossa
vida, pra gente poder dar sequência também à nossa recuperação. Uma motivação a
mais, uma bênção a mais, ainda mais vindo do Papa, então, é uma manhã que vai
ficar marcada para o resto das nossas vidas, com certeza.”
Alan Ruschel estará
em campo na sexta-feira (1) no jogo amistoso contra o Roma, no Estádio
Olímpico. O atleta acredita que a vida deles, como sobreviventes e abençoados –
agora inclusive pelo Papa, consegue inclusive direcionar o caminho do resto da
equipe:
“A gente tenta ser um espelho pra eles de um modo positivo, ser um
exemplo bom. Tudo aquilo de bom que a gente tenta passar pra eles são as coisas
boas que a vida nos oferece e nos apresenta, e que eles aproveitem da melhor
maneira possível. Foi isso que a gente fez hoje e, acredito, que eles também.”
Um exemplo de vida
e de paixão pelo esporte que acabou se refletindo ainda mais na figura do Papa
Francisco, de quem viraram ainda mais fã, como declara Follmann:
“O Papa, poxa, o Papa, além de ser o nosso Papa é um amante do
futebol. E a energia que ele passa pros fiéis, pras pessoas, é uma energia
muito contagiante! Isso nos deixou muito à vontade também e viramos ainda mais
fãs do Papa.”
(AC)
(radiovaticana)