Cidade do Vaticano
(RV) – A Sala de imprensa da Santa Sé comunicou na manhã desta segunda-feira
(28/09) que o Papa Francisco aceitou o convite dos Chefes
de Estado e Bispos de Mianmar e Bangladesh e fará uma visita a ambos os países.
De 27 a 30 de novembro, o Papa
estará em Mianmar e irá à capital, Yangon, e Nay Pyi Taw. Em seguida, de 30 de
novembro a 2 de dezembro, visitará Daca, em Bangladesh.
O programa da
viagem será publicado proximamente.
Em maio passado,
Francisco recebeu no Vaticano a líder do governo de Mianmar e vencedora em 1991
do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em um encontro que marcou o início
das relações diplomáticas bilaterais. Mianmar tem maioria budista e
os cristãos são uma pequena parte da população. Francisco será o primeiro Papa
a tocar aquele solo.
De maioria muçulmana,
Bangladesh, por sua vez, recebeu em 1986 o Papa João Paulo II.
Em seu projeto de
‘internacionalizar’ o colégio cardinalício, o Papa Francisco nomeou os
primeiros cardeais na história destes dois países: o arcebispo de Daca, Patrick
D'Rozario, e o arcebispo de Yangon, Charles Bo.
O lema da viagem em Bangladesh
é “Harmonia e Paz” e o de Mianmar é “Amor e Paz”.
Além de promover o
diálogo entre as religiões, com esta viagem Francisco chama a atenção
para a perseguição que a minoria Rohingya sofre em Mianmar, denunciada
e mencionada neste domingo (27/08) pelo Papa no
encontro dominical para a oração do Angelus.
Mais de um milhão
de Rohingya vivem em Rakhine, onde sofrem uma crescente discriminação desde o
início da violência sectária de 2012 que deixou 160 mortos e cerca de 120 mil
confinados em 67 campos de deslocados. O drama desta etnia impressionou a
opinião pública em 2015, quando num êxodo maciço, velhas embarcações com
centenas de pessoas sem alimentos não puderam atracar em nenhum país limítrofe,
pois todos se recusavam em acolhê-los.
(cm)
(radiovaticana)
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