sexta-feira, 31 de julho de 2020
JMJ: recordando o Encontro com Francisco em 2016 na Polónia
A JMJ regressa à Europa com a edição de 2023 em Portugal, depois do Panamá em 2019. Recordamos aqui a última edição no Velho Continente que foi em Cracóvia, na Polónia, em julho de 2016.
Rui Saraiva – Porto
No passado mês de abril o Papa Francisco adiou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que vai ter lugar em Portugal. Esta passou de 2022 para 2023. Em tempo de pandemia foi a solução encontrada para organizar, com a devida segurança, este grande evento de juventude que tem encontro marcado para o mês de agosto de 2023.
A JMJ regressa, assim, à Europa após a sua edição no continente americano no Panamá em 2019. A última edição no Velho Continente foi na Polónia precisamente há quatro anos atrás no final do mês de julho de 2016. Recordamos aqui o essencial das mensagens que o Papa Francisco deixou aos jovens em Cracóvia, num encontro que juntou mais de 1 milhão e meio de jovens.
Com Cristo viver em fraternidade
No final da tarde de sábado dia 30 de julho o Papa encontrou-se com mais de um milhão e meio de jovens na Vigília de Oração da Jornada Mundial da Juventude no Campus Misericórdia de Cracóvia e afirmou que não nascemos para vegetar mas para mudar o mundo. Francisco declarou que a resposta a um mundo em guerra é a palavra fraternidade.
O Santo Padre no seu discurso convidou os jovens a darem as mãos pois “é mais fácil construir pontes do que levantar muros”.
“Sabeis qual é a primeira ponte a construir? Apertarmos as mãos. Força, fazei-o agora. É a ponte humana, o modelo. Que possam aprender a faze-lo os grandes deste mundo” – afirmou Francisco.
Eram tantas as mãos apertadas na Vigília da JMJ de Cracóvia em sinal de comunhão e reconciliação. O Papa atravessou a Porta da Misericórdia e fez um forte apelo aos jovens, provenientes de países e culturas diferentes, para caminharem pelos caminhos de Deus e contagiarem de alegria o mundo:
“ Pergunto-vos: quereis ser jovens adormecidos e atordoados? Quereis que outros decidam o futuro por vós? Quereis lutar pelo vosso futuro?”
Francisco convidou os jovens para a ‘escola da misericórdia’ para mudarem o mundo e com Cristo vencerem o mal vivendo em fraternidade:
“… não nos vamos pôr a gritar contra alguém, não queremos vencer o ódio com o ódio, vencer a violência com mais violência, vencer o terror com mais terror. E a nossa resposta para este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade…”
Oração, primeiro chat de cada dia
Domingo, 31 de julho de 2016, Missa conclusiva das Jornadas Mundiais da Juventude no Campus Misericordiae de Cracóvia. Na sua homilia o Papa disse aos mais de um milhão e meio de jovens que as JMJ “continuam amanhã, em casa” e exortou-os a dizerem não ao doping do sucesso a todo o custo e à droga de pensarem só em si mesmo e nas próprias comodidades.
O estímulo da homilia foi o Evangelho de S. Lucas que no seu capítulo 19 nos conta o encontro de Jesus com Zaqueu, cobrador de impostos e colaborador dos ocupantes romanos. Destaque especial para as palavras de Jesus a Zaqueu que parecem ditas de propósito para nós hoje:
“«Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa». Jesus dirige-te o mesmo convite: «Hoje tenho de ficar em tua casa». A JMJ – poderíamos dizer – começa hoje e continua amanhã, em casa, porque é lá que Jesus te quer encontrar a partir de agora. O Senhor não quer ficar apenas nesta bela cidade ou em belas recordações, mas deseja ir a tua casa, habitar a tua vida de cada dia: o estudo e os primeiros anos de trabalho, as amizades e os afetos, os projetos e os sonhos. Como Lhe agrada que tudo isto seja levado a Ele na oração! Como espera que, entre todos os contactos e os chat de cada dia, esteja em primeiro lugar o fio de ouro da oração! Como deseja que a sua Palavra fale a cada uma das tuas jornadas, que o seu Evangelho se torne teu e seja o teu «navegador» nas estradas da vida!”
Cracóvia na Polónia foi o local onde há 4 anos atrás o Papa Francisco se encontrou com mais de 1 milhão e meio de jovens para a JMJ de 2016.
Depois da edição do Panamá em 2019 este grande evento de juventude regressa à Europa com o encontro em Portugal, em Lisboa, agendado para 2023.
Se a evolução da pandemia do coronavírus permitir o acolhimento dos símbolos da JMJ será no próximo Domingo de Cristo Rei a 22 de novembro em Roma.
Segundo D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e responsável pela área executiva da JMJ, talvez no final deste verão sejam apresentados o hino e o logotipo do evento.
Entretanto, nas dioceses de Portugal estão a ser retomadas as atividades de preparação da JMJ que tinham sido suspensas por causa da pandemia.
Laudetur Iesus Christus
(vaticanews)
quinta-feira, 30 de julho de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
terça-feira, 28 de julho de 2020
Prendem acólito que confessou ser o autor do incêndio da Catedral de Nantes
PARIS, 27 Jul. 20 / 09:00 am (ACI).- Um colaborador da Catedral de São Paulo e São Pedro, solicitante de asilo natural de Ruanda, foi preso em 25 de julho como autor confesso do incêndio que, em 18 de julho, destruiu o órgão e danificou parte da estrutura do templo.
O detento, que também atuava como acólito de vez em quando e que tinha a função de fechar a catedral, já tinha sido interrogado pela polícia francesa depois do incidente e posto em liberdade. No entanto, em um novo interrogatório diante do juiz, confessou ser o autor do incêndio que ocorreu em três pontos diferentes do edifício.
O autor confesso, de 39 anos, católico e chamado Emmanuel, estava no processo para obter o status de refugiado, mas seu caso havia sido rejeitado e recebeu uma notificação de expulsão do país.
Agora, está preso e acusado do crime de destruição e degradação por meio de um incêndio e enfrenta uma possível sentença de 10 anos de prisão e o pagamento de uma multa de 150 mil euros.
Segundo declarações de seu advogado, Quentin Chabert, ao jornal local Presse Océan, o detento "está consumido pelo remorso e pela vergonha devido à magnitude do evento". "Rejeita amargamente os fatos e confessá-lo foi uma libertação para ele".
O detento chegou à França em 2012, foi acolhido na diocese e recebeu um emprego como assistente na catedral.
Em um comunicado da diocese de Nantes, divulgado pelo jornal ABC, afirma-se que a diocese deseja que o caso seja esclarecido e “confia na justiça. Para não interferir na investigação judicial, nenhum comentário será feito sobre esse processo”.
O incêndio da catedral de Nantes, um templo gótico extravagante construído entre 1434 e 1891, causou a destruição total do órgão barroco.
As chamas concentraram-se na nave principal da catedral ao lado do acesso principal e destruíram os vitrais da fachada.
Esta catedral já havia sido danificada em um bombardeio em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, e em outro incêndio em 1972.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
(acidigital)
Veneza: descobertos antigos afrescos sob mosaicos
Em coletiva o Patriarca de Veneza, Francesco Moraglia comunica uma descoberta surpreendente durante as restaurações da Basílica da Ilha de Torcello. Foram encontrados fragmentos de afrescos do século IX, os mais antigos da região veneziana. "Um testemunho da fé mariana e das raízes cristãs de Veneza"
Paolo Ondarza – Vatican News
O Patriarca Francesco Moraglia comenta ao Vatican News a excepcionalidade da descoberta dos fragmentos de um afresco do século IX que se encontrava sob os mosaicos da Basílica de Santa Maria Assunta na Ilha de Torcello em Veneza: “Um testemunho das profundas raízes cristãs de Veneza, cuja arte deve seu princípio ao Evangelho trazido a estas terras desde os primeiros séculos de nossa era". Por ocasião da coletiva de apresentação o prelado falou sobre o valor da arte sacra como “catequese também para os que não creem e, em sede litúrgica, como expressão de uma fé cristã celebrada e acreditada”.
Um testemunho da Alta Idade Média em Veneza
A incrível descoberta ocorreu durante a restauração para conservação das paredes e dos mosaicos das absides central e do diacônico, do templo cristão. Portanto, antes da realização da decoração em mosaico, antigas pinturas murais decoravam completamente a igreja entre os séculos IX e X. Os fragmentos surgiram acima das abóbadas e estavam cobertos por uma camada de escombros desde a Idade Média: sua existência era uma hipótese, mas nunca foram estudados. Estes afrescos constituem uma peça fundamental para a reconstrução da história artística não apenas da igreja de Torcello, mas de toda a Alta Idade Média em Veneza e no Adriático.
A Virgem e São Martinho
As obras revelaram dois ciclos iconográficos distintos: um comovente painel pictórico com histórias da Virgem, onde aparece uma representação vívida de Maria e uma serva, e um segundo registo pictórico com os eventos hagiográficos de São Martinho. Este último é representado como bispo nos mosaicos, enquanto nos afrescos ele apresenta a iconografia tradicional do soldado da caridade. "Esta descoberta - continua Patriarca Moraglia - está dando resultados inesperados: de uma forma particular está evidenciando uma fé mariana enraizada no território de Veneza. Também é importante a figura de Martinho de Tours em um triângulo que liga a Polônia, a França ocidental e a ilha de Torcello à fé cristológica e à luta contra o arianismo".
A Basílica de Torcello nos séculos
As imagens são acompanhadas de legendas pintadas com caracteres tipicamente medievais. Segundo os arqueólogos e epigrafistas da Universidade Ca' Foscari de Veneza, o que surgiu permitirá uma reconstrução do aspecto decorativo da igreja antes que ela fosse coberta com mosaicos do século XI. As informações estratigráficas coletadas ajudam a retraçar a cronologia das fases de construção de todo o complexo da Basílica. Por exemplo, a ideia de que a forma e o volume da igreja atual possam ser atribuídos ao século IX, quando um edifício eclesiástico, quase duzentos anos antes, tinha sido incorporado ao novo projeto arquitetônico que também incluía um percurso martirológico e processional atrás do altar. As absides eram decoradas com afrescos, o chão coberto com um mosaico preto e branco, enquanto muitas esculturas estavam no salão de culto. Mais tarde, como documentado pelas restaurações de conservação em andamento, a igreja foi transformada para ficar com o aspecto que conhecemos hoje.
A novidade do passado
Sobre as "novidades que vêm do passado e testemunhos antigos que confirmam o papel de Veneza como ponte entre o Oriente e o Ocidente", fala o padre Gianmatteo Caputo, Delegado Patriarcal para o Patrimônio Cultural. "Os afrescos - explica ao Vatican News - não serão visíveis porque estão sob o teto: no entanto, serão salvaguardados e preservados como um testemunho da história de Veneza". As intervenções de conservação foram possíveis graças ao financiamento do "Save Venice" no âmbito de um programa para tornar seguro o edifício eclesiástico compartilhado com o Patriarcado de Veneza após as inundações de 2019 que danificaram mais de 80 igrejas. Foram fundamentais as contribuições recebidas através da campanha #AmericaLovesVenice feita por doadores americanos que reconheceram Torcello como um lugar central na história da Lagoa. "A Igreja - conclui padre Caputo - é contemporânea do Palácio Doge: estamos falando de uma época em que Veneza estava se desenvolvendo e mostrando toda sua grandeza".
(vaticannews)
Portugal: “Não deixeis definhar” as “sementes de bondade”
D.Virgílio Antunes, Bispos de Coimbra, presidiu à missa da bênção das Pastas dos finalistas da mais antiga Universidade portuguesa, fundada em 1290.
Domingos Pinto – Lisboa
“Hoje é o dia de reconhecer grandezas, mas também debilidades. É o dia de um compromisso adulto e responsável em ordem ao futuro”.
Palavras do bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, este domingo, 26 de junho, na missa de bênção das pastas dos finalistas das diversas faculdades universitárias e Escolas Superiores de Coimbra.
Por causa da pandemia da COVID-19, a celebração deste ano teve lugar na capela de S. Miguel, na Universidade, com a presença de representantes da academia e dos estudantes.
Uma celebração transmitida pela TVI, que começou com uma jovem finalista a sublinhar o sentido desta experiência universitária.
“Entramos em Coimbra para seguir os nossos sonhos, e lutar pelos nossos objetivos. Hoje muitos dizem adeus à cidade que nos acolheu. Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”, disse Anita Amorim que acentuou a marca que a cidade e a academia deixa nos estudantes que passam pela capital do Mondego.
Dimensões importantes que o bispo de Coimbra reafirmou na sua homilia alertando para os desafios do futuro.
“A capacidade de corrigir objetivos, de corrigir metas, de corrigir erros e o desejo de se ancorar mais profundamente no sentido de construir personalidades mais completas, bem enquadradas pessoal e socialmente, decididas a serem um contributo feliz para toda a comunidade humana”, disse o prelado.
“Com o passar dos anos não deixeis definhar por inanição ou por envelhecimento as sementes de bondade e de verdadeira sabedoria que Deus já pôs dentro de vós, que a vossa família vos comunicou, que o conhecimento adquirido na escola ajudou, com toda a certeza, a esclarecer, a conhecer, e a assimilar”, desafiou D.Virgílio Antunes.
A terminar o bispo de Coimbra deixou um lema aos finalistas pedindo-lhes para “concorrer em tudo para o bem daqueles que Deus ama. O mesmo é dizer para o bem de todos, sabendo que é preciso começar pelos que estão ao nosso lado”
(vaticannews)
segunda-feira, 27 de julho de 2020
Palavra de Vida – julho 2020
“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu,
esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,50).
O Evangelho de Mateus conta um episódio da vida de Jesus que pode parecer pouco importante: a sua mãe e os seus familiares vão a Cafarnaúm, onde Ele está com os discípulos para anunciar a todos o amor do Pai. É provável que tenham caminhado muito para O encontrar e gostariam de falar com Ele. Não entram no local onde Jesus se encontra, mas mandam-Lhe uma mensagem: «A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo».
A dimensão familiar era, sem dúvida, muito importante para o povo de Israel: o próprio povo era considerado “filho” de Deus, herdeiro das promessas, e os membros do povo consideravam-se “irmãos”.
Mas Jesus abre um horizonte inesperado: faz um gesto solene com a mão e, apontando para os discípulos, diz:
“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe”
Jesus revela uma nova dimensão: qualquer pessoa se pode sentir parte da sua família, se se esforçar por conhecer e cumprir a vontade do único Pai.
Qualquer pessoa: adulto ou criança, homem ou mulher, com saúde ou doente, de qualquer cultura ou estrato social. Cada pessoa traz em si a imagem de Deus Amor. Não só, mas cada pessoa é o tu de Deus, e pode estabelecer com Deus um relacionamento de conhecimento e amizade.
Todos podem fazer a vontade de Deus, que consiste no amor a Ele e no amor fraterno. Por isso, quando amamos, Jesus reconhece-nos como seus familiares: seus irmãos, suas irmãs. É a nossa grande oportunidade, que nos surpreende. Liberta-nos do passado, dos nossos medos, dos nossos esquemas. Nesta perspetiva, até os nossos limites e as nossas fragilidades se podem tornar um trampolim para a nossa plena realização. Realmente, é como se tudo desse um salto de qualidade.
“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe”
Podemos ser, de certo modo, a mãe de Jesus. Tal como Maria se colocou à disposição de Deus desde o momento da Anunciação até ao Calvário, e no nascimento da Igreja, também cada um de nós pode fazer com que Jesus nasça e renasça em si próprio, vivendo o Evangelho. Depois, pela caridade recíproca, pode contribuir para gerar Jesus na coletividade.
Foi também o apelo feito por Chiara Lubich, dirigindo-se a pessoas desejosas de viver a Palavra de Deus: «Sejam uma família! Há entre vocês quem sofra por causa de provas espirituais ou morais? Compreendam-nos como e mais do que uma mãe, iluminem-nos com a palavra e com o exemplo. Não lhes deixem faltar – pelo contrário, façam crescer à sua volta – o calor da família! Há entre vocês quem sofra fisicamente? Que sejam esses os vossos irmãos prediletos. […] Nunca anteponham nenhuma atividade, seja de que género for, […] ao espírito de família com os irmãos com quem vivem. E onde forem para levar o Ideal de Cristo, […],nada melhor do que procurar criar – com discrição, com prudência, mas com decisão – o espírito de família. Esse é um espírito humilde, quer o bem dos outros, não se enche de si… é […] a caridade verdadeira»[1].
“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe”
Cada um de nós pode descobrir, na dia a dia, qual é a tarefa que o Pai lhe confia para construir a grande família humana.
Num bairro de Homs, na Síria, mais de cento e cinquenta crianças, na sua maioria muçulmanas, frequentam atividades de tempos livres numa escola da igreja greco-ortodoxa. Conta a Sandra, a diretora: «Oferecemos acolhimento e ajuda, através de uma equipa de professores e técnicos especializados, num clima de família baseado no diálogo e na promoção dos valores. Há muitas crianças marcadas por traumas e sofrimentos. Alguns estão apáticos, outros agressivos. O nosso desejo é reconstruir a confiança neles mesmos e nos outros. Apesar da maior parte deles ter ainda a família separada por causa da guerra, aqui reencontram a esperança e o desejo de recomeçar».
Letizia Magri
1) C. Lubich, in Cidade Nova 2008/4, p. 34.
(focolares)
domingo, 26 de julho de 2020
Papa exorta os jovens a usar fantasia do amor para com os avós
Após o Angelus deste domingo (26/07), o Papa Francisco recordou os Santos Joaquim e Ana, os pais da Virgem Maria e avós de Jesus, exortando os jovens de hoje a não esquecer suas raízes
Vatican News
Os jovens, árvores prontas para crescer, mas com raízes sólidas que são os avós. No Angelus, este domingo (26/07) o Papa Francisco definiu assim os jovens de hoje chamados, no dia em que a Igreja recorda dos Santos Joaquim e Ana, a não esquecer seus entes queridos, sobretudo neste tempo de pandemia. Pediu-lhes um gesto de afeto, sugeriu caminhos a seguir para não fazer com que os avós se sintam sozinhos:
“Gostaria de convidar os jovens a fazer um gesto de ternura para com os idosos, sobretudo os mais solitários, nos lares e residências, aqueles que não veem seus entes queridos há tantos meses. Queridos jovens, cada um desses idosos é seu avô! Não os deixe sozinhos! Usem a fantasia do amor, façam chamadas telefônicas, vídeo-chamadas, enviem mensagens, os escutem e, sempre que possível, em conformidade com as normas sanitárias, os visitem também. Enviem a eles um abraço.”
Retomando os versos de um poeta argentino, recordou-lhes que para ser sólidos é preciso ter raízes sólidas. Raízes que têm um nome: avós.
“Eles são suas raízes. Uma árvore separada de suas raízes não cresce, não dá flores e frutos. É por isso que a união com suas raízes é importante. O que a árvore floresceu vem daquilo que tem de enterrado, diz um poeta de minha pátria. É por isso que os convido a dar um grande aplauso aos nossos avós, a todos!”
(vaticannews)
sábado, 25 de julho de 2020
O Papa: olhemos para necessidades dos outros, não estamos sós no mundo
Com uma mensagem em vídeo o Papa Francisco se dirige a cerca de 600 participantes do quarto Curso de Espiritualidade organizado pela diocese argentina de Comodoro de Rivadavia na Patagônia centralizado no tema da "Coversão à diaconia social", do cuidar de quem está ao lado, segundo o exemplo evangélico do Bom Samaritano
Vatican News
Colocar-se a serviço dos outros, levando em consideração suas necessidades e compreender que não estamos sozinhos no mundo: este é o coração da mensagem em vídeo enviada pelo Papa Francisco na sexta-feira, 24 de julho, ao quarto Curso de Espiritualidade organizado pela Diocese de Comodoro de Rivadavia, na região argentina da Patagônia.
O vídeo do Pontífice foi difundido pela Igreja local através de seu canal no YouTube. O curso, realizado de modo virtual, foi centralizado no tema “Conversão à diaconia social”, que se inspira no documento da Comissão Teológica Internacional “A Sinodalidade na vida e na missão da Igreja”.
Efetivamente, o quarto capítulo deste texto é dedicado à “Conversão por uma renovada sinodalidade”. “‘Conversão à diaconia social’ é um título sugestivo, ou seja, significa dar-se conta de que devo servir aos outros, perceber que não sou o único no mundo, que devo olhar para o que o outro precisa, suas necessidades materiais, para suas necessidades espirituais”, afirma o Papa em sua mensagem em vídeo.
E acrescenta: “Por egoísmo, estamos acostumados a passar sem ver aqueles que sofrem, olhando para outro lugar”, mas “Jesus nos pede para sermos servos dos outros como o Bom Samaritano cujo nome não conhecemos: um homem anônimo que cuidou daquele que estava à beira do caminho”.
“À beira do caminho da vida há homens e mulheres como nós, há idosos e crianças que nos pedem, com um olhar, que lhes demos uma mão”, ressalta o Papa Francisco.
Daí, o encorajamento do Pontífice a “um processo de conversão à diaconia, a ser diáconos, servos dos outros”, porque “Jesus diz: ‘Nem mesmo quem tiver dado um copo de água em meu nome ficará sem recompensa’ (Mt 10,42)”.
“Coragem! – exorta o Papa. Peço a vocês somente que façam bater seus corações, nada mais, e que olhem bem. O mais virá por si mesmo”. A mensagem em vídeo conclui-se com a bênção, a invocação à Virgem Maria e o pedido de orações.
Cerca de 600 agentes de pastoral de toda a diocese participaram virtualmente do curso de espiritualidade. O bispo local, dom Joaquin Gimeno Lahoz, recordou que, desde quando era arcebispo de Buenos Aires, o Papa Bergoglio demonstrou interesse pela Patagônia, expressando proximidade e ajuda ao Seminário Patagônico. Esta mensagem em vídeo, portanto, é mais um encorajamento a não esquecer esta região.
Vatican News Service - IP/RL
(vaticanews)
Hoje é festa de São Tiago Maior, apóstolo e padroeiro da Espanha
REDAÇÃO CENTRAL, 25 Jul. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 25 de julho, a Igreja celebra a festa de São Tiago Maior, um dos doze apóstolos escolhidos pelo Senhor e que é representado vestido como um peregrino ou como um soldado montado em um cavalo branco em atitude de luta. São Crisóstomo disse que ele foi o apóstolo mais ousado e corajoso.
O “filho do trovão”, como Jesus chamou Tiago e seu irmão São João Evangelista, é padroeiro da Espanha e de sua cavalaria, assim como dos peregrinos, veterinários, equitadores e de várias cidades do mundo. Algumas cidades inclusive levam o seu nome em países como Chile, República Dominicana, Cuba entre outros.
O nome de São Tiago vem das palavras Sant Iacob, do hebraico Jacob. Durante as batalhas, os espanhóis costumavam gritar “Sant Iacob, ajude-nos” e, ao dizê-lo rápido e repetitivamente, soava como São Tiago.
Foi testemunho com João e Pedro da transfiguração do Senhor no Monte Tabor, da pesca milagrosa e da oração de Jesus no Jardim do Getsêmani, entre as passagens mais representativas.
A tradição conta que chegou à Espanha para proclamar o Evangelho. A Catedral de Santiago de Compostela é considerada seu principal santuário, para onde milhares de pessoas peregrinam todos os anos, desejosos de percorrer o Caminho de Compostela.
O apóstolo Tiago é conhecido também por ter preparado o caminho para que a Virgem Maria fosse reconhecida como um “Pilar” da Igreja.
O Papa Francisco, em fevereiro de 2014, ao refletir sobre os conflitos armados, assinalou que São Tiago nos dá um conselho simples: “Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês”.
sexta-feira, 24 de julho de 2020
Assim foi a Missa celebrada por um Bispo do México em um autocine
Cidade do México, 23 Jul. 20 / 01:30 pm (ACI).- Dom Ramón Castro Castro, Bispo de Cuernavaca, no estado mexicano de Morelos, celebrou recentemente a Santa Missa em um autocine, em meio às medidas de segurança rigorosas para prevenir o contágio do novo coronavírus.
A celebração eucarística ocorreu no domingo, 19 de julho, às 8h (hora local), a pedido dos fiéis e do pároco da paróquia Ressurreição do Senhor e Santa Maria de Guadalupe, no bairro Guadalupita.
Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Dom Castro Castro destacou que “depois de vários meses de confinamento, depois de quase cinco meses sem celebrar com o povo, apresentou-se uma oportunidade que tive que discernir diante de Deus, porque a novidade, especialmente na liturgia, deve sempre nos levar a pensar” para agir com prudência.
“Os leigos, junto com o pároco, ofereceram-me a oportunidade de celebrar em um autocine”, recordou, e destacou que embora não seja a primeira vez que ocorre uma Missa assim no México, “sim é a primeira vez em nossa diocese”.
“Depois de rezar, depois de refletir e consultar, aceitei”, assinalou.
O Prelado mexicano reconheceu que embora tenha presidido a celebração “com certo temor”, descobriu que “foi uma experiência muito boa”.
“As pessoas que participaram realmente necessitavam, sentiam o desejo de estar em uma celebração eucarística e de receber Jesus não espiritualmente, mas sacramentalmente”, assinalou.
“Percebi isso nos rostos, na devoção e na disposição das pessoas”, acrescentou.
O Bispo de Cuernavaca destacou que para a celebração da Missa seguiram “da melhor maneira e de forma rigorosa” o protocolo de desinfecção proposto pelas autoridades.
“Tudo foi feito com uma devoção e uma fé que me deixou sumamente agradecido com Deus por ter aceitado esta sugestão e de ver a moção do Espírito”, disse.
Dom Castro Castro assinalou que “eu acho e estou convencido que houve uma moção do Espírito Santo, para irmos à celebração Eucarística com a segurança necessária que exigem estes tempos”.
“Agradeço a Deus e espero por sua graça e bênção continuar com isso”, assinalou.
Desde 23 de março a celebração da Missa está sendo realizada de forma privada e sem a presença de fiéis na Diocese de Cuernavaca, como medida de prevenção de contágios de COVID-19. Espera-se que a partir dos primeiros dias de agosto o culto público possa ser retomado.
De acordo com o Governo do México, no estado de Morelos foram registrados 3683 casos confirmados de COVID-19 e 785 mortes.
Em todo o país foram confirmados 95.510 casos de COVID-19 e 42.289 mortes.
(acidigital)
Jovem portador de deficiência no Caminho de Santiago. O Papa: "Testemunho corajoso"
Uma ação motivada pela fé e pelo desejo de rezar para si e pelos outros foi realizada por Álvaro, um adolescente de quinze anos de Málaga. A sua extraordinária força interior impressionou até mesmo o Papa Francisco, que agradeceu ao jovem escrevendo-lhe uma carta.
Isabella Piro/Mariangela Jaguraba – Vatican News
Chama-se Álvaro Calvente e tem 15 anos. Natural de Málaga, na Espanha, é portador de uma deficiência intelectual. Entretanto, poucos dias atrás, Álvaro fez uma peregrinação no “Caminho de Santiago”, acompanhado por seu pai e por um amigo de família. A sua ação não passou despercebida pelo Papa Francisco que lhe escreveu uma carta, publicada no site da Diocese de Málaga, na qual o Pontífice congratula-se com o jovem e lhe agradece por seu testemunho corajoso.
“Caro Álvaro”, escreve o Papa, “recebi uma carta de seu pai na qual ele me dizia que você terminou o Caminho de Santiago e que em sua mochila você levou as intenções não somente suas, mas também de muitas pessoas que 'se uniram a você' na peregrinação, pedindo-lhe orações”. “Obrigado por nos encorajar a caminhar e por convidar muitos outros a caminhar com você”, acrescenta Francisco. Em meio à pandemia que estamos vivendo, com a sua sinceridade, alegria e simplicidade, você conseguiu colocar em movimento a esperança de muitas pessoas que conheceu ao longo do caminho ou através das redes sociais”.
A viagem de Álvaro foi compartilhada por seu pai no Twitter, através da conta @CaminodeAlvaro.
“Ao longo do caminho nunca estamos sozinhos”
“Você foi em peregrinação e fez muitas pessoas irem em peregrinação, encorajando-as a não ter medo e a recuperar a alegria, porque ao longo do caminho nunca estamos sozinhos”, escreve ainda o Papa. O Senhor caminha sempre ao nosso lado. Obrigado por seu testemunho e por suas orações”. A carta do Papa se conclui com uma bênção, uma invocação a Nossa Senhora do Carmo e um pedido: “Não se esqueça de rezar por mim”.
Sétimo de dez irmãos, Álvaro vive no distrito de Huelin e é membro da Comunidade Neocatecumenal da paróquia local de “São Patrício”. “Não obstante sua deficiência”, explica a Diocese de Málaga, “o jovem participa ativamente da vida paroquial. “A sua experiência de fé, tão alegre, é um testemunho para todos os que o conhecem”.
(vaticannews)
quinta-feira, 23 de julho de 2020
Hoje é celebrada Santa Brígida, padroeira da Europa
REDAÇÃO CENTRAL, 23 Jul. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 23 de julho, recorda-se Santa Brígida, padroeira da Suécia, fundadora da Ordem do Santíssimo Salvador, mãe de Santa Catarina da Suécia e proclamada por São João Paulo II como padroeira da Europa.
A esta santa mística, o Senhor revelou algumas orações com grandes promessas para a conversão e salvação das almas.
O Sumo Pontífice Emérito Bento XVI assinalou em 2010, ao falar desta santa, que sua vida mostra o papel e a dignidade da mulher na Igreja e que se caracterizava sempre por sua “atitude de respeito e de fidelidade integral ao Magistério da Igreja, de modo particular ao Sucessor do Apóstolo Pedro”.
Santa Brígida nasceu na Suécia em 1302 e faleceu em Roma (Itália), aos 70 anos, em 23 de julho de 1373, sendo canonizada 18 anos após sua morte.
Esposa e mãe de oito filhos, ao ficar viúva decidiu renunciar a um segundo matrimônio e dedicar-se à oração, à penitência e às obras de caridade. Vendeu o que tinha e ingressou sem a consagração religiosa no mosteiro cisterciense de Alvastra, em seu país natal.
Em suas experiências místicas, recebeu da Santíssima Virgem Maria a devoção diária às Sete Dores, que consiste em rezar sete Ave Marias diariamente meditando as lágrimas e as dores da Mãe de Deus, com a promessa de que quem as fizer, a Virgem concederá paz, dará o que pedem, sempre e quando não for contrário à vontade de Deus, defenderá as almas no combate espiritual, entre outras promessas.
Por sua parte, o Senhor lhe revelou quinze orações que se rezam por um ano acompanhadas também de grandes promessas, assim como as orações por doze anos. Na igreja de São Paulo, em Roma, encontra-se acima do sacrário, na Capela do Santíssimo Sacramento, o Crucifixo Milagroso esculpido por Pierre Cavallini, diante do qual a santa recebeu as orações ajoelhada.
(acidigital)
“Eu não consigo respirar”:
A oração coletiva mundial acontece às 15h, no Horário de Verão da Europa Central (CEST), isto é, 10h no horário de Brasília, através do App Zoom e com tradução simultânea em 4 línguas, entre elas, o português. A iniciativa partiu da União Internacional das Superiores Gerais (UISG), da Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR) e da Conferência das Líderes de Congregações de Mulheres Religiosas (LCWR).
Andressa Collet - Vatican News
Mais um momento para fortalecer a fé e testemunhar a presença de Deus unindo o mundo que enfrenta a pandemia de Covid-19. Nesta quinta-feira, dia 23 de julho, a oração on-line intitulada “Eu não consigo respirar” será direcionada especialmente às pessoas dos países que estão sofrendo drasticamente com as consequências do coronavírus. A iniciativa partiu da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), da Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR) e da Conferência das Líderes de Congregações de Mulheres Religiosas (LCWR).
Como participar da oração on-line
A oração on-line está marcada para às 15h, no Horário de Verão da Europa Central (CEST), isto é, 10h no horário de Brasília. Para participar, basta seguir as indicações no site da UISG, acessando o link do App Zomm, já que o encontro mundial vai acontecer em modalidade de videoconferência (https://us02web.zoom.us/j/89788103343 Meeting ID: 897 8810 3343).
A iniciativa motiva para rezar sobretudo pelos países mais afetados pela pandemia, como: Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, Peru, México, Chile, Reino Unido e Irã. Dessa forma, a oração será feita em português, espanhol, italiano e inglês.
A "santa inquietação" da pandemia
A presidente da UISG, Ir. Jolanta Kafka, em mensagem pública divulgada no final do mês de junho no portal da organização para manifestar comunhão e contribuir com o discernimento neste período de pandemia, descreveu o momento vivido como de “santa inquietação” pela privação de projetos e de poder administrar a própria vida. Um tipo de “pobreza” e de “incerteza” que “levam a confiar em Deus mais sinceramente, a aceitar que a insegurança eduque a uma busca intensa de Deus, a ancorar o coração n’Ele”.
Irmã Jolanta também lembrou que o confinamento ajudou a “redescobrir o próximo”, com gestos concretos de ajuda mútua, em nível local ou através da “solidariedade global”. Por isso, a oração on-line se manifesta como mais uma iniciativa para oferecer o acompanhamento recíproco, mesmo que de forma virtual, mas que vai “muito além da comunidade congregacional”.
(vaticannews)
quarta-feira, 22 de julho de 2020
Hoje é a festa de Santa Maria Madalena, a primeira mulher que viu Cristo ressuscitado
REDAÇÃO CENTRAL, 22 Jul. 20 / 05:00 am (ACI).- Santa Maria Madalena é uma das discípulas mais fiéis e que o Senhor escolheu para ser testemunha de sua ressurreição ante os apóstolos, do mesmo modo é exemplo para toda mulher da Igreja e da evangelização autêntica, isto é, de uma evangelizadora que anuncia a alegre mensagem central da Páscoa.
Em 2016, o Cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, emitiu um decreto no qual, seguindo a vontade do Papa Francisco, estabeleceu-se que a memória litúrgica Santa Maria Magdalena fosse elevada à festa.
Referindo-se a ela, Bento XVI expressou em 2006 que “a história de Maria Madalena recorda a todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é aquele que, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de lhe pedir ajuda, foi por Ele curado e se pôs no seu seguimento de perto, tornando-se testemunha do poder do seu amor misericordioso, mais forte do que o pecado e a morte”.
Nos Evangelhos, fala-se de Maria Madalena, a pecadora (Lc 7,37-50); Maria Madalena, uma das mulheres que seguiram o Senhor (Jo 20,10-18); e Maria de Betânia, a irmã de Lázaro (Lc 10,38-42).
A liturgia romana identifica as três mulheres com o nome de Maria Madalena, assim como a antiga tradição ocidental desde a época de São Gregório Magno.
Maria Madalena seguiu Jesus até o Calvário e esteve diante do corpo falecido do Senhor. No domingo da Ressurreição, foi a primeira a ver o Cristo ressuscitado e teve a honra de ser enviada pelo Senhor para anunciar esta boa notícia aos discípulos.
Oração:
Ó Deus, o vosso filho confiou a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria pascal; dai-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que Cristo vive e contemplá-lo na glória de seu reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
(acidigital)
Basílica Santa Anastácia em Roma designada à Igreja Siro-malabar
Na visit
A Igreja Católica Siro-Malabar é uma Igreja Católica Oriental sui iuris em comunhão com as Igreja Católica. É a segunda maior Igreja Católica Oriental no mundo, com uma população total de cerca de 3,8 milhões de católicos (dos quais 2,9 milhões vivem na Índia).
Vatican News
A Igreja Católica Siro-Malabar tem um novo centro em Roma para servir seus fiéis e coordenar as atividades na Cidade Eterna.
O cardeal Angelo de Donatis, vigário geral do Papa para a Diocese de Roma, emitiu um decreto em 8 de julho que concede a Basílica Menor de Santa Anastácia - uma das mais antigas basílicas menores do mundo - à Igreja Siro-Malabar, para que lá possa desenvolver suas atividades pastorais.
"É um enorme reconhecimento para a comunidade siro-malabar", afirmou à UCA News em 20 de julho o padre Abraham Kavilpurayidathil, responsável pelas relações públicas da Igreja de Rito Oriental com sede em Kerala, sul da Índia.
O sacerdote contou que durante a visita ad Limina ao Vaticano em 2019, os bispos pediram ao Papa Francisco que designasse uma igreja para sua comunidade.
Grande alegria também expressou à UCA News, Dom Alex Vadakumthala, bispo de rito latino de Kannur. "Agora nosso povo pode se reunir em sua igreja – disse ele - e oferecer orações em sua língua nativa - o malaiala".
A Basílica se tornará o centro das atividades pastorais de cerca de 7.000 católicos siro-malabar, na Diocese de Roma e nas áreas adjacentes. Será o cardeal George Alencherry, principal arcebispo da Igreja Siro-Malabar, a nomear um sacerdote como capelão dos católicos siro-malabarenses, sediado na Basílica.
Devido a restrições relacionadas à disseminação da pandemia de coronavírus, a comunidade não organizou nenhuma celebração por ocasião desse importante reconhecimento.
“Sant'Anastasia al Palatino”, como é chamada em italiano, é uma das mais antigas igrejas cristãs e uma das mais antigas basílicas menores do mundo. Foi construída no século IV durante o reinado do imperador Constantino. Por vários séculos, ali o Pontífice celebrava a Missa de Natal do amanhecer.
A Igreja Católica Siro-Malabar é uma Igreja Católica Oriental sui iuris em comunhão com a Igreja Católica. É a segunda maior Igreja Católica Oriental no mundo, com uma população total de cerca de 3,8 milhões de católicos (dos quais 2,9 milhões vivem na Índia). Por isso, é atualmente a maior comunidade cristã dos seguidores de São Tomé na Índia.
Sua sede é a Arquidiocese Maior de Ernakulam-Angamaly, situada em Kerala, na Costa do Malabar. Uniu-se à Igreja Católica Apostólica Romana em 1599 e adquiriu o estatuto de Igreja sui iuris em 1992, quando a Ernakulam-Angamaly tornou-se uma Arquidiocese Maior.
O seu rito litúrgico é de tradição siríaca oriental (ou caldeia) e usa como linguagem litúrgica o siríaco e o malaiala. Esta Igreja oriental é atualmente governada por Mar George Alencherry (Arcebispo Maior de Ernakulam-Angamaly), juntamente com o seu Sínodo.
Vatican News Service - AP
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