Aportou na cidade italiana La Spezia o navio-hospital militar Vulcano com algumas crianças feridas e doentes vindas da Faixa de Gaza a bordo, que serão tratadas nos hospitais pediátricos italianos. Algumas em condições graves, imediatamente transferidas para Florença e Gênova.
O vigário da Custódia da Terra Santa, pe. Faltas, apoiou a iniciativa que já em 29 de janeiro trouxe 11 crianças para Roma: "Um dia de alegria, mas também de tristeza pelas condições desses pequenos."
Roberto Cetera - Cidade do Vaticano
Aportou na manhã de segunda-feira, 5 de fevereiro, na cidade de La Spezia o navio-hospital militar Vulcano que trouxe para a Itália um segundo grupo de crianças feridas e doentes vindas de Gaza. O navio partiu na sexta-feira passada de Al Harish, no Egito, onde as crianças foram levadas após atravessarem o posto de fronteira de Rafah. Para recebê-las estavam o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e o vigário da Custódia da Terra Santa, padre Ibrahim Faltas, que acompanhou o projeto desde o início, coordenando-se com as instituições egípcias, palestinas e israelenses, resolvendo muitas dificuldades logísticas.
Padre Faltas: algumas crianças em condições miseráveis
Ao descer do navio, depois de saudar as crianças e seus acompanhantes, o padre Ibrahim explicou ao L'Osservatore Romano: "É um dia de grande alegria pelo sucesso desta operação, mas também de profunda tristeza ao ver as condições miseráveis em que esses menores chegaram. Alguns deles estão em condições realmente muito graves, e imediatamente as ambulâncias os transferiram para os hospitais mais próximos que participam da operação, o Meyer de Florença e o Gaslini de Gênova. Mais uma vez, a Itália mostrou seu melhor rosto e sua vocação para o socorro humanitário, e por isso quero agradecer, junto com todas as autoridades militares e civis que colaboraram, ao ministro Tajani, que representa a todos."
Ministro Tajani e padre Faltas no navio Vulcan com as crianças de Gaza
O número de crianças que necessitam de transferência urgente para fora de Gaza é muito alto e espera-se que - considerando também a disponibilidade expressa de muitos outros hospitais italianos - essas primeiras transferências constituam apenas o início de uma operação de maior amplitude. A continuação dos bombardeios no sul da Faixa de Gaza e a possibilidade divulgada nas últimas horas de que possam se estender também a Rafah tornam tudo mais difícil.
Ainda há tanto sofrimento em Gaza
"É muito emocionante", continua o padre Ibrahim, “ver chegar o bebê mais novo com apenas 4 meses até um de 18 meses, que está sozinho porque perdeu todos. Muitos foram resgatados dos escombros de suas casas. Entre os presentes no navio, ninguém falava árabe e então eles imediatamente se apegaram à minha presença. Eles não queriam que eu fosse embora. Um pequenino me chamava de 'papai'. Precisamos continuar absolutamente com esta operação, ainda há tanto sofrimento em Gaza."
Esse grupo de crianças se junta ao que chegou em 29 de janeiro com um avião que pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma. As crianças foram transferidas para vários hospitais pediátricos do país: além dos já citados Meyer e Gaslini, também o Rizzoli de Bolonha e o Bambino Gesù de Roma, que cuidou da triagem e da primeira acolhida.
(vaticannews)
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