segunda-feira, 15 de julho de 2024

Hoje é a festa de são Boaventura, o “doutor seráfico”


São Boaventura São Boaventura

“O gozo espiritual é o melhor sinal de que a graça habita em uma alma”, escreveu uma vez são Boaventura, doutor da Igreja, conhecido como “doutor seráfico”, por seus escritos cheios de fé e amor ao Senhor. Sua festa é celebrada hoje (15).

São Boaventura nasceu na Itália por volta de 1221. Depois de tomar o hábito da ordem franciscana, estudou na Universidade de Paris (França). Posteriormente, ensinou Teologia e Sagrada Escritura nesse mesmo centro de estudos.

Dedicava muito tempo à oração e seu rosto alegre e sereno era o reflexo de sua alma. Entretanto, começou a se considerar indigno, cheio de faltas, e algumas vezes se abstinha de comungar, embora sua alma desejasse receber a Eucaristia com todo seu amor.

Mas, Deus lhe mostrou sua misericórdia e teve uma revelação divina em que recebeu a comunhão. Desde aquele dia, são Boaventura comungou normalmente e depois se preparou para receber a ordem sacerdotal.

Compôs seu “Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo”, que é uma grande suma de teologia escolástica. “A maneira como se expressa sobre a teologia, indica que o Espírito Santo falava por sua boca”, dizia o papa Sisto IV sobre esta obra.

Nessa época, foi desencadeado um ataque de alguns professores da Universidade de Paris contra os franciscanos, produto da inveja e desconforto que geravam os êxitos pastorais da vida santa dos membros da ordem.

O papa interveio e, depois de uma investigação, devolveu aos filhos de são Francisco suas cadeiras. Em 1257, são Boaventura e santo Tomás de Aquino receberam o título de doutores.

São Boaventura foi eleito superior geral dos frades menores e assumiu uma ordem dividida entre os que pediam uma severidade inflexível e os que desejavam que se mitigasse a regra original. Dessa maneira, o santo começou a escrever a vida de São Francisco de Assis.

Em uma ocasião, santo Tomás de Aquino foi visitar Boaventura quando escrevia sobre “o pobre de Assis”. Ao chegar, encontrou-o em sua cela em plena contemplação e santo Tomás se retirou dizendo: “Deixemos um santo trabalhar por outro santo”. Esta obra biográfica se chamou “Lenda Maior”.

Foi nomeado cardeal bispo de Albano e chamado imediatamente para Roma. O papa Gregório X lhe encomendou a preparação dos temas do Concílio ecumênico de Lyon sobre a união com os gregos ortodoxos, no qual participou ativamente.

Renunciou a seu cargo de superior geral da ordem e pouco tempo depois partiu para a Casa do Pai, na noite de 14 para 15 de julho de 1274, em Lyon.

 

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