sábado, 31 de agosto de 2024

Propostas de leitura e Análise à liturgia com Frei José Nunes do 22º Dom...

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 31.08.2024

Eu sou o caminho firme

32 mil km sobre o mar: roteiro do papa Francisco no Sudeste Asiático e na Oceania


Graha Maria Annai Velangkanni ??
Graha Maria Annai Velangkanni, santuário católico de estilo "Indo-Mughal” em Medan, Indonésia. | MarlonH/Shutterstock
 

O papa Francisco vai embarcar numa viagem de 11 dias na segunda-feira (2) que o levará à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Durante a viagem mais longa de seu pontificado até agora — que inclui vários eventos no maior país muçulmano do mundo, a Indonésia — espera-se que o papa enfatize temas de diálogo inter-religioso, solidariedade e paz.

Segue abaixo uma visão mais detalhada de todos os destinos que o papa vai visitar durante sua viagem apostólica, mas primeiro, uma visão mais ampla dos sete voos em que ele embarcará, que o levarão a mais de 32 mil km no total:

Voo 1: Roma para Jacarta (11,3 mil km, 13 horas e 15 minutos)

Saindo do Aeroporto Internacional Fiumicino de Roma no início da noite, o avião do papa cruzará o Oriente Médio e a Índia a caminho do Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta de Jacarta. Jacarta é uma metrópole em expansão e a capital da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo em termos de população.

A Indonésia, um arquipélago com quase mil ilhas habitadas, é cerca de 7,5% protestante e 3% católica. Muitos católicos do país vivem em Flores, ilha recentemente designada como destino de peregrinação internacional pelo governo.

O papa será oficialmente recebido em Jacarta ao chegar em 3 de setembro e vai descansar pelo resto do dia. No dia seguinte, 4 de setembro, haverá uma cerimônia de boas-vindas do lado de fora do palácio presidencial Istana Merdeka antes da visita do papa ao presidente Joko Widodo.

Francisco será o terceiro papa a visitar a Indonésia. São Paulo VI e são João Paulo II estiveram no país.

Palácio presidencial Istana Merdeka em Jacarta, Indonésia. Domínio público
Palácio presidencial Istana Merdeka em Jacarta, Indonésia. Domínio público

O segundo dia completo do papa em Jacarta começa com um encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal, a nona maior mesquita do mundo.

A segurança na Indonésia para a visita do papa deve ser alta; a Indonésia tem testemunhado inúmeros ataques terroristas nos últimos anos que tiveram como alvo a minoria cristã do país.

Interior da mesquita Istiqlal em Jacarta, Indonésia. Aisha Tanduk CC BY-SA 4.0
Interior da mesquita Istiqlal em Jacarta, Indonésia. Aisha Tanduk CC BY-SA 4.0

O papa Francisco vai concluir sua estadia na Indonésia com uma missa na noite de 5 de setembro no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, com capacidade para 77 mil pessoas, depois de se reunir com beneficiários de organizações de caridade locais.

Voo 2: Jacarta para Port Moresby (4,6 mil km, 6 horas e 5 minutos)

Em 6 de setembro, o papa Francisco voará para Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné, tornando-se o segundo papa a visitar o país, depois de são João Paulo II, que o visitou duas vezes.

Apesar de serem extremamente diversos, mais de 98% dos cidadãos de Papua-Nova Guiné se identificam como cristãos e a Igreja desempenha um papel crucial na educação, na assistência médica e nos serviços sociais.

O catolicismo representa a maior denominação cristã do país, com uma estimativa de 4 milhões de pessoas — cerca de 25% da população total. O país sofreu violência com tumultos no início deste ano em uma onda de agitação em 10 de janeiro, agora chamada de “Quarta-feira Negra”.

O papa Francisco visitará ministérios locais que cuidam de crianças de rua e pessoas com deficiência em seu primeiro dia completo em Papua Nova Guiné, em 7 de setembro, que também inclui um discurso às autoridades políticas locais e um discurso ao clero local no santuário de Maria Auxiliadora.

Papua Nova Guiné. Cortesia do padre Christian Sieland
Papua Nova Guiné. Cortesia do padre Christian Sieland

No dia seguinte, o papa se encontrará com o primeiro-ministro de Papua Nova Guiné, James Marape, antes de celebrar a missa dominical no Estádio Sir John Guise, em Port Moresby. Ele então seguirá para Vanimo pelo restante do dia.

Voo 3: Port Moresby para Vanimo (991 km, 2 horas e 15 minutos)

Vanimo é uma cidade na província mais ao noroeste de Papua Nova Guiné, onde o papa Francisco vai receber missionários locais e discursar para católicos locais em frente à catedral da Santa Cruz antes de partir.

 (acidigital)

Tudo pronto para o Congresso Eucarístico Internacional de 2024: essas serão as atividades mais marcantes


Basílica do Voto Nacional ??
Basílica do Voto Nacional em Quito, Equador. | Shutterstock
 

Com a contagem regressiva chegando ao fim, Quito, Equador, se prepara para sediar o tão esperado Congresso Eucarístico Internacional 2024, um dos eventos mais importantes da Igreja e que coloca a Eucaristia no centro da vida para "curar o mundo".

Valeria Gavilanes, porta-voz oficial do evento, divulgou detalhes importantes e falou sobre a importância desse encontro à EWTN News. "O Congresso Eucarístico é uma manifestação viva da presença de Jesus no meio de nós, e é uma oportunidade única para renovar nossa fé e nossa relação com a Eucaristia", disse ela.

Esse evento, que acontecerá de 7 a 15 de setembro no Centro Metropolitano de Convenções de Quito, reunirá cerca de 4 mil participantes, entre fiéis, religiosos, religiosas e autoridades eclesiais de todo o mundo. Uma semana antes, cerca de 500 especialistas no estudo da Eucaristia vão participar de um Simpósio Teológico na capital equatoriana.

A organização deu ênfase especial à participação de delegações de 54 países, incluindo o Equador, para que possam viver uma experiência transformadora. "Estamos trabalhando para fazer deste congresso um espaço de encontro, diálogo, oração e celebração", disse Gavilanes.

Agenda e destaques

O evento terá uma agenda repleta de celebrações eucarísticas, apresentações, testemunhos e momentos de adoração.

Entre os eventos mais marcantes, destaca-se uma procissão massiva com o Santíssimo Sacramento, na qual se espera a participação de todos os fiéis católicos de Quito e de outras partes do país. Gavilanes disse que "essa procissão será um momento especial, no qual todos os participantes poderão manifestar publicamente seu amor e devoção a Jesus na Eucaristia".

O Congresso Eucarístico Internacional será inaugurado em 8 de setembro, um domingo, às 10h (horário local), na esplanada do Parque Bicentenário de Quito, onde mais de 1,5 mil crianças farão sua primeira comunhão. "Queremos fazer uma analogia entre a pureza da Sagrada Eucaristia e a pureza do coração de uma criança. Será uma festa para todos, especialmente para as crianças e suas famílias", explicou Gavilanes.

No dia seguinte, 9 de setembro, será abordado o tema "Um mundo ferido". Juan Manuel Cotelo, cineasta e jornalista católico espanhol, vai apresentar seu filme O Maior Dom, que fala sobre o perdão como forma de curar as feridas do mundo e alcançar a fraternidade.

Na terça-feira, 10 de setembro, a irmã Daniela Cagnavina, secretária-geral da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR), vai falar sobre testemunhos da vida de grandes testemunhas da fé na América. À tarde, Juan Manuel Cotelo apresentará seu filme num fórum aberto ao público no Centro Metropolitano de Convenções de Quito.

Na quarta-feira, 11 de setembro, será discutido o tema "A Eucaristia e a Transfiguração do Mundo" com a participação de do bispo de Crookston, Minnesota, EUA, dom Andrew Cozzens, que liderou a iniciativa do Reavivamento Eucarístico nos EUA. À tarde, o bispo de Orihuela-Alicante, Espanha, dom José Ignacio Munilla, vai falar sobre o Sagrado Coração de Jesus.

Na quinta-feira, 12 de setembro, o tema "Por uma Igreja sinodal" será destacado com a presença do cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da basílica de São Pedro, e Mari Wu, assessora do Conselho de Apostolado dos Leigos da arquidiocese de Taipei. No dia também haverá missas em várias línguas, destacando a fraternidade na diversidade.

Também na quinta-feira, 12 de setembro, haverá outro grande encontro nas igrejas do Bairro Colonial ou centro histórico, com missas em vários idiomas: afro-espanhol, francês, italiano, alemão, quíchua, português e chinês.

No dia seguinte, 13 de setembro, será abordado o tema "Eucaristia: Salmo de Fraternidade" e, em seguida, haverá um concerto com Pablo Martínez, cantor e compositor argentino, junto com Marco Antonio Espín, autor do hino do Congresso Eucarístico Internacional, e o grupo Solideo. "Esse será um espaço dedicado especialmente aos jovens, para mostrar o rosto humano e eucarístico da Igreja", acrescentou Gavilanes.

No sábado, 14 de setembro, às 16h30, será celebrada uma missa no exterior da igreja de São Francisco, na Plaza de San Francisco, declarada Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1978.

Depois da missa, o Santíssimo Sacramento seguirá em procissão pelas ruas do Bairro Colonial, que serão "decoradas com tapetes de rosas, até a Basílica do Voto Nacional, onde será dada uma bênção especial para Quito, Equador, América Latina e o mundo", segundo Gavilanes.

Por fim, no domingo, 15 de setembro, no dia de encerramento, também às 10h na esplanada do Parque Bicentenário de Quito, será celebrada a Missa Statio Orbis, rezada pelo arcebispo Emérito de Caracas, Venezuela, dom Baltazar cardeal Cardozo, legado pontifício para o evento.

 (acidigital)

Palavra de Deus | 3 conselhos para vencer a preguiça (Mt 25,14-30) Ir. M...

Hoje é celebrado são Raimundo Nonato, padroeiro das grávidas e parturientes

São Raimundo Nonato. ??
São Raimundo Nonato. | Crédito: ACI Digital.
 

Diz-se que são Raimundo nasceu em uma família nobre da Espanha por volta do ano 1200. Foi-lhe dado o apelido de “non natus” (não nascido), porque sua mãe morreu no parto, antes que ele viesse à luz. Por esse fato, é tradicionalmente considerado padroeiro das grávidas, parturientes (que vão dar à luz), parteiras e recém-nascidos.

Ingressou na ordem dos Mercedários, comunidade que são Pedro Nolasco acabara de fundar com a missão de resgatar os cristãos que os muçulmanos tomavam como prisioneiros. Depois de dois ou três anos de sua profissão perpétua, sucedeu o fundador no serviço de “resgatar os cativos”.

Foi enviado para o norte da África com uma grande soma de dinheiro e resgatou muitos escravos. Quando acabaram os recursos econômicos, são Raimundo Nonato se ofereceu como refém pela liberdade de alguns prisioneiros que estavam em uma situação difícil e prestes a perder a fé.

Este sacrifício do santo exasperou os infiéis e o trataram com extrema crueldade, mas não o mataram porque o magistrado principal procurava ganhar muito dinheiro com seu resgate.  São Raimundo aproveitou o “tratamento humano” que lhe ofereceram para poder sair à rua, confortar os cristãos e converter muçulmanos.

Ao inteirar-se disso, o governador o condenou morrer empalado, mas, pelos interesses econômicos, foi apenas flagelado. Isso não desanimou o santo, que continuou ajudando e evangelizando. Como castigo, foi açoitado nas esquinas da cidade, teve os lábios perfurados com ferro quente e colocaram um cadeado em sua boca, cuja chave somente o governador tinha.

Por cerca de oito meses, são Raimundo viveu nesta penosa situação até que São Pedro Nolasco pôde enviar alguns membros da ordem para resgatá-lo.

São Raimundo retornou à Espanha por obediência e mais tarde foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX. O santo permaneceu simples e não mudou nem suas vestes, nem sua pobre “cela” do convento de Barcelona.

Posteriormente, o papa lhe pediu que fosse a Roma e empreendeu a viagem como um religioso humilde. Ao chegar a Cardona, a cerca de dez quilômetros de Barcelona, foi surpreendido por uma febre violenta e partiu para a Casa do Pai em 31 de agosto de 1240.

Oração a são Raimundo Nonato por um parto feliz

Oh! Santo padroeiro, São Raimundo Nonato, modelo de caridade aos pobres e necessitados, aqui estou eu, deitada a vossos pés para, humildemente, implorar a sua ajuda nesta minha necessidade.

Como sua maior alegria foi ajudar aos pobres e necessitados da terra, ajude-me, peço-vos, ó glorioso São Raimundo, nesta minha aflição. A vós, oh glorioso protetor, vim para que abençoe a criança que carrego em meu ventre.

Proteja a mim e ao filho das minhas entranhas agora e na hora do nascimento que se aproxima. Em troca, prometo educar meu filho de acordo com as leis e mandamentos de Deus.

Escuta a minha oração, meu protetor amoroso, São Raimundo, e me faça a feliz mãe desta criança que, espero, possa dar à luz através da sua poderosa intercessão. Amém.

 

Laudes de Sábado da 21ª Semana do Tempo Comum

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 30...

Homilia Diária | Não deixemos faltar o óleo da oração (Sexta-feira da 21...

O que são as “Madonnelle”, “santuários marianos” nas esquinas de Roma


Uma Madonnelle com o Menino Jesus adorna prédio de apartamentos romano ??
Uma Madonnelle com o Menino Jesus adorna prédio de apartamentos romano. | Scarlett Rose Ford
 

Em Roma existem centenas de museus para visitar, com inúmeras obras-primas para admirar. No entanto, há uma arte muitas vezes esquecida que transeuntes encontram diretamente na Cidade Eterna: a chamada madonnelle.

Localizadas logo acima do nível dos olhos em muitos cruzamentos da cidade, as madonnelle são santuários marianos cujo nome pode ser traduzido como “pequenas Madonas” (pequenas Virgens). Há centenas delas nas ruas de Roma, instaladas com o intuito de que Nossa Senhora zele e proteja os habitantes da Cidade Eterna.

A devoção começou há pouco mais de 500 anos, com um primeiro santuário mariano instalado na rua em 1523. Essa madonnella, chamada Imago Pontis devido à sua localização, ainda hoje pode ser vista no bairro de Ponte, em Roma. Em seu auge, havia cerca de 3 mil madonnelle espalhadas pela cidade. Cerca de metade delas existe até hoje.

Madonnelle foi especialmente popular entre os séculos XVII e XIX, coincidindo com o fim da Contra Reforma. Nesse período, a fé foi criticada por sua devoção às imagens e a Nossa Senhora.

Em resposta, a Igreja fortaleceu a arte, encomendando algumas das iconografias religiosas mais conhecidas da história. A maioria dessas obras-primas estava instalada nas igrejas de Roma, mas muitos artistas anônimos canalizaram seus dons para a criação das madonnelle.

Originalmente, as madonnelle eram iluminadas por pequenas lamparinas a óleo, que serviam como grande parte da iluminação pública. Os romanos mantinham essas lamparinas acesas em sinal de devoção a Nossa Senhora. Essa devoção continuou com a prática dos fiéis locais acenderem velas ou cuidarem das flores perto desses santuários.

 

Os suportes abaixo dessa "madona" podem ter servido no passado como suporte para uma lamparina a óleo. Scarlett Rose Ford
Os suportes abaixo dessa "madona" podem ter servido no passado como suporte para uma lamparina a óleo. Scarlett Rose Ford
 

Uma tradição antiga

Embora a madonnella mais antiga tenha apenas 500 anos, a prática de erguer santuários devocionais públicos remonta a tempos antigos. Desde a fundação da Cidade Eterna, os romanos construíram santuários aos Lares, antigas divindades guardiãs romanas.

Embora a sua história documentada seja fragmentada, estudiosos dizem que os Lares foram especialmente importantes para a população local. Acreditava-se que essas divindades eram os espíritos positivos dos mortos reverenciados como observadores e protetores. Santuários chamados lararia foram construídos em casas para devoção pessoal e proteção contra o mal. Alguns deles ainda podem ser encontrados em Pompeia, onde foram preservados.

À medida que os lares se tornaram uma devoção popular, santuários chamados “lares compitales” foram instalados nas ruas. Eles foram colocados em cruzamentos onde o tráfego de pedestres e veículos fazia com que os romanos diminuíssem a velocidade. Lá, os lares compitales tinham maior visibilidade.

Com o tempo – e à medida que o tráfego nas ruas piorou – os santuários compitales cumpriram outra função: proteger os viajantes nestes cruzamentos. Evidentemente, o tráfego romano não mudou muito desde a antiguidade.

À medida que o cristianismo se espalhava em Roma, os lares compitales desapareceram lentamente. Nossa Senhora substituiu as divindades pagãs como protetora das ruas de Roma, especialmente em seus cruzamentos. No final do século XIX, apenas Nossa Senhora era confiada para zelar pela cidade, posição que ainda mantém.

Milagres e devoções

Numerosos milagres foram atribuídos às madonnelle nos últimos 500 anos. A maioria deles se refere aos olhos de Nossa Senhora nessas imagens, que dizem chorar, sangrar ou se mover de um lado para o outro.

Em 9 de julho de 1796, com as forças de Napoleão varrendo a Itália, dezenas de pessoas relataram que os olhos das madonnelle os seguiam enquanto passavam. Cinco desses casos foram confirmados como milagrosos pela Igreja, e uma capela foi construída em torno de uma dessas madonelle: a Madonna dell'Archetto. Essa continua a ser a menor igreja de Roma hoje, localizada a poucos quarteirões da famosa Fontana Di Trevi.

 

A entrada estreita de Madonna dell'Archetto, a menor igreja de Roma. Scarlett Rose Ford
A entrada estreita de Madonna dell'Archetto, a menor igreja de Roma. Scarlett Rose Ford

Algumas madonnelle são dedicadas a certas aparições marianas, como a mostrada na imagem abaixo, dedicada a La Beata Virgen del Carmine, Nossa Senhora do Carmo.

Uma "madona" dedicada a Nossa Senhora do Carmo adorna um prédio de apartamentos. Scarlett Rose Ford
Uma "madona" dedicada a Nossa Senhora do Carmo adorna um prédio de apartamentos. Scarlett Rose Ford

Outras madonnelle funcionam como devoções pessoais, como o santuário da imagem abaixo, dedicado à Mater Itineris, ou Mãe do Caminho.

 (acidigital)

Hoje é celebrado o beato Eustáquio van Lieshout, missionário da saúde e da paz


Beato Eustáquio van Lieshout ??
Beato Eustáquio van Lieshout 
 

Hoje (30), a Igreja celebra o beato Eustáquio van Lieshout, sacerdote holandês que veio para o Brasil e ficou conhecido como missionário da saúde e da paz, por sempre abençoar e saudar os fiéis com essas duas palavras. Atualmente, seus restos mortais estão no Memorial do Santuário da Saúde e da Paz, em Belo Horizonte (MG), que atrai grande número de devotos.

Padre Eustáquio nasceu em 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda, e recebeu o nome de batismo de Humberto van Lieshout. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1919. Seis anos depois, em 15 de julho de 1925, chegou como missionário ao Brasil, juntamente com seus irmãos de congregação, os padres Gil van den Boorgart e Matias van Rooy.

Inicialmente, foram para a cidade de Romaria, no Triângulo Mineiro, onde assumiram a pastoral do santuário episcopal e da paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e das paróquias de São Miguel de Nova Ponte e Santana de Indianópolis, na arquidiocese de Uberaba.

Padre Eustáquio dava especial atenção aos doentes. Segundo sua biografia publicada pelo site do Vaticano, quando ministrava suas orientações pessoais para “ações curativas de enfermidades físicas padre Eustáquio falava da disposição de Deus em curar as pessoas integralmente e, sempre que possível, indicava medicamentos naturais de aquisição fácil e uso seguro”, sempre recorrendo aos seu “Manual de Medicina no Campo”.

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Mais tarde, padre Eustáquio foi transferido para Poá (SP), onde “também fazia bênçãos, entre elas a da água no reservatório e nas pias de água benta, à entrada da igreja”. Com o tempo, “fiéis começaram a levar para a igreja garrafas de água para ser abençoadas”. Mas, com a repercussão de notícias de curas por meio das bênçãos do sacerdote, “o aglomerado de pessoas começou a aumentar em Poá”. Assim, ele foi transferido para Araguari (MG) e cumpriu um tempo de reclusão.

Em 1942, foi transferido para Belo Horizonte (MG), aonde chegou “sem alarde, já que era nacionalmente venerado como santo e taumaturgo. Porém, a despeito da discrição, logo nos primeiros dias muitas pessoas o procuraram pedindo bênçãos e curas”.

No dia 16 de maio de 1943, lançou a pedra fundamental da atual Igreja dos Sagrados Corações, conhecida como Igreja do Padre Eustáquio, que não chegou a ver construída. Padre Eustáquio morreu em 30 de agosto daquele mesmo ano.

Padre Eustáquio foi beatificado em 15 de junho de 2006, em missa celebrada pelo então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, no estádio Mineirão, na capital mineira. A beatificação aconteceu após o reconhecimento da cura milagrosa de um sacerdote por sua intercessão. Padre Gonçalo Belém, de Belo Horizonte, foi curado de um câncer, em 1962. Na época, o sacerdote tinha 39 anos e descobriu que tinha um tumor na laringe e que deveria ser submetido a uma cirurgia, sem garantia de cura. Foi incentivado a pedir a intercessão de padre Eustáquio e assim o fez. Na véspera de sua cirurgia, os médicos não detectaram nenhum sinal do tumor. Padre Gonçalo Belém Rocha morreu em 2007, aos 83 anos.

 

Laudes de Sexta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A HISTÓRIA DO BOICOTE DA PARÓQUIA - PADRE CHRYSTIAN SHANKAR

Palavra de Deus | Peça ao Senhor sabedoria (Mc 6,17-29) Ir. Maria Raquel...

Os sacerdotes filhos de mães muçulmanas: famílias inter-religiosas, uma característica da Indonésia

 

 

Cinquenta e seis sacerdotes diocesanos de toda a Indonésia participaram de um programa nacional de formação contínua organizado pela Associação de Padres Diocesanos da Indonésia (UNINDO) em Yogyakarta, Java Central. 

 

As histórias de vida de quatro sacerdotes indonésios de famílias inter-religiosas, "mostram que as diferenças não são barreiras, que a vida espiritual é sempre uma riqueza, que o vínculo familiar é dom de Deus e é forte. A batina e o véu não são obstáculos à harmonia, mas indicadores de fraternidade”. Entre esses, há um sacerdote verbita pároco no Brasil.

por Paolo Affatato

Falando da celebração pela sua ordenação episcopal, dom Ciprianus Hormat, bispo de Ruteng, na ilha indonésia de Flores, menciona quase que en passant a ampla e entusiástica participação dos seus “parentes muçulmanos”. Sinal eloquente de como as famílias “inter-religiosas” representam uma realidade difundida e bem presente na sociedade indonésia. Uma realidade em que se experimenta na vida quotidiana uma aptidão para acolher a experiência espiritual do outro, seja ela qual for: mesmo quando se trata de crianças, que podem escolher uma fé diferente da da sua própria família.

“Isto acontece também quando se trata de respeitar e não criar obstáculo à vocação à vida sacerdotal e religiosa, que no entanto é acolhida como dom pelos pais ou familiares que professam o Islã ou uma fé diferente”, observa o bispo de Ruteng. “A prevalecer são os laços familiares e, em nível espiritual, há um profundo respeito pela fé de cada um dos parentes, na consciência de que a harmonia é um dom precioso a ser preservado”, observa.

Um caso exemplar diz respeito aos sacerdotes nascidos de casais em que um ou ambos os pais não são católicos: as histórias de vida de quatro sacerdotes indonésios de famílias inter-religiosas, "mostram que as diferenças não são barreiras, que a vida espiritual é sempre uma riqueza, que o vínculo familiar é dom de Deus e é forte. A batina e o véu não são obstáculos à harmonia, mas indicadores de fraternidade”, observa o prelado, citando a história de dois religiosos Verbitas, padre Robertus Belarminus Asiyanto e padre Agustín Horowura, ambos naturais da ilha das Flores; de padre Mayolus Jefrigus Ghoba, de Sumba; de padre Edi Prasetyo, sacerdote indonésio de honiano (da Congregação do Sagrado Coração de Jesus), ordenado sacerdote na vizinha Malásia com outros irmãos da sua congregação.

Flores, a ilha das vocações na Indonésia

Em Flores, ilha indonésia no leste do arquipélago, na província de Nusa Tenggara, tem início a história de Robertus Belarminus Asiyanto, que em 2015, aos 31 anos, foi ordenado sacerdote no Seminário St. Paul Ledalero, em Maumere.

No arquipélago do Sudeste Asiático conhecido por ser o país de maioria islâmica mais populoso do mundo, com mais de 275 milhões de habitantes, 85% muçulmanos, Flores é considerada “o coração católico da Indonésia” pois, entre as 17 mil ilhas, constitui uma exceção: é uma ilha de maioria católica onde, de cerca de 4 milhões de habitantes, os católicos representam 80%. Flores é ilha onde os Seminários Maiores e Menores estão repletos de jovens e as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada são uma riqueza universalmente reconhecida. Até o Papa Francisco, na homilia da Missa do Dia da Vida Consagrada de 2022, disse, falando de improviso, que, perante a crise vocacional, se poderia ir “para a ilha da Indonésia (Flores, precisamente, ndr. ) para encontrá-las."

A bênção da mãe muçulmana na ordenação

A mãe de Asiyanto, Siti Asiyah, como muçulmana, deu sua bênção e o seu apoio ao filho. Na celebração da ordenação usava roupas islâmicas, incluindo o hijab e estave presente ao seu lado na procissão de entrada, com os outros pais. A mulher colocou as mãos na cabeça do filho e disse que estava muito feliz em ver seu filho ordenado sacerdote católico.

Naquele dia, todos os presentes aplaudiram o seu gesto e a sua afirmação pública, pronunciada com emoção enquanto assistia aos ritos de ordenação. Asiyanto é católico desde criança, com o consentimento de ambos os pais. Com forte desejo de prosseguir a vocação sacerdotal, dirigiu-se ao Seminário dos Verbitas e pediu a bênção de sua mãe. Ela disse: “Segue o teu coração”. Uma mãe que criou o seu filho tendo bem presente “o maior dom, a liberdade de se tornar sacerdote”, diz hoje pe. Robertus.

Filho de pai católico e mãe muçulmana, hoje é pároco no Brasil

Padre Agustin Horowura, sacerdote e missionário indonésio de trinta anos, também pertence à Sociedade do Verbo Divino e hoje é pároco no Brasil. A sua vocação também começou em Flores e cresceu no Seminário dos Padres Verbitas da Diocese de Maumere (uma das cinco dioceses de Flores). Desde jovem sentiu o desejo de “pertencer completamente a Deus”. Ele contou ao pai, católico, e à mãe, muçulmana. E a mulher, desde sua infância, acompanhava-o à paróquia católica para frequentar o catecismo, atendendo ao seu pedido de seguir a preparação para a Primeira Comunhão e depois a Crisma. Não hesitou, então, em acertar com o reitor a sua entrada no Seminário: Agustín queria ser padre.

Depois de um caminho em que os seus pais sempre o apoiaram, no dia da sua ordenação sacerdotal a família de Agustín, tios e tias católicos, avós, parentes e amigos muçulmanos, reuniram-se partilhando a alegria de uma escolha de vida que é considerada um dom precioso para todos, cristãos ou muçulmanos, porque “na Indonésia a presença de famílias com membros que professam confissões diferentes é vivida com grande naturalidade, sem qualquer preconceito ou sem que isso represente um problema”, afirma o pároco, agradecendo “ao meu pai, à minha mãe, todos os meus familiares católicos e muçulmanos: o seu apoio fortaleceu os meus passos”. Hoje ele sente “uma alegria imensa ao pensar na minha ordenação sacerdotal, porque vejo a minha família unida e todos os familiares muçulmanos que quiseram participar e alegrar-se comigo, na igreja e na festa”.

Na ordenação, comunhão espiritual com parentes muçulmanos

Também na ilha de Sumba, uma das Pequenas Ilhas da Sonda, padre Frederikus Mayolus Jefrigus Ghoba fala da “atmosfera de comunhão espiritual compartilhada com seus parentes muçulmanos quando foi ordenado sacerdote na Catedral de Waitabula”. O forte vínculo humano e espiritual, diz ele, ainda perdura e se fortalece com o passar dos anos.

Padre Edi Prasetyo SCJ, sacerdote católico da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (Dehonaiani) lembra com emoção o abraço com sua avó, muçulmana fervorosa, presente na Missa de ordenação realizada na Malásia com outros confrades em 2019 e conta: “Todos membros da família alargada e os parentes das famílias de ambos os pais, cristãos e muçulmanos, estavam presentes nessas celebrações e em tantas outras, para imensa alegria de todos”.

A religiosa católica e sua devota irmã muçulmana

Famílias islâmico-cristãs são encontradas espalhadas por todo o país. Na ilha de Sumatra, onde a situação social e religiosa é muito diferente daquela de Flores e os cristãos são uma pequena minoria, a história de duas irmãs gêmeas que percorreram dois caminhos diferentes chamou a atenção e ofereceu um exemplo de convivência e de amor profundo: uma é muçulmana devota, segue as práticas da sua fé e participa na peregrinação a Meca; a outra, Irmã Tarcisiana M., é católica e ingressou na Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração em Merauke, na Papua indonésia, onde trabalha em um orfanato. Ambas têm um amor visceral uma pela outra, vivem boas relações na família que continua a ser o lugar acolhedor onde regressam para vivenciar o amor reciproco, no profundo respeito pelas suas diferentes crenças.

Pais aceitam com serenidade diferentes crenças dos filhos

Também na ilha de Java há exemplos iluminados: o Sr. Budi e a Sra. Rosa (nomes fictícios por razões de privacidade, ndr.) vivem em Cibinong, na província de Java Ocidental. Todos os dias, o marido administra a atividade da família de venda de frangos em mercados e restaurantes. Ele e sua esposa aderem às crenças confucionistas. Têm três filhos: o mais velho, Cakra, tem 35 anos e é casado com Rena, também de 35 anos: têm dois filhos e professam a fé cristã. A segunda filha de Budi e Rosa, Kristin, 33 anos, é casada com Karam, eles têm um filho e seguem o Islã. Tara, 30 anos, terceira filha, é casada com Rudi: o casal tem um filho e são católicos.

Budi e Rosa aceitam com serenidade as diferentes crenças de seus filhos. Quando é celebrada uma festividade religiosa, as famílias dos parentes se unem para felicitações e celebrações compartilhadas. As diferenças religiosas não impedem os laços familiares harmoniosos. Foi isso que ensinaram aos filhos Rosa e Budi. Este espírito vive na grande família inter-religiosa.

(vaticannews)

Papa na Indonésia colocará algumas questões-chave no centro do debate público, diz jesuíta


Para Pe. Ismartono SJ, “a visita de Francisco não só terá um impacto a curto prazo, mas também terá implicações a longo prazo. Esperamos e acreditamos que possa realmente influenciar positivamente o debate público, o debate nos meios de comunicação de massa, o pensamento da opinião pública, os valores sociais, a ação da política na Indonésia”.

“A visita do Papa Francisco à Indonésia constituirá uma preciosa oportunidade para focar a opinião pública e o debate nacional, orientado por jornalistas, intelectuais e especialistas, em alguns temas-chave como: diálogo inter-religioso, justiça social, cuidado do meio ambiente, paz, ética política".

A avaliação à Agência Fides é do jesuíta indonésio Ignazio Ismartono, 79 anos, por anos responsável pela Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Indonésia, atualmente diretor da ONG Sahabat Insan ("Amigos da Humanidade "), organização humanitária com sede em Jacarta, reconhecida pela Igreja e pelo Estado, que cuida de migrantes e vítimas de tráfico de seres humanos.

“Ao explorar estes temas - são os votos do jesuíta - será possível enriquecer o debate público, aprofundar a compreensão de questões cruciais, proporcionar novas perspectivas, inspiradas na presença do Papa Francisco na Indonésia, que traz essencialmente uma mensagem evangélica”.

Diálogo inter-religioso

O primeiro tema que será importante e é uma característica distintiva da Indonésia é "diálogo inter-religioso e a harmonia entre comunidades religiosas. A Indonésia - recorda Pe. Ismartono -, é conhecida pelo seu pluralismo religioso e a visita do Papa Francisco é certamente uma oportunidade para discutir as formas e os caminhos de diálogo inter-religioso, de tolerância religiosa e promoção da harmonia entre diferentes comunidades de fé, neste parte do mundo e também em nível internacional". 

Justiça social e desigualdades

Um segundo tema-chave é o da justiça social e das desigualdades: "O Papa Francisco, no seu magistério, colocou ênfase na defesa da justiça social, na redução da pobreza e na urgência de enfrentar as desigualdades econômicas, como disse também em vista o Ano jubilar. Estes temas ressoam e são cruciais no contexto socioeconômico da Indonésia: como sociedade civil, como nação, devemos abordá-los seriamente”, insiste.

Cuidado da criação

E não se pode esquecer, afirma, a proteção do ambiente: “Com a Encíclica Laudato si, o Papa expressou-se abertamente sobre os problemas ambientais e as alterações climáticas. É tempo de assumir isso também em nossa nação. Dada a diversidade ecológica e os desafios ambientais da Indonésia, esperamos que o debate público também possa centrar-se no compromisso com o desenvolvimento sustentável e no impacto das alterações climáticas, questões a serem abordadas para o bem comum da sociedade."

Ética na política

A presença do Papa, por outro lado, destacará "a necessidade de uma liderança política baseada na ética: "O estilo de liderança e os princípios éticos do Papa Francisco - observa ele - podem inspirar e constituir um modelo no nosso cenário político, para a governança da Indonésia. Perante o problema da corrupção, precisamos de líderes que tenham uma base moral sólida, para que possam moldar as políticas nacionais de acordo com os valores do respeito pela dignidade humana e pelos direitos humanos, de atenção aos mais vulneráveis”.

A paz

Padre Ismartono recorda que o Papa também leva uma bagagem de diplomacia orientada para a paz: “A sua presença sublinha a intersecção entre a diplomacia global e influência religiosa: a sua visita tem implicações fecundas para as relações internacionais. Pode-se pensar na imagem da Indonésia e no seu papel na diplomacia, por exemplo no quadrante do Sudeste Asiático, também pela contribuição de líderes religiosos". Neste sentido – observa – “será possível explorar e aprofundar o intercâmbio cultural entre o Vaticano e a Indonésia, destacando as possibilidades e os campos de colaboração em vários fóruns internacionais”.

Por todas estas razões, e esta é a esperança do jesuíta, “a visita de Francisco não só terá um impacto a curto prazo, mas também terá implicações a longo prazo. Esperamos e acreditamos que possa realmente influenciar positivamente o debate público, o debate nos meios de comunicação de massa, o pensamento da opinião pública, os valores sociais, a ação da política na Indonésia”.

*Agência Fides

 

Hoje é celebrado o martírio de são João Batista, decapitado por anunciar a Verdade


Martírio de são João Batista. ??
Martírio de são João Batista. | Crédito: ACI Digital.
 

“Na verdade, vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista”. Assim se referiu Jesus Cristo ao seu primo, o qual morreu decapitado por anunciar a Verdade, fato que é recordado hoje (29), quando a Igreja Católica celebra o martírio de são João Batista.

Em sua audiência geral de 29 de agosto de 2012, o papa Bento XVI destacou que João Batista é o único santo na Igreja – além do próprio Jesus Cristo e da Virgem Maria – do qual se celebra tanto o nascimento (24 de junho), como a sua morte, ocorrida através do martírio.

Mas esta memória “remonta à dedicação de uma cripta de Sebaste, em Samaria onde, já em meados do século IV, se venerava a sua cabeça. Depois, o culto se estendeu a Jerusalém, às Igrejas do Oriente e a Roma, com o título de Degolação de São João Batista”, explicou.

O papa Bento XVI acrescentou que “no Martirológio romano faz-se referência a uma segunda descoberta da preciosa relíquia, transportada naquela ocasião para a igreja de São Silvestre no Campo de Marte, em Roma. Estas breves referências históricas ajudam-nos a compreender como é antiga e profunda a veneração de São João Batista”.

Sobre São João Batista há narrações nos Evangelhos, em particular de Lucas, que fala de seu nascimento, vida no deserto, pregação, e de Marcos, que menciona sua morte.

Pelo evangelho e pela tradição é possível reconstruir a vida do Precursor. Negou categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, o qual assinalou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas margens do Rio Jordão como o Cordeiro de Deus, aquele de quem não era digno de desatar as sandálias.

Sua figura parece ir se desfazendo à medida que vai surgindo “o mais forte”, Jesus. Todavia, “o maior dentre os profetas” não cessou de fazer ouvir a sua voz onde fosse necessária para consertar os sinuosos caminhos do mal.

João Batista reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e da cunhada Herodíades, com quem tinha uma relação adúltera. Mas, a suscetibilidade de ambos lhe custou a prisão em Maqueronte, na margem oriental do mar Morto.

O relato da morte de São João Batista está no evangelho de são Marcos, capítulo 6, versículos 17 a 29, no qual narra o banquete oferecido por Herodes pelo seu aniversário, onde a filha de Herodíades dançou.

Herodes gostou tanto da dança que prometeu a jovem que cumpriria qualquer pedido que ela fizesse. Ela, então, por sugestão de sua mãe, pediu a cabeça de João Batista, que lhe foi entregue em um prato.

Para o papa emérito, “celebrar o martírio de são João Batista recorda-nos, também a nós cristãos deste nosso tempo, que não se pode comprometer o amor a Cristo, à sua Palavra e à Verdade. A Verdade é a Verdade, não há comprometimentos”.

O papa Francisco, ao falar sobre a vida de são João Batista em fevereiro de 2015, recordou os “mártires dos nossos dias, aqueles homens, mulheres e crianças que são perseguidos, odiados, expulsos das casas, torturados, massacrados”. O Pontífice sublinhou que esses mártires “terminam sua vida sob a autoridade corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo”.

 

Laudes da Memória do Martírio de São João Batista

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

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Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 28.08.2024

Audiência Geral 28 de agosto de 2024 Papa Francisco

(Texto)

PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Praça São Pedro
Quarta-feira, 28 de agosto de 2024


O texto a seguir inclui também as partes não lidas que são igualmente consideradas como pronunciadas:

Catequese. Mar e deserto.

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje interrompo a catequese habitual e desejo deter-me convosco para pensar nas pessoas que – até neste momento - atravessam mares e desertos para chegar a uma terra onde viver em paz e segurança.

Mar e deserto: estas duas palavras reaparecem em muitos testemunhos que recebo, tanto de migrantes como de pessoas comprometidas em socorrê-los. E quando digo “mar”, no contexto das migrações, refiro-me também ao oceano, ao lago, ao rio, a todas as massas de água traiçoeiras que tantos irmãos e irmãs em todas as partes do mundo são obrigados a atravessar para chegar à sua meta. E “deserto” não é apenas de areia e dunas, ou rochoso, mas também todos os territórios inacessíveis e perigosos, como as florestas, as selvas, as estepes, onde os migrantes caminham sozinhos, abandonados a si próprios. Migrantes, mar e deserto. As rotas migratórias de hoje são frequentemente marcadas por travessias de mares e desertos, que para muitas, demasiadas - demasiadas! - pessoas acabam por ser mortais. Por isso, hoje quero refletir sobre este drama, esta dor. Conhecemos melhor algumas destas rotas, porque estão muitas vezes sob os holofotes; outras, a maior parte delas, são pouco conhecidas, mas nem por isso menos percorridas.

Falei muitas vezes do Mediterrâneo, porque sou Bispo de Roma e porque é emblemático: o mare nostrum, lugar de comunicação entre povos e civilizações, tornou-se um cemitério. E a tragédia é que muitas, a maioria destas mortes, poderiam ter sido evitadas. É preciso dizer claramente: há quem trabalhe sistematicamente com todos os meios para afastar os migrantes - para afastar os migrantes. E isto, quando é feito de modo consciente e responsável, é um pecado grave. Não esqueçamos o que diz a Bíblia: «Não maltratarás o estrangeiro nem o oprimirás» (Ex 22, 20). O órfão, a viúva e o estrangeiro são os pobres por excelência que Deus sempre defende e pede para defender.

Infelizmente, também alguns desertos se tornam cemitérios de migrantes. E até aqui, muitas vezes, não se trata de mortes “naturais”. Não! Às vezes foram levados para o deserto e abandonados lá. Todos conhecemos a fotografia da mulher e da filha de Pato, que morreram de fome e sede no deserto. Na era dos satélites e dos drones, há homens, mulheres e crianças migrantes que ninguém deve ver: escondem-nos. Só Deus os vê e ouve o seu clamor. E esta é uma crueldade da nossa civilização.

Com efeito, o mar e o deserto são também lugares bíblicos repletos de valor simbólico. São cenários muito importantes na história do êxodo, a grande migração do povo conduzido por Deus através de Moisés, do Egito para a Terra prometida. Estes lugares testemunham o drama do povo que foge da opressão e escravidão. São lugares de sofrimento, medo e desespero, mas ao mesmo tempo de passagem para a libertação - e hoje quantas pessoas passam pelos mares, pelos desertos para se libertar - são lugares de passagem para a redenção, alcançar a liberdade e o cumprimento das promessas de Deus (cf. Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, 2024).

Há um Salmo que, dirigindo-se ao Senhor, diz: «Sobre o mar o teu caminho / as tuas veredas sobre as grandes águas» (77, 20). E outro canta assim: «Conduziu o seu povo pelo deserto, / porque o seu amor é eterno» (136, 16). Estas palavras sagradas dizem-nos que, para acompanhar o povo a caminho da liberdade, o próprio Deus atravessa o mar e o deserto; Deus não permanece à distância, não, partilha o drama dos migrantes, Deus está com eles, com os migrantes, sofre com eles, com os migrantes, chora e espera com eles, com os migrantes. Far-nos-á bem pensar hoje: o Senhor está com os nossos migrantes no mare nostrum, o Senhor está com eles, não com aqueles que os rejeitam.

Irmãos e irmãs, todos poderíamos concordar com uma coisa: nesses mares e desertos mortais, os migrantes de hoje não deveriam estar - e infelizmente estão. Mas não é através de leis mais restritivas, não é mediante a militarização das fronteiras, não é através de rejeições que alcançaremos este resultado. Ao contrário, só o conseguiremos ampliando as rotas de entrada seguras e regulares para os migrantes, facilitando o refúgio para quantos fogem das guerras, da violência, da perseguição e de muitas calamidades; só o conseguiremos favorecendo, em todos os sentidos, uma governance global das migrações fundamentada na justiça, na fraternidade e na solidariedade. E unindo forças para combater o tráfico de seres humanos, para impedir os traficantes criminosos que exploram sem piedade a miséria dos outros.

Prezados irmãos e irmãs, pensai em tantas tragédias de migrantes: quantos morrem no Mediterrâneo! Pensai em Lampedusa, em Crotone... quantas coisas horríveis e tristes! E gostaria de concluir reconhecendo e louvando o esforço de tantos bons samaritanos, que fazem o possível para socorrer e salvar os migrantes feridos e abandonados nas rotas da esperança desesperada, nos cinco continentes. Estes homens e mulheres corajosos são sinal de uma humanidade que não se deixa contagiar pela cultura negativa da indiferença e do descarte: o que mata os migrantes é a nossa indiferença, a atitude de descarte. E quem não pode estar como eles “na linha da frente” – penso em tantas pessoas boas que estão na linha da frente, em Mediterranea Saving Humans e em tantas outras associações - não está excluído desta luta de civilização: não podemos estar na linha da frente, mas não estamos excluídos; há muitas formas de oferecer a própria contribuição, sobretudo com a oração. E pergunto-vos: rezais pelos migrantes, por aqueles que vêm para as nossas terras a fim de salvar a vida? E “vós” quereis rejeitá-los.

Caros irmãos e irmãs, unamos os corações e as forças, para que os mares e os desertos não sejam cemitérios, mas espaços onde Deus possa abrir caminhos de liberdade e fraternidade.

___________

Saudações:

Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa, de modo especial aqueles vindos de Portugal e os peregrinos das Paróquias Cristo Bom Pastor e Nossa Senhora da Paz, de Porto Alegre. Ajudemos de todos os modos possíveis os migrantes de hoje, também com o sustento da nossa oração. Deus vos abençoe!

_____________

Resumo da catequese do Santo Padre:

Nesta catequese voltamos o nosso pensamento para as pessoas que – também no momento presente – atravessam mares e desertos para chegar nalguma terra onde possam viver em paz e segurança. “Mar” e “deserto” são palavras muito presentes nos testemunhos, sejam dos migrantes, sejam das pessoas que os socorrem. As rotas migratórias atuais são marcadas por longas travessias de mares e desertos, que para muitas pessoas tornam-se mortais. Podemos estar todos de acordo que os migrantes de hoje não deveriam ser forçados a estas travessias onde tantas vezes encontram a morte. É louvável o trabalho de tantos “bons samaritanos” que se empenham por socorrer e salvar os migrantes nos 5 continentes, fazendo com que mar e deserto não sejam cemitérios, mas espaços onde Deus abre caminhos de liberdade e de fraternidade.



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China reconhece bispo e Santa Sé fala em ‘fruto positivo’ do acordo com o regime comunista


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Uma bandeira da China na Praça de São Pedro. Imagem referencial. | Daniel 
Ibáñez/ACI Prensa
 

A Santa Sé está satisfeita como fato de que dom Melchior Shi Hongzhen foi oficialmente reconhecido hoje (27) como bispo de Tianjin pelo governo comunista da China.

Segundo comunicado (link em italiano) divulgado hoje (27) pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o reconhecimento é “um resultado positivo do diálogo estabelecido ao longo dos anos entre a Santa Sé e o Governo chinês”.

Dom Melchior Shi Hongzhen, de 94 anos, nasceu em 7 de outubro de 1929, foi ordenado sacerdote em 4 de julho de 1954 e consagrado bispo coadjutor de Tianjin em 15 de junho de 1982.

Ele foi nomeado bispo de Tianjin em 8 de junho de 2019, sucedendo a dom Stephen Li Side. A diocese de Tianjin tem cerca de 56 mil fiéis, distribuídos em 21 paróquias, servidos por 62 sacerdotes e um número considerável de religiosos.

Negociações sobre a nomeação de bispos na China

Na China conviviam em conflito a Igreja clandestina e a chamada Igreja patriótica estabelecida pelo governo comunista chinês. O governo não reconhecia bispos nomeados pelos papas e os papas não reconheciam bispos nomeados pelo governo chinês.

Em setembro de 2018, a Santa Sé e a China assinaram um acordo provisório sobre a nomeação de bispos, cujo conteúdo é secreto. Esse acordo foi renovado duas vezes, a última em setembro de 2022.

Em abril de 2023, o bispo de Haimen, China, dom Joseph Shen Bin, foi nomeado bispo de Xangai pelo Conselho dos Bispos Chineses, conferência episcopal controlada pelo regime comunista, sem consulta com a Santa Sé.

Meses depois, o papa Francisco aprovou a nomeação.

 (acidigital)

Palavra de Deus | Não vos deixeis enganar (Mt 23,27-32) Ir. Maria Raquel...

Em tua luz, Senhor, vemos a luz - Canto novo - Caminho Neocatecumenal ( ...

Sete dados que deve conhecer sobre santo Agostinho de Hipona


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Santo Agostinho. Domínio Público 
 

No artigo a seguir, você encontrará sete dados que deve conhecer e compartilhar sobre santo Agostinho de Hipona, bispo, médico e padre da Igreja, cuja festa é celebrada hoje (28).

1. Nasceu na África

Santo Agostinho nasceu no ano 354, em Thagaste, Numídia (atual Argélia) em uma família de classe alta.

Seu pai, Patrício, era pagão, embora tenha se convertido ao cristianismo pouco antes de morrer. Por outro lado, sua mãe, santa Mônica, era cristã e rezou durante vários anos pela conversão de seu esposo e de seu filho.

2. Levou uma vida libertina em sua juventude

Santo Agostinho participou do que são Paulo chama delicadamente de "paixões juvenis" (2 Timóteo 2,22), ou seja, entregou-se a uma vida libertina e cometeu vários pecados de impureza.

Aos 19 anos, começou a conviver com uma mulher. Seu nome é desconhecido, porque Agostinho não a registrou deliberadamente, talvez por causa da sua reputação.

A mulher não pertencia à classe social de Agostinho e nunca se casaram. Entretanto, tiveram um filho chamado Adeodato (Adeodatus em latim, "Dado por Deus" ou, mais coloquialmente, "dom de Deus").

3. Pertenceu a uma seita

Apesar de sua educação cristã, Agostinho abandonou a fé e se tornou maniqueísta, o que surpreendeu a sua mãe.

O maniqueísmo era uma seita gnóstica e dualista fundada no ano 200 d.C. por um homem iraniano chamado Mani.

4. Começou a sua conversão lendo dois versículos da Bíblia

Quando ensinava retórica em Milão (Itália), com o apoio da sua mãe, começou a ter mais contato com os cristãos e com a literatura cristã.

Um dia, no verão do ano 386, ouviu a voz de uma criança cantando em latim "Tolle, lege", que significa "Pega e lê; pega e lê". O Santo abriu uma bíblia que estava do seu lado e abriu uma página aleatória. Encontrou o capítulo 13, 13-14 da carta de São Paulo aos romanos que dizia:

“Não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação... Revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne”.

Aplicando isto à sua própria vida, Agostinho começou seriamente o seu processo de conversão. Foi batizado, junto com Adeodato, na Vigília Pascal mais próxima.

5. Tornou-se um Padre da Igreja

No ano de 388, Agostinho, Mônica e Adeodato se prepararam para voltar ao norte da África. Infelizmente, Mônica só chegou a Ostia, porto da cidade de Roma, onde faleceu. Adeodato também faleceu quando chegou à África.

Isso deixou Agostinho sozinho. Depois, decidiu vender quase todos os seus bens para dar seu dinheiro aos pobres. Ficou somente com a casa da sua família, que converteu em um mosteiro.

Em 391, foi ordenado sacerdote da diocese de Hipona (na Argélia) e quatro anos depois se tornou bispo coadjutor da cidade e depois bispo titular.

Como bispo, escreveu extensa e prodigiosamente. Foi por essa razão que o valor dos seus escritos o converteram em um Padre da Igreja.

6. Também é um Doutor da Igreja

Junto com são Gregório Magno, santo Ambrósio e são Jerônimo, santo Agostinho foi um dos quatro doutores originais da Igreja. Foi proclamado doutor pelo papa Bonifácio VII, em 1298.

Esta nomeação ocorreu devido ao valor extraordinariamente grande dos seus escritos, que incluem importantes obras teológicas, filosóficos e espirituais.

 

Hoje é celebrado santo Agostinho, doutor da Igreja


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Santo Agostinho, doutor da Igreja. | Crédito: ACI Digital.
 

A Igreja celebra hoje (28) santo Agostinho, doutor da Igreja e “padroeiro dos que procuram Deus”, o qual em suas “Confissões” disse a Deus sua famosa frase: “Tarde te amei, ó Beleza sempre antiga, sempre nova. Tarde te amei”.

Santo Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagaste, ao norte da África. Foi filho de Patrício e Santa Mônica, que ofereceu orações pela conversão de seu marido e de seu filho.

Em sua juventude, entregou-se a uma vida dissoluta. Conviveu com uma mulher por aproximadamente 14 anos e tiveram um filho chamado Adeodato, que morreu ainda jovem.

Agostinho pertenceu à seita do maniqueísmo até que conheceu santo Ambrósio, por quem ficou impactado e começou a ler a Bíblia.

No ano 387, foi batizado junto com seu filho. Sua mãe faleceu naquele mesmo ano. Mais tarde, em Hipona, foi ordenado sacerdote e em seguida bispo, ficando a cargo dessa diocese por 34 anos. Combateu as heresias de seu tempo e escreveu muitos livros, sendo o mais famoso sua autobiografia intitulada “Confissões”.

Em 28 de agosto de 430, adoeceu e faleceu. Seu corpo foi enterrado em Hipona, mas logo foi transladado a Pavia, Itália. É um dos 33 Doutores da Igreja, recordado como o Doctor Gratiae (doutor da Graça).

Para o papa emérito Bento XVI, santo Agostinho foi um “bom companheiro de viagem” em sua vida e ministério. Em janeiro de 2008, referiu-se a ele como “homem de paixão e de fé, de alta inteligência e de incansável solicitude pastoral… deixou um rastro profundo na vida cultural do Ocidente e de todo o mundo”.

Em agosto de 2013, o papa Francisco, durante a missa de abertura do capítulo geral da Ordem de Santo Agostinho, referiu-se ao santo como um homem que “comete erros, toma também caminhos equivocados, é um pecador; mas não perde a inquietação da busca espiritual. E deste modo descobre que Deus lhe esperava; mais ainda, que jamais tinha deixado de lhe buscar primeiro”.

Quem também fez grande difusão da vida e obra deste doutor da Igreja foi são João Paulo II, que redigiu a carta apostólica “Augustinum Hipponensem”, em 1986, por ocasião do XVI centenário da conversão de santo Agostinho.

Laudes da Memória de Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja

terça-feira, 27 de agosto de 2024

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Neste dia de santa Mônica, reze por sua família com estas orações


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Proclamada padroeira das mães cristãs, santa Mônica rezava constantemente e oferecia sacrifícios por sua família, até que conseguiu ver a conversão de seu marido e também de seu filho, santo Agostinho.

Patrício, esposo de Mônica, era violento e mulherengo. Após anos de oração, Deus concedeu à santa a graça de vê-lo batizado. Além disso, também rezou durante 15 anos por seu filho Agostinho, que levava uma vida dissoluta, até conseguir ver a conversão dele, que se tornou Bispo e doutor da Igreja.

Neste dia em que a Igreja celebra esta mãe e esposa católica, apesentamos três orações a Santa Mônica pelas famílias:

Oração a santa Mônica pelos filhos

A ti recorro por ajuda e instruções, Santa Mônica, maravilhoso exemplo de firme oração pelos filhos. Em seus amorosos braços eu deposito meu filho (a) (mencionar aqui os nomes), para que por meio de sua poderosa intercessão possam alcançar uma genuína conversão a Cristo Nosso Senhor. A ti também apelo, mãe das mães, para que peça a Nosso Senhor que conceda o mesmo espírito de oração incessante que te concedeu. Tudo isto lhe peço por meio do mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém.

Oração a santa Mônica pela paz na família

Oh Santa Mônica, que por meio de sua paciência e preces obteve de Deus a conversão de seu marido e a graça de viver em paz com ele, obtém para nós, suplicamos-lhe, a bênção de Deus onipotente, para que a verdadeira harmonia e paz reinem em nossas casas, e que todos os membros de nossas famílias possam alcançar a vida eterna. Amém.

Oração a santa Mônica pelas mães

Mãe exemplar do grande Agostinho, durante 30 anos perseguiu de modo perseverante seu filho rebelde com amor, afeição, perdão, conselho e orações que clamavam ao céu. Intercede por todas as mães neste nosso dia para que possam aprender a conduzir seus filhos a Deus e Sua Santa Igreja. Ensina-as como permanecer perto de seus filhos, inclusive daqueles filhos e filhas pródigos que tristemente se extraviaram. Amém.

 (acidigital)

Hoje é dia de santa Mônica, padroeira das mães cristãs


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Santa Mônica. | Crédito: ACI Digital.
 

“Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”. Este foi o conselho dado por um bispo a santa Mônica, cuja memória litúrgica a Igreja celebra hoje (27).

A santa seguiu este conselho, não se deixou abater pelas dificuldades até ver seu filho, santo Agostinho, convertido. Por essa razão, tornou-se a padroeira das mães cristãs.

Ao recordar a vida desta santa, em 2013, o papa Francisco destacou o exemplo que ela deixa a tantas mulheres que atualmente choram por seus filhos. “Quantas lágrimas derramou aquela santa mulher pela conversão do filho! E quantas mães, também hoje, vertem lágrimas a fim de que os seus filhos voltem para Cristo! Não percais a esperança na graça de Deus!”, disse.

Santa Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, em 331. Ainda jovem e por um acordo dos seus pais, casou-se com Patrício, um homem violento e mulherengo.

Algumas mulheres lhe perguntaram por que o seu marido nunca lhe batia, então lhes disse: “É que, quando meu marido está de mau humor, eu me esforço por estar de bom humor. Quando ele grita, eu me calo. E para brigar é preciso de dois e eu não aceito a briga, pois... não brigamos”.

Suportando tudo no silêncio e mansidão, encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo, que mudou de vida, batizou-se e morreu como bom cristão.

Mas a dor dessa mulher não terminaria aí. Agostinho, seu filho mais velho, tinha atitudes egoístas, caprichosas e não se aproximava da fé. Levava uma vida dissoluta e ela sofria por ver o seu filho afastado de Deus. Por isso, durante anos continuou rezando e oferecendo sacrifícios.

Agostinho se tornou um brilhante professor de retórica em Cartago. Mais tarde, foi, às escondidas, para Roma e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor em uma importante universidade. Em Milão começaria também sua busca por respostas que a vida intelectual não oferecia. Abraçou o maniqueísmo e rejeitava a proposta da fé cristã.

Mônica não desistiu e viajou atrás de seu filho. Ela sentiu que a sua missão foi realizada quando, tempos depois, santo Agostinho foi batizado na Páscoa de 387. Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu, em 27 de agosto de 387.

O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto à Santa Mônica, em 1153, quando a proclamou padroeira das mães cristãs.

Sobre sua mãe, santo Agostinho, que se tornou bispo e doutor da Igreja, escreveu: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.

No Ângelus de 27 de agosto de 2006, o papa Bento XVI, recordando estes dois santos, disse: “Santa Mônica e Santo Agostinho nos convidam a dirigirmo-nos com confiança a Maria, Sede da Sabedoria. A Ela confiemos os pais cristãos para que, como Mônica, acompanhem com o exemplo e a oração o caminho dos filhos”.