Santo Cura de Ars, um exemplo de sacerdote humilde
(apelosdoceu.com/blog/?p=4629)
Dois nomes entre todos os santos do céu me assombram mais que todos. Um deles é São Pio de Pietralcina e o outro o Santo Cura de Ars. Para mim, se tivesse que escolher, eu os colocaria no topo da classificação entre os santos, por causa de uma característica em que ambos foram ímpares: o atendimento da Confissão! A aplicação perfeita do grande sacramento da reconciliação. Foi ali, no fundo de seus confessionários, onde se tornaram grandes, entre os maiores. Acredito que, juntos, os dois fizeram em vida mais de 4 milhões de confissões.
Exemplo para os padres que não sabem confessar, porque não querem ser santos. Exemplo de sacerdócio humilde, que se exerce no cuidado zeloso das almas, jamais na caridade inútil dos corpos, quando vem divorciada da primeira. O céu infinito é dos padres que sabem e apreciam confessar, e confessar-se. Padre que não atende confissões, nem se confessa, pode até ganhar o céu, mas – se se pode dizer assim – terá um céu de quinta categoria.
O Papa Bento XVI convocou um Ano Sacerdotal, por ocasião do 150º aniversário da morte do Santo Cura d’Ars, proclamado padroeiro dos sacerdotes. O tema escolhido para o Ano Sacerdotal é “fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”. A abertura será em 19 de Junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia de Santificação Sacerdotal, em presença da relíquia do Santo Cura d’Ars. O objectivo deste ano, segundo o Papa é “ajudar a perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade”.
Certo dia de 1818, alguns padres lamentavam, diante do bispo da cidade de Belley, na França a extrema ignorância teológica de um padre, de 32 anos. O padre em questão era ignorante da cultura do século! Tinha sido despedido do primeiro seminário, aos 20 anos, porque não assimilava o latim. A teologia e a liturgia estavam fora do alcance de sua escassa inteligência. Tentara um segundo seminário e pelas mesmas razões, fora recusado.
Esse era o Padre João Batista Maria Vianney que nasceu em 1786, perto de Lion, na França, de família camponesa, pobre e humilde. Apesar dos insucessos inicias, queria tanto ser padre que seu antigo pároco compadeceu-se de sua aflição e resolveu prepará-lo pessoalmente, para o que obteve autorização do bispo local. Assim ajudado, chegou ao diaconato com 28 anos e no ano seguinte, ao sacerdócio.
Não se sabe se por precaução, sua ordenação foi feita, de forma simples, na capela do Seminário Menor de Grenoble e, em seguida, nomearam-no coadjutor do seu antigo pároco para que este lhe completasse a formação. Ali permaneceu por mais três anos. Não aprendeu nem o básico. Quando muito serviria para capelas distantes de pequenas cidades.
No período (1786/1814), a França vivia o clima de efervescência dos tempos da Revolução Francesa e da ascensão e queda do império napoleónico. A razão humana era a nova deusa e entendia-se que, juntamente com sua filha dilecta, a Ciência explicaria todos os mistérios. O que não conseguisse explicar seria utopia buscar nos ensinamentos de fé.
Todavia, a Santa Madre Igreja caminhava fiel ao Deposito da Fé e a sua missão libertadora.
(continua)
BOM DIA, PLENO DE GRAÇA E BELEZA!
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