quinta-feira, 2 de julho de 2009

Santo Cura de Ars, Padroeiro dos Sacerdotes 1

Santo Cura de Ars, um exemplo de sacerdote humilde


(continuação)


Ao Padre Vianney ninguém lhe fazia prognósticos animadores. Faltavam-lhe os apregoados dotes da razão que tanto faziam a grandeza dos séculos das luzes.

A orientação eclesiástica era preparar Henri Lacordaire (1802-1861), frade dominicano que destacou como grande pregador e era aplaudido nos centros de ensino da época. A Igreja buscava destacar o divino e expurgar o exagero de certas conceituações humanas.

Lacordaire e João Maria Vianney! Que enorme distância intelectual os separava. O século fazia apostas no primeiro, mas Deus dispunha, à Sua maneira, dos dois, cada qual numa área especifica. Por essa razão, os padres estavam queixando-se ao bispo de Belley e pela mesma razão o bispo lhes respondera: “Não sei se ele é instruído; sei que é iluminado”.

Na verdade, o Padre Vianney era diferente. A par da simplicidade mais natural e de uma autêntica humildade, irradiava dele algo superior à inteligência, uma forma mais elevada de ver as coisas, que se manifestava nos conselhos que dava no jeito de conversar com as pessoas, de lhes ouvir os problemas e de lhes sugerir soluções ou confortá-las.

Assim chegou o Padre Vianney à pequena cidade de Ars-em-Dombes, de nada mais que 200 a 300 habitantes, no dia 9 de Fevereiro de 1818 para cuidar de uma capela semi-abandonada. Não era paróquia. Lá ficaria durante 41 anos, até na madrugada de 4 de Agosto de 1859, quando morreu aos 73 anos.

Ao chegar à cidadezinha ficou meio confuso, porque a neblina cobria as casas. Então perguntou a um garoto: “Menino, onde está Ars?” O menino apontou com o dedo dizendo-lhe: “É ali mesmo”. E João Maria Vianney disse ao menino: “Você me ensinou o caminho de Ars, e eu lhe ensinarei o caminho do céu”.

O Padre entrou no povoado levando muitos sonhos e esperanças. Nem imaginava quanto iria sofrer ali dentro. Ars era pequena no tamanho, mas enorme quanto aos problemas: muitas casas de jogatina, de prostituição, de vícios, cidade paganizada. A capela estava sempre vazia.

O Padre Vianney se pôs a rezar, fazer jejuns e penitência. Visitava as famílias e as convidava para a Santa Missa. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Diante disso, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”.

(continua)

TEM UM BOM DIA.


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