quarta-feira, 30 de setembro de 2020

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 30 09 2020

Papa: encontrar a cura também para os grandes vírus humanos e socioeconômicos

                                                                    Audiência Geral de 30 de setembro de 2020


"Um pequeno vírus continua causando feridas profundas e desmascara as nossas vulnerabilidades físicas, sociais e espirituais. Mostrou a grande desigualdade que reina no mundo: desigualdade de oportunidades, de bens, de acesso aos cuidados médicos, de tecnologia, educação, milhões de crianças não podem ir à escola, e assim por diante", disse Francisco na Audiência Geral.


                                                                                        Mariangela Jaguraba - Vatican News


“Curar o mundo. Preparar o futuro junto com Jesus que salva e cura.” Este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (30/09), realizada no Pátio São Dâmaso, dedicada ao tema da pandemia de coronavírus.


O Pontífice recordou que “nas últimas semanas, à luz do Evangelho, refletimos juntos sobre como curar o mundo que sofre de um mal-estar que a pandemia realçou e acentuou”. “O mal-estar já existia. A pandemia o acentuou e aumentou. Percorremos os caminhos da dignidade, da solidariedade e da subsidiariedade, caminhos indispensáveis para promover a dignidade humana e o bem comum”, sublinhou Francisco.


Na qualidade de discípulos de Jesus, começamos a seguir os seus passos optando pelos pobres, repensando o uso dos bens e cuidando da Casa comum. No meio da pandemia que nos aflige, ancoramo-nos nos princípios da Doutrina Social da Igreja, deixando-nos guiar pela fé, esperança e caridade. Aqui encontramos uma ajuda sólida para ser agentes de transformação que sonham alto, não se detêm nas mesquinharias que dividem e magoam, mas encorajam a gerar um mundo novo e melhor.


Gritos que exigem de nós outro rumo


O Papa frisou que gostaria que este percurso continuasse quando terminar suas catequeses sobre o tema da pandemia, que possamos continuar caminhando juntos, «mantendo o nosso olhar fixo em Jesus», que salva e cura o mundo.


O Evangelho nos mostra que “Jesus curou doentes de todos os tipos, restituiu a visão aos cegos, a palavra aos mudos, a audição aos surdos. Quando curava doenças e enfermidades físicas, curava também o espírito, perdoando os pecados, porque Jesus perdoa sempre, assim como as “dores sociais”, incluindo os marginalizados. Jesus, que renova e reconcilia cada criatura, nos concede os dons necessários para amar e curar como Ele sabia fazer, para cuidar de todos sem distinção de raça, língua ou nação”.


Segundo Francisco, “para que isto aconteça realmente, temos necessidade de contemplar e apreciar a beleza de cada ser humano e de cada criatura. Fomos concebidos no coração de Deus. «Cada um de nós é o fruto de um pensamento de Deus. Cada um de nós é querido, cada um de nós é amado, cada um é necessário». Além disso, toda criatura tem algo a dizer-nos sobre Deus Criador. Reconhecer esta verdade e dar graças pelos laços íntimos da nossa comunhão universal com todas as pessoas e todas as criaturas ativa «um cuidado generoso e cheio de ternura». Ajuda-nos também a reconhecer Cristo presente nos nossos irmãos e irmãs pobres e sofredores, a encontrá-los e a ouvir o seu grito e o grito  da terra que lhe faz eco”. A seguir, acrescentou:


Mobilizados interiormente por estes gritos que exigem de nós outro rumo, exigem mudanças, poderemos contribuir para a cura das relações com os nossos dons e capacidades. Poderemos regenerar a sociedade e não voltar à chamada “normalidade”, que é uma normalidade doente, que estava doente antes da pandemia. A pandemia a acentuou. Agora voltamos à normalidade. Não, isso não é bom. Esta normalidade era doente de injustiça, desigualdade e degradação ambiental.


Um pequeno vírus continua causando feridas profundas


O Papa observou que “a normalidade a que somos chamados é a do Reino de Deus, onde «os cegos veem, os coxos caminham, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres...». Ninguém se faça de bobo olhando para o outro lado! Na normalidade do Reino de Deus o pão chega a todos e sobeja, a organização social baseia-se em contribuir, partilhar e distribuir, não em possuir, excluir e acumular. Estes dois gestos, não? Este é o gesto que faz ir adiante uma sociedade, uma família, um bairro, uma cidade, todos: dar-se, dar, que não é dar esmola, não: é dar do coração. E não o gesto que puxa para trás com egoísmo, a ânsia de possuir e todas essas coisas. A forma cristã de fazer isto não é uma forma mecânica: é uma forma humana. Não poderemos sair da crise, evidenciada pela pandemia, mecanicamente: com novos aparelhos... que são muito importantes! “Eh, Padre, há inteligência artificial...”: é importante, nos faz ir adiante. Não tenha medo dessas coisas, mas sabendo que nem mesmo os meios mais sofisticados podem fazer uma coisa: eles podem fazer muitas coisas, mas não podem fazer uma coisa: a ternura. E a ternura é o sinal da presença de Jesus, o aproximar-se ao próximo para fazer com que vá adiante, para curar, ajudar, sacrificar-se pelo outro. Não se esqueçam disso”.


Um pequeno vírus continua causando feridas profundas e desmascara as nossas vulnerabilidades físicas, sociais e espirituais. Mostrou a grande desigualdade que reina no mundo: desigualdade de oportunidades, de bens, de acesso aos cuidados médicos, de tecnologia, educação, milhões de crianças não podem ir à escola, e assim por diante. Estas injustiças não são naturais nem inevitáveis. São obra do homem, provêm de um modelo de crescimento desligado dos valores mais profundos. O desperdício de alimento. O desperdício do alimento que sobra. Com esse desperdício é possível dar de comer a todos! E isto fez com que muitas pessoas perdessem a esperança e aumentou a incerteza e a angústia.


“É por isso que, para sairmos da pandemia, temos que encontrar a cura não só para o coronavírus, mas também para os grandes vírus humanos e socioeconômicos. E certamente não podemos esperar que o modelo econômico subjacente ao desenvolvimento injusto e insustentável resolva os nossos problemas. Não o fez e não o fará, porque não pode fazê-lo, embora certos falsos profetas continuam prometendo o “efeito dominó” que nunca chega.”


Vocês já ouviram falar do teorema do copo: o importante é que o copo se encha e depois transborda sobre os pobres e outros, e eles recebem as riquezas. Mas existe um fenômeno: o copo começa a encher e quando está quase cheio, o copo cresce e cresce e nunca transborda, nunca. Fiquem atentos!


Trabalhar para gerar boas políticas


Segundo o Pontífice, “temos que trabalhar urgentemente para gerar boas políticas, para conceber sistemas de organização social que recompensem a participação, o cuidado e a generosidade, e não a indiferença, a exploração e os interesses particulares. Temos de ir adiante com ternura. Uma sociedade solidária e equitativa é uma sociedade mais saudável. Uma sociedade participativa, onde os “últimos” são considerados como os “primeiros”, fortalece a comunhão. Uma sociedade onde a diversidade é respeitada é muito mais resistente a qualquer tipo de vírus”.


O Papa concluiu sua catequese, convidando a colocar “este caminho de cura sob a proteção da Virgem Maria, Nossa Senhora da Saúde. Ela, que carregou Jesus no seu ventre, nos ajude a ser confiantes. Animados pelo Espírito Santo, podemos trabalhar juntos para o Reino de Deus que Cristo inaugurou neste mundo, vindo entre nós. Um reino de luz no meio das trevas, de justiça no meio de tantos ultrajes, de alegria no meio de tanta dor, de cura e salvação no meio da doença e da morte. Deus nos conceda “viralizar” o amor e globalizar a esperança à luz da fé”.


Nas pegadas de São Jerônimo


Após a catequese, o Pontífice lembrou que hoje assinou a Carta Apostólica «Sacrae Scripturae affectus», no 16º centenário da morte de São Jerônimo. “Que o exemplo deste grande doutor e Padre da Igreja, que colocou a Bíblia no centro de sua vida, desperte em todos um amor renovado pela Sagrada Escritura e o desejo de viver em diálogo pessoal com a Palavra de Deus”.



(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. Quando Deus pede demais. (30-09-20)

terça-feira, 29 de setembro de 2020

“Vinde ver”. Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão



Este é o tema da mensagem do Papa Francisco para o próximo dia Mundial das Comunicações Sociais. O Santo Padre escolheu as palavras de Filipe para lembrar que a comunicação pode tornar possível a proximidade necessária para reconhecer o que é essencial e compreender realmente o significado das coisas.

                                                                                                                                    Vatican News


Foi divulgado, nesta terça-feira (29/09), o tema da mensagem do Papa Francisco para o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado em maio de 2021.

“'Vinde ver' (Jo 1, 46). Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão” é o tema escolhido pelo Santo Padre.

  

“Vinde ver”. Essas palavras do apóstolo Filipe são centrais no Evangelho: o anúncio cristão, ao invés de palavras, é feito de olhares, testemunhos, experiências, encontros e proximidade. Em uma palavra, vida. Essas palavras, citadas no Evangelho de João (1, 43-46), foram escolhidas pelo Papa Francisco como tema da 55ª Mensagem para o Dia das Comunicações Sociais. “Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão” é o subtítulo.


Eis a citação evangélica: “No dia seguinte, Jesus resolveu partir para a Galileia e encontrou Filipe. Jesus lhe disse: 'Segue-me'. Filipe era de Betsaida, a cidade de André e Pedro. Filipe encontrou Natanael e lhe disse: 'Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José, de Nazaré'. Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair algo de bom? Filipe lhe disse: 'Vem e vê'”.


Na mudança de época que estamos vivendo, num tempo que nos obriga à distância social por causa da pandemia, a comunicação pode tornar possível a proximidade necessária para reconhecer o que é essencial e compreender realmente o significado das coisas.


Não conhecemos a verdade se não fazemos experiência, se não encontramos as pessoas, se não participamos de suas alegrias e tristezas. O velho ditado “Deus encontra você onde você está” pode ser um guia para aqueles que trabalham na mídia ou na comunicação na Igreja. No chamado dos primeiros discípulos, com Jesus que vai ao seu encontro e os convida a segui-lo, vemos também o convite para usar todos os meios de comunicação, em todas as suas formas, para alcançar as pessoas como são e onde vivem.


(vaticannews)


Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 29....

10 Minutos com Jesus. Se tiveres uma tentação, aproveita! (29-09-20)

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 28 09 2020

Encíclica para todos os irmãos e irmãs


«Fratelli tutti» (“Todos irmãos”) é o título que o Papa escolheu para a sua nova encíclica dedicada, como se lê no subtítulo, à “fraternidade” e à “amizade social”. O título original em língua italiana permanecerá tal — e portanto sem ser traduzido — em todas as línguas em que o documento for divulgado. Como se sabe, as primeiras palavras da nova “carta circular” (este é o significado do termo “encíclica”) inspiram-se no grande Santo de Assis de quem o Papa Francisco escolheu o nome.

Enquanto esperamos conhecer o conteúdo desta mensagem, que o Sucessor de Pedro pretende dirigir a toda a humanidade e que assinará no próximo dia 3 de outubro diante do túmulo do Santo, nos últimos dias assistimos a debates a propósito do único dado disponível, isto é, o título e o seu significado. Dado que se trata de  uma citação de São Francisco (que se encontra nas Admoestações, 6, 1: ff 155), o Papa obviamente não a modificou. Mas seria absurdo pensar que o título, na sua formulação, contém alguma intenção de excluir dos destinatários mais de metade dos seres humanos, ou seja, as mulheres.

Pelo contrário, Francisco escolheu as palavras do Santo de Assis para inaugurar uma reflexão com a qual se preocupa muito, sobre a fraternidade e a amizade social e, portanto, tenciona dirigir-se a todas as irmãs e irmãos, a todos os homens e mulheres de boa vontade que povoam a terra. A todos, de modo inclusivo e nunca exclusivo. Vivemos num tempo marcado por guerras, pobreza, migrações, alterações climáticas, crise económica, pandemia: reconhecer-nos irmãos e irmãs, ver em quem encontramos um irmão e uma irmã; e para os cristãos, reconhecer no outro que sofre a face de Jesus, é uma maneira de reafirmar a dignidade irredutível de cada ser humano criado à imagem de Deus. É também uma forma de recordarmos que das dificuldades correntes nunca poderemos sair sozinhos, uns contra os outros, o Norte contra o Sul do mundo, ricos contra pobres.

No passado dia 27 de março, em plena pandemia, o Bispo de Roma rezou pela salvação de todos numa praça de São Pedro vazia, sob a chuva torrencial, acompanhado unicamente pelo olhar doloroso do Crucificado de São Marcelo e pelo olhar amoroso de Maria Salus Populi Romani. «Com a tempestade — disse Francesco — desfez-se a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso “eu” sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos». O tema central da carta papal é esta “abençoada pertença comum” que nos torna irmãos e irmãs.

Fraternidade e amizade social, os temas apontados no subtítulo, indicam o que une homens e mulheres, um afeto que se estabelece entre pessoas que não são parentes de sangue e que se exprime através de gestos benevolentes, com formas de ajuda e ações generosas em momentos de necessidade. Um afeto abnegado pelos outros seres humanos, prescindindo de qualquer diferença e pertença. Por este motivo, não é possível que haja interpretações erradas nem leituras parciais da mensagem universal e inclusiva das palavras “Todos irmãos”.

Andrea Tornielli

(osservatoreromano.va)


Papa aos Miquelitas: 100 anos de dedicação às crianças pobres e aos jovens indefesos



Francisco enviou uma mensagem pelo início das comemorações do centenário de aprovação canônica da Congregação de São Miguel Arcanjo, fundada pelo padre polonês, Bronislau Markiewicz, discípulo de Dom Bosco. O Papa encorajou a prosseguirem no serviço às crianças órfãs e abandonadas, mas também aos jovens atraídos pelos condicionamentos modernos e pelas dependências, além do trabalho eficiente na pastoral das comunicações sociais.


                                                                                                    Alessandro Di Bussolo - Vatican News


O Papa Francisco enviou uma mensagem aos consagrados da Congregação de São Miguel Arcanjo (CSMA), conhecidos como Miquelitas, por ocasião do início do Ano Jubilar pelo centenário da aprovação canônica do instituto religioso, fundado na Polônia pelo Beato Bronislau Markiewicz. A congregação é um dos 30 grupos reconhecidos oficialmente da Família Salesiana de Dom Bosco.


No texto, enviado neste final de semana e dirigido ao superior geral, Pe. Dariusz Wilk, o Papa recordou que a semente de mostarda que a Divina Providência plantou na vida do Pe. Bronislau, o zeloso sacerdote da diocese de Przemyśl a cultivou, antes de tudo, através "da experiência de vida religiosa na congregação salesiana e na amável relação direta com São João Bosco".


O legado do fundador, o Beato Bronislao Markiewicz


Do Papa, então, vieram os convites e os conselhos para a jornada vindoura ao encorajar os Miquelitos para que não se cansem de "ouvir o 'grito' que as crianças e os jovens indefesos carregam impresso nos olhos, tornando-se para eles portadores de esperança e de futuro". Francisco também motivou para que continuem tocando "a miséria humana", "a carne sofredora dos outros", como pede Jesus; os outros que são os menores pobres, órfãos e crianças abandonadas, mas também os jovens "escravos dos condicionamentos modernos e das dependências". Além disso, o Papa incentivou os consagrados a continuarem com o trabalho pastoral "através da palavra impressa" e dos novos meios de comunicação que alcançam muitas pessoas, podem gerar "frutos do bem na mente e na consciência" delas.


A aprovação, em 1921, pelo cardeal Sapieha


Francisco, na mensagem, ao lembrar que Pe. Markiewicz voltou para à sua pátria como o primeiro salesiano polonês, ele "continuou a semear através das obras em favor das crianças pobres e abandonadas, reunindo homens e mulheres, colaboradores do primeiro núcleo do ramo masculino e feminino das futuras Congregações de São Miguel Arcanjo".


O fundador morreu em 1912, e o instituto religioso, tão desejado por ele, foi aprovado em 29 de setembro de 1921 pelo então arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha. Nestes 100 anos, enfatizou Francisco, a herança espiritual do fundador foi adequada por seus filhos que, da Polônia, se espalharam por todos os continentes "às novas urgências pastorais, mesmo às custas do dom supremo da vida" - como testemunha o martírio dos beatos Ladislau Błądziński e Adalberto Nierychlewski.


Perto de crianças órfãs e abandonadas, rejeitadas pela sociedade


O Pontífice lembrou, na mensagem, que o carisma dos Miquelitas, "tão atual como sempre, é caracterizado pela preocupação com as crianças pobres, órfãs e abandonadas, que não são desejadas por ninguém e, muitas vezes, são consideradas um descarte da sociedade". Um compromisso educacional levado adiante, ao longo dos anos, pelas escolas, oratórios, casas de família e de acolhimento, e outras realidades assistenciais e de formação. Francisco escreveu ainda:


“A educação humana e cristã, especialmente para com os pobres e em lugares onde, por vários motivos, ela é carente e não adequadamente garantida pela sociedade, é o maior presente que ainda hoje vocês são chamados a oferecer às crianças e jovens negligenciados.”


Hoje, ao lado dos jovens que se afastam de Deus


Hoje, prosseguiu o Papa, os mais necessitados não são apenas "aqueles que vivem na carência material, mas muitas vezes são escravos dos condicionamentos modernos e das dependências". Por essa razão, a congregação é chamada "a dedicar todo cuidado e atenção às realidades juvenis e sociais expostas ao perigo do mal e do afastamento de Deus".

Enfim, Francisco exortou a prosseguir em um "outro importante campo de apostolado", a pastoral "através da palavra impressa", com a editora "Michalineum" e os dois periódicos "Temperança e Trabalho" e "Quem como Deus" que, "adaptados às necessidades atuais e enriquecidos pela tecnologia moderna, podem alcançar muitas pessoas, gerando frutos de bem na mente e na consciência” delas.


Consagrados a serviço em "modernos hospitais de campo"


O Papa concluiu a mensagem afirmando que os tempos atuais "precisam de pessoas consagradas que saibam olhar cada vez mais para as necessidades dos últimos, que não tenham medo de realizar o carisma dos seus institutos nos modernos hospitais de campo". É necessário, então, "ser homens de comunhão, superar as fronteiras, criar pontes e derrubar os muros da indiferença". E o desejo final do Pontífice:


“Que família religiosa possa continuar a difundir o apostolado de São Miguel Arcanjo, poderoso vencedor sobre os poderes do mal, vendo nisso uma grande obra de misericórdia para a alma e para o corpo.”


(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. Amigos improváveis. (28-09-20)

sábado, 26 de setembro de 2020

Papa: cultura do descarte é um atentado contra a humanidade. ONU seja oficina de paz

                                                                                                                            (videomensagem)

Em seu discurso na 75a Assembleia Geral da ONU, Francisco denunciou as mazelas de uma "humanidade violada" por guerras e pelo desrespeito à vida humana e ao meio ambiente. Neste mundo em conflito, afirmou, é preciso que a ONU "se transforme numa oficina de paz cada vez mais eficaz, em que os membros do Conselho de Segurança, sobretudo os Permanentes, atuem com maior unidade e determinação".


                                                                                                            Bianca Fraccalvieri – Vatican News


Coronavírus, desigualdade, perseguição religiosa, armas, Amazônia e família: estes são alguns dos temas tratados pelo Papa Francisco no seu pronunciamento na 75° Assembleia Geral das Nações Unidas.


Assim como fizeram outros líderes de Estado e de governo, a participação do Pontífice foi virtual, através de uma videomensagem gravada no Vaticano.


O discurso durou pouco mais de 26 minutos, durante os quais Francisco tocou os principais temas da atualidade, começando com o mais urgente e abrangente: a pandemia da Covid-19.


A crise sanitária nos levou a uma encruzilhada: ou enveredamos pelo caminho de uma renovada corresponsabilidade e solidariedade mundial ou percorremos a estrada do isolamento e deixamos de lado os mais vulneráveis. “Esta segunda opção não deve prevalecer”, advertiu Francisco.


O Pontífice então renovou seu apelo aos responsáveis políticos e ao setor privado para que tomem as medidas adequadas para garantir o acesso às vacinas contra a COVID-19. “Se tiver que privilegiar alguém, que seja o mais pobre”, afirmou.

 

Humanidade violada


Ao falar sobre as consequências da pandemia, o Papa se mostrou particularmente preocupado com os trabalhadores, que perdem sempre mais espaço para a “robotização”. “A solidariedade não pode ser uma palavra ou uma promessa vazia”, disse, acrescentando ser necessário encontrar novas formas de trabalho capazes de satisfazer o potencial humano, no respeito da sua dignidade. Em outras palavras, é necessário um “marco ético” mais forte.


A este ponto, Francisco usou uma das expressões mais enfáticas do seu discurso ao afirmar que a cultura do descarte hoje em vigor é um “atentado contra a humanidade”.


“De fato, é doloroso ver quantos direitos fundamentais continuam sendo violados com impunidade. A lista dessas violações é muito extensa e nos mostra a terrível imagem de uma humanidade violada, ferida, sem dignidade, liberdade e possibilidade de desenvolvimento.”


Nesta lista de violações, Francisco incluiu a perseguição religiosa, que pode resultar em genocídio. Entre as vítimas, estão também cristãos: “quantos sofrem ao redor do mundo, às vezes obrigados a deixar suas terras ancestrais, isolados de sua rica história e cultura”.


Este atentado contra a humanidade produz conflitos por toda a parte, “crises humanitárias se transformaram no statu quo, onde os direitos à vida, à liberdade e à segurança pessoal não estão garantidos”.


Muitos desses conflitos provocam migração forçada, em que os deslocados sofrem violações nos países de origem, trânsito e destino. “Isso é intolerável, todavia, hoje é uma realidade que muitos ignoram intencionalmente!”, denunciou o Papa, pedindo o respeito dos tratados internacionais.


A Amazônia e a crise ambiental


Outros temas mencionados pelo Pontífice foram o da desigualdade social - e o crescente abismo entre ricos e pobres – e a injustiça econômica. Mais uma vez, pediu a redução ou abolição da dívida externa dos países mais pobres. “Este é o tempo propício para renovar a arquitetura financeiera internacional”, afirmou.


Para falar de outra crise – a ambiental – o Papa citou a Amazônia e suas populações indígenas. E recordou que a crise ambiental está indissoluvelmente ligada a uma crise social, reiterando que a Santa Sé seguirá desempenhando seu papel no cuidado da casa comum.


Francisco foi contundente ao denunciar a situação de milhões de crianças no mundo, agravada com a pandemia. Citou os menores migrantes não acompanhados, as crianças vítimas de violência, maus-tratos, pedofilia, trabalho escravo, crianças sem direito à saúde e educação e, pior, sem direito à vida.


“Imploro, pois, às autoridades civis que prestem especial atenção às crianças a quem lhes são negados seus direitos e dignidade fundamentais, em especial seu direito à vida e à educação. Não posso evitar de recordar o apelo da jovem valente Malala Yousafzai, que há cinco anos, na Assembleia Geral, nos recordou que “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo".”


Defender as crianças, prosseguiu o Papa, é também defender a família, hoje vítima de “colonialismos ideológicos”. A desintegração da família acarreta a fragmentação social, recordou.


Francisco dirigiu um pensamento especial às mulheres, nos 25 anos da Conferência de Beijing. Não obstante os progressos, muitas mulheres ainda ficam para trás, vítimas de exploração e violência, “A elas e as que vivem separadas de suas famílias, expresso minha proximidade fraterna”, pedindo ao mesmo tempo uma luta mais incisiva contra “práticas perversas que denigram não somente as mulheres, mas toda a humanidade”.


Desmantelar cultura bélica


O último tema tratado pelo Papa foi o das armas, afirmando que não haverá progresso no campo da paz e do desenvolvimento se “recursos preciosos” forem destinados à corrida armamentista, inclusive nuclear.


Diante de uma tecnologia sempre mais refinada e letal, a mensagem de Francisco é clara: “É preciso desmantelar as lógicas perversas que atribuem à posse de armas a segurança pessoal e social. Tais lógicas só servem para incrementar as ganâncias da indústria bélica, alimentando um clima de desconfiança e de temor entre as personas os povos”.


Ao encerrar, Francisco afirmou que o mundo em conflito necessita que a ONU se transforme numa oficina de paz cada vez mais eficaz, em que os membros do Conselho de Segurança, sobretudo os Permanentes, atuem com maior unidade e determinação. E citou como exemplo “nobre” a recente adoção de um cessar-fogo global durante a pandemia.


E por falar em crise, o Papa concluiu recordando que dela saímos ou melhores ou piores e que nesta conjuntura crítica, é “nosso dever repensar o futuro da nossa comum”.


“A pandemia nos mostrou que não podemos viver sem o outro, ou pior ainda, um contra o outro. As Nações Unidas foram criadas para unir as nações, aproximá-las, como uma ponte entre os povos; usemo-lo para transformar o desafio que enfrentamos em uma oportunidade para construir juntos, uma vez mais, o futuro que queremos.”


(vaticannews)


SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 26 09 2020

10 Minutos com Jesus. O mistério e a beleza das mãos de Jesus. (26-09-20)

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Papa: ou trabalhamos juntos ou jamais sairemos da crise

O Papa: olhar as feridas humanas com o coração para levar a sério a vida do outro



Francisco recordou que “o nosso mundo, como observou São João Paulo II quarenta anos atrás, «parece não deixar espaço para a misericórdia». Cada um de nós é chamado a inverter a rota”. Segundo o Papa, isso “é possível se nos deixarmos tocar em primeira pessoa pelo poder da misericórdia de Deus. O lugar privilegiado para fazer esta experiência é o Sacramento da Reconciliação".


                                                                                                Mariangela Jaguraba - Vatican News


O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (25/09), na Sala Clementina, no Vaticano, os sócios do Clube São Pedro.


“Oração, ação e sacrifício.” Este é o lema da associação, palavras que “representam os três princípios cardeais nos quais se baseia a vida do grupo”. O Pontífice recordou que no encontro do ano passado, concentrou sua reflexão na primeira palavra, oração. Este ano, se detém na palavra ação.


A pandemia, com a exigência de distanciamento interpessoal, pediu-lhes para repensar as modalidades concretas das obras de caridade que vocês realizam em favor dos pobres de Roma. Juntou-se às necessidades das pessoas que vocês costumam servir a exigência de responder às necessidades urgentes de tantas famílias, que se viram em dificuldades financeiras da noite para o dia.


Segundo o Papa, a “uma situação extraordinária não se pode dar uma resposta usual, mas é necessária uma reação nova e diferente. Para isso, é preciso ter um coração que saiba “ver” as feridas da sociedade e mãos criativas na caridade operosa. Estes dois elementos são importantes para que uma ação caritativa possa ser sempre fecunda”.


Em primeiro lugar, é urgente identificar novas formas de pobreza na cidade que se transforma rapidamente. Vocês bem sabem que existem muitas: pobreza material, pobreza humana e pobreza social. Cabe a nós vê-las com os olhos do coração. É preciso saber olhar as feridas humanas com o coração para “levar a sério” a vida do outro. Portanto, este não é mais apenas um estranho que precisa de ajuda, mas, acima de tudo, um irmão que implora por amor. Somente quando levamos alguém a sério, podemos responder a esta expectativa. É a experiência da misericórdia: miseri-cor-dar, dar o coração aos míseros.


Francisco recordou que “o nosso mundo, como observou São João Paulo II quarenta anos atrás, «parece não deixar espaço para a misericórdia». Cada um de nós é chamado a inverter a rota”. Segundo o Papa, isso “é possível se nos deixarmos tocar em primeira pessoa pelo poder da misericórdia de Deus. O lugar privilegiado para fazer esta experiência é o Sacramento da Reconciliação. Ao apresentar nossas misérias ao Senhor, somos envolvidos pela misericórdia do Pai. Esta é a misericórdia que somos chamados a viver e a doar”.


Depois de ver as chagas da cidade em que vivemos, a misericórdia nos convida a ter “fantasia” em nossas mãos. Foi o que vocês fizeram neste tempo de pandemia: tendo aceitado o desafio de responder a uma situação concreta, vocês souberam adaptar o seu serviço às novas necessidades impostas pelo vírus. Também gosto de lembrar um pequeno-grande gesto que o grupo jovem do Clube fez aos sócios idosos: uma rodada de telefonemas para ver se estava tudo bem e para lhes fazer um pouco de companhia. Esta é a fantasia da misericórdia.


O Papa os encorajou “a prosseguir com compromisso e alegria em suas obras de caridade, sempre atentos e prontos a responder com ousadia às necessidades dos pobres”. “Não se cansem de pedir essa graça ao Espírito Santo na oração pessoal e comunitária”, ressaltou Francisco, agradeço-lhes por serem expressão concreta da caridade do Papa que cuida dos pobres de Roma, e pelo Óbolo de São Pedro que todos os anos eles coletam nas igrejas da cidade e oferecem ao pontífice.


Por fim, Francisco confiou a Maria, Salus Populi Romani, e à intercessão dos santos padroeiros de Roma Pedro e Paulo, todos os membros do Clube São Pedro, seus familiares e todas as pessoas que eles prestam assistência diariamente. 


(vaticannews)


SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 25 09 2020

10 Minutos com Jesus. Quem é Jesus para ti? (25-09-20)

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Missa desde a Basílica da Santíssima Trindade do Santuário de Fátima 24....

“O grito da selva": carta dos povos amazônicos à 75ª Assembleia da ONU



“Na Amazônia, também não podemos respirar”, assim inicia a carta enviada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) aos líderes presentes na 75ª Assembleia Geral da ONU. Um “Grito da Selva”, para que sejam tomadas medidas concretas para a proteção da Casa Comum


                                                                                                                    Jane Nogara – Vatican News


No dia 22 de setembro foi realizado um encontro da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) para lançar o “Grito da Selva”. O evento contou com a participação do cardeal Cláudio Hummes presidente da REPAM com a coordenação de José Gregório Diaz Mirabal. A temática do encontro: “A Amazônia diante da sua pior crise: Covid-19, incêndio, violências e mudanças climáticas”.


Carta aberta à ONU


No final do encontro foi apresentada uma Carta aberta a todos os líderes reunidos na 75ª Assembleia Geral da ONU: “Na Amazônia, também não podemos respirar”.

A carta apela fundamentalmente para que as decisões a serem tomadas não sejam em vão e principalmente que os povos nativos sejam consultados. Os povos amazônicos recordam à 75ª Assembleia da ONU: “Estamos aqui, quase sem poder respirar devido à fumaça dos incêndios em nossas florestas ou pela intensidade da Covid-19 em nossos corpos. Apesar disso, estamos fazendo todo o possível para conter simultaneamente o avanço do fogo, do vírus e das invasões, em uma batalha desigual para sobreviver e garantir a sobrevivência de toda a humanidade”.


Uso de recursos naturais


Ao comentar as decisões que poderão ser tomadas em relação ao meio ambiente na Amazônia, a Coordenação pede aos líderes da ONU “para se comprometam em respeitar e incorporar nossas práticas de uso sustentável dos recursos naturais, se quisermos sobreviver. Omitir isto seria cair num discurso desonesto e vazio, porque não haverá outra maneira de recuperar nossas economias se não estivermos levando a sério a recuperação de nossos ecossistemas naturais”.


Desmatamento zero


Segue uma reflexão sobre a atual situação que deve ser considerada pelos líderes:


“Pedimos que se comprometam a manter pelo menos 80% da Amazônia intacta e que nossos territórios sejam reconhecidos para que possamos salvaguardar pelo menos metade da terra na próxima década. Temos apenas 10 anos para reflorestar e, ao mesmo tempo, atingir o desmatamento zero. Será difícil, mas não impossível”


Ações concretas


Por fim a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica recorda aos líderes que “diante de uma Amazônia em um ponto sem retorno e suas sérias implicações para o clima e a segurança alimentar global, exigimos responsabilidade, onde o discurso seja apoiado por ações concretas”, com as seguintes medidas fundamentais para a sobrevivência: “precisamos reavivar o Acordo de Paris e evitar acordos comerciais extrativos, e que os bancos deixem de financiar projetos prejudiciais à Amazônia”.


Concluindo o grupo de Coordenação da COICA recorda ao mundo, "é irônico que na Amazônia estejamos usando máscaras para lidar com a fumaça enquanto procuramos controlá-la ou procurando tubos de oxigênio para que nosso povo sobreviva à cruel Covid-19. Porque temos que dizê-lo: na Amazônia, também não podemos respirar”.

A Carta é assinada pela Coordenação e pelos representantes de mais de 3 milhões de habitantes indígenas que compõem mais de 500 povos originários da bacia e do bioma amazônico.



(vaticannews)


Hoje é celebrada Nossa Senhora das Mercês, a Virgem da Misericórdia



REDAÇÃO CENTRAL, 24 set. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 24 de setembro é celebrada Nossa Senhora das Mercês, que significa “misericórdia”, devoção que remonta ao século XIII, quando a Virgem apareceu a São Pedro Nolasco e o encorajou a seguir libertando os cristãos escravos.

Naquela época, os mouros saqueavam regiões costeiras e levavam os cristãos como escravos para a África. Nessa horrível condição, muitos perdiam a fé por pensar que Deus os tinha abandonado.

Pedro Nolasco, vendo essa situação, vendeu até seu próprio patrimônio para libertar os cativos. Do mesmo modo, formou um grupo para organizar expedições e negociar resgates. Quando o dinheiro acabou, então, pediram esmolas. Entretanto, as ajudas também terminaram.

Foi quando Nolasco pediu a Deus para ajudá-lo. Em resposta, a Virgem apareceu a ele e pediu que fundasse uma congregação para resgatar os cativos.

Nolasco lhe perguntou: “Ó Virgem Maria, Mãe da graça, Mãe de misericórdia, quem poderia acreditar que tu me envias?”.

Maria respondeu dizendo: “Não duvides de nada, porque é vontade de Deus que se funde uma ordem desse tipo em minha honra; será uma ordem cujos irmãos e professos, a imitação de meu filho Jesus Cristo, estarão postos para ruína e redenção de muitos em Israel, isto é, entre os cristãos, e serão sinal de contradição para muitos”.

Diante desse desejo, foi fundada a ordem dos Mercedários no dia 10 de agosto de 1218 em Barcelona, Espanha. São Pedro Nolasco foi nomeado pelo Papa Gregório IX como Superior Geral.

Os integrantes, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, faziam um quarto voto em que se comprometiam a dedicar sua vida a libertar os escravos e que ficariam no lugar de um cativo que estivesse em perigo de perder a fé, quando o dinheiro fosse era suficiente para conseguir a libertação.

Mais tarde, no ano 1696, o Papa Inocêncio XII fixou o dia 24 de setembro como a Festa de Nossa Senhora das Mercês em toda a Igreja.


(acidigital)


10 Minutos com Jesus. Os Herodes da tua vida. (24-09-20)

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Palavra de Vida – setembro 2020


 “Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.” (Lc 6,38)


Estava “com uma numerosa multidão de discípulos seus, e de muito povo de toda a Judeia e Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sídon, que vieram para o ouvir…“ (1) . É assim que o evangelista Lucas introduz o longo discurso de Jesus, que prossegue com o anúncio das bem-aventuranças, com as exigências do Reino de Deus e as promessas do Pai aos seus filhos. 

Jesus anuncia livremente a Sua mensagem a homens e mulheres, de diferentes povos e culturas, que acorreram para O escutar. É uma mensagem universal, dirigida a todos e que todos podem aceitar para se realizarem como pessoas, criadas por Deus Amor à Sua imagem.

Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.


Jesus revela a novidade do Evangelho: o Pai ama pessoalmente cada um dos seus filhos com um amor “transbordante” e dá-lhes a capacidade de alargarem o seu coração para com os irmãos, com uma generosidade cada vez maior. São palavras prementes e exigentes: dar do que é nosso – bens materiais, mas também acolhimento, misericórdia, perdão – com abundância, à imitação de Deus. 

A imagem da recompensa abundante, lançada no regaço, faz-nos compreender que a medida do amor de Deus por nós é sem medida. As suas promessas realizam-se para além das nossas expectativas, pois libertam-nos da ânsia dos nossos cálculos, dos nossos programas e da desilusão por não receber dos outros segundo a nossa medida. 

Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.


A propósito deste convite de Jesus, Chiara Lubich escreveu: «Já te aconteceu receber um presente de um amigo e sentir a necessidade de o retribuir? […] Se isso te acontece a ti, imagina como será com Deus, que é Amor. Ele retribui sempre todas as ofertas que fazemos ao próximo em Seu nome. […] Deus não procede assim para te enriquecer ou para nos enriquecer. (…) Fá-lo para que, quanto mais tivermos, mais possamos dar; para que – como verdadeiros administradores dos bens de Deus – façamos circular todos os bens na comunidade que nos rodeia […]. Sem dúvida que Jesus pensava sobretudo na recompensa que vamos ter no Paraíso, mas tudo o que acontece nesta Terra é já um prelúdio e garantia dessa recompensa». (2)


Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.


O que poderia acontecer se nos esforçássemos por pôr em prática este amor, juntamente com muitas outras pessoas? Seria de certeza o germinar de uma revolução social. 

Conta-nos Jesús, da Espanha: «A minha mulher e eu trabalhamos em consultoria e formação. Tornámo-nos entusiastas dos princípios da Economia de Comunhão (3) e quisemos aprender a ver os outros sem pensar apenas no nosso interesse: os funcionários – valorizando os salários e as alternativas a possíveis despedimentos –; os fornecedores – respeitando os preços, os pagamentos, o relacionamento a longo prazo –; a concorrência – partilhando recursos e oferecendo o nosso know-how –; os clientes – com conselhos dados em consciência. A confiança que se gerou salvou-nos depois, na crise de 2008.

 

Posteriormente, através da ONG “Levántate y Anda” (Levanta-te e Anda), encontrámos um professor de espanhol na Costa do Marfim. Queria melhorar as condições de vida da sua aldeia com uma pequena maternidade. Estudámos o projeto e oferecemos a quantia necessária. Ele nem queria acreditar. Tive que lhe explicar que eram os lucros da nossa empresa. Hoje a maternidade “Fraternidade”, construída por muçulmanos e cristãos, é o símbolo da convivência. Nos últimos anos, as receitas da nossa empresa aumentaram dez vezes mais». 


Letizia Magri


1) Cf. Lc 6, 17-18. 2) C. Lubich, Palavra de Vida de junho de 1978, in Parole di Vita, a/c Fabio Ciardi (Opere di Chiara Lubich 5), Città Nuova, Roma 2017, pp. 108-110.   3) https://www.edc-online.org.


“A eutanásia é um crime contra a vida. Incurável não significa incuidável”



“Samaritanus bonus”, a carta da Congregação para a Doutrina da Fé aprovada pelo Papa, reitera a condenação a todas as formas de eutanásia e de suicídio assistido levando em conta os casos dos últimos anos. O apoio às famílias e aos profissionais da saúde

                                                                                                                                        VATICAN NEWS


“Incurável não é jamais sinônimo de incuidável": os que sofrem de uma doença em fase terminal como os que nascem com uma previsão de sobrevivência limitada têm o direito de ser acolhido, cuidado, rodeado de afeto. A Igreja se opõe à obstinação terapêutica, mas reforça como "ensinamento definitivo" que "a eutanásia é um crime contra a vida humana".


E que "qualquer cooperação formal ou material imediata a um tal ato é um pecado grave" que nenhuma autoridade "pode legitimamente" impor ou permitir. É o que lemos em "Samaritanus bonus", a carta da Congregação para a Doutrina da Fé "sobre o cuidado das pessoas nas fases críticas e terminais da vida", aprovada pelo Papa Francisco em junho passado e publicada hoje, 22 de setembro de 2020.


Atualidade do Bom Samaritano


O texto, que reafirma a posição já expressa várias vezes pela Igreja sobre o assunto, tornou-se necessário devido à multiplicação de casos de crônica e ao avanço da legislação que em um número crescente de países autoriza a eutanásia e o suicídio assistido de pessoas gravemente doentes, mas também dos que vivem sós ou com problemas psicológicos.


O objetivo da carta é fornecer indicações concretas para atualizar a mensagem do Bom Samaritano. Também quando "a cura é impossível ou improvável, o acompanhamento médico/ enfermeiro, psicológico e espiritual, é um dever imprescindível, já que o oposto constituiria o desumano abandono do doente".


Incurável, mas jamais incuidável


“Curar se for possível, cuidar sempre”. Estas palavras de João Paulo II explicam que incurável não é jamais sinônimo de incuidável. O cuidado até o fim, "estar com" o doente, acompanhando-o escutando-o, fazendo-o sentir-se amado e desejado, é o que pode evitar a solidão, o medo do sofrimento e da morte, e o desânimo que vem junto: elementos que hoje estão entre as principais causas dos pedidos de eutanásia ou de suicídio assistido. Ao mesmo tempo, é sublinhado que "são frequentes os abusos denunciados pelos próprios médicos pela supressão da vida de pessoas que jamais teriam desejado para si a aplicação da eutanásia".


Todo o documento está centralizado no sentido da dor e do sofrimento à luz do Evangelho e do sacrifício de Jesus: “a dor é suportável existencialmente apenas onde há esperança” e a esperança que Cristo transmite ao sofredor e ao doente “é aquela da sua presença, da sua real proximidade”. Os cuidados paliativos não bastam “se não há ninguém que ‘esteja’ junto ao doente e lhe testemunhe o seu valor único e irrepetível”.


O valor inviolável da vida


“O valor inviolável da vida é uma verdade basilar da lei moral natural e um fundamento essencial da ordem jurídica” afirma a carta. “Assim como não se pode aceitar que um outro homem seja nosso escravo, mesmo se no-lo pedisse, do mesmo modo não se pode escolher diretamente atentar contra a vida de um ser humano, mesmo se este o requeresse”. Suprimir um doente que pede a eutanásia “não significa reconhecer a sua autonomia e valorizá-la”, mas ao invés significa “desconhecer o valor da sua liberdade, fortemente condicionada pela doença e pela dor, e o valor da sua vida”. Fazendo assim “decide-se no lugar de Deus o momento da morte”. Por isso, “aborto, eutanásia e suicídio voluntário corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem do que os que os padecem; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador» .


Obstáculos que obscurecem o valor sagrado da vida


O documento cita alguns fatores que limitam a capacidade de colher o valor da vida. O primeiro é um uso equívoco do conceito de "morte digna" em relação ao de "qualidade de vida", com uma perspectiva antropológica utilitarista. A vida é considerada “digna” somente em presença de determinadas características psíquicas ou físicas. Um segundo obstáculo é uma errônea compreensão da “compaixão”. A verdadeira compaixão humana “não consiste em provocar a morte, mas em acolher o doente, em dar-lhe suporte nas dificuldades” oferecendo-lhe afeto e meios para aliviar o sofrimento. Um outro aspecto é individualismo crescente, raiz da doença mais latente do nosso tempo: a solidão”. Diante de leis que legalizam práticas eutanásicas surgem “às vezes dilemas infundados sobre a moralidade de ações que, na verdade, não são mais que atos devidos de simples atenção à pessoa, como hidratar e alimentar um doente em estado de inconsciência, sem perspectiva de cura”.

 

O magistério da Igreja


Diante da disseminação de protocolos médicos de fim de vida, há a preocupação com "o amplamente divulgado abuso de uma perspectiva eutanásica" sem consulta ao paciente ou às famílias. Por esta razão, o documento reafirma como um ensinamento definitivo que "a eutanásia é um crime contra a vida humana", um "ato inerentemente maligno em qualquer ocasião e circunstância". Portanto, qualquer cooperação imediata formal ou material é um pecado grave contra a vida humana que nenhuma autoridade "pode legitimamente" impor ou permitir. "Aqueles que aprovam leis sobre eutanásia e suicídio assistido são, portanto, cúmplices do pecado grave" e são "culpados de escândalo porque tais leis contribuem para deformar a consciência, mesmo dos fiéis". Ajudar o suicida é portanto, “uma indevida colaboração a um ato ilícito”. O ato eutanásico permanece inadmissível mesmo que o desespero ou a angústia possam diminuir e até mesmo tornar insubstancial a responsabilidade pessoal daqueles que o pedem. “Trata-se, por isso, de uma escolha sempre errada” e os profissionais da saúde não podem prestar-se a nenhuma prática eutanásica nem mesmo a pedido do interessado, menos ainda dos seus familiares”. As leis que legalizam a eutanásia são, portanto, injustas. As súplicas dos doentes muito sérios que invocam a morte "não devem ser" entendidas como "a expressão de uma verdadeira vontade eutanásica", mas como um pedido de ajuda e afeto.


Não à obstinação terapêutica


O documento explica que “tutelar a dignidade do morrer significa excluir seja a antecipação da morte, seja sua dilação com a assim chamada “obstinação terapêutica”, hoje possível pela medicina moderna que dispõe de meios capazes de “retardar artificialmente a morte, sem que o paciente receba, em alguns casos, um real benefício”. Portanto, na iminência de uma morte inevitável “é lícito tomar a decisão, em ciência e consciência, de renunciar a tratamentos que provocariam somente um prolongamento precário e penoso da vida”, sem todavia interromper os cuidados normais devidos ao doente em casos similares.


A renúncia a meios extraordinários e desproporcionais expressa, portanto, a aceitação da condição humana diante da morte. Mas a alimentação e a hidratação devem ser devidamente assegurados porque "um cuidado básico devido a cada homem é administrar os alimentos e líquidos necessários”. São importantes os parágrafos dedicados aos cuidados paliativos, "um instrumento precioso e irrenunciável" para acompanhar o paciente: a aplicação destes cuidados reduz drasticamente o número daqueles que pedem a eutanásia. Entre os cuidados paliativos, que jamais podem incluir a possibilidade de eutanásia ou suicídio assistido, o documento também inclui assistência espiritual ao paciente e seus familiares.


Ajudar as famílias


No tratamento, é essencial que o doente não sinta um peso, mas "tenha a proximidade e o afeto de seus entes queridos". Nesta missão, a família precisa de ajuda e de meios adequados". Portanto, é necessário", afirma a carta, "que os Estados "reconheçam a função social primária e fundamental da família e seu papel insubstituível, também nesta área, fornecendo os recursos e as estruturas necessárias para sustentá-la".


O cuidado em idade pré-natal e pediátrica


Desde a concepção, as crianças atingidas por malformações ou patologias de qualquer gênero são “pequenos pacientes que a medicina hoje é capaz de assistir e acompanhar, de modo a respeitar a vida”. Na carta se explica que “em caso de patologias pré-natais que seguramente levarão à morte dentro de breve lapso de tempo – e em ausência de terapias capazes de melhorar as condições de saúde destas crianças, de nenhum modo sejam elas abandonadas no âmbito assistencial, mas sejam acompanhadas como todo outro paciente até que sobrevenha a morte natural”  sem suspender a nutrição e hidratação. Palavras que também podem se referir a várias notícias recentes. É condenado o "uso às vezes obsessivo do diagnóstico pré-natal" e o surgimento de uma cultura hostil à deficiência que muitas vezes leva à escolha do aborto, que "jamais é lícito"


Sedação profunda


Para aliviar a dor do paciente, a terapia analgésica utiliza drogas que podem causar a supressão da consciência. A Igreja "afirma a liceidade da sedação como parte do cuidado oferecido ao paciente, para que o fim da vida sobrevenha na máxima paz possível". Isto se aplica também ao caso de tratamentos que " aproximam o momento da morte (sedação paliativa profunda em fase terminal), sempre, na medida do possível, com o consentimento informado do paciente". Mas a sedação é inaceitável se for administrada para "causar direta e intencionalmente a morte".


O estado vegetativo ou de mínima consciência


É sempre totalmente desviante "pensar que a falta de consciência, em sujeitos que respiram autonomamente, seja um sinal de que o doente tenha deixado de ser pessoa humana com toda a dignidade que lhe é própria". Mesmo neste estado de "persistente falta de consciência, o chamado estado vegetativo ou consciência mínima", o paciente "deve ser reconhecido em seu valor e assistido com cuidado apropriado", tem o direito à alimentação e à hidratação. Embora, o documento reconheça, "em alguns casos estas medidas podem se tornar desproporcionais", porque não são mais eficazes ou porque os meios de administrá-las criam uma carga excessiva. O documento afirma que "deve ser fornecido apoio adequado aos membros da família para carregar a carga prolongada de cuidados aos pacientes em estado vegetativo".


Objeção de consciência


Por fim, a carta pede posições claras e unificadas por parte das Igrejas locais sobre estas questões, convidando as instituições católicas de saúde a darem testemunho, abstendo-se de comportamentos "de manifesta ilicitude moral". As leis que aprovam a eutanásia "não criam obrigações para a consciência" e "levantam uma obrigação séria e precisa de se opor a elas por objeção de consciência". O médico "nunca é um mero executor da vontade do paciente" e sempre mantém "o direito e o dever de evitar o bem moral visto pela própria consciência". O médico, em todo caso, “não é jamais um mero executor da vontade do paciente” e “conserva sempre o direito e o dever de subtrair-se a vontades discordantes do bem moral visto pela própria consciência”. Por outro lado, recorda-se que "não existe o direito de dispor arbitrariamente da própria vida, de modo que nenhum profissional da saúde pode se tornar o guardião executivo de um direito inexistente". É importante que médicos e profissionais da saúde sejam formados para um acompanhamento cristão do moribundo, como mostraram os recentes eventos dramáticos ligados à epidemia da Covid-19. Quanto ao acompanhamento espiritual e sacramental daqueles que pedem a eutanásia, "é necessária uma proximidade que sempre convide à conversão", mas "não é admissível qualquer gesto exterior que possa ser interpretado como uma aprovação da ação eutanásica, como, por exemplo, o estar presente no momento de sua realização". Tal presença não se pode interpretar senão como cumplicidade”.



(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. Conhecer e cumprir a vontade de Deus. (22-09-20)

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 21 09 2020 as 7hs

Em um dia como hoje, festa de São Mateus, o Papa descobriu sua vocação sacerdotal


REDAÇÃO CENTRAL, 21 set. 20 / 06:00 am (ACI).- Há 67 anos, em uma data como esta, festa do Apóstolo São Mateus, o Papa Francisco descobriu seu chamado à vida sacerdotal, acontecimento cujos detalhes ele mesmo contou durante a Vigília de Pentecostes em 2013.

Participaram daquela Vigília alguns representantes de diversos movimentos e associações eclesiais que tiveram um diálogo com o Papa. Entre eles, uma jovem perguntou a Francisco: “Como alcançou na sua vida a certeza da fé?”.

Francisco explicou que um dia “muito importante” em sua vida foi o dia 21 de setembro de 1953, era o dia do estudante na Argentina, o qual coincide com o dia da primavera, que se celebra com uma grande festa.

“Antes de ir à festa passei em frente à paróquia que eu frequentava e encontrei um sacerdote que eu não conhecia e senti a necessidade de me confessar, e esta foi para mim uma experiência de encontro, encontrei alguém que me esperava”.

“Não sei o que aconteceu, não lembro, não sei por que esse sacerdote estava ali ou por que senti esta necessidade de me confessar, mas a verdade é que alguém me esperava, estava me esperando desde muito tempo e depois da confissão senti que algo havia mudado”.

“Eu não era o mesmo, havia sentido uma voz, um chamado. Fiquei convencido de que tinha que ser sacerdote, e esta experiência na fé é importante”, contou o Santo Padre.

Mais tarde, como recordação deste acontecimento, ao ser nomeado Bispo, Bergoglio escolheu como lema uma expressão de São Beda, que faz referência ao chamado de São Mateus, cuja festa é celebrada justamente no dia 21 de setembro: “miserando atque eligendo” (Olhou-o com misericórdia e o escolheu).

Atualmente, o Papa Francisco conserva esta frase em seu escudo pontifício. Do mesmo modo, sempre recomenda aos fiéis lerem o Evangelho de Mateus e, de maneira especial, o capítulo 25 das obras de misericórdia.

Há quatro anos, na Missa celebrada em Holguín (Cuba) na festa de São Mateus, o Papa Francisco destacou que quando o Senhor passou perto do evangelista “parou diante dele e sem pressa o olhou com paz, com olhos de misericórdia; olhou para ele como ninguém nunca havia olhado. E esse olhar abriu seu coração, o libertou e curou, deu-lhe uma esperança, uma nova vida”.

“Embora não tenhamos a coragem de levantar o olhar ao Senhor, Ele sempre nos olha primeiro. É nossa história pessoal; assim como a muitas pessoas, cada um de nós pode dizer: eu também sou um pecador em quem Jesus colocou o seu olhar”.

Neste sentido, exortou os fiéis a se deixarem olhar por Jesus. “Deixemo-nos olhar pelo Senhor na oração, na Eucaristia, na Confissão, em nossos irmãos, especialmente naqueles que se sentem desprezados e sozinhos. E aprendamos a olhar como Ele nos olha”.

(acidigital)


Papa a crianças autistas: como as flores, cada um de nós é belo aos olhos de Deus



A delegação do Centro para o Autismo “Sonnenschein”, que na tradução literal significa “Brilho do Sol”, veio da Áustria para encontrar o Papa Francisco nesta segunda-feira (21). O Pontífice, ao se dirigir ao grupo no Vaticano, também encoraja entidades no mundo inteiro empenhadas em cuidar de crianças autistas, que têm "uma beleza única aos olhos de Deus”: “tudo o que vocês fizeram a um só destes pequenos, vocês fizeram a Jesus!”.


                                                                                            Andressa Collet - Vatican News


“Sejam bem-vindos aqui no Vaticano. Estou feliz em ver o rosto de vocês e leio nos seus olhos que também vocês estão felizes em estar um pouco comigo.”


Assim começou a semana cheia de esperança do Papa Francisco ao receber, no Vaticano, um grupo de crianças, pais e colaboradores provenientes do Centro para o Autismo “Sonnenschein”, da Áustria, que na tradução literal significa “Brilho do Sol”. Na saudação aos pequenos, durante o encontro desta segunda-feira (21), o próprio Pontífice procurou descrever o nome da estrutura:


“Posso imaginar porque os responsáveis escolheram esse nome. Porque a casa de vocês parece um magnífico gramado florido sob o brilho do sol, e as flores desta casa são exatamente vocês! Deus criou o mundo com uma grande variedade de flores, de todas as cores. Cada flor tem sua beleza, que é única. Cada um de nós também é belo aos olhos de Deus, e Ele nos ama. Isso nos faz sentir a necessidade de dizer a Deus: obrigado! Obrigado pelo dom da vida, obrigado por todas as criaturas! Obrigado pela mamãe e papai! Obrigado pelas nossas famílias! E obrigado também por nossos amigos do Centro ‘Sonnenschein’!”


Dizer “obrigado” a Deus, motivou o Papa às crianças, é uma bonita oração, porque Ele gosta dessa forma de rezar. O Pontífice, então, também sugeriu de fazer uma pequena pergunta a Deus:


“Por exemplo: Bom Jesus, poderia ajudar a mamãe e o papai no trabalho deles? Você poderia dar um pouco de conforto à avó que está doente? Poderia dar às crianças de todo o mundo que não têm o que comer? Ou ainda: Jesus, por favor, ajuda o Papa a conduzir bem a Igreja. Se vocês pedirem com fé, o Senhor certamente vai ouvir vocês.”


O autismo no Brasil e no mundo


O Centro para o Autismo “Brilho do Sol” oferece uma gama de atividades terapêuticas com uma equipe de tratamento interdisciplinar formada por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, educadores para necessidades especiais, terapeutas ocupacionais e da música. Assim como a estrutura austríaca, o Brasil também conta com entidades voltadas à atenção das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) que oferecem um trabalho direcionado com profissionais especializados na área. A Associação Brasileira de Autismo (ABRA) é quem representa nacionalmente as associações e, no site oficial, oferece um elenco atualizado com as afiliadas, distribuídas por localidade.


De acordo com a associação, estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas. No mundo, uma em cada 160 crianças tem o TEA e, com base em estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50 anos, a prevalência parece estar aumentando globalmente. Embora o transtorno tenha sido identificado há muitos anos, a causa exata do desenvolvimento do autismo – caracterizado por desvios na interação social, comunicação e utilização da imaginação – ainda não foi descoberta, mas estudos indicam que está ligada a questões genéticas e ambientais. O TEA, segundo a Organização Pari-Americana da Saúde (OPAS), começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta.


As crianças autistas e Jesus


O Papa Francisco, ao se despedir do grupo de crianças e adolescentes autistas da Áustria, com as bênçãos de Jesus e a proteção de Nossa Senhora, concluiu o encontro no Vaticano com um agradecimento que também se estende às diversas realidades mundiais:


“Obrigado por essa bela iniciativa e pelo compromisso em benefício dos pequenos que lhes foram confiados. Tudo o que vocês fizeram a um só destes pequenos, vocês fizeram a Jesus!”


(vaticannews)


No Dia Internacional da Paz, Francisco indica o caminho da fraternidade



A fraternidade foi o tema escolhido pelo Papa Francisco para assinalar hoje o Dia Internacional da Paz convocado pela ONU. À fraternidade, aliás, é dedicada a encíclica que o Pontífice assinará em Assis em 3 de outubro.


                                                                                                                                        Vatican News


O Papa Francisco assinala o Dia Internacional da Paz celebrado pelas Nações Unidas neste 21 de setembro com uma mensagem no Twitter.


“Devemos procurar uma fraternidade real, baseada na origem comum de Deus. O desejo de paz está profundamente inscrito no coração do homem e não devemos resignar-nos com nada que seja menos que isso.”


A fraternidade será o tema da encíclica que o Pontífice assinará no próximo dia 3 de outubro junto ao túmulo de São Francisco de Assis, cujo título é "Fratelli Tutti".

Trata-se de um dos assuntos que o Santo Padre tem mais a peito, dedicando inclusive uma viagem apostólica para a assinatura, em Abu Dhabi, do Documento sobre a "Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da convivência comum". Este texto foi assinado também pelo Grão Imame de Al-Azhar, Ahamad al-Tayyib.


Moldar a Paz Juntos


Neste dia 21 de setembro, as Nações Unidas escolheram como tema "Moldar a Paz Juntos".


Em mensagem de vídeo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a data é dedicada “a apelar às partes beligerantes em todos os lugares a depor armas e a trabalhar em prol da harmonia.” 


Para o chefe da ONU, “à medida que a pandemia da Covid-19 continua a assolar o mundo, este apelo é mais importante do que nunca.” 


Foi por isso que Guterres pediu um cessar-fogo global em março, um apelo que irá repetir na abertura da semana de alto nível da Assembleia Geral na terça-feira, 22.  

Para ele, “o mundo enfrenta um inimigo comum, um vírus mortal que está causando imenso sofrimento, destruindo meios de subsistência, contribuindo para as tensões internacionais e agravando os já grandes desafios para a paz e a segurança.” 


O secretário-geral também destaca dificuldades causadas pelas medidas de combate à pandemia. Segundo ele, nestes dias de distanciamento físico não é possível ficar próximos uns dos outros. Ainda assim, as pessoas devem permanecer juntas pela paz. 

Juntos, conclui António Guterres, os cidadãos do mundo podem “construir um mundo mais justo, mais sustentável e equitativo.” 


(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. S. Mateus não era flor que se cheirasse. (21-09-20)

sábado, 19 de setembro de 2020

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 19 09 2020 as 7hs

Papa: pandemia acirrou "pobreza farmacêutica"; remédios e vacinas são direitos de todos



Ao receber membros da Fundação Banco Farmacêutico, o Papa Francisco não deixou de analisar a atual emergência social provocada pela pandemia: “Repito que seria triste se, ao fornecer a vacina, se desse prioridade aos mais ricos, ou se esta vacina se tornasse propriedade desta ou daquela nação e se não fosse para todos”.


                                                                                    Bianca Fraccalvieri – Vatican News


O Papa Francisco concluiu sua série de audiências este sábado recebendo, no Vaticano, os membros da Fundação Banco Farmacêutico, presente na Itália e em outras nações, nos 20 anos de sua criação.


Em seu discurso o Pontífice foi direto ao denunciar uma “marginalidade farmacêutica”, isto é, pessoas que carecem de medicamentos devido à pobreza.

“Isso cria um ulterior abismo entre as nações e os povos. No plano ético, existe a possibilidade de curar uma doença com um medicamento, isto deveria estar disponível a todos, do contrário se cria injustiça”, afirmou o Pontífice.


Demasiadas pessoas, crianças, morrem ainda no mundo porque não podem ter um remédio ou uma vacina que em outras regiões está disponível.

  

“Conhecemos o perigo da globalização da indiferença; eu lhes proponho, ao invés, a globalização do tratamento, a possibilidade de acesso àqueles medicamentos que poderiam salvar tantas vidas para todas as populações. Isso requer um esforço comum, uma convergência que envolva a todos.”


O Papa então se dirige a pesquisadores, casas farmacêuticas, farmacêuticos e governantes: cada um deles, dentro da sua área específica, pode contribuir para que a saúde seja acessível sobretudo aos mais vulneráveis.


Acesso universal à vacina


Para Francisco, não poderia faltar uma menção à situação que estamos vivendo:


“A recente experiência da pandemia, além da grande emergência de saúde em que já morreram quase um milhão de pessoas, está se transformando numa grave crise econômica, que gera mais pobres e famílias que não sabem como ir avante.”


Na assistência a essas pessoas, Francisco recomenda o combate inclusive à “pobreza farmacêutica”, em especial com uma ampla difusão de novas vacinas.


“Repito que seria triste se, ao fornecer a vacina, se desse prioridade aos mais ricos, ou se esta vacina se tornasse propriedade desta ou daquela nação, e se não fosse mais para todos. Deverá ser universal, para todos.”


O Santo Padre conclui agradecendo uma das iniciativas do Banco, como o Dia de Coleta do Fármaco, “exemplo importante de como a generosidade e a compartilha dos bens podem melhorar a nossa sociedade e testemunhar aquele amor na proximidade que nos é pedido pelo Evangelho”. 


(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. Que tipo de terreno é a minha alma? (19-09-20)

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Papa a jornalistas cristãos: a narração do belo alimenta o mundo de esperança



Sobretudo neste período difícil da pandemia, os profissionais especializados da mídia cristã são chamados a “oferecer um testemunho novo no mundo da comunicação sem esconder a verdade ou manipular a informação”, disse Francisco a uma delegação de jornalistas belgas recebidos nesta sexta-feira (18), no Vaticano. Uma comunicação que fale da beleza e da ternura que mora em nós, “porque só quando o futuro é aceito como uma realidade positiva e possível, é que o presente também se torna habitável”.

Andressa Collet – Vatican News


O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (18), no Vaticano, uma delegação de profissionais provenientes da Bélgica que trabalha para a revista semanal cristã “Tertio”, por ocasião dos 20 anos de atividades que permitiram fazer “uma boa reputação”. E justamente sobre o nome do veículo de comunicação, o Pontífice fez questão de enaltecer que “Tertio” faz referência à Carta Apostólica de São João Paulo II, de 1994, isto é, “Tertio millennio adveniente”, relativa à preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000 para “acolher Cristo e a sua mensagem libertadora”. Uma menção, portanto, que apela à cultura do encontro, à esperança e dá voz à Igreja e aos intelectuais cristãos num cenário mediático cada vez mais secularizado, explicou o Papa.


A contribuição da mídia especializada

O discurso de Francisco, então, discorreu sobre a importância da informação na sociedade de hoje, em especial da contribuição da mídia especializada na vida da Igreja, para o crescimento de um novo modo de vida, livre de todas as formas de preconceito e de exclusão”: “quando é de qualidade, (a informação) nos permite compreender melhor os problemas e os desafios que o mundo enfrenta, e inspira os comportamentos individuais, familiares e sociais”.


O Papa chegou a fazer referência à Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano quando falou da necessidade que temos de uma “narração humana, que nos fale de nós e do belo que mora em nós”, em meio  à atual “confusão de vozes e de mensagens que nos rodeiam”. E “os protagonistas dessa ‘narração’”, disse Francisco ao grupo belga, são os profissionais da mídia cristã.


“A comunicação é uma missão importante para a Igreja. Os cristãos empenhados nesse campo são chamados a pôr em prática de uma forma muito concreta o convite do Senhor para ir ao mundo e anunciar o Evangelho (cf. Mc 16,15). Devido à sua elevada consciência profissional, o jornalista cristão deve oferecer um testemunho novo no mundo da comunicação sem esconder a verdade ou manipular a informação.”


A narração do belo hoje para o futuro de esperanças

Francisco também recorreu a João Paulo II para enaltecer como a Igreja olha para os profissionais de comunicação com confiança e expectativa porque são “chamados a ler e interpretar o tempo presente e a identificar os percursos para uma comunicação do Evangelho segundo as linguagens e a sensibilidade do homem contemporâneo". E o Papa, então, exortou ao universo cristão da comunicação:


“O profissional de informação cristã deve, portanto, ser um portavoz de esperança, um portador de confiança no futuro. Porque só quando o futuro é aceito como uma realidade positiva e possível, é que o presente também se torna habitável. Essas reflexões podem inclusive nos ajudar, especialmente hoje, a alimentar a esperança na situação de pandemia que o mundo está atravessando. Vocês são semeadores dessa esperança em um amanhã melhor. No contexto desta crise, é importante que os meios de comunicação social contribuam a garantir que as pessoas não fiquem doentes de solidão e possam receber uma palavra de conforto.”


(vaticannews)


Solene Eucaristia - 10 Anos de Nascimento do Seminário Redemptoris Mater...

10 Minutos com Jesus. Lições das santas mulheres do Evangelho. (18-09-20)

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Fátima no 13 de Setembro


Santuário de Fátima atinge lotação máxima

em Peregrinação Aniversaria de setembro


FATIMA, 15 set. 20 / 11:55 am (ACI).- No último dia 13 de setembro, por ocasião da Peregrinação Internacional Aniversária, o Santuário de Fátima (Portugal) atingiu a sua lotação máxima, dentro dos limites de segurança adotados devido à pandemia de coronavírus.

Segundo informou o Santuário, pela primeira vez, foi preciso fechar as entradas, pondo em prática o plano criado no âmbito da pandemia de Covid-19, que prevê uma ocupação segura para o Recinto de Oração.

Em declarações à Rádio Renascença, a porta-voz do Santuário, Carmo Rodeia, explicou que contaram com a colaboração da GNR (Guarda Nacional Republicana) para o controle da entrada dos peregrinos.

Durante a celebração, foram feitos apelos constantes para o cumprimento das regras de distanciamento social, chamadas de atenção que foram bem recebidas pela multidão de peregrinos, que se dispersou pelo extenso Recinto de Oração.

Carmo Rodeia reiterou que “há um uso generalizado da máscara” e que “o próprio santuário vai fazendo avisos ao longo da celebração para que as pessoas possam manter o distanciamento social”.

De acordo com dados do Santuário, foram acolhidos na Cova da Iria no último fim de semana nove grupos nacionais, um da França, quatro da Espanha, dois da Itália e um da Polônia. Além disso, estiveram presentes participantes da 6ª Peregrinação da Comunidade Surda.

Pandemia expôs nossa fragilidade

A Peregrinação Internacional Aniversária de setembro foi presidida pelo Bispo Emérito de Santarém, Dom Manuel Pelino. Na noite de sábado, 12, durante a vigília de oração, o Prelado afirmou que “a pandemia veio pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que assentamos as nossas vidas”.

“Precisamos de mudar, de nos converter da indiferença à solidariedade, da autossuficiência à humildade e ao serviço fraterno”, salientou.

Dom Pelino falou sobre os “muitos momentos de escuridão, de sofrimento, de desânimo, de medo”, e lembrou que é nestas ocasiões que Nossa Senhora nunca nos abandona.

“Nessas ocasiões, recorremos ao amparo da nossa Mãe do Céu para que ela nos envolva com o seu manto de luz. Ela é para nós a aurora que anuncia a luz do Sol Nascente, que vem iluminar os que vivem nas trevas”, expressou.

O perdão é atitude essencial do cristão

Já na manhã de domingo, 13 de setembro, Dom Pelino presidiu a Santa Missa na Cova da Iria e, ao refletir sobre as leituras do dia, ressaltou a importância do perdão constante como atitude essencial do cristão.

“O perdão tem de estar sempre presente porque as ofensas, as palavras e atitudes que magoam, as vaidades e invejas que dividem, o azedume das más disposições, estão enraizados no coração humano e residem permanentemente na comunidade, como residem na família, nos grupos e na sociedade em geral”, declarou o prelado, segundo quem, “para formar comunidade” é necessário “perdoar mutuamente e constantemente”.

“Somos, verdadeiramente, um povo de pecadores, mas não esquecemos a nossa vocação à santidade. (…) O perdão alicerça a convivência fraterna na comunidade e aproxima-nos de Deus, levando-nos a amar como Ele nos ama. Orienta-nos, assim, para uma existência reconciliada e faz resplandecer mais claramente, na nossa vida e na da Igreja, a misericórdia e a graça de Deus”, concluiu.


(acidigital)


O Papa aos sacerdotes idosos: “A fragilidade pode nos aperfeiçoar e santificar"

 


                                                                                                                                        Mensagem

“Espero que este período nos ajude a compreender que é necessário não perder o tempo que nos é dado; desfrutemos a beleza do encontro com o outro, para curar o vírus da autossuficiência”. Mensagem do Papa Francisco aos sacerdotes idosos e doentes em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio em Bérgamo


                                                                                                            Jane Nogara – Vatican News


O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes da Jornada dos Sacerdotes Idosos e Doentes da região da Lombardia que se realiza no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio nas proximidades de Bérgamo.


O Santo Padre iniciou agradecendo os organizadores, a Conferência Episcopal da Lombardia recordando como “é bela esta atenção dos pastores para a parte fisicamente mais frágil de seu presbiterado. Na realidade, vocês são sacerdotes que, na oração, na escuta, na oferta de sofrimento, realizam um ministério que não é secundário em suas Igrejas”. Também agradeceu a UNITALSI que organiza a parte logística do encontro, destacando que com “seus voluntários expressa a gratidão de todo o povo de Deus a seus ministros”.


Então dirigiu-se diretamente aos participantes:


“É sobretudo a vocês, queridos irmãos que vivem o tempo da velhice ou a hora amarga da doença, que eu sinto a necessidade de dizer obrigado. Obrigado por seu testemunho de amor fiel a Deus e à Igreja. Obrigado pela proclamação silenciosa do evangelho da vida. Obrigado porque vocês são a memória viva a ser aproveitada para construir o amanhã da Igreja”


Lição aprendida com a pandemia

Francisco recordou as restrições vividas por todos causada pela pandemia e a lição que podemos aprender com a situação vivida:

“Sentimos a falta de nossos entes mais queridos e amigos; o medo do contágio nos fez lembrar de nossa precariedade. Sabemos – continua o Papa - o que alguns de vocês, assim como muitos outros idosos, experimentam diariamente. Espero tanto que este período nos ajude a compreender que, muito mais do que ocupar espaço, é necessário não perder o tempo que nos é dado; que nos ajude a desfrutar da beleza do encontro com o outro, para curar o vírus da autossuficiência. Não esqueçamos esta lição!


Experiência de purificação

O Pontífice concluiu sua mensagem aos sacerdotes idosos recordando o Momento de Oração do dia 27 de março passado na Praça São Pedro:


“Durante o período mais difícil, cheio ‘de um silêncio ensurdecedor e um vazio desolador' muitos, quase espontaneamente, levantaram os olhos para o Céu. Com a graça de Deus, pode ser uma experiência de purificação. Também para nossa vida sacerdotal, a fragilidade pode ser 'como o fogo do fundidor e como a lixívia dos lavadeiros' (Mal 3,2) que, elevando-nos a Deus, nos aperfeiçoa e nos santifica. Não temos medo de sofrer: o Senhor carrega a Cruz conosco!”


Sacerdotes falecidos pela pandemia

O Santo Padre concluiu sua mensagem recordando os sacerdotes falecidos por causa da pandemia e confiando todos à Virgem Maria: “A ela, Mãe dos sacerdotes, recordo na oração os muitos sacerdotes que morreram por causa deste vírus e os que estão enfrentando o caminho da reabilitação”.



(vaticannews)