sexta-feira, 30 de abril de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 30 04 2021

Euronews em direto

O Papa: “Por uma Igreja pobre com e para os pobres”


“Através de suas iniciativas vocês tornam visível uma Igreja pobre com e para os pobres, uma Igreja em saída que está próxima das pessoas em situações de sofrimento, precariedade, marginalização e exclusão”. São palavras do Papa Francisco à delegação da Fraternidade política da Comunidade “Chemin Neuf” da França


Jane Nogara - Vatican News


Na manhã desta sexta-feira (30) o Papa Francisco recebeu uma delegação da Fraternidade Política da Comunidade “Chemin Neuf” da França. Comunidade formada por um corpo apostólico que compartilha a espiritualidade inaciana e Carismática, as suas missões e a vida fraterna.


O Santo Padre iniciou seu discurso agradecendo a presença de todos “apesar da pandemia” e agradecendo ao Senhor pela obra do seu Espírito, “que se manifesta no seu caminho humano e espiritual a serviço do bem comum e dos pobres, caminho que se realiza rejeitando a miséria e trabalhando por um mundo mais justo e fraterno”. 


Depois de recordar um trecho da Exortação Apostólica Christus vivit que afirma que “a vocação laical é, antes de mais nada, a caridade na família, a caridade social e caridade política: é um compromisso concreto nascido da fé para a construção duma sociedade nova, é viver no meio do mundo e da sociedade para evangelizar as suas diversas instâncias, fazer crescer a paz, a convivência, a justiça, os direitos humanos, a misericórdia, e assim estender o Reino de Deus no mundo” o Papa afirmou:


“É justamente nesta dinâmica que vocês caminham, com uma abertura ecumênica e um coração disposto a acolher diferentes culturas e tradições, a fim de transformar o rosto da nossa sociedade”


Igreja com e para os pobres


E encorajou os presentes:

“Caros amigos, eu os encorajo a não ter medo de percorrer os caminhos da fraternidade e de construir pontes entre as pessoas, entre os povos, em um mundo onde tantos muros ainda estão sendo construídos por medo dos outros. Através de suas iniciativas, seus projetos e suas atividades, vocês tornam visível uma Igreja pobre com e para os pobres, uma Igreja em saída que está próxima das pessoas em situações de sofrimento, precariedade, marginalização e exclusão”


Conversão ecológica


Ao recordar a presença de tantos jovens na comunidade o Pontífice disse:

“Com os jovens da sua comunidade, hoje mais do que nunca, vocês enfrentam desafios nos quais a saúde de nossa casa comum está em jogo. Trata-se verdadeiramente uma conversão ecológica que reconhece a eminente dignidade de cada pessoa, seu próprio valor, criatividade e capacidade de buscar e promover o bem comum”


Reiterando mais uma vez:

"O que estamos vivendo atualmente com a pandemia nos ensina em termos concretos que estamos todos no mesmo barco e que só podemos superar as dificuldades se concordarmos em trabalhar juntos”.


Compreender e conhecer os migrantes


E pediu para que reflitam sobre um aspecto particular da nossa vida comum: “a presença de migrantes e de seu acolhimento na Europa de hoje. De fato, sabe-se que, quando falamos de migrantes e pessoas deslocadas com muita frequência, citamos números. Mas não se trata de números, trata-se de pessoas! Se os encontrarmos, vamos conhecê-los. E conhecendo suas histórias seremos capazes de os compreender”.


Por fim o Papa saudou a delegação presente com estas palavras:


“Caros amigos, convido-os a permanecerem firmes em suas convicções e em sua fé. Nunca esqueçam que Cristo está vivo e que ele o chama para caminhar corajosamente com ele. Com Ele, seja aquela chama que reaviva a esperança no coração de tantos jovens desanimados, tristes e sem perspectivas. Que vocês possam gerar laços de amizade, de partilha fraterna, para um mundo melhor. O Senhor conta com sua ousadia, sua coragem e seu entusiasmo”.


"Confio cada um de vocês e suas famílias, assim como os membros de sua Fraternidade e todos os jovens que vocês encontram à intercessão da Virgem Maria e à proteção de Santo Inácio. Abençoo a todos do meu coração. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim".


(vaticannews)


O segredo para vencer as tribulações | (Jo 14, 1-6) #377 - Meditação da ...

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 29.04.2021

DIZEI AOS DE CORAÇÃO CANSADO - Isaías 35, 4ss

Papa à Venezuela: seguir o exemplo do médico dos pobres pela paz e reconciliação nacional


Uma mensagem de vídeo especial aos venezuelanos que, nesta sexta-feira (30), finalmente vão ver concretizada a beatificação de Dr. José Gregorio Hernández. O Papa Francisco expressou palavras de júbilo pela ocasião, mas também de encorajamento ao povo tão sofrido, sobretudo com o agravamento da pandemia: “precisamos sempre da reconciliação, da mão estendida”, disse o Pontífice, que compartilhou o forte desejo de visitar o país.

Andressa Collet - Vatican News


Venezuela: na próxima sexta-feira será beatificado o Dr. José Gregório Hernandez


Os sinos de todas as Igrejas e capelas da Venezuela devem repicar na manhã desta sexta-feira (30) em júbilo à beatificação do “médico dos pobres” na Igreja de La Sale, em Caracas. O convite ao povo de Deus para agradecer o trabalho do Dr. José Gregorio Hernández está sendo feito pela Conferência Episcopal do país.


A grande expectativa desde a Venezuela até o Vaticano


Por ocasião do rito litúrgico de beatificação, o Papa Francisco enviou uma mensagem em vídeo em língua espanhola dirigida à Igreja local e à população da Venezuela. O Pontífice disse saber do entusiasmo de todo o país pela chegada desse momento que é esperado há tantos anos:


Confesso a vocês que não encontrei um venezuelano, aqui no Vaticano, seja na praça, seja em audiência privada, que, no meio da conversa, no final, não dissesse: quando é a beatificação de Gregorio? Eles o mantiveram na alma. Bem, agora esse desejo está sendo realizado.”


O Dr. José Gregorio, continuou o Papa, se oferece como modelo de valores cristãos, já “que fez do Evangelho o critério da sua vida” ao observar os mandamentos, participar diariamente da Eucaristia e dedicar tempo à oração. Um homem de fé e ciência, “a serviço da saúde e do ensino”, enfim, “um modelo de santidade comprometido com a defesa da vida” e que serviu a todos, “como um Bom Samaritano, sem excluir ninguém”.


O que é lavar os pés uns dos outros?


O Papa reiterou que o trabalho do médico foi realizado “a partir do exemplo que Cristo nos deixou durante a Última Ceia, quando lavou os pés dos seus discípulos e de todos porque amava todos”. Isso porque, continuou Francisco, o Senhor nos exorta a sermos sujeitos ativos no serviço, mas também a termos a humildade de lavar os pés dos outros:


E o que é hoje esse lavar os pés uns dos outros, eu me pergunto, para todos nós e, especificamente, para vocês, que hoje celebram a beatificação deste grande lavador de pés? Por exemplo, significa se acolher, receber uns aos outros, ver o outro como um igual, alguém como eu, sem desprezar: não desprezar ninguém. É também servir uns aos outros, estar disposto a servir, mas também deixar que outros nos ajudem, nos sirvam: ajudar e deixar que nos ajudem. Um outro exemplo é perdoar uns aos outros, porque devemos perdoar e permitir que nos perdoem, sentirmo-nos perdoados. Em última análise, lavar os pés uns dos outros é amar uns aos outros.”


O Papa então se deteve à importância de nos perdoar e de nos deixarmos ser perdoados, porque “não somos autônomos, que não precisamos de nada, nem mesmo de perdão. Todos precisamos de ajuda, todos. Todos nós precisamos de perdão”. Um caminho percorrido inclusive pelo Beato, celebrado hoje na Venezuela num período difícil para o povo, disse Francisco, com angústias e sofrimentos agravados pela pandemia:


Esta mesma pandemia, que hoje afeta esta grande festa de fé da beatificação e que a reduz para evitar contágios por razões de segurança, de saúde, coloca todos nós dentro de casa, não nos permite sair às ruas para celebrar, gritar, não, porque a pandemia é perigosa. […] E assim como conheço bem o sofrimento, também conheço a fé e as grandes esperanças do povo venezuelano.”


Recuperar a Venezuela com unidade nacional

 

Beatificação do Dr. José Gregório "abre a porta da esperança e da alegria"

Em meio a tantas dificuldades, o Papa encorajou novamente a seguir o “exemplo de serviço altruísta” do médico dos pobres, se reconhecendo “como iguais, como irmãos, como filhos da mesma Pátria”. Com a beatificação do Dr. José Gregorio, Francisco afirmou que Deus está concedendo uma bênção especial ao país e convidando “à conversão para uma maior solidariedade uns com os outros, para produzir juntos a resposta do bem comum tão necessária para que o país ressuscite, renasça depois da pandemia com espírito de reconciliação”. Em qualquer contexto de dificuldade, seja em casa ou na sociedade, lembrou o Pontífice, “precisamos sempre da reconciliação, da mão estendida!”:


Acredito sinceramente que este momento de unidade nacional, em torno da figura do médico do povo, constitua um momento especial para a Venezuela e exige de vocês ir mais longe, dando passos concretos em favor da unidade, sem se deixarem vencer pelo desânimo. [...] Rezo a Deus pela reconciliação e pela paz entre os venezuelanos. Eu gostaria de visitá-los.”


Um desejo que o Papa repetiu por duas vezes na mensagem em vídeo, enaltecendo que também está rezando para que o Beato inspire as instituições públicas, para que “ofereçam segurança e confiança a todos”, e todos os líderes do país para que se comprometam a “alcançar a unidade".


Busquemos o caminho da unidade nacional, e isso é para o bem da Venezuela. Uma unidade operacional na qual todos, com seriedade e sinceridade, começando pelo respeito e reconhecimento mútuo, colocando o bem comum acima de qualquer outro interesse, trabalhem pela unidade, paz e prosperidade, para que o povo possa viver com normalidade, produtividade, estabilidade democrática, segurança, justiça e esperança. Rezo para que, todos juntos, possamos recuperar aquela Venezuela na qual todos sabem que têm um lugar, na qual todos podem encontrar um futuro. E peço ao Senhor que nenhuma intervenção externa impeça vocês de percorrer esse caminho de unidade nacional. Como eu gostaria de poder visitá-los.


(vaticannews)


Cuidado para não ser um traidor | (Jo 13, 16-20) #376 - Meditação da Pal...

quarta-feira, 28 de abril de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 28 04 2021

Como vencer a tristeza e o desânimo - Salmo 117 (118) - Frei Tiago de Sã...

Covid-19 : Marcelo anuncia fim do estado de emergência


O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, esta terça-feira, que não vai propor a renovação do estado de emergência, que termina na sexta-feira, ao fim de mais de cinco meses.

"Ouvidos hoje de manhã os especialistas, à tarde os partidos com assento na Assembleia da República e, naturalmente, ao longo destas semanas, o Governo, tudo visto e ponderado, decidi não renovar o estado de emergência", afirmou o Presidente da República, numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa.

"Não estamos ainda numa era livre de perigo, livre de covid, e enfrentamos ainda ameaças", acrescentou, referindo que cada pessoa pode contribuir para que "a doença continue a transmitir-se" e que se enfrenta "o risco de novas variantes menos controláveis pela vacina, à medida que se multiplicam os contactos e as infeções".

"O passo por mim hoje dado é baseado na confiança, numa confiança que tem de ser observada por cada um de nós. Eu acredito na vossa sensatez e solidariedade, numa luta que é de todos, e nessa luta temos de poder contar com cada um de nós", reforçou.

Marcelo defendeu que, mesmo "sem estado de emergência, como tem feito e bem o Governo e o senhor primeiro-ministro tornado claro nas suas intervenções, há que manter ou adotar todas as medidas consideradas indispensáveis para impedir recuos, retrocessos". "E eu acrescento que, se necessário for, não hesitarei em avançar com novo estado de emergência, se o presente passo não deparar ou não puder deparar com a resposta baseada na confiança essencial para todos nós", avisou.

"Portugueses, estou-vos grato por este ano e dois meses de corajosa e disciplinada resistência", disse Marcelo, salientando que "cada abertura implica mais responsabilidade e que os tempos próximos serão ainda muito exigentes".

"Cada português conta e vai contar, porque cada português sabe que é Portugal", concluiu o Presidente da República.

Marcelo falou ao país depois de ouvir os partidos sobre o fim do estado de emergência, que o próprio já tinha dito esperar que terminasse no fim deste mês.

O atual período de estado de emergência - o 15.º decretado pelo Presidente da República no atual contexto de pandemia de covid-19 - termina às 23.59 horas de sexta-feira, 30 de abril.

O estado de emergência, que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, só pode ser declarado por períodos renováveis de 15 dias, com consulta ao Governo e autorização do parlamento.

Mais de cinco meses de estado de emergência

Nunca antes tinha sido declarado em democracia. Para permitir medidas de contenção da covid-19, vigorou entre 19 de março e 2 de maio do ano passado, durante 45 dias, e após um intervalo de seis meses voltou a ser decretado, com efeitos a partir de 9 de novembro, tendo sido sucessivamente renovado até ao presente, por mais de cinco meses.

Ao abrigo do estado de emergência, o executivo determinou um dever geral de recolhimento domiciliário e a suspensão de um conjunto deatividades, a partir de 15 de janeiro deste ano, e uma semana mais tarde deixou de haver aulas presenciais.

Em 15 de março começou o desconfinamento, com a reabertura gradual de estabelecimentos de ensino e do comércio, dividida em quatro etapas, que prosseguiu em 5 e 19 de abril, embora com alguns municípios com maior taxa de incidência não tenham avançado para a fase seguinte.

A última etapa do plano de desconfinamento do Governo está prevista para a próxima segunda-feira, 3 de maio.

(jn.pt)


AUDIÊNCIA GERAL-Catequese - 31. A meditação (Texto)

PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Biblioteca do Palácio Apostólico

Quarta-feira, 28 de abril de 2021


Catequese - 31. A meditação 

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje falamos daquela forma de oração que é a meditação. Para o cristão, “meditar” é procurar uma síntese: significa colocar-se diante da grande página da Revelação para procurar fazer com que se torne nossa, assumindo-a completamente. E depois de acolher a Palavra de Deus, o cristão não a mantém fechada dentro de si, porque aquela Palavra deve encontrar-se com «outro livro», ao qual o Catecismo chama «o da vida» (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2706). É isto que procuramos fazer cada vez que meditamos a Palavra.

Nos últimos anos a prática da meditação recebeu grande atenção. Dela não falam só os cristãos: há uma prática meditativa em quase todas as religiões do mundo. Mas trata-se de uma atividade difundida também entre as pessoas que não têm uma visão religiosa da vida. Todos nós temos necessidade de meditar, de refletir, de nos encontrarmos a nós mesmos, é uma dinâmica humana. Especialmente no voraz mundo ocidental, as pessoas procuram a meditação porque ela representa uma barreira elevada contra o stress diário e o vazio que se alastra por toda a parte. Eis, então, a imagem de jovens e adultos sentados em recolhimento, em silêncio, com os olhos meio fechados... Mas podemos perguntar-nos: O que fazem estas pessoas? Meditam. É um fenómeno que deve ser encarado de modo favorável: com efeito, não somos obrigados a correr o tempo todo, possuímos uma vida interior que não pode ser espezinhada sempre. Portanto, meditar é uma necessidade de todos. Meditar, por assim dizer, assemelhar-se-ia a parar e a dar um respiro à vida.

No entanto, apercebemo-nos de que esta palavra, quando é aceite no contexto cristão, assume uma especificidade que não deve ser cancelada. Meditar é uma dimensão humana necessária, mas meditar no contexto cristão vai além: trata-se de uma dimensão que não deve ser cancelada. A grande porta por onde passa a oração de uma pessoa batizada – recordemos mais uma vez – é Jesus Cristo.  Para o cristão a meditação entra pela porta de Jesus Cristo.  Também a prática da meditação segue este caminho. Quando o cristão reza, não aspira à plena transparência de si, não procura o núcleo mais profundo do seu ego. Isto é lícito, mas o cristão procura outra coisa. A oração do cristão é, antes de mais nada, um encontro com o Outro, com o Outro mas com o O maiúsculo: o encontro transcendente com Deus. Se uma experiência de oração nos dá paz interior, ou autodomínio, ou lucidez no caminho a empreender, estes resultados são, por assim dizer, efeitos colaterais da graça da oração cristã que é o encontro com Jesus, isto é, meditar significa ir ao encontro com Jesus, guiados por uma frase ou por uma palavra da Sagrada Escritura..

Ao longo da história, o termo “meditação” teve diferentes significados. Também no cristianismo, ele se refere a diferentes experiências espirituais. No entanto, é possível traçar algumas linhas comuns, e nisto o Catecismo ajuda-nos novamente: «Os métodos de meditação são tão diversos como os mestres espirituais. [...] Mas um método não passa de um guia; o importante é avançar, com o Espírito Santo, no caminho único da oração: Cristo Jesus» (n. 2707). E aqui está indicado um companheiro de caminho, alguém que guia: o Espírito Santo. Não é possível a meditação cristã sem o Espírito Santo. É Ele que nos guia ao encontro com Jesus. Jesus disse-nos: “Enviar-vos-ei o Espírito Santo. Ele ensinar-vos-á e explicar-vos-á. Ensinar-vos-á e explicar-vos-á”. E também na meditação, o Espírito Santo é o guia para ir em frente no encontro com Jesus Cristo.

Assim, há muitos métodos de meditação cristã: alguns são muito sóbrios, outros mais articulados; alguns enfatizam a dimensão intelectual da pessoa, outros a afetiva e emocional. São métodos. Todos são importantes e dignos de ser praticados, na medida em que podem ajudar a experiência da fé a tornar-se um ato total da pessoa: não reza apenas a mente, reza o homem todo, a totalidade da pessoa, assim como não ora só o sentimento. Os antigos costumavam dizer que o órgão da oração é o coração, e deste modo explicavam que é a pessoa inteira, a partir do seu centro, do coração, que entra em relação com Deus, e não apenas algumas das suas faculdades. Portanto, devemos recordar sempre que o método é um caminho, não uma meta: qualquer método de oração, se quiser ser cristão, faz parte daquela sequela Christi, que é a essência da nossa fé. Os métodos de meditação são caminhos a percorrer para alcançar o encontro com Jesus, mas se parares no caminho e só olhares para a estrada, nunca encontrarás Jesus. Farás da estrada um deus, mas ela é um meio para te levar a Jesus.  O Catecismo especifica: «A meditação põe em ação o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo. Esta mobilização é necessária para aprofundar as convicções da fé, suscitar a conversão do coração e fortalecer a vontade de seguir a Cristo. A oração cristã dedica-se, de preferência, a meditar nos “mistérios de Cristo”» (n. 2708).

Eis, então, a graça da oração cristã: Cristo não está longe, mas está sempre em relação connosco. Não há aspeto algum da sua pessoa divino-humana que não possa tornar-se, para nós, um lugar de salvação e de felicidade. Cada momento da vida terrena de Jesus, através da graça da oração, pode tornar-se nosso contemporâneo, graças ao Espírito Santo, o guia. Mas sabeis que não se pode rezar sem a guia do Espírito Santo. É Ele que nos guia! E graças ao Espírito Santo, também nós estamos presentes no rio Jordão quando Jesus se imerge para receber o batismo. Também nós somos comensais nas bodas de Caná, quando Jesus oferece o melhor vinho para a felicidade dos noivos, isto é, o Espírito Santo que nos põe em relação com estes mistérios da vida de Cristo pois na contemplação de Jesus experimentamos a oração para nos unirmos mais a Ele. Também nós testemunhamos com assombro os milhares de curas realizadas pelo Mestre. Peguemos no Evangelho, façamos a meditação daqueles mistérios do Evangelho e o Espírito guia-nos a estar presentes ali. E na oração – quando rezamos – todos nós somos como o leproso purificado, o cego Bartimeu que recupera a vista, Lázaro que sai do sepulcro... Também nós somos curados na oração como foi curado o cego Bartimeu, aquele outro, o leproso… Também nós ressuscitamos, como ressuscitou Lázaro, pois a oração de meditação guiada pelo Espírito Santo, leva-nos a reviver estes mistérios da vida de Cristo e a encontrarmo-nos com Cristo e a dizer, com o cego: “Senhor, tende piedade de mim! Tende piedade de mim” –  “O que queres?” –  “Ver, entrar naquele diálogo”. E a meditação cristã, guiada pelo Espírito leva-nos a este diálogo com Jesus. Não há página alguma do Evangelho em que não haja lugar para nós. Para nós cristãos, meditar é um modo de encontrar Jesus. E assim, só assim, de nos encontrarmos a nós mesmos. E isto não significa fechar-nos em nós mesmos, não: ir ter com Jesus e nele encontrar-nos a nós mesmos, curados, ressuscitados, fortalecidos pela graça de Jesus. E encontrar Jesus salvador de todos, também de mim. E isto graças à guia do Espírito Santo.

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Saudações:

Dirijo uma cordial saudação aos fiéis de língua portuguesa. Queridos irmãos e irmãs, a graça da oração torna cada momento da vida terrena de Jesus contemporâneo para nós. Esforçai-vos por encontrar, em meio às atividades diárias, um tempo reservado para contemplar os mistérios da vida de Jesus, de modo que a fé seja confirmada, a esperança reforçada e a caridade inflamada. Deus vos abençoe.

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Resumo da catequese do Santo Padre:

Hoje falaremos de um tipo particular de oração: a meditação. Trata-se de uma prática que pode ser encontrada em várias religiões e, inclusive, em pessoas que não possuem uma concepção religiosa da vida. Isso nos indica que todos temos necessidade de meditar, de refletir, de nos encontrar com nós mesmos, reconhecendo que temos uma vida interior que não pode ser esmagada pelo ativismo frenético da nossa cultura contemporânea. Por outro lado, quando se fala de meditação num contexto cristão, é preciso afirmar que, mais do que uma busca do núcleo mais profundo do próprio eu, a meditação é um caminho para encontrar-se com Cristo, que é Aquele que nos dá paz interior, autodomínio e clarividência. Nesse sentido, a meditação é colocar-se diante da Revelação divina para assumi-la completamente; é fazer a síntese entre a Palavra de Deus e o livro da vida. Por isso, a meditação cristã deve incluir a dimensão intelectual, afetiva e emocional da pessoa, de modo que se experimente que Cristo nunca está distante, mas sempre se relaciona conosco e que n’Ele, somente n’Ele, nós podemos encontrar com nós mesmos.

 


Audiência Geral 28 de abril de 2021 Papa Francisco

terça-feira, 27 de abril de 2021

O QUE É UMA SUPER LUA? - (27/04/2021)

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 27 04 2021

Koch: Os cristãos são os mais perseguidos hoje no mundo


O presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos participou da celebração ecumênica na Basílica de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, em Roma, para recordar os 106 anos do genocídio armênio: o martírio hoje - disse - é ecumênico, e devemos falar de um verdadeiro ecumenismo de mártires.

Benedetta Capelli – Vatican News


Um olhar sobre o "grande e sangrento martírio dos cristãos armênios" e sobre o martírio hoje de tantos perseguidos simplesmente porque são cristãos; um martírio que é um sinal de amor, de fidelidade a Cristo e que pode ser uma semente de unidade. Estes foram os temas fortes da homilia do cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, por ocasião da comemoração ecumênica neste domingo, 25 de abril, realizada na Basílica Romana de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, em Roma, o Santuário dos novos mártires dos séculos XX e XXI, por ocasião dos 106 anos do genocídio armênio. Na liturgia ecumênica estiveram presentes representantes da Igreja Apostólica Armênia e da Igreja Católica de rito armênio, membros de outras igrejas e comunidades cristãs e os embaixadores da Armênia junto à Santa Sé e ao governo italiano.


Sinal distintivo do martírio cristão é o amor


O cardeal, lembrando que Jesus transformou a violência contra ele em amor oferecendo sua vida na cruz, afirmou que "o mártir cristão é caracterizado pelo fato de que ele não busca o martírio em si mesmo, mas o assume como consequência de sua fidelidade à fé em Jesus Cristo".


O sinal distintivo do martírio cristão é, portanto, o amor. Como o mártir põe em prática a vitória do amor sobre o ódio e a morte, o martírio cristão se manifesta como um ato supremo de amor a Deus e a seus irmãos e irmãs.

 

O ecumenismo dos mártires


O Concílio", observou Koch, "reconhece esta 'prova suprema de caridade' não somente nos mártires da Igreja Católica, mas também nas outras Igrejas Cristãs e Comunidades Eclesiais". Este profundo reconhecimento se tornou cada vez mais difundido entre nós cristãos, particularmente no século passado, no início do qual houve o grande e sangrento martírio dos cristãos armênios durante o genocídio deste povo". Desde então - acrescentou - "o cristianismo tem se tornado cada vez mais uma igreja de mártires numa medida incomparável". Na verdade, há hoje mais mártires do que durante a perseguição dos cristãos nos primeiros séculos. Oitenta por cento de todos os perseguidos por sua fé hoje são cristãos".


A fé cristã é hoje a religião mais perseguida do mundo. Esta situação implica o fato de que hoje todas as Igrejas Cristãs e Comunidades Eclesiais têm seus mártires. Os cristãos de hoje não são perseguidos porque são ortodoxos ou ortodoxos orientais, católicos ou protestantes, mas porque são cristãos. O martírio hoje é ecumênico, e é preciso falar de um verdadeiro e próprio ecumenismo dos mártires.


Olhando sob esta perspectiva, percebe-se "uma unidade básica" entre os cristãos: daí o desejo do cardeal de que "o sangue de tantos mártires hoje possa se tornar uma semente para a unidade futura do único Corpo de Cristo dilacerado por tantas divisões".


O mártir não morre por uma ideia, mas com Cristo


Os mártires armênios", continuou o cardeal Koch, "abriram nossos olhos para esta visão profunda no início do sangrento século XX, marcado pelas duas sangrentas guerras mundiais". Eles nos lembraram que o martírio não é um fenômeno marginal no cristianismo, mas é o próprio núcleo da Igreja". O mártir morre por amor, não por uma ideia, mas "com Cristo", que "já morreu por ele".

Os mártires armênios foram testemunhas desta dimensão cristológica de uma maneira especial. Como membros de um Estado que foi o primeiro Estado cristão da história, eles permaneceram fiéis à sua fé apostólica e deram suas vidas por Cristo.

"Eles são no sentido original da palavra grega 'martys'", concluiu Koch, "ou seja, testemunhas, certamente não apenas testemunhas com palavras, mas também testemunhas de fato da fé. O cardeal também informou que o Papa Francisco estava unido em oração com a celebração da noite deste domingo e enviou sua bênção.

Ao agradecer aos presentes, o arcebispo Khajag Barsamian, representante da Igreja Apostólica Armênia junto à Santa Sé, citou São Gregório de Narek, um monge armênio, filósofo e místico que foi proclamado Doutor da Igreja em 2015 pelo Papa Francisco, que em 2016 o havia citado durante a Oração Ecumênica pela Paz:

Lembre-se, [Senhor,...] daqueles que na raça humana são nossos inimigos, mas para o bem deles: realize neles o perdão e a misericórdia. Não extermine aqueles que me mordem: transforme-os! Extirpe sua conduta terrena viciosa e enraíze o bem em mim e neles (Livro das Lamentações, 83:1-2).


(vaticannews)


No coração do Papa, a dignidade das pessoas presas e dos idosos


Francisco recebeu nesta segunda-feira (26), no Vaticano, Mauro Palma, presidente da autoridade competente na Itália relativa aos direitos das pessoas privadas da liberdade pessoal. Em entrevista ao Vatican News para contar sobre a audiência, o jurista e professor italiano de Direitos Humanos comentou que houve "grande partilha com Francisco sobre muitas questões e sobre a dor dos invisíveis".

Davide Dionisi, Benedetta Capelli e Andressa Collet - Vatican News

 

Entre a série de audiências no Vaticano na segunda-feira (26), o Papa Francisco recebeu um grupo que trabalha junto à autoridade competente na Itália relativa aos direitos das pessoas privadas da liberdade pessoal. Entre eles, o presidente do organismo independente, o jurista e professor de Direitos Humanos, Mauro Palma, um dos principais especialistas em nível internacional na luta contra a tortura e as diferentes formas de privação de liberdade, não apenas no campo criminal.


A entrevista com o presidente Palma


Na audiência, um diálogo franco e sincero, uma conversa direcionada principalmente na distância entre os direitos adquiridos e a realidade. Direitos que passam também pelo reconhecimento da dignidade de um nome. O presidente Mauro Palma relata, então, como foi o encontro com o Papa Francisco:

R - Foi uma conversa absolutamente abrangente, os setores com os quais nos ocupamos são pelo menos quatro: aquele de direito penal, a prisão; aquele dos migrantes, dos centros para migrantes com as repatriações forçadas; aquele das casas de saúde para idosos e aquele para os deficientes. Todos os setores que estão na agenda do Santo Padre de forma muito clara. Portanto, ele era um interlocutor ansioso por saber. O embaraço e a emoção iniciais por estar sentado à mesa para conversar com o Santo Padre são superados não pelo fato de ter diante de si uma pessoa com quem falar sobre coisas distantes a ele, mas uma pessoa que coloca todo o seu compromisso com essas questões. Há também a sua experiência, e eu fiquei impressionado com a maneira como ele lembra, por exemplo, das visitas feitas a algumas prisões ou a uma casa-família... lembra das pessoas, das situações.


Qual o cenário que o senhor repassou para o Papa, qual é a situação atual na Itália?

R - Nas diversas áreas, o quadro desenhado é este: o ser privado de liberdade, mesmo que por diferentes razões, tem um elemento comum de maior vulnerabilidade com respeito aos direitos, que é tornar-se em um certo sentido 'anônimo'.  No ano passado, por exemplo, ao me dirigir ao Parlamento, falei sobre o direito a um nome. Vou dar um exemplo: os 130 migrantes que morreram no domingo são números, não são nomes. Assim como quando houve motins na prisão no ano passado, os 13 mortos não tinham um nome, eles eram números. O anonimato como a perda de qualquer subjetividade de ser uma pessoa. Esse é o ponto no qual eu queria focalizar a minha reflexão, pois daqui transcorrem todos os pontos mais técnicos. Um exemplo é o dos dois baluartes que são o direito à tutela da própria identidade e o direito à tutela da integridade física e psíquica. Baluartes que são afirmados por todas as Declarações e Convenções. E, ainda assim, a distância que vemos com frequência entre os direitos enunciados e os direitos praticados é uma distância muito forte. Daí a necessidade de construir redes sociais mais sólidas, limiares de atenção mais sólidos e, portanto, de alguma forma, o nosso papel de autoridade nacional quer ser um olhar sobre esses mundos que são menos visíveis.



(vaticannews)


10 Minutos com Jesus. Não devo ser teimoso (27-04-21)

Laudes de Terça-feira da IV Semana da Páscoa

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 26.04.2021

MAGNIFICAT - Lucas 1, 46-55

Mensagem do Papa Francisco São José, Santo da porta ao lado e guardião das vocações


Intitulada «São José: o sonho da vocação», a mensagem do Papa Francisco para 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações recorda que o Pai putativo de Jesus é uma "figura extraordinária e, ao mesmo tempo, «tão próxima da condição humana de cada um de nós», escreve o Papa, citando um trecho da introdução da Carta Apostólica Patris corde.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Foi divulgada, nesta sexta-feira (19/03), a mensagem do Papa Francisco para o 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações que será celebrado em 25 de abril próximo, IV Domingo de Páscoa.


Intitulada «São José: o sonho da vocação», a mensagem recorda que o Pai putativo de Jesus é uma "figura extraordinária e, ao mesmo tempo, «tão próxima da condição humana de cada um de nós», escreve o Papa, citando um trecho da introdução da Carta Apostólica Patris corde.


"São José não sobressaía, não estava dotado de particulares carismas, não se apresentava especial aos olhos de quem se cruzava com ele. Não era famoso, nem se fazia notar: dele, os Evangelhos não transcrevem uma palavra sequer. Contudo, através da sua vida normal, realizou algo de extraordinário aos olhos de Deus. Deus vê o coração e, em São José, reconheceu um coração de pai, capaz de dar e gerar vida no dia a dia. É isto que as vocações tendem a fazer: gerar e regenerar vidas todos os dias", ressalta o Papa no texto.


“O Senhor deseja moldar corações de pais, corações de mães: corações abertos, capazes de grandes ímpetos, generosos na doação, compassivos para consolar as angústias e firmes para fortalecer as esperanças. Disto têm necessidade o sacerdócio e a vida consagrada, particularmente nos dias de hoje, nestes tempos marcados por fragilidades e tribulações devidas também à pandemia que tem suscitado incertezas e medos sobre o futuro e o próprio sentido da vida.”


"São José vem em nossa ajuda com a sua mansidão, como Santo da porta ao lado; simultaneamente pode, com o seu forte testemunho, guiar-nos no caminho", sublinha Francisco.


O amor dá sentido à vida


"A vida de São José sugere-nos três palavras-chave para a vocação de cada um", sublinha o Papa. "A primeira é sonho. Todos sonham realizar-se na vida. E é justo nutrir aspirações grandes, expectativas altas, que objetivos efêmeros como o sucesso, a riqueza e a diversão não conseguem satisfazer. Realmente, se perguntássemos às pessoas para traduzirem numa só palavra o sonho da sua vida, não seria difícil imaginar a resposta: «amor». É o amor que dá sentido à vida, porque revela o seu mistério. Pois só se tem a vida que se doa, só se possui de verdade a vida que se doa plenamente. A este propósito, São José tem muito a nos dizer, pois, através dos sonhos que Deus lhe inspirou, fez da sua existência um dom."


De acordo com Francisco "assim acontece na vocação: o chamado divino impele sempre a sair, a doar-se, a ir mais além. Não há fé sem risco. Neste sentido, São José constitui um ícone exemplar do acolhimento dos projetos de Deus. Que ele ajude a todos, sobretudo os jovens em discernimento, a realizar os sonhos que Deus tem para cada um; inspire a corajosa intrepidez de dizer «sim» ao Senhor, que sempre surpreende e nunca desilude!"


Viver para servir


A segunda palavra, serviço, marca o itinerário de São José e da vocação. Segundo os Evangelhos, "ele viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo. O serviço, expressão concreta do dom de si mesmo, não foi para São José apenas um alto ideal, mas tornou-se regra da vida diária. Em resumo, adaptou-se às várias circunstâncias com a atitude de quem não desanima se a vida não lhe corre como queria: com a disponibilidade de quem vive para servir".

"Por isso gosto de pensar em São José, guardião de Jesus e da Igreja, como guardião das vocações. Com efeito, da própria disponibilidade em servir, deriva o seu cuidado em guardar. «Levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe»: refere o Evangelho, indicando a sua disponibilidade e dedicação à família. Este cuidado atento e solícito é o sinal duma vocação realizada. É o testemunho duma vida tocada pelo amor de Deus", ressalta o Papa.


A fidelidade é o segredo da alegria


O terceiro aspecto que atravessa a vida de São José e a vocação cristã, cadenciando o seu dia a dia é a fidelidade. "Como se alimenta esta fidelidade? À luz da fidelidade de Deus", frisa o Pontífice. "Esta fidelidade é o segredo da alegria. Como diz um hino litúrgico, na casa de Nazaré reinava «uma alegria cristalina». Era a alegria diária e transparente da simplicidade, a alegria que sente quem guarda o que conta: a proximidade fiel a Deus e ao próximo."

"Como seria belo se a mesma atmosfera simples e radiante, sóbria e esperançosa, permeasse os nossos seminários, os nossos institutos religiosos, as nossas residências paroquiais!", sublinha Francisco, desejando esta alegria a todos os que fizeram "de Deus o sonho da vida, para O servir nos irmãos e irmãs que lhes foram confiados, através duma fidelidade que em si mesma já é testemunho, numa época marcada por escolhas passageiras e emoções que desaparecem sem gerar a alegria". "Que São José, guardião das vocações, os acompanhe com coração de pai", conclui o Papa.


(vaticannwes)


Homilia Diária | Segunda-feira 4.ª Semana da Páscoa – “Quem é louco de q...

domingo, 25 de abril de 2021

Somos livres (Uma gaivota voava, voava) - Com letra e voz guia (ECM)

25 de Abril de 2021: Revolução dos cravos.


 


Marcelo defende que é preciso "dissecar e assumir o passado" sem complexos


A sessão solene comemorativa do 25 de Abril decorreu, pelo segundo ano consecutivo, em período de estado de emergência.

 

Coube ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, fazer a primeira intervenção, onde concluiu "serem marcantes as realizações da Democracia", referindo, porém, que o 25 de Abril não erradicou "as ideias e os valores" da ditadura.


Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu discurso de encerramento da sessão solene, sublinhou que é necessário retirar lições do passado e assumi-lo, nomeadamente da Guerra Colonial, "sem autojustificações nem autoflagelações”.

Marcelo Rebelo de Sousa iniciou o seu discurso ao referir que “passaram, há um mês,

60 anos de um tempo que havia de anteceder a data de hoje”, referindo-se à guerra colonial, que durou 13 anos e marcou muitos jovens e famílias.


"É tão difícil, senão impossível explicar esses 13 anos, sem falar dos períodos antes", explicou Marcelo. "Olhar com os olhos de hoje e tentar olhar com os olhos do passado não é fácil de entender”, diz o Presidente da República, sublinhando que “outros nos olharão no futuro de forma diversa dos nossos olhos de hoje”.


O Presidente afirma que há, no olhar de hoje uma “densidade personalista, de respeito da dignidade da pessoa humana, da condenação da escravatura e do esclavagismo, na

recusa do racismo e das demais xenofobias que se foi apurando, representando um avanço cultural e civilizacional irreversível”, considerando que é “uma missão ingrata a de julgar o passado com os olhos de hoje sem exigir, nalgumas situações, aos que viveram esse passado, que pudessem antecipar valores ou o seu entendimento para nós agora tidos como evidentes, intemporais e universais”.


“Se esta faina é ingrata para tempos remotos, não se pense que ela seja desprovida de dificuldades para tempos bem mais recentes”, adverte Marcelo, sublinhando que “continua a ser complexo entendermos tantos olhares do fim do século XIX, quando os impérios esquartejaram a régua e esquadro o continente africano”.


Marcelo considera, por isso, que este revisitar da História aconselha algumas precauções, sendo a primeira “a de não levarmos as consequências de hoje sobre os olhares de há oito, sete, seis, cinco, quatro, três séculos ao ponto de passarmos de um culto acrítico triunfalista exclusivamente glorioso da nossa história, para uma demolição global e igualmente acrítica de toda ela, mesmo que a que a vários títulos seja sublinhada noutras latitudes e longitudes”.


Foram os capitães de Abril "os heróis daquela madrugada".

O chefe de Estado mencionou, de seguida, os capitães de Abril, referindo que estes “não vieram de outras galáxias, nem de outras nações, nem surgiram num ápice naquela madrugada para fazerem História”.


Estes “transportavam consigo já a sua história, as suas comissões em África, (…) “tendo de optar todos os dias entre cumprir ou questionar, entre aceitar ou romper. Tudo em situações em que a linha que separa o viver e morrer é muito ténue”.


“Foram estes homens, eles mesmos e não outros, os heróis daquela madrugada do 25 de Abril”, sublinha Marcelo, recordando que aquele dia foi “o resultado de décadas de resistência e grito de revolta de militares, (…) que sentiam combater sem futuro político visível ou viável”.


Por estas razões, Marcelo considera ser “justo galardoar os militares de Abril”, dirigindo-se, de seguida, a António Ramalho Eanes, o único ex-Presidente presente na sessão solene deste domingo.


“Nada como o 25 de Abril para repensar o nosso passado quando o nosso presente ainda é tão duro e o nosso futuro é tão urgente”, sublinha o chefe de Estado, defendendo que “é prioritário estudar o passado e nele dissecar tudo o que houve de bom e o que houve de mau e assumir todo esse passado, sem autojustificações nem autoflagelações”.


Marcelo Rebelo de Sousa pediu que se faça "história da História" e que se "retire lições de uma e de outra, sem temores nem complexos, com a natural diversidade de juízos própria da democracia".


“O 25 de Abril foi feito para libertar, sem esquecer nem esconder”, concluiu o Presidente da República, que foi aplaudido de pé por todas as bancadas parlamentares.



(rtp.pt)


O senhor é meu pastor - Salmo 23 (22)

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCIS

MISSA SAGRADA COM ORDENAÇÃO SACERDOTAL

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCIS

Basílica de São Pedro

IV Domingo de Páscoa, 25 de abril de 2021


Queridos irmãos, estes nossos filhos foram chamados à ordem do presbitério. Vamos considerar cuidadosamente para qual ministério eles serão elevados na Igreja.

Como vocês sabem, irmãos, o Senhor Jesus é o único sumo sacerdote do Novo Testamento; mas nele também todo o povo santo de Deus foi constituído um povo sacerdotal. No entanto, entre todos os seus discípulos, o Senhor Jesus quis escolher alguns em particular, para que, exercendo publicamente o ofício sacerdotal na Igreja em seu nome em favor de todos os homens, continuassem a sua missão pessoal de mestre, sacerdote e pastor.

Depois de uma reflexão madura, vamos agora elevar esses irmãos à ordem de presbíteros, para que no serviço de Cristo mestre, sacerdote e pastor cooperem na edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja, no povo de Deus. e o santo templo do Espírito.

Quanto a vós, amados filhos, que estais em vias de ser promovidos à ordem do presbiterado, considerai que, exercendo o ministério da sagrada doutrina, participareis na missão de Cristo, único Mestre. Vocês serão pastores como ele, é isso que ele quer de vocês. Pastores. Pastores do santo povo fiel de Deus Pastores que vão com o povo de Deus: ora na frente do rebanho, ora no meio ou atrás, mas sempre ali, com o povo de Deus.

Antigamente - na linguagem do passado - falava-se da "carreira eclesiástica", que não tinha o mesmo significado que hoje. Isso não é uma "carreira": é um serviço, um serviço como o que Deus fez ao seu povo. E esse serviço de Deus ao seu povo tem "traços", tem um estilo, um estilo que você deve seguir. Estilo de proximidade, estilo de compaixão e estilo de ternura. Este é o estilo de Deus: proximidade, compaixão, ternura.

A vizinhança. Os quatro bairros do padre são quatro. Proximidade de Deus na oração, nos sacramentos, na missa. Fale com o Senhor, esteja perto do Senhor. Ele se fez próximo a nós em seu Filho. Toda a história de seu filho. Ele também esteve perto de você, de cada um de vocês, no caminho de sua vida até este momento. Mesmo nos tempos difíceis do pecado, ele estava lá. Proximidade. Esteja perto do santo povo fiel de Deus, mas antes de tudo perto de Deus, com a oração. Um padre que não ora lentamente apaga o fogo do Espírito dentro de si. Proximidade com Deus.

Segundo: proximidade com o Bispo e, neste caso, com o "Vice-Bispo". Fique por perto, porque no Bispo você vai ter unidade. Vocês são, não quero dizer servos - vocês são servos de Deus - mas colaboradores do Bispo. Proximidade. Lembro-me de uma vez, há muito tempo, de um padre que teve o azar - por assim dizer - de “escorregar” ... A primeira coisa que pensei foi chamar o Bispo. Mesmo nos momentos difíceis, ele chama o Bispo para ficar perto dele. Proximidade com Deus na oração, proximidade com o Bispo. “Mas eu não gosto deste bispo…”. Mas ele é seu pai. "Mas este bispo me trata mal ...". Seja humilde, vá ao Bispo.

Terceiro: proximidade entre vocês. E sugiro-lhe uma resolução a tomar neste dia: nunca fale mal de um irmão sacerdote. Se você tem algo contra o outro, seja homem, você tem calça: vá lá e diga na cara dele. "Mas isso é uma coisa muito ruim ... não sei como ele vai reagir ...". Vá até o Bispo, que o ajuda. Mas nunca, nunca faça fofoca. Não seja falador. Não caia na fofoca. Unidade entre vocês: no conselho presbiteral, nas comissões, no trabalho. Proximidade entre você e o Bispo.

E quarto: para mim, depois de Deus, a proximidade mais importante é com o santo povo fiel de Deus, nenhum de vocês estudou para ser sacerdote. Você estudou as ciências eclesiásticas, como a Igreja diz que deve ser feito. Mas você foi escolhido, tirado do povo de Deus. O Senhor disse a Davi: "Eu tirei de você o rebanho". Não te esqueças de onde vieste: da tua família, do teu povo ... Não percas o sentido do povo de Deus. Paulo disse a Timóteo: "Lembra-te da tua mãe, da tua avó ...". Sim, de onde você veio. E aquele povo de Deus ... Diz o autor da Carta aos Hebreus: «Lembrai-vos daqueles que vos apresentaram a fé». Padres do povo, não clérigos de estado!

Os quatro tipos de proximidade do sacerdote: proximidade com Deus, proximidade com o Bispo, proximidade entre vocês, proximidade com o povo de Deus. O estilo de proximidade que é o estilo de Deus. Mas o estilo de Deus é também um estilo de compaixão e de ternura. Não feche seu coração aos problemas. E você verá tantos! Quando as pessoas vêm para contar seus problemas e para serem acompanhadas ... Você perde tempo ouvindo e consolando. Compaixão, que o leva ao perdão, à misericórdia. Por favor: seja misericordioso, perdoe. Porque Deus tudo perdoa, nunca se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão. Proximidade e compaixão. Mas terna compaixão, com aquela ternura de família, de irmãos, de pai ... com aquela ternura que te faz sentir que estás na casa de Deus.

Desejo a vocês esse estilo, esse estilo que é o estilo de Deus.

E aí, eu mencionei uma coisa para vocês na sacristia, mas gostaria de falar aqui diante do povo de Deus, por favor, afaste-se da vaidade, do orgulho do dinheiro. O diabo entra "pelos bolsos". Pense sobre isso. Sede pobres, porque são pobres os santos fiéis de Deus, pobres que amam os pobres. Não sejam escaladores. A "carreira eclesiástica" ... Aí você se torna funcionário, e quando um padre começa a ser empresário, tanto na paróquia quanto no colégio ..., onde quer que esteja, ele perde aquela proximidade com o povo, ele perde aquela pobreza que o torna semelhante a Cristo pobre e crucificado, e se torna empresário, empresário sacerdote e não servo. Eu ouvi uma história que me emocionou. Um padre muito inteligente, muito prático, muito capaz, que teve muitas administrações em suas mãos, mas um dia teve seu coração apegado a esse ofício, porque ele viu que um de seus empregados, um homem idoso, cometeu um erro, o repreendeu, o jogou fora. E aquele velho morreu por isso. Esse homem foi ordenado sacerdote e acabou como um empresário implacável. Sempre tenha essa imagem, sempre tenha essa imagem.

Pastores próximos de Deus, do Bispo, entre vocês e do povo de Deus Pastores: servos como pastores, não empresários. E fique longe do dinheiro.

E então, lembre-se que esta estrada dos quatro bairros é linda, esta estrada de ser pastores, porque Jesus conforta os pastores, porque Ele é o Bom Pastor. E busque consolo em Jesus, busque consolo em Nossa Senhora - não se esqueça da Mãe - busque sempre consolo ali: seja consolado daí.

E levar as cruzes - haverá algumas em nossa vida - nas mãos de Jesus e de Nossa Senhora. E não tenha medo, não tenha medo. Se você está perto do Senhor, do Bispo, entre vocês e do povo de Deus, se você tem o estilo de Deus - proximidade, compaixão e ternura - não tenha medo, que tudo ficará bem.



Santa Missa com Ordenações sacerdotais 25 de abril de 2021 Papa Francisco

REGINA CAELI (Texto)

PAPA FRANCESCO

REGINA CAELI

Praça de São Pedro,

domingo, 25 de abril de 2021

 

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste quarto domingo de Páscoa, conhecido como Domingo do Bom Pastor, o Evangelho ( Jo 10,11-18) apresenta Jesus como o verdadeiro pastor, que defende , conhece e ama as suas ovelhas.

Ele, o Bom Pastor, sofre a oposição do "mercenário", que não se preocupa com as ovelhas, porque não são suas. Ele faz esse trabalho apenas por pagamento e não se preocupa em defendê-los: quando o lobo chega, ele foge e os abandona (cf. vv. 12-13). Em vez disso, Jesus, verdadeiro pastor, sempre nos defende , nos salva em muitas situações difíceis, situações perigosas, pela luz da sua palavra e pela força da sua presença, que sempre experimentamos e, se quisermos ouvir, todos os dias.

O segundo aspecto é que Jesus, o bom pastor, conhece - o primeiro aspecto: ele defende , o segundo: ele sabe- suas ovelhas e as ovelhas o conhecem (v. 14). Que lindo e consolador saber que Jesus nos conhece um a um, que não somos anônimos para ele, que nosso nome é conhecido por ele! Para ele não somos "massa", "multidão", não. Somos um povo único, cada um com a sua história, [e Ele] nos conhece, cada um com a sua história, cada um com o seu valor, como criatura e como redimido por Cristo. Cada um de nós pode dizer: Jesus me conhece! É verdade que é assim: Ele nos conhece como ninguém. Só Ele sabe o que está em nosso coração, as intenções, os sentimentos mais ocultos. Jesus conhece as nossas forças e defeitos e está sempre pronto a cuidar de nós, a curar as feridas dos nossos erros com a abundância da sua misericórdia. Nele se realiza plenamente a imagem do pastor do povo de Deus, que os profetas haviam delineado: Jesus cuida de suas ovelhas, reúne-as, envolve aquela ferida, cura o enfermo. Assim, podemos ler no Livro do Profeta Ezequiel (cf. 34: 11-16).

Portanto, Jesus, o Bom Pastor, defende, conhece e, acima de tudo, ama suas ovelhas. E por isso dá a vida por eles (cf. Jo 10,15). L ' amor pelas ovelhas, ou seja, por cada um de nós, leva-o a morrer na cruz, porque esta é a vontade do Pai, que ninguém se perca. O amor de Cristo não é seletivo, abrange a todos. Ele mesmo nos lembra isso no Evangelho de hoje, quando diz: «E eu tenho outras ovelhas que não vêm deste recinto: também essas devo conduzir. Eles ouvirão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um pastor ”( Jo 10,16). Essas palavras atestam sua ansiedade universal: Ele é o pastor de todos. Jesus quer que todos possam receber o amor do Pai e encontrar Deus.

E a Igreja é chamada a cumprir esta missão de Cristo. Além daqueles que frequentam nossas comunidades, há muitas pessoas, a maioria, que o fazem apenas em casos particulares ou nunca. Mas isso não significa que não sejam filhos de Deus: o Pai confia todos a Jesus Bom Pastor, que deu a vida por todos.

Irmãos e irmãs, Jesus defende , conhece e ama a todos nós. Maria Santíssima nos ajude a ser os primeiros a acolher e seguir o Bom Pastor, a cooperar com alegria na sua missão.

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Depois da Regina Caeli

Queridos irmãos e irmãs!

Na sexta-feira passada, José María Gran Cirera e nove companheiros mártires foram beatificados em Santa Cruz del Quiché, Guatemala. São três sacerdotes e sete leigos da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus, assassinados entre 1980 e 1991, época de perseguição contra a Igreja Católica comprometida com a defesa dos pobres. Animados pela fé em Cristo, foram testemunhas heróicas de justiça e amor. Que o seu exemplo nos torne mais generosos e corajosos na vivência do Evangelho. E uma salva de palmas para os novos Beatos!

Expresso minha proximidade à população das ilhas de São Vicente e Granadinas, onde uma erupção vulcânica está causando graves danos e transtornos. Garanto minhas orações e abençoo aqueles que ajudam e auxiliam.

E também estou perto das vítimas do incêndio de um hospital para pacientes de Covid em Bagdá. Oitenta e dois morreram até agora. Oramos por todos.

Confesso que estou muito triste com a tragédia que mais uma vez aconteceu no Mediterrâneo nos últimos dias. Cento e trinta migrantes morreram no mar. São pessoas, são vidas humanas, que durante dois dias inteiros imploraram em vão por ajuda, ajuda que não chegou. Irmãos e irmãs, vamos todos nos perguntar sobre esta enésima tragédia. É a hora da vergonha. Oremos por esses irmãos e irmãs e por muitos que continuam morrendo nessas viagens dramáticas. Também oramos por aqueles que podem ajudar, mas preferem ignorar. Oramos silenciosamente por eles.

Hoje se celebra em toda a Igreja o Dia Mundial de Oração pelas Vocações , que tem como tema “São José: O Sonho da Vocação”. Agradecemos ao Senhor porque continua a suscitar na Igreja pessoas que por amor a Ele se consagram ao anúncio do Evangelho e ao serviço dos irmãos. E hoje, em particular, agradecemos pelos novos sacerdotes que ordenei há pouco na Basílica de São Pedro ... Não sei se eles estão aqui ... E pedimos ao Senhor que envie bons obreiros para trabalhar em seu campo e multiplicar as vocações à vida consagrada.

E agora saúdo cordialmente a todos vós, romanos e peregrinos. Em particular, saúdo os familiares e amigos dos novos sacerdotes; bem como a comunidade do Pontifício Colégio Germânico Húngaro, que esta manhã realizou a tradicional peregrinação às Sete Igrejas.

Desejo a todos um feliz domingo. E, por favor, não se esqueça de orar por mim. Bom almoço e adeus!


Regina Coeli 25 de abril de 2021 Papa Francisco

sábado, 24 de abril de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 24 04 2021

Cardeal Wyszynski, primaz do milênio e amigo de João Paulo II, será beatificado dia 12 de setembro


VARSOVIA, 23 abr. 21 / 02:00 pm (ACI).- No dia 12 de setembro, o cardeal Wyszynski, apelidado de Primaz do milênio, será beatificado e, assim, ingressará na lista de santos poloneses do século XX junto ao seu amigo João Paulo II. A nova data de beatificação - inicialmente marcada para 7 de junho do ano passado e adiada devido à pandemia - foi anunciada hoje pelo cardeal Kazimierz Nycz, Arcebispo de Varsóvia.

A beatificação será ao meio-dia, na capital polonesa que foi sede do Cardeal Wysynski e onde repousam seus restos mortais. O cardeal será beatificado junto com Roza Maria Czaka, uma religiosa polonesa que morreu em 1961 após servir cegos a vida toda.

O Papa Francisco reconheceu as virtudes heróicas do Cardeal Wyszynski em 19 de dezembro de 2017. Já o milagre atribuído à sua intercessão foi aprovado em outubro de 2019 e tratou-se da recuperação milagrosa de uma mulher de 19 anos que sofria de câncer na tireoide. Um grupo de freiras começou então a pedir constantemente a intercessão do cardeal Wyszynski, que morreu devido a um câncer abdominal, e suas preces foram atendidas. A cura da jovem não se explica por causas naturais e agora, após a aprovação do milagre e a nova data, é apenas uma questão de meses para que a Igreja na Polônia possa, finalmente, ver o Cardeal Wyszynski elevado aos altares.

Stefan Wyszynski nasceu em Zuzela, em 3 de agosto de 1901. A sua primeira missão como bispo foi na Diocese de Lubin, de 1946 a 1948. Depois, foi transferido a Varsóvia e Gniezno, onde ficou até o seu falecimento em 28 de maio de 1981. Foi criado Cardeal em 12 de janeiro de 1953 por Pio XII. Foi presidente da Conferência Episcopal Polonesa de 1956 a 1981 e durante todos esses anos enfrentou as autoridades comunistas.

O Cardeal Wyszynski foi o rosto da resistência ao comunismo na Polónia durante o período da Guerra Fria. Colocado em prisão domiciliar por três anos a partir de 1953 por se recusar a punir padres ativos na resistência polonesa contra o regime comunista, Wyszinski também foi quem apoiou a nomeação de Karol Wojtyla como arcebispo de Cracóvia em 1964. O ano de 2021 foi declarado pelo Parlamento polonês como o Ano do Cardeal Wysziyski.

Quando o cardeal Stefan Wyszynski se ajoelhou diante de São João Paulo II na missa do início de seu pontificado, o Papa polonês o levantou e o abraçou. Foi um sinal de afeto e estima por aquele que foi seu primaz, sob cuja liderança a Igreja polonesa resistiu ao comunismo. Stefan Wyszynski faleceu no dia 28 de maio de 1981, apenas 15 dias depois do atentado que quase tirou a vida de seu compatriota João Paulo II.


Sem tua fé, eu não seria Papa...


“A tua fé e confiança em Maria, apesar das perseguições, me ajudaram a ser Sucessor de Pedro”, assegurou São João Paulo II ao Cardeal Stefan Wyszynski em 1978, em uma carta dirigida aos católicos poloneses, publicada após o reconhecimento das virtudes heroicas do arcebispo em 2017.

A carta foi envida no dia 23 de outubro de 1978 e nela São João Paulo II se dirigiu ao então Cardeal Primaz da Polônia, que foi preso e perseguido pelo regime comunista.

“Permita-me simplesmente dizer o que sinto. Este Papa polonês não estaria hoje na Cátedra de Pedro, cheio de temor de Deus, mas também de confiança, começa um novo pontificado, se não fosse pela tua fé, que não foi intimidada ante a prisão e os sofrimentos”, escreveu Karol Wojtyla.

São João Paulo II assegurou ao seu compatriota que não teria chegado a ser Papa “se não fosse pela tua esperança heroica, tua confiança ilimitada na Mãe da Igreja. Se não existisse (o santuário mariano de) Jasna Gora e todo o período que na história da Igreja em nosso país inclui teu ministério de bispo e primaz”.

“Não se esqueça de rezar por mim em Jasna Gora e em todo o país, a fim de que este Papa, que é sangue do vosso sangue e coração dos vossos corações, sirva bem à Igreja e ao mundo nos tempos difíceis que precedem o final deste segundo milênio”, concluiu a sua carta.

Em junho de 1979, São João Paulo II visitou a Polônia e em seu discurso aos bispos disse que “o Cardeal Primaz se converteu na pedra fundamental particular. Pedra fundamental que sustenta o arco, que reflete a força dos fundamentos do prédio. O Cardeal Primaz manifesta a força do fundamento da Igreja, que é Jesus Cristo. Esta é a sua força”.


(acidigital)


Quem nos separará( Caminho Neocatecumenal) Ana Sena

24 de abril: Em um dia como hoje ocorreu o genocídio armênio


REDAÇÃO CENTRAL, 24 abr. 21 / 05:00 am (ACI).- O genocídio armênio foi o assassinato de mais de um milhão e meio de cristãos armênios por parte do Império Turco Otomano, entre 1915 e 1923. Hoje, 24 de abril, recordam-se os 106 anos do início deste massacre.

No dia 24 de abril de 1915, as autoridades otomanas prenderam 235 membros da comunidade de armênios em Constantinopla (atualmente Istambul). Nos dias seguintes, a cifra de detidos subiu para 600.

Posteriormente, o governo ordenou a expulsão de toda a população armênia, que teve que caminhar centenas de quilômetros pelo deserto, enfrentando fome, sede, perdas de vidas humanas, roubos, violações por parte dos guardas muçulmanos que deviam protegê-los, muitas vezes somado à grupos de assassinos e ladrões.

Como parte das atividades na Armênia para comemorar as vítimas do genocídio, as autoridades políticas e religiosas se reuniram no Memorial de Tzitzernakaberd,construído em Erevan, a capital do país.

Um reconhecimento centenário

Em 12 de abril de 2015, o Papa Francisco celebrou uma Missa especial na Basílica de São Pedro, na qual participaram milhares de fiéis para comemorar os 100 anos do genocídio.

“No século passado, a família humana sofreu várias tragédias sem precedentes. A primeira, considerada como o primeiro genocídio do século XX, golpeou o povo armênio – a primeira nação cristã do mundo –, junto aos sírios católicos e ortodoxos, os assírios, os caldeus e os gregos”, expressou em sua homilia.

Recordou que “foram assassinados bispos, sacerdotes, religiosos, mulheres, homens, idosos e até mesmo crianças e doentes indefesos”.  É “necessário recordá-los, porque onde se perde a memória quer dizer que o mal ainda mantém a ferida aberta; esconder ou negar o mal é como deixar que uma ferida siga sangrando sem ser cicatrizada”, afirmou o Papa.

Durante esta Eucaristia, o Santo Padre proclamou São Gregório de Narek, chamado de “Santo Agostinho dos armênios”, como Doutor da Igreja.

 Dois dias depois, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan atacou o Pontífice e o acusou de ter tirado os acontecimentos do seu “contexto”.

“Eu condeno o Papa e o aconselho a não cometer erros como este novamente”, expressou Erdogan. A Turquia ainda não reconhece este genocídio.

Entretanto, no dia 15 de abril daquele mesmo ano, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução onde elogiava o discurso do Pontífice e conclamava a Turquia a reconhecer que os fatos ocorridos entre 1915 e 1917 constituíram um “genocídio”.

No dia seguinte, Vatican News publicou a declaração do então porta-voz, Pe. Federico Lombardi, o qual explicou que as palavras do Papa Francisco “se encaixam nas palavras utilizadas por João Paulo II”.

“O que disse o Papa me parece claro como o sol. Usou o termo ‘genocídio’, dando continuidade ao uso já utilizado da definição desta palavra”, assinalou.

Por sua vez, a Igreja Apostólica Armênia (cristãos não católicos) declarou “mártires” no 23 de abril de 2015 os 1,5 milhões de vítimas, no marco das comemorações pelos cem anos do início do holocausto.

Armênia é a primeira nação em se proclamar cristã no mundo, no ano 301, e foi visitada pelo Papa Francisco de 24 a 26 de junho de 2016.

Durante a sua estadia no país, o Santo Padre parou um momento para rezar no Memorial de Tzitzernakaberd, construído em honra às vítimas do genocídio armênio.

Em um de seus discursos, o Pontífice destacou que “para a Armênia, a fé em Cristo não foi uma espécie de vestido que se põe ou tira segundo as circunstâncias e conveniências, mas um elemento constitutivo da sua própria identidade, um dom de enorme valor que se há de acolher com alegria e guardar com empenho e fortaleza, à custa da própria vida”.

Do mesmo modo, em 2016, estreou o filme The Promise (A Promessa) baseado no Genocídio Armênio. Dirigido por Terry George, conta com a atuação do ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante de 2010, Christian Bale; o ator de origem guatemalteca Oscar Issac; da franco-canadense Charlotte Le Bom; e do conhecido ator francês Jean Reno, entre outros.

(acidigital)


Esta palavra é dura | (Jo 6, 60-69) #371 - Meditação da Palavra

sexta-feira, 23 de abril de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 23 04 2021

St. George's Chapel

Homilia Diária | Memória de São Jorge, Mártir






Palavra de Vida – abril 2021


“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.” (Jo 10,11)


As imagens da cultura bíblica, marcadas pelos tempos lentos da vida nómada e pastoril, parecem distantes das nossas exigências quotidianas de eficiência e competitividade. Apesar disso, também nós sentimos, por vezes, a necessidade de uma pausa, de um lugar onde repousar, de um encontro com alguém que nos aceite tal como somos.

Jesus apresenta-se como aquele que, mais do que ninguém, é capaz de nos acolher, de ser o nosso descanso, até mesmo de dar a sua vida por cada um de nós.

No longo trecho do evangelho de João – do qual é extraída esta Palavra de vida – Jesus dá-nos a certeza de que Ele é a presença de Deus na história de cada pessoa, como tinha sido prometido a Israel pela boca dos profetas (1).

Jesus é o pastor, o guia que conhece e ama as suas ovelhas, isto é, o seu povo, cansado e, por vezes, perdido. Não é um estranho que ignora as necessidades do rebanho, nem um ladrão que vem para roubar, nem um malfeitor que mata e dispersa, nem sequer um mercenário que trabalha só por interesse.

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.“

O rebanho que Jesus sente como seu é, sem dúvida, o grupo dos seus discípulos, de todos aqueles que já receberam o Batismo, mas não só. Ele conhece todas as criaturas humanas, chama cada uma pelo seu nome, trata de cada uma com ternura. 

Ele é o verdadeiro pastor. Não só nos guia para a vida, não só vem à nossa procura sempre que nos perdemos (2), mas já deu a sua vida para realizar a vontade do Pai, que é a plenitude da comunhão com Ele e a reconquista da fraternidade entre nós – fraternidade que tinha sido mortalmente ferida pelo pecado.

Cada um de nós pode procurar reconhecer a voz de Deus, ouvir a palavra que Ele nos dirige pessoalmente e segui-la com confiança. Sobretudo, podemos ter a certeza de que somos amados, compreendidos e perdoados incondicionalmente por Aquele que nos garante:

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.”

Quando experimentamos, pelo menos um pouco, esta presença silenciosa mas forte na nossa vida, acende-se no coração o desejo de a partilhar, de fazer crescer a nossa capacidade de cuidar e de aceitar os outros. Seguindo o exemplo de Jesus, podemos procurar conhecer melhor as pessoas da nossa família, o colega de trabalho ou o vizinho de casa, para nos deixarmos desinstalar pelas necessidades daqueles que nos rodeiam.

Podemos multiplicar as iniciativas do amor, envolvendo os outros e deixando-nos envolver. Na nossa pequenez, podemos contribuir para a construção de comunidades fraternas e abertas, capazes de acompanhar, com paciência e coragem, o caminho de muitos.

Meditando nesta frase do Evangelho, Chiara Lubich escreveu: «Jesus, falando claramente de si, disse: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Ele viveu até ao fim a sua oferta. O seu amor é um amor oblativo, ou seja, é um amor feito de efetiva disponibilidade para oferecer, para dar a própria vida. […] Deus pede-nos, também a nós […] atos de amor que tenham (pelo menos na intenção e na decisão) a medida do seu amor. […] Só um amor assim é um amor cristão: não um amor qualquer, não um amor superficial, mas um amor grande, capaz de pôr em risco a vida. […] Agindo assim, a nossa vida cristã dará um salto de qualidade, um grande salto de qualidade. Então veremos reunir-se ao redor de Jesus, atraídos pela sua voz, homens e mulheres dos quatro cantos da Terra”(3).


Letizia Magri


1) Cf. Ez 34,24-31. 2) Cf. Lc 15,3-7; Mt 18, 12-14. 3) C. Lubich, Palavra de Vida de abril de 1997, in Parole di Vita, a/c Fabio Ciardi (Opere di Chiara Lubich 5), Città Nuova, Roma 2017, pp. 576-577.


(focolares)


Comemos a carne de Jesus | (Jo 6, 52-59) #370 - Meditação da Palavra

quinta-feira, 22 de abril de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 22 04 2021

Papa Francisco recebe Primeiro-Ministro do Líbano e confirma desejo de visitar o país


Vaticano, 22 abr. 21 / 07:53 am (ACI).- O Papa Francisco se encontrou com o Primeiro-Ministro designado do Líbano, Saad Hariri, em uma audiência privada esta manhã. A notícia foi confirmada por Matteo Bruni, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

«Durante as conversas que duraram cerca de trinta minutos - continua Bruni - o Papa quis reiterar a sua proximidade ao povo libanês, que vive um momento de grandes dificuldades e incertezas, e recordou a responsabilidade de todas as forças políticas de se comprometerem urgentemente com o benefício da nação".

«Ao reafirmar o seu desejo de visitar o país assim que se reúnam as condições, o Papa Francisco – conclui o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé - manifestou a esperança de que o Líbano, com a ajuda da comunidade internacional, volte a encarnar a fortaleza dos cedros, a diversidade que da fragilidade se torna força no grande povo reconciliado, com a sua vocação de ser uma terra de encontro, de convivência e de pluralismo”.

Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco voltou seu olhar para o Líbano. No passado dia 24 de dezembro, o Pontífice enviou uma carta ao povo libanês pelo Natal,  na esperança de obter a ajuda da comunidade internacional para que o Líbano se liberte dos conflitos e tensões regionais, a fim de abandonar a grave crise e assim se recuperar.

Saad Hariri já ocupou o cargo de Primeiro Ministro do Líbano de 2009 a 2011 e de 2016 a 2019. Ele é filho do de Rafiq Hariri, que foi primeiro-ministro do país entre 1992 e 1998, assassinado em fevereiro de 2005.

(acidigital)


Dia Internacional da Terra: “As pessoas devem fazer as pazes com a natureza"



Na sua mensagem para o Dia Internacional da Terra o Secretário-geral da ONU, António Guterres afirmou que o planeta “está num ponto crítico” e pede que “as pessoas façam as pazes com a natureza”. Hoje será realizado um encontro de alto nível organizado pelos Estados Unidos
Vatican News
Hoje (22/04) é celebrado o  Dia Internacional da Mãe Terra, para marcar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, participa no Encontro de Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizado pelos Estados Unidos. A iniciativa reúne, de forma virtual, cerca de 40 líderes mundiais e pretende reforçar os esforços para limitar o aumento da temperatura global em 1,5 grau Celsius até o final do século. 

A humanidade continua a abusar da natureza

Em mensagem sobre o Dia Internacional, Guterres afirmou que o planeta “está num ponto crítico” e apela as pessoas a fazerem as pazes com a natureza. O chefe da ONU afirmou que “a Humanidade continua a abusar da natureza”, pilhando descuidadamente os recursos da Terra, esgotando sua vida selvagem e tratando o ar, a terra e os mares como depósitos de lixo. Segundo ele, “ecossistemas e cadeias alimentares cruciais estão à beira do colapso.” Para o secretário-geral, esse comportamento “é suicida.” O secretário-geral ressalta que o mundo precisa “acabar com a guerra contra a natureza e cuidá-la para que volte a ser saudável".

Medidas necessárias

O chefe da ONU destacou depois os passos que precisam ser dados, como limitar o aumento da temperatura e planejar uma adaptação às mudanças que virão. Ele pediu também medidas mais firmes para proteger a biodiversidade, a redução da poluição e mais contribuições para economias circulares que reduzam os resíduos. Segundo Guterres, estes passos irão salvaguardar “a casa comum” da população mundial e “criar milhões de novos empregos".

Pandemia, oportunidade de mundo mais sustentável

Para o secretário-geral a recuperação da pandemia da Covid-19 “é uma oportunidade para pôr o mundo num caminho mais limpo, mais verde e mais sustentável.” Por fim, conclui sua mensagem pedindo que, neste Dia Internacional da Terra, todos se comprometam “com o árduo trabalho de restaurar o planeta e de fazer as pazes com a natureza”. Porque mudanças climáticas, provocadas pelo homem na natureza, bem como crimes que afetam a biodiversidade e o crescente comércio ilegal de animais selvagens, podem aumentar o contato e a transmissão de doenças infecciosas de animais para humanos, como a Covid-19.


(Fonte: Site da ONU)

Quem comer deste pão nuca morrerá | (Jo 6, 44-51) #369 - Meditação da Pa...

Laudes de Quinta-feira da III Semana da Páscoa

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Missa a Nossa Senhora de Fátima desde a Capelinha das Aparições 21.04.2021

A vontade de Deus é a salvação de todos | (Jo 6, 35-40) #368 - Meditação...

Gratidão dos Bispos à Rainha Elizabeth que completa 95 anos


Nota dos Bispos católicos da Inglaterra e do País de Gales por ocasião do aniversário da Rainha Elizabeth II

Vatican News

A Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e do País de Gales, em nota, oferece seus melhores votos a Elizabeth II que completa hoje 95 anos. "Agradecemos-lhe por todos os anos de serviço excepcional que prestou como nossa Rainha e Soberana, e pedimos as bênçãos de Deus sobre os anos de reinado que ainda estão por vir". Reunidos em Assembleia Plenária, os bispos "a uma só voz" também expressaram à Rainha suas "mais profundas condolências" pela morte de seu marido, o Príncipe Felipe, Duque de Edimburgo, que faleceu no dia 9 de abril aos 99 anos de idade. Junto com o povo, os bispos escreveram: "Lamentamos sua morte, oramos pelo descanso eterno de sua alma, agradecemos a Deus pelo exemplo de sua vida e oramos ao Senhor para dar força a toda a família real". "Deus abençoe Sua Majestade, agora e sempre", conclui a nota, assinada pelo Cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência Episcopal Inglesa.


Este ano será um aniversário particular para Elizabeth II, devido ao luto por seu marido, que permaneceu ao seu lado durante 73 anos de casamento. Não está planejado, portanto, qualquer tipo de celebração, também em conformidade com os regulamentos atuais anti-Covid. Por fim, uma curiosidade: o aniversário da Rainha da Inglaterra é tradicionalmente celebrado duas vezes por ano: a primeira, em particular, no dia de seu nascimento, e a segunda, oficialmente, em junho. Esta tradição remonta ao Rei Eduardo VII, que nasceu em 9 de novembro de 1841, em um período frio e chuvoso do ano. Por este motivo, a cerimônia oficial foi transferida para junho, para ter mais chances de um clima claro e ensolarado.


(vaticannews)


O senhor é meu pastor - Salmo 23 (22)

AUDIÊNCIA GERAL:Catequese - 30. A oração vocal (Texto)

 


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Biblioteca do Palácio Apostólico

Quarta-feira, 21 de abril de 2021


Catequese - 30. A oração vocal

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

A oração é diálogo com Deus; e, num certo sentido, todas as criaturas “dialogam” com Deus. No ser humano, a oração torna-se palavra, invocação, cântico, poesia... A Palavra divina fez-se carne, e na carne de cada homem a palavra volta a Deus na oração.

As palavras são as nossas criaturas, mas são também as nossas mães, e em certa medida plasmam-nos. As palavras de uma prece levam-nos em segurança através de um vale escuro, orientando-nos para prados verdes, ricos de água, fazendo-nos banquetear diante dos olhos de um inimigo, como o Salmo nos ensina a recitar (cf. Sl 23). As palavras nascem dos sentimentos, mas há também o caminho inverso: aquele em que as palavras moldam os sentimentos. A Bíblia educa o homem para garantir que tudo vem à luz através da palavra, que nada de humano seja excluído, censurado. Acima de tudo, a dor é perigosa se permanecer coberta, fechada dentro de nós... Uma dor encerrada dentro de nós, que não se exprime nem desabafa, pode envenenar a alma; é mortal.

É por este motivo que a Sagrada Escritura nos ensina a rezar até com palavras às vezes audazes. Os escritores sagrados não nos querem enganar sobre o homem: sabem que no seu coração existem também sentimentos pouco edificantes, até mesmo o ódio. Nenhum de nós nasce santo, e quando estes sentimentos negativos batem à porta do nosso coração, devemos ser capazes de os desarmar com a oração e com as palavras de Deus. Nos Salmos encontramos também expressões muito duras contra os inimigos – expressões que os mestres espirituais nos ensinam a atribuir ao diabo e aos nossos pecados – mas são palavras que pertencem à realidade humana e que acabaram no contexto das Sagradas Escrituras. Estão ali para nos testemunhar que se, perante a violência, não houvessem palavras para tornar inofensivos os maus sentimentos, para os canalizar de modo que não prejudiquem, o mundo inteiro seria inundado por eles.

A primeira oração humana é sempre uma recitação vocal. Os lábios movem-se sempre em primeiro lugar. Embora todos saibamos que rezar não significa repetir palavras, no entanto a oração oral é a mais segura e pode ser praticada sempre. Os sentimentos, por mais nobres que sejam, são sempre incertos: vêm e vão, abandonam-nos e regressam. Não só, mas até as graças da oração são imprevisíveis: às vezes as consolações abundam, mas nos dias mais escuros parecem evaporar-se completamente. A oração do coração é misteriosa e em certos momentos falha. A oração dos lábios, aquela que é sussurrada ou recitada em coro, está sempre disponível, e é tão necessária quanto o trabalho manual. O Catecismo afirma: «A oração vocal é um elemento indispensável da vida cristã. Aos discípulos, atraídos pela oração silenciosa do seu Mestre, este ensina-lhes uma oração vocal: o Pai-Nosso» (n. 2701). “Ensina-nos a rezar”, pedem os discípulos a Jesus, e Jesus ensina uma oração vocal: o Pai-Nosso. E naquela prece há tudo.

Todos deveríamos ter a humildade de certos idosos que, na igreja, talvez porque a sua audição já não é aguda, recitam em meia-voz as orações que aprenderam quando eram crianças, enchendo a nave de sussurros. Esta prece não perturba o silêncio, mas dá testemunho da sua fidelidade ao dever da oração, praticada durante uma vida inteira, sem nunca falhar. Com a oração humilde, estes orantes são frequentemente os grandes intercessores das paróquias: são os carvalhos que de ano em ano alargam os seus ramos, para oferecer sombra ao maior número de pessoas. Só Deus sabe quando e quanto os seus corações estavam unidos àquelas orações recitadas: certamente essas pessoas também tiveram que enfrentar noites e momentos vazios. Mas pode-se permanecer sempre fiel à prece vocal. É como um âncora: agarrar-se à corda para permanecer ali, fiéis, aconteça ou que acontecer.

Todos temos que aprender com a constância daquele peregrino russo, mencionado numa famosa obra de espiritualidade, que aprendeu a arte da oração repetindo a mesma invocação inúmeras vezes: «Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tende piedade de nós, pecadores!» (cf. CIC, 2616; 2667). Repetia só isto. Se as graças entraram na sua vida, se um dia a oração se tornou tão ardente que ele sentiu a presença do Reino aqui entre nós, se o seu olhar se transformou até ser como o de uma criança, foi porque ele insistiu em recitar uma simples jaculatória cristã. No final, ela torna-se parte da sua respiração. É bonita a história do peregrino russo: é um livro ao alcance de todos. Recomendo-vos que o leiais: ajudar-vos-á a compreender o que é a oração vocal.

Por conseguinte, não devemos desprezar a oração vocal. Alguém diz: “Mas, é coisa para as crianças, para gente ignorante; estou procurando a prece mental, a meditação, o vazio interior para que Deus venha”. Por favor, não se deve cair na soberba de desprezar a oração vocal. É a oração dos simples, a que Jesus nos ensinou: Pai nosso que estais no céu… As palavras que pronunciamos levam-nos pela mão; às vezes restituem o sabor, despertam até o mais adormecido dos corações; estimulam sentimentos dos quais tínhamos perdido a memória, e levam-nos pela mão rumo à experiência de Deus. E acima de tudo, de maneira segura, são as únicas que dirigem a Deus as perguntas que Lhe aprazem. Jesus não nos deixou na névoa. Disse-nos: «Eis como deveis rezar!». E ensinou a oração do Pai-Nosso (cf. Mt 6, 9).

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Saudações:

Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa. Vos convido a nunca abandonar as orações simples que aprendemos de pequenos no seio da nossa família e que guardamos na memória do coração. São vias seguras de acesso ao coração do Pai. Que Deus vos abençoe!

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Resumo da catequese do Santo Padre:

A oração é diálogo com Deus. A Palavra divina se fez carne e, na carne de cada ser humano, a palavra retorna a Deus pela oração. A Sagrada Escritura nos ensina a rezar com palavras por vezes ousadas pois, quando os maus sentimentos batem à porta do nosso coração, temos de ser capazes de desarmá-los com a oração e com a palavra de Deus. A primeira oração do ser humano é sempre vocal, e embora saibamos que rezar não significa repetir palavras, todavia a oração vocal é a mais segura e sempre podemos fazê-la. A oração do coração é misteriosa e, em certos momentos, ausente, ao passo que a oração dos lábios - sussurrada ou dita em voz alta - está sempre ao nosso alcance. Todos deveríamos ter a humildade de alguns idosos que na igreja, talvez pela sua audição já meio enfraquecida, ouvimos recitando em voz baixa as orações que aprenderam de pequenos, enchendo o templo com seus murmúrios. Esta oração não perturba o silêncio, antes testemunha a fidelidade ao dever da oração feita sem desfalecer a vida inteira. Estes orantes da oração humilde são frequentemente os grandes intercessores da paróquia. Não devemos, portanto, desprezar a oração vocal. Jesus nos disse: «Quando orardes, dizei assim!» e ensinou-nos a oração do Pai-nosso (cf. Mt 6,9).

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Audiência Geral 21 de abril de 2021 Papa Francisco

terça-feira, 20 de abril de 2021

SANTA MISSA DIRETO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA 20 04 2021

Festival da Comunicação 2021 e a visão do Papa sobre jornalismo


O Prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, juntamente com os Bispos Cornacchia e Pompili e Irmã Cristina Beffa, apresentaram os eventos e reuniões do Festival da Comunicação 2021 a ser realizado de 1º a 16 de maio na Itália central. Uma oportunidade para refletir sobre modernas informações e sobre a visão do Papa de um jornalismo que "desgasta a sola dos sapatos"

Salvatore Cernuzio – Vatican News

"Vem e vê", conheça e comunique, dirija seu olhar e se relacione com o outro. Deste convite dirigido a jornalistas e comunicadores pelo Papa Francisco em sua mensagem de janeiro passado para o 55º Dia Mundial da Comunicação Social, se desenvolverá o Festival da Comunicação 2021, promovido todos os anos pelas Paulinas, intitulado, precisamente, "Vem e vê" (Jo 1,46). Comunicar encontrando as pessoas onde e como elas estão.

Participarão estudiosos bíblicos, especialistas do mundo da informação, teólogos, mas também personalidades do mundo religioso através de histórias, testemunhos, mesas redondas. Cada um dará sua contribuição sobre o que é o jornalismo hoje, com suas insídias, mas também com as infinitas oportunidades dadas pelas novas tecnologias.

Também será uma ocasião para refletir sobre a visão proposta pelo Papa Francisco de um jornalismo que "desgasta a sola dos sapatos", que não se limita a observar, mas a "olhar", entendido como entrar na realidade viva de um povo, de um lugar, de um fato. Foi o que o próprio Pontífice fez, de 3 a 5 de março passado, indo ao Iraque acompanhado de 75 repórteres e cameraman para uma visita inesquecível a um país "onde ninguém queria ir", como lembrou o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini.

No Iraque, o exemplo de uma comunicação que se torna um relacionamento

Ao apresentar o Festival de Comunicação, Ruffini recordou a histórica viagem do Papa ao Iraque como dias de história e esperança em um país ferido por guerras e terrorismo. "Encontro no olhar feliz daquele povo, com roupa de festa para o encontro, o testemunho mais bonito e comovente do significado deste 'vem e vê'", disse o prefeito. "Ver e ser visto". E somente depois de ver, e ser visto, você saberá como se comunicar. Isto nos faz lembrar a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações: que a raiz da comunicação é a relação, e que para se comunicar bem, é preciso ir e ver".

"Somente na verdade das relações, no testemunho do que realmente foi visto, na passagem da autorrepresentação à capacidade de ver o outro, podemos compreender o valor de construir juntos um futuro melhor", disse ainda o prefeito. Um futuro, acrescentou, citando o filósofo e teólogo austríaco Martin Buber, "fundado no caráter recíproco da vida". Porque 'aquele que não dá mais uma resposta, não percebe mais a palavra'".

As duas semanas do Festival terminarão com o Prêmio Literário "Don Tonino Bello", que proclamará poetas e jornalistas, no dia 14 de maio, e, no dia seguinte, será realizada uma Vigília de Oração. Por fim, Dom Pompili fará o discurso conclusivo no dia 16 de maio, Dia das Comunicações Sociais.


(vaticannews)