terça-feira, 30 de novembro de 2021
Marcelo veta diploma sobre morte medicamente assistida
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou esta segunda-feira o diploma sobre a eutanásia, envolvendo a eutanásia e o suicídio medicamente assistido. Numa nota no site oficial da presidência, Marcelo promulgou a gestação de substituição a proibição de discriminação para dar sangue e o uso máscara.
"O Presidente da República decidiu, hoje, devolver à Assembleia da República o decreto sobre morte medicamente assistida, envolvendo a eutanásia e o suicídio medicamente assistido, recebido no dia 26 de novembro", lê-se numa nota divulgada hoje no `site` da Internet da Presidência.
Na nota, o Presidente pretende que os deputados clarifiquem o conceito de "doença incurável" e também que seja reponderada a opção de "doença fatal" ter deixado de ser exigível para justificar o pedido de morte medicamente assistida.
É uma alteração na lei, entre a primeira versão do diploma e a versão atual, que corresponde "a uma mudança considerável de ponderação dos valores da vida e da livre autodeterminação, no contexto da sociedade portuguesa", lê-se na nota publicada.
Há pouco mais de oito meses, em 15 de março, Marcelo Rebelo de Sousa vetou o anterior decreto do parlamento sobre esta matéria, depois de o Tribunal Constitucional o ter declarado inconstitucional por "insuficiente densidade normativa" do artigo 2.º n.º 1, que estabelecia os termos para a morte medicamente assistida deixar de ser punível.
O pedido de fiscalização preventiva do diploma tinha sido feito, em fevereiro, pelo próprio Presidente.
Apesar de o diploma ser devolvido ao parlamento, não poderá ser feita uma alteração à lei, dado que a Assembleia da República encerrou os seus trabalhos na sexta-feira e está a poucos dias de ser dissolvida, na sequência do "chumbo" do Orçamento do Estado de 2022.
Deste modo, só o parlamento a sair das eleições antecipadas de 30 de janeiro de 2022 poderá voltar a debater e votar um diploma sobre esta questão.
c/Lusa
Migrantes, o Papa: a falta de respeito das fronteiras minimiza a nossa humanidade
A Mensagem de Francisco foi lida pelo cardeal Parolin pelos 70 anos da Organização Internacional para as Migrações: “É deplorável usar os migrantes como mercadoria e vítimas de rivalidades políticas”.
Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News
"Mercadorias", "pedras no tabuleiro de xadrez", "vítimas de rivalidades políticas". É "deplorável o tratamento reservado a milhares de migrantes no mundo hoje. A falta de respeito humano das fronteiras nos minimiza a todos em nossa humanidade". É o que afirma o Papa Francisco na mensagem de vídeo, lida pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, nesta segunda-feira (29/11), por ocasião dos 70 anos da Organização Internacional para as Migrações, principal organização intergovernamental no campo da migração, com sede em Genebra, na Suíça. Há dez anos, a Santa Sé é membro da Organização.
Histórias de desigualdades e desespero
Francisco exorta a uma mudança de perspectiva sobre o fenômeno da migração: "Não é apenas uma história de migrantes, mas de desigualdades, desespero, degradação ambiental, mudanças climáticas, mas também de sonhos, coragem, estudo no exterior, reunificação familiar, novas oportunidades, segurança e trabalho pesado, mas digno".
Além dos aspectos políticos e jurídicos das situações irregulares, nunca devemos perder de vista o rosto humano da migração e o fato de que, além das divisões de fronteiras geográficas, fazemos parte de uma única família humana.
"O debate sobre a migração não diz respeito realmente aos migrantes", enfatiza o Papa. "Não se trata apenas de migrantes: trata-se de todos nós, do passado, do presente e do futuro de nossas sociedades. Não devemos nos surpreender com o número de migrantes, mas vê-los todos como pessoas, olhando seus rostos e ouvindo suas histórias, tentando responder da melhor forma possível às suas situações pessoais e familiares únicas. Esta resposta requer muita sensibilidade humana, justiça e fraternidade".
A "tentação comum" de hoje de "descartar tudo o que incomoda" deve ser evitada. É um sintoma dessa "cultura do descarte" que se que opõe ao ensinamento da maioria das grandes tradições religiosas. Devemos "tratar os outros como desejamos ser tratados e amar o nosso próximo como a nós mesmos", não transcurando a hospitalidade ao estrangeiro. "Certamente", diz o Papa, "estes valores universalmente reconhecidos devem orientar o nosso tratamento dos migrantes na comunidade local e nacional".
Os migrantes enriquecem as comunidades que os hospedam
Devemos olhar não apenas para o que os Estados fazem para acolher os migrantes, mas também para "os benefícios que os migrantes trazem para suas comunidades que os hospedam e como as enriquecem", exorta o Papa.
Por um lado, nos mercados dos países de renda média-alta, a mão-de-obra migrante é muito procurada e bem-vinda como uma forma de compensar a escassez de mão-de-obra. Por outro lado, os migrantes são muitas vezes rejeitados e submetidos a comportamentos de ressentimento por muitas de suas comunidades anfitriãs.
Infelizmente, observa o Pontífice, "este padrão duplo decorre da predominância dos interesses econômicos sobre as necessidades e a dignidade da pessoa humana". Uma tendência exacerbada durante o "confinamento" por causa da Covid-19, "quando muitos trabalhadores 'essenciais' eram migrantes, mas não obtiveram os benefícios dos programas de assistência financeira da Covid ou acesso aos cuidados básicos de saúde ou às vacinas contra a Covid".
Saídas legais para situações irregulares
À luz desses dramas cotidianos, o Papa ressalta "a necessidade urgente de encontrar formas dignas de sair de situações irregulares".
O desespero e a esperança sempre prevalecem sobre as políticas restritivas. Quanto mais rotas legais houver, é menos provável que os migrantes sejam atraídos para as redes criminosas de traficantes de pessoas ou que sejam explorados e abusados no decorrer de sua migração.
Benefícios negados
Neste sentido, a questão da integração é "fundamental", o que "implica um processo bidirecional, baseado no conhecimento recíproco, abertura mútua, respeito das leis e da cultura dos países anfitriões num verdadeiro espírito de encontro e enriquecimento recíproco".
A família migrante é um componente crucial das comunidades em nosso mundo globalizado, mas em muitos países aos trabalhadores migrantes são negados os benefícios e a estabilidade da vida familiar por causa de impedimentos legais.
"O vazio humano deixado quando um genitor emigra sozinho é um forte apelo ao dilema paralisante de ser obrigado a escolher entre emigrar apenas para alimentar sua família ou desfrutar do direito fundamental de permanecer em seu país de origem com dignidade", ressalta Francisco.
Uma escolha consciente, não uma necessidade desesperada
Daí o convite à Comunidade internacional para "enfrentar urgentemente as condições que dão origem à migração irregular, tornando a migração uma escolha consciente e não uma necessidade desesperada".
A maioria das pessoas que podem viver decentemente em seus países de origem não se sentiria obrigada a migrar irregularmente. São necessários esforços urgentes para criar melhores condições econômicas e sociais para que a migração não seja a única opção para quem busca paz, justiça, segurança e pleno respeito pela dignidade humana.
(vaticannews)
Entrevista do cardeal Parolin a Massimiliano Manichetti
Parolin: não é cancelando a palavra Natal que se combate a discriminação
“Quem vai contra a realidade se coloca em sério perigo”, afirma à mídia vaticana o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, ao comentar o documento da Comissão Europeia que convida a não usar palavras e nomes como Natal, Maria ou João.
Massimiliano Menichetti - Cidade do Vaticano
Infelizmente, a tendência é a de padronizar tudo. Não sabendo respeitar as justas diferenças, no final corre-se o risco de destruir a pessoa. Este é o comentário do secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, após a divulgação de um documento interno que teria como objetivo evitar discriminações e convidar à inclusão.
No manual para uma comunicação mais adequada, há o convite a dar preferência a expressão "período de festividades" ao invés de "período de Natal". De fato, para garantir o direito de "cada pessoa a ser tratada com igualdade", eliminam-se palavras como "Senhora" e "Senhor", mas também "Natal" e nomes como "Maria" ou "João". "Não estamos proibindo o uso da palavra Natal", disse um porta-voz da Comissão Europeia.
Eminência, qual seu pensamento sobre este assunto? Por que isso acontece?
R.- Eu acredito que seja correta a preocupação de eliminar todas as discriminações. É um caminho sobre o qual temos adquirido cada vez mais consciência e que, naturalmente, deve traduzir-se também no campo prático. No entanto, a meu ver, certamente esse não é o caminho para atingir esse objetivo. Porque no final se corre o risco de destruir, aniquilar a pessoa, em duas direções principais. A primeira, aquela da diferenciação que caracteriza o nosso mundo, a tendência infelizmente é de padronizar tudo, não sabendo respeitar nem mesmo as corretas diferenças, que naturalmente não devem se tornar contraposição ou fonte de discriminação, mas devem se integrar justamente para construir uma humanidade plena e integral. A segunda: o esquecimento daquilo que é uma realidade. E quem vai contra a realidade se coloca em sério perigo. E depois há o cancelamento daquilo que são as raízes, sobretudo no que diz respeito às festas cristãs, à dimensão cristã também da nossa Europa. Claro, nós sabemos que a Europa deve a sua existência e a sua identidade a muitas contribuições, mas certamente não se pode esquecer que uma das contribuições principais, senão a principal, foi precisamente o cristianismo. Portanto, destruir a diferença e destruir as raízes significa destruir a pessoa.
O Papa prepara-se para partir para uma viagem na Europa onde certamente a cultura, a tradição e os valores marcam um caminho de acolhimento. No entanto, há quem continue a construir uma Europa que elimina as suas raízes ...
R.- Sim, parece-me que o Papa, também na mensagem em vídeo que dirigiu à Grécia e a Chipre antes da sua partida há poucos dias, sublinha precisamente esta dimensão europeia: isto é, ir às fontes da Europa, portanto reencontrar aqueles que são os elementos constituintes. Certamente, a cultura grega é um desses elementos. Depois, o Papa também se refere a Chipre como uma das ramificações europeias da Terra Santa. Portanto, me parece que essa viagem chegue justamente na hora certa, é uma viagem que nos remete precisamente a essas dimensões fundamentais que não podem ser canceladas. Devemos redescobrir a capacidade de integrar todas essas realidades sem ignorá-las, sem combatê-las, sem eliminá-las e marginalizá-las.
(vaticannews)
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
domingo, 28 de novembro de 2021
Hoje é celebrada santa Catarina Labouré, vidente da Medalha Milagrosa
REDAÇÃO CENTRAL, 28 nov. 21 / 06:00 am (ACI).- Hoje, 28 de novembro, a Igreja celebra santa Catarina Labouré, vidente da Medalha Milagrosa, a quem a Virgem disse: “Deus quer te confiar uma missão; te custará trabalho, mas vencerás se pensar que o fará para a glória de Deus”.
Santa Catarina Labouré nasceu na França em 1806, em uma família camponesa. Ficou órfã de mãe aos nove anos e pediu à Virgem que fosse sua mãe. Sua irmã foi admitida como religiosa vicentina e Catarina teve que se ocupar das tarefas do lar e, por isso, não pôde aprender a ler nem escrever.
Mais tarde, pediu ao seu pai que permitisse que ela se tornasse religiosa em um convento, mas ele negou. Então, pedia ao Senhor que lhe concedesse este desejo. Tempos depois, viu em sonhos um sacerdote idoso que lhe disse: “um dia irá me ajudar a cuidar dos enfermos”.
Aos 24 anos, visitou sua irmã religiosa e, no convento, viu a imagem de São Vicente de Paulo e percebeu que ele era o sacerdote que viu em seus sonhos. Desde então, propôs-se a ser religiosa vicentina e não se deteve até ser aceita na comunidade.
Foi enviada a Paris, onde realizou os ofícios mais humildes e esteve cuidou dos idosos da enfermaria. Em 27 de novembro de 1830, a Virgem Maria apareceu a ela na capela do convento e lhe pediu que cunhasse a Medalha de acordo com o que estava vendo na aparição.
Com o tempo e diante da intercessão do confessor da santa, o arcebispo de Paris permitiu que se fabricasse a medalha e começaram os milagres, tal como a Virgem havia prometido.
Com a morte de seu confessor, que sabia tudo sobre as aparições, substituiu-o outro que, ao escutar os fatos extraordinários, não a compreendeu. Enquanto isso, santa Catarina guardava em segredo sua história com a Virgem até que lhe renovaram o confessor.
A santa sabia que se aproximava o tempo de partir e, depois de pedir o conselho à Virgem, confiou seu segredo à superiora, que conseguiu que fosse erguida no altar uma estátua que perpetuasse a recordação das aparições.
Partiu para a Casa do Pai aos 70 anos, em 31 de dezembro de 1876. Quando abriram a sua sepultura, 56 anos depois, para o reconhecimento oficial de suas relíquias, encontraram seu corpo incorrupto. Foi beatificada por Pio XI, em 1933, e canonizada por Pio XII, em 1947.
(acidigital)
sábado, 27 de novembro de 2021
SAUDAÇÃO DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS ORGANIZADORES DO FESTIVAL INTERCULTURAL
DE GIÀVERA DEL MONTELLO
Sala Clementina
Sábado, 27 de novembro de 2021
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço-lhe por me apresentar a experiência do vosso Festival, também através das palavras de D. Bruno, a quem agradeço de coração, mas sobretudo com a vossa presença, com os vossos rostos. Receber!
Fiquei impressionado ao ler a lista de associações e grupos de migrantes que participam desta iniciativa e a levam adiante: vocês podem ver que a casa de que Dom Bruno falou, sua bem-vinda, é uma casa com muitas janelas abertas para o mundo. ! E assim o Festival Giavera tornou-se uma encruzilhada, um lugar de encontro, de diálogo, de compreensão mútua. É também um lugar para compartilhar a esperança, o sonho de um mundo mais fraterno.
É lindo e muito significativo que o seu Festival tenha nascido e sempre renasça de uma experiência de convivência . Não nasceu à mesa, a partir de um projeto ideológico, mas de dias, meses, anos de convivência com os migrantes. Com suas histórias, com seus problemas, e principalmente com sua bagagem de humanidade, tradições, cultura, fé ...
E então - sim - a sua iniciativa surge da vontade de dar a conhecer a experiência vivida, de a fazer circular no tecido social, de contribuir para a difusão de uma cultura de acolhimento. Cultura de hospitalidade versus cultura de desperdício. Há tanta necessidade! Porque a realidade da migração em nosso tempo adquiriu características que às vezes podem ser assustadoras. Objetivamente, o fenômeno é muito complexo e, infelizmente, há grupos criminosos que se aproveitam dele; os migrantes correm o risco de serem explorados mesmo em conflitos geopolíticos. Então, eles deixam de ser pessoas e se tornam números. Portanto, há mais do que nunca uma necessidade de lugares nos quais os rostos, histórias, canções, orações e arte dos migrantes sejam colocados no centro.
Esta manhã recebi o Primeiro-Ministro da Albânia e ele disse-me que a primeira Constituição na Albânia - há cem anos remonta a cem anos atrás? - disse que a quem bater à porta deve abri-la, porque é Deus e, a partir daí, a humanidade que os albaneses têm ao receber os migrantes. Este pensamento me tocou: quem bate à sua porta é Deus, abra-o e deixe o seu lugar por ele.
Esta forma de ver a realidade da migração não significa esconder ou ignorar as dificuldades e problemas. Quem melhor do que você os conhece e pode testemunhar sobre eles? E por isso é importante que as suas experiências sejam postas também à disposição da boa política , para ajudar quem tem responsabilidades governamentais a nível local, nacional e internacional a fazer escolhas que sempre sabem combinar o realismo saudável com o respeito pela dignidade das pessoas.. Eu vi uma das pinturas que você trouxe, sobre a tortura que os migrantes sofrem quando esses traficantes os levam. E isso acontece hoje. Não podemos fechar os olhos! A dignidade das pessoas. É por isso que o seu Festival, como outras iniciativas semelhantes na Itália e em vários países, não deve ser reduzido a um acontecimento folclórico ou a um encontro de idealistas. Não, eu também digo isso como um alimento para reflexão e verificação para vocês. Podemos nos perguntar, depois de trinta anos: nossa experiência tem sido capaz, e em que medida, de afetar o nível das escolhas políticas, dialogando com as instituições e a sociedade civil? Parece-me importante fazer-nos esta pergunta.
Caros amigos, sobretudo convosco agradeço ao Senhor pelo caminho que vos deu nos últimos anos, através da experiência do Festival. Desejo que prossigam com um espírito sempre renovado. Proponho que tome como modelo Abraão, a quem Deus chamou a partir e que sempre foi migrante ao longo da sua vida. Abraão é um “pai” que, como cristãos, partilhamos com judeus e muçulmanos, mas é uma figura em que todos os homens e mulheres se reconhecem, que concebem a vida como um caminho em busca da terra prometida, uma terra de liberdade e paz, onde vivemos juntos como irmãos.
Obrigado pela sua visita. O Senhor te abençoe e Nossa Senhora te proteja. E, por favor, não se esqueça de orar por mim. Obrigado.
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Hoje é celebrada Nossa Senhora das Graças, a Virgem da Medalha Milagrosa
27 nov. 21 / 05:00 am (ACI).- “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança”, disse Nossa Senhora a santa Catarina Labouré, no dia 27 de novembro de 1830.
Foi nesse ano de 1830 que a Virgem Maria apareceu para a Irmã Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, primeiramente na noite de 18 de junho. Um anjo despertou a religiosa e a conduziu até a capela, onde encontrou a Mãe de Deus e conversou com ela por mais de duas horas, ao final da qual Maria lhe disse: “Voltarei, minha filha, porque tenho uma missão para te confiar”.
No dia 27 de novembro do mesmo ano, a Santíssima Virgem voltou a aparecer para Catarina. A Mãe de Deus estava com uma veste branca e manto azul. Conforme relatou a religiosa, era de uma “beleza indizível”. Os pés estavam sobre um globo branco e esmagavam uma serpente.
Suas mãos, à altura do coração, seguravam um pequeno globo de ouro, coroado com uma pequena cruz. Levava nos dedos anéis com pedras preciosas que brilhavam e iluminavam em toda direção.
A Virgem olhou para santa Catarina e lhe disse: “O globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada alma em particular. Estes raios são o símbolo das graças que Eu derramo sobre as pessoas que me pedem. As pérolas que não emitem raios são as graças das almas que não pedem”.
O globo de ouro que a Virgem Maria estava segurando se desvaneceu e seus braços se estenderam abertos, enquanto os raios de luz continuavam caindo sobre o globo branco dos pés.
Nesse momento, formou-se um quadro oval em torno de Nossa Senhora, com as seguintes palavras em letras douradas: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
Então, Maria pediu que Catarina mandasse cunhar a medalha, segundo o que estava vendo.
A aparição girou e no reverso estava a letra “M” encimada por uma cruz que tinha uma barra em sua base, a qual atravessava a letra. Em baixo figurava o coração de Jesus, circuncidado com uma coroa de espinhos, e o coração de Nossa Senhora, trespassado por uma espada. Ao redor havia doze estrelas.
A manifestação voltou a acontecer por volta do final de dezembro de 1830 e princípio de janeiro de 1831.
Em 1832, o bispo de Paris autorizou a cunhagem da medalha e assim se espalhou pelo mundo inteiro. Inicialmente a medalha era chamada “da Imaculada Conceição”, mas quando a devoção se expandiu e se produziram muitos milagres, foi chamada “Medalha Milagrosa”, como é conhecida até nossos dias.
Para celebrar este dia em que recordamos Nossa Senhora das Graças, confira a seguir a oração para pedir o auxílio da Virgem:
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, do poder ilimitado que vos deu o vosso divino Filho sobre o seu coração adorável. Cheio de confiança na vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amantíssimo de Jesus Cristo; abri-a em meu favor, concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe, sois a soberana do coração de vosso divino Filho.
Sim, ó virgem santa, não esqueçais as tristezas desta terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, pelo exílio ou pela morte. Tende piedade dos que choram dos que suplicam e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, à minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa!
Amém.
(acidigital)
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
Titus Brandsma, carmelita, jornalista e mártir do nazismo, tem milagre reconhecido pelo papa
Vaticano, 25 nov. 21 / 12:27 pm (ACI).- Um milagre atribuído a Titus Brandsma, frade carmelita opositor do nazismo morto no campo de concentração de Dachau, Alemanha, em 1942 foi reconhecido hoje, 25 de novembro, pelo papa Francisco.
O papa autorizou o prefeito da Congregação do Vaticano para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, a emitir o decreto que aprova milagre, o que abre o caminho para a canonização do frade holandês.
Titus Brandsma. Padre, professor e jornalista, foi batizado com o nome de Anno Sjoerd Brandsma em Oegeklooster, na província de Friesland, em 23 de fevereiro de 1881.
Ele entrou para o noviciado carmelita em 1898, adotando o nome religioso de Titus, e foi ordenado sacerdote em 1905.
Brandsma defendeu a liberdade da educação e da imprensa católicas contra a pressão dos nazistas. Por se opor firmemente à propaganda obrigatória nazista nos jornais católicos, ele foi preso em janeiro de 1942.
Em 19 de junho de 1942, Brandsma foi transferido para Dachau, o campo de concentração apelidado de “maior cemitério de padres do mundo” por ser aonde eram enviados clérigos e líderes religiosos que se opunham ao nazismo. Ele foi executado em 26 de julho de 1942, com uma injeção letal.
Em 1985 Brandsma foi beatificado pelo papa são João Paulo II em novembro de 1985 como mártir da fé. Em sua homilia, o papa polonês elogiou a "veia constante do otimismo" de Brandsma. "Ela o acompanhou mesmo no inferno do campo nazista. Até o final, ele permaneceu uma fonte de apoio e esperança para os outros prisioneiros: ele tinha um sorriso para todos, uma palavra de compreensão, um gesto de bondade".
"A própria 'enfermeira', que em 26 de julho de 1942, lhe injetou o veneno mortal, mais tarde testemunhou que sempre manteve viva em sua memória a face daquele sacerdote que 'tinha compaixão por mim'".
O milagre atribuído ao beato Titus Brandsma é a cura do padre Michael Driscoll, também carmelita, da Flórida, EUA. Driscoll contou à CNA em 2018 que foi diagnosticado com melanoma avançado em 2004. Pouco tempo depois, alguém lhe deu um pequeno pedaço da roupa de Brandsma, que o padre americano aplicava em sua cabeça todo dia.
Driscoll foi submetido a cirurgia para retirada de 84 gânglios linfáticos e uma glândula salivar. Depois, passou então por tratamento de radiação. Os médicos disseram que sua posterior recuperação da fase 4 do câncer foi inexplicável.
Driscoll declarou que seu médico lhe disse: "Não é preciso voltar, não desperdice seu dinheiro em passagens aéreas para voltar aqui. Você está curado. Eu não encontro mais câncer em você".
Peritos da Santa Sé reconheceram a cura como um milagre no dia 25 de maio deste ano. O consistório dos cardeais aprovou do último 9 de novembro aprovou a causa da canonização, submetendo sua decisão ao Papa Francisco.
O papa Francisco também aprovou hoje:
(acidigital)
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Santo do Dia: Santa Catarina de Alexandria
Hoje é celebrada santa Catarina de Alexandria, padroeira das solteiras e estudantes
REDAÇÃO CENTRAL, 25 nov. 21 / 05:00 am (ACI).- “Senhor Jesus, suplico-te me escute, a mim e a quantos na hora de sua morte, recordando meu martírio, invoquem teu nome!”, disse santa Catarina de Alexandria antes de morrer e depois de converter muitos romanos eruditos, conforme assinala a tradição. Esta valente mulher é padroeira das solteiras e das estudantes e sua festa é celebrada neste dia 25 de novembro.
Segundo conta a tradição, a santa era filha do Rei Costus e desde muito pequena estudou as artes liberais. Mais tarde, ficou órfã.
Por volta do ano 310, o imperador Maximino ordenou que fossem oferecidos sacrifícios aos deuses, castigando duramente os que se recusavam.
Santa Catarina se apresentou diante de Maximino e debateu com ele sobre o criador do mundo e as leis que o regem. O imperador, impressionado por sua beleza e sabedoria, mandou chamar secretamente os mais sábios do império
Catarina se dedicou profundamente à oração e os eruditos não só ficaram atônitos com os argumentos irrebatíveis da jovem, mas também se converteram ao cristianismo.
O tirano imperador se encheu de cólera e os condenou à fogueira. Em seguida, Maximino propôs a Catarina que fosse sua primeira dama, mas ela recusou. Por isso, foi açoitada e trancada em um calabouço sem comer.
A imperatriz e o general Porfírio ficaram surpresos ao ver a prisão iluminada por anjos que curavam as feridas de santa Catarina, a qual lhes falou da doutrina cristã e os converteu, junto a muitos soldados.
O imperador, por sua vez, lhe propôs ser rainha, mas a santa escolheu seguir consagrada a Cristo e recusou oferecer sacrifícios a deuses pagãos. Então, os prefeitos do imperador idealizaram rodas com pregos e lâminas para matá-la, mas Catarina orou e a máquina se desfez em mil pedaços. Algumas histórias assinalam que o objeto foi destruído por um raio.
A imperatriz recriminou o imperador por sua crueldade, ele ficou furioso e ordenou que cortassem os seios e a cabeça dela. O general Porfírio enterrou o corpo e foi até Maximino. Então, reconheceu que ele também era cristão, assim como a maioria dos presentes. O tirano, cego de ira, mandou degolar todos.
O imperador tentou outra vez seduzir Catarina e lhe ofereceu compartilhar o trono, mas foi novamente rechaçado. Desta maneira, Catarina foi condenada à morte. Uma espada cortou sua cabeça e os anjos transladaram seu corpo ao Monte Sinai.
Nesse lugar, onde Moisés falou com Deus na sarça ardente, no século IV, a imperatriz Helena mandou construir uma capela. Dois séculos mais tarde, o Imperador Justiniano erigiu o Mosteiro de Santa Catarina, considerado o mosteiro cristão mais antigo do mundo. No ano 2000, São João Paulo II iniciou ali sua peregrinação jubilar pela Terra Santa.
No Brasil, foi homenageada com o estado de Santa Catarina, que tem a virgem mártir como padroeira.
(acidigital)
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
[3 de dezembro de 2021]
«Vós sois meus amigos» (Jo 15, 14)
Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião do vosso Dia Internacional, quero dirigir-me diretamente a vós que viveis uma condição de deficiência qualquer, para dizer que a Igreja vos ama e precisa de cada um de vós para cumprir a sua missão ao serviço do Evangelho.
Jesus, o amigo
Jesus é nosso amigo: foi Ele mesmo que o disse aos seus discípulos durante a Última Ceia (cf. Jo 15, 14). As suas palavras chegam até nós e iluminam o mistério da nossa ligação com Ele e da nossa pertença à Igreja. «A amizade com Jesus é indissolúvel. Nunca nos deixa, embora às vezes pareça calado. Quando precisamos d’Ele, deixa-Se encontrar por nós, e está ao nosso lado para onde quer que formos» (Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 154). Nós, cristãos, recebemos um dom: o acesso ao coração de Jesus e à amizade com Ele. É um privilégio que recebemos sem o merecer e que se torna a nossa chamada: a nossa vocação é sermos amigos d’Ele.
Ter Jesus como amigo é a maior das consolações e pode fazer de cada um de nós um discípulo agradecido, jubiloso e capaz de testemunhar que a própria fragilidade não é um obstáculo para viver e comunicar o Evangelho. Com efeito, a amizade confiante e pessoal com Jesus pode ser a chave espiritual para aceitar as limitações que todos experimentamos e viver em paz a nossa condição. Dela pode nascer uma alegria que «enche o coração e a vida inteira» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 1), pois a amizade com Jesus, como escreveu um grande exegeta, é «uma centelha que ateia o incêndio do entusiasmo» [1].
A Igreja é a vossa casa
O Batismo torna cada um de nós membro de pleno direito da comunidade eclesial e dá a cada um, sem exclusões nem discriminações, a possibilidade de exclamar: «Eu sou Igreja». De facto, a Igreja é a vossa casa. Nós, todos juntos, somos Igreja, porque Jesus escolheu ser nosso amigo. Ela «não é uma comunidade de pessoas perfeitas – queremos aprendê-lo cada vez melhor no processo sinodal que iniciamos –, mas de discípulos a caminho, que seguem o Senhor porque se reconhecem pecadores e necessitados do seu perdão» (Francisco, Catequese, na Audiência Geral de 13/IV/2016). Neste povo, que avança por entre as vicissitudes da história guiado pela Palavra de Deus, «todos são protagonistas, ninguém pode ser considerado um mero figurante» (Francisco, Discurso aos fiéis da diocese de Roma, 18/IX/2021) . Por isso, também cada um de vós é chamado a oferecer a própria contribuição para o percurso sinodal. Estou convencido de que, se este for verdadeiramente «um processo eclesial participado e inclusivo» [2], a comunidade eclesial sairá realmente dele enriquecida.
Muitos de vós ainda hoje, infelizmente, «são tratados como corpos estranhos à sociedade (…), sentem que vivem sem pertença nem participação. Ainda há tanto que [vos] impede de beneficiar da plena cidadania» (Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 98). A discriminação ainda está demasiado presente em vários níveis da vida social; aquela alimenta-se de preconceitos, da ignorância e duma cultura que tem dificuldade em compreender o valor inestimável de toda a pessoa: concretamente, o facto de continuar a considerar a deficiência – que é o resultado da interação entre as barreiras sociais e as limitações de cada um – como se fosse uma doença contribui para vos estigmatizar mantendo segregada a vossa existência.
No que diz respeito à vida da Igreja, «a pior discriminação (...) é a falta de cuidado espiritual» (Evangelii gaudium, 200), que às vezes se manifestou na negação do acesso aos Sacramentos, experimentada infelizmente por alguns de vós. O Magistério é muito claro nisto e, recentemente, o Diretório para a Catequese afirmou de forma explícita que «ninguém pode recusar os Sacramentos às pessoas com deficiência» (n. 272). Face às discriminações, é precisamente a amizade de Jesus, recebida por todos como um dom imerecido, que nos resgata e permite viver as diferenças como riqueza. Realmente Jesus não nos chama servos, mulheres e homens de dignidade inferior, mas amigos: confidentes dignos de conhecer tudo o que Ele recebeu do Pai (cf. Jo 15, 15).
No tempo da provação
A amizade de Jesus protege-nos no tempo da provação. Sei bem que a pandemia da Covid-19, da qual com dificuldade vamos saindo, teve e continua a ter repercussões muito duras na vida de tantos de vós. Refiro-me, por exemplo, à necessidade de permanecer em casa por longos períodos, à dificuldade que muitos estudantes com deficiência têm para aceder aos instrumentos de ensino à distância, aos serviços às pessoas que estiveram longamente interrompidos em vários países, e a muitos outros incómodos que cada de vós teve de enfrentar. Mas sobretudo penso em quantos de vós viveis dentro de estruturas residenciais e no sofrimento que implicou a separação forçada dos vossos entes queridos. Nestes lugares, o vírus foi muito violento e, apesar de toda a dedicação do pessoal, ceifou muitas vítimas. Sabei que o Papa e a Igreja estão particularmente próximos de vós, com afeto e ternura.
A Igreja está ao lado daqueles dentre vós que ainda estão a lutar contra o coronavírus; como sempre, ela reitera a necessidade de se cuidar de cada um, sem que a condição de deficiência seja de obstáculo para o acesso aos melhores tratamentos disponíveis. Neste sentido, algumas Conferências Episcopais, como a da Inglaterra e País de Gales [3] e a dos Estados Unidos, [4] intervieram para pedir que se respeite o direito de todos a serem tratados sem discriminação.
O Evangelho é para todos
Da amizade com o Senhor deriva também a nossa vocação. Ele escolheu-nos para darmos muito fruto e para que o nosso fruto permaneça (cf. Jo 15, 16). Definindo-Se como a Videira verdadeira, quis que cada ramo pudesse, unido a Ele, dar fruto. Sim, Jesus deseja que cheguemos à «felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa» (Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate, 1).
O Evangelho também é para ti. Dirigida a cada um, é uma Palavra que consola e, ao mesmo tempo, chama à conversão. O Concílio Vaticano II, ao falar da vocação universal à santidade, ensina que «os cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. (...) Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que as dá Cristo, a fim de que (...) se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo» (Const. dogm. Lumen gentium, 40).
Contam-nos os Evangelhos que, quando algumas pessoas com deficiência encontraram Jesus, a sua vida mudou profundamente e começaram a ser testemunhas d’Ele. É o caso, por exemplo, do homem cego de nascença que, uma vez curado por Jesus, afirma corajosamente diante de todos que Ele é um profeta (cf. Jo 9, 17); e muitos outros proclamam, com alegria, aquilo que o Senhor fez por eles.
Sei que alguns de vós vivem condições de extrema fragilidade. Mas é precisamente a vós que me quero dirigir, talvez pedindo – onde for necessário – aos vossos familiares ou a quem vos acompanha de mais perto que vos leiam estas minhas palavras ou transmitam este meu apelo: pedir-vos para rezar. O Senhor escuta atentamente a oração de quem confia n’Ele. E ninguém diga «eu não sei rezar», porque, como diz o Apóstolo, «o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rm 8, 26). Com efeito, nos Evangelhos, Jesus ouve quem se Lhe dirige mesmo de forma aparentemente inadequada, talvez só com um gesto (cf. Lc 8, 44) ou um grito (Mc 10, 46-48). Na oração, há uma missão acessível a cada um e eu gostaria de a confiar de modo especial a vós. Não há ninguém tão frágil que não possa rezar, adorar o Senhor, dar glória ao seu Nome santo e interceder pela salvação do mundo. Diante de Deus Todo-Poderoso, descobrimo-nos todos iguais.
Queridos irmãos e irmãs, a vossa oração é mais urgente hoje do que nunca. Santa Teresa d’Ávila escreveu que, «em tempos difíceis, são necessários amigos fortes de Deus para sustentáculo dos fracos». [5] O tempo da pandemia mostrou-nos claramente que a condição de vulnerabilidade é comum a todos: «demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos» [6]. E o primeiro modo de o fazer é precisamente rezar. Podemos fazê-lo todos; e ainda que tivéssemos, como Moisés, necessidade dum sustentáculo (cf. Ex 17, 10-12), temos a certeza de que o Senhor ouvirá a nossa súplica.
Desejo-vos todo o bem. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde.
Roma, São João de Latrão, 20 de novembro de 2021.
Francisco
[1] Rudolf Schnackenburg, Amicizia con Gesù (Brescia 2007), pg. 68.
[2] Sínodo dos Bispos, Documento preparatório. Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão, 2.
[3] Conferência dos Bispos de Inglaterra e Gales, Coronavirus and Access to Treatment (20 de abril de 2020).
[4] Conferência dos bispos Católicos dos estados unidos – Departamento para os Assuntos públicos, Statement on Rationing Protocols by Health Care Professionals in Response to COVID-19 (3 de abril de 2020).
[5] Vida, 15, 5.
[6] Francisco , Momento extraordinário de oração em tempo de epidemia (27 de março de 2020).
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Palavra de Vida – novembro 2021
Felizes os que promovem a paz, porque eles serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9)
O evangelho de Mateus foi escrito por um cristão proveniente do ambiente judaico daquele tempo. É por isso que contém tantas expressões típicas daquela tradição cultural e religiosa.
No capítulo 5, Jesus é apresentado como o novo Moisés, que sobe ao monte para anunciar a essência da Lei de Deus: o mandamento do amor. Para dar solenidade a este ensinamento, o evangelho diz-nos que Ele se sentou, como um mestre.
Não só, Jesus é também a primeira testemunha daquilo que anuncia. Isto torna-se muito evidente quando proclama as Bem-aventuranças, o programa de toda a sua vida. Nelas é revelada a radicalidade do amor cristão, com os seus frutos de bênção e plenitude da alegria. Precisamente, bem-aventuranças.
Felizes os que promovem a paz, porque eles serão chamados filhos de Deus
Na Bíblia, a paz – Shalom, em hebraico – indica a condição de harmonia da pessoa consigo mesma, com Deus e com aquilo que a circunda. Ainda hoje se usa essa saudação entre as pessoas, como votos de vida plena. A paz é, acima de tudo, uma dádiva de Deus, mas depende também da nossa adesão.
Entre todas as bem-aventuranças, esta aparece como a mais ativa. Convida-nos a sair da indiferença, para nos tornarmos construtores de concórdia entre nós e à nossa volta, usando a inteligência, o coração e as mãos. Requer o nosso compromisso de cuidar dos outros, de sanar feridas e traumas pessoais e sociais provocados pelo egoísmo que divide, de promover todos os esforços nesta direção.
Como Jesus, o Filho de Deus, que cumpriu a sua missão quando deu a sua vida na cruz, para unir a Humanidade ao Pai e estabelecer a fraternidade sobre esta Terra. Por isso, todo aquele que for um construtor de paz assemelha-se a Jesus e é reconhecido, como Ele, filho de Deus.
Felizes os que promovem a paz, porque eles serão chamados filhos de Deus
Seguindo os passos de Jesus, também nós podemos transformar cada dia numa “jornada da paz”, pondo fim às pequenas ou grandes guerras que quotidianamente se travam à nossa volta. Para realizar este sonho, é necessário construir redes de amizade e solidariedade, estender as mãos para ajudar, mas também para aceitar a ajuda dos outros.
Como contam a Denise e o Alessandro: «Quando nos conhecemos, sentíamo-nos bem na companhia um do outro. Casámo-nos e no início foi muito bom, também com o nascimento dos filhos. Com o passar do tempo, começaram os altos e baixos. Deixou de haver qualquer tipo de diálogo entre nós. Tudo se tornava motivo para uma contínua discussão. Decidimos permanecer juntos, mas caíamos sempre nos mesmos erros, no rancor e nas discussões. Um dia, um casal amigo fez-nos a proposta de participarmos num percurso de apoio a casais em dificuldade (1). Encontrámos não só pessoas competentes e preparadas, mas uma “família de famílias”, com quem partilhámos os nossos problemas: já não estávamos sozinhos! Reacendeu-se uma luz, mas foi apenas o primeiro passo: voltando para casa, não foi fácil e ainda agora caímos algumas vezes. O que nos dá força é ajudarmo-nos um ao outro, com o compromisso de recomeçar e de permanecer em contacto com estes novos amigos, para avançarmos juntos».
Felizes os que promovem a paz, porque eles serão chamados filhos de Deus
A paz, a paz de Jesus, como diz Chiara Lubich «exige de nós coração e olhos novos para ver todos como candidatos à fraternidade universal».
Ela acrescenta: «Podemos questionar-nos: “Também aqueles vizinhos conflituosos? Também os colegas de trabalho que criam obstáculos à minha carreira? Também os que militam noutro partido ou são adeptos de outra equipa de futebol? Também as pessoas de religião ou nacionalidade diferentes da minha?” Sim, todos são meus irmãos e minhas irmãs. A paz começa precisamente aqui, na relação que estabeleço com cada próximo. “O mal nasce no coração do homem – escrevia Igino Giordani – e, para remover o perigo da guerra, é preciso remover o espírito de agressão, de abuso e de egoísmo que originam a guerra: é preciso reconstruir uma consciência”(2). O mundo muda se mudarmos nós, […] sobretudo, pondo em evidência aquilo que nos une, poderemos contribuir para a implementação de uma mentalidade de paz e trabalhar juntos para o bem da Humanidade. […] No fim, é o amor que vence, porque é mais forte que tudo o resto. Neste mês, procuremos viver assim, para sermos fermento de uma nova cultura de paz e de justiça. Veremos renascer em nós e à nossa volta uma nova Humanidade»(3) .
Letizia Magri
1) Cf. 10 anni di “Percorsi di luce”, em https://www.focolare.org/famiglienuove. 2) I. Giordani, L’inutilità della guerra, Città Nuova, Roma 20032, p. 111. 3) C. Lubich, Palavra de Vida de Janeiro de 2004, em Parole di Vita, a/c Fabio Ciardi (Opere di Chiara Lubich 5), Città Nuova, Roma 2017, pp. 709-712.
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
AUDIÊNCIA GERAL (Texto)
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Basílica de São Pedro e Sala Paulo VI
Quarta-feira, 24 de novembro de 2021
Saudação na Basílica de São Pedro
Catequese do Papa Francisco
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SAUDAÇÃO DO SANTO PADRE
Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Sinto-me feliz por vos receber nesta Basílica e transmitir a cada um de vós as minhas cordiais boas-vindas.
Saúdo a Família Vicentina de toda a Itália que promoveu a peregrinação de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa em todas as regiões de Itália, juntamente com as dioceses e paróquias. Nestes meses de pandemia, a vossa missão levou esperança, permitindo que muitos experimentassem a misericórdia de Deus. Penso em particular nas pessoas solitárias, nos doentes dos hospitais, nos que vivem em prisões, nos centros de acolhimento e nas periferias existenciais. Obrigado, porque testemunhastes o estilo da “Igreja em saída” que alcança todos, começando pelos excluídos e marginalizados. Continuai por este caminho e abri-vos cada vez mais à ação do Espírito Santo, que vos dá a força para proclamar corajosamente a novidade do Evangelho.
Saúdo os peregrinos da Associação João Paulo II de Bisceglie. Caros amigos, imitai o exemplo deste Santo Pontífice e esforçai-vos por compreender e acolher o amor de Deus, fonte e razão da nossa verdadeira alegria. Em comunhão com os vossos Pastores, proclamai Cristo com a vossa vida, na família e em todos os ambientes.
Por fim, dirijo uma saudação à Associação Italiana das Vítimas de Violência. Caros irmãos e irmãs, agradeço-vos pelo vosso trabalho de assistência e apoio àqueles que sofreram maus-tratos e vivem em aflição e desconforto. A violência é terrível; a atitude violenta é terrificante. Com o vosso importante trabalho, contribuis para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Que o vosso exemplo inspire em todos um compromisso renovado, para que as vítimas da violência sejam protegidas e o seu sofrimento seja considerado e escutado.
E obrigado a todos vós por esta visita! Precisamente na Basílica: isto é lindo... concedo de coração a cada um de vós a minha Bênção, que estendo às vossas famílias e às vossas comunidades. Agora convido-vos a rezarmos juntos a Nossa Senhora, que está aqui presente. Ave Maria, ...
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CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
Catequese sobre São José 2. São José na história da salvação
Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Na quarta-feira passada começámos o ciclo de catequeses sobre a figura de São José – o ano dedicado a ele está a findar. Hoje continuamos este percurso centrando-nos no seu papel na história da salvação.
Jesus é referido nos Evangelhos como «filho de José» (Lc 3, 23; 4, 22; Jo 1, 45; 6, 42) e «filho do carpinteiro» (Mt 13, 55; Mc 6, 3). Os Evangelistas Mateus e Lucas, ao narrarem a infância de Jesus, dão espaço ao papel de José. Ambos compõem uma «genealogia» para realçar a historicidade de Jesus. Mateus, dirigindo-se sobretudo aos judeus-cristãos, parte de Abraão e chega a José, definido como «o esposo de Maria, de quem nasceu Jesus, que se chama Cristo» (1, 16). Lucas, por sua vez, remonta até Adão, começando diretamente por Jesus, que «era filho de José», mas especifica: «como se supunha» (3, 33). Portanto, ambos os Evangelistas apresentam José não como o pai biológico, mas como o pai de Jesus a pleno título. Através dele, Jesus cumpre a história da aliança e da salvação entre Deus e o homem. Para Mateus esta história começa com Abraão, para Lucas com a própria origem da humanidade, isto é, com Adão.
O evangelista Mateus ajuda-nos a compreender que a figura de José, embora aparentemente marginal, discreta, em segunda linha, representa antes de tudo um elemento central na história da salvação. José vive o seu protagonismo sem nunca querer apoderar-se da cena. Se pensarmos nisto, «as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns - habitualmente esquecidas - que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas […] Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos, e com gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos» (Carta ap. Patris corde, 1). Assim, todos podem encontrar em São José, o homem que passa despercebido, o homem da presença diária, da presença discreta e escondida, um intercessor, um apoio e um guia em tempos de dificuldade. Ele lembra-nos que todos aqueles que aparentemente estão escondidos, ou na “segunda linha”, têm um protagonismo inigualável na história da salvação. O mundo precisa destes homens e destas mulheres: homens e mulheres na segunda linha, mas que apoiam o desenvolvimento da nossa vida, de cada um de nós, e que com a oração, com o exemplo, com o ensinamento nos apoiam no caminho da vida.
No Evangelho de Lucas, José aparece como o guardião de Jesus e de Maria. E por esta razão ele é também «o “Guardião da Igreja”: mas, se foi o guardião de Jesus e de Maria, trabalha, agora que está nos céus, e continua a ser o guardião, neste caso da Igreja; porque a Igreja é o prolongamento do Corpo de Cristo na história e ao mesmo tempo, na maternidade da Igreja, espelha-se a maternidade de Maria. José, continuando a proteger a Igreja – por favor, não vos esqueçais disto: hoje, José protege a Igreja – continua a proteger o Menino e sua mãe» (ibid., 5). Este aspeto da guarda de José é a grande resposta ao relato do Génesis. Quando Deus pede a Caim que preste contas da vida de Abel, ele responde: «Sou porventura o guarda do meu irmão?» (4, 9). José, com a sua vida, parece querer dizer-nos que somos sempre chamados a sentirmo-nos guardas dos nossos irmãos, guardas dos que nos são próximos, daqueles que o Senhor nos confia através das muitas circunstâncias da vida.
Uma sociedade como a nossa, que foi definida “líquida”, pois parece que não tem consistência. Eu corrigiria aquele filósofo que cunhou esta definição e diria: mais do que líquida, gasosa, uma sociedade propriamente gasosa. Esta sociedade líquida, gasosa, encontra na história de José uma indicação muito clara da importância dos vínculos humanos. De facto, o Evangelho narra-nos a genealogia de Jesus, não só por uma razão teológica, mas também para recordar a cada um de nós que a nossa vida é constituída por laços que nos precedem e acompanham. O Filho de Deus escolheu o caminho dos vínculos para vir ao mundo, a via da história: não desceu ao mundo magicamente, não. Percorreu o caminho histórico que fazemos todos nós.
Estimados irmãos e irmãs, penso em tantas pessoas que lutam para encontrar relacionamentos significativos na sua vida, e por para isso mesmo lutam, sentem-se sozinhas, falta-lhes força e coragem para ir em frente. Gostaria de concluir com uma oração que ajude a eles e a todos nós a encontrar em São José um aliado, um amigo e um apoio.
São José,
vós que guardastes o vínculo com Maria e Jesus,
ajudai-nos a cuidar das relações na nossa vida.
Que ninguém experimente o sentimento de abandono
que vem da solidão.
Que cada um de nós se reconcilie com a própria história,
com aqueles que nos precederam,
e reconheça inclusive nos erros cometidos
um modo pelo qual a Providência abriu o seu caminho,
e o mal não teve a última palavra.
Mostrai-vos amigo para aqueles que mais lutam,
e como apoiastes Maria e Jesus nos momentos difíceis,
assim apoiai também a nós no nosso caminho. Amém.
Saudações:
Saúdo afetuosamente os fiéis de língua portuguesa. No passado domingo, vivemos o trigésimo sexto Dia Mundial da Juventude, uma nova etapa no caminho que nos levará à Jornada Mundial da Juventude de 2023 em Lisboa. Nesta peregrinação espiritual, deixemo-nos fascinar pelo coração humilde e disponível de São José para com os outros. E seguindo o seu exemplo cuidemos das relações na nossa vida. Sobre todos desça a benção do Senhor.
Resumo da catequese do Santo Padre:
Os evangelistas apresentam José como pai de Jesus, a todos os títulos. S. Mateus ajuda-nos a compreender que a figura de José, apesar de permanecer em segundo plano, é central na história da salvação. Discreto e escondido, foi para a Sagrada Família homem sempre presente, sustentáculo seguro e guia sábio nos momentos de dificuldade. Um homem comum à semelhança de tantos pais e mães, avós e professores que passam despercebidos, mas são absolutamente necessários no mundo. No Evangelho de Lucas, José aparece como guarda de Jesus e de Maria. Sendo a Igreja o prolongamento na história do Corpo de Jesus, José continua a sua missão de protetor do Menino e sua Mãe, protegendo a Igreja Universal. Este dado da vida de José é a grande resposta à atitude insolente de Caim, quando Deus lhe pede contas pela vida de Abel: «Sou, porventura, guarda do meu irmão?», rebateu Caim. A figura de José diz que sim, que somos chamados a sentir-nos responsáveis pelos nossos irmãos, protetores de quem se encontra ao nosso lado e que o Senhor nos confia para criarmos laços entre nós. A genealogia de Jesus, há pouco escutada, recorda-nos que a vida é feita de relações humanas que nos precedem e acompanham. O Filho de Deus para vir ao mundo escolheu, precisamente, este caminho. Pensando em todos os que têm dificuldade em estabelecer vínculos e por isso vivem na solidão, rezo para que encontrem em São José um aliado, um amigo e um sustentáculo.
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terça-feira, 23 de novembro de 2021
Hoje é comemorado o papa são Clemente I, promotor da paz e da concórdia
REDAÇÃO CENTRAL, 23 nov. 21 / 05:00 am (ACI).- “Revistamo-nos de concórdia, sejamos continentes humildes, mantendo-nos afastados de toda murmuração e calúnia, justificando-nos mais pelas obras do que pelas palavras”, escreveu o papa são Clemente I em uma Carta aos Coríntios, buscando a união e a paz dessa comunidade.
São Clemente I, conhecido como Clemente Romano, foi eleito pontífice no ano 88 e morreu em 97, quando foi lançado ao mar com uma âncora no pescoço.
Tempos depois, santo Irineu, o grande bispo de Lyon, testemunhou que são Clemente “tinha visto os Apóstolos”, “tinha se encontrado com eles” e “ainda soava em seus tímpanos sua pregação e tinha diante dos olhos sua tradição”.
Durante seu pontificado, foi restabelecida a confirmação segundo o rito de são Pedro e começou-se a usar nas cerimónias religiosas a palavra “amém”.
Do mesmo modo, interveio nos problemas da Igreja de Corinto devido à desobediência de alguns fiéis aos sacerdotes. Assim como são Paulo (primeira e segunda Carta aos Coríntios do Novo Testamento), são Clemente também enviou uma missiva a este povo.
Na mensagem, perguntava: “Por que entre vós existem disputas, ódios, contendas, cismas e guerras? Acaso não temos um só Deus, um só Cristo e um só Espírito da graça derramado sobre nós e uma só vocação em Cristo?”.
“Arranquemos esse mal o mais rápido possível. Lancemo-nos aos pés do Senhor e peçamos-lhe, entre lágrimas, que se compadeça de nós, reconciliando-se conosco, trazendo-nos de volta a uma prática santa e pura de nossa fraternidade”, escreveu.
A festa deste quarto papa, terceiro sucessor de Pedro, é celebrada neste dia 23 de novembro.
(acidigital)
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Hoje é celebrada Santa Cecília, padroeira dos músicos
REDAÇÃO CENTRAL, 22 nov. 21 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra hoje, 22 de novembro, a memória litúrgica de Santa Cecília, uma das mártires dos primeiros séculos mais venerada pelos cristãos. Diz-se que no dia de seu matrimônio, enquanto os músicos tocavam, ela cantava a Deus em seu coração. É representada tocando um instrumento musical e cantando.
As “atas” da santa a apresentam como integrante de uma família nobre de Roma. Costumava fazer penitências e consagrou sua virgindade a Deus. Entretanto, seu pai a casou com um jovem chamado Valeriano.
No dia das núpcias, Cecília partilhou com Valeriano o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um anjo guardava sua decisão.
“Tenho que te comunicar um segredo. Precisa saber que um anjo do Senhor vela por mim. Se me tocar como se eu fosse sua esposa, o anjo se enfurecerá e você sofrerá as consequências; em troca, se me respeitar, o anjo te amará como me ama”.
O marido respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o anjo. Cecília lhe disse que se ele acreditasse no Deus vivo e verdadeiro e recebesse o Batismo, então, veria o anjo. Valeriano foi procurar o Bispo Urbano, que o instruiu na fé e o batizou.
A tradição assinala que, quando o marido retornou para ver sua amada, viu um anjo de pé junto a Cecilia e o ser celestial pôs uma grinalda de rosas e lírios sobre a cabeça de ambos. Mais tarde, Valeriano e seu irmão Tibúrcio seriam martirizados.
Cecília foi chamada para que proclamasse fé aos deuses pagãos, mas converteu seus caluniadores. O Papa Urbano a visitou em sua casa e, aí, batizou 400 pessoas. Posteriormente, a santa foi levada a julgamento e condenada a morrer sufocada no banheiro de sua casa. Mas, apesar da grande quantidade de lenha que os guardas colocaram no forno, Cecília não sofreu quaisquer danos.
Finalmente, mandaram decapitá-la e o verdugo desferiu três vezes a espada sobre seu pescoço. Santa Cecília passou três dias agonizando e finalmente partiu para a Casa do Pai.
Esta história é de fins do século V e não está totalmente fundada em documentos.
Em março de 2014, o papa Francisco se referiu aos mártires dos primeiros tempos cristãos, como Santa Cecilia, e disse que “levavam sempre o Evangelho com eles: levavam-no, o Evangelho; ela, Cecília levava o Evangelho. Porque é precisamente o nosso primeiro passo, é a Palavra de Jesus, aquilo que alimenta a nossa fé”.
No Trastevere, em Roma, foi edificada a Basílica da Santa Cecília no século V. Neste local, atualmente, encontra-se a famosa estátua em tamanho natural feita pelo escultor Maderna, que mostra a Santa como se estivesse dormindo, recostada do lado direito.
(acidigital)
SAUDAÇÕES DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS PARTICIPANTES E ORGANIZADORES DO "CONCURSO DE NATAL"
Sala Clementina
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Queridos irmãos e irmãs!
Uma saudação cordial a todos vós, que de várias formas participais no Concurso de Natal . Agradeço à Pontifícia Fundação Gravissimum Educationis e às Missões Dom Bosco Valdocco por terem proposto este concurso, que dá voz aos jovens, convidando-os a criar novos cantos inspirados no Natal e nos seus valores. E, portanto, um especial bem-vindo a vós, jovens, que aceitaram com entusiasmo o desafio; bem como a quem o acompanha: desportistas, com as suas Federações e cantores.
Sinto-me feliz por vos conhecer, agora às portas do Advento, época que cada ano nos apresenta o Natal e o seu mistério. Também neste ano suas luzes serão apagadas devido às consequências da pandemia, que ainda pesa sobre o nosso tempo. Mais ainda, somos chamados a questionar-nos e a não perder as esperanças. A festa do nascimento de Cristo não é chocante em relação à provação que vivemos, porque é por excelência a festa da compaixão, a festa da ternura. Sua beleza é humilde e cheia de calor humano.
A beleza do Natal transparece na partilha de pequenos gestos de amor concreto. Não é alienante, não é superficial, não é evasivo; pelo contrário, alarga o coração, abre-o à gratuidade - gratuidade , palavra que os artistas bem entendem! -, ao dom de si, podendo também gerar dinâmicas culturais, sociais e educacionais.
É com este espírito que damos vida ao Pacto Global pela Educação , uma ampla aliança educacional “para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido de relações para uma humanidade mais fraterna”. [1]
Para atingir estes objetivos é preciso coragem: “A coragem de colocar a pessoa no centro” e “de se colocar ao serviço da comunidade”. [2] É preciso coragem e também criatividade. Por exemplo, você compôs novas canções de Natal e as compartilhou para um projeto maior, um projeto que acredita na beleza como forma de crescimento humano, para sonhar com um mundo melhor juntos.
Gosto de repetir as palavras de São Paulo VI : «Este mundo em que vivemos precisa de beleza para não se desesperar». [3] Que beleza? Não o falso, feito de aparência e riquezas terrenas, que é vazio e gera vazio. Não. Mas a de um Deus que se fez carne, a dos rostos - a beleza dos rostos -, a beleza das histórias; a das criaturas que constituem a nossa casa comum e que - como nos ensina São Francisco - participam do louvor do Altíssimo.
Agradeço-vos, queridos jovens, artistas e desportistas, porque não vos esqueçais de ser guardiães desta beleza, que o Natal do Senhor faz brilhar em cada gesto quotidiano de amor, de partilha e de serviço. Obrigado e felicidades para você e suas famílias!
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[1] Mensagem de lançamento do Pacto Educacional , 12 de setembro de 2019.
[2] Ibid .
[3] Mensagem aos artistas , 8 de dezembro de 1965, n. 4
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domingo, 21 de novembro de 2021
ANGELUS (Texto)
PAPA FRANCESCO
ANGELUS
Praça de São Pedro,
domingo, 21 de novembro de 2021
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho da Liturgia de hoje, último domingo do Ano Litúrgico, culmina com uma afirmação de Jesus, que diz: "Eu sou um rei" ( Jo 18,37). Ele fala essas palavras diante de Pilatos, enquanto a multidão grita para condená-lo à morte. Ele diz: "Eu sou rei", e a multidão grita para condená-lo à morte: belo contraste! A hora crucial chegou. Antes, parece que Jesus não queria que o proclamassem rei: recordamos aquele tempo depois da multiplicação dos pães e dos peixes, quando se retirava sozinho para rezar (cf. Jo 6, 14-15).
O fato é que a realeza de Jesus é muito diferente da mundana. “O meu reino - diz ele a Pilatos - não é deste mundo” ( Jo 18,36 ). Ele não veio para dominar, mas para servir. Não vem com os sinais de poder, mas com o poder dos sinais. Ele não está vestido com insígnias preciosas, mas está nu na cruz. E é precisamente na inscrição colocada na cruz que Jesus é definido como "rei" (cf. Jo 19,19). Sua realeza está realmente além dos parâmetros humanos! Poderíamos dizer que ele não é um rei como os outros , mas é um rei para os outros. Vamos relembrar o seguinte: Cristo, antes de Pilatos, diz que é rei quando a multidão está contra ele, ao passo que quando o seguiram e o aclamaram, ele se distanciou dessa aclamação. Ou seja, Jesus se mostra soberanamente livre do desejo de fama e glória terrena. E nós - perguntemo-nos - sabemos imitá-lo nisso? Sabemos como governar nossa tendência de sermos continuamente procurados e aprovados, ou fazemos tudo para sermos estimados pelos outros? No que fazemos, especialmente em nosso compromisso cristão, me pergunto: o que importa? O aplauso conta ou o saque conta?
Jesus não apenas evita qualquer busca pela grandeza terrena, mas também torna o coração daqueles que o seguem livre e soberano. Ele, queridos irmãos e irmãs, nos liberta da sujeição do mal. Seu Reino é libertador , nada tem de opressor. Ele trata cada discípulo como um amigo, não como um sujeito. Embora Cristo seja acima de todos os soberanos, ele não traça linhas de separação entre ele e os outros; Em vez disso, os irmãos querem compartilhar sua alegria (cf. Jn.15,11). Seguindo-o, não se perde, nada se perde, mas se adquire a dignidade. Porque Cristo não quer servidão ao seu redor, mas pessoas livres. E - vamos nos perguntar agora - de onde vem a liberdade de Jesus? O descobrimos voltando à sua afirmação perante Pilatos: «Eu sou um rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade »( Jo 18,37).
A liberdade de Jesus vem da verdade. É a verdade que nos liberta (cf. Jn.8,32). Mas a verdade de Jesus não é uma ideia, algo abstrato: a verdade de Jesus é uma realidade, é ele mesmo quem faz a verdade dentro de nós, nos liberta das ficções, das falsidades que temos dentro, da dupla linguagem. Por estar com Jesus, nos tornamos verdadeiros. A vida de um cristão não é um jogo em que você pode usar a máscara que melhor se adapta a você. Porque quando Jesus reina no coração, ele o liberta da hipocrisia, liberta-o dos subterfúgios, da duplicidade. A melhor prova de que Cristo é nosso rei é o desapego daquilo que polui a vida, tornando-a ambígua, opaca, triste. Quando a vida é ambígua, um pouco aqui, um pouco ali, é triste, é muito triste. Claro, devemos sempre lidar com limitações e defeitos: todos nós somos pecadores. Mas, quando alguém vive sob o senhorio de Jesus, não se torna corrupto, não se torna falso, inclinado a encobrir a verdade. Não existe vida dupla. Lembre-se bem: pecadores sim, somos todos corruptos, nunca! Pecadores sim, nunca corruptos. Que Nossa Senhora nos ajude a buscar a cada dia a verdade de Jesus, Rei do Universo, que nos liberta da escravidão terrena e nos ensina a governar nossos vícios.
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Depois do Angelus
Queridos irmãos e irmãs,
hoje, pela primeira vez na solenidade de Cristo Rei, a Jornada Mundial da Juventude celebra-se em todas as Igrejas particulares . Por isso, ao meu lado estão dois jovens de Roma, que representam todos os jovens de Roma. Saúdo de coração os meninos e as meninas da nossa Diocese e desejo que todos os jovens do mundo se sintam parte viva da Igreja, protagonistas da sua missão. Obrigado por ter vindo! E não se esqueça que reinar é servir . Como foi isso? Reinar é servir. Todos juntos: reinar é servir. Como nos ensina o nosso Rei. Agora peço aos jovens que vos cumprimentem.
Menina: Feliz Dia Mundial da Juventude a todos!
Menino: Testificamos que acreditar em Jesus é lindo!
Papa: Mas olha: isso é lindo! Obrigado. Fique aqui.
Hoje é também o Dia Mundial da Pesca . Saúdo todos os pescadores e rezo por aqueles que vivem em condições difíceis ou, por vezes, infelizmente, em trabalhos forçados. Encorajo os capelães e os voluntários do Stella Maris a continuarem no serviço pastoral a estas pessoas e às suas famílias.
E neste dia também nos lembramos de todas as vítimas da estrada : rezemos por elas e empenhemo-nos na prevenção de acidentes.
Gostaria também de encorajar as iniciativas em curso nas Nações Unidas para aumentar o controlo do comércio de armas.
Ontem, em Katowice, na Polônia, o padre Giovanni Francesco Macha foi beatificado, morto por ódio à fé em 1942, no contexto da perseguição do regime nazista contra a Igreja. Nas trevas de seu cativeiro, ele encontrou em Deus a força e a mansidão para enfrentar essa provação. Que o seu martírio seja semente fecunda de esperança e de paz. Uma salva de palmas ao novo beato!
Saúdo todos vós, fiéis de Roma e peregrinos de vários países, especialmente da Polónia e dos Estados Unidos da América. Saúdo os escuteiros da Arquidiocese de Braga, em Portugal. Uma saudação especial à comunidade equatoriana de Roma, que celebra a Virgen de El Quinche. Saúdo os fiéis de Sant'Antimo (Nápoles) e Catânia; os meninos da Confirmação de Pattada; e os voluntários do Banco de Alimentos, que se preparam para o Dia da Coleta de Alimentos, no próximo sábado. Muito obrigado! E também os filhos da Imaculada Conceição.
Desejo a todos um feliz domingo. E, por favor, não se esqueça de orar por mim. Bom almoço e adeus!
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sábado, 20 de novembro de 2021
DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS PARTICIPANTES DA PARTIDA DE FUTEBOL DA
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO ROM
Sala Clementina
Sábado, 20 de novembro de 2021
Queridos amigos ciganos,
queridos irmãos e irmãs!
Acolhi com alegria a proposta da Organização Mundial dos Rom de jogar um jogo de futebol aqui, em Roma, com uma "equipa do Papa", que não são os cardeais: isto é, uma equipa do Vaticano.
De facto, a equipa com a qual - e não «contra» a qual - amanhã jogará representa um estilo de paixão desportiva vivido com solidariedade e gratuidade, com espírito amador e inclusivo. Você vai jogar junto com alguns guardas suíços, com padres que trabalham nos escritórios da Cúria Romana, com funcionários do Vaticano e alguns de seus filhos.
Em campo - com a t-shirt com as palavras "Irmãos todos" - estará também um jovem futebolista com síndrome de Down, pertencente às " Olimpíadas Especiais”, E também três migrantes. Estes, após um percurso marcado por abusos e violências, que os viu passar pelo campo grego de Lesbos e depois para a Itália, foram acolhidos pela Comunidade de Sant'Egidio e estão a viver uma experiência de integração. Obrigado a todos por aceitarem fazer parte da “equipe do Papa”! É uma equipa onde não existem barreiras e que torna a inclusão simples normalidade. Isso torna a inclusão simples normalidade: isso é claro. Agradeço ao Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Ravasi, esta ação concreta de testemunho no mundo do esporte, especialmente através da “Athletica Vaticana”, que vive esta missão de serviço todos os dias entre os esportistas.
Caros amigos ciganos, conheço bem a vossa história, a vossa realidade, os vossos medos e as vossas esperanças. Por isso, incentivo com especial carinho o projeto “Um pontapé à exclusão”, iniciado pela Diocese de Roma, para que este encontro não seja apenas um momento isolado. Saúdo D. Ambarus, Bispo auxiliar responsável pela pastoral dos Roma, acompanhado pelos filhos do oratório da paróquia de San Gregorio Magno alla Magliana. Agradeço a vocês também, pessoal, e os melhores votos, porque sei que amanhã vocês serão os primeiros a entrar em campo em uma partida preparatória com seus pares da Lazio. E obrigado ao clube da Lazio que gentil e generosamente acolhe e apoia esta iniciativa.
Em 14 de setembro passado em Košice, Eslováquia, visitei a comunidade Roma . Convidei-nos a passar do preconceito ao diálogo, do fechamento à integração. Depois de ouvir os testemunhos de alguns membros da comunidade - histórias de dor, redenção e esperança -, lembrei a todos que “ser Igreja é viver como um chamado de Deus, é sentir-se donos da vida, fazer parte da a mesma equipe ". Usei exatamente essas expressões, tiradas da linguagem do futebol, que também combinam muito bem com o significado do seu jogo. Muitas vezes, disse eu ao povo cigano de Košice, os ciganos têm “sido objeto de preconceitos e julgamentos implacáveis, de estereótipos discriminatórios, de palavras e de difamatórios. Com isso todos nos tornamos mais pobres em humanidade ».
Por isso, o acontecimento desportivo que vai dar vida tem um grande significado: indica que o caminho para a convivência pacífica é a integração. E a base é a educação dos filhos. Caros amigos Roma, sei que na Croácia estão a dar vida a muitas iniciativas desportivas de inclusão, para ajudar o conhecimento mútuo e a amizade. É um sinal de esperança! Porque os grandes sonhos das crianças não podem colidir com nossas barreiras. As crianças, todas as crianças, têm o direito de crescer juntas, sem obstáculos e sem discriminação. E o esporte é um lugar de encontro e igualdade, e pode construir comunidades por meio de pontes de amizade.
Obrigado por esta visita! Desejo a você um bom casamento. Não importa quem vai marcar mais gols, porque vocês fazem o gol decisivo juntos, o gol que faz a esperança vencer e que chuta a exclusão. Obrigado a todos!
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sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Hoje a Igreja celebra São Roque González e companheiros mártires
REDAÇÃO CENTRAL, 19 nov. 21 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 19 de novembro São Roque González e companheiros mártires. O sacerdote jesuíta foi martirizado e teve o corpo queimado por anunciar o Evangelho na América do Sul. Natural do Paraguai, evangelizou também em terras brasileiras, no território que atualmente pertence ao Rio Grande do Sul.
São Roque nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576. Aos 22 anos foi ordenado sacerdote e, posteriormente, nomeado Pároco da Catedral de Assunção. Em 1609, ingressou na Companhia do Jesus e anos depois foi designado superior da primeira Missão do Paraguai.
Em 1615, fundou uma missão em Itapúa, a atual cidade da Argentina de Posadas, e logo se transladou para a outra margem do rio, que hoje se conhece como Encarnação, no Paraguai. Por isso, é reconhecido como fundador e patrono das duas cidades.
São Roque costumava chamar a Virgem de “conquistadora”, pois muitas vezes bastava que levantasse o quadro da imagem da Mãe de Deus para que os índios se convertessem.
Em 15 de novembro de 1628, celebrou a Santa Missa em Caaró, que hoje faz parte do Brasil, e foi assassinado por um cacique. Os atacantes queimaram seu corpo, mas ficou intacto o seu coração, que lhes falou a fim de que se dessem conta do que tinham feito e os convidou ao arrependimento.
O coração de São Roque se manteve incorrupto e foi levado a Roma junto ao machado de pedra com a qual foi martirizado. Atualmente, o coração e o machado se encontram na Capela dos Mártires, no Colégio de Cristo Rei, em Assunção, Paraguai.
Em 1988, São João Paulo II, durante sua visita ao Paraguai, canonizou São Roque González, os espanhóis Santo Alfonso Rodríguez e São João de Castilho. Todos eles, mártires jesuítas em terras americanas.
“Nem os obstáculos de uma natureza agreste, nem as incompreensões dos homens, nem os ataques de quem via em sua ação evangelizadora um perigo para seus próprios interesses, foram capazes de atemorizar estes campeões da fé. Sua entrega sem reservas os levou até o martírio”, destacou o Papa peregrino naquela celebração.
Em Caaró, município de Caibaté, encontra-se o principal santuário de veneração dos Santos Mártires (como ficaram conhecidos), visitado permanentemente por caravanas de romeiros.
(acidigital)
quinta-feira, 18 de novembro de 2021
Hoje a Igreja celebra a dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo
REDAÇÃO CENTRAL, 18 nov. 21 / 05:00 am (ACI).- Hoje, 18 de novembro, a Igreja celebra a dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, templos em Roma que contêm os restos mortais destes dois grandes nomes do cristianismo e símbolos da fraternidade e da unidade da Igreja.
A Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi construída sobre o túmulo do Apóstolo, que morreu crucificado de cabeça para baixo. No ano 323, o imperador Constantino mandou construir no local a Basílica dedicada àquele que foi o primeiro Papa da Igreja.
A atual Basílica de São Pedro demorou 170 anos para ser edificada. Começou com o papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626. A data coincide com a consagração da antiga Basílica.
Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini, famosos artistas da história, trabalharam nela, plasmando o melhor de sua arte.
A Basílica de São Pedro mede 212 metros de comprimento, 140 de largura e 133 metros de altura em sua cúpula. Não há templo no mundo que se iguale em extensão.
A Basílica de São Paulo Extramuros é, depois de São Pedro, o maior templo de Roma. Também surgiu por vontade de Constantino. Em 1823, foi quase totalmente destruída por um terrível incêndio. Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo papa Pio IX.
Um fato interessante é que, sob as janelas da nave central nas naves laterais, em mosaico, encontram-se os retratos de todos os papas desde São Pedro até o atual, o papa Francisco.
Em 2009, por ocasião desta celebração, o papa Bento XVI disse que “esta festa nos proporciona a ocasião de ressaltar o significado e o valor da Igreja. Queridos jovens, amem a Igreja e cooperem com entusiasmo em sua edificação”.
(acidigital)