terça-feira, 28 de março de 2023

O elo entre os cristãos do mundo e os Lugares Santos

 


A Coleta da Sexta-Feira Santa ajuda a manter os Santuários e as “pedras vivas”, os cristãos que vivem na Terra Santa. É o elo entre os cristãos do mundo e os Lugares Santos.

Lurdinha Nunes- Christian Media Center- Jerusalém


Os franciscanos estão presentes na Terra Santa há mais de 800 anos e receberam a missão de guardar os Lugares Santos, por mandato papal com a bula Gratias Agimus de Clemente VI. Esta missão também foi renovada através do Papa Francisco, com uma carta enviada pelos 800 anos da presença franciscana na Terra Santa.


Por séculos, os franciscanos recebem peregrinos de todo o mundo e uma forma de ajudar os cristãos da Terra Santa é a "Coleta da Sexta-Feira Santa", que nasce da vontade dos papas de manter forte o elo entre os cristãos do mundo e os Lugares Santos.


Frei Tony Choucry é o ecônomo da Custódia da Terra Santa. O responsável pela gestão das receitas e despesas de toda a Província, que inclui os territórios de Israel, Palestina, Jordânia, Síria, Líbano, Egito, Chipre e Rodes.


FREI TONY CHOUCRY- Ecônomo da Custódia da Terra Santa


“Vivemos a tradição cristã que nos foi transmitida pelos Apóstolos e pelos primeiros cristãos.

Os Atos dos Apóstolos dizem que os cristãos viviam como uma única comunidade, na qual dividiam todos os seus bens. Agora esta antiga comunidade tornou-se mais ampla, maior: atualmente nós somos os apóstolos e os primeiros cristãos daquele tempo e devemos nos ajudar mutuamente para suprir as necessidades de todos, em tudo o que for preciso.


A Coleta da Sexta-Feira Santa ajuda a manter os Santuários e as “pedras vivas”, os cristãos que vivem na Terra Santa.


A Custódia da Terra Santa faz é cria oportunidades de trabalho para os cristãos locais. Conta com a ajuda dos peregrinos que vêm visitar a Terra Santa, para manter os Lugares Santos, mas também para apoiar os cristãos desta terra.


As consequências econômicas da pandemia do Coronavírus não pouparam a Custódia da Terra Santa.


FREI TONY CHOUCRY- Ecônomo da Custódia da Terra Santa


A pandemia afetou totalmente nossa situação econômica. O fluxo de peregrinos diminuiu, as receitas diminuíram, postos de trabalho foram fechados, mas a Custódia não mudou a sua presença junto do povo: manteve-se sempre fiel às suas obras de caridade, à ajuda aos mais necessitados.

 

Outra emergência que envolve diretamente a Custódia é a grave situação na Síria depois do violento terremoto de 6 de fevereiro, que causou milhares de vítimas e desabrigados.


Por exemplo, em Alepo tivemos duas mil pessoas que vieram todas juntas e estava frio na época, e nossos espaços não estão  equipados para acomodar famílias. Os frades começaram a dividir as salas de aula com madeira, para criar mais cômodos para acomodar as famílias que já não tinham uma casa”.

Em outros lugares também, além de Alepo. Em Latakia, por exemplo, muitas pessoas nos procuraram para encontrar calor, alimento, água, para encontrar uma comunidade onde pudessem se sentir seguras. Temos também os vilarejos do Orontes, perto de Idlib, onde um bairro inteiro foi destruído.


Em poucas palavras, esta é a nossa missão

FREI TONY CHOUCRY- Ecônomo da Custódia da Terra Sant


Convido todos a serem generosos com a Custódia da Terra Santa, generosos com Deus, porque a Sexta-Feira Santa nos recorda toda a história da salvação, esta grande paixão que o Senhor padeceu para nos trazer vida. Se participamos doando algo do que temos aos pobres, significa que participamos desta economia salvífica, do desígnio salvífico do Senhor e diminuímos o sofrimento dos mais  necessitados”.

(vaticannews)

Sem comentários: