A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, sigla em
inglês), realiza no dia 6 de agosto a 10ª edição do Dia de Oração pelos
Cristãos Perseguidos. Esta é uma edição emblemática, pois foi há 10
anos, na noite de 6 de agosto de 2014, que mais de 100 mil cristãos
foram expulsos do norte do Iraque pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Eles fugiram a pé, no meio da noite, só com a roupa do corpo. A única
bagagem era o medo.
Na época, a ACN ofereceu toda a ajuda para que esses cristãos fossem acolhidos material e espiritualmente. O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos teve início em 2015, após um ano da invasão e, desde então, ocorre anualmente em agosto, em referência à noite de 6 de agosto de 2014.
Durante a conferência organizada pela ACN em memória dos 10 anos da invasão, Dom Nizar Semaan, Arcebispo Católico Siríaco de Adiabene, no norte do Iraque, reforçou o fato: "palavras não podem descrever o que experimentamos há 10 anos, o grupo Estado Islâmico tentou nos erradicar, mas falhou. As pessoas aqui são como oliveiras. Você pode cortá-las, queimá-las, mas depois de 10 ou 20 anos elas continuarão a dar frutos. Eles tentaram de tudo, mas nós permanecemos, e como Igreja fazemos de tudo para dar um sinal de esperança".
O Frei Rogério Lima, Assistente Eclesiástico da ACN Brasil, reforça: “Todos os dias na ACN, graças aos nossos benfeitores, socorremos os cristãos que sofrem miséria ou perseguição em mais de 130 países, incluindo o Brasil. No Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos queremos mostrar também o poder que a oração tem para aqueles que sofrem na pele a discriminação e a perseguição por serem cristãos. Semanalmente recebemos notícias de ataques a igrejas, de sequestros, tortura e assassinato de padres, religiosas e cristãos leigos. Além da ajuda concreta, precisamos da oração de cada um. Como Paulo nos pediu na carta aos Tessalonicenses: ‘Orai meus irmãos e irmãs, sem cessar.’”, diz.
A iniciativa da ACN no Brasil conta com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), convidando todas as paróquias e comunidades cristãs do país a participarem. Rezar é demonstrar importância ao tema e dar a visibilidade necessária para uma posição contrária à perseguição de quem, ainda hoje, paga um alto preço por acreditar em Jesus.
O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos já inicia no final de semana do dia 3 e 4 de agosto. Em São Paulo, na Missa na Catedral da Sé do dia 4 de agosto, às 11h, o Diácono Bruno Redígolo representará a ACN Brasil. No dia 06 de agosto, o Frei Rogério irá celebrar na capela da ACN, às 15 horas, com transmissão ao vivo pelo Youtube da ACN Brasil.
Perseguição aos Cristãos persiste no mundo
A perseguição ainda continua e se alastra cada vez mais. A liberdade religiosa é violada de forma grave em 61 nações. Pessoas são assassinadas e sequestradas por causa da fé em 40 países. 62% da população mundial vive em locais com violações graves ou gravíssimas da liberdade religiosa.
No último Natal, há apenas 8 meses, comunidades cristãs foram
brutalmente atacadas na Nigéria, causando mais de 300 mortes. Em 2023,
132 padres católicos e religiosos foram presos, sequestrados ou
assassinados. Em vários países da África, Ásia e Oriente Médio igrejas
são atacadas e incendiadas, cristãos são discriminados, presos,
sequestrados, torturados, apedrejados ou mortos, por serem cristãos.
Sobre a ACN - Ajuda à Igreja que Sofre
A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que apoia, por meio de informação, oração e ação, os fiéis onde quer que sejam perseguidos, oprimidos ou enfrentem necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN foi elevada à condição de Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende cerca de 5.000 pedidos de ajuda pastoral da Igreja em mais de 130 países. Os projetos apoiados incluem: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa - incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas -, apoio a padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e reconstrução de igrejas e demais instalações eclesiais; meios de transporte para evangelização; programas religiosos de comunicação; ajuda a refugiados e vítimas de conflitos.
*Marcio Martins - Ajuda à Igreja que Sofre
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