16 de ago de 2024 às 16:18
O enviado de paz da Santa Sé, cardeal Matteo Zuppi, falou esta semana com uma autoridade do governo chinês sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.
A conversa telefônica foi o passo mais recente nos esforços diplomáticos contínuos da Santa Sé para promover uma paz duradoura na região.
O telefonema do cardeal Zuppi com Li Hui, representante especial da China para assuntos da Eurásia, na quarta-feira (14) ocorreu depois de um encontro entre os dois em Pequim, China, em setembro do ano passado, uma das várias visitas diplomáticas do delegado papal para promover a paz entre a Rússia e a Ucrânia.
O cardeal também viajou para Kiev, Ucrânia; Moscou, Rússia; e Washington, D.C., EUA, em missão como enviado de paz.
Segundo breve declaração da Santa Sé divulgada ontem (15), a conversa do cardeal Zuppi com Hui incluiu uma discussão sobre “a necessidade de promover o diálogo” e “garantias internacionais adequadas para uma paz justa e duradoura”.
Hui começou sua função como representante especial do governo chinês para assuntos eurasianos em agosto de 2019, depois de dez anos como embaixador chinês na Rússia e depois como vice-ministro de Relações Exteriores.
O representante especial é altamente respeitado na Rússia, onde recebeu a Ordem da Amizade do presidente russo Vladimir Putin em maio de 2019. O diplomata de carreira também trabalhou na embaixada chinesa na União Soviética (URSS) na década de 1980, servindo mais tarde como primeiro secretário da embaixada chinesa durante a queda da URSS em 1991.
Em outras frentes diplomáticas, a Igreja também está em diálogo com a China, enquanto continua a trabalhar por melhorias na aplicação do acordo provisório sobre a nomeação de bispos na China. O acordo Santa Sé-China, cujo conteúdo não é público, foi assinado pela primeira vez em 2018 e estará pronto para sua terceira renovação em outubro.
Uma comissão conjunta entre o governo chinês e a Santa Sé, presidida pelo secretário de Estado do Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, se reúne duas vezes por ano para discutir nomeações de bispos no país comunista, onde há uma associação católica autorizada pelo governo e uma Igreja clandestina.
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