domingo, 31 de janeiro de 2016

Cristãos devem ser missionários do Evangelho




Francisco fez hoje a primeira catequese no sábado, durante o Ano da Misericórdia, e explicou a íntima relação entre misericórdia e missão.


Começou na manhã deste sábado, 30, na Praça São Pedro, no Vaticano, a nova série de audiências jubilares, que o Papa Francisco concederá aos peregrinos e fiéis, um sábado por mês, durante o Ano Santo da Misericórdia.

Em sua catequese de hoje, Francisco disse que entramos cada vez mais na celebração do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia:

“Com a sua graça, o Senhor guia os nossos passos enquanto atravessamos a Porta Santa e nos vem ao encontro para permanecer sempre conosco, apesar das nossas faltas e contradições. Não nos cansemos, jamais, de sentir necessidade do seu perdão, porque, quando nos sentimos fracos, a sua presença nos torna fortes e nos permite viver a nossa fé com maior alegria”.


Missionários do Evangelho


Assim, o Santo Padre indicou aos fiéis, presentes na Praça São Pedro, a íntima ligação existente entre a misericórdia e a missão. De fato, como cristãos temos a responsabilidade de ser missionários do Evangelho:

“Quando recebemos uma bela notícia ou quando vivemos uma bela experiência, sentimos a exigência natural de transmiti-la também aos outros. Sentimos que não podemos guardar a alegria que recebemos, só para nós e, assim, a comunicamos aos demais, por ser tão grande!”.

A mesma coisa deveria ser, – explicou o Papa – quando encontramos o Senhor. O sinal concreto de tê-lo encontrado é a alegria de comunicá-lo aos irmãos. Ao lermos o Evangelho, vemos que é esta a experiência dos primeiros discípulos, depois do primeiro encontro com Jesus:

“Encontrar Jesus equivale a encontrar-se com o seu amor; um amor que nos transforma e nos torna capazes de transmitir aos outros a força que nos dá. Assim sendo, poderíamos dizer que, no Batismo, recebemos outro nome, além daquele que nossos pais nos dão. O novo nome é ‘Cristóvão’, que significa ‘portador de Cristo. Todo cristão é portador de Cristo!”.

Enfim, Francisco recordou que “a misericórdia que recebemos do Pai, não nos é dada como consolação pessoal, mas nos torna instrumentos, para os outros possam recebem o mesmo dom”. Há uma maravilhosa interligação entre misericórdia e missão. A misericórdia nos torna missionários da própria misericórdia. Ser missionários nos permite crescer sempre na misericórdia de Deus.

Por fim, o Papa exortou os peregrinos, presentes nesta primeira audiência geral – levemos a sério a nossa vida cristã e esforçar-nos para viver com fiéis, porque somente o Evangelho pode tocar o coração das pessoas e abri-lo à graça do amor.

(Radio vaticano)

HOJE É O DIA DO SENHOR


Tema do 4º Domingo do Tempo Comum

O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.
A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.
A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.

(Dehonianos)

sábado, 30 de janeiro de 2016

Papa: a fraqueza nos faz pecar, mas não nos torna corruptos










Homilia do Papa nesta manhã abordou diferença que há entre pecado e corrupção; o corrupto não pede perdão a Deus

Rezemos a Deus para que a fraqueza que nos induz a pecar nunca se transforme em corrupção. Esse é o apelo do Papa Francisco na Missa desta sexta-feira, 29, na Casa Santa Marta.
Na homilia, Francisco comentou a história bíblica de Davi e Betsabeia, destacando como o demônio induz os corruptos a não sentir, diferentemente dos outros pecadores, a necessidade do perdão de Deus.
É possível pecar de muitos modos, disse o Papa, e por tudo se pode pedir perdão a Deus sinceramente, sem dúvida de que o perdão será obtido. O problema nasce com os corruptos, observou o Santo Padre, pessoas que não veem a necessidade de pedir perdão porque lhe basta o poder que tem com a corrupção.

É o comportamento que o rei Davi assume quando se apaixona por Betsabeia, mulher de seu oficial, Urias, que está distante em combate. O Papa comentou o episódio narrado na Bíblia. Depois de seduzir a mulher e saber que está grávida, Davi arquiteta um plano para encobrir o adultério. Manda chamar Urias e lhe propõe ir descansar em casa. Homem leal, Urias não aceita ir enquanto seus homens morrem na batalha. Então, Davi tenta de novo, levando-o à embriaguez, mas nem isso funciona.
“Isto colocou Davi em dificuldade, mas Urias disse: ‘Não, não posso…’ E escreveu uma carta, como ouvimos: “Façam Urias ser capitão, coloquem-no à frente da batalha mais difícil e depois, retirem-se, para que seja atingido e morra”. Uma condenação à morte. Este homem, fiel – fiel à lei, fiel a seu povo, fiel a seu rei – recebeu uma sentença de morte”.

A “segurança” da corrupção
Davi é santo, mas também pecador, explicou o Papa; cedeu à luxuria mas mesmo assim continuou sendo amado por Deus. Davi sente-se tão seguro em se reino que, depois de cometer adultério, move todas as alavancas à sua disposição para ajeitar as coisas, também de um modo mentiroso, até conspirar e ordenar o assassinato de um homem leal, fazendo-o passar por um infortúnio de guerra.
“Este é um momento na vida de Davi que nos faz ver um momento pelo qual todos nós podemos passar em nossa vida: é a passagem do pecado à corrupção. Aqui Davi começa, dá o primeiro passo em direção à corrupção. Detém o poder e a força. E por isso, a corrupção é um pecado mais fácil para todos nós que temos um poder qualquer, seja poder eclesiástico, religioso, econômico, político… Porque o diabo nos faz sentir seguros: ‘Eu posso’”.

“Pecadores sim, corrompidos jamais”
A corrupção arruinou o coração daquele “rapaz corajoso” que havia enfrentado o filisteu com uma atiradeira e cinco pedras. Francisco explicou que há um momento em que a situação da pessoa é tão segura e ela tem tanto poder que o pecado deixa de ser pecado e passa a ser corrupção. E uma das piores coisas que há na corrupção é que o corrupto não sente necessidade de pedir perdão.
“Façamos hoje uma oração pela Igreja, começando por nós, pelo Papa, pelos bispos, pelos sacerdotes, pelos consagrados, pelos fiéis leigos: ‘Mas, Senhor, salvai-nos, salvai-nos da corrupção. Pecadores sim, Senhor, somos todos, mas corrompidos, jamais’. Peçamos esta graça”.


(Papa.Cancaonova)
(Sexta-feira)

domingo, 17 de janeiro de 2016

HOJE É O DIA DO SENHOR




II DOMINGO DO TEMPO COMUM

Em Caná


Após as festas natalinas, inicia o Tempo Comum,
em que revivemos os principais Mistérios da Salvação.

Com a imagem do CASAMENTO,
a liturgia apresenta a relação de amor, que Deus (o marido)
estabeleceu com o seu Povo (a esposa).
Nossa alegria é saber que Deus garante a alegria dessa festa.

Na 1ª Leitura, a imagem do CASAMENTO revela a profunda união
que existe entre Deus e a Humanidade. (Is 62,1-5)

Deus se casou com o seu Povo. Ele é o Esposo e Israel, a Esposa.
Deus é eternamente fiel, a esposa às vezes se afasta de Deus
e vai atrás de outros amores, adora outros deuses.

A 2ª Leitura fala dos "carismas", dons, através dos quais
o amor de Deus continua a se manifestar. (1Cor 12,4-11)

Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos.
É essencial que na comunidade cristã se manifeste,
apesar da diversidade de membros e de carismas,
o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

O Evangelho fala das Bodas de Caná. (Jo 2,1-11)

Aí Jesus realiza o primeiro milagre,
"Sinal" de uma realidade mais profunda:
mostrar aos homens o Pai, que os ama, e 
os convoca para a alegria e a felicidade plenas.
A festa do Reino já está acontecendo. Jesus é o Noivo, que já está no mundo,
para celebrar o casamento de Deus com a humanidade.

O CENÁRIO DO CASAMENTO
reflete o contexto da "ALIANÇA" entre Israel e o seu Deus.
A essa "aliança", em certo momento, vem a faltar o vinho.
O "vinho" é símbolo do amor entre o esposo e a esposa, da alegria e da festa.
Constata-se que a antiga "aliança" tornou-se uma relação seca,
sem alegria, sem amor e sem festa,
que já não proporciona o encontro amoroso entre Israel e o seu Deus.

Esta realidade de uma "aliança" estéril e falida é representada
pelas "seis talhas de pedra destinadas à purificação dos judeus".
- O número seis evoca a imperfeição, o incompleto;
- a "pedra" evoca as tábuas de pedra da Lei do Sinai e
  os corações de pedra de que falava o profeta Ezequiel;
- a referência à "purificação" evoca os ritos e exigências da antiga Lei
  que revelavam um Deus impositivo, que guarda distâncias.
  Um Deus assim pode-se temer, mas não amar...
- As talhas estão "vazias" porque todo este aparato era inútil e ineficaz:
  não servia para aproximar o homem de Deus,
  mas sim para o afastar desse Deus difícil e distante.
- As "Bodas de Caná sem vinho" representam a situação do povo,
  desiludido e insatisfeito. O amor foi substituído pela observância da lei...
- "Façam tudo o Ele disser":
  Agora Jesus fará a passagem do Antigo para o Novo. E o novo é melhor...

OS PERSONAGENS apresentados:

- A "Mãe": é Previdente: nota primeiro o problema; "não têm mais vinho".
    É Providente: aponta um caminho: Cristo...
    É Perseverante: não desiste diante da aparente indiferença de Jesus:
- O "Chefe de mesa": representa os dirigentes judeus,
  que não percebem que a antiga "Aliança" já caducou.
- Os "Serventes" são os que colaboram com o Messias,
  que estão dispostos a fazer tudo "o que ele disser"
  para que a "Aliança" seja revitalizada.
- JESUS: é a Ele que o Israel fiel (a "mulher"/mãe) se dirige
  no sentido de dar nova vida a essa "aliança" caduca.
  A obra de Jesus não será preservar as instituições antigas,
  mas realizar uma profunda "transformação"...
  Ele veio trazer à relação entre Deus e os homens
  o vinho da alegria, do amor e da festa...
  Isso acontecerá quando chegar a "Hora".
  Jesus acolheu o pedido da mãe... e a alegria continuou até o fim da festa...

+ As Bodas continuam... e somos também convidados...
Quando a relação com Deus se resume num jogo complicado
de ritos externos, de regras e de obrigações que é preciso cumprir,
a religião torna-se um pesadelo insuportável que tiraniza e oprime.

Jesus veio nos revelar Deus como um Pai bondoso e terno,
que fica feliz quando pode amar os seus filhos.
É esse o "vinho" que Jesus veio trazer para alegrar a "aliança":
o "vinho" do amor de Deus, que produz alegria e
que nos leva à festa do encontro com o Pai e com os irmãos.

- A nossa "religião" é um encontro com o Jesus,
  que nos dá o vinho do amor?
- O que os nossos olhos e os nossos lábios revelam aos outros:
  a alegria que brota de um coração cheio de amor,
  ou o medo e a tristeza que brotam de uma religião de leis e de medo?

+ Com que personagem das "Bodas" nos identificamos?
   - com o chefe de mesa, comodamente instalado numa religião estéril e vazia,
   - com a "mulher"/mãe que pede a Jesus que resolva a situação,
   - ou com os "serventes" que vão fazer "tudo o que ele disser"
     e colaborar com Jesus no estabelecimento da nova realidade?

     
 Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 17.01.2016

sábado, 16 de janeiro de 2016

Catequese do Papa :Deus converta os corações dos violentos



· Na audiência geral o Papa convidou a rezar pelas vítimas do atentado em Istambul 
e recordou que a misericórdia 
está sempre pronta a acolher e a perdoar ·

Deus «converta os corações dos violentos»: foi o apelo lançado pelo Papa Francisco no dia seguinte ao trágico atentado terrorista ocorrido em Istambul. O Pontífice concluiu a audiência geral de quarta-feira, 13 de Janeiro, exortando os fiéis presentes na Sala Paulo VI a rezar pelas vítimas do massacre. «Que o Senhor, o misericordioso – disse – conceda a paz eterna aos defuntos, conforto aos familiares, firmeza solidária à sociedade inteira».
Precedentemente, ao dar início a uma nova série de catequeses «sobre a misericórdia segundo a perspectiva bíblica», o Papa tinha recordado alguns trechos do Antigo Testamento, em particular do livro do êxodo no qual Deus, ao revelar-se a Moisés, se autodefine «misericordioso e piedoso, lento para a ira e rico de amor e fidelidade». Palavras que – observou – evocam «uma atitude de ternura como a de uma mãe para com o filho». E sugerem a imagem de «um Deus que se comove e enternece por nós», com um amor que «se pode definir no bom sentido “visceral”».
Depois, recordando a parábola do pai que recebe o filho pródigo, Francisco falou da misericórdia como «festa» e indicou na «compaixão» e na «capacidade de suportar» outros dois aspectos fundamentais da acção de Deus descrita nas Sagradas Escrituras. O Senhor – acrescentou – «proclama-se “grande no amor e na fidelidade”»: uma definição na qual se manifesta o rosto misericordioso de um Pai que dá sempre «o primeiro passo» e vai ao encontro de «nós que somos tão pequenos, tão incapazes». Não com um amor «de telenovela», mas com «a solicitude divina que nada pode impedir, nem sequer o pecado, porque sabe ultrapassar o pecado, vencer o mal e perdoá-lo».
«Este Deus misericordioso é fiel na sua misericórdia» afirmou o Pontífice na conclusão, recordando a certeza de são Paulo: «se tu não lhe fores fiel, ele permanecerá fiel porque não pode renegar-se a si mesmo». Portanto, «a fidelidade na misericórdia é precisamente o ser de Deus». E por isso ele «é totalmente e sempre confiável: uma presença sólida e estável, a certeza da nossa fé».

13 de Janeiro de 2016


Tudo é legal! Testes clínicos em seres humanos



 Seis pessoas foram hospitalizadas em Rennes, no norte de França, uma das quais em estado de morte cerebral, na sequência de um acidente durante o ensaio clínico de um analgésico.
O ensaio foi realizado num estabelecimento europeu privado devidamente habilitado, especializado neste tipo de trabalho clínico, com o objetivo de avaliar a segurança, modo de emprego, tolerância e vantagens farmacológicas de uso desta molécula em pacientes saudáveis.
A ministra da Saúde explicou: “As famílias entraram em colapso, vamos garantir que todas as respostas serão eficazes até agora não tenho conhecimento que qualquer evento comparável. O que aconteceu é inedito e exige a maior vigilância possível nas investigações que serão desencadeadas”
Ensaios terapêuticos como este, com voluntários remunerados são uma passagem obrigatória antes da comercialização de um novo medicamento.
Segundo a agência farmacêutica francesa que supervisiona os testes são precisos entre dez a quinze anos de pesquisa desde a conceção em laboratório de uma molécula e a comercialização do medicamento.
*Empresa Biotrial conduz o teste em nome da Bial Português *
O ensaio clínico foi realizado pela empresa Biotrial, um centro de pesquisa médica com sede em Rennes, aprovado pelo Ministério da Saúde, em nome da empresa farmacêutica Bial Português. Criado em 1989, Biotrial realiza ensaios clínicos em nome de empresas farmacêuticas. Ela emprega 300 funcionários em todo o mundo, incluindo 200 em Rennes, em um edifício localizado perto da Universidade Hospital Pontchaillo.
(pt.euronews)