Francisco fez hoje a primeira catequese no sábado, durante o Ano da Misericórdia, e explicou a íntima relação entre misericórdia e missão.
Começou na manhã deste sábado, 30, na Praça São Pedro, no Vaticano, a nova série de audiências jubilares, que o Papa Francisco concederá aos peregrinos e fiéis, um sábado por mês, durante o Ano Santo da Misericórdia.
Em sua catequese de hoje, Francisco disse que entramos cada vez mais na celebração do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia:
“Com a sua graça, o Senhor guia os nossos passos enquanto atravessamos a Porta Santa e nos vem ao encontro para permanecer sempre conosco, apesar das nossas faltas e contradições. Não nos cansemos, jamais, de sentir necessidade do seu perdão, porque, quando nos sentimos fracos, a sua presença nos torna fortes e nos permite viver a nossa fé com maior alegria”.
Missionários do Evangelho
Assim, o Santo Padre indicou aos fiéis, presentes na Praça São Pedro, a íntima ligação existente entre a misericórdia e a missão. De fato, como cristãos temos a responsabilidade de ser missionários do Evangelho:
“Quando recebemos uma bela notícia ou quando vivemos uma bela experiência, sentimos a exigência natural de transmiti-la também aos outros. Sentimos que não podemos guardar a alegria que recebemos, só para nós e, assim, a comunicamos aos demais, por ser tão grande!”.
A mesma coisa deveria ser, – explicou o Papa – quando encontramos o Senhor. O sinal concreto de tê-lo encontrado é a alegria de comunicá-lo aos irmãos. Ao lermos o Evangelho, vemos que é esta a experiência dos primeiros discípulos, depois do primeiro encontro com Jesus:
“Encontrar Jesus equivale a encontrar-se com o seu amor; um amor que nos transforma e nos torna capazes de transmitir aos outros a força que nos dá. Assim sendo, poderíamos dizer que, no Batismo, recebemos outro nome, além daquele que nossos pais nos dão. O novo nome é ‘Cristóvão’, que significa ‘portador de Cristo. Todo cristão é portador de Cristo!”.
Enfim, Francisco recordou que “a misericórdia que recebemos do Pai, não nos é dada como consolação pessoal, mas nos torna instrumentos, para os outros possam recebem o mesmo dom”. Há uma maravilhosa interligação entre misericórdia e missão. A misericórdia nos torna missionários da própria misericórdia. Ser missionários nos permite crescer sempre na misericórdia de Deus.
Por fim, o Papa exortou os peregrinos, presentes nesta primeira audiência geral – levemos a sério a nossa vida cristã e esforçar-nos para viver com fiéis, porque somente o Evangelho pode tocar o coração das pessoas e abri-lo à graça do amor.
(Radio vaticano)