REDAÇÃO
CENTRAL, 05 Set. 18 / 05:00 am (ACI).-
“Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns
aos outros no seio das nossas próprias famílias”, costumava dizer Santa Teresa
de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, defensora da família e dos
pobres e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada neste dia 5 de
setembro.
Agnes
Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à
Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18
anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade,
dedicando-se aos pobres e doentes.
Em 29 de setembro
de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda.
Depois, foi enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão
religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à
carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.
Atuou como
professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais
da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em
sua história, o “Dia da Inspiração”. Em uma viagem de trem ao noviciado do
Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”.
Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos
pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação.
Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da
Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa
Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.
Pequena em
estatura, magra e encurvada, Madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor,
humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou
que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos”
quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para mim, as
nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma
criança não nascida e a criança tem que morrer”, disse.
Neste sentido,
estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar
um mundo de paz.
“Em todo mundo se
comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto,
a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças,
ensinemos-lhes a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família
que reza é uma família unida”, enfatizou a Santa.
Em 1979 foi
homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de
vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. Tal como o recordou São João Paulo
II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.
“Satisfazer a sede
que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado
a única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a
fazia superar-se a si mesma e ‘ir depressa’ de uma parte a outra do mundo, a
fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres”, ressaltou.
Por outro lado, em
uma entrevista à revista brasileira missionária “Sem Fronteiras” (1997)
perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar e ela respondeu:
“Amem-se uns aos
outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à
mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração
puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da
fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.
(acidigital)
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