Fui anunciar de novo o Evangelho
Audiencia
Geral
Vaticano,
26 Set. 18 / 09:24 am (ACI).-
Na Audiência Geral celebrada nesta quarta-feira, 26 de setembro, na Praça de
São Pedro no Vaticano, o Papa Francisco fez um balanço de sua recente viagem
apostólica a Lituânia, Letônia e Estônia, por ocasião do centenário da
independência desses países bálticos.
Explicou
que a missão desta viagem “era anunciar novamente àqueles povos a alegria do
Evangelho e a revolução da misericórdia e da ternura, porque a liberdade não é
suficiente para dar sentido e plenitude a uma vida sem
amor, pois este provém de Deus”.
O
Pontífice destacou o grande sofrimento dos povos desses três países durante
esses cem anos de independência em que sofreram primeiro a ocupação nazista e
depois a soviética.
Durante a
viagem, fez referência em muitas ocasiões a necessidade de conservar a memória
desse sofrimento.
Na Audiência, resumiu a homenagem que realizou em Vilnius às vítimas do
genocídio hebraico na Lituânia, cujo máximo expoente foi a destruição do gueto
da capital lituana, do qual se completa 75 anos, e que significou o início do
assassinato de dezenas de milhares de judeus.
“Ao mesmo
tempo, visitei o Museu das Ocupações e das Lutas pela Liberdade: rezei nas
salas em que eram presos, torturados e mortos os opositores do regime”. “É
comovente ver até que ponto chega a crueldade humana. Pensemos nisso”.
Assinalou
que, “na Lituânia, os católicos são maioria, enquanto na Letônia e na Estônia
prevalecem os luteranos e os ortodoxos, embora muitíssimas pessoas se
distanciaram da vida religiosa”.
“Portanto,
o desafio é reforçar a comunhão entre os cristãos, já desenvolvida durante o
período das perseguições. De fato, a dimensão ecumênica era intrínseca a este
viagem e encontrei expressões dela no momento de oração na Catedral de Riga e
no encontro com os jovens em Tallin”.
Em seus
discursos, o Santo Padre destacou também a importância do diálogo
intergeracional. “Incentivei o diálogo entre as gerações de idosos e jovens,
para que o contato com as raízes possa continuar fecundando o presente e o
futuro”.
Também os
encontros com sacerdotes, consagrados e seminaristas tiveram especial
importância. O Papa destacou diante deles a importância da esperança e da
constância como virtudes da vida religiosa e consagrada, pois permitem “estar
centrados em Deus, firmemente enraizados em seu amor”.
Como
conclusão, o Papa Francisco assinalou que os países bálticos são prova de que
“o sinal vivo do Evangelho sempre é a caridade concreta. Mesmo onde a
secularização é mais forte, Deus fala com a linguagem o amor, do cuidado, do
serviço gratuito a quem tem necessidade”.
(acidigital)
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