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Na manhã deste domingo (7), antes da Oração Mariana do Angelus,
o Papa comentou o Evangelho do dia e afirmou que a missão de todos nós é
baseada na oração, não limitada, porém, às nossas necessidades. A oração
precisa ser “itinerante, requer desapego e pobreza, leva a paz e cura; uma
oração que não é proselitismo, mas anúncio e testemunho”.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
O sol escaldante deu uma
trégua neste domingo (7) aos milhares de peregrinos que acompanharam a Oração
Mariana do Angelus com o Papa Francisco. Entre eles, na Praça São Pedro,
inclusive um grupo de 60 brasileiros.
Na reflexão do Pontífice
neste XIV Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de São Lucas (Lc10,1-12.17-20),
que apresenta Jesus enviando seus 72 discípulos, além dos 12 apóstolos, para
pregar a Boa Nova. O Papa comentou que o número 72 indica provavelmente todas
as nações, representando “a missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todas as
pessoas”. Àqueles discípulos, lembrou ainda Francisco, Jesus disse: “A messe é
grande, mas os trabalhadores são poucos! Rezem, então, ao Senhor da messe para
que mande trabalhadores na sua messe!”.
"Esse pedido de
Jesus é sempre válido. Sempre devemos rezar ao 'dono da messe', isto é, Deus
Pai, para que mande operários para trabalhar no seu campo que é o mundo. E,
cada um de nós, deve fazê-lo com o coração aberto, com uma atitude missionária;
a nossa oração não deve se limitar somente ao que precisamos, às nossas
necessidades: uma oração é realmente cristã se também tiver uma dimensão
universal."
A missão e a oração
Ao enviar os 72
discípulos, disse o Papa, Jesus deu instruções precisas que expressavam as
características da missão. Entre elas: rezar, ir ao encontro das pessoas e
levar a paz.
“ Esses imperativos mostram que a missão é baseada na oração;
que é itinerante; que requer desapego e pobreza; que leva paz e cura, sinais da
proximidade do Reino de Deus; que não é proselitismo, mas anúncio e testemunho;
e que também requer a franqueza e a liberdade evangélica de ir embora
demonstrando a responsabilidade de ter rejeitado a mensagem da salvação, mas
sem condenações e maldições. ”
A alegria, aquela que vem da missão
Se vivida nestes termos,
sublinhou o Papa Francisco, “a missão da Igreja será caracterizada pela
alegria” de ser discípulo, que não se trata de “alegria efêmera que vem do
sucesso da missão; ao contrário, é uma alegria enraizada na promessa que – diz
Jesus – ‘os vossos nomes estão escritos no céu’”.
“ Cada um de nós pode pensar no nome que recebeu no dia do
Batismo: esse nome está “escrito no céu”, no coração de Deus Pai. E é a alegria
desse dom que faz de cada discípulo um missionário, aquele que caminha em
companhia do Senhor Jesus, que aprende com Ele a se dedicar sem restrições
pelos outros, livre de si mesmo e dos próprios bens. ”
(vaticannews)
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