No Dia da Universidade Católica foram inauguradas as novas instalações da Escola Superior de Biotecnologia no Porto.
Rui Saraiva
A Sessão Comemorativa do Dia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) realizou-se no Porto nesta sexta-feira dia 7 de fevereiro. Presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que no seu discurso elogiou o bom espírito de família que conheceu naquela instituição como professor:
“Mas a imagem que guardo desta casa é muito simples: de uma grande e enorme família. Tendo ensinado em inúmeras universidades foi talvez esta aquela em que encontrei em mais elevado grau esse espírito de família”.
Um espírito de família que, segundo o Presidente da República, será o motivo da importância da Universidade Católica na sociedade portuguesa:
“E é esse espírito de família que de alguma maneira, significa um pouco, da importância da Universidade Católica Portuguesa na sociedade que formamos”.
O primeiro momento do Dia da Universidade Católica foi de inauguração das novas instalações da Escola Superior Biotecnologia com a bênção do bispo do Porto, D. Manuel Linda, na presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
“A Universidade como protagonista do futuro” foi o lema do Dia Nacional da Universidade Católica neste ano de 2020 e a ele se referiu a Reitora da Universidade, Isabel Capeloa Gil, não deixando, contudo, de destacar o protagonismo dos que “nas ruas contestam a globalização da indiferença”:
“Todavia, não esquecer que protagonistas são também os atores que nas ruas contestam a globalização da indiferença. Os que perante a realidade de uma crise de recursos e de uma crescente e evidente exaustão do planeta se sentem os perdedores.”
Por sua vez, o bispo do Porto, no seu discurso, referiu que para a Igreja “a liberdade é inegociável” e assinalou a presença de algum “estatismo” controlador:
“Nesta fase da história, perante um estatismo que, cada vez mais, controla tudo –pessoas e instituições- chega ao ponto de prescindir livremente de alguns âmbitos derivados da justiça para não pôr em causa ou ensombrar a liberdade que reivindica. Sim, para a Igreja, a liberdade é inegociável. Permitam-nos, então, sermos livres, porque, quem reconhece a liberdade dos outros, acaba, também, por beneficiar da libertação.”
Também de liberdade falou o Presidente da República aproveitando a intervenção do bispo do Porto:
“… como explicou o Senhor D. Manuel Linda, a quem garanto que a Constituição da República Portuguesa consagra como princípio fundamental o respeito pela dignidade da pessoa humana e, portanto, da sua liberdade. E, portanto, do pluralismo, nomeadamente, institucional”.
Nesta Sessão Comemorativa da Dia da UCP foram entregues as cartas doutorais àqueles que atingiram esse grau académico em 2019. Especial reconhecimento também para os colaboradores que atingiram 25 anos de serviço.
Particularmente relevante o doutoramento Honoris Causa da Prof. Doutora Maria Manuela Veloso pela sua investigação e trabalho de muitos anos na área da inteligência artificial, em particular, no desenvolvimento de algoritmos de planeamento e automação de robots móveis inteligentes. Um momento de agradecimento a tão distinta académica.
E de gratidão profunda à Universidade Católica e ao seu serviço foram as palavras do Presidente da República no final do seu discurso:
“A sociedade portuguesa, toda ela, e o Estado Português, todo ele, saiba agradecer à Universidade Católica Portuguesa tantas décadas de serviço a Portugal”.
(vaticannews)
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