18 mai, 2020 - 20:03
Na opinião de Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, os últimos tempos sublinharam a "enorme capacidade da Igreja em estar próxima".
Esta segunda-feira fica marcada pelo fim das transmissões diárias da Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, na Casa de Santa Marta no Vaticano.
Com o retomar das missas abertas à presença de fiéis em Itália, Francisco decidiu interromper a transmissão ao vivo da Eucaristia que celebrava diariamente, desde o início da pandemia.
Na opinião de Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, os últimos tempos sublinharam a "enorme capacidade da Igreja em estar próxima".
Isabel Figueiredo confessa estar a viver este tempo com “uma certa surpresa, mas também com uma enorme gratidão”, porque “julgo que a Igreja revelou a si própria e ao mundo inteiro uma enorme capacidade de proximidade apesar desta distância”.
A diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais sublinha que “com todas as experiências que se viveram, com todas as oportunidades de participar de outras formas em diversos momentos de oração, de celebração” invade-nos “um sentimento de surpresa, mas de surpresa grata”.
Inesquecível momento de oração do Papa na praça de S. Pedro deserta
Dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo foram assistindo às missas diárias do Papa Francisco, transmitidas em direto através do canal de YouTube do Vaticano, desde o dia 7 de março. Isabel Figueiredo diz que o Papa foi encontrando formas de estar próximo, classificando Francisco como "uma fonte inesgotável de surpresas”.
A responsável do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais admite que a transmissão da missa em Santa Marta “talvez seja um dos exemplos mais relevantes” dos tempos que temos vivido, até porque “todos sabemos que durante muitos anos a possibilidade de participar na missa em Santa Marta era algo desejado por muito e conseguido por muito poucos e de repente, tudo isso entrou em nossas casas e nós podemos acordar e ao mesmo tempo estar a participar na Eucaristia na Capela em Santa Marta”.
Por isso, Isabel Figueiredo não tem dúvidas de que a “a missa em Santa Marta é um exemplo extraordinário”, mas sublinha que “nesta Páscoa ninguém esquece as celebrações em São Pedro ou a Praça vazia ou o momento de oração do Papa diante do crucifixo"; numa alusão ao denso e marcante final de tarde de 27 de março, em que Francisco rezou pelo fim da pandemia.
O momento foi transmitido através da internet para todo o mundo e começou com uma imagem poderosa do Papa a caminhar sozinho na Praça de S. Pedro.
Momentos marcantes, mas cujo alcance e eficácia são difíceis de aferir, nas palavras da diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais porque “é difícil traduzir em números algo de muito pessoal, como é a fé".
A última missa, presidida pelo Papa e com transmissão no YouTube coincidiu com uma data especial: ontem 18 de maio assinalou-se o centenário do nascimento de Karol Wojtyla, São João Paulo II. E por isso, Francisco celebrou a Eucaristia no altar do túmulo do seu predecessor, na basílica de São Pedro.
(vaticannews)
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